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Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF 16, 17 e 18 de abril de 2013 REDE DE PLANEJAMENTO: AVALIAÇÃO DA ESTRATÉGIA IMPLEMENTADA PELO GOVERNO DO ESTADO DO RJ PARA COORDENAR O PROCESSO DE FORMULAÇÃO, REVISÃO E MONITORAMENTO DO PLANO PLURIANUAL (PPA) 2012/2015 Rita de Cássia Machado de Brito

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Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF – 16, 17 e 18 de abril de 2013

REDE DE PLANEJAMENTO: AVALIAÇÃO DA ESTRATÉGIA IMPLEMENTADA PELO GOVERNO

DO ESTADO DO RJ PARA COORDENAR O PROCESSO DE FORMULAÇÃO, REVISÃO E MONITORAMENTO DO PLANO PLURIANUAL

(PPA) 2012/2015

Rita de Cássia Machado de Brito

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Painel 60/229 PPA e orçamento para resultados: experiências em debate

REDE DE PLANEJAMENTO: AVALIAÇÃO DA ESTRATÉGIA

IMPLEMENTADA PELO GOVERNO DO ESTADO DO RJ PARA COORDENAR O PROCESSO DE FORMULAÇÃO, REVISÃO E

MONITORAMENTO DO PLANO PLURIANUAL (PPA) 2012/2015

Rita de Cássia Machado de Brito

RESUMO O trabalho descreve e discute as inovações introduzidas no processo de formulação, revisão e monitoramento do PPA 2012/2015, no RJ, com a instalação de um novo arranjo institucional composto por uma Comissão Central, na SEPLAG, e Comissões Setoriais, para cada Secretaria de Governo. Foi necessário fazer um histórico do processo de planejamento no Estado na procura de explicações à oportunidade de proposição do novo processo de trabalho por meio das comissões. Para discutir a implementação da estratégia, buscou-se dados sobre o funcionamento das comissões, desde a sua criação, e foram feitas consultas à legislação de planejamento para discutir as responsabilidades do arranjo instituído. As conclusões indicam a experiência como exitosa na recuperação da importância da atividade de planejamento e da Secretaria Setorial como órgão coordenador do processo. Verifica-se, em maioria, o engajamento do alto escalão na direção das comissões setoriais. A maior participação de representantes dos níveis operacionais dos órgãos vinculados vem sendo discutida para não trazer descontinuidades na execução das ações. Ainda existe grande rotatividade de membros participantes e, apesar do esforço detectado, ainda é baixo o nível de registro dos fatos e atitudes geradas pelas rotinas implantadas. O desafio atual é o de manter a mobilização das comissões para o monitoramento do PPA.

3

SUMÁRIO

1 Introdução................................................................................................. 04

2 Antecedentes............................................................................................ 05

2.1 O processo de planejamento até 2006................................................ 05

2.2 O processo de elaboração do PPA a partir de 2007.......................... 09

3 Objetivo..................................................................................................... 12

4 Metodologia.............................................................................................. 12

5 O processo de elaboração do PPA 2012-2015...................................... 13

5.1 A reestruturação da equipe de planejamento da SEPLAG............... 13

5.2 A estratégia definida para a elaboração do PPA 2012-2015............. 17

5.3 O processo de elaboração do PPA 2012-2015................................... 20

6 Conclusões............................................................................................... 24

6.1 Análise do funcionamento das comissões para a elaboração do PPA 2012-2015....................................................................................... 25

6.2 Momento atual – desafio de mobilização das comissões para o monitoramento do PPA 2012-2015......................................................... 27

7 Referências............................................................................................... 30

4

1 INTRODUÇÃO

A iniciativa de realizar o presente trabalho é fruto da curiosidade de

investigar os efeitos ao processo de planejamento estadual, da implantação do

arranjo institucional formado por uma Comissão Central, na SEPLAG, e por

Comissões Setoriais, em cada Secretaria para a elaboração, revisão e

monitoramento do Plano Plurianual – PPA.

Para entender e discutir as inovações introduzidas com o PPA 2012/2015

foi necessário buscar elementos numa perspectiva histórica recente,

contextualizando com o momento atual. O breve resumo do processo de

planejamento no Estado desde o governo da Fusão evidencia que a elaboração e a

execução de planos de desenvolvimento setoriais e territoriais no Estado nos últimos

30 anos, seguiram estratégias e metodologias adequadas aos momentos políticos

de cada governo. A frequente alternância de poder observada no citado período leva

o Estado a experimentar experiências diversas na condução da atividade de

planejamento com impacto significativo na formação de expertises e estruturação do

processo de planejamento. Essa abordagem histórica propiciou fundamentar o grau

de importância da atividade de planejamento nos dias de hoje.

Em resumo foi preciso conhecer a legitimidade e avaliar a intenção da

criação das comissões diante da existência em cada órgão, de unidades de

planejamento e orçamento. O objetivo foi avaliar os ganhos obtidos até o momento

com a prática do trabalho identificando pontos fortes e fracos da experiência,

aspectos heterogêneos, casos exitosos e, ainda, os resultados já alcançados.

Para realizar a investigação foram utilizados documentos, manuais e

planos produzidos pelas administrações estaduais, citados como referência e,

também, depoimentos de técnicos e dirigentes participantes do processo. O

pequeno tempo de elaboração não propiciou a sistematização de informações

relativas às conversas e entrevistas realizadas.

5

2 ANTECEDENTES

2.1 O processo de planejamento até 2006

O governo que sucedeu a fusão do Estado da Guanabara (antiga capital

do país) com o Estado do Rio de Janeiro (Governo Faria Lima) pode ser descrito

como um esforço governamental para integração espacial, setorial e governamental

do novo território. As funções do planejamento foram coordenadas por uma só

secretaria, abarcando desde a definição da programação e do orçamento até a

modernização administrativa e, ainda as atividades de produção de estatísticas,

estudos e pesquisas. Enquanto processo verifica-se a importância do órgão central

como definidor das políticas públicas. O nome da secretaria já assim define:

“Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral da Governadoria do Estado”.

Existia um sistema de planejamento: Sistema Estadual de Desenvolvimento

Econômico e Social – SEDES que dele participavam o órgão central e as

subsecretarias setoriais que eram responsáveis pelo planejamento do setor. O

SEDES subsidiava reuniões sistemáticas com a presença do governador para

decidir prioridades sobre a alocação de recursos. A estrutura interna das secretarias

setoriais refletia o SEDES com os subsecretários sendo responsáveis pela

coordenação do planejamento do setor, incluindo os entes vinculados. Havia

também a intenção de manter uma articulação com o Sistema Nacional de

Planejamento como decorrência do regime federativo e previsão de permanente

apoio ao planejamento municipal, destacando-se o apoio na elaboração de planos

de desenvolvimento territoriais.

Este foi um período em que a administração estadual concedeu muita

importância à atividade de planejamento para viabilizar a fusão dos territórios

fluminenses e da Guanabara. O primeiro Plano de Desenvolvimento Econômico do

Estado do Rio de Janeiro, aprovado em junho de 1976, indicava a necessidade de

grandes investimentos a serem realizados pelo Estado com apoio de governo

federal objetivando diminuir os desequilíbrios regionais e territoriais.

Do ponto de vista institucional observou-se um esforço na união e

consolidação das estruturas organizacionais para gerir o novo Estado.

6

As secretarias setoriais tinham força política e operacional para a formulação e

coordenação da execução de suas políticas públicas. Foi a época de criação das

autarquias, fundações e das entidades supervisionadas instituídas como braços

executores das políticas setoriais submentidas à coordenação das secretarias a que

pertenciam. Foi um governo com características técnicas preponderantes

decorrentes do momento político de centralização de poder.

Data deste momento a compreensão da importância para o Estado do

conceito de região metropolitana no contexto do planejamento urbano. Esta visão

levou à implantação do primeiro instrumento de gestão integrada do território

fluminense, a Fundação para o Desenvolvimento da Região Metropolitana –

FUNDREM com a responsabilidade de planejar as políticas públicas para a região.

Ressalta-se também como favorável a atividade de planejamento, a

criação de um órgão de informação – a FIDERJ – Fundação Instituto de

Desenvolvimento Econômico e Social do Estado do Rio de Janeiro, criada em 1975,

para ser responsável por produzir estatísticas para o Estado.

A administração que se seguiu à da fusão (governo Chagas Freitas) era

de oposição política e não conseguiu manter o mesmo nível de importância e ritmo

ao planejamento como instrumento estratégico de definição das políticas públicas.

Caracteriza-se por desconsiderar o interior do Estado, desestimulando, por

conseguinte, o desenvolvimento regional e as ações de planejamento com base no

território.

Aos poucos, a atividade de planejamento foi perdendo campo para o

orçamento. Este, apesar de continuar sendo praticado com a mesma estratégia

implantada na fase anterior do “orçamento programa” passa a ser o instrumento

mais importante na definição das prioridades de alocação de recursos. Os planos

elaborados passam a ser descritivos e já não traduzem com a mesma efetividade a

integração dos elementos espaciais e de desenvolvimento econômico e social das

políticas públicas.

O Plano de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo Leonel

Brizola (1984-1987) reforça o caráter político de definição dos rumos e das

estratégias globais da administração, reafirmando os compromissos assumidos

durante a campanha. A Secretaria de Planejamento perde o papel de coordenação

7

passando a se denominar como Secretaria de Planejamento e Controle. Neste

governo, de maneira geral, a definição das políticas públicas prioritárias era

atividade exercida pelo nível estratégico, de forma centralizada. Para combater a

universalização de procedimentos e a (in) competência técnica da burocracia

instalada eram criados grupos e escritórios de trabalho para monitorar a execução

das políticas públicas como um insulamento burocrático.1 Dessa maneira esperava-

se que o desenvolvimento dos programas e projetos prioritários estivesse protegido

da burocracia instalada nas instituições. Aí se originam as dificuldades de

coordenação das políticas setoriais a cargo das secretarias à medida que essas

estruturas criadas possuíram, muitas vezes, mais autonomia para desenvolver as

políticas que os próprios gestores nomeados.

A alternância política da administração que se sucedeu (administração

Moreira Franco) levou a mudanças no modelo de elaboração do plano do governo e

na condução do processo de planejamento. No primeiro momento buscou-se

novamente o revigoramento do desativado SEDES e dos núcleos de planejamento

em cada um dos órgãos da administração direta e indireta, que estavam desativados

(burocracia instalada), no entanto esse esforço não teve continuidade. Destaca-se a

grande alternância de secretários responsáveis pela pasta do planejamento, neste

governo. Com a promulgação da Constituição de 1988 são criados e disciplinados

os instrumentos de gestão: PPA, LDO e LOA.

Novamente observa-se alternância política com o retorno do PDT

(governo Leonel Brizola) à administração estadual. Com práticas de planejamento

próximas as praticadas na sua administração anterior, as atividades setoriais de

planejamento seguem sem prioridade observando-se o crescimento de importância

das atividades de controle orçamentário. Isso é justificado pelas incertezas geradas

com o processo inflacionário na década de 80 e início da de 90.

A sucessão governamental que se seguiu (governo Marcelo Alencar) foi

contemporânea aos projetos implantados pelo Governo Federal de Reforma do

Estado, com a desestatização da máquina governamental e a estruturação dos

instrumentos de Planejamento criados na Constituição de 88. Surge uma

metodologia para elaboração do PPA definida pelo nível federal. O governo do Rio

1 A gramática política do Brasil: clientelismo e insulamento burocrático - Por Edson de Oliveira Nunes

8

foi influenciado efetivamente pelo processo de privatização de instituições públicas

no período. No entanto, as mudanças federais para o planejamento não tiveram eco

no Estado.

O PDT retorna ao governo em 1999 com a administração do governador

Garotinho, coligado ao PT no seu primeiro ano de mandato. O planejamento foi

entregue ao PT observando-se, neste período, um grande esforço da área no

sentido da implantação de métodos participativos de discussão para a definição das

diretrizes e prioridades com as demais áreas de governo e com a sociedade civil.

Também se verificam iniciativas no sentido da capacitação das equipes das

secretarias de governo e da sociedade civil notadamente na teoria de planejamento

estratégico situacional2 buscando modernizar processos de decisão estratégicos e

operacionais. No cenário federal, a Portaria Federal nº42, que altera a Lei Federal

4.320 de 17.03.1964, coloca o programa do PPA como centro de definição das

prioridades da política pública. Essa conceituação é adotada no Estado juntamente

com a tentativa de implantação da prática do planejamento participativo pela

Secretaria de Planejamento. O PPA produzido por esta gestão teve a sua

programação definida a partir deste processo e consolidou vínculos com o

orçamento possibilitando, pela primeira vez, o monitoramento de sua execução.

Em 2000, depois de desfeita a coligação partidária entre PDT e PT os

avanços no processo de planejamento recrudesceram. A função planejamento foi

absorvida pela área de desenvolvimento econômico que passou a ter a competência

para elaborar o PPA. O orçamento se mantém na Secretaria de Controle, já

instituída no início do governo. O planejamento participativo se mantém oficialmente

na área de desenvolvimento econômico mais na prática perde força já que esta

secretaria não participa do processo de elaboração orçamentária. Este é um período

de desgastes para a equipe do planejamento que foi mobilizada num primeiro

momento e desmantelada e desarticulada quando da divisão institucional descrita.

As assessorias de planejamento e orçamento dos órgãos instituídas na década de

80, também sofrem reflexos dessa divisão à medida que a elas chegam diversas

orientações metodológicas sobre PPA e LOA. Isto é mais um desgaste para a

atividade de planejamento.

2 O Planejamento Estratégico Situacional no Setor Público – Carlos Matus

9

A próxima administração (governo Rosinha Garotinho) mantém o mesmo

grupo dirigente a frente do governo. A atividade de planejamento volta a estar junto

com o orçamento numa mesma secretaria, com status de subsecretaria. A

fragilidade e a falta de autonomia do planejamento é característica desse período.

Apesar de guardar vínculo com o orçamento, o PPA na prática está submisso a LOA

traduzindo, tão somente, as prioridades estabelecidas neste instrumento, a cada

exercício. Observa-se, ainda, o distanciamento entre as equipes operacionais que

cuidam do PPA e da LOA com o nível de decisão dos órgãos e entidades.

2.2 O processo de elaboração do PPA a partir de 2007

A administração que assumiu o governo do estado do Rio de Janeiro em

2007 avalia que para atingir os resultados e os compromissos firmados com a

sociedade fluminense era preciso instalar um novo modelo de gestão. Em termos de

reestruturação institucional, entre outras mudanças, se reúne em um só órgão as

funções de planejamento, orçamento e administração. Cria-se a Secretaria de

Planejamento e Gestão - SEPLAG em substituição às antigas pastas de

Planejamento, Controle e Administração.

A SEPLAG passa a englobar a gestão das seguintes funções:

Do planejamento;

Do orçamento;

Da logística de bens e serviços;

De recursos humanos;

Da modernização administrativa.

Com o objetivo de alcançar as mudanças pretendidas com o novo modelo

de gestão se desenvolve na SEPLAG um projeto de estruturação de uma rede de

Planejamento e Gestão cujo objetivo e pressuposto foram assim resumidos pela

Fundação Getúlio Vargas em trabalho de consultoria3 ao governo do Estado, em

junho de 2008:

3 Rio de Janeiro. Programa de Certificação de Recursos Humanos para o Sistema de Gestão

Administrativa do Estado do Rio de Janeiro. RJ: Fundação Getúlio Vargas, junho de 2008. Módulo 1, produto 2, p. 05. (mimeo)

10

“...O Porquê da Criação da Rede de Agentes de Planejamento e Gestão

A falta de presença da Gestão Administrativa do Estado nas Unidades de ponta

A Gestão Administrativa no Poder Executivo está emperrada por grandes gargalos que a impedem de ser uma administração ágil e robusta, capaz de gerar os resultados esperados junto à Sociedade Fluminense. Os administradores públicos estão capturados por uma máquina funcional obsoleta, sem o apoio de sistemas de informação, sem normas e processos padronizados e com funcionários, em sua maioria,profissionalmente desmotivados e sem a devida qualificação profissional. Esforços para romper com este quadro estão sendo feitos e com resultados positivos, mas, mais do que avanços de cunho conjuntural e pontual, é preciso apontar para um novo modelo de gestão. Faltam ações estruturais na gestão que envolvam as unidades de ponta prestadoras de serviços à sociedade numa gestão dinâmica e ágil. Estas Unidades devem ser apoiadas de forma efetiva, para além do pagamento de seus funcionários, dando-se os meios para que elas exerçam suas funções com qualidade e permitindo-se o controle dos processos e a medição dos resultados pelas Secretarias de Estado.

Vários fatores são responsáveis por estes desajustes na gestão e neste sentido, estabelecer a presença da gestão administrativa do Estado nas unidades de ponta, que são as responsáveis pela prestação de serviços à comunidade, é uma forma de obter resultados positivos ainda neste Governo, sendo este o núcleo do novo modelo pretendido, e com a implantação da Rede de Agentes de Planejamento e Gestão, que no futuro constituirá parte de uma efetiva rede que englobe todo o ciclo de gestão do Poder Executivo.

O desafio da SEPLAG para estar presente nas unidades de ponta

O grande desafio do atual Governo do Rio de Janeiro no âmbito da gestão administrativa é a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelos servidores públicos. Esta melhoria deve focar a qualificação do Servidor e a eficiência dos processos de planejamento, de execução orçamentária e financeira, de gestão de recursos humanos e de gestão do patrimônio do Estado, propiciando a eficácia na administração da logística e dos contratos, visando a aumentar a capacidade de realização de entregas e obtenção de resultados por parte do governo, observado o equilíbrio fiscal.

A cultura de gestão administrativa centralizada, arraigada há mais de vinte anos na administração pública do Estado do Rio de Janeiro, está em processo de mudança pela SEPLAG. Os recursos humanos do Estado, lotados nas Secretarias e suas Unidades de ponta em funções chave para executar, coordenar e controlar as funções supracitadas carecem de treinamento, e os procedimentos precisam ser reciclados para que a descentralização e a modernização da gestão pública venham a ocorrer de forma eficaz e sustentável no tempo.”

11

Importante dizer que a proposta da implantação da citada rede se

aplicava a todas as funções da SEPLAG já mencionadas neste trabalho.

Na área de planejamento, para enfrentar a falta de cultura instalada no

Estado de planejar a médio e longo prazos, a SEPLAG contratou a uma consultora4

para elaborar o Planejamento Estratégico do Governo do Estado do Rio de Janeiro

para o período 2007-2010. Apesar do esforço da equipe do Planejamento no

convencimento da necessidade de fixação de metas para o governo por cada

Secretaria Setorial, o processo de formulação do Plano não mobilizou plenamente

os órgãos setoriais e, assim, o resultado teve forte influência da empresa contratada.

O Plano elaborado apresentou diretrizes para 2027 com definições de eixos de

atuação do Poder Executivo ajustadas ao modelo de gestão pública voltada para

resultados.

Na contra mão do ambiente de mudança, o processo de elaboração do

PPA 2008-2011, a cargo da SEPLAG, seguiu a mesma sistemática do PPA anterior,

sem inovações metodológicas, trabalhando com o arranjo institucional já instituído.

Isso se explica em parte pela deficiência do corpo técnico do planejamento e das

equipes setoriais que se deterioraram diante de frequentes mudanças estruturais

realizadas pelos governos anteriores. Mesmo assim, o conteúdo deste PPA foi

estruturado tendo como linha de base as diretrizes extraídas do plano estratégico e

se continuou acompanhando a execução da programação do PPA com a realização

de relatórios de acompanhamento da execução das metas anuais dos produtos das

ações dos programas.

Apesar da intenção de modernizar a gestão observa-se, a falta de

prioridade para a atividade de planejamento com limitado uso dos instrumentos de

gestão (PPA e LOA) na execução das políticas públicas pelos órgãos setoriais.

Estes apresentam pequena capacidade de planejar a solução dos problemas

estruturais do setor ficando absorvidos em questões operacionais, conjunturais do

dia a dia.

4 O Planejamento Estratégico 2007-2010 foi contratado e empresa MACROPLAN.

12

3 OBJETIVO

Descrever e discutir as inovações introduzidas no processo de

planejamento do estado do Rio de Janeiro para formulação, revisão e

monitoramento do PPA 2012/2015 relacionando pontos fortes e pontos fracos,

destacando casos exitosos na estratégia de articulação da rede de planejamento e a

sua capacidade de integrar os níveis estratégicos e operacionais dos diversos

órgãos.

4 METODOLOGIA

Para avaliar o novo arranjo institucional adotado pela equipe de

planejamento para a elaboração, revisão, monitoramento e avaliação do PPA 2012-

2015, o presente trabalho levou em consideração as iniciativas, os arquivos,

manuais e a legislação disponível e em desenvolvimento pela Subsecretaria de

Planejamento – SUBPL, da SEPLAG como suporte as análises pretendidas assim

resumidas nas perguntas a seguir enumeradas:

Como funcionava o arranjo institucional anterior?

Por que mudou?

Qual a intenção da criação das Comissões Setoriais diante da

existência em cada órgão, de unidades de planejamento e orçamento?

Qual a capacitação de tais unidades no desenvolvimento do trabalho

de planejamento setorial?

Como a rede vem funcionando depois de formulado o PPA?

Também foram considerados, principalmente no relato de antecedentes e

na descrição do modelo de gestão preconizado pelo governo Sérgio Cabral,

depoimentos e entrevistas realizadas com técnicos da SUBPL.5

5

Também foram consideradas as entrevistas realizadas no âmbito da pesquisa IPEA – “Planejamento e Gestão Governamental na Esfera Estadual – Uma Análise comparativa dos Processos, Conteúdos e Sistemas de Acompanhamento dos Planos Plurianuais”

13

5 O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PPA 2012-2015

5.1 A reestruturação da equipe de planejamento da SEPLAG

Em 2010, a equipe de planejamento do órgão central era pequena e

deficiente tecnicamente. Como fruto da implantação do novo modelo de gestão,

foram criadas as carreiras de Especialista em Políticas Públicas e Gestão

Governamental - EPPG e de Analista de Planejamento e Orçamento - APG visando

à realização de concursos públicos6. Os gestores aprovados no processo de seleção

passaram por um período de capacitação onde foram introduzidos nas práticas de

planejamento e orçamento, entre ouras funções da SEPLAG. O Quadro I, apresenta

o incremento da equipe da SUBPL com os concursos realizados. Cresce a

participação dos gestores (APOs e APPGs) entre a equipe disponível para conduzir

as atividades de planejamento, principalmente entre 2010 e 2011. Em 2012, alguns

gestores foram descentralizados para atuar em Secretarias Setoriais e, outros,

saíram da SEPLAG.

Quadro I

Equipe disponível

Comissionados e servidores de carreira(*) - A

Gestores concursados - B

TOTAL B/A

2010 15 17 32 113%

2011 12 22 34 183%

2012 10 14 24 140%

2013 10 14 24 140%

(*) - Não inclui Subsecretários, Superintendente e equipe de apoio.

Em 2010, com o incremento na equipe, inicia-se a implementação da

nova estratégia para a elaboração do PPA. A ideia era a de arrumar a casa antes do

período de elaboração do novo Plano. Para integrar os novos gestores com a equipe

já instalada e discutir o modelo de organização, competências/entregas e

prioridades iniciou-se um processo chamado de “Novos Caminhos”. O que foi isso?

A governança organizou oficinas, fez pesquisas e discussões internas no primeiro

semestre de 2010 buscando mobilizar e comprometer para as mudanças que viriam.

6 Lei estadual Nº 5.355, de 23/12/2008.

14

Entre os materiais disponíveis nos arquivos da SUBPL que relatam esse

momento, destaca-se uma pesquisa 7 realizada entre os gestores e técnicos. A

seguir apresenta-se os principais resultados (Figura 1 e 2):

Figura 1

Entre os resultados a dimensão conhecer foi a mais indicada. Ela

aparece como mais escolhida tanto entre os entrevistados da Governança

(coordenadores, superintendentes e subsecretária) como entre os gestores

concursados e demais técnicos da SUBPL.

7 RJ. “Apresentação Novos Caminhos da SUBPL – julho 2010 (mimeo)

46 horas de entrevistas

28 entrevistados

(97% da equipe)

Período:18 dias

Estatística Descritiva

15

Figura 2

Na dimensão conhecer foi pesquisado a percepção das competências

técnicas e comportamentais diante do que o cargo exigia e o que efetivamente era

entregue. Entre o que foi apurado ressaltam-se os seguintes aspectos:

Tanto nas competências técnicas como comportamentais, havia uma

distância expressiva entre o que o cargo exigia e o que efetivamente

era entregue;

Não havia convicção do que é a exigência das competências do cargo;

Nas competências técnicas faltava ainda formação de planejamento

para todo o grupo notadamente aquela associada aos instrumentos de

gestão do planejamento;

Nas competências comportamentais era necessário trabalhar o

convívio coletivo e a motivação para o como elementos emergenciais.

Na dimensão interagir concluiu-se que o nível de interação interno era

menor entre pares e chefes diretos do que a percepção do corpo técnico, indicando

baixa sinergia de objetivos gerenciais e gestão no corpo técnico. O nível de

interação externo era similar ao percebido pelo corpo técnico.

6,8

5,7

4,7

3,63,0

2,4

1,8

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

Conhecer

Interagir

Influenciar

ApurarAcompanhar

Apresentar

Cobrar

16

Na dimensão influenciar, o grupo quando questionado sobre a sua

participação em reuniões internas para expor opiniões e propor soluções, indicava

como resultado uma baixa influência no processo decisório.

No âmbito interno, a baixa influência foi explicada pelos entrevistados

apontando que a governança delegava atividades rotineiras, unilateralmente, sem a

contrapartida do entendimento do valor agregado de suas entregas. Também havia

um baixo estímulo ao debate com a equipe não se sentindo acionada em todo o

seu potencial. Também foi apontado baixo nível de debate entre coordenadores e

seus superiores.

No âmbito externo, a baixa influência era refletida através da falta de uma

“moeda de troca” da SUBPL para com as secretarias. Logo, a SUBPL não era

“ouvida” nos momentos necessários e, ainda, havia um baixo/nenhum entendimento

do meio externo sobre o seu papel.

Do processo interno “novos caminhos” são priorizados os seguintes

objetivos a serem alcançados:

Estabelecer normas e procedimentos da função planejamento;

Ser agente indutor do processo de planejamento do setor público;

Garantir o alinhamento das políticas públicas setoriais, em seu

conteúdo e forma, junto à estratégia do Governo;

Ser um facilitador na gestão das políticas públicas baseadas no

desempenho por resultado.

A equipe foi organizada conforme um modelo funcional e matricial para:

incrementar a sua capacidade de influenciar e interagir interna e externamente,

avaliar o processo de planejamento e de cumprir com as entregas estabelecidas por

lei8. Os gestores foram alocados por áreas de atuação e por região de Governo9

além das áreas de conhecimento específico da SUBPL chamadas nesse momento

de áreas transacionais. Cada equipe responsável em cada área teria a função de

gerar projetos e atividades para aprimorar e gerar conhecimento, atendendo a

prioridade de “conhecer”.

8 A SUBPL compete consolidar os projetos de lei de elaboração e revisão do PPA, os relatórios de

execução do PPA, o Plano Estratégico do Governo e o Anexo de Metas e Prioridades da LDO. 9

O Estado do RJ possui 8 regiões de governo: Metropolitana, Norte fluminense, Noroeste Fluminense, Costa Verde, Centro Sul fluminense, Serrana, Baixadas Litorâneas e Médio Paraíba.

17

Toda essa arrumação interna foi desenvolvida, em 2010, apostando-se na

continuidade política do governo que se efetivou a partir de 2011.

5.2 A estratégia definida para a elaboração do PPA 2012-2015

Para mobilizar o processo e diante da avaliação já mencionada neste

trabalho, de que a metodologia do PPA anterior não se alinhava com a

modernização da gestão pública em curso desde 2007, a equipe do planejamento da

SEPLAG busca um novo modelo que incluiria alterações na metodologia do escopo

e no processo de elaboração e monitoramento da execução do Plano.

A avaliação anterior indicava que o arranjo institucional das equipes de

planejamento dos órgãos e entidades não dava conta de atender a política de

gestão para resultados que vinha sendo buscada pela administração. A grande

maioria dos parceiros setoriais da SEPLAG que atuava na elaboração, revisão e

execução do PPA 2008-2011 pertencia ao nível técnico-operacional de suas

entidades, tinha perfil profissional para atuar somente na área orçamentária e

apresentava baixa ou nenhuma articulação com o nível estratégico de decisão.

Também não se observava capacidade técnica e interesse político das secretarias

para coordenar e definir prioridades na elaboração das programações das entidades

a elas vinculadas. Essas entidades planejavam e executavam suas ações de forma

independente. Em decorrência deste quadro, a equipe do órgão central

rotineiramente precisava assumir papeis de coordenação e tomar decisões relativas

à programação do PPA e da LOA, que não lhes cabiam por competência. À

SEPLAG deveria caber, como órgão central, a normatização e padronização dos

processos relacionados à atividade de planejamento.

A consequência do cenário descrito para o planejamento era a completa

subordinação do PPA ao orçamento onde eram definidas as prioridades de alocação

dos recursos disponíveis durante o processo de execução orçamentária. A

elaboração, revisão e acompanhamento da execução do PPA eram vistas pelos

responsáveis setoriais como tarefas a serem cumpridas (mais um encargo). O PPA

era uma peça burocrática, tida como um produto da SEPLAG, sem efetividade como

instrumento para monitorar os resultados das políticas públicas.

18

Neste contexto surge a proposta do novo arranjo institucional criado para

a elaboração do PPA 2012-201510. A ideia foi a de trabalhar com uma estrutura

colegiada para cada setor (secretaria de estado e entes vinculados) denominada de

“comissão setorial – C.S.” supervisionada pela SEPLAG por meio de uma

“comissão central – C.C.”.

A orientação dada pela SEPLAG a respeito da composição das C.S.s era

de que fossem integradas por representantes da equipe de decisão do órgão

(secretaria setorial) e por representantes dos órgãos vinculados, a critério do titular

da pasta. Possuíam um presidente e um vice-presidente. Esse último representado

por um técnico da SUBPL teria o papel de divulgar e nivelar o conhecimento

necessário e requerido à elaboração do PPA (metodologias, diretrizes de governo)

conforme o projeto de descentralização em curso na SEPLAG. As C.S.s variavam de

tamanho, em função do número de instituições vinculadas a cada Secretaria e foram

formalizadas por meio de resolução conjunta da Secretaria Setorial com a SEPLAG.

Conforme o marco legal estabelecido são atribuições das Comissões Setoriais:

Desenvolver o processo de elaboração e revisão do PPA setorial, de

acordo com as normas e procedimentos estabelecidos no Manual de

Elaboração do PPA;

Interagir com as instâncias superiores das Secretarias, as quais estão

vinculadas, na busca de construção de uma programação compatível

com os objetivos setoriais e os macro-objetivos do Governo;

Sistematizar e prestar as informações sempre que solicitadas pela

Comissão Central;

Responsabilizar-se pelo lançamento de informações nos sistemas de

operacionalização dos dados;

Acompanhar a execução da programação do PPA, objetivando

subsidiar a tomada de decisão, corrigir desvios e facilitar o alinhamento

dos programas às orientações de governo.

A Comissão Central de Gestão do Plano Plurianual foi composta por

membros da SUBPL, designados pelo titular da SEPLAG contendo entre outros

membros, um presidente (Subsecretaria de Planejamento) e um vice-presidente. 10

Decreto nº 42.808, de 19/01/2011. A atuação das comissões foi definida através de Resoluções: Resolução SEPLAG nº 434, de 25/01/2011 e Resolução SEPLAG № 498 de 16/05/2011.

19

A C.C. foi responsável pela supervisão e coordenação do processo de elaboração

do PPA por meio da definição das normas e da adequação e aderência das mesmas

à legislação em vigor.

Conforme o marco legal estabelecido são atribuições da Comissão

Central:

Garantir o cumprimento no disposto do Manual de Elaboração do PPA;

Orientar e supervisionar as comissões setoriais que irão

operacionalizar a elaboração e revisão do PPA;

Estabelecer o cronograma das atividades a serem desenvolvidas;

Dar suporte técnico às atividades inerentes à elaboração e revisão do

PPA nas Secretarias de Estado;

Avaliar e sistematizar as informações fornecidas pelo setorial;

Tomar as providências cabíveis para viabilizar o andamento dos

trabalhos.

De acordo com a publicação do PPA de Bolso 11 o novo arranjo

possibilitou que o nível estratégico de cada Secretaria conduzisse o processo de

elaboração do PPA construindo na C.S. a governabilidade adequada para discutir e

propor a programação do quadriênio.

“............. A inovação propiciou a construção de um modelo integrador, cujo objetivo foi promover em cada Secretaria de Estado o fortalecimento do planejamento, buscando ajustar os resultados programados aos recursos disponíveis e à efetiva capacidade de execução da área responsável.”

“............. O modelo de elaboração estimulou um esforço de reflexão que mobilizou os primeiros escalões do Governo Estadual para a construção de uma agenda cuja meta comum foi construir um PPA voltado para a contínua melhoria dos serviços públicos, para a criação de um ambiente de negócios gerador de emprego e renda e para a garantia dos direitos do cidadão. O esquema abaixo ilustra o trabalho realizado em suas diferentes etapas.”

11

Disponível em: http://www.rj.gov.br/web/seplag/exibeconteudo?article-id=780597

20

5.3 O processo de elaboração do PPA 2012-2015

Ainda em 2010, foi iniciado um trabalho interno da equipe de

planejamento que antecedeu o processo de articulação com os órgãos para a

elaboração do PPA. O trabalho começou com a leitura crítica de documentos pela

equipe central (SUBPL) tais como o Plano de Governo entregue ao TER e

entrevistas do Governador dadas ao “Globo” e ao jornal “O Valor” citando

compromissos de campanha. Também foram colhidos depoimentos e entrevistas

com pessoas com expertise em planejamento e com alguns Secretários de Estado.

O PPA de Bolso descreve este momento assim:

“..............A elaboração do Plano foi precedida por um conjunto de entrevistas realizadas pela SEPLAG e destinadas a mobilizar os atores envolvidos e a colher subsídios que atualizassem o conhecimento sobre o território e os grandes desafios do Estado, por um lado, e registrassem o pensamento diretivo da cúpula estratégica da administração pública estadual, por outro. As entrevistas ficaram a cargo da Coordenadoria de Dimensão Territorial do Planejamento (COTEP) da Subsecretaria de Planejamento (SUBPL), que ouviu especialistas e autoridades do Estado, algumas delas integrantes do alto escalão do Governo.

Destacaram-se os encontros com o vice-governador e então Secretário de Estado de Obras, Luiz Fernando de Souza, o Secretário de Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, o Secretário de Estado de Ambiente, Carlos Minc, o Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, o Secretário de Estado de Habitação, Leonardo Picciani,

Constituição de Comissões de Gestão do PPA

Comissão Central – SEPLAG

Comissão Setorial – SEPLAG + Secretarias

Definição dos Macro objetivos

Elaboração dos diagnósticos de

cada setor

Objetivos Setoriais para o quadriênio

Programação Setorial (Programas, Ações

e produtos quantificados e regionalizados)

MODELO DE ELABORAÇÃO

21

o Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, o Secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, a Secretária de Estado de Cultura, Adriana Rattes, o Secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes, e o Secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Barbosa.

As informações colhidas subsidiaram os membros das comissões nos seus trabalhos, auxiliando ainda no reconhecimento de gargalos e interesses comuns e na sensibilização das maiores autoridades do Estado para o processo que culminou na formulação do PPA. As entrevistas criaram igualmente condições favoráveis à nomeação de subsecretários de Estado para a composição de algumas comissões, conduzindo ao planejamento alguns de seus principais atores e pessoal técnico da confiança dos secretários. Assim, o trabalho ganhou a força das decisões estratégicas e da legitimidade.”

Segundo depoimentos de participantes do processo de elaboração do

PPA e, conforme mencionado no PPA de Bolso, a SEPLAG visitou todas as

Secretarias para inaugurar o processo de elaboração e mobilizar o funcionamento

do arranjo institucional proposto. Todas as reuniões foram agendadas pelo

Secretário da SEPLAG e coordenadas pela Subsecretária de Planejamento. Isso

demonstrava a intenção da SEPLAG de envolver o primeiro escalão das Secretarias

no processo de elaboração do PPA. Como resultados foram instituídas 22

Comissões Setoriais e a Comissão Central. A composição e o nível de participação

dos setores operacionais e estratégicos foram variáveis em cada uma delas como

era esperado. A SUBPL teve o cuidado de não definir rigidamente a formação

dessas comissões, no entanto a expectativa era a de que as mesmas contassem

com a participação de membros da equipe de decisão (nível estratégico). A

FIGURA 3 que segue, apresenta a proposta de articulação do novo arranjo

institucional com a estrutura formal.

22

Figura 3

Não era intenção substituir a estrutura formal das áreas de planejamento

das secretarias e de suas entidades vinculadas pelo novo modelo. Conforme a

Subsecretária de Planejamento, Cláudia Uchôa, “a estratégia não era tentar mudar o

método de trabalho de cada área mais sim aperfeiçoar os resultados na formulação

e na execução das políticas públicas expressas no PPA.”

Outra proposta do novo modelo foi a organização das Secretarias e

entidades vinculadas em macroáreas. Já no momento de definição de “novos

caminhos”, já tratado neste texto, buscou-se uma forma de trabalho transversal com

a equipe sendo organizada internamente por área de governo. Essa estratégia é

confirmada para fins de condução do processo de elaboração do PPA com o

objetivo de alcançar uma visão setorial integrada de cada setor assim definidos:

Infraestrutura, Cidadania, Capital Humano, Qualidade de vida e Economia e Gestão.

Ainda como instrumento de trabalho interno da equipe, as macroáreas visam

qualificar os procedimentos institucionais internos de elaboração, revisão,

monitoramento e avaliação do PPA sistematizando processos e dados setoriais com

Unidade de Planejamento

COMISSÃO

SETORIAL COMISSÃO

CENTRAL

COORDENAÇÃO

E APOIO NA DECISÃO

AARRTTIICCUULLAAÇÇÃÃOO PPEERRMMAANNEENNTTEE

orientação metodológica

Responsável pela formulação, revisão,

monitoramento e avaliação da programação

Responsável pelo lançamento das

informações no sistema

23

foco no alcance da implementação das políticas públicas. As macroáreas são

alimentadas com os conhecimentos específicos gerados pelas áreas institucionais

da SUBPL responsáveis por coordenar o processo de elaboração do PPA.

A CC foi responsável pela definição das bases normativas para a

elaboração do PPA 2012-2015 envolvendo para tal toda a equipe técnica da SUBPL.

A metodologia e cronograma de elaboração foram fixados por decreto12 e também

foi elaborado pela equipe um manual contendo a metodologia de elaboração13.

Não houve um processo de capacitação geral para todos os envolvidos

no processo. A divulgação e discussão da metodologia e das diretrizes para a

definição da programação de cada área foi feita pela C.C., em cada C.S. As

reuniões foram exaustivas com o propósito de divulgar a metodologia e o novo

processo de trabalho bem como para esgotar as questões levantadas por cada

comissão. Em termos gerais, as comissões constituídas tinham maior participação

de representantes da direção (nível estratégico) do que das equipes operacionais

dos órgãos e entidades. A falta de treinamento e capacitação para o nível

operacional das Unidades de Planejamento - UPs foi amenizada à medida que já se

dominava as funcionalidades do sistema de planejamento em vigor e também a

metodologia de elaboração onde se manteve, em geral, os preceitos da metodologia

de marco lógico.

Em resumo, a C.C. foi a condutora do modelo e da articulação

institucional necessária, assegurando a prioridade atribuída ao trabalho, mantendo a

unidade do processo e sendo responsável pela disseminação de boas práticas.

Os membros da SEPLAG nas C.S.s desempenharam o papel de

condutores da metodologia de elaboração do Plano, zelando pelo cronograma de

desenvolvimento e pela atenção aos conceitos indicativos para a formulação da

programação setorial. Aos membros das secretarias e de suas entidades vinculadas

coube a formulação do diagnóstico do setor, a definição dos objetivos setoriais, bem

como a elaboração dos programas, ações e produtos quantificados e regionalizados.

A avaliação colhida entre os relatos obtidos é que este processo foi muito mais rico

do que o que foi efetivamente transcrito no conteúdo do Plano. Depois de aprovado

o PPA 2012/2015 o novo desafio foi o processo de monitoramento de sua execução

com a mesma estratégia.

12

Decreto 42.808 de 19/01/2011 13

Disponível em: http://www.rj.gov.br/web/seplag/exibeconteudo?article-id=780597

24

6 CONCLUSÕES

A implantação do novo arranjo institucional para elaboração do PPA

2012/2015 se apresenta como uma experiência exitosa na tentativa de recuperar a

importância da atividade de planejamento entre os órgão e entidades do poder

executivo do Estado do Rio de Janeiro.

A SUBPL na publicação do PPA de bolso faz a seguinte avaliação:

“...............As 22 Comissões Setoriais desenvolveram um trabalho produtivo, constituindo espaços democráticos, integradores e focalizados na política setorial com vistas a um resultado objetivo: a entrega do PPA/RJ 2012-2015. Naturalmente, os trabalhos tiveram aspectos heterogêneos, pontos fortes e pontos fracos, cabendo à avaliação do processo indicar os casos exitosos para o aperfeiçoamento do modelo de planejamento...............”

.................“Pontos Fortes

• Engajamento do alto escalão das secretarias na direção de parte das comissões setoriais;

• Perfil técnico dos componentes das comissões;

• Mobilização do setorial e aproximação com a SEPLAG.

A participação de membros do alto escalão da administração setorial garantiu governabilidade interna ao processo, propiciando acesso fácil às instâncias superiores com rapidez no fluxo de informações, delegação de poder e propostas técnicas com aderência às políticas e prioridades do setor.

A composição das Comissões Setoriais caracterizada por integrantes com perfis eminentemente técnicos facilitou a compreensão da metodologia e da proposta de trabalho. Na maioria das comissões o trabalho de formulação setorial propiciou a criação de vínculos entre a SEPLAG, representada pela Comissão Central e pelos gestores públicos, e a equipe de planejamento e orçamento dos órgãos setoriais. Em muitos casos essas equipes de Secretarias e Vinculadas tiveram uma oportunidade de integração interna com o processo de elaboração do PPA.

Pontos Fracos

Dificuldades de assimilação da metodologia;

Técnicos de exclusiva especialização orçamentária em parte das comissões setoriais;

Baixa integração, em parte das comissões, entre órgãos e suas próprias entidades vinculadas.

Ao mesmo tempo que boa parte dos técnicos assimilou a metodologia proposta e implementada, alguns problemas e dificuldades foram identificados como entraves ao desenvolvimento do processo de trabalho das comissões devido ao perfil dos técnicos, muitas vezes preocupados estritamente com a questão orçamentária do planejamento. Esse perfil eminentemente orçamentário dos técnicos setoriais levou também, em alguns casos, a processos de resistência ao aprendizado da metodologia, onde se reproduzia a ideia de que a programação voltada para resultados iria dificultar a execução departamentalizada das atividades. Cada setor espera garantir sua rubrica orçamentária. Dessa forma, a consequência foi,

25

em alguns casos, a definição de uma programação extensa, com grande número de programas similares dentro de um mesmo setor.

A estrutura de algumas áreas com a presença de muitas entidades vinculadas tornou o trabalho das comissões mais complexo. Nestes casos, o sucesso da proposta passou pela capacidade de integração do grupo.

A proposição do modelo de elaboração com base em uma construção coletiva apresentou aspectos positivos, mas também trouxe à tona questões de coordenação entre membros de algumas comissões. Incertezas relativas ao cronograma e às etapas de trabalho causaram alguns atrasos nas entregas setoriais. Nesses casos, a agilidade da Comissão Central, como definidora do modelo e responsável por correções de rumos, foi fundamental na condução do processo de cada comissão.”

A conclusão deste trabalho irá abordar alguns aspectos considerados

importantes para demonstrar o que diz o PPA de Bolso (pontos fortes e fracos da

experiência).

6.1 Análise do funcionamento das comissões para a elaboração do PPA 2012-2015

A composição e funcionamento das 22 C.S.s foi analisada no momento

inicial e no momento atual com os seguintes resultados:

A respeito do efetivo engajamento do alto escalão das secretarias na

direção das comissões setoriais tem-se: 72% das comissões foram presididas pelo

nível estratégico 14 no ano de elaboração do PPA. Esse foi um bom resultado

considerando que em sua maioria, esse papel foi desempenhado pelo Subsecretário

cujo cargo tem muita importância na condução dos processos internos da

Secretaria. Cita-se aqui o exemplo da Secretaria de Estado de Saúde onde a

Subsecretaria foi efetiva no papel de coordenação do processo não abrindo mão de

participar das inúmeras reuniões realizadas inclusive disponibilizando a sua própria

sala para tal.

Aproximadamente 45% das C.S.s têm participação das vinculadas desde

o início do processo (vide gráfico 1). Esse índice ainda reflete as dificuldades

enfrentadas no dia a dia da Secretaria para interagir com suas vinculadas na

condução da coordenação do setor. Exemplo de sucesso aqui citados é o caso da

área de Ciência e Tecnologia cuja C.S. conta com 100% da participação das

vinculadas desde o início.

14

Como nível estratégico considerou-se: Secretário, Subsecretário, Chefe de Gabinete e DGAF

26

Gráfico 1

Observa-se grande rotatividade de membros participantes das comissões.

Em parte isso se deve a efetiva participação do nível decisório cujas mudanças

institucionais levam a alterações nas comissões. A alternância na participação dos

gestores da SUBPL nas comissões, devido ao ingresso de novos concursados e ao

afastamento de outros, também explica o nível de mudanças. De 2010 até hoje

foram publicadas aproximadamente 81 Resoluções SEPLAG para atualizar a

participação nas comissões. Esta situação é apontada como um fator desfavorável,

pois gera descontinuidade e novas demandas de capacitação e treinamentos à

equipe da SUBPL.

Se por um lado a estratégia atingiu o objetivo inicial de envolvimento da

equipe dirigente nas comissões, por outro, a pequena participação do nível

operacional traz, em algumas situações, problemas relacionados ao fluxo de

informações necessário a implementação do Plano. Identifica-se, em alguns casos,

que as questões são tratadas e resolvidas no nível estratégico mais não têm

resolutividade quando são encaminhadas para o nível operacional, gerando

descontinuidade. Nesse sentido, a equipe da SUBPL vem discutindo a oportunidade

da maior participação nas comissões dos níveis operacional das secretarias e

vinculadas. É visto como natural que a instituição de um novo arranjo precise de

correções de rumo periódicas, no entanto é preciso cuidar para manter a

característica estratégica do modelo, não deixando que o nível decisório da

Secretaria se afaste do processo.

45%

41%

14%

Participação de entidades vinculadas nas C.S.s

vinculada PARTICIPA vinculada NÃO participa NÃO TEM vinculada

27

Outra questão importante na construção deste processo é o nível de

registro dos fatos e atitudes geradas pelas rotinas implantadas. Fica aqui registrada

a intenção da equipe de planejamento em documentar o processo mantendo um

espaço disponível, em rede interna, onde cada vice-presidente de C.S. registrava as

principais ocorrências relativas à operação do processo (agendas, diários de

providências, atas das reuniões periódicas, cronogramas, contatos, entre outros). Aí

também se disponibilizava documentos de apoio necessários ao cumprimento da

metodologia (legislação, manuais, apresentações feitas, resumos, entre outros) e os

resultados parciais alcançados (programas propostos, diagnósticos, entre outros).

Essa estratégia foi muito bem sucedida no período de elaboração do PPA e

propiciou a disseminação das informações entre a equipe da SUBPL e o

acompanhamento do andamento do trabalho pela Comissão Central.

Os dados usados neste trabalho foram obtidos em consulta aos arquivos

disponíveis, porém ainda é preciso avançar na organização, sistematização e

divulgação dessas informações para as C.S.s. O desafio que hoje a SUBPL enfrenta

é o de manter a mobilização da equipe nesse sentido e, ainda, o de escrever rotinas

e procedimentos fruto da experimentação do novo arranjo.

6.2 Momento atual – desafio de mobilização das comissões para o monitoramento do PPA 2012-2015

Conforme já foi descrito, a proposta da SUBPL (C.C.), desde 2010, é a de

realizar todas as atividades de planejamento por meio das Comissões Setoriais que

são os interlocutores para a elaboração, revisão, monitoramento e avaliação do PPA.

No Manual de Monitoramento do PPA 2012-2015 editado pela SEPLAG

está estabelecido um fluxo denominado “Ciclo de Gestão” com as seguintes rotinas:

28

“O ciclo de gestão inicia-se com as iniciativas relacionadas à pactuação da agenda pública de governo." Cabe à Comissão Central a mobilização setorial com vistas à elaboração, monitoramento, avaliação e revisão do PPA. Cabe à SEPLAG/RJ, neste processo, fornecer as diretrizes gerais para a formulação e o monitoramento contínuo dos programas governamentais, oferecendo a metodologia, apoio técnico, organização das informações em sistema informatizado e comunicação direta.

O registro da implementação dos Programas é responsabilidade das Comissões Setoriais que deverão fazê-lo por meio da mensuração da evolução dos indicadores relacionados a cada programa, do acompanhamento das execuções física e financeira das ações, das restrições e de outros elementos que afetem o desempenho do mesmo.

O processo de monitoramento e avaliação focado nos resultados dos programas deve subsidiar a avaliação anual do Plano e a repactuação da agenda pública com vista à revisão anual do PPA.”

Manter a mobilização para o planejamento não é uma fácil tarefa. O que

se observada são momentos alternados de intensa participação seguidos de

períodos onde os participantes das C.S.s se envolvem em outras prioridades. Tem

sido papel da SUBPL, por meio da C.C. a “animação” do processo e, atualmente a

equipe tem como prioridade aprimorar as ferramentas de monitoramento do Plano.

Encontra-se em implantação um novo Sistema de Planejamento – SIPLAG - com

funcionalidades mais interativas permitindo ao setorial o lançamento e o acesso

EExxeeccuuççããoo

mmeettaass PPPPAA (eficiência));;

IInnddiiccaaddoorreess ddee

pprroodduuttoo

IImmpplleemmeennttaaççããoo ddooss PPrrooggrraammaass

(( AAççõõeess ))

Indicadores de programa e marcos de execução

AAvvaalliiaaççããoo

AAnnuuaall ee ddoo

QQuuaaddrriiêênnii

oo ((EEx post)

Avaliação de meio termo

(eficácia)

RReessuullttaaddooss

(equidade)

PPrrooppoossttaass PPPPAA

SSeettoorriiaall

(SIPLAG)

AAggeennddaa

(Estado/ Sociedade Civil)

CCoommiissssõõeess SSeettoorriiaaiiss (Diagnóstico -

Avaliação Ex-ante)

LLOOAA

(Receita e despesa)

Comissão Setorial ((MMoonniittoorraammeennttoo))

Accountability / Comunicação

Tomada a de decisão

Relatórios Analíticos Periódicos

CCoommiissssããoo CCeennttrraall

Medidas de Correção

29

online às informações do PPA. Essa ferramenta vem somar recursos ao desafio de

recuperação da importância do monitoramento do Plano.

Para valorizar o PPA como um instrumento para a gestão das políticas

públicas, a SUBPL (C.C.) procura adotar alguns procedimentos que apesar de

considerados simples, a primeira vista, refletem o nível de desgaste da atividade.

Por exemplo, fazer cumprir o que se estabelece no PPA. Se o órgão não incluiu na

sua programação uma ação ou um produto só poderá executá-la se houver o pedido

formal de inclusão. Isso valoriza o processo de revisão. Se na execução do Plano

usaram-se recursos de uma ação para executar produtos de outra, isso ficará

evidenciado nos relatórios de execução quadrimestrais. A transparência do processo

é uma arma poderosa de valorização do PPA e vem sendo praticada procurando

acabar com a cultura de que: “o plano é peça de ficção e pode ser modificado a

qualquer hora”.

Outra meta é a procura, por meio do trabalho conjunto com as comissões,

de vínculos entre as iniciativas setoriais de planejamento (planejamento estratégico,

planos e estudos, dados de prestação de serviços, definição de prioridades, política

regional, entre outras) e o PPA de forma que o monitoramento da execução do

Plano reflita a consecução da política setorial e possa ser usado como ferramenta de

trabalho.

A C.C. em conjunto com as C.S.s estabelece um calendário anual de

entregas contemplando os compromissos institucionais (revisão anual do Plano e

relatórios quadrimestrais e anuais de monitoramento da execução) e o

desenvolvimento de projetos visando consolidar a estratégia do modelo e valorizar o

ciclo de planejamento. São exemplos de entregas a partir de 2010: a Revisão do

Planejamento Estratégico do Governo para 2010-2031, a edição do PPA de Bolso, a

realização da Conferencia de Desenvolvimento Regional, a elaboração do Caderno

da 1ª Conferencia Estadual de Desenvolvimento Regional15, Elaboração de Planos

Regionais16).

15

Esse projeto foi desenvolvido em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Regional, Agricultura e Pecuária - SEDRAP 16

Esse projeto conta com recursos da Petrobrás

30

Apesar de todo o esforço diagnosticado o Estado ainda enfrenta muitas

dificuldades para monitorar efetivamente a execução do PPA. Alguns motivos estão

relacionados a seguir:

Consistência da programação contida no Plano – os programas, ações

e produtos não evidenciam, em sua maioria, com a clareza necessária

as entregas que o governo tem feito à sociedade;

A falta de indicadores – o PPA 2012-2015 não possui indicadores para

mensuração dos resultados dos programas;

Baixa prioridade do governo para modernização da gestão na área de

planejamento - o projeto de melhoria da gestão tem atuado

prioritariamente nas áreas de recursos humanos e na modernização

administrativa.

No sentido de valorizar e sistematizar o processo de monitoramento do

PPA a SUBPL está, no momento atual, desenhando um projeto de rede de

monitoramento por meio do qual serão definidas entregas, rotinas e procedimentos a

serem implantados em todos os órgãos através de processos de treinamento e

capacitação para os agentes da rede. Serão considerados participantes da rede os

servidores membros das comissões setoriais envolvidos com atividades estratégicas

e operacionais no sentido da valorização do modelo descrito neste trabalho.

7 REFERÊNCIAS

Edson de Oliveira Nunes - A gramática política do Brasil: clientelismo e insulamento burocrático – 3ª edição, Jorge Zahar, Ed. Brasília, DF, 2003.

Huertas, Franco. O Método PES: entrevista com Matus - SP. FUNDAP, 1996.

Fundação Getúlio Vargas - Programa de Certificação de Recursos Humanos para o Sistema de Gestão Administrativa do Estado do Rio de Janeiro. RJ: junho de 2008. Módulo 1, produto 2, p. 05. (mimeo).

Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - “Apresentação Novos Caminhos da SUBPL”. RJ. Julho 2010 (mimeo).

31

Documentos disponíveis em sites:

Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão. Plano Plurianual 2012-2015 - Volume I e II. http://www.rj.gov.br/web/seplag/exibeconteudo?article-id=780597

_________. Plano Estratégico 2007-2012. http://download.rj.gov.br/documentos/10112/179269/DLFE-28567.pdf/plano_estrategico_2007_2010.pdf

_________. Plano Estratégico 2012-2031. http://www.rj.gov.br/web/seplag/exibeconteudo?article-id=179302

_________. PPA de Bolso 2012-2015. http://download.rj.gov.br/documentos/10112/780695/DLFE-51469.pdf/PPAdeBolso20122015.pdf

_________. Manual de Elaboração do Plano Plurianual - PPA 2012/2015. http://download.rj.gov.br/documentos/10112/780695/DLFE-46913.pdf/ManualdeElaboracaoPPA20122015.pdf

_________. Manual de Revisão do Plano Plurianual 2013. http://download.rj.gov.br/documentos/10112/780695/DLFE-50341.pdf/ManualdeRevisaodoPPA.pdf

_________. Manual de Monitoramento – PPA 2012/2015. http://download.rj.gov.br/documentos/10112/780695/DLFE-46912.pdf/Manual_monitoramento_FINAL.pdf

32

___________________________________________________________________

AUTORIA

Rita de Cássia Machado de Brito – Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG/RJ.

Endereço eletrônico: [email protected]