investiga agressão sofrida por criança rodoviários

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[email protected] Tel.: 3216-1071 Polícia vai intimar babá de autista Delegada Thalita Rosal investiga agressão sofrida por criança autista filmada pela mãe da vítima e vai intimar a acusada. Página 7. Dois protestos contra a violência Rodoviários interditaram ontem a BR-316 e a Rodovia Arthur Bernardes para pedir mais segurança para a categoria. Página 8. Três mortos em “acerto” T rês pessoas foram assassi- nadas a tiros dentro de um apartamento anteontem à noite, em Santa Isabel do Pará, município do nordes- te do Estado. As vítimas - dois homens e uma mulher - foram atingidas por vários tiros de calibre ponto 40 (uso exclusivo das polícias) e há indícios de que integrassem uma quadrilha es- pecializada em roubos a ban- cos. Dois homens numa moto foram vistos no local do crime e fugiram logo em seguida. O imóvel foi totalmente revirado, como se os assassinos estives- sem procurando algo. Policiais que investigam os crimes acre- ditam que a motivação foi acer- to de contas. Dois suspeitos já foram identificados. Os dois homens na moto chegaram ao bairro Santa Lúcia, um conjunto de prédios conhe- cido pelo nome de “Carandiru”, com acesso pela rodovia PA- 140, entre 20h e 21h. Uma das vítimas, Ivaneide Tavares de Azevedo, de 35 anos, morava no último bloco, em um apar- tamento no segundo andar. Testemunhas disseram que ela estava na frente do bloco (andar térreo) conversando com o com- panheiro, identificado apenas pelo prenome Cristiano e com um homem conhecido como “Zé Pequeno”, as outras duas vítimas. Os desconhecidos já chegaram atirando. Ivaneide, Cristiano e “Zé Pe- queno” correram para dentro do apartamento e foram perse- guidos pelos dois homens. “En- contramos farta munição ponto 40. Só a Ivaneide foi morta com cinco tiros na cabeça. Havia marcas de tiro por todo o apar- tamento, que ficou revirado. En- traram para matar e encontrar algo. Deve ter ocorrido alguma desavença na facção e estamos investigando. A solução desse caso ainda poderá levar à pri- são dos demais membros da BELÉM, QUINTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2016 Polícia atribui execuções de uma mulher e dois homens à guerra entre duas facções criminosas. Uma das vítimas era assaltante e teria enganado restante da quadrilha especializada em saidinhas bancárias. FOTOS: ELIVALDO PAMPLONA/ O LIBERAL das escadas de acesso ao se- gundo andar. De acordo com informações preliminares, os bandidos usaram duas pisto- las para executar as vítimas. De acordo com o sargento Siqueira, fiscal interativo do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM), a dupla ainda não havia sido encontrada até o início da madrugada de ontem. “Fomos acionados por mototaxistas e quando chegamos aqui não havia mais nada a fazer pelas vítimas, que já estavam sem vida. Os acusados escaparam e ainda não foram localizados”, explicou. Ainda no local do crime surgiram denúncias de que Cristiano era envolvido com assaltos e fazia parte de uma quadrilha que planejava co- meter um roubo nos próximos dias. Entretanto, uma parte da quadrilha soube que Cristiano e outros comparsas já haviam cometido o assalto e então re- solveram ir atrás do parceiro para puni-lo. A mulher supos- tamente foi morta apenas por estar no local juntamente com o alvo. Não se sabe de “Zé Pe- queno” também era procura- do pelos assassinos. Moradores do local conta- ram que o conjunto de prédios estava sendo construído pelo Governo Federal através de convênio com a Caixa, com to- dos os apartamentos destina- dos a pessoas de baixa renda. Entretanto, as obras não foram concluídas e estavam paradas há mais de dois anos. Por causa do abandono, os apar- tamentos foram invadidos há cerca de cinco meses. Ex-presidiário executado a tiros de pistola ao final de perseguição João de Jesus, 48 anos, foi assassinado com 13 disparos de arma de fogo, ontem à tar- de, no Pratinha II. Pelo menos quatro pessoas perseguiram a vítima, que ainda tentou se refugiar em uma casa, mas foi alcançada e morta pelos cri- minosos. O crime está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil. A execução ocorreu por volta do meio-dia. A vítima foi identificada apenas como João de Jesus, já que não foram en- contrados documentos com o homem. O nome foi descober- to depois que policiais civis li- garam para um dos números Vítimas se refugiaram em apartamento, mas foram perseguidas e baleadas várias vezes pelos dois assassinos. Uma delas vítimas estava debaixo de uma cama em um dos quartos do imóvel. Criminosos vasculharam o apartamento onde as vítimas foram executadas quadrilha”, explicou o delegado Paulo Henrique Ribeiro Júnior, da Delegacia de Santa Isabel. Inicialmente apenas os cor- pos de Ivaneide e de “Zé Peque- no” foram encontrados pelas poucas pessoas que correram para tentar ajudar depois que os assassinos fugiram. A mulher foi morta no sofá e “Zé Pequeno” foi executado no quarto. O filho da vítima, que preferiu não ter seu nome divulgado, chegou a comentar que Cristiano havia conseguido escapar. “O namora- do dela também estava com eles, mas fugiu”, disse. Nem mesmo os peritos criminais tinham co- nhecimento do terceiro corpo. Depois de a perícia no local de crime ter sido feita nos cor- pos da mulher e do amigo, os peritos fizeram uma revista pelo apartamento e acabaram encontrando o terceiro morto, que estava debaixo de uma cama. Ele foi identificado co- mo “Cristiano” e a informação chocou todos os moradores. “Jamais pensamos que pode- ria acontecer isso, três pessoas assassinadas dessa maneira cruel”, disse um dos moradores do conjunto, que preferiu man- ter a identidade em sigilo. MARCAS O filho da vítima contou que estava com a mãe mo- da lista telefônica do celular da vítima. Quem atendeu se identifi- cou como um familiar e infor- mou aos policiais que a vítima se chamava “João de Jesus”. O parente também revelou que a vítima cumpriu pena de 18 anos de prisão e estava em li- berdade há poucos meses. Uma equipe da Divisão de Homicídios, comandada pelo delegado Eduardo Rollo, e ou- tra da Perícia Criminal do Cen- tro de Perícia Científica Renato Chaves (CPC) foram desloca- das para o local do crime. O homicídio ocorreu na rua Paulo Guilherme. A vítima foi perseguida pelos assassinos. Pelo menos quatro pessoas armadas participaram da ação que resultou na morte da vítima. Ao perceber que seria al- cançado, João de Jesus ten- tou se refugiar em uma casa. Entretanto, os perseguidores também invadiram o imóvel e encurralaram a vítima no quintal, onde ocorreu a exe- cução. No corpo da vítima, a pericia identificou 13 lesões efetuadas por diversos ca- libres de arma de fogo. De pistolas 380, ponto 40 e 45, armas de grosso calibre pri- vativas da Polícia. DIVULGAÇÃO João de Jesus foi perseguido e encurralado pelos quatro matadores mentos antes do fato. “Eu tive que sair e depois só recebi a notícia. Então não sei bem co- mo tudo aconteceu”, afirmou. Ele também não soube dizer o que pode ter motivado os crimes. No local era possível ver as marcas da violência. O vidro da porta de entrada do bloco quebrou com um dispa- ro e marcas de bala também eram vistas na parede acima Preso suspeito de matar cabo com tiro na nuca Adelson Ribeiro da Pai- xão, 26 anos, foi preso ontem durante uma ronda da Polícia Militar, na Estrada do 40 Ho- ras. Ele é suspeito de ter en- volvimento na morte do cabo Marco Antônio Corrêa, assas- sinado durante uma briga de trânsito no conjunto Jardim Sevilha. O crime ocorreu no dia 6 de setembro do ano pas- sado. A vítima, Marco Antônio Corrêa, foi morta com paula- das, pedradas e um tiro. O ho- micídio ocorreu no conjunto Jardim Sevilha, localizado na Avenida Augusto Montenegro, em Belém. A vítima foi ao conjunto para deixar a esposa na ca- sa de uma amiga. No local, a esposa teria se envolvido em uma colisão entre dois carros. Durante a discussão por causa da colisão, a vítima foi agredi- da e em seguida, atingida com um tiro na nuca. As investigações da equipe de policiais civis da Divisão de Homicídios, comandada pela delegado Eduardo Rollo, re- velaram que Adelson Ribeiro da Paixão, 26 anos, é uma das pessoas envolvidas no crime. Um mandado de prisão pre- ventiva contra ele foi decre- tado no dia 24 de setembro passado. A prisão foi efetuada ontem de amanhã por uma guarnição de policiais milita- res que realizavam uma ronda ostensiva de rotina. Adelson estava na Estrada do 40 Horas quando os poli- ciais o reconheceram. Na épo- ca do crime, ele teve as ima- gens divulgadas na imprensa. Após uma revista, foram en- contradas petecas de cocaína em pó com o suspeito. Ele foi levado à Seccional da Cidade Nova, onde foi descoberto a existência do mandado de pri- são. O suspeito já cumpriu pe- na por tentativa de homicídio e tráfico de drogas. Após a sua identificação, ele foi levado até a sede da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, na avenida Magalhães Barata, onde prestou depoimento. Ele nega a autoria do crime e afir- ma que não tem informações sobre os demais envolvidos no ataque ao policial. No entanto, ele admite que presenciou a confusão. “Eu apenas vi a confusão e comprei a arma do cabo depois do crime. Quando vi que estavam me procuran- do, eu devolvi e não quis mais saber. Quem eu sei que partici- Adelson admite ter comprado a arma tomada do PM IVAN DUARTE / ESPECIAL OLIBERAL

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[email protected] Tel.: 3216-1071

Polícia vai intimar babá de autistaDelegada Thalita Rosal investiga agressão sofrida por criança autista filmada pela mãe da vítima e vai intimar a acusada. Página 7.

Dois protestos contra a violênciaRodoviários interditaram ontem a BR-316 e a Rodovia Arthur Bernardes para pedir mais segurança para a categoria. Página 8.

Três mortos em “acerto”

Três pessoas foram assassi-nadas a tiros dentro de um apartamento anteontem à noite, em Santa Isabel

do Pará, município do nordes-te do Estado. As vítimas - dois homens e uma mulher - foram atingidas por vários tiros de calibre ponto 40 (uso exclusivo das polícias) e há indícios de que integrassem uma quadrilha es-pecializada em roubos a ban-cos. Dois homens numa moto foram vistos no local do crime e fugiram logo em seguida. O imóvel foi totalmente revirado, como se os assassinos estives-sem procurando algo. Policiais que investigam os crimes acre-ditam que a motivação foi acer-to de contas. Dois suspeitos já foram identificados.

Os dois homens na moto chegaram ao bairro Santa Lúcia, um conjunto de prédios conhe-cido pelo nome de “Carandiru”, com acesso pela rodovia PA-140, entre 20h e 21h. Uma das vítimas, Ivaneide Tavares de Azevedo, de 35 anos, morava no último bloco, em um apar-tamento no segundo andar. Testemunhas disseram que ela estava na frente do bloco (andar térreo) conversando com o com-panheiro, identificado apenas pelo prenome Cristiano e com um homem conhecido como “Zé Pequeno”, as outras duas vítimas. Os desconhecidos já chegaram atirando.

Ivaneide, Cristiano e “Zé Pe-queno” correram para dentro do apartamento e foram perse-guidos pelos dois homens. “En-contramos farta munição ponto 40. Só a Ivaneide foi morta com cinco tiros na cabeça. Havia marcas de tiro por todo o apar-tamento, que ficou revirado. En-traram para matar e encontrar algo. Deve ter ocorrido alguma desavença na facção e estamos investigando. A solução desse caso ainda poderá levar à pri-são dos demais membros da

BELÉM, QUINTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2016

Polícia atribui execuções de uma mulher e dois homens à guerra entre duas facções criminosas. Uma das vítimas era assaltante e teria enganado restante da quadrilha especializada em saidinhas bancárias.

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das escadas de acesso ao se-gundo andar. De acordo com informações preliminares, os bandidos usaram duas pisto-las para executar as vítimas.

De acordo com o sargento Siqueira, fiscal interativo do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM), a dupla ainda não havia sido encontrada até o início da madrugada de ontem. “Fomos acionados por mototaxistas e quando chegamos aqui não havia mais nada a fazer pelas vítimas, que já estavam sem vida. Os acusados escaparam e ainda não foram localizados”, explicou.

Ainda no local do crime surgiram denúncias de que Cristiano era envolvido com assaltos e fazia parte de uma quadrilha que planejava co-meter um roubo nos próximos dias. Entretanto, uma parte da quadrilha soube que Cristiano e outros comparsas já haviam cometido o assalto e então re-solveram ir atrás do parceiro para puni-lo. A mulher supos-tamente foi morta apenas por estar no local juntamente com o alvo. Não se sabe de “Zé Pe-queno” também era procura-do pelos assassinos.

Moradores do local conta-ram que o conjunto de prédios estava sendo construído pelo Governo Federal através de convênio com a Caixa, com to-dos os apartamentos destina-dos a pessoas de baixa renda. Entretanto, as obras não foram concluídas e estavam paradas há mais de dois anos. Por causa do abandono, os apar-tamentos foram invadidos há cerca de cinco meses.

Ex-presidiário executado a tiros de pistola ao final de perseguiçãoJoão de Jesus, 48 anos, foi

assassinado com 13 disparos de arma de fogo, ontem à tar-de, no Pratinha II. Pelo menos quatro pessoas perseguiram a vítima, que ainda tentou se refugiar em uma casa, mas foi alcançada e morta pelos cri-minosos. O crime está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil.

A execução ocorreu por volta do meio-dia. A vítima foi identificada apenas como João de Jesus, já que não foram en-contrados documentos com o homem. O nome foi descober-to depois que policiais civis li-garam para um dos números

Vítimas se refugiaram em apartamento, mas foram perseguidas e baleadas várias vezes pelos dois assassinos. Uma delas vítimas estava debaixo de uma cama em um dos quartos do imóvel.

Criminosos vasculharam o apartamento onde as vítimas foram executadas

quadrilha”, explicou o delegado Paulo Henrique Ribeiro Júnior, da Delegacia de Santa Isabel.

Inicialmente apenas os cor-pos de Ivaneide e de “Zé Peque-no” foram encontrados pelas poucas pessoas que correram para tentar ajudar depois que os assassinos fugiram. A mulher foi morta no sofá e “Zé Pequeno” foi executado no quarto. O filho da vítima, que preferiu não ter seu nome divulgado, chegou a comentar que Cristiano havia conseguido escapar. “O namora-do dela também estava com eles, mas fugiu”, disse. Nem mesmo os peritos criminais tinham co-nhecimento do terceiro corpo.

Depois de a perícia no local

de crime ter sido feita nos cor-pos da mulher e do amigo, os peritos fizeram uma revista pelo apartamento e acabaram encontrando o terceiro morto, que estava debaixo de uma cama. Ele foi identificado co-mo “Cristiano” e a informação chocou todos os moradores. “Jamais pensamos que pode-ria acontecer isso, três pessoas assassinadas dessa maneira cruel”, disse um dos moradores do conjunto, que preferiu man-ter a identidade em sigilo.

MARCAS

O filho da vítima contou que estava com a mãe mo-

da lista telefônica do celular da vítima.

Quem atendeu se identifi-cou como um familiar e infor-mou aos policiais que a vítima se chamava “João de Jesus”. O parente também revelou que a vítima cumpriu pena de 18 anos de prisão e estava em li-berdade há poucos meses.

Uma equipe da Divisão de Homicídios, comandada pelo delegado Eduardo Rollo, e ou-tra da Perícia Criminal do Cen-tro de Perícia Científica Renato Chaves (CPC) foram desloca-das para o local do crime.

O homicídio ocorreu na rua Paulo Guilherme. A vítima foi

perseguida pelos assassinos. Pelo menos quatro pessoas armadas participaram da ação que resultou na morte da vítima.

Ao perceber que seria al-cançado, João de Jesus ten-tou se refugiar em uma casa. Entretanto, os perseguidores também invadiram o imóvel e encurralaram a vítima no quintal, onde ocorreu a exe-cução. No corpo da vítima, a pericia identificou 13 lesões efetuadas por diversos ca-libres de arma de fogo. De pistolas 380, ponto 40 e 45, armas de grosso calibre pri-vativas da Polícia.

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AÇÃO

João de Jesus foi perseguido e encurralado pelos quatro matadores

mentos antes do fato. “Eu tive que sair e depois só recebi a notícia. Então não sei bem co-mo tudo aconteceu”, afirmou. Ele também não soube dizer o que pode ter motivado os

crimes. No local era possível ver as marcas da violência. O vidro da porta de entrada do bloco quebrou com um dispa-ro e marcas de bala também eram vistas na parede acima

Preso suspeito de matar cabo com tiro na nucaAdelson Ribeiro da Pai-

xão, 26 anos, foi preso ontem durante uma ronda da Polícia Militar, na Estrada do 40 Ho-ras. Ele é suspeito de ter en-volvimento na morte do cabo Marco Antônio Corrêa, assas-sinado durante uma briga de trânsito no conjunto Jardim Sevilha. O crime ocorreu no dia 6 de setembro do ano pas-sado. A vítima, Marco Antônio Corrêa, foi morta com paula-das, pedradas e um tiro. O ho-micídio ocorreu no conjunto Jardim Sevilha, localizado na Avenida Augusto Montenegro, em Belém.

A vítima foi ao conjunto para deixar a esposa na ca-sa de uma amiga. No local, a esposa teria se envolvido em uma colisão entre dois carros. Durante a discussão por causa da colisão, a vítima foi agredi-da e em seguida, atingida com um tiro na nuca.

As investigações da equipe de policiais civis da Divisão de Homicídios, comandada pela delegado Eduardo Rollo, re-velaram que Adelson Ribeiro da Paixão, 26 anos, é uma das pessoas envolvidas no crime. Um mandado de prisão pre-ventiva contra ele foi decre-

tado no dia 24 de setembro passado. A prisão foi efetuada ontem de amanhã por uma guarnição de policiais milita-res que realizavam uma ronda ostensiva de rotina.

Adelson estava na Estrada do 40 Horas quando os poli-ciais o reconheceram. Na épo-ca do crime, ele teve as ima-gens divulgadas na imprensa. Após uma revista, foram en-contradas petecas de cocaína em pó com o suspeito. Ele foi levado à Seccional da Cidade Nova, onde foi descoberto a existência do mandado de pri-são. O suspeito já cumpriu pe-

na por tentativa de homicídio e tráfico de drogas.

Após a sua identificação, ele foi levado até a sede da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, na avenida Magalhães Barata, onde prestou depoimento. Ele nega a autoria do crime e afir-ma que não tem informações sobre os demais envolvidos no ataque ao policial. No entanto, ele admite que presenciou a confusão. “Eu apenas vi a confusão e comprei a arma do cabo depois do crime. Quando vi que estavam me procuran-do, eu devolvi e não quis mais saber. Quem eu sei que partici-

Adelson admite ter comprado a arma tomada do PM

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O LIBERALBELÉM, QUINTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2016 POLÍCIA 7

CIDADESRodoviários fazem manifestações contra a violência. Página 8.

Um novo depoimento foi dado à diretora da Divisão de Atendimento ao Ado-

lescente (Data), Thalita Rosal, na manhã de ontem, a respeito do caso da criança de sete anos, que é autista e tem síndrome de Down, agredida por sua babá. A agressão foi registrada por câ meras de segurança instaladas no imóvel. A família da criança ainda está abalada e aguarda um posicionamento da justiça. A babá deve ser intimada nos próximos dias para dar sua versão a respeito do caso.

Na manhã de ontem, a de-legada Thalita Rosal escutou a quarta testemunha do caso,

BARBARIDADEPolícia ouviu ontem o depoimento de mais uma testemunha da agressão à autista

Assaltantes presos com automóvel de vereador

nhando o caso de perto.A mãe da menina ainda es-

tá abalada e disse que só vai fi-car tranquila quando a mulher que maltratou sua filha pagar pelo que fez. Ela disse que na

quinta-feira passada resolveu colocar uma câmera de segu-rança em sua residência após estranhar o comportamento da menina. Na sexta-feira à noite, ao ver o vídeo constatou

o que vinha desconfiando.“Nós ficamos revoltados,

pois é muita covardia de uma pessoa fazer isso com uma criança. Ainda mais minha filha que já passou por tantas

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O vereador de Ananindeua Cley Alves (PT) sofreu um se-questro relâmpago e teve o carro roubado na noite de an-teontem, naquele município. O carro dele, o Fiat vermelho de placas OSY-8282, foi intercep-tado por quatro assaltantes, um deles armado de pistola, na BR-316, próximo ao Banpa-rá, por volta das 21 horas. O ve-reador ficou uma hora e meia em poder dos criminosos e foi abandonado em Benevides. O

carro foi recuperado somente na tarde de ontem.

O vereador contou à repor-tagem que o carro foi invadi-do por quatro assaltantes. Um deles assumiu o volante, dois ficaram no banco traseiro e outro se apertou com o verea-dor no banco dianteiro do pas-sageiro. Sob a mira da arma de fogo, o vereador teve subtraído os objetos pessoais, como celu-lar, relógio, notebook e porta-cédulas e, ainda, foi obrigado a

abastecer o veículo num posto de combustíveis da Avenida Pedro Álvares Cabral com a Avenida Tavares Bastos.

“Eles disseram que não que-riam fazer nada comigo e nem queriam ficar com o carro, mas queriam usar o veículo para re-alizar assaltos”, contou a vítima, que não foi reconhecida como vereador. Cley foi deixado por volta das 22h10, em Benevides. Ele registrou boletim de ocor-rência do assalto na Central de

Flagrantes da Cidade Nova.O próprio vereador infor-

mou à reportagem que o carro foi localizado na barreira da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), na Estrada de Mosquei-ro, com quatro ocupantes. O veículo e os suspeitos foram inicialmente encaminhados para a Delegacia de Benevides e, de lá, seguiram para a Cen-tral de Flagrantes de Marituba, onde seria lavrado o procedi-mento policial.

Mulher acredita que o filho desaparecido já tenha sido assassinado

Fábio Serra dos Santos, de 16 anos, está desaparecido desde a tarde do último do-mingo, 24, quando foi para um almoço de aniversário de um amigo no Jardim Amazonex, em Icoaraci. O jovem saiu so-zinho, sem documentos e sem dinheiro. A família apenas soube que depois da festa ele saiu com duas adolescentes e

Marilda e Fábio: jovem sumiu após ir a um almoço

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As duas adolescentes con-firmaram que estavam com ele, mas ambas deram versões diferentes sobre o que aconte-ceu depois que foram a Outei-ro. Foi então que ela procurou a polícia e registrou o sumiço na Delegacia de Outeiro. O ca-so tramitou para a Seccional de Icoaraci, que dará anda-mento às investigações.

“Meu filho não tinha envol-vimento com crime. É um ra-paz bom, que sequer dormia fora de casa ou ficava fora até tarde. Porém, faz algum tem-po que saía sem dar satisfação, mas voltava logo. Estava para-do dos estudos desde a sétima

série e não estava trabalhan-do. Estamos pedindo ajuda para encontrar, mas eu acho que meu filho já está morto”, disse, chorando.

Fábio estava usando um boné preto, camisa azul com listras laranjas, bermuda je-ans com listras laranjas e san-dálias verdes. Ele possui uma tatuagem do nome “Mari” (apelido que deu à mãe dele) no braço. Quem tiver informações sobre o paradeiro do jovem, pode informar pelos telefones 99351-2654 (Marilda), 98080-4385 (Cilene, tia dele), pelo 190 ou pelo Disque-Denúncia (181, não é preciso se identificar)

Delegada Thalita ouviu testemunha dos maus-tratos e vai intimar a babá (acima)

MISTÉRIODesconhecido cobra R$ 300,00 que teria dado para o adolescente guardar

Vinte detentos fogem do regime semiabertoVinte detentos da Colônia

Penal Agrícola de Santa Isabel (CPASI) fugiram no final da noi-te de terça-feira, 26. Todos esta-vam cumprindo pena no regi-me semiaberto, o que dá direito, mediante autorização judicial, a trabalhar ou estudar, conforme garante a Lei de Execução Penal do Brasil (lei federal 7.210/1984), mas com horário para retorno. Como até o final da tarde de ontem nenhum deles havia retornado, agora são conside-rados foragidos e passam a ser

procurados pelas polícias Civil e Militar.

A Superintendência do Sis-tema Penitenciário do Estado (Susipe) confirmou a fuga da CPASI, no Complexo Peniten-ciário de Santa Isabel. Quem tiver informações que possam ajudar a localizar os foragidos pode colaborar com a Polícia Civil informando pelo Disque-Denúncia (181) ou pelo Centro Integrado de Operações (Ciop, 190). A identidade do infor-mante é preservada e a ligação

é gratuita. Após recapturados, os foragidos deverão ser puni-dos e passam para o regime fechado.

INVESTIGAÇÕES

Policiais civis da Delega-cia de Santa Isabel do Pará continuam as buscas aos as-sassinos do agente prisional Arley Júnior Silva Ferreira, que trabalhava no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará (CRPP) I, e foi morto

com quatro tiros no rosto, em via pública, por dois ho-mens que fugiram em uma moto, no dia 15 de janeiro. O agente foi abordado na rua do Fogo, bairro Juazeiro, e não teve chances de defesa. A delegada Rafaella de Fáti-ma Lopes pede que quem ti-ver informações que possam ajudar na identificação dos assassinos ligar para o Dis-que-Denúncia (181). A ligação é gratuita e não é preciso se identificar.

Mãe cobra punição de babá agressoraVítima, que também sofre de síndrome de Down, foi filmada sendo agredida

coisas”, disse a mãe revoltada. A mãe da criança conhece a cuidadora há cinco anos, mas ela não trabalha na casa da fa-mília todo esse período.

“O primeiro período que ela trabalhou comigo foi até os dois anos da minha filha. Nessa época, nós descobri-mos que ela estava com leu-cemia e nos mudamos para São Paulo e perdi o contato com ela (cuidadora). Quando foi em maio do ano passado eu estava precisando de babá e voltei a procurá-la. Foi quan-do ela passou a trabalhar co-migo novamente. Me arrepen-do tanto”, disse a mãe.

foi para Outeiro. As duas retor-naram para casa, mas ele não. No dia seguinte, um homem apareceu cobrando dinheiro da mãe dele, Marilda Barbosa da Serra.

Chorosa e desesperada, Marilda acredita que o filho já está morto, mas pretende encontrá-lo. Para ela, o ho-mem que apareceu cobrando dinheiro tem a ver com o ca-so. “Ele disse que havia entre-gue R$ 300 na mão do meu filho no domingo, pedindo para ele guardar. Disse que ele não poderia ter feito isso, já que ele é adolescente e não tinha dinheiro. Aí respondeu

Marcado para morrer é executado por homens que estavam em carro

Thiago Reis Barbosa, de 24 anos, foi morto a tiros ontem a noite no Aurá, em Ananin-deua, na Região Metropolita-na de Belém (RMB). A polícia investiga para descobrir a mo-tivação do crime. Um possível suspeito foi identificado, po-rém ele ainda não havia sido preso até o fechamento desta edição. Segundo informações preliminares recebidas pelas autoridades, Thiago estava “marcado” para morrer desde o assassinato de um soldado

assassinos retornaram ao ve-ículo e fugiram. O vizinho da vítima não foi atingido pelos tiros.

Segundo apurações preli-minares, Thiago estava inclu-ído em uma lista de pessoas marcadas para morrer. A lista teria sido feita após o assassi-nato do soldado dos bombei-ros Anderson Carlos Zeferino Leal, 32, no último dia 18. Ain-da não se sabe porque exata-mente o rapaz estava incluído na lista, já que foram dadas versões diferentes sobre o relacionamento dele com o militar. Enquanto algumas pessoas contaram que eles fa-ziam parte de grupos rivais, também surgiu a informação de que eram conhecidos e até amigos.

REAÇÃOLista com outros nomes foi feita após morte de soldado Bombeiro

que não teve o nome divulgado. “Nós estamos colhendo vários depoimentos e, paralelamente a isso a criança está passando por exames para que sejam avaliados pela perícia do Cen-tro de Perícias Científicas Re-nato Chaves e está recebendo atendimento psicológico”, dis-se a delegada. Após interrogar todas as testemunhas, a dele-gada disse que vai indiciar a cuidadora, para que ela dê sua versão a respeito do caso.

O que a polícia percebeu até o momento, por meio das ima-gens do sistema de segurança, é de que a menina foi vítima de maus-tratos, mas somente após o laudo dos exames pe-riciais a polícia vai identificar os crimes que a criança foi ví-tima. Os familiares da meni-na compareceram na unidade policial, na manhã de ontem, pois desde quando descobri-ram a violência estão acompa-

PLANTÃO

Polícia caça assaltantes no PiriáEquipes das Polícias Civil e Militar retomaram ontem as buscas aos integrantes de uma quadrilha que assaltou um banco em Nova Esperan-ça do Piriá, no nordeste do Pa-rá, na última terça-feira (26) e levou como reféns dois segu-ranças e o gerente da agência. Segundo a polícia, um heli-cóptero está sendo usado para percorrer a rota usada pelos bandidos para a fuga. O fun-cionário foi amarrado na fren-te de um dos carros usados

pelos criminosos e libertado a cerca de 10 quilômetros de distância do banco. Apesar do risco, ele não sofreu feri-mentos. Os dois seguranças também foram liberados. O outro carro usado na fuga foi abandonado em uma área de mata, localizada a 40 quilô-metros do local do assalto. A câmera de um telefone de ce-lular registrou a fuga de ban-didos após o assalto e mostra o gerente sendo usado como escudo humano.

Refém foi amarrado no carro durante fuga do bando

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que era acostumado a fazer isso e que já havia deixado

até R$ 1 mil com ele. Nunca soube disso”, disse.

do Corpo de Bombeiros, há nove dias, em Águas Brancas, também em Ananindeua. A principal suspeita é que Thiago tenha algum tipo de envolvimento com a morte do soldado.

O crime ocorreu por volta das 19h30 na Quadra 39 do Aurá, próximo a uma praça. O rapaz estava conversando com o vizinho na frente de uma residência quando um carro preto passou na rua e parou mais à frente. Dois ho-mens desceram do veículo e foram na direção de Thiago, que ainda chegou a correr quando percebeu a ameaça. Testemunhas contaram que ouviram dois ou três dispa-ros. Thiago foi alcançado, baleado e morreu na hora. Os

Thiago teria sido alertado sobre uma suposta lista de “marcados para morrer”

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O LIBERAL8 POLÍCIA

CIDADESO LIBERAL BELÉM, QUINTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2016

Rodoviários fecham vias

Cerca de 30 ônibus foram usados pelos rodoviários para interditar parcial-

mente a rodovia BR-316, no sentido de Belém, por cerca de três horas, ontem. O pro-testo ocorreu em frente ao 6º Batalhão de Polícia Militar, em Ananindeua, tendo início às 16h30. Os manifestantes

reivindicavam a melhoria do serviço de segurança pública no final das linhas de ônibus do bairro do Icuí-Guajará, on-de os assaltos são diários, de acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba, Tito Melo.

O protesto dos rodoviários que trabalham nas linhas Icuí/Presidente Vargas e Icuí/Ver-o-Peso, operacionalizadas pelas empresas Viação Forte e Fênix, teve início pela manhã, no final da linha. Porém, como a exigência da presença do co-mando do 6º Batalhão da PM

no local não foi atendida, os rodoviários decidiram se diri-gir para a porta do batalhão. A via só foi liberada por volta das 19h30, após se reunirem com o comando do batalhão.

O major Fábio Barra asse-gurou o envio de uma unidade móvel da PM para fazer a se-gurança no local, entre as 18 e 20 horas, seguida do envio de uma viatura da corporação até as 22 horas, além da manu-tenção da câmera de vigilância do Centro Integrado de Opera-ções (Ciop), que foi instalada no local. Além disso, o major Barra e o coronel Barros fica-

ram de ir ao final da linha hoje conversar com a população.

Cerca de 30 ônibus foram estacionados em frente ao ba-talhão, em fila dupla, deixando apenas uma faixa da BR-316 liberada para o fluxo do trân-sito. Cerca de 50 rodoviários se concentraram no local. Eles exi-giam que uma comissão fosse

recebida pelo comando do 6o Batalhão, conforme explicou o policial rodoviário federal Da-niel Toledo, que acompanhou o protesto junto a outros agentes da PRF. “Eles queriam inter-ditam a via totalmente, mas conseguimos convencê-los a liberar uma faixa.”

“Todas as vezes que nego-ciamos com o secretário de Se-gurança Pública e o comando da Polícia Militar, as promessas não são atendidas. Queremos uma viatura no final da linha do Icuí. Os assaltos são cons-tantes contra passageiros e ro-doviários. Somos humilhados

diariamente. Tivemos assaltos no local na última sexta-feira, sábado e domingo (22, 23 e 24). Instalaram uma câmera no lo-cal, que fica muito distante”, reclamou Tito Melo.

“Infelizmente, a PM tem uma gama de pessoas para atender, não apenas os ro-doviários. A gente entende o que está acontecendo. te-mos um grupo de Whatsapp disponível para atender os rodoviários. Vamos resolver da melhor maneira possível”, disse o Major Fábio Barra, que recebeu uma comissão de ro-doviários para negociar.

MANIFESTAÇÃOEles usaram ônibus para protestar contra a violência, na BR-316 e Telégrafo

A PM enviará uma unidade móvel para fazer a segurança no Icuí-Guajará

Na manhã de ontem, trabalhadores fecharam cruzamento no TelégrafoRodoviários liderados pela

chapa “Oposição Rodoviária”, com apoio da União Geral dos Trabalhadores (UGT-Pará), realizaram um protesto que fechou os cruzamentos da ro-dovia Arthur Bernardes e ave-nida Pedro Álvares Cabral, no bairro do Telégrafo, em Belém, na manhã de ontem. O motivo da manifestação são os cons-tantes assaltos a ônibus ao longo das duas artérias, e que ocorrem a qualquer hora do

dia, noite ou madrugada, in-clusive com registros de mor-tes e ferimentos de motoristas e cobradores, além de passa-geiros que têm seus pertences roubados e ainda são humi-lhados pelos bandidos.

Inicialmente, a manifes-tação fechou apenas a rodo-via Arthur Bernardes, mas, à medida que as horas iam se passando e aumentando o engarrafamento, os ânimos foram se exaltando e a Pedro

Álvares Cabral terminou sen-do fechada também, o que gerou muito bate-boca entre manifestantes, dirigentes sin-dicais e transeuntes. Contudo, muitos moradores do Telégra-fo e Barreiro disseram apoiar o movimento, tendo em vista que os assaltos acontecem quase todos os dias e os assal-tantess quase nunca são iden-tificados e presos.

Durante a manifestação, quando dezenas de ônibus

de variadas empresas foram estacionados no meio das pis-tas para impedir o tráfego de outros veículos, um homem que não chegou a ser identi-ficado, jogou uma pedra que quebrou o vidro traseiro de um dos ônibus.

Segundo os sindicalista Edilberto Ventania e Faustão Castro, a manifestação era pa-ra chamar atenção das autori-dades sobre o perigo de vida que vivem motoristas, cobra-

dores e passageiros de ônibus. Eles também disseram que, muitas vezes, são obrigados a ressarcir as empresas quan-to aos valores levados pelos ladrões, não obstante o fato de sempre comunicarem os roubos nas unidades policiais mais próximas da ocorrência do crime. Por isso, a ideia era não abrirem as ruas enquanto não houvesse uma manifesta-ção oficial sobre os fatos.

Em nota, a Polícia Militar se

comprometeu a intensificar o policiamento em trechos da rodovia Arthur Bernardes, Ber-nardo Sayão e de outras vias da área metropolitana de Belém, investigar os casos de violência praticados contra motoristas, cobradores e passageiros e iniciar a troca de informações entre rodoviários e a Polícia Militar. O objetivo é prevenir os roubos dentro de coletivos e a violência cometida contra usuários e trabalhadores.

Motorista fica ferido após colisãoUm automóvel teve sua fren-

te totalmente destruída após se chocar contra a traseira de um caminhão, ontem à tarde, na avenida Independência, em Ananindeua. Chovia no momen-to do acidente. O condutor do Honda Fit prata de placas JWA-9614, Jonatan Nunes Peixoto, de 19 anos, sofreu escoriações leves e foi atendido por uma ambulância no local. Segundo o sargento Edmundo Dias, da 1ª Companhia do 29o Batalhão da Polícia Militar, o motorista do caminhão de placas NSF-4239, Antônio Carlos Quadros do Nascimento, de 21 anos, decidiu

parar à beira da pista, sobre a ci-clovia, devido à dificuldades de visualização durante a chuva, o que causou o acidente.

A versão relatada pelo po-licial, que foi um dos militares que esteve no local para dar apoio, foi confirmada pelo mo-torista do Honda Fit. “Tinha um caminhãozinho na minha fren-te, que desviou. Quando vi já es-tava em cima do caminhão. Não deu tempo de tirar.” O Honda bateu com a dianteira esquerda na traseira no caminhão, que transportava blocos de concre-to. Em seguida, o Fit rodopiou, ficando atravessado na pista.

A carga não se desprendeu do caminhão. O condutor foi salvo pelo airbag. Jonatan estava so-zinho no automóvel. “Acho que foi perda total”, calculou.

A via ficou totalmente blo-queada no sentido Belém-Ana-nindeua. O tráfego foi desvia-do pelo acostamento. A perícia do Detran foi acionada para verificar as causas do acidente. E os agentes do Departamento Municipal de Trânsito (Demu-tran) foram acionados para organizar o fluxo de veículos. O motorista do caminhão foi procurado, mas não quis co-mentar o acidente.

No Telégrafo, o protesto fechou o cruzamento da Arthur Bernardes com a Pedro Álvares Cabral. Na rodovia BR-316, o fluxo ficou parcialmente fechado por três horas.

Ciop promete intensificar campanhas contra os trotes, que chegam a 35%Em 2015, o número de tro-

tes registrados pelo Centro Integrado de Operações (Ciop) na Região Metropolitana de Belém caiu 7% em relação ao ano anterior. Os dados cons-tam de um balanço divulgado ontem pelo órgão, que centra-liza as ocorrências relatadas por meio do número 190 e as encaminha aos organismos responsáveis dentro do Siste-ma de Segurança Pública e De-fesa Social do Estado (Polícia

Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Detran, Susipe e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves). A meta para este ano é reduzir ainda mais esses registros.

Em 2015, o Ciop recebeu 3.427.134 ligações. Dessas, 1.196.373, o equivalente a 35% das chamadas feitas ao servi-ço 190, foram ligações falsas, o famoso trote. Mesmo diante da redução desses números em 7% na comparação com

o balanço de 2014, motivada principalmente pelas campa-nhas de conscientização fei-tas nas escolas e pelos meios de comunicação, a direção do Centro pretende intensificar as ações de esclarecimento junto ao público jovem, principal-mente. “Fizemos uma pesqui-sa e detectamos que a maioria dos trotes é feita por adoles-centes, e costumam aumentar no período de férias escolares. Muitos foram feitos inclusive

de orelhões públicos. Assim, criamos campanhas de cons-cientização diretamente nas escolas, para alertar os jovens sobre o prejuízo que essas ligações causam ao serviço”, informa o coronel Heyder Cal-deraro, diretor do Ciop.

Segundo ele, nem todas as ligações que não geram ocorrências são consideradas prejudiciais . “Muita gente liga para pedir informações ou até mesmo agradecer por qualquer

tipo de serviço. Mas é preciso que a população se conscien-tize que o Ciop, acionado por meio do 190, existe para aten-der solitiações de urgência e emergência, na absoluta neces-sidade da população”, destaca.

A missão do Ciop inicia com o serviço de atendimento no Call Center 190, que funciona de forma ininterrupta. Durante o dia, o serviço é feito por pes-soas contratadas, e durante a noite, período em que ocorre

o maior número de ligações, é feito por militares. Depois de recebida a ligação, a denúncia é analisada, classificada e regis-trada no sistema I/CAD, que fi-ca disponibilizado online para os despachantes no Ciop. Cabe ao Centro Integrado a missão de acionar oportunamente as equipes (guarnições) responsá-veis por atender as ocorrências, o que no ano passado totaliza-ram 286.972 geradas a partir desse atendimento.

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O automóvel, modelo Honda Fit, bateu de frente, na traseira do caminhão

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