redução da jornada: com 6 horas, todos ganham -...

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Boletim Informativo do Sisejufe Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro Ano IX – N o 50 – outubro de 2008 Filiado à Fenajufe e à CUT Edição Especial de Redução da Jornada e Plano de Carreira – sisejufe.org.br – [email protected] A luta histórica do Sisejufe em defe- sa da redução da jornada de trabalho no Judiciário Fede- ral para 6 horas diárias (30 horas semanais) teve um importan- te marco em 2008. Nos dias 11 e 12 Ao escolhermos uma profissão, o que esperamos dela? Sem dúvida, com o correr dos anos vamos em busca de as- censão até atingirmos o topo da carreira. Já no concurso público o candidato vive a expectativa de crescimento e, ao longo da vida funcional, cada servidor busca condições de qualificação e de reconhe- cimento que lhe permitam, ao se aposen- tar, ter os benefícios normalmente pre- vistos em um Plano de Carreira, com re- gras bem definidas e claras. É a existên- cia e o cumprimento de um Plano de Car- reira que permite a realização do sonho da progressão profissional. O Sisejufe se orgulha de ter sido pioneiro nas discussões que devem ser centrais para a categoria dos servidores do Judiciário Federal nos próximos me- ses. Em setembro de 2007, na sede do sindicato, promovemos o Seminário so- bre Plano de Carreira e Gestão Demo- crática de Pessoal. O seminário discutiu as atribuições de cada cargo no Judiciá- rio Federal, se os servidores constituem de julho, o sindicato sediou o 1º Encon- tro Nacional da Fenajufe sobre Jornada de 6 horas. A realização daquele evento cumpriu deliberação da categoria, que aprovou no 6º Congrejufe e na XIV Ple- nária da Fenajufe a deflagração de uma campanha nacional pela redução da jor- nada de trabalho nos órgãos do Judiciá- rio Federal e Ministério Público da União. O encontro teve a participação de 131 dirigentes sindicais de todo o País, de re- presentantes da CUT e do Dieese, de pesquisadores de Universidades Federais e de servidores da área de Recursos Hu- manos do Supremo Tribunal Federal e do TRF-4 – que já implantaram a redu- ção da jornada. De lá para cá, o Sisejufe passou pelo processo eleitoral e já fez três assembléias cuja principal pauta foi a redução da jornada. Diante da resis- tência de alguns magistrados, e mesmo de colegas servidores, em defender uma carga horária de trabalho reduzida, o sin- dicato intensifica a ação de esclarecimento sobre os benefícios da redução da jorna- da. Neste Fique por Dentro Especial, você vai encontrar uma série de textos que de- monstram que com as 6 horas diárias, o Judiciário Federal, os servidores e a po- pulação só têm a ganhar. Páginas 2 a 5 Páginas 2 a 5 Páginas 2 a 5 Páginas 2 a 5 Páginas 2 a 5 Redução da Jornada: com 6 horas, todos ganham edução da Jornada: com 6 horas, todos ganham edução da Jornada: com 6 horas, todos ganham edução da Jornada: com 6 horas, todos ganham edução da Jornada: com 6 horas, todos ganham uma carreira única ou não, os critérios para a criação e a ocupação de Funções Comissionadas (FCs) e Cargos em Co- missão (CJs), além da implementação da jornada de trabalho de 6 horas. O sindicatou adotou a metodologia de ex- posição dos temas através de painéis, debates em grupo e produção de um re- latório final que foi encaminhado à Fede- ração Nacional dos Trabalhadores do Ju- diciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe). Os debates contaram com a presen- ça de sindicalizados, dirigentes sindicais de todo o país e painelistas da Fenajufe, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), do Supremo Tribunal Fe- deral (STF), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciá- rio Federal do Rio Grande do Sul (Sintrajufe-RS). Neste Fique por Dentro Especial você vai encontrar os principais pontos discuti- dos naquele primeiro seminário, a pro- posta da direção do Sisejufe apresentada na Reunião Ampliada da Fenajufe sobre Plano de Carreira, que ocorreu no fim de agosto de 2008, em Brasília, a tese-guia do Sisejufe, os consensos e as polêmicas em relação ao futuro projeto de lei. Tudo isso para deixar você bem preparado para o Encontro Estadual sobre Plano de Car- reira que acontece dias 24 e 25 de outu- bro, no Sisejufe. Páginas 6 a 12 Páginas 6 a 12 Páginas 6 a 12 Páginas 6 a 12 Páginas 6 a 12 Plano de Car Plano de Car Plano de Car Plano de Car Plano de Carreira: a próxima grande luta eira: a próxima grande luta eira: a próxima grande luta eira: a próxima grande luta eira: a próxima grande luta Degrau a degrau, passo a passo: é hora de pensarmos a carreira.

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Page 1: Redução da Jornada: com 6 horas, todos ganham - SISEJUFEsisejufe.org.br/wprs/wp-content/uploads/2012/09/Boletim-50.pdf · 3 outubro de 2008 – Ano IX Nº 50 6 horas melhoria das

Boletim Informativo do SisejufeSindicato dos Servidores das JustiçasFederais no Estado do Rio de JaneiroAno IX – No 50 – outubro de 2008

Filiado à Fenajufe e à CUT

Edição Especial de Redução da Jornada e Plano de Carreira – sisejufe.org.br – [email protected]

A luta histórica do Sisejufe em defe-sa da redução da jornada de

trabalho no Judiciário Fede-ral para 6 horas diárias

(30 horas semanais)teve um importan-

te marco em2008. Nos

dias 11e 12

Ao escolhermos uma profissão, o

que esperamos dela? Sem dúvida, com ocorrer dos anos vamos em busca de as-censão até atingirmos o topo da carreira.

Já no concurso público o candidato vivea expectativa de crescimento e, ao longo

da vida funcional, cada servidor buscacondições de qualificação e de reconhe-cimento que lhe permitam, ao se aposen-

tar, ter os benefícios normalmente pre-vistos em um Plano de Carreira, com re-

gras bem definidas e claras. É a existên-cia e o cumprimento de um Plano de Car-

reira que permite a realização do sonhoda progressão profissional.

O Sisejufe se orgulha de ter sido

pioneiro nas discussões que devem sercentrais para a categoria dos servidores

do Judiciário Federal nos próximos me-ses. Em setembro de 2007, na sede dosindicato, promovemos o Seminário so-

bre Plano de Carreira e Gestão Demo-crática de Pessoal. O seminário discutiu

as atribuições de cada cargo no Judiciá-rio Federal, se os servidores constituem

de julho, o sindicato sediou o 1º Encon-tro Nacional da Fenajufe sobre Jornadade 6 horas. A realização daquele eventocumpriu deliberação da categoria, queaprovou no 6º Congrejufe e na XIV Ple-nária da Fenajufe a deflagração de umacampanha nacional pela redução da jor-nada de trabalho nos órgãos do Judiciá-rio Federal e Ministério Público da União.O encontro teve a participação de 131dirigentes sindicais de todo o País, de re-presentantes da CUT e do Dieese, depesquisadores de Universidades Federaise de servidores da área de Recursos Hu-manos do Supremo Tribunal Federal edo TRF-4 – que já implantaram a redu-

ção da jornada. De lá para cá, o Sisejufepassou pelo processo eleitoral e já feztrês assembléias cuja principal pauta foia redução da jornada. Diante da resis-tência de alguns magistrados, e mesmode colegas servidores, em defender umacarga horária de trabalho reduzida, o sin-dicato intensifica a ação de esclarecimentosobre os benefícios da redução da jorna-da. Neste Fique por Dentro Especial, vocêvai encontrar uma série de textos que de-monstram que com as 6 horas diárias, oJudiciário Federal, os servidores e a po-pulação só têm a ganhar.

Páginas 2 a 5Páginas 2 a 5Páginas 2 a 5Páginas 2 a 5Páginas 2 a 5

RRRRRedução da Jornada: com 6 horas, todos ganhamedução da Jornada: com 6 horas, todos ganhamedução da Jornada: com 6 horas, todos ganhamedução da Jornada: com 6 horas, todos ganhamedução da Jornada: com 6 horas, todos ganham

uma carreira única ou não, os critérios

para a criação e a ocupação de FunçõesComissionadas (FCs) e Cargos em Co-missão (CJs), além da implementação da

jornada de trabalho de 6 horas. Osindicatou adotou a metodologia de ex-

posição dos temas através de painéis,debates em grupo e produção de um re-latório final que foi encaminhado à Fede-

ração Nacional dos Trabalhadores do Ju-diciário Federal e Ministério Público da

União (Fenajufe).Os debates contaram com a presen-

ça de sindicalizados, dirigentes sindicaisde todo o país e painelistas da Fenajufe,da Central Única dos Trabalhadores

(CUT), do Departamento Intersindical deEstatística e Estudos Socioeconômicos

(Dieese), do Supremo Tribunal Fe-deral (STF), da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro

(UFRJ) e do Sindicato dosTrabalhadores do Judiciá-

rio Federal do Rio Grandedo Sul (Sintrajufe-RS).

Neste Fique por Dentro Especial você vai

encontrar os principais pontos discuti-dos naquele primeiro seminário, a pro-

posta da direção do Sisejufe apresentadana Reunião Ampliada da Fenajufe sobrePlano de Carreira, que ocorreu no fim de

agosto de 2008, em Brasília, a tese-guiado Sisejufe, os consensos e as polêmicas

em relação ao futuro projeto de lei. Tudoisso para deixar você bem preparado parao Encontro Estadual sobre Plano de Car-

reira que acontece dias 24 e 25 de outu-bro, no Sisejufe. Páginas 6 a 12Páginas 6 a 12Páginas 6 a 12Páginas 6 a 12Páginas 6 a 12

Plano de CarPlano de CarPlano de CarPlano de CarPlano de Carrrrrreira: a próxima grande lutaeira: a próxima grande lutaeira: a próxima grande lutaeira: a próxima grande lutaeira: a próxima grande luta

Degrau a degrau,passo a passo: é hora depensarmos a carreira.

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Quem sabe faz 6 horas, não espera acontecer!Quem sabe faz 6 horas, não espera acontecer!Quem sabe faz 6 horas, não espera acontecer!Quem sabe faz 6 horas, não espera acontecer!Quem sabe faz 6 horas, não espera acontecer!RRRRRedução da Jornada de Tedução da Jornada de Tedução da Jornada de Tedução da Jornada de Tedução da Jornada de Trabalhorabalhorabalhorabalhorabalho

á tempos que se sabe: como progresso científico etecnológico, que fez avan-çar a eficiência das máqui-

nas, em 6 horas o ser humano podemuito bem desenvolver todas as ta-refas ligadas ao seu trabalho e melhorviver sua vida no restante do tempo.Não há necessidade de se trabalharmais do que isto. Há quem diga que,com essa jornada, o trabalho vai ficaracumulado – hoje, na maioria dos car-tórios do Brasil há pilhas de proces-sos. Há também quem diga que, com6 horas, a Justiça vai parar. Quem pen-sa assim, no entanto, não consideraque o servidor é humano, e não umamáquina que pode funcionar ininter-ruptamente. Já está cientificamentecomprovado que quanto maior a jor-nada, menor a atenção do trabalha-dor no serviço. E conforme a jornadavai avançando, a fadiga e o tédio to-mam conta do trabalhador e ele ren-de cada vez menos. Além disto, o nú-mero de intervalos para um café, ir aobanheiro ou para um simples bate-papo com um colega, vão se tornan-do maiores – e isto não é natural. Oser humano não consegue ficar maisdo que uma hora ininterruptamentenuma tarefa sem que tenha sua aten-ção desviada. Em resumo, em 6 horasacaba se trabalhando o mesmo do queem 8.

A idéia de se reduzir a jornadade serviço é antiga. No início das lu-tas dos trabalhadores, a jornada era

SEDE: Avenida Presidente Vargas 509, 11º andar – Centro – Rio de Janeiro – RJ – CEP 20071-003TEL./FAX: (21) 2215-2443 – PORTAL: sisejufe.org.br – ENDEREÇO ELETRÔNICO: [email protected]

Filiado à Fenajufe e à CUT

DIRETORIA: DIRETORIA: Angelo Canzi Neto, Dulavim de Oliveira Lima Júnior, Gilbert de Azevedo Silva, João Ronaldo Mac-Cormickda Costa, João Souza da Cunha, José Fonseca dos Santos, Leonardo Mendes Peres, Lucilene Lima Araújo de Jesus, Luiz Carlos Oliveirade Carvalho, Marcelo Costa Neres, Marcio Loureiro Cotta, Marcos André Leite Pereira, Maria Cristina de Paiva Ribeiro, Mariana Ornelasde Araújo Goes Liria, Moisés Santos Leite, Nilton Alves Pinheiro, Og Carramilo Barbosa, Otton Cid da Conceição, Renato Gonçalvesda Silva, Ricardo de Azevedo Soares, Roberto Ponciano Gomes de Souza Júnior, Valter Nogueira Alves, Vera Lúcia Pinheiro dosSantos e Willians Faustino de Alvarenga. ASSESSORIA POLÍTICA: Márcia Bauer.– FIQUE POR DENTRO – EDIÇÃO: Henri Figueiredo (MTb3953/RS) DIAGRAMAÇÃO: Miguel Papi – CONSELHO EDITORIAL – Roberto Ponciano, João Mac-Cormick, Henri Figueiredo, Max Leone, Márcia Bauer, ValterNogueira Alves, Nilton Pinheiro – IMPRESSÃO: DGD Artes Gráficas – (8 mil exemplares)

Impresso emPapel ReciclatoMatérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Todos os textos podem ser reproduzidos desde que citada a fonte.

de 16, 14 horas. Foi gradativamentesendo reduzida, primeiro para 12,depois para 10, 8 horas... Nos paí-ses mais avançados já está em 7 ou 6horas diárias. E com muitas vantagens.Aumenta a produtividade, diminui ainsatisfação, diminuem os casos dedoenças ocupacionais (LER/Dort),diminui o estresse e com isto umasérie de doenças ligadas ao estressecomo as cardiopatias. Pode-se dizerque a redução da jornada não tem con-tra-indicação.

PPPPProdutividade,rodutividade,rodutividade,rodutividade,rodutividade,luta sindical e cidadanialuta sindical e cidadanialuta sindical e cidadanialuta sindical e cidadanialuta sindical e cidadania

Em 6 horas se faz a mesma quan-tidade de trabalho do que em 8. É umajornada mais produtiva. Como há me-nos intervalos, as pessoas trabalham amesma quantidade de tempo, commais aproveitamento. Só que ficam me-nos tempo presas ao local de traba-lho. Podemos tomar como exemplo ocaso de uma servidora pública que émãe e que, além de se dividir entre arepartição e os cuidados com a casa ecom os filhos, ainda faz uma pós-gra-duação. Obviamente, vai faltar tempopara essa trabalhadora se dedicar à fa-mília e à sua qualificação. Com a redu-ção da jornada, uma servidora, com es-sas características, teria mais tempo, aomenos, para dormir.

Os tribunais e a população ga-nhariam também, além do aumento daprodutividade, servidores maisespecializados e capacitados, melho-res trabalhadores, com mais cultura equalificação. Além disso, as 6 horaspodem levar ao turno duplo de aten-dimento com mais justiça para a po-pulação. Muitas pessoas se surpreen-dem ao ver sindicatos de servidoresdo Judiciário Federal lutando para quese qualifique o atendimento ao cida-dão, em ações que transcedem a lutacorporativa e se filiam à causa maiorda luta por um serviço público dequalidade. Mas é essa a lógica quenorteia os sindicato ligados à CUT: a

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melhoria das condições de vida dosbrasileiros vai construir uma socieda-de mais justa para todos.

PPPPPerererererda do auxílioda do auxílioda do auxílioda do auxílioda do auxílio-----alimentação e reduçãoalimentação e reduçãoalimentação e reduçãoalimentação e reduçãoalimentação e reduçãosalarial: riscos reaissalarial: riscos reaissalarial: riscos reaissalarial: riscos reaissalarial: riscos reaisou lenda urbana?ou lenda urbana?ou lenda urbana?ou lenda urbana?ou lenda urbana?

Nenhum sindicato, cujos dirigen-tes se encontrem em sã consciência,mobilizaria uma luta que acarretasseperda de direitos. Não há relação jurí-dica entre jornada e auxílio-alimenta-ção, há somente entre jornada e horá-rio de almoço. O auxílio-alimentaçãoé para comprarmos alimentos, e nãohá nenhuma relação entre sua existên-cia, e seu valor, com a jornada de tra-balho. Por isso, o recebemos mesmonas férias. Já uma “possível” reduçãode salário é mero boato. Na verdade,a redução da jornada aumenta os salá-rios. Exemplificando: imaginemos queum servidor ganhe R$ 48 por dia. Seele trabalha 8 horas, seu salário porhora é de R$ 6. Se ele trabalha 6 ho-ras, seu salário é de R$ 8. Um aumen-to na hora trabalhada de cerca de 33%!Redução da jornada também significa,portanto, aumento de salário!

Menos doenças laborais:Menos doenças laborais:Menos doenças laborais:Menos doenças laborais:Menos doenças laborais:porque a vida é uma sóporque a vida é uma sóporque a vida é uma sóporque a vida é uma sóporque a vida é uma só

A redução da jornada também aju-da no orçamento dos tribunais. Commenos carga horária, como já dissemos,há uma redução expressiva das doen-ças laborais. Com isto, há menos ser-vidores em licença, e se gasta menoscom saúde e assistência médica. Alémde evitar o acúmulo de trabalho queterá de ser feito pelos demais servi-dores de cada cartório ou vara.

A jornada de 6 horas vai fazercom que os servidores tenham maisqualidade de vida. Quem quiser seespecializar, em cursos de pós-gra-duação, por exemplo, vai se especi-alizar. Se não quiser, vai poder dedi-car mais tempo à família, descansar,

ler, dançar, brincar, namorar, ir ao ci-nema, teatro, museu, espetáculosmusicais. A jornada de 6 horas diári-as é uma conquista humanista queresgata o direito de viver bem. Salá-rio é importante, mas não podetransformar os trabalhadores em es-cravos modernos, bem remunerados,que não têm tempo sequer para res-pirar ou se deter por minutos admi-rando o luar. As necessidades de es-tudo para garantir empregos com sa-lário digno, somadas à própria jor-nada de 8 horas, nos levaram a umavida em que, como diz uma canção,dormimos pra trabalhar, acordamospra trabalhar, vivemos pra trabalhar,num ciclo vicioso. As 6 horas de jor-nada significam um rompimento des-se ciclo e nos levam a refletir sobre anossa vida.

Não somos máquinas, homens éo que somos – disse Chaplin na pri-meira metade do século XX. Lutarpelas 6 horas é o papel de cada cida-

“O mundo do trabalho tem uma grande luta na história a favor daredução da jornada. Já tivemos 12, 11, 10 horas de trabalho. A capacida-de produtiva das tecnologias de hoje, viabilizaria a redução para 4 horas.Se o nível de produtividade hoje é tão bom, por que empacou? Podería-mos construir uma economia próspera com uma carga de horário de traba-lho reduzida, valorizando a quantidade de horas que o trabalhador em-prega no serviço. Isso deve ser feito em escala global, não dá para serrealizado em um só país. A França se arriscou a uma redução de 2 horassemanais, não deu muito resultado. Quase desmoralizou a luta pela redu-ção de jornada. Deveria ter sido uma redução substancial, e bem organiza-da internacionalmente. Deveria haver uma retomada do internacionalismo.Nosso país vive um momento propício para reorganizar a classe trabalha-dora, a terceira fase da construção de um projeto nacional. Deve-se dedi-car um esforço especial para a produção de debates, produzir unidades deluta, pensamentos capazes de unificar e aproveitar esse momento políticopara projetar 10 anos à frente e termos a construção de uma nação efetiva-mente democrática e participativa, onde a classe trabalhadora tenha umpapel decisivo na tomada de decisões.”

Ex-senador Roberto Saturnino Braga, presidente do Instituto Solidariedade Brasil, duranteo debate “As transformações no mundo do trabalho hoje e os desafios do movimentosocialista”, em 1º de junho de 2007, na sede do Sisejufe, no Rio de Janeiro.

RRRRRedução da jornada passa pelaedução da jornada passa pelaedução da jornada passa pelaedução da jornada passa pelaedução da jornada passa pelaconstrução de um novo internacionalismoconstrução de um novo internacionalismoconstrução de um novo internacionalismoconstrução de um novo internacionalismoconstrução de um novo internacionalismo

dã e cidadão trabalhador que queiraconstruir um mundo mais justo paraos filhos, um mundo melhor de se vi-ver. E podemos lembrar Vinícius, em“Samba da bênção”:

“A vida é pra valer

E não se engane não, tem uma sóDuas mesmo que é bom

Ninguém vai me dizer que temSem provar muito bem provado

Com certidão passada em cartório do céuE assinado embaixo: Deus

E com firma reconhecida!A vida não é brincadeira, amigo

A vida é arte do encontro.”

E, com licença poética, podemoscompletar que um bom encontropode começar com cada servidor eservidora do Judiciário Federal pro-curando e se filiando ao seu sindica-to. Porque, como diz nossa palavra deordem: quem sabe faz 6 horas, nãoespera acontecer!

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implantação de umajornada de 6 horas detrabalho não benefici-

aria apenas os servidores do Ju-diciário Federal. Ela seria positi-va para a sociedade e os cida-dãos como um todo. A opiniãoé do sociólogo Carlos AlbertoColombo, autor da pesquisa Au-mento da Jornada de Trabalho,Qualidade de Vida e Produtivi-dade na Justiça do Trabalho da4ª Região. O trabalho serviu debase para que a direção do Sin-dicato dos Trabalhadores do Ju-diciário Federal do Rio Grandedo Sul (Sintrajufe-RS) negocias-se a volta das 6 horas para osservidores do Tribunal Regionaldo Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) a partir de 2002. Em entre-vista à Idéias em Revista,Colombo afirma que as própri-as estatísticas oficiais mostramque aumentar as horas de tra-balho nas repartições afeta ne-gativamente a produtividade do

6 horas: o “ovo de Colombo” do Judiciário F6 horas: o “ovo de Colombo” do Judiciário F6 horas: o “ovo de Colombo” do Judiciário F6 horas: o “ovo de Colombo” do Judiciário F6 horas: o “ovo de Colombo” do Judiciário Federalederalederalederalederal

A trabalho e a qualidade de vidados servidores. Para ele, é im-portante lembrar que o servidoré antes de tudo um cidadão. Equando o direito à saúde é com-prometido ou no momento emque a Justiça não funciona ade-quadamente, a pessoa tambémperde como cidadão e como ser-vidor. O sociólogo defende a tesede que somente com diálogo de-mocrático e negociação coletivahaverá avanços, como aconteceuno Rio Grande do Sul, para umacordo sobre a implementaçãodas 6 horas.

(Idéias em Revista nº 19)

Idéias em RIdéias em RIdéias em RIdéias em RIdéias em Revista –evista –evista –evista –evista – Exis-tem outras experiências bem su-cedidas de redução da jornadade trabalho?

Carlos Alberto ColomboCarlos Alberto ColomboCarlos Alberto ColomboCarlos Alberto ColomboCarlos Alberto Colombo––––– Diversos órgãos públicos e em-presas privadas já perceberam osganhos de produtividade as-sociados à redução da jornada de

trabalho, à melhoria da qualida-de de vida e da satisfação notrabalho. Muitos já adotam jor-nada de 6 horas e investem nademocratização das relações detrabalho e no desenvolvimentodos trabalhadores, dentre outrosaspectos.

Idéias em RIdéias em RIdéias em RIdéias em RIdéias em Revista –evista –evista –evista –evista – E qualseria a experiência mais repre-sentativa?

Carlos Alberto ColomboCarlos Alberto ColomboCarlos Alberto ColomboCarlos Alberto ColomboCarlos Alberto Colombo––––– O exemplo mais ilustrativo paraa reflexão que estamos desen-volvendo é o do próprio Tribu-nal Regional do Trabalho da 4ªRegião. Em 2003, após a divul-gação dos resultados da pesqui-sa que eu mencionava, a Admi-nistração do TRT e o Sindicatodos servidores estabeleceram umacordo que resultou na reduçãoda jornada de 40 para 35 horassemanais, com garantia de 1 horade intervalo para o almoço. Naprática, resultou no retorno à car-ga horária de 30 horas semanais.

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Senhor juiz,Nosso pleito, dos servidores do Judiciário Federal no Rio de

Janeiro, pela redução da jornada de trabalho para 6 horas diá-rias (30 horas semanais) atingiu um ponto crucial com a retira-da do tema da pauta da reunião do Pleno do TRF, a partir desolicitação da Associação dos Juízes Federais, seção Rio de Ja-neiro. A ação da Ajufe-RJ, no nosso entender, está equivocadae não corresponde a história da entidade, que sempre cerroufileiras conosco na luta por um Judiciário mais eficiente. Gosta-ríamos de lembrar, nesse momento, a trajetória de solidariedadedo Sisejufe à Ajufe, como na questão da súmula vinculante, pelaampliação do número de varas federais, contra o foro privilegi-ado e contra o nepotismo. Diante desse quadro, o sindicatoconsidera que é preciso esclarecer sobre as vantagens e os be-nefícios de uma jornada de trabalho menor e lembrar os prece-dentes de redução de jornada no Judiciário da União.

Desde 2004, a jornada de trabalho dos servidores do Supe-rior Tribunal de Justiça (Resolução nº 19/2004) e do Conselhoda Justiça Federal é de 6 horas diárias e 30 horas semanais.Essa carga horária se revelou mais adequada, aumentando com-provadamente a qualificação e eficiência dos serviços presta-dos, em atendimento aos princípios que regem a AdministraçãoPública e dentro dos limites estabelecidos pela Lei nº 8.112/90.No âmbito do STJ e do CJF, todos os indicadores de produtivi-dade melhoraram após a adoção daquela jornada de trabalho,que se revela triplamente benéfica, pois: a) beneficia o servidor,que tem mais qualidade de vida e mais tempo para a qualifica-ção pessoal e o convívio com a família, reduzindo-se as doençasrelacionadas ao trabalho; b) beneficia o usuário do serviço pú-blico, já que há acréscimo de eficiência no desempenho do ser-vidor; c) beneficia o órgão público, melhorando os seus indica-dores de produtividade e eficiência. Por outro lado, a adoção dajornada de 6 horas diárias também é meio hábil para permitir oatendimento ao público, que em muitos tribunais deve ser de 8horas diárias.

Ora, ao se estabelecer que o atendimento ao público deveráocorrer durante 8 horas diárias, este tratamento é melhor com-patibilizado com a fixação da jornada dos servidores em 6 horasdiárias do que com a manutenção de uma jornada de 8 horasdiárias, já que nesta última hipótese o intervalo intra-jornada éobrigatório, o que não ocorre na jornada de 6 horas diárias,que pode ser cumprida de forma ininterrupta. Vale lembrar quea definição da jornada de trabalho dos servidores, conformeprevê o artigo 19 da Lei nº 8.112/90, integra a autonomiaadministrativa dos tribunais, resguardada pelo artigo 96, I, “b”,da Constituição da República.

Em relação aos princípios que regem a Administração Públi-ca, vale observar que todos são atendidos na fixação da jornadaem 6 horas diárias, com destaque para o Princípio da Eficiência.Importa dizer que a autoridade administrativa deve estar atentaà superação de conceitos burocráticos ou formais em benefícioda eficiência. Deve-se ter em conta que, com a informatizaçãode todos os setores da Administração, hoje o servidor produzduas ou três vezes mais do que o fazia há alguns anos atrás, masessa tecnologia tem um preço que é o estresse, a depressão e asdoenças profissionais que se contrapõem à eficiência. A redu-ção da jornada devolve o equilíbrio necessário para que o tra-

balho não cause o desgaste que prejudica o atendimento aousuário do serviço público.

O desenvolvimento tecnológico acelerou os serviços pres-tados ao cidadão, democratizando o acesso ao aparato estatal.O uso da informática como ferramenta de produtividade pas-sou a exigir maior qualificação do servidor. Resta agora, o Esta-do olhar para seu servidor em face desse novo tempo, criandoalternativas capazes de, preservando o humano, melhorar cadavez mais a qualidade dos serviços prestados à sociedade.

Por tudo isso, achamos apropriado nos dirigir a cada ma-gistrado do Judiciário Federal no estado do Rio de Janeiropara expor a necessidade desse importante avanço. O sindi-cato também disponibiliza na página na internet (http://sisejufe.org.br) três textos que, juntos, formam um amplo pa-norama da campanha pela redução da jornada de trabalhosem redução de salários. O primeiro texto foi produzido pelosindicato para o 1º Encontro Nacional da Fenajufe sobre Jor-nada de 6 horas, que aconteceu em julho de 2008 na sede doSisejufe. O segundo texto foi produzido pelo DepartamentoJurídico do Sisejufe, em forma de memorial, e já foi distribuí-do aos desembargadores do TRF. O terceiro documento foiproduzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Es-tudos Socioeconômicos (Dieese) e lista argumentos para a re-dução da carga de trabalho.

A luta pela redução da jornada permeia todas as categoriasde trabalhadores do Brasil. Por isso, acreditamos que o Judiciá-rio da União precisa, mais uma vez, estar à frente dessa impor-tante conquista dos servidores públicos que vai se refletir emmelhores serviços à população. Contamos com o seu impor-tante apoio.

Servidores e servidoras da Justiça Federal e do TRF

A jornada reduzida e contínua tem o méritode fazer confluir os interesses, tanto dos traba-lhadores, como da própria Administração. Nocaso dos servidores, pelo tempo livre de quepoderão usufruir, utilizando-o para sua capaci-tação e crescimento profissionais, lazer, cultura,e convívio familiar. No caso da Administração,porque contará com servidores mais produti-vos, mais saudáveis (mental e fisicamente), commaior capacidade de concentração no cumpri-mento de suas funções e mais eficiência. Nãocabe desejar o ingresso do Poder Judiciário emnovos tempos, com nova concepção de carreirae adicionais de qualificação, caso a mentalidadegestora permaneça no passado e na idéia deque produtividade, necessariamente, está vincu-lada a um excesso de horas de trabalho, emprejuízo do crescimento de cada servidor.

Carta aberta aos magistrados do Judiciário FCarta aberta aos magistrados do Judiciário FCarta aberta aos magistrados do Judiciário FCarta aberta aos magistrados do Judiciário FCarta aberta aos magistrados do Judiciário Federalederalederalederalederal

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Plano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreira

Quando promovemos o Seminá-rio sobre Plano de Carreira e GestãoDemocrática de Pessoa, MiltonCanuto, secretário de Legislação daConfederação Nacional dos Trabalha-dores em Educação (CNTE) e mem-bro da Executiva Nacional da CUT,apresentou os conceitos de uma novaconcepção de carreira. Segundo ele, naversão popular, a carreira é vista comoa trajetória profissional de uma pes-soa, com a possibilidade de ocorrersucessos e fracassos. Já no campo le-gal, Canuto afirma que a carreira deveser determinada por lei. No caso dosservidores públicos, é o Artigo 39 daConstituição Federal de 1988 queestabelece as regras para a carreira.

O caput do Artigo 39 da Consti-tuição define que a União, os estados,

Um instrumento coletivo de valorizaçãoUm instrumento coletivo de valorizaçãoUm instrumento coletivo de valorizaçãoUm instrumento coletivo de valorizaçãoUm instrumento coletivo de valorizaçãoPlano de CarreiraPlano de CarreiraPlano de CarreiraPlano de CarreiraPlano de Carreira

o Distrito Federal e os municípios de-vem instituir um conselho de políticade administração e remuneração depessoal, integrados pelos respectivospoderes. Para Canuto, isso permitiráque o servidor progrida, por meio demovimentos entre padrões de venci-mentos e classes. E vai além: a carreiraé um instrumento coletivo de valori-zação profissional que repercute naqualidade da prestação do serviço emmédio e longo prazos.

O especialista lembra que o Pa-rágrafo 1º do Artigo 39 determinaque a fixação por padrões de venci-mentos e dos demais componentesdo sistema remuneratório deverá ob-servar a natureza, o grau de respon-sabilidade e complexidade dos cargoscompetentes de cada carreira, os re-

A estrutura básica das carreiras deve contar com uma denominação dos cargos, ter estabelecido níveis de titulação,prever fatores para promoção entre classes, por meio de avaliação de desempenho, criada pela Emenda Constitucional19/1998, onde o Inciso III do Parágrafo 1º do Artigo 41 estabelece uma política remuneratória baseada em sistemade méritos, com avaliações desempenho individual e institucional.

quisitos para investidura e as peculi-aridades dos cargos.

“Quando se fala em carreira,estamos falando de méritoméritoméritoméritomérito, cargoscargoscargoscargoscargose classesclassesclassesclassesclasses”, explica Milton Canuto.

Canuto: carreira é trajetória

Sobre méritosméritosméritosméritosméritos, Canutorefere-se ao ingresso noserviço público por meiode concurso público. As-sim, o candidato faz jus àestabilidade prevista noRegime Jurídico Único(RJU), promoções, espe-cialização e progressão –tudo mediante seu de-sempenho. É uma formade acabar com onepotismo.

A respeito das classesclassesclassesclassesclasses,Canuto diz que devemser grupos de cargos comidêntica denominação eatribuições. Já os cargoscargoscargoscargoscargos– de carreira ou isolados– dependem da estraté-gia do Estado na criaçãode carreiras. Tudo isso re-sulta na valorização dosprofissionais, sempre selevando em conta a pro-gressão por titulação equalificação adquirida du-rante a carreira.

As carreirascarreirascarreirascarreirascarreiras são classi-ficadas como genéricasgenéricasgenéricasgenéricasgenéricas,que não se vinculam a umórgão ou uma entidadepública, mas atendem anecessidade de gestão, eas específicasespecíficasespecíficasespecíficasespecíficas, que se ca-racterizam pelo vínculo adeterminado setor.

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º 50Plano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreira

Que carreira queremos?Que carreira queremos?Que carreira queremos?Que carreira queremos?Que carreira queremos?Carreira única, com três cargos

e ascensão funcional.Que cargos queremos em nossa

carreira e que especialidades?

No Rio desejamos uma carreiraúnica, com três cargos (auxiliar, téc-nico e analista – além das especiali-dades, para as quais haverá concursoespecífico sempre) e ascensão funci-onal. Pode ser também uma soluçãoo concurso externo com reserva devagas. Não é justo que um funcioná-rio com vinte anos dedicados à Justi-ça, com extrema experiência e prepa-ro dentro da instituição, fique comsua ascensão funcional negada, já quesua dedicação exclusiva ao trabalhocria dificuldades e empecilhos paraque ele se dedique integralmente aoconcurso externo para galgar o cargosuperior. Não é democrático tratar osdesiguais de forma igual, da mesmamaneira não é salutar para adminis-tração ter funcionários com extremaexperiência e preparo alijados do topoda carreira. Para evitar o nepotismo ea distorção no concurso interno, to-davia, queremos uma ascensão funci-onal restrita aos funcionáriosconcursados do cargo da carreira úni-ca, concurso com provas que tenhamcritérios objetivos e gabarito, e queseja feito por uma entidade/fundaçãopública independente. Assim, espe-ramos afastar quaisquer possibilida-des de interferência dos órgãos efavorecimento ilícito a qualquer can-didato. O concurso externo com re-serva de vagas pode ser também umaalternativa para a ascensão na carreiraúnica. Para possibilitar a ascensão fun-cional teremos que acompanhar cominteresse as PECs que tratam do as-sunto, interferindo, todavia, para queelas não abram as portas para o vale-tudo na administração, com concur-

O textoO textoO textoO textoO texto-base do Sisejufe para o Plano de Car-base do Sisejufe para o Plano de Car-base do Sisejufe para o Plano de Car-base do Sisejufe para o Plano de Car-base do Sisejufe para o Plano de Carrrrrreiraeiraeiraeiraeira

sos internos sem critérios, que con-fundam carreiras de tipo e órgãos di-ferentes. Defendemos concurso inter-no somente para carreiras afins.

Jornada de 6 horas =Jornada de 6 horas =Jornada de 6 horas =Jornada de 6 horas =Jornada de 6 horas =qualidade de vidaqualidade de vidaqualidade de vidaqualidade de vidaqualidade de vida

Para o Sisejufe é hora de con-quistarmos a jornada de 6 horas paratodos os funcionários do JudiciárioFederal. Não dá para desvencilhar adiscussão da carreira da discussãode jornada, pelo contrário, ela deveser o eixo estratégico vital para pen-sarmos numa carreira com qualida-de de vida. Não é possível discutirum plano de carreira sem levarmosem conta quanto tempo estaremosem nosso trabalho. Também nãoadianta termos critérios para tudo esalários dignos se nos tornarmosvítimas de LER/Dort, estresse e de-pressão. Por isto, o sindicato defen-de 6 horas de trabalho com turnoduplo de atendimento, sem redu-ção de salários ou perda do auxílio-alimentação. É bom lembrar que ajornada de 6 horas, oficializada, di-minui o assédio moral, haja vistaque os trabalhadores terão uma jor-nada vital saudável sem necessitarde favorecimento das chefias para re-solver assuntos particulares.

Quadro e Carreira ÚnicaQuadro e Carreira ÚnicaQuadro e Carreira ÚnicaQuadro e Carreira ÚnicaQuadro e Carreira Única

Defendemos o quadro e carreiraúnica com isonomia total, incluindoaposentados e pensionistas. OSisejufe defende o quadro único, paraque os servidores possam transitarlivremente por todos os tribunais doJudiciário Federal. Isso possibilita quevários servidores voltem a seus esta-dos de origem ou possam mudar paraentidades da federação que deseja-rem, passando a integrar a folha de

pagamento do tribunal para o qualforem transferidos. O quadro únicotambém é benéfico à AdministraçãoPública, que poderá dispor de servi-dores de qualquer parte da federaçãoconforme lhe convenha (vedada a re-moção por punição, como já reza nos-so atual PCS, com o aperfeiçoamentodos mecanismos que evitem a remo-ção por punição). Defendemos o qua-dro único com isonomia total de to-dos os benefícios, como auxílio-ali-mentação, auxílio-creche, e políticaisonômica de FCs por cartórios e va-ras. A carreira única, com ou sem as-censão funcional, é fundamental, ten-do em vista a reforma da previdênciaque exige vinte anos na carreira parao servidor conseguir aposentadoriaintegral. Defendemos que o plano decarreira mantenha a isonomia total emtodos os seus itens, entre os ativos eos inativos.

Defesa da saúde doDefesa da saúde doDefesa da saúde doDefesa da saúde doDefesa da saúde dotrabalhador e luta contra otrabalhador e luta contra otrabalhador e luta contra otrabalhador e luta contra otrabalhador e luta contra o

assédio moral e sexualassédio moral e sexualassédio moral e sexualassédio moral e sexualassédio moral e sexual

Devemos discutir novas formasde combate ao assédio moral e sexu-al dentro do Judiciário, ao discutir-mos os critérios de ascensão funcio-nal, de maneira que as FCs não sejamusadas como chantagem das chefiaspara manipular e controlar os servi-dores. Criar mecanismos para denún-cia e prevenção do assédio moral esexual, como uma ouvidoria dos ser-vidores, com a participação do sindi-cato e administração, independenteda cúpula dos tribunais, para articu-lar a defesa dos servidores contra asvárias formas de assédio. Defendemostambém a criação de um código deética e de defesa contra o assédiomoral que tenha punições mais for-tes para os assediadores e uma defe-sa mais célere para os assediados.

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Plano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreira

Critérios Objetivos paraCritérios Objetivos paraCritérios Objetivos paraCritérios Objetivos paraCritérios Objetivos paraocupação de FCs e CJsocupação de FCs e CJsocupação de FCs e CJsocupação de FCs e CJsocupação de FCs e CJs

Defendemos quem em lugar docritério subjetivo da “competência”para designação dos servidores para

ocupação de FCs e CJs haja critéri-

os objetivos, observada a com-

plexidade do FC ou CJ e a cor-

relação com os cargos efetivos,que premiem os servidores com

mais tempo de carreira. Não há

nenhuma razão que faça com que umservidor com meses de Judiciário sejapreferido a outro com larga experi-ência e muito tempo de Justiça naspromoções para FunçõesComissionadas e CJs. A prática “dis-cricionária” gerou um quadro dedistorções no qual servidores commais tempo de serviço, experiênciae preparo, acabam sendo chefiadospor recém-concursados. Defende-mos critérios como a existência deum tempo mínimo de Justiça paraocupação de determinadas funções,treinamento adequado e, para deter-minados cargos, curso superior es-pecífico – com um regulamento-ge-ral que afaste o personalismo e ofavorecimento. Defendemos tambémque sejam abertos concursos inter-nos com critérios objetivos, com osservidores habilitados para proverdeterminada função ou cargo, demaneira a que a função/cargo sejaprovida pelo habilitado no concur-so, agindo a administração assim comtransparência e neutralidade (concur-so com provas objetivas, gabaritosacessíveis a todos).

Critérios para ocupação deCritérios para ocupação deCritérios para ocupação deCritérios para ocupação deCritérios para ocupação deFCs e CJs e lutas contra asFCs e CJs e lutas contra asFCs e CJs e lutas contra asFCs e CJs e lutas contra asFCs e CJs e lutas contra as

requisições e cessõesrequisições e cessõesrequisições e cessõesrequisições e cessõesrequisições e cessões

Lutar para que a totalidade dasFCs e CJs sejam de servidores do Ju-diciário Federal e que os cargos hojeocupados por cedidos e requisita-

dos sejam na íntegra de servidoresconcursados do Judiciário Federal.

IIIIIsonomia de chefes desonomia de chefes desonomia de chefes desonomia de chefes desonomia de chefes decartório, luta específica dacartório, luta específica dacartório, luta específica dacartório, luta específica dacartório, luta específica da

Justiça EleitoralJustiça EleitoralJustiça EleitoralJustiça EleitoralJustiça Eleitoral

Lutamos para colocar nobojo do projeto a determina-ção da isonomia de chefes decartório da capital e do interi-or, para que eles tenham a mesma

remuneração, independentementeda cidade em que trabalhem e daquantidade de procedimentos porcartório.

PPPPProdutividade e qualidade?rodutividade e qualidade?rodutividade e qualidade?rodutividade e qualidade?rodutividade e qualidade?Com que critérios?Com que critérios?Com que critérios?Com que critérios?Com que critérios?

Devemos interferir no siste-

ma de avaliação que, da manei-

ra como está, em lugar de siste-

ma de avaliação funcional cole-

tivo nada mais é do que um sis-

tema de avaliação individualcompetitivo e de assédio moral

contra o servidor. Os critérios são

subjetivos e têm como objetivo jul-gar e punir aqueles servidores quenão se enquadrem ou que não agra-dem suas chefias. Ligada à questãoda avaliação temos que repensar aquestão da “produtividade”. Qual ocritério de produtividade para avali-ar o trabalho de um servidor do Ju-

diciário. Afinal, nosso traba-lho não é um produto manu-faturado numa linha de pro-dução, duas sentenças sãosempre diferentes. Não podeser o critério puramente es-tatístico a determinar a pro-dutividade de um cartório oude um juízo. Cada vara fede-ral tem uma composição dife-rente e não há um padrão úni-co que possa ser usado paradefinir uma delas como o

paradigma. O que tem que ser pesa-do é a qualidade, o tipo de senten-ça, mais do que a quantidade delas.A produtividade dentro do Judiciá-rio deve ser humana, observado ograu de satisfação do cidadão com odesempenho da Justiça. Há que seavaliar o papel crítico do servidor doJudiciário na busca de uma Justiçaque não seja apenas eficiente e rápi-da, mas que tenha visão social, sejademocrática, com a participação dossindicatos, acessível e que defendao direito dos estratos mais pobresda sociedade.

RRRRRevisão da tabela salarialevisão da tabela salarialevisão da tabela salarialevisão da tabela salarialevisão da tabela salarial

Propomos uma revisão sala-

rial que reponha o percentual

perdido nos anos de imple-

mentação do PCS e que diminua

a distância salarial entre os car-

gos. Defendemos uma carreira com

10 referências e que na tabela salarialhaja sobreposição das referências. As-sim, o técnico em fim de carreira teráum salário duas referências acima deum analista em início de carreira. Issose justifica pelo fato de as atribuiçõesentre os cargos serem muito asseme-lhadas. E também pela valorização deum servidor que já presta serviço avários anos. No caso da sobreposição,se um técnico fizer concurso para ana-lista, um dispositivo legal impediráque ele tenha redução salarial.

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º 50Plano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreira

Sindicato defende, na FSindicato defende, na FSindicato defende, na FSindicato defende, na FSindicato defende, na Fenajufe, carenajufe, carenajufe, carenajufe, carenajufe, carrrrrreira com dez níveiseira com dez níveiseira com dez níveiseira com dez níveiseira com dez níveis

Sisejufe vai promoverSisejufe vai promoverSisejufe vai promoverSisejufe vai promoverSisejufe vai promover, em outubro, encontro para encaminhar propostas do Rio, em outubro, encontro para encaminhar propostas do Rio, em outubro, encontro para encaminhar propostas do Rio, em outubro, encontro para encaminhar propostas do Rio, em outubro, encontro para encaminhar propostas do Rio

Um Plano de Carreira no Judiciá-rio Federal com uma tabela salarial maiscurta, com apenas dez níveis, e dis-tâncias menores entre os cargos deauxiliar, analista e técnico. Essas forampropostas apresentadas e defendidaspelos diretores do Sisejufe RobertoPonciano e Valter Nogueira Alves,durante a reunião ampliada sobre Pla-no de Carreira realizada pela Fenafuje,em Brasília, nos dias 30 e 31 de agos-to. O projeto do Rio é bem próximo àproposta que os representantes deBrasília fizeram, mas há diferença nanomenclatura e na exigência de esco-laridade para os cargos. Já a bancadade São Paulo propôs um projeto com30 níveis de carreira e com progres-são horizontal e vertical, um dos pon-tos de discordância do encontro. A

reunião ampliada contou com a parti-cipação de 97 dirigentes de vários Es-tados. Foi criado um Grupo de Traba-lho Nacional de Carreira e as propos-tas serão encaminhadas para debateaos sindicatos filiados à Fenajufe.

De acordo com Ponciano, todasas tabelas apresentadas no encontroterminam com o nível final entre R$18 mil e R$ 19 mil, que é o que ga-nham hoje as carreiras típicas de Es-tado como TCU e Controladoria daUnião. No entanto, enquanto o me-nor salário na tabela de 30 níveis ficaem R$ 3 mil, uma diferença de R$16 mil, o menor salário na lógica dacarreira mais curta fica em R$ 6 mil.

Os principais dissensos do pla-no se concentraram em dois pontos.O primeiro fica na tabela salarial, com

o Rio de Janeiro propondo apenas dezníveis por cargo, encurtando as dis-tâncias entre auxiliar, analista e téc-nico, contra os 30 níveis encaminha-dos por São Paulo. Os diretores doSisejufe avaliam que a propostapaulista pode quebrar a paridade, pornão haver garantias para a progressãohorizontal aos aposentados, e quecom uma carreira de 30 níveis, o nú-mero de avaliações da administraçãoaumentaria, dando maior poder aostribunal sobre os servidores. O RioGrande do Sul não apresentou umaproposta definida, mas defendeu quehaja evolução na carreira durante todaa vida funcional.

Entre os pontos de consenso es-tão a luta para garantir que não hajaterceirização nos cargos da carreira; adefinição de critérios objetivos e de-mocráticos para as FCs e cargos emcomissão; e paridade entre ativos eaposentados.

Na avaliação dos diretores doSisejufe, a participação do sindicatodo Rio na reunião ampliada foi degrande destaque, tendo em vista queas propostas apresentadas foram de-senvolvidas em nove encontros pre-paratórios para o Plano de Carreira.O Sisejufe recebeu convites informaispara participar de debates sobre oPlano de Carreira em outros estadose muitos sindicatos levaram propos-tas do Rio, inclusive com a tabela sa-larial, para debater com suas bases.

“Os dissensos não são ideológi-cos, mas vão balizar os debates. Nós,do Rio de Janeiro, defendemos umacarreira mais curta para que se dimi-nuam as diferenças salariais entre au-xiliares, analistas e técnicos. Quantomais curta a carreira, menor o desní-vel”, afirma Valter Nogueira Alves.

Estudo Remunerações Plano de Carreira - Proposta do SisejufeEstudo Remunerações Plano de Carreira - Proposta do SisejufeEstudo Remunerações Plano de Carreira - Proposta do SisejufeEstudo Remunerações Plano de Carreira - Proposta do SisejufeEstudo Remunerações Plano de Carreira - Proposta do Sisejufe

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Plano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreira

PPPPPolêmicas na rolêmicas na rolêmicas na rolêmicas na rolêmicas na reunião ampliadaeunião ampliadaeunião ampliadaeunião ampliadaeunião ampliada

1) Definição de critérios objetivos e demo-

cráticos para as FCs e Cargos em comissão

1.1 Redução/Extinção

a) Extinção das FCs de 1 a 4;

b) Extinção das FCs;

c) Manutenção apenas das funções FC1,

FC2 e FC4 e CJs (Judiciário) e das

funções FC1, FC2 e Cc3 a Cc7 (MPU);

d) Redução dos números de FCs e

Cargos em Comissão;

e) Manter os valores de funções e Car-

gos em Comissão congelados;

f) Decréscimo gradativo dos valores de

FCs e Cargos em Comissão.

1.2 Critérios de ocupação

a) Ampliar o percentual de ocupação

de FCs e cargos em comissão para

servidores efetivos do quadro;

b) Existir apenas FCs de cargos de

coordenação;

c) 100% para servidores efetivos;

d) Garantir o máximo de percentual

das CJs (Judiciário) e Ccs (MPU) para

servidores do quadro (80% mínimo).

Critérios: Prova escrita (peso 50%);

Tempo de serviço (peso 50%) e Man-

dato definido (2 anos);

e) Ocupação por Gestão por compe-

tência (conhecimentos, habilidades e

atitudes);

f) Ocupação de funções por um proces-

so seletivo simplificado;

g) Eleição para cargos de direção e

chefias;

h) Lista tríplice para ocupação de cargo

de diretor geral.

1.3 Atualização de quintos incorpora-

dos.

2) Jornada de Trabalho de 30 horas sem

redução de salários e benefícios

a) Inclusão no Plano de Carreira, ou

b) Encaminhar a luta separadamente

3) Formação

a) Criação de uma Escola de Formação

no Judiciário Federal e MPU com a

Consensos na reunião ampliadaConsensos na reunião ampliadaConsensos na reunião ampliadaConsensos na reunião ampliadaConsensos na reunião ampliada

1)1)1)1)1) Conceituar carreira, cargo e classe na lei;

2)2)2)2)2) Definir as atribuições dos cargos em

lei para evitar o desvio de função e a

terceirização;

3)3)3)3)3) Garantir que não haja terceirização nos

cargos da carreira;

4)4)4)4)4) Definir critérios objetivos e democrá-

ticos para as FCs e Cargos em Comissão;

5)5)5)5)5) Estabelecer a paridade entre ativos e

aposentados;

6)6)6)6)6) Desvincular cursos em relação aos car-

gos e FCs para concessão de adicional de

qualificação;

7)7)7)7)7) Melhorar a remuneração;

8) Criar condições de desenvolvimento

na carreira;

9)9)9)9)9) Aumentar os percentuais de adicional

de qualificação;

10)10)10)10)10) Carreira única;

11)11)11)11)11) Quadro único para a mobilidade.

A maioria das propostas precisa ser melhor debatidaA maioria das propostas precisa ser melhor debatidaA maioria das propostas precisa ser melhor debatidaA maioria das propostas precisa ser melhor debatidaA maioria das propostas precisa ser melhor debatida

participação de membros e servidores,

além de representantes das entidades

sindicais para criar políticas de formação

para os servidores;

b) Sistema de formação custeado pela

união;

c) Discutir a reestruturação das escolas

existentes;

d) Trabalhar com a ENAP e outras escolas

de governos nacionais e internacionais;

e) Aumentos dos percentuais de AQ:

ações de treinamento (até 9%), gradua-

ção (até 10%), especialização (12%),

mestrado (20%), doutorado (30%),

segunda graduação (+10%).

4) Adicionais, gratificações e licenças

a) criação do adicional por desempenho

periódico a cada 5 anos;

b) anuênio;

c) licença-prêmio;

d) gratificação de atividades cartorárias;

e) gratificações em cima do maior venci-

mento do cargo;

f) mudança para Gratificação Judiciária e

Ministerial.

5) Desenvolvimento na carreira

5.1 Ascensão funcional

a)Critérios para habilitação: antiguidade

(5 anos) e formação na classe corres-

pondente; para classificação: prova escri-

ta (90% de peso) e prova de títulos

(10%) e para desempate : antiguidade,

prova escrita e prova de título;

b) Ascensão funcional por tempo de

serviço;

c) Concurso externo com reserva de

vagas ou concurso interno com prova

objetiva.

5.2 Cargo único;

5.3 Mudança na nomenclatura dos car-

gos e nos requisitos para ingresso;

5.4 Definição de áreas de atividade;

5.5 Progressão

a) Progressão vertical (por tempo de

serviço) e horizontal (por formação)

conjunta(interstício de um ano), sendo

o critério paraprogressão horizontal 45

horas de cursos anuais promovidos pela

administração, em caráter obrigatório;

b) Progressão vertical (por tempo de

serviço) e horizontal (por formação) con-

junta (interstício de dois anos alternados).

Critério para progressão horizontal: 120

horas de cursos anuais promovidos pela

administração, em caráter obrigatório;

c) Tempo de progressão na carreira: 10

anos, 15 anos ou 30 anos.

5.6 Carreira em Y;

5.7 Avaliação de desempenho com cri-

térios objetivos.

6) Remuneração

a) Padrões: 10, 15, 16 ou 30;

b) Discussão de subsídio;

c) Referência financeira: tabelas de ou-

tras carreiras;

d) Intercessão dos cargos.

7) Quadro único para unificação dos direitos

Confira abaixConfira abaixConfira abaixConfira abaixConfira abaixo os pontos consensuais e os polêmicos nas discussões da Fo os pontos consensuais e os polêmicos nas discussões da Fo os pontos consensuais e os polêmicos nas discussões da Fo os pontos consensuais e os polêmicos nas discussões da Fo os pontos consensuais e os polêmicos nas discussões da Fenajufeenajufeenajufeenajufeenajufe

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º 50Plano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreira

Estudo Remunerações Plano de CarreiraEstudo Remunerações Plano de CarreiraEstudo Remunerações Plano de CarreiraEstudo Remunerações Plano de CarreiraEstudo Remunerações Plano de CarreiraComparativo Atual X PropostasComparativo Atual X PropostasComparativo Atual X PropostasComparativo Atual X PropostasComparativo Atual X Propostas

Número de FCs e CJs por ÓrgãoNúmero de FCs e CJs por ÓrgãoNúmero de FCs e CJs por ÓrgãoNúmero de FCs e CJs por ÓrgãoNúmero de FCs e CJs por Órgão

Estimativa Redução Orçamentária Extinção FC1 a FC4Estimativa Redução Orçamentária Extinção FC1 a FC4Estimativa Redução Orçamentária Extinção FC1 a FC4Estimativa Redução Orçamentária Extinção FC1 a FC4Estimativa Redução Orçamentária Extinção FC1 a FC4

CarCarCarCarCarrrrrreira Efetiva Estimativa Impacto Orçamentário Peira Efetiva Estimativa Impacto Orçamentário Peira Efetiva Estimativa Impacto Orçamentário Peira Efetiva Estimativa Impacto Orçamentário Peira Efetiva Estimativa Impacto Orçamentário Proposta Sisejuferoposta Sisejuferoposta Sisejuferoposta Sisejuferoposta SisejufeResumo Geral

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Plano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreiraPlano de carreira

O Sisejufe está organizando o Encontro Estadual sobrePlano de Carreira que vai acontecer nos dias 24 e 25 deoutubro de 2008, no auditório do sindicato. O evento pre-tende reunir servidores do Judiciário Federal do interior eda capital e terá caráter deliberativo em relação às propostaspara o Plano de Carreira. Este encontro é o fechamento de

Sindicalizados do Rio decidirão em outubroSindicalizados do Rio decidirão em outubroSindicalizados do Rio decidirão em outubroSindicalizados do Rio decidirão em outubroSindicalizados do Rio decidirão em outubropropostas para a carpropostas para a carpropostas para a carpropostas para a carpropostas para a carrrrrreiraeiraeiraeiraeira. P. P. P. P. Participe você também.articipe você também.articipe você também.articipe você também.articipe você também.

um ciclo iniciado de forma pioneira pelo Sisejufe quando,em 2007, promoveu o 1º Seminário sobre Plano de Carrei-ra e Gestão Democrática de Pessoal. As inscrições para oencontro serão abertas em outubro e as informações paragarantir vaga estarão disponíveis na página da internet dosindicato.

Diferença salarialDiferença salarialDiferença salarialDiferença salarialDiferença salarialAtravés dos últimos PC’s foi criado

uma grande defasagem entre o vencimentodo Técnico Judiciário e do Analista Judiciá-rio, mesmo considerando que o referidotécnico possui nível superior. Em final decarreira, por exemplo, constata-se uma di-ferença de mais de R$ 3 mil, tal fato setorna ainda mais gritante se considerarmosque na grande maioria dos casos, ambosdesempenham as mesmas funções. Atéentendo que deva haver uma diferença emrelação aos vencimentos destes cargos, po-rém nada tão acentuado. Já que a ascensãofuncional não mais existe, seria interessan-te diminuirmos esta diferença salarial desdeque o Técnico Judiciário possua nível su-perior, até para estimulá-lo a aperfeiçoar-se.Nada contra os Analistas, que merecem osseus atuais vencimentos, porém, por ques-tão de justiça necessitamos diminuir estadiscrepância entre os dois vencimentos.

Roberto Tavares Nunes - TRT

FCs, CJs e anuêniosFCs, CJs e anuêniosFCs, CJs e anuêniosFCs, CJs e anuêniosFCs, CJs e anuêniosRetorno da incorporação de fun-Retorno da incorporação de fun-Retorno da incorporação de fun-Retorno da incorporação de fun-Retorno da incorporação de fun-

ções comissionadas e cargos em con-ções comissionadas e cargos em con-ções comissionadas e cargos em con-ções comissionadas e cargos em con-ções comissionadas e cargos em con-fiançafiançafiançafiançafiança. Os valores são altos e correspondema cerca de 40% do salário do servidor. Aincorporação é uma garantia que o servidortem contra o assédio moral praticado por au-toridades (Na Justiça lidamos com autorida-des). No município e Estados o institutocontinua. Até a CLT prevê a incorporaçãoapós algum tempo de serviço. As funções(FC´s) e os cargos (CJ´s) obrigam o servi-dor, em decorrência da natureza das atribui-ções, a responder com o próprio patrimônioem várias situações. Quando ocupamos che-fias, por exemplo, estamos sujeitos a inú-meras formas de retaliação quando contrari-amos interesses de autoridades. RetornoRetornoRetornoRetornoRetornodos anuênios.dos anuênios.dos anuênios.dos anuênios.dos anuênios. Mais uma vez referencio oexemplo da iniciativa privada que os têm.Até na faculdade onde leciono à noite, quenão me paga os salários em dia, existe a con-cessão de anuênios. O direito também foimantido nos Estados e Municípios. As su-pressão dos dois direitos foi obra do FHC.

Paulo Faraco – TRT

Adicionais, FCs e CJsAdicionais, FCs e CJsAdicionais, FCs e CJsAdicionais, FCs e CJsAdicionais, FCs e CJsPropostas: Inclusão de artigo no novo

projeto de PCS prevendo o adicional portempo de serviço de 1% (um por cento)por ano de serviço. Inclusão de artigo comnova redação do art. 15 do PCS, incisos I,II e III, para que o adicional de qualificaçãopasse a ter os seguintes percentuais: 7,5%,em se tratando de certificado de especiali-zação; 12% (doze por cento), em se tra-tando de título de mestre; e 20% (vintepor cento), em se tratando de título dedoutor. Inclusão de artigo no novo projetode PCS prevendo a conversão automáticados quintos incorporados, por parcelasequivalentes, se e quando ocorrer trans-formação do cargo ou função originária daincorporação e seu respectivo valor. Incluirno novo PCS a redefinição das tabelas dosvalores de vencimento (apenas) das classese padrões dos cargos, partindo-se semprede uma maior e melhor remuneração parao cargo de Analista Judiciário. Desse modo,os valores dos vencimentos dos TécnicosJudiciários na classe C (final) deverãocorresponder aos mesmos valores dos ven-cimentos da classe A (inicial) dos AnalistasJudiciários, e os valores dos vencimentosda classe C (final) dos Auxiliares Judiciári-os deverão corresponder aos mesmos va-lores dos vencimentos da classe A (inicial)dos Técnicos Judiciários, sem qualquer al-teração nas classes (A, B e C) e padrões(sempre de 1 a 15).

Incluir no novo PCS a redefinição dastabelas dos valores de vencimento (apenas)das classes e padrões dos cargos, partindo-se sempre de uma maior e melhor remune-ração para o cargo de Analista Judiciário.Desse modo, os valores dos vencimentosdos Técnicos Judiciários na classe C (final)deverão corresponder aos mesmos valoresdos vencimentos da classe A (inicial) dos

PPPPPropostas de Servidorropostas de Servidorropostas de Servidorropostas de Servidorropostas de ServidoresesesesesAnalistas Judiciários, e os valores dos ven-cimentos da classe C (final) dos AuxiliaresJudiciários deverão corresponder aos mes-mos valores dos vencimentos da classe A(inicial) dos Técnicos Judiciários, sem qual-quer alteração nas classes (A, B e C) e pa-drões (sempre de 1 a 15).

Inclusão de artigo no novo projeto dePCS determinando ao STF, ao CNJ, ao CJFe ao CSJT promover, efetivamente, a uni-formização de critérios e procedimentos, noâmbito de suas competências, valendo-seinclusive da possibilidade de se transfor-mar CJs e FCs, sem aumento de despesas,para que em todos os órgãos do Judiciáriopossuam os mesmos cargos e funções. Parase dar um pequeno exemplo da ausênciade unificação de critérios quanto aos car-gos e funções nos Tribunais, um Chefe deGabinete no TRT do Rio Grande do Sul éenquadrado como CJ-2, ao passo que omesmo Chefe de Gabinete no TRT do Riode Janeiro é enquadrado como CJ-1, e as-sim por diante.

Marcos Lourenço da Silva - TécnicoJudiciário – TRT-RJ

Área da Informática JFÁrea da Informática JFÁrea da Informática JFÁrea da Informática JFÁrea da Informática JFOs profissionais de TI do Judiciário

Federal solicitam uma gratificação adicionalde 35% sobre o vencimento, nos mesmosmoldes das gratificações GAS e GAE, con-cedidas, respectivamente, aos Agentes deSegurança e Oficiais de Justiça. Nos últi-mos 20 anos, a descrição do cargo de téc-nico/analista de Informática permanece pra-ticamente inalterada. Dessa forma, concluí-mos que existem grandes lacunas em rela-ção às atividades realizadas, hoje, pelos téc-nicos/analistas de Informática e as ativida-des descritas para o cargo.

Luiz Eduardo Ferreira AraújoSesadi – Justiça Federal

Acesse a nossa página na internet (sisejufe.org.br), clique em EncontroEstadual sobre Plano de Carreira e conheça na íntegra as propostas enviadasao Sisejufe, via correio eletrônico, pelos servidores do Judiciário Federal.Envie também a sua proposta e participe do Encontro Estadual, dias 24 e 25de outubro, na sede do sindicato.