redes de investigaÇÃo: a relaÇÃo da universidade do algarve com organismos nacionais, europeus e...

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REDES DE INVESTIGAÇÃO: REDES DE INVESTIGAÇÃO: A RELAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE COM A RELAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE COM ORGANISMOS NACIONAIS, EUROPEUS E ORGANISMOS NACIONAIS, EUROPEUS E INTERNACIONAIS INTERNACIONAIS Faro, 06 de Outubro de 2006 Ana Rita Cruz

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Page 1: REDES DE INVESTIGAÇÃO: A RELAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE COM ORGANISMOS NACIONAIS, EUROPEUS E INTERNACIONAIS Faro, 06 de Outubro de 2006 Ana Rita Cruz

REDES DE INVESTIGAÇÃO:REDES DE INVESTIGAÇÃO:

A RELAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE COM A RELAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE COM ORGANISMOS NACIONAIS, EUROPEUS E ORGANISMOS NACIONAIS, EUROPEUS E

INTERNACIONAIS INTERNACIONAIS

Faro, 06 de Outubro de 2006

Ana Rita Cruz

Page 2: REDES DE INVESTIGAÇÃO: A RELAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE COM ORGANISMOS NACIONAIS, EUROPEUS E INTERNACIONAIS Faro, 06 de Outubro de 2006 Ana Rita Cruz

Redes e InvestigaçãoRedes e Investigação

Fonte: Elaboração Própria

TaylorismoTaylorismo

Escola das Relações Humanas

Escola das Relações Humanas

Solidariedade Mecânica vs

Solidariedade Orgânica

Solidariedade Mecânica vs

Solidariedade Orgânica

Modelo de Especialização

Flexível

Modelo de Especialização

Flexível

REDE

“Espaço Europeu de

Investigação”

“Espaço Europeu de

Investigação”

Relação Universidade –

Empresa

Relação Universidade –

Empresa

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Redes e ParceriasRedes e Parcerias

Segundo Casttels (2002) as Redes são estruturas abertas, que se podem expandir de forma ilimitada, dinâmica, flexível e adaptável a uma cultura de desconstrução e reconstrução contínua, assente numa organização social que procura a superação do espaço e a aniquilação do tempo.

Distinguem-se das Parcerias nas dimensões:

Tempo e Espaço

Profundidade dos Vínculos Estabelecidos

Dinamismo

Abertura ao Exterior

Tipo de Objectivos Partilhados

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Metodologia de EstudoMetodologia de Estudo

I&D em Portugal

Enquadramento do estado da I&D nas Universidades Portuguesas

Projectos de I&D desenvolvidos nas universidades portuguesas:Financiados pelo Estado ou UECom EmpresasAo Nível Internacional

O Caso da UAlg

Evidências do Funcionamento em Rede na UAlg

Projectos de I&D desenvolvidos na UAlg como instrumento de medição de Redes:oFinanciamentooDomínio CientíficooEntidades ParceirasoNúmero de Relações com ParceirosoDistribuição Espacial das Parcerias EfectuadasoTipos de Organização

Modelo de Análise

Fonte: Elaboração Própria

O método descritivo foi aquele que se adoptou para elaborar esta pesquisa, uma vez que o que se pretendia era uma caracterização do estado actual da I&D tanto no panorama nacional como no caso específico da Universidade do Algarve. O caso da UAlg permitiria a medição de Redes através da verificação dos Projectos de investigação efectuados durante o período de 2000-2006.

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Práticas de I&D nas Universidades PortuguesasPráticas de I&D nas Universidades Portuguesas

Universidades

Domínio Científico

TotalCiências Sociais e Humanas

Ciências Exactas

Ciências Naturais

Ciências da Saúde

Ciências e Tecnologias

Agrárias

Engenharias / Tecnologias

Técnica (Lisboa) 10% 24% 9% 0% 34% 31% 22,3%

Porto 9% 11% 8% 39% 7% 18% 15,5%

Nova (Lisboa) 16% 4% 9% 11% 1% 16% 10,8%

Lisboa 18% 20% 22% 20% 2% 3% 10,7%

Coimbra 8% 17% 13% 23% 1% 7% 9,8%

Minho 8% 3% 2% 1% 1% 10% 5,6%

Aveiro 3% 9% 10% 1% 1% 6% 5,0%

I. Politécnicos 2% 1% 0% 2% 18% 3% 4,6%

Algarve 2% 4% 11% 0% 6% 1% 3,4%

UTAD 1% 1% 1% 0% 15% 1% 2,8%

Évora 3% 1% 5% 0% 10% 1% 2,8%

Católica 4% 0% 0% 0% 3% 1% 1,5%

ISCTE 10% 0% 0% 0% 0% 1% 1,5%

Outras 6% 0% 2% 1% 0% 1% 1,3%

Açores 1% 0% 5% 1% 1% 0% 0,9%

Beira Interior 0% 2% 0% 0% 0% 1% 0,8%

Madeira 0% 1% 2% 1% 0% 0% 0,6%

Participações das Universidades Portuguesas em Projectos de I&D financiados pelo Estado ou União EuropeiaFonte: Elaboração própria (Dados de Fonseca, 2005: 7)

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Práticas de I&D nas Universidades PortuguesasPráticas de I&D nas Universidades Portuguesas

29%

29%

27%

24%

22%

17%

14%

13%

12%

11%

10%

8%

6%

5%

2%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

UTAD

Católica

Minho

Évora

Técnica (Lisboa)

Porto

Aveiro

Algarve

Nova (Lisboa)

Coimbra

ISCTE

Beira Interior

Lisboa

Açores

Madeira

Projectos de I&D com Empresas face ao Total de Projectos de I&DFonte: Elaboração Própria (Dados de Fonseca, 2005: 19)

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Práticas de I&D nas Universidades PortuguesasPráticas de I&D nas Universidades Portuguesas

33%

0%

32%

16%

29%

8%

29%

8%

28%

20%

25%

8%

24%

8%

23%

7%

22%

6%

21%

6%

21%

7%

19%

7%

18%

3%

13%

2%

12%

1%0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Madeira

Açores

Católica

Técnica (Lisboa)

ISCTE

Nova (Lisboa)

Lisboa

Coimbra

Aveiro

PortoAlgarve

Minho

Beira Interior

Évora

UTAD

Todos os Projectos Projectos com Empresas

Projectos Internacionais de I&D face ao Total de Projectos de I&DFonte: Elaboração Própria (Dados de Fonseca, 2005: 39 e 40)

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O Caso da Universidade do AlgarveO Caso da Universidade do Algarve

1. Tipo de Financiamento

83,5% do financiamento total dos projectos analisados tem uma forte componente comunitária.

Os restantes 16,5% de financiamento dividem-se por prestações de serviços em que parte significativa são de instituições públicas.

Esta situação revela uma forte dependência relativamente aos fundos comunitários num momento em que estes tendem a diminuir.

Financiamento Frequências %

POCTI 91 30,7

POCI 60 20,3

Comunitário 29 9,8

INTERREG III 21 7,1

AGRO 14 4,7

Principais Fontes de Financiamento Usadas nos Projectos da UAlgFonte: Elaboração Própria

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O Caso da Universidade do AlgarveO Caso da Universidade do Algarve

Domínio Científico Frequências %

Ciências Naturais 145 49,0

Ciências e Tecnologias Agrárias 45 15,2

Não Definido 39 13,2

Engenharias / Tecnologias 39 13,2

Ciências Humanas e Sociais 17 5,7

Ciências da Saúde 11 3,7

Total 296 100

Domínios Científicos dos Projectos da UAlg

Fonte: Elaboração própria

Verifica-se uma grande representatividade do domínio das ciências naturais (49%) não deixa dúvidas de que esta é a principal área de investigação desta universidade. As relações da UAlg com outros países são por isso maioritariamente no âmbito das ciências naturais.

2. Domínio Científico

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O Caso da Universidade do AlgarveO Caso da Universidade do Algarve

3. Entidades Parceiras e Parcerias Efectuadas

Os parceiros referem-se às entidades que participaram em projectos com a UAlg.

As parcerias relacionam-se com o número de relações institucionais da UAlg com os seus parceiros. Assim, as parcerias são mais numerosas que os parceiros porque cada parceiro pode ter várias parcerias com a UAlg.

Proporção das Entidades Parceiras da UAlg, segundo a sua OrigemFonte: Elaboração Própria

Relações Resultantes dos Projectos da UAlg, segundo a sua OrigemFonte: Elaboração Própria

76,6%

21,8%1,7%

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

Nacionais Europeias Internacionais

51,4%44,7%

3,9%

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Nacionais Europeus Internacionais

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O Caso da Universidade do AlgarveO Caso da Universidade do Algarve

4. Distribuição Espacial das Parcerias Efectuadas

Intensidade de Relações da UAlg com Países de fora da EuropaFonte: Elaboração Própria

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O Caso da Universidade do AlgarveO Caso da Universidade do Algarve

4. Distribuição Espacial das Parcerias Efectuadas

Número de Relações da UAlg com Países EuropeusFonte: Elaboração Própria

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O Caso da Universidade do AlgarveO Caso da Universidade do Algarve

6,3%

66,5%

21,5%

3,9% 1,8%

Empresa

Ensino Superior

Estado

IPSFL

Não Definido

5. Tipos de Organizações Parceiras

Tipo de Organização das Entidades Parceiras da UAlg no Total dos Projectos RealizadosFonte: Elaboração Própria

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O Caso da Universidade do AlgarveO Caso da Universidade do Algarve

9,4%

58,7%

26,1%

2,9%2,9%

3,9%

50,0%

36,3%

8,8%1,0%

0,0%

79,2%

18,1%

1,4%1,4%

9,6%

66,1%

20,9%

1,7%1,7%

2,3%

79,1%

16,3%

0,0%2,3%

0,0%

90,0%

10,0%

0,0%0,0%

9,1%

36,4%

18,2%

36,4%

0,0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

FCMA FERN FCT CCMAR CIMA CDCTPV FEUAlg

Não Definido

IPSFL

Estado

Ensino Superior

Empresa

5. Tipos de Organizações Parceiras

Tipo de Organização das Entidades Parceiras das Unidades Orgânicas da UAlg no Total dos Projectos RealizadosFonte: Elaboração Própria

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Conclusões,Conclusões, Limites e Pistas de InvestigaçãoLimites e Pistas de Investigação

Verificamos que o conceito de Rede tornou-se mais relevante, por um lado, em termos conceptuais no desenvolvimento da Ciência actual e, por outro, em termos práticos, para o êxito dos elementos integrantes das Redes. A UAlg tem relações privilegiadas, que podemos referir como Redes, com várias instituições do Ensino Superior (como o Instituto Superior Técnico, a Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e a Universidade de Aveiro), com laboratórios do Estado (como o IPIMAR ou o LNEC), com outros organismos do Estado (como a CCDR Algarve, a Direcção Regional da Agricultura ou a Direcção Regional das Pescas) e ainda com empresas (como os Viveiros Vilanova, SA ou as Águas do Algarve, SA).

Existe um conjunto sólido de relações estabelecidas em vários países, com destaque para a Espanha e para o Reino Unido, que se configuram como Redes.

A existência de várias parcerias entre duas entidades é uma evidência da existência de Rede.

De destacar é também o facto de não existirem parcerias entre as próprias unidades orgânicas da UAlg.

A criação de uma Rede interna poderia trazer a transdisciplinaridade à investigação da UAlg (especificamente na investigação associada ao mar) como um elemento inovador.

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A dispersão de fontes impossibilitou a recolha dos dados necessários para a análise de todos os projectos, assim como a recolha de informação sobre os resultados dos projectos analisados.

Uma Gestão de Projectos mais centralizada poderá ser um instrumento mais eficiente e auxiliador de uma monitorização da Investigação, que se pretende o mais constante possível e que permita perceber quem, o quê e quando se investiga na UAlg.

Um trabalho mais exaustivo que explorasse outro tipo de indicadores poderia identificar a existência, ou não, de Redes a um nível informal, e poderia analisar com mais rigor a permanência das Redes existentes.

Algumas questões ficam ainda por esclarecer: Qual a motivação do trabalho em Rede identificado na UAlg? Reconhecimento da sua necessidade ou obrigatoriedade por parte de alguns programas financiadores?

Para a Universidade do Algarve se afirmar fora das suas fronteiras terá de conseguir projectar-se na região, potenciando as suas relações com os actores que mais próximo tem, ou seja, multiplicando as suas Redes com o tecido empresarial do Algarve.

Conclusões,Conclusões, Limites e Pistas de InvestigaçãoLimites e Pistas de Investigação