redação oficial

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2. Redação Oficial Modalidades de textos técnicos. Aspectos gerais da redação oficial Conceito e princípios de redação oficial Impessoalidade Linguagem dos atos e comunicações oficiais Concisão e clareza Fechos para comunicação Identificação do signatário Modelos oficiais – normas gerais. Pronomes de Tratamento Concordância Emprego Abreviaturas, siglas e símbolos. Comunicações oficiais (9,19-35) O padrão ofício Exposição de motivos Mensagem Telegrama Fax Correio Eletrônico Redação oficial É a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações, mais especificamente o Poder Executivo. Ela se caracteriza pela impessoalidade, normal culta da linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Os atos devem ser fáceis de se compreender, isso é requisito do próprio Estado de Direito. O texto legal deve ser entendido pelos cidadãos. Publicidade implica clareza e concisão. Além de atender a disposição constitucional, também atendem a tradição. Normas para sua elaboração vem desde o império, decreto de 10 de dezembro de 1822, onde se poe ao fim o nmero de anos descorreidos desde a independência, prática mantida no período republicano. As comunicações oficials possuem os mesmos princípios. Deve ser garantida uma única interpretação, além de ser estritamente impessoale uniforme, o que exige certo nível de linguagem. Quem emite é o serviço público, e manda para

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A descoberta da redação ocmo um campo científico.

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Page 1: Redação Oficial

2. Redação OficialModalidades de textos técnicos.Aspectos gerais da redação oficialConceito e princípios de redação oficialImpessoalidadeLinguagem dos atos e comunicações oficiaisConcisão e clarezaFechos para comunicaçãoIdentificação do signatárioModelos oficiais – normas gerais.Pronomes de TratamentoConcordânciaEmpregoAbreviaturas, siglas e símbolos.Comunicações oficiais (9,19-35)O padrão ofício Exposição de motivosMensagemTelegramaFaxCorreio Eletrônico

Redação oficial

É a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações, mais especificamente o Poder Executivo.Ela se caracteriza pela impessoalidade, normal culta da linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.Os atos devem ser fáceis de se compreender, isso é requisito do próprio Estado de Direito. O texto legal deve ser entendido pelos cidadãos. Publicidade implica clareza e concisão.Além de atender a disposição constitucional, também atendem a tradição. Normas para sua elaboração vem desde o império, decreto de 10 de dezembro de 1822, onde se poe ao fim o nmero de anos descorreidos desde a independência, prática mantida no período republicano.As comunicações oficials possuem os mesmos princípios. Deve ser garantida uma única interpretação, além de ser estritamente impessoale uniforme, o que exige certo nível de linguagem. Quem emite é o serviço público, e manda para si mesmo (de um orgão a outro) ou ao conjunto de cidadãos e instituições de forma homogênea.Formas de tratamento, cortesia, clihês de redação, estrutura dos expedientes e outras coisas foram incorporados ao longo do tempo.Não se deve abusar de expressões clicês do jargão burocrático e das formas arcaicas de construção de frases. A redação oficial acompanha a evolução da língua, somente certos parâmetros devem ser utilizados pois o texto se distingue do literário, do jornalístico, entre outros.

Características fundamentais:

Page 2: Redação Oficial

Impessoalidade:Para se comunicar, precisa-se de alguém que comunique, algo a ser comunicado e alguém que receba a comunicação. O Serviço Público comunica relativamente às atribuições do orgão que comunica.O tratamento impessoal deve ser garantido para que:a) ausência de impressões pessoais. Por mais que alguém assine, deve ter uma uniformidade entre os diferentes setores.b) impessoalidade de quem recebe. Por mais que seja uma pessoa específica, o destinatário deve ser concebido de forma homogênea e impessoalc) caráter impessoal do assunto tratado. Como o interesse é público, não deve haver tom particular ou pessoal.

Não há impressões pessoais na redação oficial. Concisão, clareza, objetividade e a formalidade contribuem para que seja alcançada a necessária impessoalidade.

As linguagens dos Atos e Comunicações oficiais:A linguagem adequada é necessária por ocnta da finalidade. Atos oficiais, estabelecem normas e regras para conduta dos cidadãos, ou regulam funcionamento de órgãos públicos, desta forma, só é alcançado o objetivo de na elaboração for empregada linguagem adequada.A linguagem deve ser compreendida por todos, evitando gírias, regionalismos vocabulares ou jargão técnico que dificulta a compreensão.Existem diferentes entre a linguagem falada e a escrita.Uma carta ou um parecer jurídico possui vocabulário técnico. Pela finalidade de informar, o texto oficial requer o uso do padrão culto da língua. Neçe, se observam as regras da grmática formal, um vocabulário comum aos usuários do idioma. A norma culta está acima das variações regionais.Padrão culto não significa emprego de linguagem rebuscada, nem de contorcionismos sintáticos e figuras de linguagens próprias da literatura.Não existe um "padrão oficial de linguagem", existe é o padrão culto nos atos e comunicações oficiais. Existe certa tradição no emprego de formas sintáticas, mas isso não siginifica "uma linguagem burocrática". Este jargão, como qualquer outro, deve ser evitado pois deixa a compreensão limitada.A linguagem técnica só é empregada quando a situação exige. Rebuscamentos acadêmicos e vocabulários de próprias áreas não são inteligíveis por qualquer um, somente por quem é familiarizado, por isso deve-se tomar o cuidado.

Concisão e Clareza:Consição: é mais uma qualidade do que característica do texto oficial. Concisião é transmir o máximo de informações com o mínimo de palavras.

Page 3: Redação Oficial

Não é diminuir o tamanho pelo tamanho, mas sim evitar redundância, palavras inúteis, passagens que nada acrescentam ao que já foi dito. Com uma releitura se percebe isso.Hierarquia de ideias: ideis fundamentais e secundárias. As secundárias esclarecem o sentido das fundamentais, detalham ela, exemplificam, mas existem ideias secundárias que não acrescetam informação ao texto, nao tem relação fundamental; desta forma, podem ser eliminadas.Clareza: deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Claro é o texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. Ela não se atinge por si só, depende das demais características da redação oficial. São elas:Impessoalidade (que evita duplicidade de informações devido a caráter personalista), uso do padrão culto de linguagem (avesso a vocabulários restritos), formalidade e padronização, concisão (que retira do texto excessos linguísticos).Ideias que podem ser naturais para nós, para outros não. Por isso deve-se explicitar, desenvolver, esclarecer os assuntos, precisar termos técnicos, significados de siglas e abreviações e conceitos específicos que não sejam dispensáveis.

Pronomes de tratamentoConcordândia com os pronomes de tratamentoEmbora se refiram a segunda pessoa do plural (tu, você), eles levam a concordândia da terceira pessoa. O adjetivo leva o sexo da pessoa a qual se refere.

Emprego dos Pronomes de TratamentoVossa excelência, em comunicações a chefes de poder> Excelentíssimo senhor, seguido do respectivo cargo.Demais autoridades: Senhor, seguido do cargo.No envelope, o vossa excelência é substituido por sua excelência.

a) do Poder Executivo;Presidente da República;Vice-Presidente da República;Ministros de Estado4;Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;Oficiais-Generais das Forças Armadas;Embaixadores;Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;Secretários de Estado dos Governos Estaduais;Prefeitos Municipais .b) do Poder Legislativo :Deputados Federais e Senadores;Ministros do Tribunal de Contas da União;

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Deputados Estaduais e Distritais ;Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais .c) do Poder Judiciário:Ministros dos Tribunais Superiores;Membros de Tribunais ;Juízes;Auditores da Justiça Militar.

Não é necessário o DD. (digníssimo) pois a dignidade é necessári para este cargo, sem ser necessária sua menção, nem ilustríssimo. Para particulares, basta senhor.Doutor não é forma de tratamento, é titulo acadêmico. Pode-se designar bacharéis em Direito e Medicina. Nos demais, senhor é suficienteVossa Magnificêncua > magnífico reitorVossa Santidade > Santíssimo PadreVossa Eminência (Reverendíssima) Eminentíssimo Senhor Cardeal.

Fechos para comunicações

Os modelos de fecho foram regulados pela Portaria nº 1 do Ministério da Justiça, de 1937. São 15, mas o manual os sintetiza em dois para todas as modalidades.Para autoridades superiores, incluvei Presidente da Rep. > RespeitosamenteAutoridades de mesma hierarquia ou hierarquia inferior > AtenciosamentePara autoridades exteriores, o Manual do Ministério das Relações Exteriores dá as diretrizes.

Identificação do Signatário

Excluindo comunicações assinadas pelo próprio Presidente da República, todas devem trazer o nome e o cargo ocupado. Exemplos:(espaço para assinatura)NOMEChefe da Secretaria-Geral da Presidência da República(espaço para assinatura)NOMEMinistro de Estado da Justiça

Para evitar equívocos, não deixar ela na última página. Se não for possível, transfira a última frase da página anterior para a assinada.

Padrão Ofício

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Aviso e ofícioQuanto a forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscito do vcativo (invoca o destinatário). Como Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Senhora Ministra.

MemorandoMemorando é uma comunicação entre unidades administrativas do mesmo órgão. Podem estar no mesmo nível ou em niveis diferentes. É uma forma de comunicação interna.Pode ter caráter administrativo, ou de exposição de ideias, projetos, diretrizes a serem adotadas por determinado setor do serviço público.É agil, rápido e simples na burocracia.Seu despacho deve se dar no próprio documento, na falta de espaço, na folha de continuação.

Forma e estrutura: ele segue o modelo padrão ofício, com a diferença que seu destinatário é mencionado pelo cargo que ocupa. (sem nome)

Exposição de motivosÉ o expediente dirigido ao Presidente da Rep ou ao Vice-Presidente para:Informá-lo de determinado assunto; propor medida; submeter a sua consideração projeto de ato normativo. Ela é dirigida ao Presidente por um Ministro de Estado. Quando o assunto envolve vários ministérios, é assinado por todos os Ministros,chamado de interministerial.

Forma e estrutura: apresenta o padrão ofício. No anexo que segue junto é que está a proposta de medida ou projeto de ato normativo.Possui duas formas de estrutura: uma de carater informativo e outa que proponha medida ou submeta o projeto de ato normativo.O primeiro segue padrão ofício, já no segundo deve ter:Introdução: problema que precisa de medida ou ato proposto;desenvolvimento: o porque da medida ou o ato ideal para solucionar o problema, alternativas existentes;conclusão: a medida a ser tomada, qual ato normativo deve ser editado.Em anexo formulário de exposição de motivos, devidamente preenchido, conforme modelo.

Mensagem:Intrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos. Também se manda dos Ministérios a Presidência da República, cuja assessoria quem redige.As mais usuais servem para:

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Encaminhar projetos de lei ordinária, complementar ou financeira; encaminhamento de medida provisória; indicação de autoridades; e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e TV; encaminhamento de contas referentes ao exercício anterior; mensagem de abertura de sessão legislativa; comunicação de sanção; comunicação de veto; outras mensagens.

Forma e estrutura:elas tem:a) Indicação do expediente e de seu número, no inicio da margem esquerda.Mensagem nºb) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento do cargo.Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal.c) O texto, iniciando 2cm após o vocatvod) local e data, 2cm ao final do texto, alinahdo a direita, coincidindo com o final do texto. Não traz identificação do signatário.

TelegramaÉ toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex. É dispendiosa e superada, portanto, só se usa em caso de não haver possibilidades de utilizar o correio eletrônico ou fax, e que seja muito urgente. Ela é concisa.Segue padrão do correio ou sitio na internet.

Fax (fac-smile)É utilizado para transmissão de mensagens urgentes e envio antecipado de documentos, quando não se pode enviar por outro meio. Para arquivar, deve xerocá-lo.É conveniente enviá-lo com folha de rosto, pequeno formulário com os dados de identificação. Sua estrutura é inerente a ele.

Correio eletrônico (e-mail)É uma das principais formas para transmissão de documentos, por ser de baixo custo.É bem flexível, não tem forma rígida. Mas deve-se evitar uma linguagem incompatível com uma comunicação oficial.O assunto deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental do destinatário e do remetente.Para anexar arquivos, utilizar o formato Rich Text. Mensagens que encaminham arquivos devem trazer informações sobre eles.Sempre que possível, se utiliza o recurso de confirmação de leitura. Se não disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento.Ela só possui valor documental somente se existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, com forma estabelecida em lei.