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Recursos Visuais na Prática- pedagógica AEE e Instrutor Surdo Professores de Classe Surdez Classe Comum Intérprete Educacional LIBRAS Cultura e Pedagogia Surda 3 horas de duração

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Recursos Visuais

na Prática-

pedagógica

AEE e Instrutor Surdo

Professores de Classe Surdez

Classe Comum

Intérprete Educacional LIBRAS

Cultura e Pedagogia Surda

3 horas de duração

O

compartilhamento

do modo de pensar

sobre si mesmos,

sobre o “Ser Surdo”,

torna-os

“autenticamente

surdos”.

Há um “essencialismo estratégico” da liderança surda, da comunidade surda que precisa ser compreendido e valorizado.

Cultura Surda 5 min

Entendi! Entendi?

Cultura Surda 5 min

As enunciações

do “Ser Surdo” e

da(s)

identidade(s)

surda trazem a

aspiração de

grupo e um

saber da

experiência do

surdo. É estratégia para pleitear o reconhecimento de suas práticas pedagógicas valorizando-as e ampliando-as.

Pedagogia Surda 5 min

“Se vocês nos perguntarem aqui: o que é ser surdo?

Temos uma resposta: Ser Surdo é uma questão de vida. Não se

trata de uma deficiência, mas de uma experiência visual.

Experiência visual significa a utilização da visão, (em substituição

total a audição), como meio de comunicação. Desta

experiência visual surge a cultura surda representada pela

língua de sinais, pelo modo diferente de ser, de se expressar, de

conhecer o mundo, de entrar nas artes, no conhecimento

científico e acadêmico. A cultura surda comporta a língua de

sinais, a necessidade do intérprete, de tecnologia de leitura

(PERLIN & IMIRANDA, 2003, p. 218).”

Pedagogia Surda 10 min

As narrativas dos professores e pesquisadores surdos, da liderança

surda sobre a cultura surda, compõem o arcabouço de uma

Pedagogia Diferenciada, uma Pedagogia do jeito de Ser,

Pedagogia Surda.

Precisamos nos

debruçar sobre os

materiais criados pelos

profissionais instrutores

surdos das Escolas

Municipais do Rio de

Janeiro e referenciá-los

em nossa prática

pedagógica.

Pedagogia Surda 5 min

Visualidade

Motor Cognitivo

•Uso da visão; visão periférica.

•Acionar o motor cognitivo captando informações no seu canal de comunicação – que é visual.

Viso-gestual-táteis

•Modalidades viso-gestual-táteis (VGT), uso da visão e da presença física - olhar, posição no espaço, expressão facial.

•Não é apenas a língua de sinais, mas outros aspectos do meio visual, como os gestos; também fazer uso do corpo fisicamente, tanto para aprender quanto para mostrar o que foi aprendido.

Cênica

Performance

•Uso do espaço físico onde aluno surdo é levado à frente da sala de aula para se posicionar, atuar, exercer influência.

•Performance: personagens ganham vida nas mãos do bom sinalizador; transporta habilmente a cenários.

•Encorajamento dos alunos a fazerem demonstrações.

Estórias

Piadas

•Importância do humor contido em piadas, em relatos, teatralizações.

•Importância de contar estórias, fazer brincadeiras com a língua de sinais como parte das pedagogias surdas.

Práticas pedagógicas surdas: O que queremos captar?

Prática Pedagógica Surda

10 min

Espaço

Seguro

•Acúmulo de informações para viver entre duas culturas; instruções culturais, morais.

•Coletivismo: Apoio moral e afetivo agregando-se o maior número de surdos em escolas.

•Preservação de língua e cultura como herança de comunidade surda.

Espaço

alternativo

•Sociabilidade em espaços de escola, de associações, em espaços comemorativos.

•Espaços alternativos de aprendizagem podem agregar: pátio da escola, auditório, aulas-passeio, ambiente virtual, uso de redes sociais internet.

Diálogo

•Importância na formulação de perguntas tanto do aluno para o adulto surdo quanto deste para o grupo.

•Objetividade de discurso; discurso direto, claro, não-paternalista.

•Interação intensa por meio de relatos de experiência de vida.

Holismo

•Disciplina para a vida e grande esforço e empenho da pessoa surda.

•A vida representada como uma integração de todas as suas perspectivas, incluindo a espiritual, a física, a ética e a emocional.

Práticas pedagógicas surdas: O que queremos captar?

Prática Pedagógica Surda

10 min

Acionar o motor cognitivo captando informações no seu canal

de comunicação – que é visual.

Visualidade

Instrutora Daniela de Carvalho Cruz [E.M. Edgard Werneck]

Que práticas pedagógicas diferenciadas?

5 min

Visualidade

Instrutora Daniela de Carvalho Cruz

Que recursos?

5 min

Viso-gestual-táteis

Modalidades viso-gestual-táteis

(VGT), uso da visão e da presença

física - olhar, posição no espaço,

expressão facial.

Instrutor Fabio Gonçalves [E.M. Baltazar Lisboa]

Que práticas pedagógicas

diferenciadas?

5 min

Não é apenas a língua de sinais, mas outros aspectos do meio

visual.

Que recursos?

Viso-gestual-táteis 5 min

Visualidade

Que recursos?

5 min

Performance: personagens ganham

vida nas mãos do bom sinalizador;

transporta habilmente a cenários..

Cênica

Instrutor Ricardo Boaretto [E.M. Rio Grande do Sul]

Que práticas pedagógicas

diferenciadas?

5 min

Uso do espaço físico onde o surdo é

levado à frente da sala de aula

para se posicionar, atuar, exercer

influência.

Cênica

5 min

Estórias

Importância do humor contido

em piadas, em relatos,

teatralizações.

Instrutor Thiago Reis [E.M. França]

Que práticas

pedagógicas

diferenciadas?

5 min

Estórias

Importância de contar estórias, fazer brincadeiras

com a língua de sinais como parte das pedagogias

surdas.

Que recursos?

5 min

Em conversas (estórias, piadas) de surdos mudaremos

radicalmente a cena:

A pessoa surda não se

inclinará e nem usará a

própria voz ou os ouvidos do

interlocutor. A pessoa surda se

posicionará num centro de palco, olhos nos olhos de

quem a rodeia, seu corpo

como um todo teatralizará as

coisas banais com riqueza de

detalhes, e de modo

alardeado, suas mãos

faiscantes.

com um toque desafiador

brincará:

“preciso te mostrar

algo”!

Sociabilidade Surda

5 min

Espaço Seguro

Instruções culturais, morais. Uso de charges,

tirinhas que auxiliem na leitura de mundo(s)

para viver entre duas culturas.

Instrutor Diego Daris [E.M. Venezuela]

Que práticas

pedagógicas

diferenciadas?

5 min

Espaço Seguro

Coletivismo: Apoio moral e afetivo

agregando-se o maior número de

surdos em escolas bilíngues.

5 min

Preservação de língua e

cultura como herança da

comunidade surda.

Espaço Seguro 5 min

Espaço alternativo

Sociabilidade em espaços de

escola, de associações, em

espaços comemorativos.

Instrutoras Surdas Participantes:

Renata Carvalho Rocha, Livia

Thayene, Bárbara Camilla,

Daniela de Carvalho.

5 min

Espaço alternativo

Espaços alternativos de aprendizagem podem agregar: pátio da escola,

auditório, aulas-passeio, ambiente

virtual, uso de jornal.

Instrutora Renata Rocha [E.M. Vítor Meireles]

Que práticas pedagógicas

diferenciadas?

5 min

Importância na formulação de

perguntas tanto do aluno para o

adulto surdo quanto deste para o

grupo.

Diálogo 5 min

Preservação de língua e cultura

como herança e patrimônio da

comunidade surda surda.

Língua 5 min

Diálogo e interação por meio de relatos de experiência de

vida.

Diálogo/ objetividade

Contar a história M2U00519 Filmagem da história (re) contada por Instrutor em L1 e uso de desenho animado.

Desenvoltura do instrutor.

Perguntar sobre a

história e vivência dos alunos, depois

retoma, alimentos e situações que

aparecem na história.

M2U00513 Ver Entrevista

com Instrutor Rafael de Lucas [ E.M. Benjamin Franklin] sobre postura, perfil de trabalho.

Diálogo 5 min

Objetividade de discurso; discurso direto, claro, não-paternalista.

Holismo

A vida representada como uma

integração de todas as suas perspectivas, incluindo a espiritual, a

física, a ética e a emocional.

[E.M CIEP Bilíngue Pedro Varela]

Professores ouvintes também conseguem

desenvolver habilidades semelhantes.

Disciplina para a vida e grande

esforço e empenho da pessoa

surda.

Holismo

Instrutora Claudia

Borges dos Santos [E.M. Eurico Dutra]

5 min

Holismo

Equipe Bilíngue CIEP será tema de

aula sobre Protagonismo Juvenil.

Instrutores: Ana Paula Ximenes,

Renata Nóbrega, Bruno Hassib e

Leila Atthie.

5 min

• É por meio de práticas, de jogo(s) que indivíduos

surdos influenciam e controlam informações

pessoais e de grupo.

• Leva-se em consideração o outro e mostra-se

consideração pelo outro.

Agregar, por um lado, de ser aceito, de pertencer, de

conseguir fazer piada, contar história no grupo.

Adquirir língua, por outro lado, e habilidade que ajuda

a entrar num grupo, lutar por reconhecimento.

Auxiliar grupos de surdos a avaliar pessoas ouvintes e

a autenticar a troca de experiências entre surdo-surdo

e surdo-ouvinte.

Fazer piada, contar estórias, atuar diante do grupo e

junto ao grupo é privilégio e pode mostrar aceitação.

Conclusão

Refinamentos de apropriação no universo espontâneo das

redes sociais é concomitante à necessidade de

colaboração e de divulgação do uso de produtos visuais

entre surdos adultos (professores ou não);

O uso de produtos visuais é uma questão de sobrevivência

da língua minoritária, dos costumes, das “estratégias de

defesa”, do compartilhamento de práticas.

A perspectiva imagética e visualmente criativa de

professores surdos, longe de ter homogeneidade ou

unidade de ação, está sendo discutida e partilhada pelos

próprios surdos.

Essas práticas pedagógicas circulam e permeiam outras

práticas.

É prioritário estuda-las dada a especificidade e a

pertinência que demonstram os professores surdos ao

aplica-las, o que poderia impulsionar mais adequadamente

a escolarização de alunos surdos.

Conclusão

Cada participante receberá um envelope de carta, papel colorido, caneta. Cada um escreverá uma [marca] característica de um instrutor surdo. Poderá fazer em forma de desenho, palavra ou texto. As marcas, palavras, mensagens serão postadas no site “IHA Informa” juntamente a Experiência dos Profissionais Instrutores aqui registrados em fotografia.

Agradecemos aos profissionais Instrutores Surdos referenciados ao longo dos slides.

Agradecemos a Pesquisa em Pós-Graduação em Educação da PUC Rio pelo acompanhamento à pesquisadora Cristiane Taveira e às Colaboradoras Mônica Astuto Lopes Martins, Laura Jane Messias Belém, Sônia Cristina Rocha .

[10 minutos]

Agradecimento:

Atividade Coletiva

Agradecimento especial para Lygia Neves que nos

transmite avaliações e discute ideias futuras.

Em breve, será parceria de nova Escola-piloto.

Outros materiais utilizados:

Coletânea de Textos do IHA Informa revisada em formato Livro

Publicado em 4 de agosto de 2011, no site IHA Informa.

http://ihainforma.wordpress.com/2011/08/04/coletanea-de-textos-do-iha-informa-revisada-em-formato-livro/

Artigos de embasamento da análise contida nos slides:

LADD, Paddy; GONÇALVES, Janie Cristine do Amaral. Culturas surdas e o desenvolvimento de

pedagogias surdas. In: KARNOPP, Lodenir Becker; KLEIN, Madalena; LUNARDI-LAZZARIN, Márcia Lise

(org.). Cultura Surda na Contemporaneidade: negociações, intercorrências e provocações. Canoas:

Ed ULBRA, 2011, p. 295-329.

TAVEIRA, Cristiane Correia, MARTINS, Mônica Astuto Lopes, BELÉM, Laura Jane Messias

No limiar da piada surda. Leitura. Teoria & Prática. , v.30, p.2749 - 2758, 2012.

TAVEIRA, Cristiane Correia, BELÉM, Laura Jane Messias, MARTINS, Mônica Astuto Lopes

Ser ou não ser, eis a não questão (ou ao menos não é a tese principal). Leitura. Teoria & Prática. ,

v.30, p.2739 - 2748, 2012.

Referências Bibliográficas

Cultura Surda na

Contemporaneidade: negociações,

intercorrências e provocações

[vários artigos consultados]

Informe final: Conserve os equipamentos de mídia (projetor, telão, filmadora, DVD) destinados às Escolas-piloto de Educação Bilíngue e divulgue a sua produção e as suas experiências por meio do site IHA Informa.

Mantenha autorização de

imagens dos alunos e dos

funcionários arquivadas na

secretaria da escola.