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“Des” de Desejo Atrás de seu corpo, durante o cortejo, deveriam ser atiradas moedas, para lembrar a todos que os bens aqui acumulados aqui permanecem. Este foi um dos três últimos desejos de Alexandre Magno (sejam eles lendas ou não). E nem assim as pessoas conseguiram entender este fato. Parece um oblívio permanente em todos. Ninguém percebe que é preciso fazer algo para mudar as notícias que dominam os jornais, rádios ou canais de televisão. Desigualdade, desmatamento e desespero. Os “des” estão lá, nas reportagens, mas parece que o resultado da mega-sena chama mais a atenção. Não digo que é ruim enriquecer, longe de mim. Entretanto não é a única coisa que importa. Lembro-me da revolucionária Morte, personagem de Neil Gaiman. Apesar de ser a “ceifadora de almas”, ela descia, uma vez a cada cem anos, à Terra. E adorava sentir a vida. Divertia-se muito. Como? Ajudando as pessoas. Sim, a morte ajudava os mortais (e tinha consigo apenas dez dólares). Essa ironia exemplifica o mundo atual. Nenhuma pessoa percebia que agir para o mundo, e não só para si, além de essencial, poderia dar este gosto de como é estar vivo (o que muitos esquecem). Porém, a Morte percebia. Baseio-me em Victor Hugo para dizer: é preciso ter dinheiro, afinal é preciso ser prático. Mas, pelo menos uma vez por mês, coloque um pouco desse seu dinheiro na sua frente e diga “isto é meu”, só para ficar claro quem é dono de quem. É preciso gostar de viver e sorrir. Mas antes, é preciso aprender a viver. É preciso ter um mundo para o qual olhar. É preciso construir esse mundo, com “dês”- ejo, de melhoras. Ou tentar, pelo menos, com ações, palavras ou dissertações, como esta. Autor: Lucas Ramos De Pretto (adaptado do original)

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  • Des de Desejo

    Atrs de seu corpo, durante o cortejo, deveriam ser atiradas moedas, para lembrar a todos que

    os bens aqui acumulados aqui permanecem. Este foi um dos trs ltimos desejos de Alexandre Magno

    (sejam eles lendas ou no). E nem assim as pessoas conseguiram entender este fato.

    Parece um oblvio permanente em todos. Ningum percebe que preciso fazer algo para mudar

    as notcias que dominam os jornais, rdios ou canais de televiso. Desigualdade, desmatamento e

    desespero. Os des esto l, nas reportagens, mas parece que o resultado da mega-sena chama mais

    a ateno.

    No digo que ruim enriquecer, longe de mim. Entretanto no a nica coisa que importa.

    Lembro-me da revolucionria Morte, personagem de Neil Gaiman. Apesar de ser a ceifadora de

    almas, ela descia, uma vez a cada cem anos, Terra. E adorava sentir a vida. Divertia-se muito.

    Como? Ajudando as pessoas. Sim, a morte ajudava os mortais (e tinha consigo apenas dez dlares).

    Essa ironia exemplifica o mundo atual. Nenhuma pessoa percebia que agir para o mundo, e no s para

    si, alm de essencial, poderia dar este gosto de como estar vivo (o que muitos esquecem). Porm, a

    Morte percebia.

    Baseio-me em Victor Hugo para dizer: preciso ter dinheiro, afinal preciso ser prtico. Mas,

    pelo menos uma vez por ms, coloque um pouco desse seu dinheiro na sua frente e diga isto meu,

    s para ficar claro quem dono de quem. preciso gostar de viver e sorrir. Mas antes, preciso

    aprender a viver. preciso ter um mundo para o qual olhar. preciso construir esse mundo, com ds-

    ejo, de melhoras. Ou tentar, pelo menos, com aes, palavras ou dissertaes, como esta.

    Autor: Lucas Ramos De Pretto (adaptado do original)