reflexão formação be 2.0

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Page 1: Reflexão formação be  2.0

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Reflexão

Esta formação tinha como objetivo geral capacitar o professor bibliotecário e através

dele a equipa da BE para o uso de ferramentas da Web 2.0. Neste contexto pretende-

se evoluir de uma web estática (que fornecia conteúdos acabados) para uma web 2.0

participativa, partilhada e dinâmica. De acordo com Tim O`Reilly, “na base da Web 2.0

está a participação dos utilizadores: eles acrescentam valor à rede, o serviço melhora

quanto mais pessoas o usam, qualquer utilizador pode criar conteúdos e avaliar os que

encontra (rating),”aproveitando a inteligência coletiva.

Esta nova perspetiva da Web 2.0 vai implicar também a forma de estar e de trabalhar

da Biblioteca Escolar. Em 2005, apareceu o termo Biblioteca 2.0 com Michael Casey e

em 2006, Maness1 propunha quatro características para definir a Biblioteca 2,0:

centrada no utilizador; disponibilizaria uma experiência multimédia, seria socialmente

rica e inovadora ao serviço da comunidade. A partir daqui são múltiplos os desafios

que se colocam às bibliotecas escolares que, na minha opinião, (salvo raras exceções)

em Portugal, ainda estão a dar os primeiros passos: começam por construir um blogue

que faz essencialmente a divulgação das atividades da biblioteca e algumas possuem

facebook e twitter mas com pouco desenvolvimento. Estas ações de formação (e terão

que ser mais) irão contribuir para a mudança deste panorama, com a aquisição de

novas competências nos domínios das literacias, nomeadamente a tecnológica,

permitindo a integração destes novos aplicativos web nas práticas educativas/BE.

Para a elaboração desta reflexão revisitei novamente os documentos publicados no

Moodle, o formulário da criação desta ação apresentado ao conselho científico-

pedagógico da formação contínua e o(s) blogue(s) criado(s) para esta formação, com

os trabalhos realizados. O fio condutor será a temática das sessões e no fim

apresentarei algumas considerações.

Iniciamos a formação prenunciando-nos sobre as nossas experiências prévias da Web

2.0 e fazendo uma análise do exposto pelos formando, salvo algumas exceções, na

minha opinião, o nível de conhecimento dos formados não é dos mais elevados. No

meu caso, concretamente, faço a gestão de duas disciplinas no Moodle e do blogue da

biblioteca. Apesar da biblioteca ter facebook este nem sempre estava atualizado pois

antes desta formação não percebia a dimensão das suas potencialidades (

pessoalmente considerava ser um veículo de cusquice ).Sobre o twitter a minha filha

adolescente ia-me elucidando, mas também foi a formação que me apresentou as suas

vantagens. Só com a formação fui refletindo e percebendo as potencialidades que os

aplicativos apresentados podem ter no trabalho diário das Bibliotecas.

1 http://www.webology.ir/2006/v3n2/a25.html

Page 2: Reflexão formação be  2.0

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Sessão 1

Criou-se o blogue da formação que conterá todo o trabalho desenvolvido ao longo da

formação e que será objeto de avaliação. Esta era a única ferramenta da ação que

conhecia e utilizava frequentemente. A novidade consistiu na possibilidade da criação

de novas páginas.

Sessão 2

Elaborou-se uma reflexão sobre a importância pedagógica dos Blogues no contexto da

Biblioteca Escolar onde se apontou que a importância dos blogues no contexto da

Biblioteca Escolar centraram-se inicialmente na divulgação de atividades e na

promoção da leitura tendo com objetivo primordial dar visibilidade ao trabalho da BE.

No entanto, os blogues começam a incluir aplicações, a publicar trabalhos (textos,

vídeos, filmes...) elaborados por alunos e professores numa dinâmica construtiva, a

permitir a interação... Apesar deste movimento, necessário para fomentar a

participação, a criatividade e a inteligência coletiva, Proença (2012) não considera que

as Bibliotecas Escolares, sejam já, verdadeiras Bibliotecas Escolares 2.0.

Este texto serviu depois de pretexto para a utilização do slideshare como ferramenta

de inserção no blogue. Ainda nesta sessão se elaborou um filme e se selecionaram

fotografias que nos familiarizaram respetivamente com o youtube e o slideshow e

posteriormente com a sua colocação no blogue.

Sessão 3

Esta sessão consistiu numa reunião síncrona utilizando o aplicativo TeamWiewer e foi

estruturada em duas partes. Na primeira parte, as formadoras fizeram um balanço das

ferramentas propostas e das atividades elaboradas pelos formandos, apresentadas nos

respetivos blogues de registo/avaliação. Na segunda parte, os formandos tiveram

oportunidade de experienciarem esta modalidade de comunicação síncrona que

possibilitava simultaneamente a visualização e audição em tempo real e com

possibilidade de transmissão de mensagens de texto através do chat disponibilizado.

Esta sessão de reunião à distância pressupunha uma serie de recursos/necessidades

que poderiam falhar (por exemplo a ligação à net) na hora marcada e impossibilitar a

comunicação. Esta foi uma das etapas que causou mais constrangimentos, mas que,

depois de ultrapassada mostrou as potencialidades deste aplicativo de reuniões à

distância: intuitivo, rápido, sem custos e seguro. Nem todos conseguiram participar.

Page 3: Reflexão formação be  2.0

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Sessão 4

Apresentou-se a LibraryThing que é uma rede social que liga pessoas com interesses

em livros. Permite catalogar, partilhar e interagir entre os seus utilizadores. Após uma

inscrição tornamo-nos membros desta rede / serviço que permite criar e partilhar uma

coleção de livros/bibliotecas, constituir um grupo de amigos, convidá-los a aderirem e

depois trocar impressões, criticas e sugestões.

Sessão 5 e 6

A sessão do Facebook , do Twittwr e do Hotsuite

A sessão teórica dinamizada pelo João Paulo Proença foi realmente muito interessante

mas a gestão de tempo não foi a melhor. Perspetivava sair dessa sessão a “mexer” nos

aplicativos /ferramentas propostas mas não foi o que aconteceu. De novo em casa tive

que explorar as mesmas como aconteceu ao longo de toda a formação.

As bibliotecas que consegui encontrar no twiter utilizam-no basicamente, à

semelhança do que se verifica com o blogue e o facebook, para a divulgação, pois o

Twitter permite através de mensagens curtas, que as BE divulguem o que vai

acontecendo.

Considero o hootsuite de grande utilidade e foi a ferramenta que imediatamente

integrei nas minhas práticas. Por fim incorporaram-se os widgets do facebook e do

twitter no blogue da formação e realizou-se uma reflexão sobre uma biblioteca que

fizesse uma boa utilização do twitter.

Sessão 7

Esta sessão procurou refletir a problemática da proliferação dos documentos digitais,

do seu fácil acesso e da necessidade de adquirir competências de literacia de

informação para saber utilizar a informação de forma crítica. Posteriormente utilizou-

se uma tabela para a avaliação de Recursos Educativos Digitais.

Sessão 8

A familiarização com a ferramenta DIIGO O que permite arquivar e organizar a

informação disponível na Internet mediante etiquetas (tags) foi uma grata surpresa e

sem dúvida, das ferramentas apresentadas, de grande utilidade para ser utilizada nas

Bibliotecas Escolares.

Sessão 9

Esta sessão que se pretendia síncrona utilizando o aplicativo TeamWiewer foi a mais

frustrante para mim. Possuidora de um PC que não tem Câmera Web tive que utilizar

um outro e apesar da primeira vez não ter qualquer problema, nesta sessão, conseguia

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ver e ouvir os formandos e formadoras mas nunca consegui entrar na reunião. No

entanto, como estava com a Dulce consegui acompanhar a sessão apesar de existirem

várias interrupções.

Nesta sessão as formadoras fizeram um balanço geral da formação em especial sobre a

sessão 8 –DIIGO e a concretização das suas tarefas.

Sessão 10

Apresentação de uma ferramenta Web. Escolhi a ferramenta Prezi por não a conhecer

e ter ouvido na Biblioteca uma aluna dizer que pretendia fazer uma apresentação em

Prezi. Penso que fiquei a conhecer e a manusear esta ferramenta, pelo menos na

perspetiva do utilizador.

Após ter feito uma breve retrospetiva desta formação apresentarei umas

considerações finais:

Uma das limitações que posso apontar é que se torna difícil para o formando (pelo

menos para mim) verbalizar/ formalizar a dúvida assim como também deve ser difícil

para as formadoras perceberem os reais aspetos da mesma. Esta dificuldade de

comunicação é um dos aspetos limitativos da formação on-line e que me impediu de

recorrer mais frequentemente. Também me apercebi que realizar as tarefas

imediatamente à sua publicação só trazia vantagens, tinha mais tempo para resolver

os problemas que fossem surgindo (por exemplo ficar sem conta google, não ter

determinadas barras de ferramentas expostas...) e tinha o feedback das formadores o

que ainda me permitia reformular o trabalho e publicar novamente.

Em relação à última formação (MABE) deve-se referir que a existência de um maior

período entre a colocação das tarefas pelas formadoras e seu término foi um aspeto

positivo. No entanto, pelo menos para mim, considero que existiu um grande

desfasamento entre o tempo proposto na formação e o utilizado efetivamente para

desenvolver as tarefas (com alguma qualidade), que foi substancialmente maior.

Apesar desta modalidade de formação Oficina de Formação pressupor à partida um

maior investimento, a atribuição de um crédito (1,2) é manifestamente pouco .

Por fim gostaria de salientar que é um privilégio, nestes tempos conturbados,

frequentar as formações oferecidas pela RBE (sempre de grande qualidade) e

agradecer o empenho e o acompanhamento permanente das formadoras.

Adelina Fonseca