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Reforma da Previdência em perguntas e respostas Por Antônio Augusto de Queiroz Com o propósito de esclarecer algumas dúvidas a respeito da reforma da Previdência (Emenda à Constituição nº 41, de 2003 e PEC Paralela, transformada na Emenda Constitucional nº 47, de 2005) resolvemos atualizar o texto anterior sobre o tema, incorporando as mudanças que resultaram da chamada PEC Paralela. Este documento, sob a forma de perguntas e respostas, não tem outro objetivo senão o de contribuir para o esclarecimento da reforma da Previdência do serviço público, que tem sido objeto de muitas dúvidas por parte dos servidores públicos. Para tanto, além das respostas, reproduzimos algumas tabelas em anexo, elaborados pela Secretaria de Previdência Social do Ministério da Previdência, com simulações e orientações sobre a forma de cálculo do tempo para efeito de aposentadoria. Assim, apresentamos a contribuição a seguir: l. Quantas e quais mudanças na reforma da Previdência atingem os trabalhadores do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), filiados ao INSS ? São basicamente três: a) aumento do teto de contribuição e benefício, que, em valores de julho de 2005, passa a ser de R$ 2.668,15, b) adoção, por lei, de sistema de inclusão previdenciária, com alíquota e carências diferenciadas, destinado ao atendimento de pessoas de baixa

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Reforma da Previdência em perguntas e respostas

Por Antônio Augusto deQueiroz

Com o propósito de esclarecer algumas dúvidas arespeito da reforma da Previdência (Emenda à Constituiçãonº 41, de 2003 e PEC Paralela, transformada na EmendaConstitucional nº 47, de 2005) resolvemos atualizar o textoanterior sobre o tema, incorporando as mudanças queresultaram da chamada PEC Paralela.

Este documento, sob a forma de perguntas e respostas,não tem outro objetivo senão o de contribuir para oesclarecimento da reforma da Previdência do serviço público,que tem sido objeto de muitas dúvidas por parte dosservidores públicos. Para tanto, além das respostas,reproduzimos algumas tabelas em anexo, elaborados pelaSecretaria de Previdência Social do Ministério da Previdência,com simulações e orientações sobre a forma de cálculo dotempo para efeito de aposentadoria.

Assim, apresentamos a contribuição a seguir:

l. Quantas e quais mudanças na reforma da Previdênciaatingem os trabalhadores do Regime Geral daPrevidência Social (RGPS), filiados ao INSS?

São basicamente três: a) aumento do teto decontribuição e benefício, que, em valores de julho de 2005,passa a ser de R$ 2.668,15, b) adoção, por lei, de sistema deinclusão previdenciária, com alíquota e carênciasdiferenciadas, destinado ao atendimento de pessoas de baixa

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renda, incluindo donas de casas, garantindo acesso abenefício de um salário mínimo; c) institui, por meio de lei,tratamento diferenciado para as empresas em razão de seuporte, da atividade econômica ou da utilização intensiva demão-de-obra, com base de cálculo e alíquota diferenciadas.

2. Como fica a situação dos servidores que já estãoaposentados, estão recebendo pensão ou que, em 31 dedezembro de 2003, já tinham tempo suficiente pararequerer o benefício proporcional ou integral? Estãoprotegidos pelo direito adquirido?

Sim, as três situações estão protegidas pelo direitoadquirido em relação à paridade. Entretanto, os atuaisaposentados e pensionistas irão pagar contribuição e, nocaso dos aposentados que vierem a falecer na vigência dasnovas regras, haverá redutor na pensão de seusdependentes, conforme explicado em tópicos a seguir.

Os servidores que, em 31 de dezembro de 2003, jáhaviam preenchido os requisitos para requerer aposentadoriaproporcional e ainda não o fizeram, não precisam correr parase aposentar. Isto porque poderão fazê-lo a qualquer tempo,sendo-lhes assegurados as regras de concessão e decorreção dos benefícios anteriores. Enquanto não resolveremrequerer o benefício, ficarão isentos da contribuição para aPrevidência. Só na hipótese de morte e, ainda assim apósestar aposentado, é que haverá o redutor na pensão. Sefalecer antes de se aposentar, a pensão será integral.

3. Todos os servidores que preencheram ou vierem apreencher os requisitos para requerer aposentadoria(proporcional ou integral), mas decidirem continuartrabalhando, têm direito ao abono?

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Sim, desde que tenham pelo menos 25 anos (mulher) ou30 anos (homem) de contribuição. Assim, a única hipótese denão receber abono seria a de o servidor ou servidora commais de 60 anos, de idade, (mulher), ou mais de 65 anos deidade, (homem), que pudessem se aposentar por idade, masque não contassem com os 25 anos de contribuição. Nestecaso, mesmo podendo requerer aposentadoria, não teriamdireito ao abono na hipótese de continuar trabalhando. E istoé plenamente possível, já que a aposentadoria proporcionalpor idade, pelas regras atuais, exige apenas dez anos deserviço público.

4. Quem tem direito à integralidade?

Todos os servidores que, até 31/12/2003, preencheramos requisitos exigidos na Emenda Constituição nº 20 (reformaFHC) ou vierem a preencher as exigências das novasEmendas Constitucionais de nºs 41, de 2003 (reforma Lula) e47, de 2005 (PEC Paralela).

a). Os requisitos da Emenda Constitucional nº 20 são osseguintes: a) 53 anos de idade, 35 anos de contribuição maispedágio (20%), e cinco anos no cargo, se homem, b) 48 anosde idade, 30 anos de contribuição e cinco no cargo, semulher, e c) pedágio de 20% sobre o tempo que faltava paracompletar o tempo de contribuição em 16/12/1998.

b). Os requisitos da E.C 41 são os seguintes: i) 60 anosde idade, 35 anos de contribuição, 20 anos de serviçopúblico, 10 na carreira e cinco no cargo, se homem, ou ii) 55anos de idade, 30 anos de contribuição, 20 anos de serviçopúblico, 10 na carreira e cinco no cargo, se mulher.

c). A E.C 47 (PEC Paralela) garante a integralidade aosservidores beneficiados pela regra de transição, que

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corresponde à adoção da fórmula 95 (soma da idade com otempo de contribuição), para homens, e da fórmula 85 paraas mulheres. Para cada ano de contribuição que o servidoracumular além do exigido (35 anos para homem e 30 paramulher) poderá abater ou reduzir um na idade mínima (60anos para homem e 50 para mulher).

5. Como ficam as aposentadorias proporcionais?

A aposentadoria proporcional (no sentido tradicional,com cinco anos a menos de trabalho em relação à integral) foiextinta com a promulgação da E.C 41, em dezembro de 2003.Os requisitos para a aposentadoria proporcional, na E.C 20,eram os seguintes: a) 53 anos de idade, 30 anos decontribuição, pedágio e cinco anos no cargo, se homem, b) 48anos de idade, 25 anos de contribuição, pedágio e cinco nocargo, se mulher. O pedágio exigido era de 40% sobre otempo que faltava para completar o tempo de contribuição (25ou 30, se homem ou mulher) em 16/12/1998.

Assim, quem, até a data de 31 de dezembro de 2003,não tinha preenchido os requisitos (53 anos de idade, 30 decontribuição, mais pedágio de 40%, no caso de homem e 48anos, 25 de contribuição, mais pedágio de 40%, no caso damulher, perdeu o direito de se aposentar sete anos antes daidade de 60 e 55, respectivamente homem e mulher, semredutor.

A aposentadoria proporcional, desde 31 de dezembro de2003, data da promulgação da E.C 41, portanto, ficou limitadaa três situações: a) aposentadoria compulsória aos 70 anos,b) aposentadoria por idade, respectivamente aos 65 ou 60anos, homem ou mulher, e c) aposentadoria com redutor de

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5% por ano em relação à nova idade mínima (60 anoshomem e 55 mulher), que será devida ao servidor com maisde 53 anos de idade, se homem, ou 48, se mulher, 35 anosde contribuição ou 30, acrescido de pedágio de 20% sobre otempo que faltava em 16 de dezembro de 1998, se do sexomasculino ou feminino, e cinco de efetivo exercício no cargo.

6. Todos os atuais servidores poderão se aposentar maiscedo, com o redutor?

Não. Apenas os que ingressaram no serviço públicoantes de 15/12/1998, data da promulgação da EmendaConstitucional nº 20. Nos exatos termos do item anterior.

7. Como fica a paridade?

Com a promulgação da E.C 47 (PEC Paralela), todos osservidores que se aposentarem integralmente, seja pelasexigências da E.C 41/03 (60 anos de idade, 35 decontribuição, 20 anos de serviço público para homem e 55 deidade, 30 de contribuição e 20 de serviço público paramulher), seja pelas regras de transição, terá direito à paridadeplena.

A regra de transição da E.C 47 (PEC Paralela) possibilitaa paridade plena a todos os servidores que ingressaram noserviço público até sua promulgação (5/07/2005), em duashipóteses:

I) Quando, cumulativamente, atenderem àsexigências da E.C 41/03: a) 35 anos decontribuição, se homem, e 30 anos, se mulher, b)20 anos de efetivo exercício no serviço público,c) dez anos de carreira e cinco no cargo, e d)

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idade mínima respectivamente de 60 anos,homem, e 55, mulher. Os requisitos de idade etempo de contribuição serão reduzidos em cincoanos quando o servidor for professor do ensinomédio, fundamental e infantil.

II) Quando, nos termo da E.C 47/05, com menos de60 anos de idade, se homem, ou menos de 55,se mulher, cumprirem, cumulativamente, osseguintes requisitos: a) mais de 35 anos decontribuição, se homem, e mais de 30 anos decontribuição, se mulher, b) 25 anos de efetivoexercício no serviço público, 15 na carreira ecinco no cargo. Neste caso, cada ano queexceder no tempo de contribuição, o servidorpoderá reduzir um ano na idade mínima.

Assim, aos tribunais e juízes, no julgamento de açõescontra quebra de paridade, juridicamente não teriam outradecisão a tomar senão determinar o cumprimento do TextoConstitucional, reiterado nas emendas constitucionais 41 e47, que garante a paridade plena. Além disto, quase todos osministros do Supremo Tribunal Federal, no julgamento daAção Direta de Inconstitucionalidade contra a cobrança deinativos, entre outros argumentos, enfatizaram o fato de que acobrança era devida, a partir do valor que excedesse ao tetodo INSS, em função da existência da paridade entreservidores ativos e inativos. Como a Constituição exigeequilíbrio financeiro e atuarial, e que a existência de paridadeimpede o cumprimento desse mandamento constitucional, jáque poderia haver aumento de proventos em razão detransformação, reclassificação ou vantagens asseguradasaos servidores em atividade, a contribuição deveria ser paga,em caráter solidário, como forma de cobrir essa lacuna nofuncionamento da Previdência do serviço público. Ou seja, só

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seria cobrada contribuição dos inativos e dos pensionistasporque eles têm direito à paridade. Logo, no julgamento dequebra de paridade ou Supremo declara inconstitucional aquebra de paridade ou revoga a cobrança de contribuição.

8. Como ficarão os reajustes das aposentadorias epensões dos servidores que estarão sujeitos às novasregras?

Com a promulgação da E.C 47/05 (PEC Paralela) háduas hipóteses em que os futuros aposentados epensionistas terão direito à paridade plena com osservidores em atividade.

A primeira hipótese aplica-se ao servidor homem que,tendo ingressado no serviço publico até 31 de dezembro de2003, completar 60 anos de idade, 35 anos de contribuição,20 anos de serviço público, 10 na carreira e cinco no cargo ouà mulher que tiver 55 anos de idade, 30 de contribuição, 20na carreira e cinco no cargo. Os requisitos de idade e tempode contribuição serão reduzidos em cinco anos quando oservidor for professor do ensino médio, fundamental e infantil.

A segunda hipótese aplica-se aos servidores que, tendoingressado no serviço público até 31 de dezembro de 2003,comprovarem: a) mais 35 anos de contribuição, se homem, emais de 30 anos, se mulher, b) 25 anos de efetivo exercíciono serviço público, e c) idade mínima inferior a 60 anos, nocaso de homem, e 55, no caso da mulher, compensando otempo de contribuição a mais com a idade mínima, na razãode 1 por 1. Ou seja, para cada ano que ultrapassar no tempode contribuição, reduz um na idade mínima. A este servidoraplica-se a regra de transição, que permite a troca do tempo

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de serviço que exceda aos 35, no caso de homem, ou 30, nocaso de mulher, por redução na idade mínima.

Assim, um servidor com 40 anos de contribuição, cinco amais que o tempo exigido, poderá abater esses cinco naidade mínima, podendo de se aposentar aos 55 anos (comparidade e integralidade), desde que comprove pelo menos25 anos de serviço público.

Nos casos dos servidores que anteciparam suaaposentadoria, com redutor, foram aposentadosproporcionalmente por idade ou compulsoriamente e os quenão tenham como comprovar os 20 ou 25 anos de serviçopúblico farão jus ao “reajustamento dos benefícios parapreservar-lhe, em caráter permanente, o valor real, conformecritérios estabelecidos em lei”. Segundo a Lei nº 10.887/04, oreajuste dos proventos desses servidores será na mesmadata do reajuste dos aposentados e pensionistas do INSS,em 1º de maio, mas não diz que será assegurado o mesmoíndice. Portanto, não há nenhuma garantia de que será omesmo índice e critério aplicados ao INSS.

9. Como ficou a situação dos professores?

Como regra permanente, os professores e professorasdo ensino médio, infantil e fundamental continuam com direitoa se aposentar com cinco anos de idade e de tempo decontribuição a menos que o servidor de outras áreas daAdministração Pública. Assim, o professor terá direito arequerer aposentadoria com 55 anos de idade e 30 decontribuição, além de 10 de serviço público, e a professoracom 50 de idade e 25 de contribuição, além de 10 anos noserviço público.

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O professor ou professora que decidir antecipar a idadeda aposentadoria, requerendo o benefício após 53 da idade e,portanto, antes de 55, no caso de homem, ou após 48 deidade e, portanto, antes dos 50, no caso da mulher, além deum redutor de 5% em relação a cada ano antecipado, otempo especial será transformado em tempo comum, sendo otempo de serviço anterior a 16/12/98 contado com acréscimode 17%, se homem, e de 20%, se mulher, e sobre o tempo decontribuição que faltar para 35 anos, no caso de homem, e 30anos no caso da mulher, incidirá um pedágio de 20%.

10. Como será o cálculo das aposentadorias dos atuaisservidores sujeitos às novas regras?

Há, segundo as regras das E.Cs 41/03 e 47/05, duassituações, uma com base na última remuneração, ou deparidade plena, e outra com base na média de contribuições.

Terá seu provento em valor igual à última remuneração,o servidor trabalhar até completar os requisitos do art. 6º daEmenda Constitucional 41/03 (homem: 60 anos de idade, 35de contribuição, 20 de serviço público, 10 na carreira e cincono cargo ou mulher: 55 anos de idade, 30 de contribuição, 20no serviço público, 10 na carreira e cinco no cargo) oupreencher os requisitos da regra de transição, art. 3º da E.C47/05 (25 anos de serviço público, 60 ou 55 de idade, homemou mulher, 35 ou 30 de contribuição, do sexo masculino oufeminino) podendo compensar o tempo de contribuiçãoexcedente na idade mínima, terá direito à integralidade e àparidade, sendo-lhe estendido todos os ganhos dosservidores ativos, inclusive os decorrentes de transformaçãoe reclassificação.

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Se, entretanto, o servidor resolver se aposentar combase nas regras do art. 2º da E. C nº 41/03, e, portanto, antesde completar a nova idade mínima 60 e 55, respectivamentese homem ou mulher, (homem: a partir dos 53 anos de idade,35 de contribuição e mais pedágio de 20% sobre o tempo quefaltava para completar o tempo de contribuição em15/12/1998 e cinco no cargo, ou mulher: a partir dos 48 anosde idade, 30 de contribuição e mais pedágio de 20% sobre otempo que faltava para completar o tempo de contribuição em15/12/1998 e cinco no cargo) o cálculo de seus proventos iráconsiderar as remunerações utilizadas como base para ascontribuições no regime geral (INSS) e no regime próprio(estatutário), resultando numa média.

Serão, portanto, calculado pela média os proventos dosservidores que anteciparem sua aposentadoria, com redutor;aposentarem-se proporcionalmente por idade oucompulsoriamente e os que não tenham como comprovar os20 ou 25 anos de serviço público.

O cálculo considera a média aritmética simples dasmaiores remunerações, utilizadas como base para ascontribuições do servidor aos regimes de previdência (geral,do INSS, ou próprio, do servidor) a que esteve vinculado,correspondentes a 80% de todo o período contributivo desdea competência de julho de 1994 ou desde a do início decontribuição, se posterior àquela competência.

11. Como fica a regra de transição?

De acordo com a E.C 41/2003 (reforma Lula), a regra detransição, que só se aplica aos servidores que ingressaramno serviço publico antes da Emenda 20 (15/12/1998), é muitotímida e profundamente injusta para com o atual servidor. Elapermite que o servidor – que vier a completar 53 anos deidade, se homem e 48, se mulher – desde que tenha 35 anos

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de contribuição no primeiro caso e 30 no segundo, além dopedágio e cinco no cargo, possa requerer aposentadoria, masinstitui um redutor.

Para quem atingir o requisito da idade entre 31 dedezembro de 2003 e 31 de dezembro de 2005, o redutorsobre cada ano antecipado em relação à nova idade (60 anospara homem e 55 para mulher) será de 3,5% por anoantecipado. Já para quem completar a idade da regra detransição somente a partir de janeiro de 2006, o redutor seráde 5% em relação a cada ano antecipado.

A E.C 47/05 (PEC Paralela) estabelece que para cadaano que exceder ao tempo mínimo de contribuição (30 anosmulher e 35 anos, homem), o servidor terá direito a reduzirum ano na idade mínima (60 anos homem e 55, mulher) paraefeito de integralidade e paridade plena, desde que contepelo menos com 25 anos de serviço público. Assim, semprejuízo da opção pela aposentadoria antecipada, comredutor – a partir da idade 48 anos para mulher e de 53 parahomem – o servidor poderá alcançar a paridade eintegralidade plena antes dos 60 ou 55 anos de idade.

12. E a contribuição de inativo, como fica?

De acordo com a E.C 41/03, os atuais aposentados epensionistas, bem como aqueles servidores que jácompletaram ou vierem a preencher todos os requisitos pararequerer aposentadoria proporcional ou integral, pagarãocontribuição previdenciária na parcela do provento queexceda ao teto do INSS, atualmente fixado em R$ 2.668,15.

Com a E.C 47/05 (PEC Paralela), o aposentado oupensionista que for portador de doença incapacitante, definidaem lei, contribuirá somente sobre a parcela que exceda a

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duas vezes o teto do INSS. Ou seja, só contribuirá na parcelaexcedente a R$ 5.336,30.

13. Como ficará a pensão?

A pensão dos dependentes dos atuais aposentados,quando eles vierem a falecer, será integral até R$ 2.668,15 (onovo teto do INSS), acrescida de 70% do restante doprovento. Ou seja, haverá um redutor de 30% sobre a parcelado provento que exceder ao valor de R$ 2.668,15.

Para os atuais servidores com direito adquirido àaposentadoria, que vierem a falecer antes de requerer obenefício, seus dependentes terão direito à pensão integral.

Já o atual servidor que venha a falecer antes decompletar os requisitos para a aposentadoria deixará umapensão integral até R$ 2.668,15, acrescida de 70% daparcela da remuneração que exceda a esse valor.

14. Como fica a situação de servidor que fizer novoconcurso público?

A contagem do tempo de serviço público, segundo aOrientação Normativa da Secretaria de Previdência Social nº03, de 17 de agosto de 2004, pode ser descontinuo. Deacordo com o inciso VI, do artigo 2º da Orientação Nornativa,que define tempo de efetivo exercício no serviço público,determina que será contado como de efeito “o tempo deexercício de cargo, função ou emprego público, ainda quedescontínuo, na Administração direta, autárquica, oufundacional de qualquer dos entes federativos”.

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Assim, a mudança de cargo, salvo melhor juízo, não deveprejudicar o servidor para efeito de aposentadoria, inclusiveno que se refere à integralidade. Ele, portanto, não serásubmetido às novas regras, devendo apenas cumprir asexigências no novo cargo, que são de dez anos na carreira ecinco no cargo.

15. E o fundo de pensão será obrigatório? Qual a suanatureza?

Não. A Vinculação não é automática, nem para os atuaisnem para os futuros servidores. Os futuros servidores,entendidos como tais aqueles que ingressarem no serviçopúblico após a criação do fundo, terão cobertura no regimepróprio até o teto do INSS, ou até R$ 2.668,15, podendoaderir ao fundo de pensão na parcela que exceda a essevalor. Já os atuais servidores continuam contribuindo para aaposentadoria com a totalidade de sua remuneração, sóaderindo ao fundo de pensão por livre e espontânea vontade,a partir de manifestação prévia e expressa.

A natureza do fundo é pública. Mas que outra naturezapoderia ter um fundo cujo participante é servidor e seupatrocinador é um ente estatal? As demais regras sobre aestrutura e funcionamento da previdência complementar doservidor já está prevista na Lei Complementar nº 108/00.

16. E quem aderir ao fundo de pensão, como fica suasituação?

No caso dos novos servidores, eles terão aposentadoriapelo regime próprio até R$ 2.668,15 e a complementaçãoserá feita pelas reservas que conseguir acumular no fundo,cujo plano de benefício será de contribuição definida. Será

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fixada a alíquota de contribuição, que poderá ser paritáriapara o servidor e para o Governo, no caso o patrocinador.Assim, a contribuição poderá ser igual e, portanto, para cadaum real do servidor, o governo também contribuirá com umpara o fundo.

Já para os atuais servidores que aderirem ao fundo, suaaposentadoria terá as seguintes fontes: a) um valor relativoao benefício diferido, proporcional ao tempo que contribuiuintegralmente, que corresponderá ao tempo passado, b) umvalor proporcional ao tempo que vier a contribuir com base nonovo teto de R$ 2.668,15 e c) um valor proporcional àsreservas acumuladas no fundo de pensão.

17. Como ficam os tetos e subtetos na AdministraçãoPública?

De acordo com a E.C 41/03, no plano federal o teto seráúnico e corresponderá à maior remuneração de Ministro doSupremo, atualmente em R$ 17.170,00. Aguardam sanção doPresidente da República, o projeto do Supremo TribunalFederal que fixa o subsídio em R$ 21.500,00 retroativo ajaneiro de 2005 e de R$ 24.500,00 a partir de janeiro de 2006.

Nas esferas estaduais e municipais, há vários subtetos.Nos Judiciários estaduais, o subteto será o salário doDesembargador, que também será aplicado a três carreirasdo Poder Executivo Estadual: Ministério Público, DefensoriaPública e Procuradores. O subteto do Judiciário Estadual é de90,25% do teto da União. No Poder Executivo Estadual, comexceção das três carreiras vinculadas ao Judiciário, será osubsídio do governador do Estado. E no Legislativo Estadual,o subteto terá por base o salário de deputado Estadual. János Municípios, o subteto será o salário do prefeito. OsGovernadores, se desejarem, poderão por emenda à

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Constituição Estadual para a definição de subteto único, quenão poderá ser superior ao subsídio de Desembargador.

18. Como ficam as aposentadorias por invalidez?

Segundo a E.C 41/03, a aposentadoria por invalidez seráintegral, desde que decorrentes de acidente em serviço,moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ouincurável, sendo os demais casos proporcionais ao tempo decontribuição.

19. Os servidores contratados pelo regime de empregoestão abrangidos por essas regras?

Não. Elas são específicas para os servidores titulares decargos efetivos. Os que forem contratados pelo regime deemprego público serão filiados ao INSS e se submeterão àsregras do Regime Geral de Previdência Social.

20. As novas regras valem para todos os servidores?

Não. De acordo com a E.C 41/203, elas valem apenaspara os civis. Agora, entre os civis, todos os servidores serãoatingidos pelas novas regras, inclusive os magistrados,diplomatas, membros do Ministério Público, de Tribunais deContas e servidores do Poder Legislativo. Os militares estãofora. Para eles, haverá uma legislação específica.

A E.C 47/05 (PEC Paralela) prevê que asaposentadorias e pensões dos servidores que exercem

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atividades de risco (policiais) poderão ter critériosdiferenciados.

21. Como fica o acúmulo de pensão com aposentadoria,de uma delas com remuneração?

A interpretação dessa matéria é controversa. Ninguémcontesta que o acúmulo de aposentadoria e pensão, ou depensão e remuneração seja legal, porque na aposentadoria oservidor é o titular do plano de previdência e na pensão ele éo dependente. Entretanto, há controvérsia sobre se o valorsomado desses dois benefícios poderiam ultrapassar o tetonacional de remuneração, correspondente ao subsídio deministro do Supremo Tribunal Federal, que será de R$21.500,00, retroativo a janeiro de 2005 e de R$ 24.500,00 apartir de 2006.

22. Como fica a aposentadoria dos policiais?

A E.C 47 (PEC Paralela) restabelece o direito deaposentadoria especial aos policiais, permitindo que voltem ase aposentar com base nas regras da Lei Complementar nº51, de 20 de dezembro de 1985. De acordo com esta lei, ospoliciais poderão se aposentar integral e voluntariamenteapós 30 anos de contribuição, desde que conte, pelo menos20 anos de exercício em cargo de natureza estritamentepolicial ou compulsoriamente, com proventos proporcionais,após 65 anos de idade, qualquer que seja a natureza doserviço prestado.

Antônio Augusto de Queiroz é jornalista, analista políticoe Diretor de Documentação do DIAP – DepartamentoIntersindical de Assessoria Parlamentar.

ANEXO I

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APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA - DIREITO ADQUIRIDO(Art. 3º da EC 41/03)

Regras aplicáveis ao servidor titular de cargo efetivo que preencheu todas as condições deelegibilidade estabelecidas até 31/12/2003 mantidos os direitos à última remuneração até

19/02/04.

1ª hipóteseAPOSENTADORIA VOLUNTÁRIA – Art. 40, § 1º, inciso III, “a” da CF

HOMEM

Professor (*) Demais servidores

Tempo de contribuição: 10950 dias (30anos)Tempo no serviço público: 3650 dias (10anos)Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idademínima:55 anos

Tempo de contribuição: 12775 dias (35anos)Tempo no serviço público: 3650 dias (10anos)Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idademínima: 60 anos

Forma de cálculo: Proventos integrais (últimaremuneração do cargo efetivo)

Forma de cálculo: Proventos integrais (últimaremuneração do cargo efetivo)

Teto do benefício: Remuneração do servidorno cargo efetivo

Teto do benefício: Remuneração do servidorno cargo efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade Reajuste do Benefício: Paridade

MULHER

Professora (*) Demais servidoras

Tempo de contribuição: 9125 dias (25anos)Tempo no serviço público: 3650 dias (10anos)Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idademínima: 50 anos

Tempo de contribuição: 10950 dias (30anos)Tempo no serviço público: 3650 dias (10anos)Tempo no cargo:1825 dias (5anos) Idademínima: 55 anos

Forma de cálculo: Proventos integrais (últimaremuneração do cargo efetivo)

Forma de cálculo: Proventos integrais (últimaremuneração do cargo efetivo)

Teto do benefício: Remuneração do servidorno cargo efetivo

Teto do benefício: Remuneração do servidorno cargo efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade Reajuste do Benefício: Paridade

(*) redutor conforme § 5º, art. 40 da CF

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APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA -REGRA DE TRANSIÇÃO Caput do art. 8º da EC Nº 20/98– PROVENTOS INTEGRAIS

HOMEM

Todos os servidores

Tempo de contribuição: 12775 dias (35 anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos) Idademínima: 53 anos Pedágio: Acréscimo de 20% no tempo que faltava em 16/12/98, para atingir otempo total de contribuição

Regra Especial para Professor: Acréscimo de 17% no tempo exercido até 16/12/98, desde quese aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo nas funções de magistério

Regra Especial para Magistrados, membros do Ministério Público e do TCU: Acréscimo de 17%no tempo exercido até 16/12/98

Forma de cálculo: Proventos integrais (última remuneração do cargo efetivo)

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade

MULHER

Todas as servidoras

Tempo de contribuição: 10950 dias (30anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idademínima: 48 anos Pedágio: Acréscimo de 20% no tempo que faltava em 16/12/98, para atingir otempo total de contribuição.

Regra Especial para Magistrados, membros do Ministério Público e do TCU: Acréscimo de 17%no tempo exercido até 16/12/98

Forma de cálculo: Proventos integrais (última remuneração do cargo efetivo)

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade

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ANEXO IIAPOSENTADORIA VOLUNTÁRIA - REGRA PERMANENTE

(art. 40, § 1º, Inciso III, alíneas “a” e “b” da Constituição Federal)Aplicável ao servidor que ingressou no serviço público a partir de 31/12/2003, ou àquele que

não optou pelas regras dos art. 2º e 6º da EC 41/03.

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA -Art. 40, § 1º, inciso III, “a” DA CF

HOMEM

Professor (*) Demais Servidores

Tempo de contribuição: 10950 dias (30anos)Tempo no serviço público: 3650 dias (10anos)Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idademínima: 55 anos

Tempo de contribuição: 12775 dias (35anos)Tempo no serviço público: 3650 dias (10anos)Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idademínima: 60 anos

Forma de cálculo: Aplicação da médiaaritmética simples das maiores contribuiçõesefetuadas a partir de julho/1994.

Forma de cálculo: Aplicação da médiaaritmética simples das maiores contribuiçõesefetuadas a partir de julho/1994

Teto do benefício: Remuneração do servidor Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo efetivo no cargo efetivo

Reajuste do benefício: Reajuste na mesmadata em que ocorrer o reajuste do RGPS paramanutenção do valor real

Reajuste do benefício: Reajuste na mesmadata em que ocorrer o reajuste do RGPS paramanutenção do valor real

MULHER

Professora (*) Demais Servidoras

Tempo de contribuição: 9125 dias (25anos)Tempo no serviço público: 3650 dias (10anos)Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idademínima: 50 anos

Tempo de contribuição: 10950 dias (30anos)Tempo no serviço público: 3650 dias (10anos)Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idademínima: 55 anos

Forma de cálculo: Aplicação da médiaaritmética simples das maiores contribuiçõesefetuadas a partir de julho/1994

Forma de cálculo: Aplicação da médiaaritmética simples das maiores contribuiçõesefetuadas a partir de julho/1994

Teto do benefício: Remuneração da Teto do benefício: Remuneração da servidora no cargo efetivo servidora no cargo efetivo

Reajuste do Benefício: reajuste na mesmadata em que ocorrer o reajuste do RGPS paramanutenção do valor real

Reajuste do Benefício: reajuste paramanutenção do valor real na mesma data emque ocorrer o reajuste do RGPS

(*) redutor conforme § 5º, art. 40 da CF

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APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA -Art. 40 § 1º, inciso III, “b” da CF -PROVENTOSPROPORCIONAIS

HOMEM

Todos os servidores

Tempo no serviço público: 3650 dias no mínimo (10 anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)Idade mínima: 65 anos

Forma de cálculo: Proventos proporcionais ao tempo de contribuição

Reajuste do Benefício: Reajuste na mesma data em que ocorrer o reajuste do RGPS paramanutenção do valor real.

MULHER

Todos as servidoras

Tempo no serviço público: 3650 dias no mínimo (10 anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)Idade mínima: 60 anos

Forma de Cálculo: Proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

Reajuste do Benefício: Reajuste na mesma data em que ocorrer o reajuste do RGPS paramanutenção do valor real.

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ANEXO IIIAPOSENTADORIA VOLUNTÁRIA - REGRA DE TRANSIÇÃO (art. 2º da EC 41/03)

Aplicável aos servidores titulares de cargo efetivo que tenham ingressado no serviço públicoaté 16/12/1998

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA-REGRA DE TRANSIÇÃO –Art. 2º da EC Nº 41/2003

HOMEM

Todos os servidores Tempo de contribuição: 12775 dias (35 anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos) Idademínima: 53 anos Pedágio: Acréscimo de 20% no tempo que faltava em 16/12/98, paraatingir o tempo total de contribuição.

Regra Especial para Professor: Acréscimo de 17% no tempo exercido até 16/12/98, desde que seaposente, exclusivamente, com tempo de magistério.

Regra Especial para Magistrados, membros do Ministério Público e do TCU: Acréscimo de 17% notempo exercido até 16/12/98.

Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples das maiores contribuições efetuadas apartir de julho/1994. Posteriormente, aplica-se a tabela de redução, conforme Anexo IV.

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo efetivo.

Reajuste do Benefício: Reajuste na mesma data em que ocorrer o reajuste do RGPS paramanutenção do valor real.

MULHER

Todos as servidoras Tempo de contribuição: 10950 dias (30anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idademínima: 48 anos Pedágio: Acréscimo de 20% no tempo que faltava em 16/12/98, para atingiro tempo total de contribuição.

Regra Especial para Professora: Acréscimo de 20% no tempo exercido até 16/12/98, desde que seaposente, exclusivamente, com tempo de magistério.

Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples das maiores contribuições efetuadas apartir de julho/1994. Posteriormente, aplica-se a tabela de redução, conforme anexo IV.

Teto do benefício: Remuneração da servidora no cargo efetivo.

Reajuste do Benefício: Reajuste na mesma data em que ocorrer o reajuste do RGPS paramanutenção do valor real.

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ANEXO IVAPOSENTADORIA VOLUNTÁRIA - REGRA DE TRANSIÇÃO (art. 6º da EC 41/03)Aplicável aos servidores titulares de cargo efetivo que tenham ingressado no serviço

público até 31/12/2003

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA – Art. 40, § 1º, inciso III, “a” da CF

HOMEM

Professor (*) Demais servidores

Tempo de contribuição: 10950 dias (30anos)Tempo no serviço público: 7300 dias (20anos)Tempo na carreira: 3650 dias (10anos) Tempono cargo: 1825 dias (5anos) Idade mínima; 55anos.

Tempo de contribuição: 12775 dias (35anos)Tempo no serviço público: 7300 dias (20anos)Tempo na carreira: 3650 dias (10anos) Tempono cargo: 1825 dias (5anos) Idade mínima: 60anos

Forma de cálculo: Aposentadoria integral(última remuneração do cargo efetivo)

Forma de cálculo: Aposentadoria integral (últimaremuneração do cargo efetivo)

Teto do benefício: Remuneração do servidor Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo efetivo no cargo efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade conforme lei Reajuste do Benefício: Paridade conforme lei

MULHER

Professora (*) Demais servidoras Tempo de contribuição: 9125 dias (25anos)Tempo no serviço público: 7300 dias (20anos)Tempo na carreira: 3650 dias (10anos) Tempono cargo: 1825 dias (5anos) Idade mínima: 50anos

Tempo de contribuição: 10950 dias (30anos)Tempo no serviço público: 7300 dias (20anos)Tempo na carreira: 3650 dias (10anos) Tempono cargo: 1825 dias (5anos) Idade mínima: 55anos

Forma de cálculo: Aposentadoria integral(última remuneração do cargo efetivo)

Forma de cálculo: Aposentadoria integral (últimaremuneração do cargo efetivo)

Teto do benefício: Remuneração da Teto do benefício: Remuneração da servidora servidora no cargo efetivo no cargo efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade conformelei

Reajuste do Benefício: Paridade conformelei

(*) redutor conforme § 5º, art. 40 da CF

ANEXO V

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TABELAS DE REDUÇÃO PARA CONCESSÃO DA APOSENTADORIA PELA REGRA DETRANSIÇÃO (art. 2º da EC 41/03)

1 -PARA QUALQUER SERVIDOR QUE COMPLETAR OS REQUISITOS DO ART. 2º da EC41/2003 ATÉ 31/12/2005

IDADE HOMEM/MULHER % A REDUZIR (3,5% a.a.) % A RECEBER

53/48 24,5% 75,5% 54/49 21% 79% 55/50 17,5% 82,5% 56/51 14% 86% 57/52 10,5% 89,5% 58/53 7% 93% 59/54 3,5% 96,5% 60/55 0% 100%

2 -PARA QUALQUER SERVIDOR QUE COMPLETAR OS REQUISITOS DO ART. 2º da EC41/2003 APÓS 1º/01/2006

IDADE HOMEM/MULHER % A REDUZIR (5,0% a.a.) % A RECEBER

53/48 35% 65% 54/49 30% 70% 55/50 25% 75% 56/51 20% 80% 57/52 15% 85% 58/53 10% 90% 59/54 5% 95% 60/55 0% 100%

3 -PARA PROFESSORES QUE COMPLETAREM OS REQUISITOS DO ART. 2º da EC41/2003 ATÉ 31/12/2005 (*)

IDADE HOMEM/MULHER(**) % A REDUZIR (3,5% a.a.) % A RECEBER

53/48 7% 93% 54/49 3,5% 96,5% 55/50 0% 100%

* Para o cálculo dos proventos dos professores, pela regra de transição não será aplicada aredução de idade e tempo de contribuição prevista no § 5º do Art. 40 da CF, apenas o dispostono § 4º do art. 2º da EC 41/2003. ** Para o cálculo do redutor previsto no § 1º do Art. 2º da EC41/2003 aplica-se a redução estabelecida no § 5º do Art. 40 da CF

4 -PARA PROFESSORES QUE COMPLETAREM OS REQUISITOS DO ART. 2º da EC41/2003 APÓS 1º/01/2006*

IDADE HOMEM/MULHER % A REDUZIR (5,0% a.a.) % A RECEBER 53/48 10% 90% 54/49 5% 95% 55/50 0% 100%

* -Valem as mesmas observações do quadro nº 03

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2ª hipótese APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA -Art. 40, § 1º, Inciso III, “b” DA CF -PROVENTOSPROPORCIONAIS

HOMEM

Todos os servidores

Tempo no serviço público: 3650 dias (10anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idademínima: 65 anos

Forma de cálculo: Proventos proporcionais ao tempo de contribuição

Reajuste do Benefício: Paridade

MULHER

Todas as servidoras

Tempo no serviço público: 3650 dias (10anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idademínima: 60 anos

Forma de cálculo: Proventos Proporcionais ao tempo de contribuição

Reajuste do Benefício: Paridade

3ª hipótese -REGRA DE TRANSIÇÃO APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA -REGRA DE TRANSIÇÃO –Art. 8º, § 1º da EC Nº 20/98-PROVENTOS PROPORCIONAIS

HOMEM

Todos os servidores

Tempo de contribuição: 10950 (30anos) Tempo no cargo: 1825 (5anos) Idade mínima: 53 anos Pedágio: Acréscimo de 40% no tempo que faltava em 16/12/98, para atingir o tempo total decontribuição.

Forma de cálculo: Proventos proporcionais equivalentes a 70% do valor máximo que o servidorpoderia obter, acrescido de 5% por ano de contribuição que supere o tempo de contribuiçãoacima mais o pedágio.

Reajuste do Benefício: Paridade

MULHER

Todas as servidoras

Tempo de contribuição: 9125 dias (25anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5anos) Idade mínima:48 anos Pedágio: Acréscimo de 40% no tempo que faltava em 16/12/98, para atingir o tempo total decontribuição.

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Forma de cálculo: Proventos proporcionais equivalentes a 70% do valor máximo que o servidorpoderia obter, acrescido de 5% por ano de contribuição que supere o tempo de contribuiçãoacima mais o pedágio.

Reajuste do Benefício: Paridade

ANEXO VITRANSIÇÃO PARA APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA COM PROVENTOS INTEGRAIS

Procedimento para o cálculo do tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para oservidoraposentar-se pela regra de transição, por tempo integral de contribuição, segundo as regrasestabelecidas no art. 8º da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 2003, art. 2ºda Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003 e art. 55 desta OrientaçãoNormativa.I - Homem1) Multiplicar o número de anos necessários para a aposentadoria integral por 365 (númerodedias no ano):35 x 365 = 12.775Esse resultado corresponde ao número de dias necessários à aposentadoria integral.2) Transformar em dias todo o tempo trabalhado anterior a 17 de dezembro de 1998 daseguinte forma:a) multiplicar o número de anos trabalhados por 365;b) em seguida, multiplicar o número de meses trabalhados por 30 (número de dias no mês);c) somar o resultado obtido das operações anteriores (a e b) ao número de dias trabalhadosinferiores a um mês, ou seja, inferiores a 30 dias. O resultado desse somatório correspondeaonúmero de dias trabalhados.3) Do resultado da operação 1 subtrair o resultado obtido da operação 2.Multiplicar o resultado obtido dessa operação pelo fator 1,2 (um virgula dois), para encontrar otempo com acréscimo de 20% (vinte por cento) estabelecido no art. 55, inciso III, alínea b,desta Orientação Normativa. O resultado dessa operação terá uma parte inteira e poderá teruma parte decimal. Caso tenha a parte decimal, arredondar para maior, sempre. Esse é otempo mínimo que falta, em dias, para a aposentadoria integral. (Exemplo: 952 X 1,2 =1.142,4.Arredondando-se para maior, obtém-se 1.143).4) Dividir o resultado da operação 3 (tempo com acréscimo de 20%) por 365. O resultadodessa operação terá uma parte inteira e poderá ter uma parte decimal. A parte inteira (àesquerda da vírgula) corresponde ao número de anos que faltava para aposentadoria.5) Multiplicar a parte inteira por 365.6) Do resultado da operação 3 subtrair o resultado obtido da operação 5.7) Se o resultado obtido da operação 6 for maior que 30, dividir esse resultado por 30.O resultado dessa operação terá uma parte inteira e poderá ter uma parte decimal. A parte inteiracorresponde ao número de meses que faltava para aposentadoria.8) Multiplicar a parte inteira por 30.9) Do resultado da operação 6 subtrair o resultado obtido da operação 8.Esse resultado corresponde ao número de dias que faltava para aposentadoria.33Exemplo:Um servidor que já conta com 20 anos, 4 meses e 6 dias de serviço, considerados os anos bissextos,deverá proceder assim:1) Multiplicar o número de anos necessários para a aposentadoria integral por 365:35 x 365 = 12.7752) Transformar em dias todo o tempo trabalhado anterior a 17 de dezembro de 1998 da seguinte forma:a) multiplicar o número de anos trabalhados por 365:

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20 x 365 = 7.300b) multiplicar o número de meses trabalhados por 30:4 x 30 = 120c) somar o resultado obtido das operações anteriores (a e b) ao número de dias trabalhados inferiores aum mês:7.300 + 120 + 6 = 7.4263) Do resultado da operação 1 subtrair o resultado da operação 2:a) 12.775 - 7.426 = 5.349b) multiplicar o resultado obtido dessa operação pelo fator 1,2:5.349 x 1,2 = 6.418,8c) arredondando a parte decimal para maior, obtém-se 6.419.Esse resultado é o tempo mínimo que falta em dias, para a aposentadoria integral.4) Dividir o resultado final da operação 3 (alínea c, correspondente ao tempo com acréscimo de 20%)por365:6.419: 365 = 17,5863A parte inteira (à esquerda da vírgula) corresponde ao número de anos.5) Multiplicar a parte inteira por 36517 x 365 = 6.2056) Do resultado final da operação 3 subtrair o resultado obtido da operação 5:6.419 - 6.205 = 2147) Dividir o resultado da operação 6 por 30:214: 30= 7,1333A parte inteira (à esquerda da vírgula) corresponde ao número de meses.8) Multiplicar a parte inteira por 30:7 x 30 = 2109) Do resultado da operação 6 subtrair o resultado obtido da operação 8:214 - 210 = 4Conclusão: Esse servidor irá trabalhar, a contar de 17 de dezembro de 1998, mais 17 anos, 7 meses e 4diasII - MulherOs procedimentos são os mesmos, bastando observar que o tempo de contribuição exigido para aaposentadoria integral da mulher é de 30 anos.Exemplo:Uma servidora que tenha trabalhado 20 anos, 4 meses e 6 dias, considerados os anos bissextos,procederá assim:341) Multiplicar o número de anos necessários para a aposentadoria integral por 365:30 x 365 = 10.9502) Transformar em dias todo o tempo trabalhado anterior a 17 de dezembro de 1998 da seguinte forma:a) multiplicar o número de anos trabalhados por 365:20 x 365 = 7.300b) multiplicar o número de meses trabalhados por 30:4 x 30 = 120c) somar o resultado obtido das operações anteriores (a e b) ao número de dias trabalhados inferiores aum mês:7.300 + 120 + ó = 7.4263) Do resultado da operação 1 subtrair o resultado da operação 2:a) 10.950 - 7.426 = 3.524b) multiplicar o resultado obtido dessa operação pelo fator 1,2:3.524 x 1,2 = 4.228,8c) arredondando a parte decimal para maior, obtém-se 4.229.Esse resultado é o tempo mínimo que falta, em dias, para a aposentadoria integral.4) Dividir o resultado final da operação 3 (alínea c, correspondente ao tempo com acréscimo de 20%)por365:4.229:365 = 11,5863A parte inteira (à esquerda da vírgula) corresponde ao número de anos.5) Multiplicar a parte inteira por 365:11 x 365 = 4.0156) Do resultado final da operação 3 subtrair o resultado obtido da operação 5:

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4.229 - 4 015 = 2147) Dividir o resultado da operação 6 por 30:214 : 30 = 7,1333A parte inteira (à esquerda da vírgula) corresponde ao número de meses.8) Multiplicar a parte inteira por 307 x 30 = 2109) Do resultado da operação 6 subtrair o resultado obtido da operação 8:214 - 210 = 4Conclusão: Essa servidora irá trabalhar, a contar de 17 de dezembro de 1998, mais 11 anos, 7 meses e4 dias.35

ANEXO VIITRANSIÇÃO PARA APOSENTADORIA ESPECIAL DE PROFESSOR

Procedimento para o cálculo do tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para o servidorocupantede cargo de professor, que tenha ingressado em cargo efetivo de magistério, aposentar-se pela regra detransição, com proventos integrais ao tempo de contribuição, segundo as regras estabelecidas no § 4ºdo art. 8º da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 2003, no § 4º do art. 2º da EmendaConstitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003 e no § 6º do art. 55 desta Orientação Normativa.I - Homem1) Multiplicar o número de anos necessários para a aposentadoria integral por 365 (número de dias noano):35 x 365 = 12.775Esse resultado corresponde ao número de dias necessários à aposentadoria integral.2) Transformar em dias todo o tempo trabalhado, anterior a 17 de dezembro de 1998, da seguinte forma:a) multiplicar o número de anos trabalhados por 365;b) em seguida, multiplicar o número de meses trabalhados por 30 (número de dias no mês);c) somar o resultado obtido das operações anteriores (a e b) ao número de dias trabalhados inferiores aum mês, ou seja, inferiores a 30 dias. O resultado desse somatório corresponde ao número de diastrabalhados;d) multiplicar o resultado obtido dessa operação pelo fator 1,17 (um vírgula dezessete). Esse é o tempode serviço, com acréscimo de 17%, para o professor previsto no § 6º do art. 55 desta OrientaçãoNormativa.3) Do resultado da operação 1 subtrair o resultado obtido da operação 2.Multiplicar o resultado obtido dessa operação pelo fator 1,2 (um virgula dois), para encontrar o tempocom acréscimo de 20% (vinte por cento) estabelecido no art. 55, inciso III, alínea b, desta OrientaçãoNormativa. O resultado dessa operação terá uma parte inteira e poderá ter uma parte decimal. Casotenha a parte decimal, arredondar para maior, sempre. Esse é o tempo mínimo que falta, em dias, paraaaposentadoria integral. (Exemplo: 952 X 1,2 = 1.142,4. Arredondando-se para maior, obtém-se 1.143).4) Dividir o resultado da operação 3 (tempo com acréscimo de 20%) por 365. O resultado dessaoperação terá uma parte inteira e poderá ter uma parte decimal. A parte inteira (à esquerda da vírgula)corresponde ao número de anos que faltava para aposentadoria.5) Multiplicar a parte inteira por 365.6) Do resultado da operação 3 subtrair o resultado obtido da operação 5.7) Se o resultado obtido da operação 6 for maior que 30, dividir esse resultado por 30.O resultado dessa operação terá uma parte inteira e poderá ter uma parte decimal. A parte inteiracorresponde ao número de meses que faltava para aposentadoria.8) Multiplicar a parte inteira por 30.9) Do resultado da operação 6 subtrair o resultado obtido da operação 8.Esse resultado corresponde ao número de dias que faltava para aposentadoria.Exemplo:Um servidor que já conta com 22 anos, 10 meses e 17 dias de serviço, considerados os anos bissextos,deverá proceder assim:361) Multiplicar o número de anos necessários para a aposentadoria integral por 365:35 x 365 = 12.7752) Transformar em dias todo o tempo trabalhado anterior a 17 de dezembro de 1998 da seguinte forma:

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a) multiplicar o número de anos trabalhados por 365:22 x 365 = 8.030b) multiplicar o número de meses trabalhados por 30:10 x 30 = 300c) somar o resultado obtido das operações anteriores (a e b) ao número de dias trabalhados inferiores aum mês:8.030 + 300 + 17 = 8.347d) multiplicar o resultado dessa operação pelo fator 1,17:8.347 x 1,17 = 9.765,99Esse é tempo de serviço anterior a 17 de dezembro de 1998, com adicional de 17%.3) Do resultado da operação 1 subtrair o resultado da operação 2:a) 12.775 – 9.765,99 = 3.009,01b) multiplicar o resultado obtido dessa operação pelo fator 1,23.009,01 x 1,2 = 3.610,81c) arredondando-se a parte decimal para maior, obtém-se 3.611.Esse resultado é o tempo mínimo que falta, em dias, para a aposentadoria integral.4) Dividir o resultado final da operação 3 (alínea c, correspondente ao tempo com acréscimo de 20%)por365:3.611 : 365 = 9,89315A parte inteira (à esquerda da vírgula) corresponde ao número de anos.5) Multiplicar a parte inteira por 3659 x 365 = 3.2856) Do resultado final da operação 3 subtrair o resultado obtido da operação 5:3.611 – 3285 = 3267) Dividir o resultado da operação 6 por 30:326 : 30 = 10,8666A parte inteira (à esquerda da vírgula) corresponde ao número de meses.8) Multiplicar a parte inteira por 30:10 x 30 = 3009) Do resultado da operação 6 subtrair o resultado obtido da operação 8:326 – 300 = 26Conclusão: Esse servidor irá trabalhar, a contar de 17 de dezembro de 1998, mais 9 anos, 10 meses e26 diasII - MulherOs procedimentos são os mesmos, bastando observar que o tempo de contribuição exigido para aaposentadoria integral da mulher é de 30 anos e que o acréscimo no tempo de serviço exercido até 16de dezembro de 1998 será de 20%.Exemplo:37Uma servidora que tenha trabalhado 22 anos, 10 meses e 17 dias, considerados os anos bissextos,procederá assim:1) Multiplicar o número de anos necessários para a aposentadoria integral por 365:30 x 365 = 10.9502) Transformar em dias todo o tempo trabalhado anterior a 17 de dezembro de 1998 da seguinte forma:a) multiplicar o número de anos trabalhados por 365:22 x 365 = 8.030b) multiplicar o número de meses trabalhados por 30:10 x 30 = 300c) somar o resultado obtido das operações anteriores (a e b) ao número de dias trabalhados inferiores aum mês:8.030 + 300 + 17 = 8.347d) multiplicar o resultado obtido dessa operação pelo fator 1,2:8.347 x 1,2 = 10.016,4Esse é tempo de serviço anterior a 17 de dezembro de 1998, com adicional de 20%.3) Do resultado da operação 1 subtrair o resultado da operação 2:a) 10.950 – 10.016,4 = 933,60b) multiplicar o resultado obtido dessa operação pelo fator 1,2:933,6 x 1,2 = 1.120,32c) arredondando-se a parte decimal para maior, obtém-se 1.121.Esse resultado é o tempo mínimo que falta, em dias, para a aposentadoria integral.

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4) Dividir o resultado final da operação 3 (alínea b, correspondente ao tempo com acréscimo de 20%)por 365:1.121 : 365 = 3,07123A parte inteira (à esquerda da vírgula) corresponde ao número de anos.5) Multiplicar a parte inteira por 365:3 x 365 = 1.0956) Do resultado final da operação 3 subtrair o resultado obtido da operação 5:1.121 – 1.095 = 26Como o resultado da operação foi menor do que 30, o resultado dessa operação corresponde aonúmerode dias.Conclusão: Essa servidora irá trabalhar, a contar de 17 de dezembro de 1998, mais 3 anos e 26 dias.38

ANEXO VIIITRANSIÇÃO PARA APOSENTADORIA COM PROVENTOS PROPORCIONAIS

Procedimento para o cálculo do tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para o servidoraposentar-se pela regra de transição, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, segundoas regras estabelecidas no art. 8º da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998.I - Homem1) Multiplicar o número de anos necessários para a aposentadoria proporcional por 365 (número de diasno ano):30 x 365 = 10.950Esse resultado corresponde ao número de dias necessários à aposentadoria proporcional.2) Transformar em dias todo o tempo trabalhado anterior a 17 de dezembro de 1998 da seguinte forma:a) multiplicar o número de anos trabalhados por 365;b) em seguida, multiplicar o número de meses trabalhados por 30 (número de dias no mês),c) somar o resultado obtido das operações anteriores (a e b) ao número de dias trabalhados inferiores aum mês, ou seja, inferiores a 30 dias. O resultado desse somatório corresponde ao número de diastrabalhado.3) Do resultado da operação 1 subtrair o resultado obtido da operação 2.Multiplicar o resultado obtido dessa operação pelo fator 1,4 (um vírgula quatro), para encontrar o tempocom acréscimo de 40% (quarenta por cento) estabelecido no art. 8º, § 1º, inciso I, alínea b, da EmendaConstitucional nº 20, de 1998. O resultado dessa operação terá uma parte inteira e poderá ter uma partedecimal. Caso tenha a parte decimal, arredondar para maior, sempre. Esse é o tempo mínimo que falta,em dias, para a aposentadoria proporcional. (Exemplo: 952 x 1,4 = 1.332,8. Arredondando-se paramaior, obtém-se 1.3333).4) Dividir o resultado da operação 3 (tempo com acréscimo de 40%) por 365. O resultado dessaoperação terá uma parte inteira e poderá ter uma parte decimal. A parte inteira (à esquerda da vírgula)corresponde ao número de anos que faltava para aposentadoria.5) Multiplicar a parte inteira por 365.6) Do resultado da operação 3 subtrair o resultado obtido da operação 5.7) Se o resultado obtido da operação 6 for maior que 30, dividir esse resultado por 30.O resultado dessa operação terá uma parte inteira e poderá ter uma parte decimal. A parte inteiracorresponde ao número de meses que faltava para aposentadoria.8) Multiplicar a parte inteira por 30.9) Do resultado da operação 6 subtrair o resultado obtido da operação 8.Esse resultado corresponde ao número de dias que faltava para aposentadoria.Exemplo:Um servidor que já conta com 20 anos, 4 meses e 6 dias de serviço, considerados os anos bissextos,deverá proceder assim:1) Multiplicar o número de anos necessários para a aposentadoria proporcional por 365:30 x 365 = 10.9502) Transformar em dias todo o tempo trabalhado anterior a 17 de dezembro de 1998 da seguinte forma:39a) multiplicar o número de anos trabalhados por 365:20 x 365 = 7.300

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b) multiplicar o número de meses trabalhados por 30:4 x 30 = 120c) somar o resultado obtido das operações anteriores (a e b) ao número de dias trabalhados inferiores aum mês:7.300 + 120 + 6 = 7.4263) Do resultado da operação 1 subtrair o resultado da operação 2:a) 10.950 - 7.426 = 3.524b) multiplicar o resultado obtido dessa operação pelo fator 1,4:3 524 x 1,4 = 4.933,6c) arredondando a parte decimal para maior, obtém-se 4.934.Esse resultado é o tempo mínimo que falta, em dias, para a aposentadoria proporcional.4) Dividir o resultado final da operação 3 (alínea c, correspondente ao tempo com acréscimo de 40%)por3654.934 : 365 = 13,5178A parte inteira (a esquerda da vírgula) corresponde ao número de anos.5) Multiplicar a parte inteira por 365:13 x 365 = 4.7456) Do resultado final da operação 3 subtrair o resultado obtido da operação 5:4.934 - 4.745 = 1897) Dividir o resultado da operação 6 por 30:189 : 30 = 6,3A parte inteira (a esquerda da vírgula) corresponde ao número de meses.8) Multiplicar a parte inteira por 30:6 x 30 = 1809) Do resultado da operação 6 subtrair o resultado obtido da operação 8:189 - 180 = 9Conclusão: Esse servidor irá trabalhar, a contar de 17 de dezembro de 1998, mais 13 anos, 6 meses e 9diasII - MulherOs procedimentos são os mesmos bastando observar que o tempo de contribuição exigido para aaposentadoria proporcional da mulher é de 25 anos.Exemplo:Uma servidora que tenha trabalhado 20 anos, 4 meses e 6 dias, considerados os anos bissextos,procederá assim:1) Multiplicar o número de anos necessários para a aposentadoria proporcional por 365:25 x 365 = 9.1252) Transformar em dias todo o tempo trabalhado anterior a 17 de dezembro de 1998 da seguinte forma:a) multiplicar o número de anos trabalhados por 365:20 x 365 = 7300b) multiplicar o número de meses trabalhados por 30:404 x 30 = 120c) somar o resultado obtido das operações anteriores (a e b) ao número de dias trabalhados inferiores aum mês:7.300 + 120 + 6 = 7.4263) Do resultado da operação 1 subtrair o resultado da operação 2:a) 9.125 - 7.426 = 1.699b) multiplicar o resultado obtido dessa operação pelo fator 1,4:1.699 x 1,4 = 2.378,6c) arredondando a parte decimal para maior, obtém-se 2.379.Esse resultado é o tempo mínimo que falta, em dias, para a aposentadoria proporcional.4) Dividir o resultado final da operação 3 (alínea c, correspondente ao tempo com acréscimo de 40%)por365:2379: 365 = 6,5178A parte inteira (à esquerda da vírgula) corresponde ao número de anos.5) Multiplicar a parte inteira por 365:6 x 365 = 2.1906) Do resultado final da operação 3 subtrair o resultado obtido da operação 5:2.379-2.190= 189

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7) Dividir o resultado da operação 6 por 30:189 : 30 = 6,3A parte inteira (à esquerda da vírgula) corresponde ao número de meses.8) Multiplicar a parte inteira por 30:6 x 30 = 1809) Do resultado da operação 6 subtrair o resultado obtido da operação 8 : 189 - 180 = 9Conclusão: Essa servidora irá trabalhar, a contar de 17 de dezembro de 1998, mais 6 anos, 6 meses e 9dias.