REFLEXÃO ÉTICA REFLEXÃO ÉTICA SOBRE A DIGNIDADE SOBRE A DIGNIDADE

HUMANAHUMANA

IntroduçãoIntrodução

• A reflexão sobre o conceito de A reflexão sobre o conceito de dignidade humana situa-se no núcleo dignidade humana situa-se no núcleo das questões que abarcam as das questões que abarcam as transformações do conceito de vida, de transformações do conceito de vida, de humano, de vida humana e as suas humano, de vida humana e as suas implicações a nível do implicações a nível do desenvolvimento, da solidariedade e desenvolvimento, da solidariedade e igualdade dos seres que habitam a igualdade dos seres que habitam a mesma Terra.mesma Terra.

• ““[...] tentam, por uma argumentação [...] tentam, por uma argumentação coletiva, elaborar modelos que coletiva, elaborar modelos que permitam uma melhor qualidade de permitam uma melhor qualidade de vida, respeitando simultaneamente vida, respeitando simultaneamente as liberdades individuais e a as liberdades individuais e a dignidade humana” (Ricoeur e dignidade humana” (Ricoeur e Changeux, 1998: 335).Changeux, 1998: 335).

• A questão da dignidade humana, A questão da dignidade humana, quatro princípios fundamentais:quatro princípios fundamentais:

- o princípios da beneficênciao princípios da beneficência

- O princípio da não-maleficência; O princípio da não-maleficência;

- o princípio da justiça o princípio da justiça

- o princípio da autonomia.o princípio da autonomia.

• A noção de dignidade humana, que varia A noção de dignidade humana, que varia consoante as épocas e os locais:consoante as épocas e os locais:

- é uma idéia força que atualmente- é uma idéia força que atualmente- é a base dos Direitos Humanos. No - é a base dos Direitos Humanos. No

preâmbulo da Declaração Universal dos preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948: “Os direitos Direitos Humanos, de 1948: “Os direitos humanos são a expressão direta da humanos são a expressão direta da dignidade da pessoa humana, a obrigação dignidade da pessoa humana, a obrigação dos Estados de assegurarem o respeito que dos Estados de assegurarem o respeito que decorre do próprio reconhecimento dessa decorre do próprio reconhecimento dessa dignidade” dignidade” - implicações a nível dos direitos - implicações a nível dos direitos econômicos, sociais, culturais, indispensáveis econômicos, sociais, culturais, indispensáveis à concretização da dignidade humana.à concretização da dignidade humana.

• A atenção à dignidade humana as novas A atenção à dignidade humana as novas concepções do humanoconcepções do humano

- O que é ser humano, face às novas - O que é ser humano, face às novas biotecnologias e à imagem corporal em biotecnologias e à imagem corporal em pedaços?pedaços?

- O que é ser humano, nas desigualdades O que é ser humano, nas desigualdades sociais e econômicas? sociais e econômicas?

- Qual o lugar que o homem se atribuiu a si Qual o lugar que o homem se atribuiu a si próprio no âmbito dum mundo tecnicizado, próprio no âmbito dum mundo tecnicizado, que perdeu a ligação ao mundo sensível, que perdeu a ligação ao mundo sensível, ao mundo vivo, cometendo atos indignos ao mundo vivo, cometendo atos indignos contra a ecologia? contra a ecologia?

• A dignidade humana é um conceito A dignidade humana é um conceito evolutivo, dinâmico, abrangente. Os evolutivo, dinâmico, abrangente. Os princípios que lhe estão associados: princípios que lhe estão associados:

- o da não-discriminação - o da não-discriminação - o direito à vida- o direito à vida- a proibição de tratamentos cruéis, - a proibição de tratamentos cruéis,

desumanos ou degradantesdesumanos ou degradantes- o respeito pela vida pessoal e familiar- o respeito pela vida pessoal e familiar- o direito à saúde, à educação, à moradia- o direito à saúde, à educação, à moradia

REFLEXÃO FILOSÓFICAREFLEXÃO FILOSÓFICA

• O conceito de dignidade humana tem O conceito de dignidade humana tem fundamentos na filosofia do mundo fundamentos na filosofia do mundo ocidental. ocidental.

• A História, desde a Antiguidade A História, desde a Antiguidade Oriental até à Idade Contemporânea, Oriental até à Idade Contemporânea, demonstra que nem sempre houve demonstra que nem sempre houve reconhecimento do primado do ser reconhecimento do primado do ser humano. humano.

• Deve-se a Immanuel Kant (1724-1804), uma das Deve-se a Immanuel Kant (1724-1804), uma das contribuições mais decisivas para o conceito de contribuições mais decisivas para o conceito de dignidade humana. dignidade humana.

““No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode pôr-se, em vez dela, qualquer outra coisa pode pôr-se, em vez dela, qualquer outra coisa como equivalente; mas quando uma coisa está como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e portanto não permite acima de todo o preço, e portanto não permite equivalente, então ela tem dignidade” (Kant, equivalente, então ela tem dignidade” (Kant, 1991: 77)1991: 77)

- Para Kant, o ser humano é um valor absoluto, fim - Para Kant, o ser humano é um valor absoluto, fim em si mesmo, porque dotado de razão. A sua em si mesmo, porque dotado de razão. A sua autonomia, porque ser racional, é a raiz da autonomia, porque ser racional, é a raiz da dignidade, pois é ela que faz do homem um fim dignidade, pois é ela que faz do homem um fim em si mesmo.em si mesmo.

• Dois conceitos importantes: o do Dois conceitos importantes: o do respeito (Kant) e do reconhecimento respeito (Kant) e do reconhecimento (Hegel). (Hegel).

• A dignidade é o efeito deste A dignidade é o efeito deste reconhecimento. Neste reconhecimento reconhecimento. Neste reconhecimento recíproco o ser humano torna-se capaz recíproco o ser humano torna-se capaz de liberdade. Neste sentido enquanto o de liberdade. Neste sentido enquanto o outro não for totalmente livre, eu não outro não for totalmente livre, eu não sou livre. sou livre.

• Depois da capacidade de autonomia, de Depois da capacidade de autonomia, de autenticidade e de liberdade mediante o autenticidade e de liberdade mediante o reconhecimento do outro, há um outro reconhecimento do outro, há um outro momento da fundamentação da momento da fundamentação da dignidade: o ser humano é capaz de se dignidade: o ser humano é capaz de se elevar acima das circunstâncias imediatas elevar acima das circunstâncias imediatas do seu ambiente para colocar questões do seu ambiente para colocar questões sobre o sentido do real.sobre o sentido do real.

• A Dignidade Humana é o reconhecimento A Dignidade Humana é o reconhecimento de um valor. É um princípio moral baseado de um valor. É um princípio moral baseado na finalidade do ser humano e não na sua na finalidade do ser humano e não na sua utilização como um meio. utilização como um meio.

• A auto-realização pessoal, que seria A auto-realização pessoal, que seria o objeto e a razão da dignidade, só é o objeto e a razão da dignidade, só é possível através da solidariedade possível através da solidariedade ontológica com todos os membros da ontológica com todos os membros da nossa espécie. nossa espécie.

REFLEXÃO BIOLÓGICAREFLEXÃO BIOLÓGICA

• A biologia se ocupa do estudo da matéria viva, A biologia se ocupa do estudo da matéria viva, desde as moléculas que constituem os seres desde as moléculas que constituem os seres vivos até à globalidade do próprio ser.vivos até à globalidade do próprio ser.

• A dignidade humana só é uma característica A dignidade humana só é uma característica de cada ser humano na medida em que é a de cada ser humano na medida em que é a característica fundamental de toda a característica fundamental de toda a humanidade. A dignidade está na totalidade humanidade. A dignidade está na totalidade do humano e cada ser emerge com a sua do humano e cada ser emerge com a sua própria dignidade dessa totalidade do própria dignidade dessa totalidade do humano. humano.

• No aspecto biológico não se encontram No aspecto biológico não se encontram suportes que fundamentem um estatuto suportes que fundamentem um estatuto especial para o ser humano. Nesse sentido, especial para o ser humano. Nesse sentido, torna-se difícil definir o conceito de Dignidade torna-se difícil definir o conceito de Dignidade Humana sobretudo quando, objetivamente, Humana sobretudo quando, objetivamente, se refere a um determinado ser humano: se refere a um determinado ser humano:

- Quando tem início o ser humano? No - Quando tem início o ser humano? No momento da fecundação do óvulo? Durante a momento da fecundação do óvulo? Durante a gestação, quando se manifestam as gestação, quando se manifestam as primeiras ondas elétricas no encéfalo do feto primeiras ondas elétricas no encéfalo do feto ou os primeiros batimentos cardíacos? No ou os primeiros batimentos cardíacos? No momento do nascimento completo? Quando momento do nascimento completo? Quando o indivíduo adquire consciência de si mesmo?o indivíduo adquire consciência de si mesmo?

• E quando termina a dignidade do ser E quando termina a dignidade do ser humano: quando é verificado o humano: quando é verificado o óbito? Quando entra em estado óbito? Quando entra em estado vegetativo persistente? Ou o ser vegetativo persistente? Ou o ser humano deve ser sempre respeitado humano deve ser sempre respeitado na sua dignidade, na sua dignidade, independentemente da respectiva independentemente da respectiva condição biológica?condição biológica?

- Será possível aceitar sem dignidade humana - Será possível aceitar sem dignidade humana a pessoa que padece de grave perturbação a pessoa que padece de grave perturbação mental ou deficiência física profunda? E os mental ou deficiência física profunda? E os mais capazes, os mais inteligentes e mais mais capazes, os mais inteligentes e mais cultos, serão biologicamente mais dignos? cultos, serão biologicamente mais dignos? Poderá existir uma dignidade biológica? Poderá existir uma dignidade biológica? Pode-se ser biologicamente indigno ou, pelo Pode-se ser biologicamente indigno ou, pelo contrário, não há qualquer indignidade na contrário, não há qualquer indignidade na forma como existimos? Pode-se ser mais ou forma como existimos? Pode-se ser mais ou menos biologicamente digno? Existe um menos biologicamente digno? Existe um determinismo biológico para a dignidade ou determinismo biológico para a dignidade ou indignidade? indignidade?

• Todo e qualquer ser humano é Todo e qualquer ser humano é portador desde à concepção da sua portador desde à concepção da sua própria dignidade só pelo fato de ser própria dignidade só pelo fato de ser pessoa. pessoa.

• A dignidade humana é um valor que A dignidade humana é um valor que se baseia nas capacidades originais se baseia nas capacidades originais da pessoa e supera a estrutura da pessoa e supera a estrutura biológica do ser humano. biológica do ser humano.

ASPECTOS ASPECTOS PSICOLÓGICOSPSICOLÓGICOS• A psicologia tem por objetivo o estudo da A psicologia tem por objetivo o estudo da

atividade psíquica dos seres humanos. atividade psíquica dos seres humanos. • Poderá a reflexão sobre a psicologia dos Poderá a reflexão sobre a psicologia dos

humanos contribuir para nos aproximar duma humanos contribuir para nos aproximar duma melhor compreensão da dignidade humana? melhor compreensão da dignidade humana?

• A psicologia do desenvolvimento mostra que A psicologia do desenvolvimento mostra que no cérebro esta rede complexa se vai no cérebro esta rede complexa se vai estruturando desde o estádio de feto, à estruturando desde o estádio de feto, à medida que o recém-nascido se vai medida que o recém-nascido se vai integrando no ambiente que o rodeia, através integrando no ambiente que o rodeia, através dos estímulos sensoriais e do dos estímulos sensoriais e do desenvolvimento da própria linguagem.desenvolvimento da própria linguagem.

• Mas todos estes progressos da Mas todos estes progressos da psicologia não explicam por si sós os psicologia não explicam por si sós os motivos porque os seres humanos motivos porque os seres humanos são merecedores de uma dignidade são merecedores de uma dignidade própria da sua espécie, diferente e própria da sua espécie, diferente e superior à de outras espécies superior à de outras espécies animais. animais.

• O conceito de auto-consciência da O conceito de auto-consciência da dignidade pessoal é flutuante: ao dignidade pessoal é flutuante: ao longo da vida cada pessoa tem longo da vida cada pessoa tem conceitos diferentes da sua própria conceitos diferentes da sua própria dignidade. dignidade.

1º) É enquanto ser psicológico que o ser 1º) É enquanto ser psicológico que o ser humano adquire uma dimensão mais humano adquire uma dimensão mais forte da sua própria dignidade. Os forte da sua própria dignidade. Os grandes valores do ser humano, grandes valores do ser humano, aqueles que lhe dão originalidade no aqueles que lhe dão originalidade no quadro da criação, são exatamente os quadro da criação, são exatamente os aspectos da natureza psicológica.aspectos da natureza psicológica.

2º) A Dignidade Humana situa-se ao 2º) A Dignidade Humana situa-se ao nível psicológico no quadro de nível psicológico no quadro de valores que cada pessoa possui. As valores que cada pessoa possui. As pessoas que não forem capazes de pessoas que não forem capazes de adquirir a autonomia têm dificuldade adquirir a autonomia têm dificuldade em afirmar a sua própria dignidade. em afirmar a sua própria dignidade. Respeitar a autonomia nos outros é Respeitar a autonomia nos outros é também uma forma de respeitar a também uma forma de respeitar a dignidade de cada um.dignidade de cada um.

3º) Os aspectos psicológicos da Dignidade 3º) Os aspectos psicológicos da Dignidade Humana têm a ver com o que nós sentimos Humana têm a ver com o que nós sentimos que somos e com a percepção que os outros que somos e com a percepção que os outros têm de nós. Ao mesmo tempo esta questão têm de nós. Ao mesmo tempo esta questão é influenciada pelo meio em que se vive e é influenciada pelo meio em que se vive e pelo modo como se coexiste com ele: pode-pelo modo como se coexiste com ele: pode-se ser visto como digno em determinado se ser visto como digno em determinado meio, como p. ex. o meio familiar e ao meio, como p. ex. o meio familiar e ao mesmo tempo ser-se considerado como mesmo tempo ser-se considerado como indigno no meio profissional. Os aspectos indigno no meio profissional. Os aspectos psicológicos da Dignidade Humana não são psicológicos da Dignidade Humana não são valores absolutos em si, têm sempre valores absolutos em si, têm sempre critérios de relatividade.critérios de relatividade.

• Uma pessoa pode ser vista pela sociedade Uma pessoa pode ser vista pela sociedade como um ser indigno e sentir-se digno. como um ser indigno e sentir-se digno. Coloca-se de novo a seguinte questão: o Coloca-se de novo a seguinte questão: o que é a Dignidade Humana? É a sensação que é a Dignidade Humana? É a sensação que os outros têm de nós ou a sensação que os outros têm de nós ou a sensação que nós próprios temos de nós? que nós próprios temos de nós?

Trata-se, não da dignidade como valor em Trata-se, não da dignidade como valor em si, nem da sua compreensão racional por si, nem da sua compreensão racional por mim, mas da sua conotação intuitiva e mim, mas da sua conotação intuitiva e emocional em mim. E este aspecto, menos emocional em mim. E este aspecto, menos essencialista mas mais existencialista, não essencialista mas mais existencialista, não deve ser minimizado. deve ser minimizado.

• Que significado pode ter uma dignidade Que significado pode ter uma dignidade humana que se possa provar em termos humana que se possa provar em termos racionais, mas não tenha qualquer impacto racionais, mas não tenha qualquer impacto nas minhas motivações reais? Em termos nas minhas motivações reais? Em termos do meu viver existencial, ela não existe. do meu viver existencial, ela não existe.

Há que distinguir entre a percepção que cada Há que distinguir entre a percepção que cada um tem da sua dignidade pessoal, que vem um tem da sua dignidade pessoal, que vem de dentro da própria pessoa, e aquela que de dentro da própria pessoa, e aquela que vem de fora, através dos outros e do que vem de fora, através dos outros e do que eles pensam de nós. A primeira tem a ver eles pensam de nós. A primeira tem a ver com a auto-imagem, auto-consciência, com a auto-imagem, auto-consciência, auto-estima. A segunda é a dignidade do eu auto-estima. A segunda é a dignidade do eu trazida pelos outros. É uma aloimagem, trazida pelos outros. É uma aloimagem, uma alo-estima. uma alo-estima.

• Tanto a auto-imagem como a alo-imagem Tanto a auto-imagem como a alo-imagem da dignidade pessoal podem ser da dignidade pessoal podem ser hipertrofiadas ou hipotrofiadas. hipertrofiadas ou hipotrofiadas.

- A hipertrofia da auto-imagem poderá - A hipertrofia da auto-imagem poderá expressar-se, por exemplo, em formas de expressar-se, por exemplo, em formas de megalomania ou em situações em que se megalomania ou em situações em que se ganha súbita consciência do eu ganha súbita consciência do eu (adolescência, por exemplo) ou em reações (adolescência, por exemplo) ou em reações espontâneas à insegurança ou complexos espontâneas à insegurança ou complexos de inferioridade. de inferioridade.

- A hipotrofia poderá encontrar-se em estados - A hipotrofia poderá encontrar-se em estados depressivos ou em conseqüência de depressivos ou em conseqüência de situações de opressão, sujeição, doença, situações de opressão, sujeição, doença, prisão, confinamento forçado e outros. prisão, confinamento forçado e outros. Nesses casos, a dignidade objetiva pode ser Nesses casos, a dignidade objetiva pode ser subjetivamente atenuada ou até eliminada.subjetivamente atenuada ou até eliminada.

• O aspecto dinâmico, que começa a O aspecto dinâmico, que começa a construir-se desde os primórdios da construir-se desde os primórdios da concepção, até à morte, com dois sentidos, concepção, até à morte, com dois sentidos, na consciência de si próprio e na da relação na consciência de si próprio e na da relação com os outros. Estas duas vertentes vão com os outros. Estas duas vertentes vão formando o conceito de Dignidade Humana. formando o conceito de Dignidade Humana. Este conceito varia ao longo da vida de Este conceito varia ao longo da vida de cada um, havendo uma evolução, uma cada um, havendo uma evolução, uma personalização permanente deste conceito. personalização permanente deste conceito.

• A criança adquire a idéia de dignidade a partir do A criança adquire a idéia de dignidade a partir do modo como é tratada, considerada e respeitada e modo como é tratada, considerada e respeitada e essa idéia não tem interrupções nem separações. essa idéia não tem interrupções nem separações. Mais tarde apreende a idéia de dignidade para Mais tarde apreende a idéia de dignidade para com os outros, na medida em que é ensinada a com os outros, na medida em que é ensinada a partilhar e a respeitar os limites dos outros. partilhar e a respeitar os limites dos outros.

Nesse sentido, cada pessoa cria um estilo único, ao Nesse sentido, cada pessoa cria um estilo único, ao nível psicológico, no modo de viver os seus nível psicológico, no modo de viver os seus comportamentos públicos e privados: embora comportamentos públicos e privados: embora haja uma diversidade de modos de perceber a haja uma diversidade de modos de perceber a dignidade psicológica, existe uma unidade de dignidade psicológica, existe uma unidade de estilo que atravessa os comportamentos e a auto-estilo que atravessa os comportamentos e a auto-consciência, que explicam a reciprocidade consciência, que explicam a reciprocidade dialética entre o modo como nos sentimos e dialética entre o modo como nos sentimos e como respeitamos o outro. como respeitamos o outro.

• A dignidade humana afirma que: todo o ser A dignidade humana afirma que: todo o ser humano, por o ser, é o maior valor, e este humano, por o ser, é o maior valor, e este sobressai quando é mais agredido, sobressai quando é mais agredido, violentado, ignorado ou negado. Deste violentado, ignorado ou negado. Deste modo, os comportamentos que mais modo, os comportamentos que mais indignificam o próprio são os que indignificam o próprio são os que indignificam os outros, sobretudo os mais indignificam os outros, sobretudo os mais débeis e vulneráveis (as crianças, os idosos, débeis e vulneráveis (as crianças, os idosos, os doentes, os excluídos por todas as os doentes, os excluídos por todas as razões, desde o poder econômico à falta de razões, desde o poder econômico à falta de amor). amor).