reciclagem tetra pak

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Universidade São Marcos Cecília Laís Fernandes Saraiva 056695 Letícia Lilian Natália Eu reciclo, eu transformo! São Paulo 2009

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Page 1: Reciclagem Tetra Pak

Universidade São Marcos

Cecília

Laís Fernandes Saraiva 056695

Letícia

Lilian

Natália

Eu reciclo, eu transformo!

São Paulo

2009

Page 2: Reciclagem Tetra Pak

A reciclagem é umas das alternativas para o tratamento do lixo urbano e

contribui diretamente para a conservação do meio ambiente. Ela trata o lixo como

matéria-prima que é reaproveitada para fazer novos produtos e traz benefícios para

todos, como a diminuição da quantidade de lixo enviada para aterros sanitários ou

usinas de tratamento de lixo orgânico, o desenvolvimento das indústrias de reciclagem,

a diminuição da extração de recursos naturais, a redução do consumo de energia, a

melhoria da limpeza da cidade e o aumento da conscientização dos cidadãos a respeito

do destino do lixo e gera empregos.

As embalagens Longa Vida uma das mais modernas, pois preserva alimentos por

muitos meses, além de mantê-los fora do alcance de bactérias e microorganismos.

Também têm vantagens ambientais, como a facilidade no transporte: uma embalagem

pesando menos de 30 gramas armazena mais que um quilo de leite e não necessita de

transporte refrigerado, evitando o consumo de óleo diesel, um recurso natural não

renovável, além de não necessitar de uma outra embalagem para proteção no transporte.

Além disso, dispensa por muitos meses a refrigeração, processo atualmente apontado

como o maior consumidor mundial de CFC (clorofluorcarbono). Com peso unitário

baixo, também exige menos quantidade de combustível para ser transportada,

contribuindo para diminuir a emissão de gases poluentes, que contribuem para o efeito

estufa.

O mercado de reciclagem de embalagens Longa Vida é muito grande, pois

envolve cooperativas de catadores, indústrias papeleiras, de plástico, fabricantes de

placas e telhas e de alta tecnologia, como a de plasma. Além disso, a reciclagem de

embalagens longa vida também contribui para o crescimento do mercado de produtos

reciclados, como os fabricados a partir de papel reciclado, de plástico reciclado como

vassouras e o de placas e telhas recicladas. Outro ponto a destacar é o leque de

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oportunidades que surge com o uso de uma matéria-prima alternativa para fabricação de

móveis, peças de escritórios entre outros a serem desenvolvidas.

Sabendo disso, a Tetra Pak procura apoiar diversas iniciativas que auxiliam na

correta destinação das embalagens longa vida. Essas iniciativas podem ser implantadas

tanto por iniciativa da prefeitura como pela organização de cooperativas de coleta de

materiais recicláveis (que podem ou não trabalhar em conjunto com o poder público) ou

ainda por iniciativas pessoais, de associações ou de empresas.

O apoio a municípios que já implantaram a coleta seletiva é feita por apoio técnico e

auxílio na educação da população com a distribuição de folhetos e materiais

informativos visando o aumento da quantidade de materiais coletados. Além disso, a

Tetra Pak auxilia com informações técnicas sobre a reciclagem das embalagens longa

vida e nos contatos iniciais com os recicladores.

Depois de separado pela população, o material é encaminhado para centros de

triagem, que fazem a separação entre os diversos tipos de materiais recicláveis, o

enfardamento e o envio para os diversos recicladores. Em muitos municípios, a central

de triagem é formada por uma cooperativa, que também pode ser responsável pela

coleta dos materiais.

A Tetra Pak também dá apoio ao trabalho das cooperativas, auxiliando com

informações técnicas sobre a reciclagem e o beneficiamento das embalagens longa vida,

além de fornecer material informativo para a comunidade em que a cooperativa está

inserida. Em alguns casos, a empresa auxilia na infra-estrutura da cooperativa cedendo

prensas manuais para preparação dos materiais para reciclagem.

A Tetra Pak também apóia iniciativas para a ampliação de pontos de entrega

voluntária, como os organizados pela “Campanha Pintou Limpeza”, da Rádio Eldorado

e outras empresas produtoras de embalagens. A campanha busca aumentar a

conscientização da população sobre o tema com a divulgação na programação da rádio,

exposições sobre reciclagem e a própria montagem de pontos de entrega voluntária,

onde se pode entregar materiais recicláveis.

A embalagem longa vida possui uma estrutura multicamadas que fornece a

proteção ideal aos alimentos nela depositados. Ela é formada por três materiais: papel,

plástico e alumínio, distribuídos em seis camadas.

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O papel representa cerca de 75% da embalagem, e sua celulose é extraída de florestas

replantadas e certificadas (FSC) passando por um processo produtivo livre de cloro até

chegar a Tetra Pak. Suas principais funções são dar suporte mecânico à embalagem e

receber a impressão. Traz as vantagens ambientais de ser um recurso natural renovável e

pode ser reciclado após o descarte.

O alumínio representa cerca de 5% da embalagem e tem a importante função de dar

proteção contra a entrada de luz, de oxigênio e de impedir a troca de aromas entre

alimento e o meio externo. Ele é extraído da bauxita e na embalagem ficará entre várias

camadas de plástico, não entrando em contato com o alimento.

O plástico, cerca de 20% da embalagem, poderá ser encontrado em quatro camadas. Nas

embalagens longa vida é usado o polietileno de baixa densidade que é extraído do

petróleo. O plástico será útil para isolar o papel da umidade, impedir o contato do

alumínio com o alimento e servir como elemento de adesão dos materiais presentes na

estrutura.

As camadas de plástico e alumínio da embalagem longa vida também podem ser

recicladas após a separação das fibras de papel, sendo usadas para a produção de objetos

como canetas, réguas, pente, cabides, etc.

Além desses três materiais há também tinta, usada na impressão dos rótulos. Esta tinta é

não-tóxica, usando a água como solvente e pigmentos orgânicos ao invés de metais para

a coloração, sendo adequada para as indústrias alimentícias.

Existem diversas tecnologias disponíveis para a reciclagem das embalagens da

Tetra Pak. A reciclagem das fibras e do plástico/alumínio que compõem a embalagem

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começa nas fábricas de papel, em um equipamento chamado "hidrapulper", semelhante

a um liquidificador gigante.

Hidrapulper - Início do processo Hidrapulper - Final do processo

Durante a agitação do material com água e sem produtos químicos, as fibras são

hidratadas, separando-se das camadas de plástico/alumínio. Em seguida, essas fibras são

lavadas e purificadas e podem ser usadas para a produção de papel utilizado na

confecção de caixas de papelão, tubetes ou na produção de material gráfico, como os

folhetos distribuídos pela Tetra Pak.

O material composto de plástico/alumínio é destinado para fábricas de

processamento de plásticos, onde é reciclado por meio de processos de secagem,

trituração, extrusão e injeção. Ao final, esse material é usado para produzir peças

plásticas como cabos de pá, vassouras, coletores e outros.

Outro processo de reciclagem permite que o plástico com alumínio seja triturado

e prensado a quente, transformando-se em uma chapa semelhante ao compensado de

madeira que pode ser usada na fabricação de divisórias, móveis, pequenas peças

decorativas e telhas. Esses materiais têm grande aplicação na indústria de construção

civil.

Outra tecnologia, esta nova e inédita, desenvolvida localmente no Brasil,

trabalha com o processamento do composto de plástico/alumínio em um forno de

plasma. O sistema aquece a mistura de plástico e alumínio a altíssimas temperaturas em

uma atmosfera sem oxigênio (que preserva a qualidade do alumínio). Neste processo, o

plástico se quebra em moléculas, transformando-se em parafina e o alumínio se funde,

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tornando-se matéria-prima pura novamente, que pode voltar a ser folha para uso em

embalagens longa vida.

As Limitações

Uma vez as Embalagens Longa Vida separadas na coleta seletiva e

encaminhadas para as indústrias recicladoras adequadas, não há limitações para a sua

reciclagem e reaproveitamento de todas as suas camadas. Vale ressaltar que o descarte

inadequado para esse tipo de embalagem é alto. Estima-se que, no Brasil, 75% das

embalagens são dispostas de maneira irregular em lixões e terrenos baldios, ou seja,

apenas 25% estão sendo recicladas.

A Compostagem

Como a matéria-prima principal das Embalagens Longa Vida é o papel, há a

possibilidade de utilizá-la para compostagem, sendo encaminhado para produção de

húmus utilizado em hortas e jardins. Entretanto, essa não é a melhor alternativa para

essa embalagem, pois o interessante é o reaproveitamento de todos os materiais

conseguido quando elas são encaminhadas para Coleta Seletiva.

A Incineração

As embalagens Longa Vida têm poder calorífico de 21.000 BTUs por quilo. Isso

significa que uma tonelada gera energia na forma de calor equivalente ao que é obtido

com a queima de 5 metros cúbicos de lenha (50 árvores adultas) ou 500 quilos de óleo

combustível. Além do vapor d’água, a queima do resíduo produz gás carbônico e

trióxido de alumínio na forma sólida, usado como agente floculante em tratamento de

água ou como agente refratário em alto-fornos.

Essa alternativa é muito usada em países europeus, que já possuem incineradores

instalados com grandes controles ambientais e preparados para recuperação energética.

O Aterro

Pelo fato da Embalagem Longa Vida ser um material estável e atóxico, a sua

destinação para aterros sanitários contribui para a ocupação de áreas e aumenta o

volume a ser depositado. Estudos realizados na Alemanha mostram que as embalagens

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Longa Vida geram 60% menos volume em aterros sanitários em comparação a outros

tipos de materiais. Para se ter uma idéia, 300 embalagens cartonadas de 1 litro, vazias e

compactadas, ocupam o espaço equivalente a 11 litros.

Curiosidades

A maior fábrica de reciclagem de embalagem longa vida do Brasil está

localizada no município de Piracicaba (interior do Estado de São Paulo). Ali, recicla-se

aproximadamente 50 toneladas de embalagem longa vida diariamente com uma

tecnologia moderna (plasma térmico). O ano de 2007 registrou aumento nos preços das

embalagens cartonadas pós-consumo que atingiram R$ 330 a tonelada (ou R$ 0,33/kg),

uma valorização de 27% em relação a 2005 (R$ 0,26/kg). A reciclagem gerou R$ 100

milhões, com índice de 24,2%. O Brasil continua líder absoluto nas Américas,

mantendo-se acima da média mundial (16,6%) e posicionando-se próxima à média

européia (30%).

O site Rota da Reciclagem é mais uma ação da Tetra Pak a favor da reciclagem e

em defesa do meio ambiente. Este espaço mostra de forma didática como qualquer

pessoa interessada pode participar do processo de separação e entrega das embalagens

longa vida para a reciclagem. Informa ainda onde estão localizadas as cooperativas de

catadores, as empresas comerciais que trabalham com compra de materiais recicláveis e

os pontos de entrega voluntária (PEV) que recebem embalagens da Tetra Pak.

No site da Rota da Reciclagem você vai encontrar sempre três ícones nos mapas

de entrega de material reciclável. São os PEVs (Pontos de Entrega Voluntária),

conhecidos também como LEVs, as Cooperativas e os estabelecimentos comerciais.

Todos estes locais recebem embalagens da Tetra Pak e são as portas de entrada da

cadeia de reciclagem. Destacamos abaixo cada um deles:

PEV - (Ponto de Entrega Voluntária)

São os locais que recebem embalagens longa vida (entre outros materiais) para

serem enviados à reciclagem. É o primeiro passo do processo, onde o material

doméstico (pouco volume) geralmente é entregue. Boa parte das cidades já conta com

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estes postos, onde as pessoas podem depositar diretamente o material que separaram

em casa.

Cooperativas

Iniciativas sociais que trabalham com a coleta e triagem do material reciclável

(inclusive embalagem longa vida) para beneficiamento e envio aos recicladores. A

maior parte do material coletado vem do trabalho dos catadores cooperados ou dos

programas de coleta seletiva municipais.

Comércios

Locais que compram material longa vida (e outros materiais recicláveis) para

beneficiamento e envio aos recicladores. Eles adquirem o material, geralmente em

grande quantidade, principalmente das cooperativas. Após a fase da coleta, as

embalagens longa vida, já enfardadas, são enviadas às empresas recicladoras, que vão

se encarregar de separar os elementos que compõem as embalagens e transformá-los

em matéria-prima para uma série de aplicações.

Você

Mostra a localização do endereço digitado para busca.

A Tetra Pak desenvolve também um projeto chamado "Cultura Ambiental em

escolas" que leva a milhões de estudantes do ensino fundamental informações sobre o

gerenciamento do lixo urbano, coleta seletiva, reciclagem e ciclo de vida dos materiais.

Com esse projeto, a Tetra Pak contribui fornecendo informações e ferramentas para que

os professores auxiliem jovens estudantes do ensino fundamental a ter uma visão mais

abrangente a respeito dos problemas e soluções envolvidos na questão do lixo urbano.

Faz parte do projeto a entrega de um kit às escolas, que procura abordar o

assunto meio ambiente como um tema transversal. O kit é composto pela cartilha "A

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Embalagem e o Ambiente" para alunos, pelo caderno do professor, "Meio Ambiente,

Cidadania e Educação", o vídeo “Quixote Reciclado” por um informativo das oficinas

pedagógicas, com depoimentos e exemplos , o folheto “Faça a sua parte” e o pôster

“Ciclo de vida das embalagens”. O kit foi desenvolvido em parceria com a Faculdade de

Educação da Unicamp e já foi distribuído para mais de 35 mil escolas em todo o país.

A partir de 2002, o projeto foi complementado pela realização de Oficinas

Pedagógicas para os professores, que mostram como o kit pode ser implementado em

sala de aula com sugestões de atividades e troca de informações entre os professores

participantes. Durante os dois primeiros anos da implementação (2002 e 2003), cerca de

1480 professores participaram das Oficinas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. A

partir de 2004, os estados de Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, e o Distrito

Federal também foram incluídos na realização das oficinas, e com isso, o projeto

alcançou a marca de 2350 professores capacitados em 75 oficinas pedagógicas já

realizadas.

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