referencial de gestão ccaf

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1 ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO CÂMARA DE CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL Referencial de Gestão CCAF Brasília, setembro de 2011.

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O conteúdo deste Referencial de Gestão tem como pressuposto principal estabelecer parâmetros adicionais aos objetivos da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal – CCAF, permitindo-lhe o cumprimento de sua missão institucional, qual seja, atuar como ferramenta apropriada da Consultoria-Geral da União e da Advocacia-Geral da União na disseminação da cultura da solução consensual de conflitos no âmbito da Administração Pública.

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Page 1: Referencial de Gestão CCAF

1

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO

CÂMARA DE CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL

Referencial de Gestão

CCAF

Brasília, setembro de 2011.

Page 2: Referencial de Gestão CCAF

2

ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO

Advogado-Geral da União

Luís Inácio Lucena Adams

Consultor-Geral da União

Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy

Consultor-Geral da União Substituto

Wilson de Castro Junior

Chefe de Gabinete

Seriane Donária Guichard

Diretor da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal

Francisco Orlando Costa Muniz

Diretora Substituta e Coordenadora de Gestão do Procedimento Conciliatório

Vera Inês Werle

Coordenadora de Articulação Federativa e Ações Descentralizadas

Patricia Batista Bertolo

Coordenadora de Apoio Institucional

Maria Isabel Cohim Ribeiro de Freitas

Conciliadores

Gina de Oliveira Mello

Gustavo Henrique Ribeiro de Melo

Luciane Moessa de Souza

Mareny Guerra de Oliveira

Helena Dias Leão Costa

Thaís Helena Ferrinho Pássaro

Assessoria de Planejamento

Eucário Godinho Filho

Vera Lúcia Teles de Oliveira

Assessoria de Gabinete

Maria Christina França Marinho

Maria Vilani Nunes da Silva Zouvi

Assessoria de Técnica

Enésio Bezerra Cabral

Paulo Roberto Vasconcelos

Secretaria

Ana Maria Botelho Rocha

Loinice Lourenço Felipe

Meire Luz da Silva

Rita de Cássia Melhorança Cardoso

Sandra de Andrade Magari

Estagiários: Antônio Carlos Pereira Alves, Breno Morais Souza, Gaspar Pereira de

Castro Junior, Gilvânia Cardoso dos Santos, Kaydher Fellype Lasmar Barbosa Vieira,

Tiago Jorge Ferreira Cavendish, Vitor Borges Marra.

Page 3: Referencial de Gestão CCAF

3

Índice

Introdução 4

I. Pressupostos 6

II. Princípios da Gestão 8

III. Referenciais da Conciliação 9

IV. Responsabilidades Institucionais 10

V. Rotina de Atividades dos Asseguradores de Execução -

exercício atual 12

VI. Rotina de Procedimentos na Câmara de Conciliação e

Arbitragem da Administração Federal - CCAF 25

VII. Ementário de Conciliação e Cartilha da CCAF 37

VIII. Orientador Normativo da Conciliação e da Atuação da

CCAF

38

Page 4: Referencial de Gestão CCAF

4

Introdução

A fundamental missão da Câmara de Conciliação e Arbitragem da

Administração Federal é atuar como instrumento institucional da

Consultoria Geral da União e da Advocacia-Geral da União em

suporte às demandas originadas nos vários segmentos da

administração pública quando da necessidade de composição

administrativa pela conciliação em face da existência de

controvérsias passíveis de judicialização.

Compartilhar o princípio dessa importante atividade com a efetividade

da execução é o maior desafio dessa ferramenta inovadora que

progressivamente vai se consolidando pelos resultados obtidos e pela

inovação em suas práticas.

Repensar as rotinas, entender as dificuldades e impasses do

ambiente institucional; revisitar conceitos do aprendizado na solução

contenciosa dos conflitos é mais que uma necessidade, é uma aposta

segura que se propaga pelo mundo e já se faz presente no universo

institucional do Poder Judiciário Brasileiro como resposta às

dificuldades na prestação jurisdicional.

Progressivamente, o processo de conciliação — materializado no

âmbito da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração

Federal – CCAF — firmou-se como uma realidade no âmbito da AGU

e uma ferramenta de solução institucional apropriada ao

encaminhamento de controvérsias de interesse dos demais

organismos de governo.

Atualizar o processo de construção do conhecimento — para o

adequado exercício das práticas utilizadas na solução dos conflitos

administrativos por meio da conciliação — e capacitar os agentes

públicos envolvidos nesse processo são iniciativas necessárias ao

Page 5: Referencial de Gestão CCAF

5

aprimoramento da atuação operacional da CCAF e, por decorrência, à

contínua revitalização de nossa instituição. É com fundamento nessas

variáveis que apresentamos o presente trabalho.

Page 6: Referencial de Gestão CCAF

6

Pressupostos

O conteúdo deste Referencial de Gestão tem como pressuposto principal

estabelecer parâmetros adicionais aos objetivos da Câmara de Conciliação e

Arbitragem da Administração Federal – CCAF, permitindo-lhe o cumprimento

de sua missão institucional, qual seja, atuar como ferramenta apropriada da

Consultoria-Geral da União e da Advocacia-Geral da União na disseminação

da cultura da solução consensual de conflitos no âmbito da Administração

Pública.

A elaboração do presente trabalho levou em conta o posicionamento

estratégico da AGU em adotar práticas conciliatórias como mecanismo mais

célere, eficaz e econômico para a solução de conflitos, quando da ocorrência

de controvérsias administrativas e/ou lides judiciais entre organismos

governamentais de todas as esferas da Administração Pública.

A solução conciliada vai ao encontro da visão moderna do Estado Gerencial na

medida em que traduz o cumprimento eficiente de suas finalidades, por meio

de mão de obra qualificada e instrumentos adequados, evitando-se maiores

custos e emprego de esforços desnecessários para solução de controvérsias

envolvendo segmentos da administração pública.

A concepção do Referencial de Gestão se fundamenta nos seguintes

pressupostos:

1. estabelecimento de rotinas procedimentais e diagnósticos situacionais para

definição das prioridades nos processos conciliatórios, com o conseqüente

equacionamento das demandas produzidas em face do foco da atuação

institucional de cada órgão ou entidade interessada no processo;

2. observância das boas práticas e conceitos jurídicos da conciliação para a

solução das controvérsias;

Page 7: Referencial de Gestão CCAF

7

3. compatibilização das diretrizes institucionais e normativas da AGU com

outros instrumentos de validação do processo conciliatório sob o enfoque da

redução de custos nas ações sob sua responsabilidade, sendo a CCAF o

ambiente institucional de execução desse processo;

4. definição dos mecanismos de acompanhamento da execução dos acordos

celebrados, atentando-se ao interesse dos órgãos públicos demandantes e

em observância à capacidade operacional da CCAF;

5. efetivação de um programa de capacitação — com foco nas práticas

conciliatórias na convergência do interesse público patrocinado — dirigido

aos agentes que atuarão como representantes dos entes institucionais na

mesa de conciliação e do corpo técnico de profissionais da CCAF na

preparação da REDE NACIONAL DE CONCILIADORES;

6. eficiência das ações de monitoramento do processo conciliatório objetivando

o estabelecimento de tempo de tramitação compatível com a relevância e a

natureza da demanda, tendo suporte em ferramentas apropriadas de

gerenciamento institucional.

Page 8: Referencial de Gestão CCAF

8

Princípios da Gestão

A Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal — como

unidade institucional da Consultoria-Geral e da Advocacia Geral da União —

executará suas atividades seguindo os seguintes princípios norteadores:

1. Atuar como ponto de interlocução e transversalidade na solução de

controvérsias envolvendo interesses e matérias demandadas por

organismos públicos da esfera do Governo Federal, ou deste com os

Governos Estaduais, Distrital e Municipais. A competência institucional da

CCAF está delineada nos termos da Portaria nº 1.281, de 27 de setembro de

2007 — e suas alterações — e no Decreto 7.392, de 13 de dezembro de

2010.

2. Disseminar a cultura conciliatória como mecanismo de pacificação dos

conflitos de natureza administrativa com a racionalização de custos

decorrente da redução de demandas administrativas e judiciais envolvendo

organismos da administração federal; e na celeridade da solução das

controvérsias sob sua coordenação.

3. Contribuir na formação de profissionais com habilitação em

práticas conciliatórias.

Page 9: Referencial de Gestão CCAF

9

Referenciais operacionais do processo de

conciliação no âmbito da CCAF

O procedimento conciliatório obedecerá aos seguintes referenciais sob o ponto

de vista da operacionalização:

1. DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO das atividades de

natureza operacional para equipes de assessoramento técnico, ficando o

gestor direcionado para as atividades de gerenciamento executivo e os

conciliadores alinhados para a efetividade nos resultados das matérias em

conciliação;

2. FORTALECIMENTO DAS COORDENAÇÕES DA CCAF como mecanismo

institucional de apoio à consolidação das atividades conciliatórias;

3. AÇÃO COORDENADA DE GESTÃO ENTRE OS ÓRGÃOS da

Consultoria-Geral da União, liderada pelo Diretor com o apoio das

Coordenações, objetivando a integração das ações de transversalidade

corporativa para obtenção de resultados satisfatórios do processo

conciliatório;

4. QUALIFICAÇÃO DO SEU QUADRO DE PROFISSIONAIS nas boas

práticas da conciliação como instrumento essencial na execução das suas

atividades institucionais;

5. AUXÍLIO NA FORMAÇÃO DE UMA REDE DE CONCILIAÇÃO no

ambiente das instituições públicas.

Page 10: Referencial de Gestão CCAF

10

Responsabilidades Institucionais

A CCAF tem por missão a promoção da articulação institucional por

meio da coordenação de tratativas conciliatórias para solucionar

controvérsias decorrentes das atividades dos órgãos e entidades da

administração pública federal.

Para esse objetivo é fundamental o encurtamento dos caminhos entre

a eficiência e o cumprimento das metas corporativas a partir da

melhoria dos métodos de gestão e de governança da CCAF,

maximizando a capacidade de formular e de implementar as políticas

públicas derivadas do comando institucional da CGU e AGU com a

busca da maior racionalidade na aplicação dos recursos financeiros,

humanos e físicos disponíveis.

O alcance desse nível de execução não é algo simples, pois implica

num longo processo de maturação de uma nova política pública. No

entanto, essa perspectiva deve, desde sempre, ser um referencial da

CCAF. O ordenamento institucional fundado neste REFERENCIAL DE

GESTÃO deve refletir isso. Neste caminho, dois princípios devem

pautar a ação institucional, a saber:

Em primeiro lugar, devemos buscar uma visão sistêmica do processo

em construção. Na moderna administração pública, as pessoas, as

tarefas e a gestão de cada unidade de governo são interdependentes

e são, por via de consequência, componentes de um sistema

transversal de atividades tendo por fim a satisfação do cidadão.

As ações desencadeadas são positivamente integradas, sem prejuízo

das responsabilidades inerentes a cada órgão vinculado. Tal como

em um sistema orgânico, qualquer mudança em uma das partes afeta

obrigatoriamente as restantes com impactos derivados nos custos e

nas efetividades. Este sistema pode ser entendido como um conjunto

Page 11: Referencial de Gestão CCAF

11

de elementos dinamicamente relacionados a fim de se atingir um

objetivo específico. No caso presente, se objetiva com a conciliação

harmonizar os interesses públicos como resultante.

O segundo princípio se refere à ideia de ordenamento de gestão

como uma ferramenta dinâmica da execução, que possibilita meios

para a efetivação dos projetos definidos no planejamento estratégico

da Advocacia-geral da União sendo capaz de gerar resultados mais

eficazes em tempo razoavelmente menor.

Planejar é estabelecer direção, é focar em resultados orgânicos onde

o individualismo corporativo deve ceder espaço aos fundamentos da

gestão compartilhada. Ao decidir por um procedimento de conciliação

orgânica quem sairá vencedor ao final não serão os demandantes

nem os demandados, mas o erário público e a sociedade beneficiária.

Por sua vez, e sempre que possível, deve ser buscada a porta de

saída para as metas cumpridas nas matérias conciliadas. Política

pública somente com porta de entrada pode em determinado

momento ocasionar estrangulamento da máquina e fadiga no material

de operacionalização.

Page 12: Referencial de Gestão CCAF

12

Rotina de Atividades dos Asseguradores de

Execução - Exercício Atual

DIRETOR DA CCAF

Dirige as atividades institucionais da CCAF em interface com os organismos de

gestão e de suporte da execução da CGU e da AGU. Seu direcionamento

principal é o gerenciamento e a conclusão dos procedimentos de conciliação.

Referencial de atribuições:

1. gerenciamento dos procedimentos de conciliação no âmbito da CCAF e

articulações institucionais que deles derivam para a solução de novas

controvérsias envolvendo outros segmentos públicos;

2. supervisão das atividades desenvolvidas pelos conciliadores quando das

etapas do processo conciliatório;

3. atuação junto aos organismos do Governo Federal como facilitador e

disseminador dos princípios do procedimento conciliatório;

4. interface das ações da CCAF com os demais segmentos da CGU e da AGU

no âmbito das atribuições institucionais.

COORDENAÇÃO DE GESTÃO DO PROCEDIMENTO CONCILIATÓRIO E

DIRETORA SUBSTITUTA - CGP

Coordena as atividades de caráter estratégico da CCAF em apoio às ações

desenvolvidas pelo Diretor e nas interfaces com os organismos da CGU e da

AGU.

Referencial de atribuições:

1. supervisão e orientação das atividades conciliatórias em geral;

2. supervisão da implantação do cronograma de fluxos internos;

3. supervisão e orientação do SISCON, CGU Gestão, PROCCAF, Programa

financiado pelo BID, Programa de capacitação, Monitores de Processos de

Conciliação;

Page 13: Referencial de Gestão CCAF

13

4. apoio na agenda institucional da CCAF com organismos do Governo

Federal, Distrital, Estadual e Municipal na implantação da REDE DE

CONCILIADORES;

5. monitoramento do estoque de processos em conciliação;

6. condução de atividades conciliatórias de sua responsabilidade em matérias

relevantes.

COORDENAÇÃO DE ARTICULAÇÃO FEDERATIVA E AÇÕES

DESCENTRALIZADAS - CAFAD

Coordena a gestão operacional da CCAF entre a direção e os conciliadores, e

a interface da CCAF com as Consultorias Jurídicas da União nos Estados e os

organismos do Governo Federal, Distrital, Estadual e Municipal.

Referencial de Atribuições:

1. acompanhamento dos processos distribuídos aos Conciliadores em face dos

prazos e metas estabelecidas, com apresentação de relatório mensal ao

Diretor. O relatório será elaborado com base nas informações alimentadas

no MONITOR DE PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO pela Assessoria de

Planejamento e Assessoria Técnica;

2. acompanhamento dos processos remetidos para manifestação jurídica da

CGU, através de Parecer ou Nota, com alimentação no respectivo em

campo próprio no MONITOR DE PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO;

3. acompanhamento dos processos com solução favorável — sem Termo de

Conciliação homologado — com alimentação em campo próprio no

MONITOR DE PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO;

4. interlocução com as Consultorias Jurídicas da União nos Estados para

orientação e controle das atividades conciliatórias ali realizadas, com a

alimentação no MONITOR específico para essa atividade;

5. interlocução com os representantes dos entes políticos de outras esferas de

governo relativamente aos processos submetidos à CCAF;

6. controle dos e-mails recebidos pela CCAF em que solicitadas informações

sobre as atividades e/ou processos (seja ao Diretor, seja dos e-mails da

CCAF, das Assessorias ou da Secretaria) e supervisão das respostas pela

Page 14: Referencial de Gestão CCAF

14

Assessoria de Gabinete aos e-mails recebidos, inclusive consultas

telefônicas informadas pelas Assessorias ou Secretaria;

7. condução de atividades conciliatórias de sua responsabilidade em matérias

relevantes;

COORDENAÇÃO DE APOIO INSTITUCIONAL - CAI

Coordena os procedimentos de instrução e distribuição dos processos de

conciliação

Referencial de Atribuições:

1. exame prévio de admissibilidade dos processos novos, por meio de COTA

da qual deverá constar: a adequada instrução; encaminhamento por

autoridade competente; demonstração de efetiva controvérsia; valor

envolvido; matéria temática; e relevância. Promover a adequada instrução

processual com a indicação dos parâmetros de distribuição, incluindo-se a

sugestão do Conciliador.

2. apresentação de relatório mensal ao Diretor que será obtido dos dados

armazenados em instrumento de controle apropriado;

3. distribuição dos processos para a Assessoria;

4. interlocução com Estados, Distrito Federal e Municípios em face dos pedidos

de instauração de procedimento conciliatório;

5. supervisão das atividades curriculares dos estagiários.

6. condução de atividades conciliatórias de sua responsabilidade em matéria

relevante;

TAREFAS COMUNS DE ROTINA DAS COORDENAÇÕES (CGP – CAFAD –

CAI):

Assessoramento ao Diretor nas seguintes atividades:

1. estabelecimento de critérios para a distribuição de novos processos;

2. elaboração do cronograma e fluxo de tramitação com prazos por etapas;

3. fixação de metas por Conciliador;

Page 15: Referencial de Gestão CCAF

15

4. definição das atribuições da assessoria, estagiários e secretaria por ações;

5. ratificação dos instrumentos normativos que regulam o atendimento a

particulares e audiências individuais e coletivas;

6. acompanhamento dos normativos que se aplicam à CCAF e sua adequada

explicitação interna;

7. auxilio na elaboração dos procedimentos de gestão, nos diversos temas, em

apoio ao Diretor da CCAF.

CONCILIADORES - CON

Advogados da União, Procuradores Federais, Procuradores da Fazenda

Nacional e Procuradores do Banco Central, designados como asseguradores

em processos envolvendo controvérsias entre organismos do Poder Público

objetivando a solução através do processo de conciliação.

PERFIL DO CONCILIADOR:

O Conciliador — sempre que possível — deve ter como referencial em suas

atuações os seguintes princípios para subsidiar as praticas de mediação e

conciliação:

1. conhecimento sintético do universo da controvérsia para o entendimento de

que na conciliação não existem partes, pois todos são interessados;

2. sensibilidade para intermediar a aproximação dos interessados sem

pretender uma decisão imediata, pois o tempo investido no entendimento

não é custo e sim um investimento consistente;

3. disponibilidade para ouvir o posicionamento dos interessados com atenção,

sem manifestação de juízo de valor, não se omitindo, contudo, de buscar o

encaminhamento das tratativas com razoabilidade;

4. acuidade para identificar a necessidade de renovar questões já postas na

tentativa da conciliação;

5. isenção de preconceitos e posicionamentos pessoais por ocasião da

conciliação;

6. imparcialidade como norte referencial no futuro entendimento;

7. enfrentamento das adversidades com empatia tentando sempre colocar-se

no lugar do outro, sem, contudo, tomar partido;

Page 16: Referencial de Gestão CCAF

16

8. gentileza é o combustível que alimenta a engrenagem da conciliação; a

humildade é o retrato do líder; e o trato respeitoso com os interessados é a

porta de entrada para caminhos confiáveis em busca da conciliação;

9. identificação com o trabalho desenvolvido pela CCAF e crença na

conciliação como a melhor forma de solução dos conflitos.

Referencial de Atribuições:

1. elaboração de nota conclusiva de admissibilidade conforme cronograma

estabelecido;

2. elaboração de notas que se fizerem necessárias no curso do procedimento

conciliatório;

3. elaboração de cotas de saneamento, diligência, arquivamento ou outros

encaminhamentos não consubstanciados em notas;

4. numeração das respectivas notas e cotas;

5. tramitação interna (utilizando o AGUDOC) dos processos com notas e cotas

para a Assessoria de Gabinete despachar com o Diretor;

6. elaboração das minutas de expedientes (ofícios, memorandos) relacionados

aos respectivos procedimentos conciliatórios (a numeração será feita pela

Secretaria, quando da saída do documento);

7. agendamento de reuniões conciliatórias conforme cronograma estabelecido;

8. despacho pessoal com o Diretor antes da reunião de conciliação, para

definição de estratégias e orientações, e encaminhamento eletrônico

posterior à reunião do respectivo termo, acompanhado do relato das

ocorrências ali não registradas, mas entendidas por pertinentes;

9. elaboração dos Termos de Reunião e Termos de Conciliação;

10. encaminhamento dos termos de reunião aos interessados conforme

cronograma estabelecido, com cópia para a Assessoria Técnica e indicativo

de registro na Pasta CCAF da REDEAGU e no PROCCAF/SISCON;

11. encaminhamento do Termo de Conciliação, mediante elaboração da

Papeleta de Demanda, para aprovação do Diretor, do CGU e homologação

do AGU;

12. supervisão dos textos das notícias de divulgação dos respectivos acordos

homologados, elaboradas pela Assessoria de Gabinete, via ―0800 eletrônico‖

ou Assessoria de Comunicação da AGU;

Page 17: Referencial de Gestão CCAF

17

13. manifestação, por meio de nota ou cota, pelo arquivamento ou

encaminhamento outro dos processos não conciliados, conforme

cronograma estabelecido, mediante comprovação por expediente ou

mensagem eletrônica de prévia ciência aos interessados;

14. alimentação do MONITOR DE PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO na coluna

referente às observações, com as últimas informações acerca do andamento

do processo que será efetuada por meio de envio de mensagem eletrônica

para a AP 1, com cópia para a Coordenação de Gestão do Procedimento

Conciliatório - CGP;

15. atualização mensal da movimento dos processos sob sua responsabilidade

— a partir do MONITOR DE PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO — por meio

de envio de mensagem eletrônica à AP 1, com cópia para a Coordenação de

Articulação Federativa e Ações Descentralizadas - CAFAD;

ASSESSORIA DE GABINETE - AG

Unidade técnica responsável pelo suporte administrativo e institucional ao

Gabinete do Diretor, Coordenações e Conciliadores da CCAF em interface com

as demais assessorias.

Referencial de Atribuições:

1. efetuar controle, triagem e acompanhamento da entrada e saída de

processos e documentos; o recebimento e expedição no AGUDOC são

realizados necessariamente pela Secretaria;

2. documentos e processos em que já conste Conciliador designado devem ser

dirigidos diretamente ao mesmo, excetuados os processos que retornarem

com despachos de homologação, que serão encaminhados para a

Coordenação de Gestão do Procedimento Conciliatório - CGP;

3. processos e documentos novos devem ser repassados para a Coordenação

de Apoio Institucional (CAI). A CAI fará cota de exame preliminar de

distribuição, com sugestão do Conciliador e devolverá à Assessoria de

Gabinete, que despachará com o Diretor. Após, o processo será

encaminhado à Assessoria Técnica para registros no sistema e tramitado no

AGUDOC pela Secretaria para o Conciliador ou outra unidade.

Page 18: Referencial de Gestão CCAF

18

4. controle da agenda de reuniões internas e externas do Diretor;

5. elaboração dos despachos do Diretor para aprovação de notas e cotas dos

Conciliadores; despachos de aprovação das conciliações e despachos

outros relativos à Assessoria. Os despachos com o Diretor se realizarão no

início da manhã e no final da tarde;

6. encaminhamento das notas e cotas aprovadas, bem como dos termos de

conciliação homologados para digitalização pela Assessoria Técnica,

salvando posteriormente na Pasta da Rede AGU da CCAF possibilitando a

alimentação do PROCCAF/SISCON, inclusive com a atualização do

status/andamento, se for a hipótese; referidos documentos também serão

utilizados pela AP 1 na alimentação do MONITOR DOS PROCESSOS DE

CONCILIAÇÃO;

7. controle dos e-mails recebidos pela CCAF – os encaminhados ao Diretor,

ao e-mail institucional da CCAF, às Assessorias ou Secretarias - em que

solicitadas informações sobre as atividades e/ou processos. Referidos e-

mails deverão ser encaminhados, conforme a hipótese, para a Coordenação

de Articulação Federativa e Ações Descentralizadas - CAFAD, ou ao

respectivo Conciliador, com cópia ao Diretor. Se necessária consulta aos

sistemas PROCCAF ou SISCON, a Assessoria de Gabinete encaminha a

Assessoria Técnica. A resposta do Conciliador será encaminhada ao

solicitante, com cópia para a CAFAD, para o devido registro do atendimento

do pleito.

8. conferência diária da caixa de e-mails da CCAF e da Assessoria, com a

adoção dos encaminhamentos cabíveis (como descrito no item ―7‖);

9. elaboração de minuta de divulgação de ―0800‖ e notícias das conciliações

homologadas, com encaminhamento para análise do Conciliador, e posterior

aprovação do Diretor para a divulgação;

10. conferência diária da inserção dos documentos produzidos pelos integrantes

da CCAF na Pasta da CCAF na Rede AGU; administração e organização da

pasta da CCAF na Rede AGU; modelos de expedientes, Despachos, Notas,

Cotas, Termos de Reunião, Termos de Conciliação, Resumo ao AGU;

revisão das pastas para melhor visualização dos assuntos e consulta aos

arquivos já contidos na rede;

Page 19: Referencial de Gestão CCAF

19

11. atualização física e virtual da Cartilha da CCAF e organização do Ementário

da CCAF;

12. devolução das notas e cotas, acompanhadas ou não dos respectivos

processos, com os respectivos despachos de aprovação aos Conciliadores

responsáveis após o trâmite nos sistemas PROCCAF/SISCON;

13. coleta da assinatura do Diretor nos expedientes feitos pelos Conciliadores

(ofícios e memorandos) e posterior encaminhamento para a Secretaria

numerá-los e expedi-los;

14. gerenciamento das solicitações de diárias e passagens (na CGU) retornando

as respostas aos Conciliadores;

15. monitoramento dos recibos de expedição dos expedientes para serem

devolvidos aos Conciliadores;

16. monitoramento do PROCCAF/SISCON;

17. monitoramento das tramitações de processos e documentos, inclusive do

recebimento eletrônico dos Conciliadores, após recibo destes;

18. desempenho de outras atividades que lhe sejam designadas pelo Diretor;

19. supervisão dos procedimentos administrativos e rotinas de trabalho em sua

área de atuação;

ASSESSORIA DE PLANEJAMENTO - AP

Unidade técnica responsável pelo suporte nas ações de planejamento

institucional da CCAF em apoio ao Gabinete do Diretor, Coordenações e

Conciliadores em interface com as demais assessorias.

Referencial de Atribuições:

Assessor AP 1:

1. assessoramento ao Diretor e à Coordenação de Articulação Federativa e

Ações Descentralizadas mediante a alimentação do MONITOR DE

PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO; e MONITOR DE PROCESSOS

DESCENTRALIZADOS às CJU´s nos Estados para o devido

acompanhamento dos prazos e metas pelos Conciliadores e demais

informações necessárias à instrução do processo. A alimentação

mencionada ocorrerá a partir das informações constantes dos Termos de

Page 20: Referencial de Gestão CCAF

20

Reunião, Termos de Conciliação, Notas, Cotas, Despachos e Resumos ao

AGU, arquivadas em pasta própria pela Assessoria Técnica, ou de

informações dos Conciliadores;

2. organização prévia da agenda anual de reuniões internas e quinzenais de

gestão, preparo das respectivas pautas, acompanhamento das reuniões

para elaboração dos registros (memórias) e arquivamento em pasta própria,

com divulgação eletrônica das mesmas;

3. confirmações prévias, com no mínimo um dia de antecedência, das

presenças dos interessados nas reuniões de conciliação — tarefa de

execução conjunta com o Assessor de Planejamento 2;

4. organização de estatísticas e dos dados acerca dos resultados da CCAF,

com elaboração de relatórios que contemplem indicadores sobre processos

recebidos, reuniões realizadas e não realizadas, conciliações realizadas,

tempo de tramitação do processo, dentre outros dados;

5. assessoramento aos Conciliadores nas reuniões de conciliação,

identificando as deliberações registradas para acompanhamento dos prazos

e metas;

6. elaboração de mensagens para divulgação via 0800 e cadastro de e-mails

dos clientes da CCAF;

7. elaboração de lista dos contatos da clientela da CCAF (representantes dos

órgãos e entidades públicos), a partir da extração das informações contidas

nos termos de reuniões e de conciliações do ano em curso e do ano

imediatamente anterior;

8. elaboração de relatório mensal extraído do MONITOR DE PROCESSOS DE

CONCILIAÇÃO com informações gráficas consolidadas possibilitando

acompanhamento gerencial pelo Diretor e pelas Coordenações.

Assessor AP 2:

1. assessoramento ao Diretor da CCAF, às Coordenações e aos Conciliadores

em assuntos de natureza estratégica;

2. acompanhamento e implementação nos seguintes projetos de interesse da

CCAF: Cursos de Capacitação dos Conciliadores e Rede de Conciliação

(CJF e Escola da AGU), divulgação das ações da CCAF, incluindo-se

Page 21: Referencial de Gestão CCAF

21

palestras em entidades de ensino superior; organização de palestras,

Cursos, Seminários, Eventos;

3. controle do CGU-Gestão;

4. confirmações prévias — com o mínimo de um dia anterior — das presenças

dos interessados nas reuniões de conciliação (tarefa conjunta com a

Assessora de Planejamento 1);

5. centralização e monitoramento das contas telefônicas, com coletas das

certificações telefônicas dos usuários internos da CCAF — de

responsabilidade dos respectivos usuários;

6. controle de frequência: conciliadores, servidores e estagiários; impressão de

folhas de ponto, acompanhamento de assinaturas nas folhas de ponto,

preenchimento de BMF (Boletim Mensal de Frequência) mensal em sistema

informatizado, coleta de assinatura do Diretor nas folhas de ponto

devidamente preenchidas; controle e registro das solicitações de ausências,

encaminhamento de atestados médicos e demais solicitações;

7. controle de férias dos integrantes da CCAF; manutenção de tabela

atualizada com a programação anual de férias; controle de períodos já

gozados e a gozar; e encaminhamento de 0800 solicitando alteração,

reprogramação ou interrupção de férias;

8. monitoramento do patrimônio mobiliário, de responsabilidade de cada

usuário.

ASSESSORIA TÉCNICA E DE INFORMAÇÃO - AT

Unidade técnica responsável pelo suporte aos procedimentos de informação

institucional da CCAF em apoio ao Gabinete do Diretor, Coordenações e

Conciliadores e em interface com as demais assessorias.

Referencial de Atribuições:

1. alimentação do PROCCAF/SISCON após a distribuição dos processos pelo

Diretor, aproveitando o quadro com a sinopse de admissibilidade preliminar

realizada pela Coordenação de Apoio Institucional;

2. alimentação do PROCCAF/SISCON em todas as movimentações dos

processos conciliatórios e inclusão das notas, cotas, despachos, termos de

Page 22: Referencial de Gestão CCAF

22

reunião, termos de conciliação, mediante prévia digitalização e adequado

arquivamento nas pastas específicas da CCAF na Rede AGU;

3. assessoramento às Coordenações na extração de relatórios do

PROCCAF/SISCON e devidas correções a partir de consultas nos sistemas

AGUDOC para confronto das informações geradas;

4. apoio na alimentação do MONITOR DE PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO e

MONITOR DE PROCESSOS DESCENTRALIZADOS às CJU´s nos Estados;

5. fotocópia e digitalização de processos, peças e documentos relativos aos

processos conciliatórios;

6. auxílio aos Conciliadores na atualização dos dados do PROCCAF/SISCON

ou para sanar dúvidas demandadas pelos mesmos;

7. consulta e tramitação no AGUDOC;

8. monitoramento diário das notas, cotas, termos de reunião e termos de

conciliação para conferência de que todos os documentos produzidos na

CCAF estejam em dia no PROCCAF/SISCON.

SECRETARIA - SEC

Unidade administrativa responsável pelo suporte administrativo ao Gabinete do

Diretor, Coordenações e Conciliadores em interface com as demais

assessorias.

Referencial de Atribuições:

1. atendimento ao público pessoalmente ou por telefone;

2. realização e registro de ligações solicitadas pelos Conciliadores e Diretor,

bem como das recebidas; registro e entrega de recados para todos os

integrantes da CCAF;

3. recebimento físico e eletrônico de processos e documentos; quando

identificado o Conciliador, encaminhar diretamente, com tramitação pelo

AGUDOC; caso não identificado o Conciliador no documento ou processo

novo, repassar para a Assessoria de Gabinete;

4. expedição de Memorandos e Ofícios: inicialmente numerar os Memorandos

e Ofícios quando de sua expedição, após registrar no AGUDOC; no retorno

dos Memorandos e Ofícios do Protocolo, digitalizá-los e salvar na respectiva

Page 23: Referencial de Gestão CCAF

23

Pasta da CCAF (Documentos, Memorandos ou Ofícios). Após, devolver a

cópia com recibo ao Conciliador;

5. consulta e tramitação de documentos e processos no AGUDOC — interna e

externa;

6. organização de processos: juntada e apensação de documentos/processos

(física e eletrônica), abertura e fechamento de volumes, numeração de

páginas;

7. encaminhamento de solicitações relativas a patrimônio (material

permanente), almoxarifado, engenharia, telefonia e outros serviços (0800);

8. digitalização e fotocópia de processos e documentos;

9. apoio às reuniões conciliatórias (monitoramento do ar condicionado das

salas de reuniões, blocos de anotações, canetas, notebook, projetor,

serviços de copa aos convidados);

10. fornecimento de nomes, e-mails, telefones e endereços funcionais de

autoridades, procuradores, advogados, solicitados pelos Conciliadores para

fins de contato telefônico ou envio de expedientes;

11. agendamento de transporte para uso dos integrantes da CCAF;

12. arquivamento de documentos expedidos e recebidos;

13. organização e arquivamento de documentos em pastas físicas.

ESTAGIÁRIOS – EST

Alunos do curso de Direito em processo de estágio curricular atuando em

procedimentos de rotina da CCAF, sob a supervisão técnica da Coordenação

de Apoio Institucional e supervisão administrativa da Assessoria de

Planejamento (AP2).

Referencial de Atribuições:

1. assessoramento ao Conciliador nas reuniões de conciliação;

2. pesquisa de Jurisprudência, legislação e doutrina;

3. redação de minutas de notas, cotas, resumos para o AGU das conciliações e

expedientes (com os dados dos destinatários), a pedido dos Conciliadores, e

com supervisão técnica da Coordenação de Apoio Institucional;

4. auxílio das Coordenações em assuntos específicos;

Page 24: Referencial de Gestão CCAF

24

5. digitalização e fotocópias a pedido dos Conciliadores;

6. encaminhamento dos termos de reunião e de conciliação, por meio de

mensagem eletrônica aos representantes, com cópia para o Conciliador e

para a Assessoria Técnica que deverá salvar nas pastas correspondentes da

CCAF na REDE AGU;

7. a demanda aos estagiários deverá ser feita diretamente pelos Conciliadores,

incluindo as Coordenações e Diretoria da CCAF.

Page 25: Referencial de Gestão CCAF

25

Rotina de Procedimentos na CCAF

1. O procedimento conciliatório inicia-se por solicitação de órgãos e entidades

públicos das esferas de governo federal, estadual, distrital ou municipal

interessados em solucionar uma controvérsia estabelecida com outro ente

da administração federal, direta ou indireta.

2. O pleito conciliatório pode ser encaminhado pelas seguintes autoridades:

Presidente da República, Governadores, Prefeitos, Ministros de Estado,

Membros do Poder Judiciário, Dirigentes de entidades da Administração

Pública Federal indireta, Procurador-Geral da União, Procurador-Geral da

Fazenda Nacional, Procurador-Geral Federal, Secretários-Gerais de

Contencioso e de Consultoria, Procuradores-Gerais dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios.

3. Recebido o pedido na CCAF se devidamente instruído, é designado um

Conciliador para coordenar os trabalhos conciliatórios até seu termo final.

Na impossibilidade da conciliação o processo será remetido ao Gabinete

do Consultor-Geral da União, para arbitramento nas hipóteses que

comportarem parecer, na forma do art. 40 da Lei Complementar nº 73/93,

ou outros encaminhamentos.

4. No decorrer do procedimento conciliatório poderão ser constituídos grupos

de trabalhos técnicos e jurídicos para adequada instrução da matéria,

assim como a CCAF poderá requisitar documentos e informações dos

órgãos e entidades da Administração Pública Federal, nos termos da

legislação pertinente, que se fizerem necessários ao subsídio de sua

atuação. Os membros da CCAF contarão com interlocutores da conciliação

designados no âmbito dos órgãos e entidades federais no ambiente da

Rede Nacional de Conciliação.

DISTRIBUIÇÃO DOS PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO.

1. O processo de conciliação será iniciado mediante proposta circunstanciada

do ente público interessado na solução da controvérsia dirigida ao

Advogado Geral da União, Consultor-Geral da União ou Diretor da CCAF,

acompanhada da indicação dos pontos de interesse na conciliação e da

documentação pertinente ao assunto;

2. Podem ser objeto do procedimento conciliatório no âmbito da CCAF as

controvérsias de natureza jurídica entre órgãos e entidades da

Page 26: Referencial de Gestão CCAF

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Administração Federal, ou entre esses e os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios. O procedimento poderá ser realizado pela CCAF em Brasília,

onde esta unidade é sediada, ou no âmbito das Consultorias Jurídicas da

União nos Estados quando determinado pelo Consultor-Geral da União,

inclusive por sugestão do Diretor da CCAF1;

3. O pedido de conciliação, acompanhado da documentação pertinente, é

autuado em processo administrativo, encaminhado para a CAI e

distribuído pelo Diretor da CCAF ao Conciliador responsável. Nas questões

em que for necessário acompanhamento preliminar pelo Diretor da CCAF,

junto ao Gabinete do CGU ou AGU, antes da efetiva instauração do

procedimento de conciliação, os autos ficam sobrestados, aguardando

orientação do Gabinete do Consultor-Geral da União ou Advogado-Geral

da União.

4. A distribuição dos processos para conciliação será submetido a exame

prévio de admissibilidade dos processos novos, por meio de COTA

elaborada na CAI da qual deverá constar: a adequada instrução;

encaminhamento por autoridade competente; demonstração de efetiva

controvérsia. A adequada instrução processual será concluída com a

indicação ao Diretor dos parâmetros de distribuição, incluindo-se a

sugestão do Conciliador.

A distribuição dos processos também levará em conta os seguintes

referenciais:

a) estoque de processos com cada Conciliador;

b) prevenção por órgão ou assunto;

c) valor envolvido, caso seja possível mensurar;

d) urgência: iminência de liminares, esgotamento do prazo para

ajuizamento de ação; prescrição; prazo para manifestação dos órgãos

ou entes em processo judicial; prejuízo público iminente caso não tenha

uma solução imediata; viabilizar deliberação em reunião em outra esfera;

finanças a serem solvidas pelos entes públicos em curto prazo;

e) relevância, complexidade e repercussão da questão levando-se em

consideração as questões de relevância já alinhadas;

f) número de órgãos envolvidos;

g) controvérsia derivada de processo judicial;

h) volumes que compõem o processo.

5. Temas da controvérsia: atos da administração, tributário, econômico,

financeiro, patrimônio público, infraestrutura, educação, cultura, desporto,

meio ambiente, saúde, previdenciário, assistência social, desenvolvimento

1 A decisão de deslocamento das atividades conciliatórias para as CJUs está delegada ao Diretor da CCAF

(cf. Portaria nº 5/2010)

Page 27: Referencial de Gestão CCAF

27

social, desenvolvimento urbano, agrário, urbanístico, defesa do estado,

segurança pública, internacional, indígena, quilombola, direitos humanos.

6. Descentralização para as Consultorias Jurídicas da União nos

Estados - Na distribuição, se o caso concreto permitir, pode ser feita a

sugestão de análise mais apurada da possibilidade de descentralização do

procedimento de conciliação, no momento de elaboração da Nota pelo

conciliador, levando-se em consideração tratar-se de questão local, que

não tenha repercussão nacional e que demonstre ser eficiente para a

solução da controvérsia, gerando, ainda economicidade (Portaria CGU nº

05, de 16 de março de 2007).

FLUXO DA INSTRUÇÃO DO PROCESSO NA CCAF

As diretrizes referentes ao fluxo da instrução de processos na CCAF objetivam

viabilizar o cumprimento de metas e a alimentação do Monitor de Processos de

Conciliação.

Os períodos sugeridos de instrução nos processos conciliatórios têm o caráter

de recomendação e serão utilizados exclusivamente como referencial para o

alcance de metas e a atualização do Monitor de Processos de Conciliação, não

se constituindo em prazo terminativo, em face das peculiaridades do processo

de conciliação.

Neste sentido, a informação sobre o retardamento na instrução deve ser

lançada na coluna ―observações‖ do Monitor de Processos de Conciliação,

além das indicações de encaminhamentos, para o devido acompanhamento de

gestão. Também é recomendado ao Conciliador — que ao constatar

justificadas motivações para o retardamento da instrução do processo —

elabore COTA simplificada dos fatos e proceda a devida juntada ao processo.

1. O processo físico e eletrônico (AGUDOC) — que foi autuado para

instauração de procedimento conciliatório — será recebido pela Secretaria e

encaminhado para a Coordenação de Apoio Institucional, para exame prévio

da admissibilidade;

2. a Coordenação de Apoio Institucional elabora a Cota de Exame Prévio de

Admissibilidade com a indicação de parâmetros de distribuição.

Posteriormente repassa o processo para a Assessoria de Gabinete. Período

sugerido de instrução: 2 dias;

3. a Assessoria de Gabinete despacha a distribuição do processo com o

Diretor, encaminhando posteriormente o processo para a Assessoria

Técnica para os devidos registros. Período sugerido de instrução: 1 dia;

Page 28: Referencial de Gestão CCAF

28

4. o Conciliador recebe o processo e deverá prosseguir na instrução seguindo

o seguinte cronograma e sugestão de períodos de instrução :

a) elaboração de Nota de Admissibilidade. Período sugerido: até 15 dias

contados do recebimento do processo;

b) designação da primeira reunião de conciliação. Período sugerido de até

30 dias contados do despacho do Diretor na Nota de Admissibilidade;

c) se necessárias novas reuniões para complementar o processo de

instrução do procedimento conciliatório, o Conciliador deverá ter como

referencial o período de 30 dias subsequentes à última reunião. Os

períodos poderão ser ajustados para mais ou menos dependendo das

justificativas do Conciliador e da aceitação dos representantes dos

organismos em conciliação em face da necessidade de procedimentos

de apoio na conciliação a exemplo da realização de perícias técnicas;

d) as propostas de conciliação que tenham iniciativa de Estados, Distrito

Federal e Municípios, e que já estejam judicializadas, devem ser

noticiadas à Procuradoria Geral da União,Procuradoria Geral Federal ou

Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, conforme a respectiva

competência;

e) o procedimento conciliatório se encerra com a homologação do Termo

de Conciliação pelo Advogado-Geral da União;

f) havendo pendências na efetivação do Termo de Conciliação, a CCAF

poderá auxiliar no encaminhamento das demandas, desde que haja a

solicitação pelos interessados nas controvérsias;

g) as providências – contidas no Termo de Conciliação – deverão ser

executadas no âmbito da responsabilidade institucional dos organismos

interessados devendo a CCAF acompanhar o encaminhamento. As

informações sobre o cumprimento dos compromissos assumidos devem

ser encaminhadas à CCAF para o devido registro;

h) documentos recebidos pela Secretaria da CCAF em que não é possível

identificar o Conciliador deverão ser repassados para a Assessoria do

Gabinete que tramitará no AGUDOC para a Assessoria, identificando no

despacho para quem foi encaminhado o documento;

i) a Assessoria Técnica digitalizará todos os atos de instrução (Cotas,

Notas, Despachos, Termos de Reunião, Termos de Conciliação e

Resumos ao AGU) lançando-os em pasta própria com a posterior

alimentação no sistema SISCON e no MONITOR DE PROCESSOS DE

CONCILIAÇÃO — em compartilhamento com a AP 1. Após essas

providências efetuará a tramitação do processo para o Conciliador

responsável, através do AGUDOC. Período sugerido de instrução: 1 dia;

j) a Assessoria de Planejamento alimentará o MONITOR DE

PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO com as datas, períodos e atividades

necessários para o acompanhamento dos processos conciliatórios, bem

como extração de Relatórios;

Page 29: Referencial de Gestão CCAF

29

k) na impossibilidade da efetivação do procedimento conciliatório com a

celebração e homologação de Termo de Conciliação, o processo será

remetido ao Consultor-Geral da União para arbitramento nas hipóteses

de cabimento de parecer, na forma do art.40 da lei Complementar nº

73/93;

l) os Conciliadores alimentarão, no que couber, o MONITOR DE

PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO, principalmente no campo específico

―observações‖. A alimentação será efetuada através da AP 1, mediante

o envio de mensagem eletrônica, com cópia com cópia para a

Coordenação de Gestão do Procedimento Conciliatório – CGP.

CONTROVÉRSIAS RELEVANTES.

A identificação da relevância poderá ser indicada quando da manifestação

preliminar do procedimento de admissibilidade no âmbito da CCAF ou por

indicação direta do Advogado-Geral da União, Consultor-Geral da União, ou

em matérias encaminhadas por Ministro do Supremo Tribunal Federal ou dos

Tribunais Superiores.

A definição apropriada das proposições de conciliação apresentadas na CCAF

de reconhecido CARÁTER RELEVANTE — com repercussão na atividade dos

organismos envolvidos e com derivação sobre interesses coletivos — será

estabelecida em face do seguinte ordenamento:

1. Ordem social:

a) questões com potencial de repercussão em toda a coletividade ou grupo

determinado de indivíduos;

b) matérias relativas ao meio ambiente com possibilidade de calamidade ou

catástrofe iminente;

c) controvérsias que tenham por objeto a proteção a direitos coletivos de

populações tradicionais;

d) atividades como demarcação, pesquisa e lavra de recursos minerais

envolvendo terras indígenas; assentamentos de reforma agrária ou

quilombolas.

2. Ordem política institucional:

a) envolvam direitos humanos e tenham potencial de afetar a imagem da

República Federativa do Brasil perante a comunidade internacional;

b) tenham por objeto questionamento de políticas públicas conduzidas pelo

Governo Federal;

c) referentes à posse e propriedade em faixas de fronteira.

d) derivados de conflito federativo

Page 30: Referencial de Gestão CCAF

30

3. Ordem econômica:

a) de grande e efetiva repercussão na economia do país, de uma região ou de

um Estado.

4. Ordem financeira.

a) de grande e efetiva repercussão nas finanças públicas e no cumprimento da

Lei de Responsabilidade Fiscal;

b) questionem obras públicas ou projetos de grande vulto;

c) matérias judicializadas em que a União ou órgão da administração pública

federal figure no polo ativo ou passivo, cujo valor da causa seja igual ou

superior ao previsto no art. 1º da Lei nº 9.469/97.

5. Ordem administrativa

a) de grande repercussão nas atividades desenvolvidas pela Administração

Pública.

CONTROVÉRSIAS JUDICIAIS

As controvérsias judiciais somente poderão ser dirimidas, por meio de

conciliação na CCAF, quando em conflito dois ou mais entes públicos, sendo

ao menos um deles integrante da Administração Pública Federal.

Nos casos dos conflitos remetidos pelos órgãos judiciários, o pedido de

instauração de procedimento conciliatório deverá também ser instruído com

cópias das manifestações processuais dos representantes judiciais dos entes

públicos que retratem o interesse dos mesmos no sobrestamento da ação

judicial para tentativa conciliatória no âmbito da CCAF.

As controvérsias encaminhadas pelo Poder Judiciário serão instruídas com

cópias das manifestações processuais dos entes públicos envolvidos na ação

judicial que expressem o interesse pela tentativa conciliatória no âmbito da

CCAF mediante o sobrestamento do processo judicial.

Na hipótese do conflito judicial ser encaminhado por uma das demais

autoridades arroladas no caput deste artigo, a suspensão da ação judicial

poderá ser requerida ao juízo ou Tribunal por deliberação conjunta dos

interessados no curso do procedimento conciliatório.

Page 31: Referencial de Gestão CCAF

31

CONTROVÉRSIAS DE NATUREZA TRIBUTÁRIA

Nos conflitos de natureza tributária, as atividades conciliatórias serão

inauguradas mediante expressa manifestação da Procuradoria-Geral da

Fazenda Nacional e da Secretaria da Receita Federal do Brasil quanto ao seu

cabimento, acompanhada dos documentos pertinentes ao assunto e da

indicação dos respectivos representantes que participarão do procedimento

conciliatório no âmbito da CCAF em conformidade com a Portaria PGFN nº131,

de 21 de fevereiro de 2011. Havendo manifestação em contrário da PGFN ou

RFB e permanecendo o manifesto interesse por ente público interessado na

instauração do procedimento, a CCAF elevará a matéria ao conhecimento do

Consultor-Geral da União para deliberação.

DESCENTRALIZAÇÃO DAS TRATATIVAS CONCILIATÓRIAS PARA AS

CONSULTORIAS JURÍDICAS DA UNIÃO NOS ESTADOS – CJUs

As atividades conciliatórias poderão ser desenvolvidas no âmbito das CJUs,

sob a responsabilidade do respectivo Coordenador, ou do Conciliador por ele

designado.

A descentralização poderá ser determinada por ato do Advogado-Geral da

União, do Consultor-Geral da União ou do Diretor da CCAF, considerando o ato

de delegação dessa competência.

O procedimento conciliatório conduzido pela CJU será supervisionado pela

CCAF mediante aprovação do acordo ali celebrado, cabendo-lhe, ainda, por

meio da CAFAD, dar o apoio técnico e jurídico às indagações do Conciliador

responsável no âmbito daquela CJU, inclusive subsidiar sua atuação mediante

articulação direta com os órgãos gerais sediados em Brasília envolvidos no

conflito.

Os casos conciliados pelas CJUs serão encaminhado à CCAF, acompanhados

dos respectivos autos administrativos, para aprovação do Diretor,

encaminhamento à anuência do Consultor-Geral da União e homologação do

Advogado-Geral da União.

Os termos de reunião e de conciliação firmados pelas CJU’s seguirão os

modelos adotados pela CCAF.

Page 32: Referencial de Gestão CCAF

32

MONITOR DE PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO

A CCAF armazenará a tramitação dos processos distribuídos aos Conciliadores

no MONITOR DE PROCESSOS DE CONCILIAÇÃO que será alimentado pela

Assessoria Técnica e pela Assessoria de Planejamento, inclusive no

acompanhamento dos períodos do processo conciliatório, em especial, quanto

aos intervalos para realização entre a distribuição e a nota inicial (15 dias), e

entre esta e as reuniões subsequentes (30 dias). Nas duas colunas de

períodos sempre será considerado a data das penúltimas e últimas reuniões.

Será mantido o campo das observações para registro dos encaminhamentos

que justificaram intervalo superior.

O Monitor será composto com os seguintes campos de atualização:

NUP – CONCILIADOR – INTERESSADOS – TERCEIRO - CONTROVÉRSIA –

DATA DE ENTRADA NA CCAF – VALOR INICIAL – TEMA – SUBTEMA –

PROCESSO JUDICIALIZADO (SIM/NÃO) – Nº E ANO DA NOTA/PARECER -

Nº E ANO DA COTA – DATA DA COTA ADMISSIBILIDADE DO

COORDENADOR – DATA LIMITE DA NOTA/COTA ADMISSIBILIDADE DO

CONCILIADOR (até 15 dias) – DATA NOTA/COTA DE ADMISSIBILIDADE DO

CONCILIADOR – ACOMPANHAMENTO DO PERÍODO DE INSTRUÇÃO DA

NOTA/COTA ADMISSIBILIDADE DO CONCILIADOR – DATA LIMITE PARA

REALIZAÇÃO DA 1ª REUNIÃO – DATA DA REALIZAÇÃO/1ª REUNIÃO –

ACOMPANHAMENTO DO PERÍODO DE INSTRUÇÃO DA 1ª REUNIÃO (até

45 dias) – Nº E ANO DO TR – DATA LIMITE PARA REALIZAÇÃO DA 2ª

REUNIÃO – DATA DA REALIZAÇÃO/2ª REUNIÃO – ACOMPANHAMENTO

DO PERÍODO DE INSTRUÇÃO DA 2ª REUNIÃO (até 75 dias) – Nº E ANO DO

TR2 – Nº E ANO DO TC – DATA DO TC – ANO DA CONCILIAÇÃO – VALOR

CONCILIADO – ARBITRAMENTO – OUTROS ENCAMINHAMENTOS –

ARQUIVO/DATA – PROCESSO CONCILIADO (SIM/NÃO OU EM

CONCILIAÇÃO) – DATA DE SAÍDA DA CCAF – OBSERVAÇÃO –

CUMPRIMENTO DA LEI 9.469/1997 (Limite R$ 500.000,00) – NÚMERO.

MONITOR DE PROCESSOS DESCENTRALIZADOS

Ferramenta suplementar que será utilizada pela CCAF, através da CAFAD para

acompanhar os procedimentos conciliatórios que serão trabalhados pelas

CONSULTORIAS JURÍDICAS DA UNIÃO nos Estados. Essa ferramenta

seguirá o mesmo roteiro de alimentação do Monitor principal com as

especificidades decorrentes.

Orientador do Monitor:

a) assegurador do Monitoramento: Assessoria de Planejamento;

b) alimentação das ferramentas: Assessorias Técnica e de Planejamento;

Page 33: Referencial de Gestão CCAF

33

c) objeto do monitoramento: acompanhamento do fluxo temporal do

procedimento conciliatório e produção de relatórios gerenciais;

d) responsável pela informação em monitoramento: Conciliador e Assessoria

Técnica;

e) ferramenta utilizada: planilha em Excel;

f) produto apresentado: relatórios por assunto, tempo de tramitação, valores,

estoque total, estoque individual, origem, interessados, matéria temática;

g) responsável pelo acompanhamento junto aos Conciliadores quanto às

providências necessárias ao atendimento dos encaminhamentos feitos no

curso do procedimento conciliatório: CAFAD.

h) interface lógica: SISCON

i) após completada a instrução, os processos conciliados; encaminhados para

arbitramento; enviados para os CJU´s; e para arquivamento, deverão ter o

nome do conciliador retirado da coluna específica no Monitor para a baixa da

carga, sendo informado — nesse campo — o destino físico do processo.

Para efeito de registro o nome do conciliador deverá ser lançado na coluna

observações.

TERMO DE REUNIÃO

Documento onde são registradas as ocorrências e deliberações ocorridas nas

reuniões realizadas no curso das atividades conciliatórias, com indicação de

prazos e responsáveis pelo cumprimento das tarefas e, sempre que possível,

com indicação de data para a próxima reunião.

A controvérsia que for solucionada, mas não tenha sido objeto de Termo de

Conciliação, será consignada em Termo de Reunião ou em Nota do

conciliador, para registro do resultado positivo da atuação da CCAF.

TERMO DE CONCILIAÇÃO

A solução consensual da controvérsia obtida entre os interessados será

firmada em documento designado TERMO DE CONCILIAÇÃO, do qual deverá

constar necessariamente:

a) delimitação da controvérsia;

b) solução proposta para o deslinde do conflito;

c) discriminação das obrigações individualizadas de cada órgão, entidade

pública ou ente político envolvido com a definição de responsáveis pelo

monitoramento de cada uma das obrigações;

d) os prazos para cumprimento do acordo;

e) relato circunstanciado do histórico da instrução;

f) menção — quando possível — do valore decorrentes do acordo havido;

Page 34: Referencial de Gestão CCAF

34

g) definição quanto aos honorários sucumbenciais, quando se tratar de

controvérsia judicializada;

Os efeitos jurídicos da conciliação constantes do TERMO DE CONCILIAÇÃO

somente se materializam com a HOMOLOGAÇÃO efetuada pelo Advogado

Geral da União.

Quando a causa envolver valores superiores ao limite fixado no artigo 1º da Lei

nº 9.469, de 10 de julho de 1997, o acordo ou a transação, sob pena de

nulidade, dependerá de prévia e expressa autorização das autoridades

elencadas no seu § 1º, conforme o órgão envolvido no conflito.

Condicionantes para o Termo de Conciliação

a) o TERMO DE CONCILIAÇÃO firmado pelos representantes designados

deverá ser acompanhado das anuências expressas das respectivas

autoridades superiores quando a hipótese exigir autorizações prescritas na

Lei nº 9.469, de 1997;

b) o TERMO DE CONCILIAÇÃO devidamente instruído será encaminhado,

após aprovação do Diretor da CCAF e do Consultor-Geral da União, à

homologação do Advogado-Geral da União para que surta seus efeitos no

âmbito da Administração Federal;

c) o TERMO DE CONCILIAÇÃO que solucionar controvérsia judicial será

apresentado em juízo pelos interessados com o fito de extinguir a lide

judicial;

d) o cumprimento dos compromissos estabelecidos no TERMO DE

CONCILIAÇÃO é de responsabilidade dos órgãos, entidades públicas e

entes políticos que o firmaram, por meio de seus representantes;

e) a CCAF, ciente do descumprimento do Termo de Conciliação, encaminhará

o assunto aos órgãos competentes da AGU (PGU, CGU, PGFN e PGF) para

conhecimento e adoção das medidas pertinentes;

f) após a homologação do TERMO DE CONCILIAÇÃO, o processo retornará a

CCAF para as comunicações e encaminhamentos finais aos organismos

interessados por parte do Conciliador, consignando-se as providências que

deverão ser adotadas subsequentemente e quais os asseguradores do

procedimento em face da derivação das responsabilidades assumidas. A

CCAF acompanhará, no que couber, o cumprimento das obrigações

assumidas;

g) nos casos relevantes será dada ciência do TERMO DE CONCILIAÇÃO aos

dirigentes máximos das instituições envolvidas na controvérsia. O período

para essa providência será de até 60 dias após sua homologação, admitida

a prorrogação por mais 30 dias com a devida justificativa. Após esse período

Page 35: Referencial de Gestão CCAF

35

o processo físico será encaminhado para arquivo ou devolvido ao órgão de

origem.

h) o TERMO DE CONCILIAÇÃO homologado também será encaminhado para

conhecimento do Procurador-Geral Federal, caso o interessado na

controvérsia seja organismo da administração indireta; ao Procurador-Geral

da União, caso o interessado na controvérsia seja organismo da

administração direta; e ao Procurador da Fazenda Nacional, nas matérias de

sua competência;

i) o AGU — ou o CGU — em caráter discricionário poderá solicitar à CCAF a

manutenção do processo além do período estabelecido na letra ―g‖ em face

de questões havidas como relevantes e supervenientes ao encerramento

indicado;

j) Encerrado o procedimento conciliatório, novas proposições dos órgãos e

entidades interessados na reabertura do procedimento, deverão ser dirigidas

ao Consultor-Geral da União ou Advogado-Geral da União, para análise e

deliberação;

k) o processo que não for conciliado por falta de entendimento dos

interessados será encerrado e a matéria remetida em grau de alçada ao

Consultor-Geral da União para os encaminhamentos decorrentes, incluindo-

se a possibilidade do arbitramento.

l) O Termo de Conciliação firmado entre entes da Administração Pública

Federal, Estadual, Distrital ou Municipal, deverá ser assinado pelo

Procurador-Geral do Estado, do Distrito Federal ou do Município, para

depois ser submetido a homologação do Advogado-Geral da União,.

TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA

O Termo de Ajustamento de Conduta seguirá o mesmo regramento do Termo

de Conciliação, observada sua disciplina legal contida na Lei n.º 9.469/97, art.

4º-A, acrescentado pela Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010. Deverá ser

previamente autorizada a sua assinatura pelo Advogado-Geral da União, na

forma do art. 36, inc. XIV, do Decreto nº 7.392/2010.

RESULTADO POSITIVO DECORRENTE DO PROCESSO CONCILIATÓRIO

O conflito solucionado no curso de procedimento conciliatório regularmente

instaurado - embora não tendo sido objeto de Termo e Conciliação – será

consignado em termo de reunião ou em nota de encerramento do conciliador,

para fins de comunicação a todos os interessados e de registro do resultado

positivo da atuação da CCAF.

REDE DE CONCILIAÇÃO

Page 36: Referencial de Gestão CCAF

36

Ambientes institucionais dentro dos organismos do Governo Federal com

pessoal capacitado em práticas de conciliação e arbitragem que deverão atuar

preventivamente nas controvérsias envolvendo organizações públicas. Essa

sugestão se ampara nas seguintes variáveis:

a) a sensibilização de gestores públicos para a importância do processo de

conciliação como redutor de conflitos internos e de custos para o erário. O

gestor sensibilizado poderá delegar competências para a solução das

controvérsias com maior possibilidade de êxito;

b) a formação de servidores para a compreensão da conciliação como

instrumento eficaz para a solução das controvérsias. O servidor qualificado e

com competências bem delineadas participará do processo de conciliação

com mais consciência e dinamismo;

c) a implantação da REDE DE CONCILIAÇÃO deverá seguir um cronograma

de prioridades nas instituições com maior densidade de controvérsias na

CCAF;

d) A Escola da AGU — em conjunto com a CCAF — está elaborando um

programa de capacitação que será disponibilizado aos servidores que

poderão integrar a REDE DE CONCILIAÇÃO;

e) Os procedimentos de interface de comunicação e armazenagem das

informações produzidas na REDE DE CONCILIAÇÃO ocorrerão no ambiente

do SISCON.

f) como ferramenta de efetividade estratégica da AGU, a consolidação da

REDE DE CONCILIAÇÃO será atividade prioritária na formulação do PPA e

nos resultados produzidos no âmbito do projeto em celebração com o Banco

Interamericano de Desenvolvimento – BID.

g) os ambientes de conciliação consolidados nos organismos do Governo

Federal terão na CCAF o ponto de convergência e alçada para o

aprofundamento das matérias não conciliadas na fase originária.

TERCEIROS INTERESSADOS

O processo de conciliação envolverá, de regra, somente a participação de

organismos públicos. Se houver, no entanto, a excepcionalidade de

participação de terceiros interessados por derivação da controvérsia, o

procedimento dar-se-á na seguinte forma:

a) as audiências requeridas por particulares no âmbito do processo de

conciliação na CCAF seguirão o rito estabelecido nos termos da

Portaria/AGU nº 910, de 04 de julho de 2008;

b) a demanda para a participação de terceiros interessados será

encaminhada por um dos organismos públicos interessados na

Page 37: Referencial de Gestão CCAF

37

controvérsia, e deverá ser aprovada em reunião de conciliação por todos

os representantes presentes.

c) se necessária a oitiva de terceiros interessados de forma coletiva ou

individual para a complementação da instrução em ambiente interno ou

externo da CCAF, seja em Brasília ou nas Consultorias Jurídicas da União

nos Estados, será necessária a autorização prévia ao Consultor-Geral da

União.

EMENTÁRIO DE CONCILIAÇÃO

A CCAF tem sua atuação voltada para a solução negociada de

controvérsias surgida no âmbito da Administração Pública. Os caminhos

percorridos são trilhados por uma série de atividades de ordem

administrativa e jurídica tendo escopo a celebração do Termo de

Conciliação — que tem por objetivo principal demarcar a celebração do

acordo, assegurando aos entes envolvidos a garantia do cumprimento das

obrigações estabelecidas.

O Termo de Conciliação somente produz eficácia após a devida

homologação pelo Advogado- Geral da União. Após esse procedimento, a

CCAF organiza os acordos firmados em ementas catalogadas em ambiente

apropriado. Esse produto constitui-se no Ementário das Conciliações, que

também tem agregadas as decisões estabelecidas através dos pareceres,

quando da necessidade de arbitramento. O Ementário consolidado em

forma sequencial de datas é divulgado periodicamente no portal eletrônico

da Advocacia-Geral da União como forma de conferir publicidade aos atos

praticados na CCAF, permitindo que tanto os interessados na controvérsia,

quanto a sociedade em geral acompanhe em forma sintética o produto

principal de nossas atividades.

CARTILHA DA CCAF

A Cartilha da CCAF é uma publicação da CGU/AGU, em parceria com a

Escola da AGU, objetivando consolidar informações relevantes da

conciliação. O formato de manual auxilia conciliadores e representantes

dos organismos públicos nas mesas de negociação com informações de

natureza jurídica e de orientação formal do procedimento. A cartilha

constitui-se, pois, em uma importante ferramenta para os operadores do

direito na rotina dos procedimentos da conciliação. Pelo dinamismo do

procedimento e pela necessidade de atualização dos atos normativos, a

Page 38: Referencial de Gestão CCAF

38

Cartilha da CCAF é um produto sempre atualizado com novas inclusões e

novos formatos.

Page 39: Referencial de Gestão CCAF

39

Orientador Normativo da Conciliação e da

Atuação da CCAF

CONSTITUIÇÃO FEDERAL:

Preâmbulo da CF/88

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia

Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a

assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a

segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça

como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem

preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem

interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias,

promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Art. 37

A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos

princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade

e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 19, de 1998)

II PACTO REPUBLICANO DE ESTADO POR UM SISTEMA DE JUSTIÇA

MAIS ACESSÍVEL ÁGIL E EFETIVO, de 13 de abril de 2009.

Para a consecução dos objetivos estabelecidos neste Pacto, assumem

os seguintes compromissos, sem prejuízo das respectivas

competências constitucionais relativamente à iniciativa e à tramitação

das proposições legislativas:

...

d) fortalecer a mediação e a conciliação, estimulando a resolução de

conflitos por meios auto compositivos, voltados à maior pacificação

social e menor judicialização;

e) ampliar a edição de súmulas administrativas e a constituição de

Câmaras de Conciliação;

Page 40: Referencial de Gestão CCAF

40

LEIS:

Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992 - Lei de Improbidade

Administrativa

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo

Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta

dias da efetivação da medida cautelar.

§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que

trata o caput.

Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993 - institui a Lei

Orgânica da Advocacia-Geral da União e dá outras providências.

Art. 2º - A Advocacia-Geral da União compreende:

...

§ 1º - Subordinam-se diretamente ao Advogado-Geral da União, além

do seu gabinete, a Procuradoria-Geral da União, a Consultoria-Geral da

União, a Corregedoria-Geral da Advocacia-Geral da União, a Secretaria

de Controle Interno e, técnica e juridicamente, a Procuradoria-Geral da

Fazenda Nacional.

...

Art. 4º - São atribuições do Advogado-Geral da União:

I - dirigir a Advocacia-Geral da União, superintender e coordenar suas

atividades e orientar-lhe a atuação;

VI - desistir, transigir, acordar e firmar compromisso nas ações de

interesse da União, nos termos da legislação vigente; (Ver Lei

9.469, 10/07/97);

• Art. 8º – C da Lei 9.028, de 12 de abril de 1995

Art. 8o-C O Advogado-Geral da União, na defesa dos interesses desta e

em hipóteses as quais possam trazer reflexos de natureza econômica,

ainda que indiretos, ao erário federal, poderá avocar, ou integrar e

coordenar, os trabalhos a cargo de órgão jurídico de empresa pública

ou sociedade de economia mista, a se desenvolverem em sede judicial

ou extrajudicial. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001);

Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997 - regulamenta o disposto no inciso

VI do art. 4º da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993

Art. 1o O Advogado-Geral da União, diretamente ou mediante

delegação, e os dirigentes máximos das empresas públicas federais

poderão autorizar a realização de acordos ou transações, em juízo, para

Page 41: Referencial de Gestão CCAF

41

terminar o litígio, nas causas de valor até R$ 500.000,00 (quinhentos mil

reais). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 1o Quando a causa envolver valores superiores ao limite fixado neste

artigo, o acordo ou a transação, sob pena de nulidade, dependerá de

prévia e expressa autorização do Advogado-Geral da União e do

Ministro de Estado ou do titular da Secretaria da Presidência da

República a cuja área de competência estiver afeto o assunto, ou ainda

do Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do

Tribunal de Contas da União, de Tribunal ou Conselho, ou do

Procurador-Geral da República, no caso de interesse dos órgãos dos

Poderes Legislativo e Judiciário, ou do Ministério Público da União,

excluídas as empresas públicas federais não dependentes, que

necessitarão apenas de prévia e expressa autorização de seu dirigente

máximo. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 - regula o processo

administrativo no âmbito da Administração Pública Federal

Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo

administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta,

visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao

melhor cumprimento dos fins da Administração.

...

Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse

geral, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir

período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da

decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada.

§ 1o A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos

meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam

examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações

escritas.

§ 2o O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a

condição de interessado do processo, mas confere o direito de obter da

Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas

as alegações substancialmente iguais.

...

Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da

relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para

debates sobre a matéria do processo.

...

Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante,

poderão estabelecer outros meios de participação de

administrados, diretamente ou por meio de organizações e

associações legalmente reconhecidas.

...

Page 42: Referencial de Gestão CCAF

42

Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios

de participação de administrados deverão ser apresentados com a

indicação do procedimento adotado.

...

Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de

outros órgãos ou entidades administrativas poderá ser realizada em

reunião conjunta, com a participação de titulares ou representantes dos

órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos

autos.

...

Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se

por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os

preceitos desta Lei.

• Art. 2º, inciso IV e art. 2º-A, inciso V, da Lei nº 9.873, de 23 de

novembro de 1999 (incisos incluídos pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de

2009) - estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela

Administração Pública Federal, direta e indireta, e dá outras providências

Art. 1º Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração

Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia,

objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da

prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia

em que tiver cessado.

...

Art. 1º-A. Constituído definitivamente o crédito não tributário, após o

término regular do processo administrativo, prescreve em 5 (cinco) anos

a ação de execução da administração pública federal relativa a crédito

decorrente da aplicação de multa por infração à legislação em vigor.

(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

...

Art. 2º Interrompe-se a prescrição da ação punitiva: (Redação dada pela

Lei nº 11.941, de 2009)

IV – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação

expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da

administração pública federal. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

...

Art. 2o-A. Interrompe-se o prazo prescricional da ação executória:

(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

V – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa

de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da administração

pública federal. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

• Art. 11 da Medida Provisória nº 2.180-35, de 24 de agosto de 2001

Page 43: Referencial de Gestão CCAF

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Art. 11. Estabelecida controvérsia de natureza jurídica entre entidades

da Administração Federal indireta, ou entre tais entes e a União, os

Ministros de Estado competentes solicitarão, de imediato, ao Presidente

da República, a audiência da Advocacia-Geral da União.

Parágrafo único. Incumbirá ao Advogado-Geral da União adotar todas

as providências necessárias a que se deslinde a controvérsia em sede

administrativa.

• Art. 12 da Lei nº 10.683 de 28 de maio de 2003 - dispõe sobre a

organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras

providências

Art. 12. Ao Advogado-Geral da União, o mais elevado órgão de

assessoramento jurídico do Poder Executivo, incumbe assessorar o

Presidente da República em assuntos de natureza jurídica, elaborando

pareceres e estudos ou propondo normas, medidas, diretrizes, assistir-

lhe no controle interno da legalidade dos atos da Administração Pública

Federal, sugerir-lhe medidas de caráter jurídico reclamadas pelo

interesse público e apresentar-lhe as informações a ser prestadas ao

Poder Judiciário quando impugnado ato ou omissão presidencial, dentre

outras atribuições fixadas na Lei Complementar no 73, de 10 de

fevereiro de 1993.

• Art. 8º da Lei nº 12.348, de 15 de dezembro de 2010

Art. 8º Ficam convalidadas as desapropriações sobre imóveis não

operacionais da extinta RFFSA realizadas por outros entes da

Federação, desde que o apossamento ou a imissão na posse tenham

ocorrido antes de 22 de janeiro de 2007.

§ 1º A União fica autorizada a celebrar acordos, renunciar valores,

principais e acessórios, nas ações de que trata o caput, até a quitação

total dos precatórios, desde que as áreas desapropriadas estejam

sendo utilizadas, ou seja, destinadas a projeto de reabilitação de

centros urbanos, funcionamento de órgãos públicos ou execução de

políticas públicas, sem fins lucrativos.

§ 2º Poderão ser realizados acordos em relação à parcela da área

desapropriada que cumpra os requisitos do § 1o, seguindo a

desapropriação em relação ao restante do imóvel.

§ 3º Não serão devidas quaisquer devoluções de valores já pagos em

decorrência dos acordos com fundamento no § 1o.

Page 44: Referencial de Gestão CCAF

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DECRETOS:

• Art. 18 do Decreto nº 7.392, de 13/12/10 - aprova a Estrutura

Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão da

Advocacia-Geral da União, aprova o Quadro Demonstrativo dos Cargos em

Comissão da Procuradoria-Geral Federal e remaneja cargos em comissão para

a Advocacia- Geral da União e para a Procuradoria-Geral Federal

Art. 18. A Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração

Federal compete:

I - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por

meio de conciliação, no âmbito da Advocacia-Geral da União;

II - requisitar aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal

informações para subsidiar sua atuação;

III - dirimir, por meio de conciliação, as controvérsias entre órgãos e

entidades da Administração Pública Federal, bem como entre esses e a

Administração Pública dos Estados, do Distrito Federal, e dos

Municípios;

IV - buscar a solução de conflitos judicializados, nos casos remetidos

pelos Ministros dos Tribunais Superiores e demais membros do

Judiciário, ou por proposta dos órgãos de direção superior que atuam

no contencioso judicial;

V - promover, quando couber, a celebração de Termo de Ajustamento

de Conduta nos casos submetidos a procedimento conciliatório;

VI - propor, quando couber, ao Consultor-Geral da União o arbitramento

das controvérsias não solucionadas por conciliação;

VII - orientar e supervisionar as atividades conciliatórias no âmbito das

Consultorias Jurídicas nos Estados.

NORMAS INTERNAS DA AGU:

Ato Regimental nº 05, de 27 de setembro de 2007 - dispõe sobre a

competência, a estrutura e o funcionamento da Consultoria-Geral da

União e as atribuições de seu titular e demais dirigentes

Art. 3º Compete à Consultoria-Geral da União:

VI - participar do deslinde de controvérsia jurídica entre órgãos e

entidades da Administração Federal, objetivando sua solução em sede

administrativa;

...

Art. 4º Integram a Consultoria-Geral da União:

Page 45: Referencial de Gestão CCAF

45

VIII - a Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal -

CCAF;

...

Seção V

Da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal

Art. 17. Compete à Câmara de Conciliação e Arbitragem da

Administração Federal - CCAF:

I - identificar os litígios entre órgãos e entidades da Administração

Federal;

II - manifestar-se quanto ao cabimento e à possibilidade de conciliação;

III - buscar a conciliação entre órgãos e entidades da Administração

Federal; e

IV - supervisionar as atividades conciliatórias no âmbito de outros

órgãos da Advocacia-Geral da União.

...

Art. 18. Integram a CCAF a 1ª e a 2ª Coordenações-Gerais de

Conciliação e Arbitragem, às quais incumbe desempenhar as

competências estabelecidas no caput.

Portaria/AGU nº 1.281, de 27 de setembro de 2007– dispõe sobre o

deslinde, em sede administrativa, de controvérsias de natureza jurídica

entre órgãos e entidades da Administração Federal, no âmbito da

Advocacia-Geral da União.

Art. 30, inciso XIX, da Portaria Interministerial MP/MF/MCT nº 127,

de 29 de maio de 2008 - estabelece normas para execução do disposto

no Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, que dispõe sobre as

normas relativas às transferências de recursos da União mediante

convênios e contratos de repasse

Art. 30. São cláusulas necessárias nos instrumentos regulados por esta

Portaria as que estabeleçam:

XIX- a indicação do foro para dirimir as dúvidas decorrentes da

execução dos convênios, contratos ou instrumentos congêneres,

estabelecendo a obrigatoriedade da prévia tentativa de solução

administrativa com a participação da Advocacia-Geral da União, em

caso de os partícipes ou contratantes serem da esfera federal,

administração direta ou indireta, nos termos do art. 11 da Medida

Provisória nº 2.180-35, de 24 de agosto de 2001.

Portaria/AGU nº 910, de 04 de julho de 2008 – estabelece

procedimentos para a concessão de audiências a particulares no âmbito

da Advocacia-Geral da União e dos órgãos a ela vinculados

Portaria/AGU nº 1.099, de 28 de julho de 2008 – dispõe sobre a

conciliação, em sede administrativa e no âmbito da Advocacia-Geral da

Page 46: Referencial de Gestão CCAF

46

União, das controvérsias de natureza jurídica entre a Administração

Pública Federal e a Administração Pública dos Estados ou do Distrito

Federal

Portaria/AGU nº 481, de 06 de abril de 2009

Art. 1º O art. 1º da Portaria nº 1.099, de 28 de julho de 2008, passa a

vigorar com a seguinte redação:

"Art. 1º O deslinde, em sede administrativa, de controvérsia de natureza

jurídica entre a Administração Pública Federal e a Administração

Pública dos Estados, do Distrito Federal, e de Municípios que sejam

Capital de Estado ou que possuam mais de duzentos mil habitantes, por

meio de conciliação, no âmbito da Advocacia-Geral da União, far-se-á

nos termos desta Portaria."

Portaria/AGU nº 527, de 14 de abril de 2009 - disciplina a realização de

audiências e consultas públicas em processos administrativos que

estejam sob apreciação dos órgãos da Advocacia-Geral da União - AGU

e da Procuradoria-Geral Federal - PGF, cujo objeto verse sobre matéria

de alta complexidade, com repercussão geral e de interesse público

relevante

Art. 5º da Portaria/AGU nº 990, de 16 de julho de 2009

Art. 5º Fica delegada ao Advogado-Geral da União Substituto a

competência prevista no art. 10 da Portaria nº 1.281, de 27 de setembro

de 2007.

Portaria/PGFN nº 1.346, de 6 de OUTUBRO DE 2009 – estabelece o

procedimento para a atuação da Procuradoria-Geral da Fazenda

Nacional no âmbito da Câmara de Conciliação e Arbitragem da

Administração Federal. DOU 09/10/2009.

Portaria/CGU nº 23, de 21 de dezembro de 2009 – determina que os

trabalhos da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração

Federal, quando o processo versar sobre controvérsia envolvendo

comunidades indígenas e quilombolas, devem ser iniciados com

audiência pública, na sede do município em que existe o conflito

administrativo respectivo e que, para tanto, devem ser expedidas

correspondências e editais, de forma a dar a máxima publicidade ao

evento, que será coordenado pelo Conciliador a quem o processo for

distribuído.

Page 47: Referencial de Gestão CCAF

47

Portaria/PGU nº 01, de 08 de janeiro de 2010 – dispõe sobre o

procedimento para a atuação da PGU no âmbito da CCAF

Portaria/PGF nº 158, de 9 de março de 2010 – disciplina as atividades

da Adjuntoria de Consultoria da Procuradoria-Geral Federal em matéria

consultiva.

Art. 1º Compete à Adjuntoria de Consultoria da Procuradoria-

Geral Federal exercer a coordenação e orientação das

atividades de consultoria e assessoramento jurídicos de seus

órgãos de execução, bem como assistir o Procurador-Geral

Federal, inclusive elaborando estudos e preparando informações

em matéria consultiva.

§ 1º No exercício da competência prevista neste artigo e

observado o disposto no art. 2º, cabe à Adjuntoria de

Consultoria, em especial:

I - apreciar, quando solicitado, a legalidade dos atos

administrativos de competência do Procurador-Geral Federal; e

II - uniformizar entendimentos jurídicos divergentes ou

dirimir controvérsias de natureza jurídica existentes entre os

órgãos de execução da Procuradoria-Geral Federal.

...

Art. 3º As orientações jurídicas firmadas pela Adjuntoria de

Consultoria e aprovadas pelo Procurador-Geral Federal deverão,

obedecidas as orientações do Advogado-Geral da União e

da Consultoria-Geral da União, ser adotadas de modo

uniforme por todos os órgãos de execução da Procuradoria-

Geral Federal.

Portaria/CGU nº 5, de 16 de março de 2010 – delega as competências

que especifica aos Diretores dos Departamentos e da Câmara de

Conciliação e Arbitragem da Administração Federal integrantes da

Consultoria-Geral da União

Art. 1º Fica delegada aos Diretores dos Departamentos e da

Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal

integrantes da Consultoria-Geral da União as competências

estabelecidas neste artigo, nos seguintes termos:

IV - ao Diretor da Câmara de Conciliação e Arbitragem da

Administração Federal - CCAF:

a) decidir sobre o cabimento das atividades conciliatórias; e

b) decidir a respeito da submissão de procedimento conciliatório

aos Núcleos de Assessoramento Jurídico, quando a questão

controvertida for eminentemente local e não tiver repercussão

nacional.

Page 48: Referencial de Gestão CCAF

48

Portaria/AGU nº 07, de 05 de janeiro de 2011 – dispõe sobre a

realização de acordos ou transações nas ações regressivas acidentárias

no âmbito da Procuradoria-Geral Federal

Portaria/PGFN nº 131, de 21 de fevereiro de 2011 – regulamenta a

atuação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional no âmbito da

Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Pública Federal

da Advocacia-Geral da União

Portaria/AGU nº 377, de 25 de agosto de 2011 - regulamenta o art. 1º-

A da Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997 (incluído pela Lei nº 11.941, de

27 de maio de 2009), e determina outras providências