redes sociais, superexposição e violência

Redes Sociais, superexposição e

violência:Uma questão de cidadania

Universidade Federal de Goiás

Programa de Pós-Graduação – Mestrado

Mídia e Cidadania

Prof.: Simone Tuzzo

Redes Sociais, superexposição e violência

Introdução

Renata de Souza Prado

•Desenvolvimento da tecnologia modificando interações sociais;

• A produção e o consumo de comunicação como produto está mais facilitada pela tecnologia;

• Oportunidade de auto-promoção facilitada pela nova mídia;


Introdução


• O que você está fazendo?• O que você está pensando?• O que você está assistindo?• Onde você se encontra nesse momento?• O que você está ouvindo?


Questões levantadas


• No novo espaço midiático existe um limite seguro para a exposição?

• Quando é que o olhar sobre o outro torna-se violência?

• Como fica a discussão sobre a cidadania e os direitos do homem nessa questão?


Tópicos de discussão


• Evolução das abordagens da violência;• Conceituações a respeito das redes sociais;• Busca pela fama no espaço da web;• Internet como um espaço de discussão para a cidadania;• Direitos humanos e violência: superexposição e invasão de privacidade.


Violência – autores pioneiros


Hannah Arendt:

• Violência é poder político, uma forma de controle;

• Estamos submetidos a um sistema de guerra, dentro do qual outras organizações sociais conflitam ou conspiram.


Violência – autores pioneiros


Erich Fromm:

• Ligação com a psicanálise;

• Refuta a hipótese de que a destrutividade é instinto;

• Atuação dos fatores sociais sobre os naturais.


Violência – autores inovadores


José Pereira:

• Homo brutalis – o homem naturalmente agressivo;

• A violência é um conceito geral que pode ser discutido mais detalhadamente em três âmbitos: físico, psicológico e moral.


Violência – autores inovadores


Philip Feldman:

• Visão psicológica da violência: a mente criminosa é uma mente perturbada;

• Sociedade e Estado como partes culpadas no processo criminilizatório.


Violência – autores renovadores


Maffesoli:

• Visão sociológica da violência: herança do processo civilizatório;

• Visão de controle absoluto da violência nas sociedades atuais: ideologia da “tranquilização da vida social”.


Violência – autores renovadores


Yves Michaud:

• Violência como interação causadora de danos diretos ou indiretos, de diferentes naturezas;

• Gera transformações estruturais no indivíduo e cria novas formas de sociabilidade.


Violência – autores atualizadores


Marilena Chauí:

• A relação com a mídia: simulacros, alienação e controle social (visão marxista);

• Mito da não-violência: negar realidades e transferir a culpa do Estado para as classes menos favorecidas.


Violência – autores atualizadores


Muniz Sodré:

• Recorte espetacularizado da realidade, banalização do trágico;

• Público sádico: a projeção de si mesmo numa realidade dramatizada pela mídia, estetização midiática da violência.


Violência – considerações


• Para este objeto, o conceito mais utilizado de violência será o da violência simbólica, mas que pode se transformar em material;

• É mais útil para o objeto também uma visão de violência considerando mais o indivíduo e menos o Estado ou a política.


Redes Sociais


Conceito de Web 2.0:

• Não é uma nova geração no sentido evolutivo das técnicas e sim uma nova percepção do usuário;

• Uma plataforma de inteligência coletiva, para uso das pessoas.


Redes Sociais


Conceito de redes sociais:

• Estrutura horizontal e sem hierarquias, valores e objetivos comuns;

• Fundamento base: compartilhamento (de informações, conhecimentos, esforços e interesses). Espaço para mobilização social e democracia. (McLuhan)


Redes Sociais


Conceito de cloud computing:

• Armazenamento de dados na própria internet, facilitando o acesso a qualquer lugar e hora do mundo;

• Acesso remoto e mais viável do que unidades físicas, porém mais vulnerável.


Superexposição na web – a busca da fama


• Mito de Narciso e sua relação com quem busca a fama;

• Uma nova visão da fama não mais associada a reconhecer talentos e sim pautada em exposição (reality shows);

• Uma nova visão da celebridade: mais humana e mais imperfeita. (Morin)




• O fã também é um narcisista e sua relação com o ídolo é parassocial;

• Formação de ídolos na web: as escalas são as mesmas da mídia convencional:

– Tamanho da audiência;– Incapacidade de responder à atenção recebida.(O limite é cognitivo e não tecnológico)




• A web 2.0 potencializa a cultura narcisista: amplia a celebração e a promoção de si mesmo;

• O esforço pelo avatar e a descrição de perfis ideais;

• Os slogans das redes sociais, como por exemplo You Tube – Broadcast Yourself.


Link com a cidadania e os direitos humanos


• A violência aqui é a invasão do espaço pessoal:– Stalking;– Falsidade ideológica;– Fraude;– Estelionato;– Violência física: morte e espancamento;– PedofiliaEtc.


Link com a cidadania e os direitos humanos


• Gerações de direitos, legislação e burocracia;

• Usar as redes sociais como esfera pública (Habermas) e incluir o Estado para o desenvolvimento de estratégias que integrem a tecnologia em favor da cidadania;

• Limites da exposição da imagem e do olhar sobre o outro no âmbito dos direitos humanos.


Referências


ARENDT, H. Da violência. Brasília: Editora da UnB, 1985.ASHE, D D, MALTBY, J., e MCCUTCHEON, L E. Are celebrity-worshippers more prone to narcissism? A brief report.North American Journal of Psychology, 7, 2. p.239. Jun-Jul 2005. BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.CHAUÍ, Marilena. Simulacro e poder: uma análise da mídia. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2006.DUARTE, Fábio e FREI, Klaus. Redes Urbanas. In: Duarte, Fábio; Quandt, Carlos; Souza, Queila. (2008). O Tempo Das Redes, p. 156. Editora Perspectiva S/A.FELDMAN, M. Philip. Comportamento criminoso: uma análise psicológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.FROMM. Erich. Anatomia da destrutividade humana. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública: investigações quanto a uma categoria da sociedade burguesa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003.MAFFESOLI, M. Dinâmica da violência. São Paulo: Vértice, 1987.McLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensão do homem. Tradução de Décio Pignatari. São Paulo, Cultrix, 1974. 4° ed. MICHAUD, Y. A violência. (Trad. L. Garcia). São Paulo: Ática, 1989.MORIN, Edgar. As estrelas. Mito e sedução no cinema. Rio de Janeiro: José Olympio,1989.PEREIRA, José. Violência: Uma análise do 'homo brutalis'. São Paulo: Alfa-Omega, 1975.


Referências


ROJEK, Chris. Celebridade. Rio de Janeiro: Rocco, 2008.SHIRKY, Clay Here comes everybody: how digital networks transform our ability to gather and cooperate. New York: Penguin Press, 2008.SODRÉ, Muniz. Sociedade, mídia & violência. Porto Alegre: Sulina: Edipucrs, 2006.TWENGE, Jean M; CAMPBELL, W. Keith. The narcissism epidemic : living in theage of entitlement. New York: Free Press, 2009.http://oreilly.com/web2/archive/what-is-web-20.htmlhttp://sisnema.com.br/Materias/idmat019433.htm

Redes Sociais, superexposição e violênciaRenata de Souza Prado

Renata de Souza [email protected]

@renatachecha

mailto:[email protected]

redes sociais, superexposição e violência

Documents