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O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

DEBATE SOBRE MOVIMENTO SINDICAL, HOJE, ÀS 14h, NA UFBA

Edição Diária 7355| Salvador, quinta-feira, 14.12.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

SBBA denuncia metas exageradas no PSO do BB

Julgamento de Lula quer inabilitá-lo à eleição

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A resistência dos trabalhadores foi crucial para impedir que o governo votasse ainda este ano, como previsto, a reforma da Previdência. Temer jogou a toalha, pelo menos por um tempo. Mas, a mobilização deve começar com tudo em 2018. O objetivo é votar a proposta na Câmara e no Senado em fevereiro próximo. Página 3

Resistência adia votação

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 14.12.20172 CONDIÇÕES DE TRABALHO

SBBA denuncia cobrança exagerada por resultados, que favorece adoecimentorenATA LOrenZOimprensa@bancariosbahia.org.br

joão ubaldo

joão ubaldo

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Metas absurdas no PSo do bb

Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CeP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - imprensa@bancariosbahia.org.brJornalista responsável: rogaciano Medeiros - reg. MTe 879 DrT-BA. Chefe de reportagem: rose Lima - reg. MTe 4645 DrT-BA. repórteres: Ana Beatriz Leal - reg. MTe 4590 DrT-BA e renata Andrade- reg. MTe 4409 SrTe-BA . Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

EDITAL PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O Sindicato dos Bancários da Bahia, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 15.245.095/0001-80, Registro sindical nº 100.085.15147-1, com endereço na avenida Sete de Setembro, 1001, Mer-cês, Salvador, Bahia, por seu presiden-te abaixo assinado, convoca todos os empregados da Desenbahia - Agência de Fomento do Estado da Bahia, só-cios e não sócios de sua base territorial, para Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no Auditório da Desen-bahia, localizada na rua Ivone Silveira , número 213, térreo, Doron, Salvador, Bahia, dia 21 de dezembro 2017, às 14h15, em primeira convocação e, às 14h35, em segunda convocação, com qualquer número de presentes, sobre a seguinte ordem do dia: discussão e deliberação acerca da Renovação e Al-teração do Acordos Coletivos de Tra-balho Sobre Sistema de Compensa-ção de Horas Extras; 2 - Discussão e Deliberação Sobre Sistema Alternati-vo Eletrônico de Controle de Jornada de Trabalho; 3 – Discussão e Delibe-ração sobre Acordo Coletivo de Tra-balho Sobre Vantagem Pessoal – VP.

Salvador, Bahia, 13 de dezembro de 2017.

Augusto Sérgio Vasconcelos de OliveiraPresidente

OS BANCOS não estão nem aí para a saúde dos bancários e a sobrecarga de trabalho é uma triste realidade nas agências. O Banco do Brasil tem cobrado metas absurdas aos funcionários do PSO (Plataforma de Su-porte Operacional).

A cobrança gera uma série de problemas porque os caixas precisam ter atenção para

realizar as autenticações e agora são obri-gados a vender Ourocap, ofertar crédito e outros produtos da empresa. A sobrecarga aumenta a probabilidade de erros, as filas, além do efetivo crescimento no índice de adoecimento ocupacional. A pressão tem sido insuportável.

O Sindicato dos Bancários da Bahia tem visitado agências e colhido relatos sobre a situação dramática. Inclusive, a entidade já fez uma denúncia e tem cobrado mudança na postura do Banco do Brasil. No entanto, infelizmente, a direção da instituição finan-ceira não tem sensibilidade para os proble-mas enfrentados pelos empregados. A co-brança continua.

SBBA se reúne com os bancáriosO DESMONTE do Banco do Brasil, as ações judiciais e a defesa dos direitos serão deba-tidos em reunião entre Sindicato dos Ban-cários da Bahia e funcionários do BB, na terça-feira, às 18h, no auditório da entidade.

É fundamental que todos participem para ajudar a construir as estratégias contra a reestruturação, nome dado pela direção

da empresa ao desmonte. Na prática, o que o governo Temer quer é privatizar o banco, assim como as demais estatais brasileiras.

A reunião trata ainda sobre as ações judi-ciais movidas pelo Sindicato dos Bancários da Bahia. Uma oportunidade de os traba-lhadores tirarem as dúvidas sobre como fi-cam os processos com a nova lei trabalhista.

Cassi presta contas aos funcionários A DIRETORIA da Cassi apresentou aos repre-sentantes dos funcionários do Banco do Bra-sil os dados financeiros deste ano e de todo o período desde a implantação da contribuição extraordinária, com recursos dos associados e da empresa, via ressarcimento de despesas.

Durante a 4ª Mesa de Prestação de Con-tas da Cassi, na terça-feira, também foi apresentada a projeção de caixa do plano de saúde e do índice de solvência, uma exi-

gência da ANS (Agência Nacional de Saú-de). Os membros da mesa questionaram a diretoria financeira da empresa sobre o au-mento das despesas médicas e o impacto no caixa da Cassi.

Foi constatado que há necessidade de me-lhoria nas áreas de tecnologia e sistemas, melhor acompanhamento dos participantes, assistidos e dependentes, além de melhoria e ampliação na Estratégia Saúde da Família.

Situação nas agências do BB

está complicada. Desmonte

interfere nas condições de trabalho nas

agências

Filas são resultado, também, da sobrecarga

o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, quinta-feira, 14.12.2017 3REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Pressão das forças progressistas fez o governo recuar rOSe LIMA imprensa@bancariosbahia.org.br

Marcelo caMargo - agência braSil

Votação fica para fevereiro. Fruto da luta

empresários pressionam deputados por reformaREPRESENTANTES de diver-sos setores empresariais estão indo pessoalmente à casa dos parlamentares que se dizem indecisos sobre a reforma da Previdência. São os deputados com medo de “queimar o fil-

me” com o eleitor, já que em 2018 tem eleição.

Além da “visitinha”, enviam e-mails, mensagens e fazem te-lefonemas. Parece mentira, mas não é. Vale destacar que, assim como a lei trabalhista, a refor-

ma da Previdência favorece apenas aos interesses do gran-de capital. Portanto, prejudica o trabalhador.

A estratégia é focar em gru-pos que aparentem menor resis-tência, em vez de tentar conven-

cer os que demonstram posição contrária à PEC 287. A mobili-zação atende aos pedidos de Mi-chel Temer, após um dos muitos encontros com empresários. O presidente tem usado de todos os expedientes pela reforma.

Mais uma vitória na CaixaO PROJETO de lei 9247/17 que autoriza o Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) a reali-zar contratos com a Caixa na forma de instrumento híbrido de capital e dívida foi aprova-do no Senado.

Por meio do PL, o banco pode obter até R$ 15 bilhões do FGTS, para compor o capital e em troca paga o dobro de remu-

neração ao fundo. Com a apro-vação, o problema da capitali-zação da estatal para cumprir a Basiléia 3 começa a se resolver.

A notícia e a vitória contra a transformação da Caixa em sociedade anônima resolvem ao menos a sustentabilidade da instituição financeira para o próximo período. O projeto ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Gestor do FGTS.

Acabou o calor insuportável na agência do ComércioO SINDICATO dos Bancários da Bahia sempre está atento às condições de trabalho impostas aos funcionários nas agências. Após atuação da entidade, o ar--condicionado da Caixa do Co-mércio voltou a funcionar.

Depois do contato do Sindi-cato com a GILOG (Gerência de Filial Logística) e a Supe-rintendência do banco, o pro-blema foi solucionado. O Sin-dicato cobra sempre resolução

rápida para que as agências não se tornem saunas, criando um ambiente insalubre para clien-tes e bancários.

Para verificar de perto se o lo-cal de trabalho está adequado, o Sindicato da Bahia tem percor-rido agências de todo o Estado. A entidade tem pressionado as superintendências e direções de todos os bancos para assegurar melhores condições de trabalho e atendimento à população.

SEM dúvida, a luta vale a pena e, quando coletiva, a vitória acontece. O governo federal desistiu de votar a reforma da Previdência neste ano. A inten-ção é colocar em pauta na Câ-mara Federal em fevereiro de 2018, no retorno das atividades parlamentares.

O recuo mostra que a forte mobilização feita por sindica-tos, centrais sindicais e movi-mentos sociais contra a propos-ta que retira a aposentadoria de

milhões de brasileiros tem sur-tido efeito. A luta, no entanto, não terminou.

A informação é de que, em janeiro, pode haver uma convo-cação extraordinária do Con-gresso Nacional, para que a reforma da Previdência seja vo-tada. Portanto, todo cuidado é pouco. Não dá para descuidar.

O governo Temer, o mais im-popular da história do Brasil, dá provas diárias de que não tem compromisso com o país e quer aprovar a matéria de qualquer jeito, mesmo com a reprovação de 85% dos brasileiros. Tanto que tem liberado bilhões do di-nheiro público, que poderia ser investido em educação e saúde, para comprar votos dos deputa-dos. Balcão de negociata.

Mobilização dos movimentos e centrais sindicais, como a CTB, foi decisiva

Aprovado projeto que facilita capitalização da Caixa com recursos do FGTS

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 14.12.20174

SAQUE

BRASIL

Objetivo é tirá-lo do processo eleitoral de 2018. DesesperoreDAçãOimprensa@bancariosbahia.org.br

Julgamento de Lula e a eleição

ricardo Stuckert

VERSÃO Sem um candidato competitivo para vencer nas urnas e diante das dificuldades para uma troca na forma de governo, de presidencialismo para parlamentarismo, as elites ultraconservadoras, desesperadas, marcaram para o dia 24 de janeiro o julgamento de Lula na segunda instância, ou seja, no TRF-4 (Tribunal Federal de Recursos). Tudo já está armado para condená-lo. Ao mesmo tempo, usam a mídia associada, que diariamente violenta a democracia, para vender a ideia de que o ex-presidente será preso em Porto Alegre (RS). Não é bem assim. O caso é delicado.

VONTADE Bem que a extrema direita adoraria ver o TRF-4 reafirmar a sentença condenatória de Moro e Lula ser preso no dia 24 de janeiro. Mas, em política não há vitória anteci-pada. Tudo bem que o golpismo se apoderou das instituições, controla o Judiciário, mas as forças progressistas já se mobili-zam e programam a ocupação de Porto Alegre, com centenas de milhares de pessoas em defesa da democracia e do Estado de direito. A toda ação corresponde uma reação de igual ou maior intensidade.

COMPLICADO Sem dúvida, as elites nacionais, principal-mente aquelas de formação fascista - a maioria -, são insanas, capazes de qualquer barbaridade. Mesmo assim, fica certa dúvida se terão coragem de prender Lula, líder disparado em todas as pesquisas da corrida eleitoral. A repercussão interna-cional seria a pior possível. Poderia até forçá-las a voltar atrás.

INEVITÁVEL Vale a pena repetir o que esta coluna sempre afirmou. O resultado da eleição presidencial do próximo ano passa, inevitavelmente, por Lula. Se a democracia for respei-tada, será eleito presidente da República. Se o inabilitarem ou prendê-lo, quem ele apoiar vence a eleição. Se o matarem, aí será transformado no maior símbolo da resistência popular da história brasileira. Não tem jeito. Por isso as elites estão tão desesperadas.

CANDIDATÍSSIMO Independentemente da decisão do TRF-4, Lula será candidato a presidente da República em 2018. A direção nacional do PT já confirmou. E tem mais, segundo o advogado Fernando Neisser, da Academia Brasileira de Di-reito Eleitoral e Político, a condenação em segunda instância não o exclui automaticamente da eleição. “Existe um rito que o Tribunal Superior Eleitoral tem a obrigação de respeitar”.

UMA parte da Justiça brasileira dá mais um claro exemplo de

que tem lado, e não é o do povo. Em tempo recorde, inclusive atropelando vários ritos proces-suais, o TRF-4 (Tribunal Regio-nal Federal) marcou para 24 de janeiro o julgamento em segun-da instância do ex-presidente Lula no caso do triplex.

Entre a condenação feita pelo juiz Sérgio Moro e o início da

tramitação do processo em se-gunda instância passaram ape-nas 42 dias. O relator, desembar-gador João Pedro Gebran Neto, levou 36 dias para concluir.

O mais absurdo vem do revi-sor Leandro Paulsen. O desem-bargador precisou de apenas seis dias úteis. A rapidez é tão aberrante que até a direita ul-traconservadora ficou perplexa.

A Folha de S.Paulo noticiou que “este foi o caso que mais rápido subiu de instância”.

Ao acelerar o processo, o TRF-4 deixa claro que o caso Lula não se trata de um julga-mento jurídico e, sim, político, com o objetivo de tirar o ex--presidente, líder disparado nas pesquisas, da disputa na eleição presidencial de 2018.

COe se retira de reunião com o Santander

Agências fecham no dia 29POR conta das festas de fim de ano, as agências bancárias terão horário diferenciado. No dia 22, o atendimento ao público será normal. Como dia 25 é feriado de Natal, todos os bancos fecham e abrem normalmente no dia 26.

As unidades ficam fechadas

para atendimento no dia 29, úl-tima sexta-feira de 2017, para o fechamento do balanço do ano. No dia 1º de janeiro, feriados do Dia Mundial da Paz, as agên-cias também ficam fechadas. O atendimento volta ao normal no dia 2 de janeiro.

Direita, com ajuda de parte da Justiça, quer eliminar Lula da corrida eleitoral

A COMISSÃO de Organização dos Empregados se retirou da reunião com os representan-tes do Santander, ontem, após a tentativa do banco de imple-mentar mudanças no contrato de trabalho, à luz da reforma

trabalhista, sem negociação com os sindicatos.

O objetivo da negociação era debater a proposta de acordo in-dividual do banco de horas im-postas pela empresa espanhola aos bancários, o reajuste no pla-no de saúde e alteração na data de pagamento aos funcionários.

Antes de se retirar do en-contro, a COE entregou um documento ao banco, em que manifesta repúdio à atitude do Santander de implementar, unilateralmente, as medidas. O diretor da Federação da Bahia e Sergipe, Francisco André. COe repudia atitude do Santander