rede municipal do rio · 27/2 – plenária da educação in-fantil. das 9h às 13h, no iserj...

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Os profissionais das escolas muni- cipais do Rio farão assembleia geral no dia 5 de março, no auditório 11 da UERJ, às 10h. Neste dia, a categoria irá votar um indicativo de paralisação de 24 horas, com ato público para de- nunciar a continuidade da política de reestruturação, o desrespeito ao tem- po de 1/3 de atividade extracurricular e a precarização do trabalho nas es- colas municipais. Educação e Saúde deixadas de lado na cidade Olímpica Em pleno ano de realização das Olimpíadas em nossa cidade, o prefei- to Eduardo Paes, em conjunto com os governos federal e estadual, continua investindo bilhões de reais em obras para cumprir a cartilha do Comitê Olím- pico Internacional (COI). A ordem na “cidade olímpica” é maquiar a realida- de para os turistas e atletas que che- garão para o evento. Enquanto isto, o bem-estar da popu- lação é jogado para escanteio: escolas e hospitais funcionam de forma precá- ria: faltam professores, funcionários e infraestrutura e sobram turmas super- lotadas e sobrecarga de trabalho para os profissionais de educação. Nos hos- pitais e postos de saúde, a população padece em filas e não consegue um bom atendimento e doenças infecciosas do século XIX, como a dengue, continuam ameaçando as pessoas. Este é o legado para a educação e saúde públicas? 27/2 – Plenária da Educação In- fantil. Das 9h às 13h, no ISERJ (Mariz e Barros 273 – Tijuca). 04/3 – Conselho Deliberativo, no SEPE. 05/3 – Assembleia da rede muni- cipal, às 10h, auditório 11 da UERJ. 17/3 – Indicativo de paralisação da rede, com realização de ato pú- blico. 06/4 – Seminário sobre a Rees- truturação da Rede Municipal, ante- cedido por rodas de discussão nas regionais sobre algum tema da rees- truturação. CALENDÁRIO REDE MUNICIPAL DO RIO

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Os profissionais das escolas muni-cipais do Rio farão assembleia geralno dia 5 de março, no auditório 11 daUERJ, às 10h. Neste dia, a categoriairá votar um indicativo de paralisaçãode 24 horas, com ato público para de-nunciar a continuidade da política dereestruturação, o desrespeito ao tem-po de 1/3 de atividade extracurriculare a precarização do trabalho nas es-colas municipais.

Educação e Saúde deixadasde lado na cidade Olímpica

Em pleno ano de real ização dasOlimpíadas em nossa cidade, o prefei-to Eduardo Paes, em conjunto com osgovernos federal e estadual, continua

investindo bilhões de reais em obraspara cumprir a cartilha do Comitê Olím-pico Internacional (COI). A ordem na“cidade olímpica” é maquiar a realida-de para os turistas e atletas que che-garão para o evento.

Enquanto isto, o bem-estar da popu-lação é jogado para escanteio: escolase hospitais funcionam de forma precá-ria: faltam professores, funcionários einfraestrutura e sobram turmas super-lotadas e sobrecarga de trabalho paraos profissionais de educação. Nos hos-pitais e postos de saúde, a populaçãopadece em filas e não consegue um bomatendimento e doenças infecciosas doséculo XIX, como a dengue, continuamameaçando as pessoas. Este é o legadopara a educação e saúde públicas?

27/2 – Plenária da Educação In-fantil. Das 9h às 13h, no ISERJ (Marize Barros 273 – Tijuca).

04/3 – Conselho Deliberativo, noSEPE.

05/3 – Assembleia da rede muni-cipal, às 10h, auditório 11 da UERJ.

17/3 – Indicativo de paralisaçãoda rede, com realização de ato pú-blico.

06/4 – Seminário sobre a Rees-truturação da Rede Municipal, ante-cedido por rodas de discussão nasregionais sobre algum tema da rees-truturação.

CALENDÁRIO

REDE MUNICIPAL DO RIO

Propostas de luta dos funcionáriosadministrativos:

- 30H DE CARGA HORÁRIA;

- PELA REABERTURA DOS CONCURSOS PÚBLICOS! CONTRA A TER-CEIRIZAÇÃO E CONTRA A EXTINÇÃO DA CATEGORIA DOS FUNCIO-NÁRIOS DA EDUCAÇÃO;

- CONTRA OS DESVIOS DE FUNÇÃO DOS READAPTADOS! PELAFORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL;

- INCORPORAÇÃO DE TODAS AS GRATIFICAÇÕES JÁ PARA GA-RANTIR A PARIDADE ENTRE ATIVOS E APOSENTADOS.

A crise econômica tem sido utiliza-da pelos governos federal, estaduaise municipais para atacar direitos e dei-xar de cumprir com obrigações. Ape-sar do slogan “Pátria Educadora”, a pre-sidente Dilma cortou R$ 10,5 bilhões,ou 10% do orçamento da educaçãoem 2015. Mas é preciso continuar alinha do ajuste fiscal e o governo Dil-ma, ameaça com uma nova Reformana Previdência Social e com uma re-forma trabalhista aperfeiçoando a po-lítica de supressão de direitos para

Trabalhadores não podem pagarpela crise econômica

bancar o pagamento da dívida, mos-trando o caminho para os governos es-taduais e municipais.

É chegada a horada rede municipal

Neste momento, a rede estadual en-tra em greve a partir do dia 2 de marçopara combater os ataques de Pezão. Ogoverno federal ameaça com uma Re-forma trabalhista e na Previdência So-cial. Ou seja, mais uma vez, os gover-

nos querem jogar a conta da crise paraos trabalhadores.

Chegou a hora da rede municipalmostrar de novo a sua força e sair àsruas para exigir do prefeito valorizaçãoe mais investimentos no setor educaci-onal. Na greve de 2013 a categoria en-cheu os espaços públicos, arrancandoconquistas e o apoio de toda a popula-ção carioca para a causa da EducaçãoPública. Agora, em 2016, temos que es-tar prontos e mobilizados para lutar denovo pela nossa valorização.

A Escola não funciona apenas comprofessores: funcionário também educa

O SEPE continua orientando os fun-cionários das escolas da rede munici-pal que estiverem com algum proble-ma de saúde para requererem a cópiados exames médicos no momento daposse e o resultado admissional feitopela Perícia da prefeitura. Desde setem-bro de 2015, a categoria tem dado entra-da no formulário administrativo que cons-ta no site do SEPE (www.seperj.org.br) eque foi preparado pelo Departamento Ju-rídico do sindicato.

O SEPE luta, historicamente,pelo reconhecimento do papeleducacional dos funcionários dasescolas públicas. É inadmissívelo funcionamento das escolas pú-blicas com o atual quadro de ca-rência dos funcionários adminis-trativos e a total falta de condi-

ções de trabalho e valorizaçãoprofissional, com formação con-tinuada em serviço. A luta peloplano de carreira unificado conti-nua em curso e não aceitamos oataque brutal cometido pela pre-feitura do Rio na luta justa pelaunificação do Plano de Carreira.

Funcionários comproblemas de saúde

devem requerer documentosoriginais da posse

Boletim do Sepe Rede Municipal é umapublicação do Sindicato Estadual dosProfissionais da Educação do Rio deJaneiro - Fundado em 16/07/1977R. Evaristo da Veiga, 55,7o/8oand.,Centro - Rio de Janeiro/RJCEP 20031-040Tel.: 2195-0450Na internet: www.sepe-rj.org.brTiragem desta edição:Secretaria de Imprensa do Sepe/RJCoordenação da Capital

A SME/RJ, em 2016, vai continuaro projeto de reestruturação - a reor-ganização das escolas por segmen-tos e a implantação de uma políticaeducacional baseada no apostila-mento, na polivalência e no neotec-nicismo, desrespeitando a autono-mia pedagógica.

Em 2015, o SEPE lutou junto às co-munidades escolares e ao MinistérioPúblico Estadual para tentar impedira implementação da reestruturação.Realizamos um Plebiscito em mais de50% das escolas de todas as Regio-nais do sindicato, que disse não aoprojeto de reestruturação. No final doano, realizamos também uma plená-ria com mais de cem professores pre-ocupados com o futuro da rede e dassuas vidas profissionais. Até a véspe-ra do natal, o sindicato acompanhougrupos da categoria e pais da comu-nidade escolar na SME para que elesapresentassem à secretaria a sua dis-cordância com o remanejamento.Obtivemos algumas importantes vi-tórias que contribuíram para retardaro processo, dando mais um fôlegopara a luta de resistência.

No dia 6 de abril, o SEPE vai reali-zar o Seminário sobre a Reestrutura-ção da Rede Municipal. O evento seráprecedido pela realização nas Regio-nais do sindicato de rodas de discus-são sobre o tema durante o mês demarço.

Veja abaixo alguns dos graves pro-blemas que o projeto pode trazerpara o cotidiano das comunidadesescolares e convocamos a categoriaa reagir a este ataque da prefeitura.

1) Milhares de famílias já estão ten-do suas vidas afetadas com os filhosestudando em diferentes escolas;

2) Em alguns locais já existe ca-rência de vagas - e a carência irámaior, já que as unidades existen-tes terão seus segmentos de ensi-no extintos;

3) Com a redução de vagas, as tur-mas estão ficando superlotadas;

4) Legitima o 6º ano no Primário,com um único professor para todasas disciplinas;

5) Centenas de profissionais quetrabalhavam há anos com a mesmacomunidade escolar perderam suasorigens. E os professores de 16h e22,5h?

6) Com esta divisão, os laços afe-tivos entre alunos e demais mem-bros da comunidade escolar se per-dem e a educação contínua na es-cola é interrompida;

7) Segmenta as escolas para apli-car “técnicas” que visam alcançar ín-dices de aprovação através do con-trole do processo pedagógico, com

Reestruturação ameaçaa rede municipal do Rio

instrumentos padronizados, comoapostilas, provas bimestrais e con-vênios com fundações privadas;

8) Elimina a possibilidade de tro-ca de experiências entre os docen-tes dos diferentes ciclos de ensino;

9) O projeto da prefeitura, quetransforma as escolas de 1º e 2ºsegmento em turno único, acabacom o direito à origem, pois a prio-ridade é destinada àqueles profes-sores que aceitarem a carga horá-ria de 40 horas;

10) O currículo das escolas do 2ºsegmento (7º ao 9º ano) é formadopor disciplinas eletivas, nomencla-tura abstrata que esconde a poliva-lência. A prefeitura não propõe umagrade curricular enriquecida com apresença de uma carga horária mai-or para as diversas linguagens(como informática, música, teatro,dança, etc.) ou a oferta de maisuma língua estrangeira.

Em dezembro de 2015, o SEPE re-alizou um debate para discutir as prin-cipais polêmicas em torno da propos-ta da Base Nacional Comum Curricu-lar (BNCC), elaborada por equipesconvidadas pelo MEC e lançada emsetembro de 2014. O debate em tor-no da BNCC tem mobilizado os edu-cadores, que divergem sobre a me-todologia e os conteúdos propostos.Diversas entidades universitárias edos movimentos sociais da educaçãoreivindicam uma maior participaçãona análise das proposições e nas de-cisões sobre a formulação da Base.

Mobilização conseguiu adiardata limite da BNCC para

março de 2016

Com a mobilização, uma vitóriapontual foi obtida. A ampliação da datalimite de 15/12/2015 para 15/03/2016.Este prazo ainda é insuficiente e a dis-cussão deve acontecer durante todoo ano. É necessário um amplo diagnós-tico das Diretrizes Curriculares Nacio-nais para a educação infantil e para osensinos fundamental e médio, docu-mentos aprovados pelo Conselho Na-cional de Educação (CNE) entre 2009e 2011.

A concepção adotada pelo MEC de-fende a centralidade, um documento

único para todas as escolas do país,visando cumprir as metas estabeleci-das pelo PNE que tem por base a lógi-ca da mercantilização da educaçãopública, ideário defendido pelo grupoempresarial “Todos pela Educação”.

O ministro da Educação inclusivedeclarou na imprensa que seria im-portante cortar a obrigatoriedade deLicenciatura Portuguesa no BNCC.

Qual é a avaliação do impacto dasDNC’s sobre os nossos sistemas deensino? Indo além: Quais são as re-ais possibilidades de sucesso das po-líticas curriculares sem a transforma-ção das condições efetivas da escolae a valorização dos seus profissionais,sem a superação das adversidadesem regiões ainda marcadas pela mi-séria e violência?

Rede municipal ainda nãodiscutiu tema com profundidade

Na maior rede de ensino da Amé-rica Latina, a discussão em 2015 foiinexistente. No retorno às aulas, osprofissionais de educação devemcobrar a existência do debate, par-ticipar e se posicionar, pois a BNCCincidirá sobre o nosso fazer peda-gógico, as licenciaturas, a formaçãocontinuada e os materiais didáticosproduzidos no país.

Base Nacional Comum Curriculardo MEC tem sua metodologia criticada

29/02: Regional VI;14/03: Regional I;17/03: Regional VII;21/03: Regional III;28/03: Regional VIII;

SEPE itinerante visita as RegionaisCom o objetivo de fazer um trabalho coletivo, o SEPE

Central se somará às direções das regionais para reali-zar um trabalho de aproximação, formação, informa-ção e principalmente de organização dos profissionaisem seus locais de trabalho. A partir de fevereiro o sin-dicato vai realizar visitas periódicas às nove regionaisque compõem a estrutura do sindicato em sua base nacapital. Veja o calendário:

Veja o calendário:

Projeto de lei“escolas sem partido”

voltará à pauta da Câmara

31/03: Regional II;07/04: Regional IV;11/04: Regional V;14/04: Regional IX.

Pode ser votado esta semana o Projetode Lei 867/14, de autoria do vereador CarlosBolsonaro, também conhecido como “ ES-COLA SEM IDEOLOGIA”.

Usando a justificativa de que “professo-res e autores de livros didáticos vêm-se uti-lizando de suas aulas e de suas obras paratentar obter a adesão dos estudantes a de-terminadas correntes políticas e ideológi-cas”, a proposta retira a autonomia do exer-cício docente e, proíbe aos nossos alunos odireito de construir seus próprios conceitos.

Caso este projeto seja aprovado, o pro-cesso pedagógico passa a ser pretensamen-te neutro e “sem ideologia”. Totalmentecontrário a um princípio básico da educa-ção transformadora, que se baseia numprocesso contínuo de crítica e de constru-ção de opiniões que rejeitam, por si só,qualquer neutralidade.

Sob uma aparente neutralidade, que naprática pedagógica simplesmente não épossível, essa proposta antidemocrática,resume o processo de formação a um sópensamento, dando a um determinado gru-po o controle dos valores, interesses, pos-sibilidades que fazem parte da construçãodo conhecimento. Trata-se de um verdadei-ro ataque aos poucos direitos democráti-cos que os trabalhadores conquistaram,com muita luta e sangue, ao longo de nossahistória.

O PL 867 pode ser votado a partir do dia1 de março. Nossa categoria já aprovou umaparalisação no dia da votação. Porém, sósaberemos a data da votação na terça pelamanhã. Por isso, devemos mobilizar nos-sas escolas e creches a partir de hoje e pro-curar as informações no site do SEPE.

Temos que barrar mais este ataque àeducação pública!