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Ý¿®·²¹ ¬±¹»¬¸»® Recomendações da EDTNA/ERCA para a Prevenção e Gestão da Violência e Agressão nas Unidades de Nefrologia Zampieron, Alessandra Saraiva, Maria Pranovi, Rebecca ra

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Recomendaçõesda EDTNA/ERCA para a Prevenção e Gestão da Violência e Agressãonas Unidades de NefrologiaZampieron, AlessandraSaraiva, MariaPranovi, Rebecca

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Recomendaçõesda EDTNA/ERCA para a Prevenção e Gestão da Violência e Agressãonas Unidades de Nefrologia

Zampieron, AlessandraSaraiva, MariaPranovi, Rebecca

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Recomendações da EDTNA/ERCA para a Prevenção e Gestão da Violência e Agressão nas Unidades de Nefrologia EDTNA / ERCAEDTNA / ERCA

AGRADECIMENTOS

Editores: Alessandra Zampieron Maria Saraiva Rebecca Pravoni Agradecimentos .A EDTNA/ERCA gostaria de agradecer às seguintes Associações Nacionais incluídas no Projecto ENRCA (European Network of Renal Care Associations) pela sua prestimosa colaboração na primeira fase deste projecto: Áustria, Chipre, Dinamarca, Alemanha, Grécia, Itália, Israel , Portugal, Eslovénia, Espanha, Suécia, reino Unido e à participação especial do Brasil. .A EDTNA/ERCA e especialmente, os editores desta brochura agradecem a contribuição da Dra Cordelia Ashwanden na revisão do texto desta publicação. .A EDTNA/ERCA agradece ainda a Alessandra Zampieron e aos seus estudantes pelo seu esforço e dedicação. Direitos de Copyright (original) All rights are reserved by the author and publisher, including the rights of reprinting, reproduction in any form and translation. No part of this book may be reproduced, stored in a retrieval system or transmitted, in any form or by means, electronic, mechanical, photocopying, recording, or otherwise, without the prior written permission of the EDTNA/ERCA.

Primeira Edição: Março 2010 European Dialysis and Transplant Nurses Association/ European Renal Care Association (EDTNA/ERCA) Pilatusstrase 35, Postfach 3052, 6002 Luzern, Switzerland www.edtnaerca.org ISBN: 978-84-613-8799-1 D.L.: M-14476-2010 Layout, Binding and Printing: Imprenta Tomás Hermanos Río Manzanares, 42-44 · E28970 Humanes de Madrid Madrid - Espanha

www.tomashermanos.com

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TEMA E JUSTIFICAÇÃO

A violência em cuidados de saúde tem sido definida como qualquer comportamento agressivo "que visa infligir dano ou desconforto nas suas vítimas" (Felton, 1997). Embora a violência esteja a aumentar na maioria dos locais de trabalho, tornou-se um problema significativo para aqueles que trabalham em profissões relacionadas com a saúde (Rippon, 2000).

Parece que a agressão e a violência na prestação de cuidados ao paciente renal é um problema complexo e de difícil abordagem. King e Moss (2004) relataram que 71% dos 203 trabalhadores na área da diálise na União Europeia, viveram situações perturbadoras com os pacientes nos últimos 5 anos. Numa pesquisa entrevistando enfermeiros da área da Nefrologia, do Reino Unido, 80% dos entrevistados tinham experimentado um episódio de violência e agressão no local de trabalho nos últimos 12 meses (Sedgewick, 2005). Noutros estudos no Reino Unido (Jones, et al., 2008; Jones, 2009) referiram que em duas unidades de diálise, os incidentes agressivos são causados por uma minoria de pacientes em diálise e familiares. Apesar disso, cada vez mais episódios de comportamento agressivo são relatados pelos profissionais de saúde.

Estratégias para prevenir e controlar a violência e agressividade no contexto dos cuidados de saúde têm de se tornar assunto prioritário em termos de segurança e de saúde. Os principais componentes destas estratégias devem incidir na educação e formação do pessoal, avaliação de riscos e práticas de gestão, utilização de contratos com os pacientes e o desenvolvimento de políticas (Forster 2005). Outros aspectos utilizados nas intervenções do pessoal de saúde, em presença de comportamentos desviantes, são a utilização de contenção dos pacientes e o recurso a fármacos. (Farrell & Cubit, 2005).

Algumas estratégias incluem a gestão do stress e esclarecimento às vítimas bem como a promoção de um ambiente de trabalho que não seja propício a comportamentos violentos (Messite & Warshaw, 1996)

A literatura recomenda o uso de estratégias de prevenção e gestão da violência e agressão contra enfermeiros e outro pessoal de saúde, mas há uma falta de conhecimento sobre o uso real destas estratégias em unidades de diálise, nefrologia e transplante a nível europeu.

OBJECTIVO

Esta brochura é dedicada aos enfermeiros e outros profissionais de saúde, para promover a divulgação de informações relativas a este grave problema, cada vez mais presente , na prestação de cuidados de saúde: a agressão e a violência por parte de pacientes, familiares, cuidadores e outros profissionais, contra enfermeiros e profissionais de saúde.

Em 2008, a EDTNA/ERCA realizou um estudo com a colaboração de doze Associações Nacionais europeias dedicadas aos cuidados ao paciente renal. A EDTNA / ERCA geriu este estudo a nível internacional. Cada Presidente da Associação Nacional elaborou uma lista das unidades de Nefrologia do seu país e a equipa de investigação da EDTNA / ERCA convidou todas essas unidades a participar. A participação foi voluntária, e foram

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assegurados a confidencialidade e o anonimato dos dados. Os dados foram colhidos por meio de um questionário.

Este estudo demonstrou que as estratégias que permitem prevenir e gerir os episódios de violência e agressão gestão não são amplamente utilizadas ou implementadas nas unidades de nefrologia dos países europeus. Existem algumas diferenças entre países europeus, em especial, o Reino Unido que parece ter mais consciência do problema. (Zampieron, 2009).

Os dados sugerem que seria útil desenvolver recomendações ou outras ferramentas educacionais para profissionais de saúde, útil para a prevenção e gestão deste problema que, em nosso entender só pode ser controlado se houver um envolvimento total das organizações, com deveres e responsabilidades para todos os membros dessa mesma organização. A nível internacional, as associações de enfermeiros e outros profissionais de saúde podem não só, oferecer uma rede de apoio que permita orientar as práticas que visem diminuir e controlar a violência e a agressão nas instituições de saúde como também recomendar e formar grupos que, de alguma forma possam controlar a violência no trabalho.

Em conclusão, propomos que, tal como sugerido também pelo International Council of Nurses (ICN), enfermeiros e outros profissionais de saúde, associações de assistência, a nível nacional e internacional, possam a oferecer:

educação pública sobre a prevenção da violência através de vários programas; assistência na criação de uma cultura de enfermagem de apoio que não perpetue a

tendência para os enfermeiros se culparem por incidentes de violência; consulta sobre currículos de enfermagem para promover imagens positivas da

profissão e o respeito pelos direitos dos enfermeiros à dignidade e à segurança pessoal;

programas de educação contínua sobre a violência e sua gestão; bibliografia sobre o tema da violência;

serviços de aconselhamento para as pessoas que são vítimas de violência (emocional, física, jurídica), serviços de aconselhamento para as pessoas que apresentam um comportamento violento (emocional, físico, jurídico);

apoio estatístico e relatórios que visem o desenvolvimento de políticas sólidas contra a violência, a salvaguarda dos direitos dos enfermeiros, de um ambiente de trabalho seguro, com ênfase no desenvolvimento de métodos de trabalho que ofereçam um atendimento de qualidade mantendo os níveis adequados de recrutamento e a promoção de padrões comportamentais seguros (ICN, 2007).

ALGUMAS DEFINIÇÕES

A violência pode ser:

Física: uso intencional da força contra uma pessoa por outra, sem justificativa legal, resultando em danos físicos ou sofrimento pessoal, por exemplo: empurrar, bater, dar socos, agredir com outros objectos, etc.

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Não-física: uso de palavras inadequadas ou comportamento que causa desconforto e / ou constitui assédio / aborrecimento; exemplo: violência verbal e ameaças, gestos e palavras desagradáveis ou rudes, insinuações, assédio sexual ou atitudes racistas, descriminação de pessoas portadoras de uma deficiência ou orientação sexual diferente.

ALGUNS DADOS MUNDIAIS

A violência pode afectar todos, independentemente da idade, sexo, raça, formação académica, status socioeconómico, religião e orientação sexual. A violência no local de trabalho, afecta todas as profissões, embora em graus variados.

Em 2004, nos Estados Unidos, 14% dos acidentes de trabalho foram causados por actos de violência. As Unidades de tratamento são das áreas mais vulneráveis aos episódios de violência e agressão contra qualquer dos profissionais: Em 2004, 50% das lesões fatais ocorridas nos Estados Unidos, resultado de actos de violência e agressão contra trabalhadores, aconteceu nos Serviços Sociais e de Saúde

As áreas de maior risco são:

Serviços de internamento hospitalar , especialmente unidades de doentes agudos; Área dos cuidados intensivos (serviços de urgência e emergência, bloco operatório,

cuidados intensivos e de reanimação); Unidades de saúde mental e serviços voltados para o alcoolismo e a

toxicodependência; Lares de idosos; Unidades de tratamento para doentes crónicos.

VIOLÊNCIA, AGRESSÃO E OS ENFERMEIROS

De todos os profissionais de saúde, os enfermeiros são os mais susceptíveis de se tornarem vítimas da violência, com um risco três vezes maior, comparando com outros profissionais. A explicação está relacionada com a natureza específica da profissão: os Enfermeiros estão em contacto directo com o paciente e sua família que, muitas vezes se encontra vulnerável, frustrada ou simplesmente sem controlo da sua situação e da sua saúde. É com estas pessoas que os enfermeiros criam uma relação com uma componente emocional muito forte.

O QUE LEVA À VIOLÊNCIA?

As principais causas de violência incluem:

Questões relacionadas com o agressor: Transtornos psiquiátricos (agudos e crónicos); Doenças orgânicas degenerativas crónicas;

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traumatismo craniano; efeitos adversos da anestesia no pós operatório; altos níveis de toxinas no sangue, glicose, electrólitos, oxigénio,

bactérias (septicemia); abuso de drogas e álcool; presença de dor; fadiga / hiper estimulação; tensão ansiedade, medo; confusão, desorientação; sentimento de não ser compreendido ou de que não acreditam na sua

doença história de comportamento violento devido a uma personalidade

agressiva, impulsividade, situação anti-social; dificuldade de comunicação (patológica ou relacionada com o idioma

ou hábitos culturais); incapacidade de ultrapassar a situação ; problemas sociais.

Questões relacionadas com o enfermeiro quando este: julga, rotula ou não compreende o paciente / familiar /pessoa

/significativa; usa um tom de voz e uma linguagem corporal ameaçadora; coloca muitas expectativas irrealistas no doente; não escuta, não compreende nem respeita os valores, opiniões,

necessidades, a fé do paciente e a preocupação dos familiares ; não fornece informações suficientes aos pacientes sobre a sua

saúde; Não reflecte sobre o impacto do seu próprio comportamento no

relacionamento com o paciente; não presta cuidados adequados por falta de tempo e de pessoal gere inadequadamente as suas emoções

Aspectos organizacionais e estruturais: regulamentos do hospital (rigidez nas horas de visita, intenso ritmo de

trabalho, e práticas restritivas); longos tempos de espera; ambiente desconfortável (espaços inadequados - escuros,

superlotados, barulhentos, má qualidade do ar); constantes idas e vindas de pessoas (utilizadores e funcionários do

hospital); falta de privacidade; ambiente desconhecido; falta de regras relacionadas com a segurança.

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CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA

Impacto sobre a saúde física: traumas, contusões, fracturas, ferimentos resultantes de mordeduras, ferimentos com agulhas e bisturis, doenças infecciosas decorrentes (AIDS, hepatite ...) invalidez temporária ou permanente; morte.

Sequelas psicológicas e sociais: altos níveis de stress, sentimentos de raiva, medo, perda, desconfiança, culpa, perda progressiva da confiança em si e nas suas próprias capacidades, sintomas psicossomáticos, síndrome pós-traumático e ansiedade, “burnout”, transtornos alimentares ( como a anorexia e a bulimia ou a obesidade), distúrbios do sono, abuso de álcool, tabaco ou drogas; alteração do humor; deterioração da qualidade das relações interpessoais, isolamento;, incapacidade de concentração, deterioração da capacidade de enfrentar contrariedades; depressão, risco de suicídio ; insatisfação progressiva com seu emprego, perda de motivação, aumento do absentismo , pedidos de transferência do local de trabalho e demissão.

Custos económicos aumentados em termos de: horas perdidas; pagamento de indemnizações e compensações.

LEMBRE-SE!

A violência não é Intrínseca ao Trabalho!

Você pode e deve fazer o que pode, com a ajuda de 2 aliados:

1. As empresas têm o dever de proteger os funcionários dos riscos que possam afectar a sua saúde

2. As orientações e as recomendações ajudam a identificar formas de agir, para evitar situações de confronto

ETAPAS FUNDAMENTAIS

1. Previna a violência e agressão: a prevenção é em primeiro lugar, a questão mais importante, economiza tempo, recursos e gravidade das consequências.

2. Crie um clima de não-violência. Seja receptivo às necessidades do paciente, expressas ou não expressas, e forneça, sempre, informações claras e precisas.

3. Envolva a família e outras pessoas significativas na relação terapêutica com os pacientes. Saiba as características e o significado da doença de que o paciente sofre e, especialmente, o impacto que tem sobre a sua parte psicológica. Tente avaliar se a pessoa utiliza estratégias para ultrapassar o problema

4. Colabore com o seu coordenador e os seus colegas na identificação e avaliação de riscos, a fim de determinar se você precisa de apoio para o desenvolvimento de um plano de prevenção de agressão ou violência.

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5. Participe em cursos de formação e actualização de conhecimentos e consciencialização do problema , bem como de técnicas mais adequadas para prevenir e gerir novos incidentes.

6. Use todas as orientações, recomendações e procedimentos disponíveis.. Tenha acesso a todos os planos de acção, que devem ser baseada em evidências científicas, de fácil acesso para todos os funcionários:

7. Informe os pacientes, quer oralmente ou através de folha informativa sobre a política de tolerância zero do hospital relacionada com violência e agressão. Essas duas palavras são inaceitáveis!

8. Informe os pacientes e familiares sobre as acções a tomar em caso de se verificar qualquer forma de agressão ou violência.

9. Garanta que o seu comportamento não é responsável por gerar uma resposta inadequada.

10. Aprenda a reconhecer os sinais de alerta precoce de violência e agir em conformidade (ver Quadro 1 e Tabela 2).

Tabela 1 - Sinais de Aviso de Violência e possíveis respostas

SINAIS DE AVISO RESPOSTAS POSSÍVEIS Perguntas e declarações repetidas várias vezes.

Mantenha a calma, auto controle, confirme que está a levar a sério as preocupações do paciente.

Uso de uma linguagem incompreensível e de uma forma agressiva.

Identificar o tipo de linguagem e peça ajuda de um intérprete, se necessário. Pode ser um problema de idioma

Aumento ou diminuição repentina do tom e volume da voz. Por exemplo - gritar ou recusa em falar,

Motive a pessoa e dê informações em voz calma.

Resposta rude ou abusiva ou recusa em responder.

Calmamente valide as informações ou a resposta do sujeito

Respiração rápida. Respire lentamente e olhe para a pessoa. Inquietação, agitação, movimentos bruscos, andando para cima e para baixo continuamente sem ir a nenhum

Tente acalmar a pessoa envolvida, convide-a para se sentar numa posição confortável ou junte-se na caminhada (que é o mais útil desde que não seja perigoso)

Invasão do seu espaço pessoal ou o de outros

Afaste-se para criar mais espaço (seguro).

Contacto com os olhos insistente e prolongado ou recusa em olhar

Baixe o seu olhar. Continue a falar com a pessoa mesmo sem olhar para ela directamente.

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Tabela 2 - Outros sinais a considerar

Pupilas dilatadas

Linguagem não verbal despersonalizante

Postura rígida em linha recta, atitude dominante de provocação (punhos cerrados, apontando os dedos, etc.)

Tensão muscular na face e membros

Ameaças directas e gestos ameaçadores

Atirar objectos ou bater em pessoas

RESPONSABILIDADES DE UM COORDENADOR

1. Realizar uma avaliação do risco:

Analise: tipo e local de trabalho, tipos de pacientes tratados, quantidade e tipo de pessoal que trabalha, horário de serviço, presença de procedimentos / orientações para as políticas de prevenção e gestão relacionadas com a agressão e a violência, presença de um serviço de segurança, tipo de organização. .

Características estruturais: identificar os temas que foram protagonistas dos ataques no passado, reexaminar as circunstâncias relacionadas com o acidente (é permitido identificar as situações em que os assuntos são mais propensos a desencadear tais comportamentos e a probabilidade de dano grave); comunicar a todo o pessoal, os resultados da avaliação de risco.

2. Desenvolver e disseminar uma política clara em relação à violência e agressão, referindo-se aos dados da OMS e aos princípios e políticas de Associações como o NHS britânico (Zero-Tolerance Policy) (Tolerância Zero).

3. Criação de orientações específicas e / ou recomendações / procedimentos (dependendo do contexto em que eles serão usados) para a prevenção e gestão, através de uma equipe multidisciplinar entre:

a. Referencial do Ministério da Saúde. b. Área de Assuntos Jurídicos e / ou Gestão de Recursos Humanos. c. O Chefe dos serviços de prevenção e protecção. d. Um representante da profissão de enfermagem. e. Um representante da profissão médica. f. Um representante da segurança no trabalho. g. Um representante dos serviços de segurança.

A fim de criar um procedimento aceite e usado por todos os membros da equipe, defina-o e implemente-o formalmente usando sessões de formação para

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assegurar a correcta compreensão dos processos. Em seguida avalie o seu uso e a sua eficácia.

Os procedimentos devem:

descrever as circunstâncias em que podem ser usados; definir papéis e responsabilidades; descrever as avaliações de risco específicas e como vigiá-las incluir planos de emergência; fornecer orientações sobre a documentação de acidente e possibilidade de

acidente.

Os protocolos clínicos devem ser usados para gerir a agressão resultante de uma estrita condição médica ou psiquiátrica: Uma agressão clínica exige uma resposta clínica!

4. Desenvolva todas as medidas estruturais e organizacionais que podem ser úteis:

Instale, se ainda não tiver: câmaras de CCTV com gravação de 24 horas, cobrindo todos os ambientes. Certifique-se que existem detectores de metal fixos ou portáteis para detectar armas (se for considerado necessário em relação à análise de risco).

Forneça uma única entrada para os utilizadores, visível a partir do centro de controlo de segurança garantindo que o centro é reconhecível e conhecido quer para o utilizador quer para o pessoal. Todo o pessoal deve saber exactamente a sua localização,

Proporcione o acesso a áreas restritas somente ao pessoal; garanta espaço pessoal mínimo para cada utilizador, suficiente para garantir a privacidade.

Certifique-se que existem zonas de espera, confortáveis (equipadas com TV, revistas, bancos, cadeiras confortáveis e o suficiente para que todos se sentem, etc.) Nas áreas designadas para fumadores, garanta uma boa iluminação, temperatura, humidade e ventilação das salas;

Remova quaisquer objectos, facilmente acessíveis aos utilizadores que possam ser usados como arma (tesouras, facas, agulhas ...).

Assegure-se que há pessoal suficiente para as necessidades da Unidade (especialmente para as noites e fins de semana) e verifique se a proporção entre homens e mulheres é a correcta.

Minimize os tempos de espera e, se isso não for possível ou se houver atrasos inesperados, informe claramente as pessoas.

Assegure que, durante a prestação de cuidados, pelo menos, dois profissionais presentes.

RESPONSABILIDADES DAS INSTITUIÇÕES / ORGANIZAÇÕES

1. Criar um sistema de regulamentação sobre o atendimento dos utilizadores na Unidade.

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2. Organizar um sistema de notificação de pacientes com um histórico de violência. 3. Treino e actualização, a fim de ajudar o pessoal a compreender:

os factores de risco,

as causas clínicas e não clínicas; os sinais de alerta; estratégias para uma comunicação eficaz; medidas preventivas; políticas de trabalho e procedimentos, respostas durante a emergência e pós evento, o direito de sair e procurar um abrigo em qualquer momento.

Avaliar sempre a formação feita para determinar se o programa atingiu ou não os objectivos propostos.

4. Criar e iniciar o seu próprio sistema de apoio e pessoal de apoio: todos devem saber que este sistema estará à sua disposição o tempo todo e não deve haver hesitação em o utilizar em caso de necessidade.

5. Vigiar periodicamente os factores de risco, e os resultados das soluções implementadas.

6. Use uma abordagem que inclua:

exposição de cartazes / sinais / avisos;

plano de assistência específica; possíveis restrições nas visitas; alternância de planos de tratamento; contratos que comprometam os utilizadores a terem um comportamento aceitável; possibilidade de recusa de assistência (excepto em situações de risco de vida); possibilidade de processar legalmente os infractores.

O QUE FAZER EM CASO DE VIOLÊNCIA E AGRESSÃO?

1. Assuma o controle da situação, para minimizar os possíveis efeitos. 2. Mantenha-se calmo, para pedir a ajuda de um ou mais colegas e tenha em mente a

sua posição espacial sobre os locais de entrada / saída e lugares seguros. 3. Tente utilizar técnicas “de escalada” (em 5 pontos-chave):

fale do assunto com muito cuidado, assumindo atitudes de empatia (manter contacto visual, se a cultura permite que "Ouça com todo o seu corpo");

não seja um juiz(certificando-se que a sua linguagem verbal é coerente com a não verbal);

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coloque o enfoque sobre os sentimentos da pessoa, sobre suas percepções, não apenas em sinais visuais (faz com que a pessoa se sinta ouvida e entendida com as suas opiniões valorizadas e não humilhada)

não responda imediatamente, dê à pessoa alguns momentos de silêncio (para dar-lhe tempo para pensar, para perceber a situação, sem criar uma sensação de opressão, e deixe algum espaço para descarregar toda a tensão);

clarifique as mensagens repetindo o que entender (também lhe permite mostrar interesse na pessoa e na sua situação e mantêm uma comunicação aberta).

4. Utilize competências interpessoais:

manter o tom de voz calmo e um discurso não agressivo, mas directo e aberto ; evitar movimentos bruscos; impedir a presença de muitas pessoas (sala superlotada!); manter uma distância segura .

5. Use uma comunicação eficaz:

fale com a pessoa tratando-a pelo seu nome; use um tom calmo e suave nas palavras incentive o indivíduo a expressar suas preocupações e as razões da sua raiva; tente negociar sem discutir, mas com firmeza dizendo que a linguagem e as

atitudes agressivas que não serão aceites ou toleradas; ajude o sujeito a manter o controle de suas acções; lembre à pessoa que você está ali para a tentar ajudar; esteja preparado para e se desculpar por uma atitude errada, sua ou dos seus

colegas.

6. Se o que você tem feito não é suficiente (em casos extremos!), está autorizado a:

implementar técnicas de autodefesa que visem libertar-se das garras do agressor; activar o sistema de alarme; contactar o serviço de segurança e / ou a polícia; sair dali imediatamente; usar de contenção física e / ou medicação.

7. Use sempre um plano de cuidados e / ou procedimento específico; pessoal envolvido deve ser em um número adequado para a situação, designar um membro do pessoal para dirigir a equipe, garantir o bem-estar físico e psicológico do paciente (proteger cabeça e pescoço); reavalie continuamente a situação para identificar qualquer alteração. Durante o procedimento que pode envolver técnicas físicas, incluindo aquelas que visam a imobilização deve acompanhar de perto a condição física do sujeito durante e após a intervenção. Mantenha-se alerta e pronto para executar procedimentos de emergência e esteja sempre ciente dos riscos de retenção (aumento da agressão, lesão ou morte). Liberte o paciente logo que for possível, evitando assim que mais desconforto e perigo se instalem.

8. Intervenções ATENÇÃO! A contenção física e o uso de fármacos são procedimentos que só devem utilizar-se em caso de força maior e que devem ser proporcionais ao dano que se quer impedir.

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9. Se você é um coordenador ou tem outras responsabilidades de gestão poderá:

implementar um plano de gestão de incidentes críticos - organizar os períodos de formação em serviço do seu pessoal e utilizá-lo para esse fim;

instalar, se ainda não tiver, , sistemas de alarme / pânico (pessoal e de parede) em locais de alto risco com botões para activar chamada de emergência em situações críticas e treinar o pessoal para sua utilização adequada;

marcar todas as saídas de emergência; estabelecer, se ainda não tiver , um serviço de segurança especificamente treinado

e dedicado (activo principalmente à noite), e ligações com as forças policiais; atribuir algumas salas para o possível isolamento de doentes ou pessoas

potencialmente violentas ou detidas, com as medidas de segurança adequadas.

O que fazer após o evento?

1. Apoie adequadamente os seus colegas e proteja-se a si mesmo. 2. Não tenha medo de pedir ajuda, não tenha vergonha de procurar apoio. É normal

necessitarmos uns dos outros! 3. Reveja e analise o caso juntamente com o resto do pessoal, tentando identificar o

contexto em que ocorreu (estímulo, cenário e comportamento demonstrado bem como as consequências). Peça a todos os presentes para fazer a reavaliação dos riscos.

4. Não se esqueça de preencher os formulários, se houver, o mais rapidamente possível para documentar o evento, ou escrever tudo nas suas notas de enfermagem se não tiver outro documento disponível. Refira fielmente tudo o que aconteceu. Este documento é mantido para acompanhar o incidente e através de revisões sistemáticas descobrir os elementos em comum que podem ser utilizados para melhorar a prevenção e gestão da ajuda.

5. Relate o episódio de violência, tendo em conta:

unidade e localização física exacta onde ocorreu o evento, data e hora, informações gerais sobre o paciente: agressividade, irritabilidade, desorientação…

factores que levaram à eclosão da violência, características que são conhecidas e as consequências que daí resultaram;

como foi tratada a situação (em tanto detalhe tanto quanto possível): número e tipo de pessoas envolvidas (pessoal / não pessoal); acções cometidas no período pós evento, tanto para o paciente como para os outros envolvidos, o resultado da análise de risco realizado no período pós acidente. Não se esqueça de assinar o documento.

6. Examine os seus sentimentos e emoções, o seu humor e sempre pergunte sempre para si mesma: "Como me sinto?". Lembre-se, reflectir e revêr seus sentimentos e emoções: primeiro uma reflexão pessoal, depois, compartilhar com os seus colegas. Se você ainda não está livre do que lhe aconteceu e teme que volte a acontecer, peça ajuda! Alguém irá ajudá-lo certamente!

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7. Lembre-se sempre de notificar o ocorrido ao Coordenador ou a quem possa dar seguimento ao caso para outras instâncias que dentro quer fora da Instituição

8. Se você é um coordenador ou têm outras responsabilidades de gestão:

certifique-se sobre a a saúde física e, sobretudo, a saúde mental dos seus funcionários: se a vítima de violência precisa de apoio médico e / ou psicológico e a que nível;

organize um sistema de arquivo para relatório de incidentes violentos com a documentação específica necessária para preencher e arquivar as cópias;

documente que instituições e que actividades dos sistemas de apoio da equipe foram envolvidas: balanço sobre o aconselhamento prestado ou necessário (com um especialista), (com um especialista e / ou colegas); reuniões de equipe para trabalhar os sentimentos e sensações, e rever os próprio evento;

identificar a magnitude do incidente (e os danos eventualmente) sobre o pessoal envolvido;

esclareça que a frase “salve-se quem puder” só deve ser considerada em caso de grande ameaça à integridade física e que devem ser imediatamente accionados todos os mecanismos de protecção tanto para si como para o agressor.

ETAPAS EM RESUMO: 3 PASSOS FUNDAMENTAIS

1. PREVENÇÃO. 2. Se, apesar de tudo, ainda ocorrem episódios de violência e agressão, controle

e tentar minimizar os possíveis efeitos. 3. Após o evento: apoie adequadamente os seus colegas e proteja-se a si

mesmo .

BIBLIOGRAFIA

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