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RESULTADOS DO 1º SEMESTRE DE 2015 Receita Federal tem participação ativa na Operação Lava Jato Apreensões de mercadorias crescem 37,14% em 2015 Despacho de importação será 100% digital no 2º semestre Novo sistema aprimora seleção de declarações de importação

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rfb.gov.br

RESULTADOS DO 1º SEMESTRE DE 2015

Receita Federal tem participação ativa na Operação Lava Jato

Apreensões de mercadorias crescem 37,14% em 2015

Despacho de importação será 100% digital no 2º semestre

Novo sistema aprimora seleção de declarações de importação

CapaFG9ed.indd 1 21/10/2015 12:40:48

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Em mais um ano de grandes desafios na área econômica, a Receita Federal tem pa-pel preponderante na busca do controle das contas públicas ao prover o Estado brasileiro com recursos, sem perder de vista sua missão de prestar um serviço de qualidade aos contri-buintes e à sociedade brasileira.

Nesta nona edição da Revista Fato Gerador o leitor poderá acompanhar os bons resulta-dos obtidos pelos auditores-fiscais, analistas tributários e demais servidores, em especial

aqueles que trabalham nos setores de fiscalização e cobrança, que não resultam em efeitos meramente arrecadatórios mas também estimulam a criação de um ambiente de negócios saudável, ao punir as empresas que cometem infrações e estimular a concorrência leal no País. Grandes operações deflagradas ou que contaram com a participação da Recei-ta Federal, como a Lava Jato, buscam recuperar recursos que deveriam reforçar os cofres públicos mas que estavam sendo objeto de evasão tributária ou desviados em esquemas de lavagem de dinheiro e remessa ilegal de divisas.

Projetos como a digitalização dos processos e informatização do atendimento buscam trazer economia não só para a Receita Federal mas também para os contribuintes, que passam a ter mais comodidade e agilidade no cumprimento de suas obrigações.

Outra iniciativa estratégica da instituição para este ano é o planeja-mento para a realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro. Aproveitando a experiência adquirida na Copa do Mundo, a Receita Federal mais uma vez prepara-se para dar conta de um desafio ainda maior.

Boa leitura!

Jorge Antonio Deher RachidSecretário da Receita Federal do Brasil

Fato Gerador chega a sua 9ª edição

Palavra do Secretário

Caderno Fato Gerador, nº 9

Resultados do 1º semestre de 2015

Publicação da Assessoria de Comunicação Social da Receita Federal

do Brasil

Joaquim Levy Ministro da Fazenda

Jorge Antonio Deher Rachid Secretário da Receita Federal do Brasil

Publicação de cunho informativo e de prestação de serviço. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução

total ou parcial da publicação e de informações nela contidas, desde que

citada a fonte. As informações aqui divulgadas são obtidas diretamente

das subsecretarias e unidades de assessoramento da Receita Federal do

Brasil. Informações de origem diversa são veiculadas mediante citação da fonte.

Pedro Henrique Mansur Chefe da Assessoria de Comunicação

Social da Receita Federal

Rodrigo Morgado Sais Jornalista responsável (Mtb 3034-PR)

Edna Mazepa Ballão Mateus Santos Pereira

Projeto gráfico e diagramação

Eduardo Juarez Canuto de Alencar, Karla Juliana Pinto da Silva, Luiz

Carlos de Araujo, Márcio Elysio Reis Amorim e Rosana da Conceição de

JesusRedação

Luiz Carlos de Araujo e Rodrigo Morgado Sais

Revisão

Imagens Thinkstock

Contato:

Assessoria de Comunicação Social – Secretaria da Receita Federal do Brasil

Esplanada dos Ministérios - Bloco “P” - Edifício Sede do Ministério da Fazenda

- sala 714

CEP 70048-900 - Brasília - DF

(61) 3412 2799/2777

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3 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Conjuntura

Expectativa de Crédito Tributário a ser constituído em 2015 é de R$ 157,9 bilhões A Fiscalização da Receita Federal já definiu 100% dos contribuintes para atuação da Fiscaliza-ção em 2015. Sem considerar os casos envolvendo a malha fina das pessoas físicas, estão na mira do Fisco 46 mil contribuintes com indícios de irregularidades que, somados, chegam a R$ 69,5 bilhões de reais de sonegação de tributos. Se acrescidos valores usuais de multa e juros, o montante ultrapassa R$ 140 bilhões. A estimativa da Fiscalização é atingir o valor de R$ 157 Bilhões.

O processo de seleção prioriza a busca de indícios de ilícitos praticados por pessoas jurídicas de grande porte e pessoas físicas detentoras de elevado patrimônio ou renda, responsáveis pelos valores mais significativos a serem cobrados. Serão também verificadas infrações cometidas pelas demais pes-soas jurídicas e físicas.

Saiba mais: O processo de seleção de contribuintes a serem fiscalizados pela Receita Federal inicia-se um ano antes da abertura dos procedimentos fiscais. As ativida-des são desempenhadas por equipes de Auditores-Fiscais de modo a privilegiar a especialização das análises, diminuindo o retrabalho e aumentando a eficiência da Fiscalização. Essa estratégia permitiu, por exemplo, que, ao final de 2014, já fos-sem de conhecimento do Fisco os principais indícios de irregularidade detectados. Como o processo de monitoramento é constante, o Plano Anual de Fiscalização prevê momentos de avaliação, quando novas ações podem ser inseridas, ainda que não mapeadas anteriormente, desde que sejam de maior interesse fiscal.

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4Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Conjuntura

No primeiro semestre de 2015 a Receita Federal constituiu por meio de autuações fiscais cré-dito tributário na ordem de R$ 75,13 bilhões, o que representa um acréscimo de R$ 21,36 bilhões em relação ao ano de 2014, que foi R$ 53,77 bilhões.

Total de apreensões de mer-cadorias cresce 37,14% em 2015 Ao longo do 1º semestre do ano de 2015 foram realizadas 1.834 operações de vigilância e re-pressão ao contrabando e descaminho, atividades que visam prevenir o cometimento de ilícitos e seu combate no momento da prática das condutas. O número é 20% maior do que o registrado nos seis primeiros meses de 2014.

O valor das mercadorias apreendidas no período foi de aproximadamente R$ 250 milhões, um crescimento de 37,14% em relação ao valor dos produtos retidos entre janeiro e junho de 2014.

Combate à sonegação: valor de autuações da Receita Federal cresce quase 40% no 1º semestre de 2015

+39,72%

Junho de 2015Junho de 2014

53,77

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

75,13

Crédito Tributado Lançado

Operações Realizadas

Apreensões/Retenções

MultasMultas (Quantidade)

MercadoriasVeículosTotal

2014 2015 Variação

Variação

1.511R$ 182.184.391,64R$ 45.984.365,73

R$ 64.965.820,59R$ 228.169.027,37 R$ 264.988.560,10

1.112

1,834R$ 249.854.145,69R$ 15.134.414,41

R$ 68.303.835,691.005

16,14%

21,38%37,14%

-9,62%

-67,09%

5,14%

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5 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Conjuntura

Ceclam completa um ano

Despacho de importação será 100% digital no 2º semestre

Processo de integração aduaneira no Mercosul

Em cerca de um ano de funcionamen-to, o Ceclam diminuiu em mais de 70% o tempo de análise processual das soluções de consulta, que chegava a ultrapassar os dois anos. Desde sua criação, 384 soluções de consulta foram emitidas.

O Centro de Classificação Fiscal de Mer-cadorias tem a finalidade de analisar e decidir os processos de consulta bem como atender

A partir do dia 1º de julho de 2015 passa a ser obrigatória a entrega de todos os docu-mentos instrutivos do despacho de importação através do Sistema de Anexação Eletrônica de Documentos. Dessa forma, será eliminada a re-cepção de documentos em papel e a necessida-de de protocolização presencial. Através desse sistema todos os documentos serão autentica-dos via certificado digital e recepcionados ele-tronicamente.

O sistema permite a recepção, o com-partilhamento, a consulta e o armazenamento de documentos pelos intervenientes e órgãos do governo envolvidos no controle das impor-tações, permitindo, assim, maior celeridade, se-gurança e eficiência nos processos aduaneiros e controle do comércio exterior.

Durante o primeiro semestre de 2015, coube ao Brasil ocupar a Presidência Pro Tem-pore rotativa do Mercosul, período no qual a Receita Federal do Brasil recebeu as delegações dos Estados Partes do Mercosul — Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Venezuela — para duas Reuniões Ordinárias do Comitê de Assun-tos Aduaneiros do Mercosul.

Nos encontros foram promovidos o ali-nhamento e o seguimento de propostas de tra-balho de projetos tais como os de Intercâmbio

outras demandas relacionadas à classificação fiscal de mercadorias. Outra atividade impor-tante do Ceclam é a publicação das Soluções de Divergência, que harmonizam o entendimento sobre a classificação fiscal de mercadorias que vinham causando grande impacto na fiscaliza-ção aduaneira. Foram emitidas 34 soluções de divergência desde a criação do Ceclam.

A eliminação da recepção de documen-tos em papel foi concluída com sucesso, man-tendo o sistema estável e com o funcionamento normal. Diariamente são recebidas pela Receita Federal mais de 10 mil Declarações de Impor-tação (DI), totalizando cerca de 2,5 milhões de declarações por ano. Esta iniciativa inovadora coloca os procedimentos adotados pela aduana brasileira em destaque internacional, trazendo maior segurança no envio de documentos, sim-plicidade e comodidade para os importadores. Ao mesmo tempo, esta nova ferramenta amplia as possibilidades de análise de tratamento da documentação pelas equipes de gerenciamen-to de risco.

de Informações, Harmonização de Modelos de Dados, Gestão de Risco Aduaneiro, Segurança Aduaneira da Cadeia de Suprimentos, Lacre Ele-trônico e Sistema de Informatização do Trânsito Aduaneiro (SINTIA).

Além desses temas, a delegação bra-sileira apresentou às demais delegações do Mercosul os avanços na implementação dos programas brasileiros do Operador Econômico Autorizado (OEA) e do Portal Único do Comér-cio Exterior.

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6Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Conjuntura

Novo sistema aprimora seleção de declarações de importação A Receita Federal homologou em janei-ro o Sistema de Seleção Aduaneira por Apren-dizado de Máquina (Sisam). Utilizando inteli-gência artificial e com base em probabilidades, o programa visa a otimização do trabalho da fiscalização no despacho por meio do próprio aprendizado, emitindo alerta sobre despachos com suspeitas de infrações já caracterizadas, agilizando a detecção de infrações novas e in-dicando Declarações de Importação, adições e itens a serem conferidos.

O Sisam é capaz de detectar erros rela-cionados à classificação fiscal, país de origem, falta de licenciamento e erro de alíquota em ge-

Portaria MF desonera importação de medicamentos Agora é possível a importação de me-dicamentos destinados a pessoa física por meio de encomenda aérea internacional, transpor-tada por empresa de courier, com isenção dos tributos federais incidentes sobre a importação.

A medida estende às encomendas aé-reas internacionais o mesmo tratamento tribu-tário então outorgado somente às remessas postais. Na prática, a medida permitirá que o medicamento seja entregue no domicílio do importador pela empresa de courier, isenta do recolhimento dos tributos federais.

ral (antidumping, regime tributário, fundamen-to legal, acordo tarifário e outros). Cerca de 70% das DI selecionadas com base nas indicações do Sisam obtiveram resultado positivo, compro-vando o sucesso da iniciativa. Esses resultados podem ser substancialmente incrementados com o aumento do quantitativo de DI direcio-nadas pelo núcleo de inteligência artificial do sistema. Isso será possível através do maior domínio do uso do sistema pelas equipes de despacho e de análise de risco, da evolução dos processos de trabalho suportados pelo sistema, além da utilização da ferramenta em conjunto com o módulo automático de seleção parame-trizada do Siscomex.

Tal providência vem ao encontro do an-seio de inúmeras pessoas e famílias que neces-sitam de medicamentos encontrados apenas no exterior, de forma urgente ou continuada, a exemplo do Cannabidiol, usado no tratamento de epilepsia de difícil controle.

A nova disposição legal permite aos ci-dadãos brasileiros mais um canal de acesso a es-tes medicamentos, de forma célere, previsível, desburocratizada e sem custo em relação aos impostos federais.

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7 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Planejamento na aquisição de materiais gera economia de 30% Em abril de 2015 foi homologado o re-sultado do pregão eletrônico para aquisição de equipamentos de digitalização de documentos (scanners de mesa e de produção). A realização do procedimento, teve como objetivo atender a demanda de 145 unidades da Receita Federal e conseguiu uma expressiva economia de 29,90% na aquisição em relação ao valor inicialmente previsto.

Ao concentrar a demanda de unidades espalhadas por todo o país em um único pre-

gão, a Receita Federal consegue aumentar o nú-mero de participantes do pregão, possibilitando pagar preços menores do que o que seria viável com aquisições realizadas individualmente pe-las unidades.

A aquisição dos scanners tem por fina-lidade a expansão do sistema e-Processo, cujo objetivo é a criação de processos administra-tivos totalmente digitais, contribuindo assim para aumentar a celeridade e a eficiência dos processos de trabalho da Receita Federal

Declarações de Importação agora são registradas apenas pela Internet Em continuidade ao projeto de moder-nização da plataforma tecnológica do Sisco-mex, desde o dia 5 de maio de 2015, o aplicativo Desktop (Visual Basic) foi desativado e substitu-ído pelo Siscomex Importação Web.

Além de maior segurança e confiabili-dade dos dados declarados, devido ao acesso ser autenticado por meio de certificado digital, os importadores registram e acompanham suas declarações de importação via Internet, através de quaisquer computadores ou dispositivos li-gados à rede mundial.

A expectativa é que até o final de 2015 as Declarações de Exportação também passem a ser feitas apenas através da interface web. O crescimento de usuários que já optam por re-gistrar sua Declaração de Exportação através da Internet vem crescendo após sua disponibi-lização: em maio de 2015, 7% das declarações foram registradas por este meio, e junho esse percentual já havia crescido para 14%.

Conjuntura

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8Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Conjuntura

Mais de 400 gestores capacitados no semestre A Receita Federal busca a contínua melhoria dos serviços prestados à sociedade. É muito importante o papel dos gerentes em conduzir esforços para aprimorar processos e desenvolver as potencialidades dos servido-res, enquanto gerenciadores e motivadores de equipes. Nesse sentido, o Programa de Desen-volvimento Gerencial – DGR foi criado com o objetivo de desenvolver, de forma contínua, as competências gerenciais necessárias ao cum-primento da missão do órgão. No primeiro se-mestre de 2015 foram ofertados cursos do pro-grama que contemplaram quase 400 gerentes.

O DGR baseia-se em um diagnóstico que elencou cinco competências como mais relevantes no trabalho de um gestor. As com-petências, que norteiam os cinco módulos do programa, são: I. Visão e Orientação Estratégica, II. Efetividade de Gestão, III. Negociação e Coo-peração, IV. Liderança e V. Gestão da Mudança e Inovação. Cada módulo possui objetivos especí-ficos que visam ao pleno desenvolvimento das competências gerenciais. Com base nessa es-trutura modular, são ofertados cursos que bus-cam suprir as lacunas de competências geren-ciais, previamente identificadas por um sistema de avaliação.

Auditores-fiscais e ATAS reforçam quadros do órgão

Neste último semestre a Receita Federal recebeu 272 novos auditores-fiscais e 629 servidores do cargo de assistente técnico-administrativo de nível intermediário (ATA-NI) oriundos de concursos realizados em 2014. Mesmo não sendo suficiente para repor todos os egressos nos últimos anos, a chegada desses servidores minimiza os problemas decorrentes da falta de servidores administrativos e é imprescindível para que a Receita continue prestando serviços de qualidade à sociedade.

Uma vez nomeados e em exercício, os auditores-fiscais participam do Programa de Formação Profissional – PFP, cuja duração é de um ano, a contar da data de exercício do servidor, que ocorre na modalidade presencial e a distância. O Programa constitui-se das seguintes etapas: a) ambientação e in-tegração de natureza social, de realização obrigatória, com o objetivo de inserir o servidor no ambiente de trabalho; b) capacitação composta por dois núcleos, comum e específico, e c) prática supervisionada.

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9 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Conjuntura

Padronização de despesas gera economia

Novo procedimento integrado de baixa de empresa

Com a publicação de parâmetros para contratação de serviços de limpeza em todas as suas unidades, a Receita Federal avança na padronização de suas despesas de custeio, em busca de maior economia de recursos. Uma portaria publicada em janeiro de 2015 estipula a produtividade mínima que cada profissional de limpeza contratado deve apresentar em ati-vidades como a varrição e limpeza de vidros e esquadrias.

Trata-se de mais uma etapa do projeto que, ao formar uma identidade unificada de ser-viços para toda a Receita, tem como objetivos orientar a elaboração do orçamento, melhorar

Em março de 2015 passou a vigorar a nova sistemática de Baixa de Pessoas Jurídicas, permitindo que o procedimento seja realiza-do pelas juntas comerciais de forma mais ágil. Essa inovação trouxe uma enorme simplificação no atual processo, permitindo a baixa das ins-crições tributárias de forma simultânea com o registro da extinção das empresas e estabeleci-mentos no registro mercantil.

as condições de trabalho para os servidores, au-mentar a transparência no planejamento e na execução de despesas públicas e racionalizar o controle da contratação de terceirizados.

A Portaria RFB buscou levar em conta peculiaridades de algumas unidades de modo a não criar situações injustas para os servidores contratados. Serventes que atuem em Centros de Atendimento ao Contribuinte, que por sua natureza demandam limpeza mais constante, não necessitam ter uma produtividade por me-tro quadrado tão grande quanto a dos demais profissionais de limpeza, por exemplo.

Estes novos procedimentos passaram a permitir que os documentos referente às soli-citações de baixa de estabelecimentos matriz e filial possam ser deferidos pelas Juntas Comer-cias, da mesma forma que ocorre atualmente com os documentos de inscrição e alteração cadastral.

Agora, ao ser registrada a extinção da empresa ou pessoa jurídica, pode ser efetuada

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10Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Conjuntura

CPF passará a constar na Certidão de Nascimento em SP e RJ A Receita Federal, em parceria com as As-sociações dos Registradores de Pessoas Naturais de São Paulo (ArpenSP e Rio de Janeiro (ArpenRJ), dando prosseguimento à diretriz de ampliar o acesso gratuito ao CPF (Cadastro de Pessoas Fí-sicas), disponibilizará, até o final de 2016, serviço de inscrição no CPF no momento da lavratura do registro de nascimento, sendo o nº do CPF regis-trado no próprio documento da certidão de nasci-mento.

Inicialmente, serão implementados ações-piloto apenas em São Paulo e no Rio de Ja-neiro. Nesses estados, todos os ofícios de registro civil de pessoas naturais prestarão serviço de ins-crição de CPF de forma gratuita e com garantia de sustentabilidade. Em seguida, esse modelo será implementado nas demais unidades da federação.

Baixa do CNPJ Jan/2015 Fev/2015 Mar/2015 Abr/2015Quantidade baixada na Junta Comercial 1.065

5,03%20.09694,97%

7.05429,85%16.57670,15%

18.14249,47%18.52850,53%

17.20559,15%11.88140,85%

Percentual de baixa na Junta ComercialQuantidade baixada na Receita FederalPercentual de Baixa na Receita Federal*Não foram consideradas as baixas de MEI efetuadas no portal empreendedor.

Os novos canais de atendimento am-pliarão significativamente a rede conveniada prestadora de serviços gratuitos de CPF além das unidades da Receita Federal – que con-ta, atualmente, com cerca de 127 unidades de atendimento no Brasil e que realizaram, em 2014, mais de um milhão de inscrições. Com os novos canais implantados, a expectativa é de que esse número dobre ainda em 2016.

A página da Receita Federal (www.re-ceita.fazenda.gov.br) disponibiliza relação, por estado, das entidades que prestam serviços de atendimento gratuito de CPF. Na lista constam, também o endereço e horário de funcionamen-to de cada unidade.

Inscrições de CPF

Atendimento Gratuito - 2010 a 2014

1.200.000

1.000.000

800.000

600.000

400.000

200.000

2010 2011 2012 2013 20140

432.775

583.183

872.135

1.103.9271.013.806

imediatamente a baixa dos cadastros nas Admi-nistrações Tributárias independentemente de sua regularidade fiscal. Os débitos fiscais por-ventura existentes e os que vierem a ser apura-dos serão cobrados após a baixa cadastral.

No mês de março de 2015 quando foi

disponibilizado o serviço da nova baixa de em-presa integrada houve um considerável acrés-cimo nos deferimentos dos pedidos de baixa conforme demonstrado no quadro comparati-vo abaixo, ampliando o atendimento integrado à demanda dos empresários:

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11 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

As solicitações de inscrição, alteração e baixa, no âmbito do Cadastro Nacional da Pes-soa Jurídica (CNPJ) podem ser analisadas e de-feridas diretamente pelos Cartórios de Registro de Pessoas Jurídicas, sem que o contribuinte necessite deslocar-se para o atendimento da Receita Federal do Brasil. Desta forma, o CNPJ poderá ser emitido, alterado e baixado conco-mitantemente com o registro do respectivo ato no cartório, assim como já ocorre com os atos sujeitos a registro nas Juntas Comerciais.

Para que isso ocorra, é necessário que o Estado já conte com uma Central de Cartórios, responsável por gerenciar a troca de informa-ções com todos os Cartórios PJ pertencentes a um determinado estado. Neste modelo, não

Desde o início de junho, a Receita Fede-ral oferece mais facilidade para o contribuinte que necessita efetuar o pagamento do Docu-mento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). Através do sistema e-Arrecada, o contri-buinte tem a opção de pagar seu Darf via débi-to em conta-corrente online e de imediato, no Portal e-CAC, realizar a consulta do pagamento e emitir o Comprovante de Arrecadação.

Integração do CNPJ com os Cartórios de Pessoas Jurídicas

Sistema e-Arrecada agiliza pagamento de DARF

Conjuntura

existe comunicação direta entre a Receita Fede-ral e os cartórios de pessoas jurídicas dos diver-sos municípios do Brasil. A Receita Federal, por intermédio do Sistema Integrador Nacional, so-mente se comunica com a Central de Cartórios/Integrador Estadual, a quem incumbe a troca de informações com os cartórios dos municípios abrangidos pelo seu estado.

Durante todo o 2º semestre de 2015 os Cartórios de Registro Civil das Pessoas Jurídicas irão se adaptar tecnologicamente para prestar esse serviço integrado à sociedade em parceria com os demais órgãos que integram a Rede Na-cional para a Simplificação do Registro e Legali-zação de Empresários e Pessoas Jurídicas (Rede-sim).

O pagamento eletrônico de Darf com a sensibilização online dos sistemas da Receita Federal é o primeiro passo em direção à possibi-lidade de o contribuinte pagar sua dívida e, logo em seguida, obter pela Internet sua Certidão Negativa de Débito (CND). O Banco do Brasil foi o primeiro agente arrecadador habilitado, mas outros bancos já manifestaram interesse em aderir a esta nova modalidade de pagamento no 2º semestre de 2015.

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12Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Conjuntura

Novidades na declaração do Imposto de Renda A Receita Federal conta com instrumen-tos que desburocratizam e facilitam os controles relacionados ao cumprimento das obrigações tri-butárias, gerando impactos positivos não apenas sobre a arrecadação tributária, mas também na redução de custo e tempo para o contribuinte.

Um avanço conquistado em 2015 com o uso da tecnologia foi a integração entre os dispo-sitivos de preenchimento da declaração do Im-posto de Renda Pessoa Física (IRPF), sejam eles dispositivos móveis ou desktop, permitindo uma real mobilidade. O usuário tem a liberdade de co-meçar a elaborar a declaração de um dispositivo, continuar em outros e, ao final, transmitir sua de-claração de onde lhe for mais conveniente.

Uma outra solução de destaque foi a uti-lização do Rascunho do IRPF, pela primeira vez, no preenchimento da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física. O aplicativo permite que o contribuinte inicie o preenchimento dos dados para a futura declaração à medida que os fatos aconteçam. Com um simples registro no momento em que ocorre a despesa ou a receita (um recibo médico, por exemplo) diminui-se o risco de perder dados para a entrega da decla-ração. Dados que permaneciam dispersos agora podem ser armazenados no aplicativo Rascu-nho IRPF até o início da entrega da declaração, e depois importados para o programa DIRPF do ano vigente.

4,9 bilhões Esse foi o montante pago nos dois primeiros lotes de restituição do Im-posto de Renda Pessoa Física em 2015. Os sete lotes de restituição serão pagos de junho a dezembro, sempre no dia 15. No primeiro lote, todo o valor foi destinado a contribuintes idosos, com alguma deficiência física ou mental, ou portadores de moléstia grave.

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13 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Maior agilidade no atendimento de pedidos de informações recebidos do exterior A avaliação do Brasil pelo Fórum Global de Transparência e Intercâmbio de Informações para Fins Tributários apontou que o tempo médio para atendimento de pedidos de informações de Admi-nistrações Tributárias estrangeiras era excessivo e recomendou a revisão dos procedimentos internos da Receita Federal para atender aos padrões internacionais, que definem o prazo de 90 dias para esse atendimento.

Como resultado da implementação de mudanças nas rotinas internas e no gerenciamento das atividades relacionadas a esse intercâmbio, o tempo médio de permanência em estoque dos pedidos de informações tributárias recebidos do exterior apresentou, no primeiro semestre de 2015, uma que-da de 86% em relação ao apurado no primeiro semestre do ano anterior.

O referido prazo, que já alcançou uma média de 496 dias, foi reduzido para aproximadamente 52 dias, o que é condizente com o padrão internacional.

Conjuntura

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Conjuntura

Fato Gerador | 1º semestre de 2015 14

Contencioso administrativo está mais ágil Todos os tipos de processos prioritários apresentaram redução no tempo médio de permanên-cia em contencioso de 1ª instância administrativa quando se compara o 1º primeiro semestre de 2015 com o 1º semestre de 2014. Dentre os fatores que possibilitaram essa redução, destaca-se a dissemina-ção do processo eletrônico, que trouxe mais rapidez e racionalidade à tramitação dos processos.

Também houve redução no estoque de processos ainda sem decisão administrativa. Em junho de 2015, a quantidade de processos aguardando julgamento em 1ª instância era de 204.403 processos, uma redução de cerca de 3.000 processos em relação a junho de 2014.

R$ 65,2 bilhões Esse foi o total julgado pelas Delegacias da Receita Federal do Brasil de Jul-gamento (DRJ) no 1º semestre de 2015. Referido valor equivale a cerca de 35.000 processos, entre lançamentos de créditos tributários e pedidos de ressarcimento, de restituição, de reembolso e de compensação.

As Delegacias de Julgamento são responsáveis pelos julgamentos de processos em 1ª instância administrativa nos casos em que são questionados os lançamentos tributários ou as decisões que indefiram pedidos de ressarcimento, de restituição, de reembolso ou de compensação. Para garantir a ampla defesa, o contribuinte ainda pode recorrer, em 2ª instância administrativa, ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) ou ajuizar ação no Poder Judiciário.

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Programas

Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Escrituração Contábil Fiscal (ECF) substituiu a DIPJ

Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ultrapassa a barreira de 12 bilhões de NF-e emitidas

A partir do ano-calendário 2014, a Escritu-ração Contábil Fiscal (ECF), com entrega prevista para o último dia útil do mês de se-tembro de 2015 no ambien-te do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), substitui a Declaração de In-formações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ).

São obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas, exceto:

- pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional;

- pessoas jurídicas inativas, ou seja, aque-las que não tenham efetuado qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou fi-

A Nota Fiscal Eletrônica é um documento digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma presta-ção de serviços. Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente e autorização de uso fornecida pelo Fisco, antes da ocorrência do fato gerador.

O alcance da implantação da Nota Fiscal Eletrônica transcende a redução da burocracia. Ao dispensar os estabelecimentos emissores de NF-e de manterem pesadas estruturas de arquivo e es-crituração fiscal manual, impacta-se inclusive a preservação do meio ambiente, evitando-se o corte de árvores para a produção de papel e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.

Estima-se que desde a implantação da NF-e se tenha evitado o consumo de 48 milhões de folhas de papel e com isso evitado o corte de aproximadamente 5,6 bilhões de árvores.

nanceira, inclusive aplicação no mercado finan-ceiro ou de capitais, durante todo o ano-calendário;

- pessoas jurídicas imu-nes e isentas que, em re-lação aos fatos ocorridos no ano-calendário, não tenham sido obrigadas à

apresentação da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Co-fins) e da Contribuição Previdenciária sobre a Re-ceita (CPR), especialmente aquelas cujos valores mensais de contribuições apuradas foram infe-riores a R$ 10.000,00;

Além dessas, também estão dispensadas diversas pessoas jurídicas listadas na Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 2012.

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Sistema e-Defesa - contribuinte pode regularizar sua situação com rapidez e segurança A Receita Federal do Brasil lançou, em janeiro de 2015, o e-Defesa, sistema que permite aos contribuintes que possuam declarações retidas em malha fiscal ou que receberam intimação fiscal ou notificação de lançamento de IRPF regularizarem sua situação com rapidez e segurança.

O sistema oferece, em um único ambiente, um conjunto de serviços que possibilita ao contri-buinte regularizar as inconsistências identificadas pela Receita.

Os contribuintes que estiverem com declarações retidas em Malha e ainda não foram inti-mados podem solicitar a antecipação da análise da sua declaração de IRPF. Para isso, basta realizar previamente o agendamento do atendimento por meio do “Atendimento Virtual (e-CAC)”, acessando o serviço “Extrato do Processamento da DIRPF” disponível na aba “Declarações e Demonstrativos” e obter senha específica para preencher o formulário eletrônico no sistema e-Defesa.

Os contribuintes que receberam uma Notificação de Lançamento do IRPF podem optar por um dos seguintes serviços:

– emissão de DARF para pagamento integral do crédito tributário lançado;

– parcelamento simplificado, desde que atendidas as condições estabelecidas;

– impugnação do lançamento ou, se for o caso, solicitação de retificação do lançamento, por meio do preenchimento de formulário eletrônico disponível no e-Defesa. Neste caso, o sistema já apre-senta sugestões de alegações para justificar as infrações lançadas e informa, de acordo com as alega-ções que foram marcadas, quais os documentos necessários para comprová-las, garantindo assim uma melhor instrução processual. Se o contribuinte preferir, poderá também redigir suas próprias justifica-tivas no formulário eletrônico.

– Segurança: o contribuinte saberá se a intimação ou a notificação de lançamento foi realmen-te enviada pela RFB, pois no documento emitido há um número de identificação para se informar no e-Defesa.

– Rapidez: as sugestões apresentadas pelo sistema para justificar as divergências apontadas pela RFB evita que o contribuinte tenha o trabalho de elaborar e redigir manualmente essas alegações.

Em seis meses de funcionamento, o sistema e-Defesa recebeu mais de 110 mil requerimentos. Deste total, 51 mil consistiram de respostas às intimações fiscais, 49 mil referiam-se a pedidos de ante-cipação da análise da DIRPF e o restante se dividiu entre impugnações e solicitações de retificação de lançamento.

No sítio da RFB na Internet, acessar o item “Onde Encontro” e localizar a opção “Malha Fiscal – Atendimento” ou acessar o ícone do e-Defesa na parte inferior da página inicial da RFB, no tópico dos portais.

Os contribuintes que receberam Termo de Intimação Fiscal poderão respondê-lo apresentan-do os esclarecimentos solicitados e relacionando os documentos a serem apresentados, por meio do preenchimento de um formulário eletrônico disponível no e-Defesa.

Declarações ret idas em malha f i sca l

Not i f icação de Lançamento IRPF

Int imação F isca l

Outras vantagens

Como acessar o s i s tema

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e-Safira: Sistema Integrado de Emissão de Auto de Infração

No primeiro semestre de 2015 foi disponi-bilizada nova versão do e-safira, que permite o lan-çamento de ofício de todas as contribuições previ-denciárias sociais e as destinadas a outras Entidades e Fundos (terceiros), para fatos geradores ocorridos a partir de 2009.

O e-Safira, Sistema Integrado de Emissão de Auto de Infração, tem como objetivo agregar toda a atividade de fiscalização em uma única aplicação.

Nova versão de sistema de fiscalização integra todos os tributos federais

Com esta inovação, encerra-se a integra-ção entre a Secretaria da Receita Federal (SRF) e a Secretaria da Receita Previdenciária (SRP) no âmbito da Fiscalização, pois todos os créditos passam a ser constituídos em um único sistema de lançamento, trazendo inúmeras vantagens à Receita Federal e a toda a sociedade.

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Ação Escudo tem resultados expressivos A Ação Escudo consiste em uma operação de vigilância e repressão aduaneira que visa com-bater crimes transfronteiriços, como contrabando, descaminho, tráfico de drogas e de armas, dentre outros. Iniciada no dia 24 de abril as atividades estão ocorrendo nas fronteiras entre Brasil e Para-guai, no âmbito dos estados do Paraná, Mato Gros-so do Sul, Mato Grosso e São Paulo, este último por ser destino da maioria dos produtos ilegais.

• Cerca de 500 servidores da Receita Federal atua-ram na ação durante o primeiro semestre.

• Cerca de 12 viaturas são utilizadas por dia, em barreiras fixas, móveis e equipes volantes; a ação também conta com um scanner fixo e um scanner móvel, além de 6 equipes com cachorros treinados na detecção de entorpecentes.

• Cerca de 31 mil veículos foram fiscalizados, como ônibus, vans, caminhões, motocicletas e car-ros de passeio.

• Foram retidas mercadorias no valor estimado de R$ 26,8 milhões, incluindo cigarros e veículos.

• 248 veículos diversos foram retidos. Além des-ses, foram apreendidos 4 veículos com registro de furto em ações das equipes móveis.

• Foram efetuadas 71 prisões em flagrante e 4 pri-sões por Mandado de Prisão em aberto.

• Foram apreendidos cerca de 3,3 toneladas de entorpecentes, além de 751 frascos de esteroides anabolizantes.

• Foram apreendidos 37,6 mil comprimidos diver-sos.

• Foram apreendidas 15 armas, portadas ou trans-portadas ilegalmente.

• 673 munições e 14 carregadores foram apreen-didos.

• 3,4 milhões de maços de cigarros foram apre-endidos.

• Mais de 42 unidades da Receita Federal, entre Unidades Centrais, Superintendências, Delegacias, Inspetorias, Alfândegas e Agências indicaram ser-vidores para atuarem no reforço da Ação Escudo.

Números da Ação:

A ação , que integra a Operação Fronteira Blindada, conta com a participação de diversos órgãos de Segurança Pública, tais como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Civis e Militares e Exército. Até o dia 30 de junho, o total de mercadorias e veículos apreendidos já ultra-passava a marca de R$ 26 milhões.

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Mutirão Nacional de Destruição destrói quase 4 mil toneladas de mercadorias apreendidas No XV Mutirão Nacional, realizado na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), em 76 unidades da Receita Federal, foram destruídas cerca de 3,7 mil toneladas de mercadorias, o que corresponde ao montante de R$ 316 milhões em autuações fiscais. São produtos como CDs piratas, cigarros, bebidas, cosméticos, medicamentos e alimentos impróprios para consumo ou utilização, produtos falsificados (brinquedos, pilhas, isqueiros, reló-gios, agrotóxicos), químicos, entre outros produ-tos condenados por não atenderem normas de vigilância sanitária ou defesa agropecuária.

O procedimento de destruição conta com previsão legal de destino aos resíduos que, sempre que possível, devem ser reciclados. Resí-duos da destruição de cigarros são misturados a outros compostos e utilizados como adubo orgâ-nico; bebidas alcoólicas são destinadas a univer-sidades para utilização em pesquisas e transfor-mação em álcool gel e combustível; destruição de isqueiros contrafeitos, com separação dos materiais resultantes – plástico e metal – para reaproveitamento. A destinação de mercadorias apreendidas pela Receita, além de ser uma ativi-dade essencial para a Administração, tem trazido benefícios para o País e para a sociedade, auxi-

liando entidades sem fins lucrativos e equipando órgãos públicos em suas atividades-fim, contri-buindo para a preservação da saúde da popula-ção e do meio ambiente e arrecadando recursos para a Administração e seguridade social.

No período de janeiro a abril de 2015, os valores de apreensão já atingiram valores da ordem de R$ 550 milhões. A intensificação do combate ao contrabando e ao descaminho e o contínuo desenvolvimento do comércio exterior levaram a um incremento significativo das apre-ensões de mercadorias nos últimos anos. Atual-mente, o estoque de mercadorias apreendidas sob guarda da Receita, é de cerca de R$ 2,7 bi-lhões.

Além de serem essenciais à Administra-ção, as destinações de mercadorias apreendidas pela Receita trazem benefícios sociais na medida em que esses bens são doados a entidades sem fins lucrativos e a municípios em estado de emer-gência e calamidade pública. As destinações ge-ram, ainda, economia de recursos públicos, pois órgãos, entes e entidades da Administração Pú-blica são contemplados com a incorporação de bens necessários as suas atividades-fim em vez de despenderem recursos para adquiri-los.

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Mercadorias levadas à destruição podem ser reaproveitadas

A legislação que regula a destinação de mercadorias apreendidas pela Re-ceita Federal determina que devem ser destruídos artigos como cigarros e demais derivados do tabaco, simulacros de armas de fogo, produtos falsificados e que fe-rem os direitos autorais, produtos condenados pela vigilância sanitária e que ofe-reçam risco à saúde da população, dentre outros. No primeiro semestre de 2015, a destruição foi a principal modalidade de saída de mercadorias apreendidas dos depósitos da Receita Federal, seguida pelo leilão, que responderam, respectiva-mente, por 44% e 28% do total de saídas.

Cabe ressaltar que o fato de a mercadoria ser levada à destruição ou à inutilização não significa, necessariamente, que ela não terá utilidade. Prova disto é o procedimento de leilão de mercadorias para destruição, implantado pela Re-ceita Federal em 2013. Neste procedimento inovador, o licitante arremata os bens apreendidos sob compromisso de destruí-los, a seu ônus, e sempre com acompa-nhamento de servidores da Receita Federal, que deverão atestar que a mercadoria foi destruída ou inutilizada como condição para que o licitante a retire. Os dados demonstram que, de fato, há interesse das empresas em adquirir esses resíduos para reutilização no ciclo produtivo: até o momento, já foram realizados 17 leilões desse tipo, totalizando 121 lotes levados a leilão, dos quais 111 foram arrematados, gerando uma arrecadação superior a R$ 1,1 milhão.

Outra forma de reaproveitar as mercadorias destruídas ou inutilizadas é a destinação a entidades sem fins lucrativos ou universidades, com o estabeleci-mento de parcerias para a reutilização dos resíduos. As imagens anexas ilustram como essas mercadorias, aparentemente sem serventia, podem retornar ao setor produtivo para reaproveitamento no ciclo de produção de outros bens. Esse re-aproveitamento, além de contribuir com a preservação do meio ambiente, tem relevante papel social na geração de emprego e renda e na inclusão social, bem como no fomento à pesquisa e à cultura.

Ao prezar pelo reaproveitamento de mercadorias apreendidas que não teriam outro destino senão a destruição, conforme determinação legal, a Receita Federal alinha-se às diretrizes da promoção do desenvolvimento nacional susten-tável e da logística reversa.

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Receita Federal tem atuação importante na Operação Lava Jato Deflagrada em 17 de março de 2014, a operação Lava Jato investiga um grande esque-ma de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobrás, grandes empreiteiras do país e po-líticos. A Receita Federal vem participando das investigações, em conjunto com o Ministério Pú-blico Federal e a Polícia Federal desde antes da sua deflagração ostensiva. As ações envolvem a realização de cruzamento e análise de dados in-

ternos com informações colhidas nas investiga-ções, assim como participação na execução dos diversos mandados de prisão e de busca e apre-ensão expedidos pela Justiça Federal.

Segundo as autoridades policiais, as in-vestigações identificaram um grande esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, es-pecializado no mercado clandestino de câmbio, o qual teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.

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Em Foco

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Identificou-se a atuação de, pelo menos, quatro grupos de operadores do esquema, que, utilizando contas bancárias de empresas de fa-chada e de terceiros “laranjas”, movimentaram expressivos valores para cumprir com suas ativi-dades ilícitas. Também houve o uso de empresas “laranjas” para contratações de câmbio de impor-tação para remessa ilegal de milhões de reais ao exterior.

Entre os grupos investigados merece destaque o dirigido por Alberto Youssef, que jun-tamente com outros operadores teria cooptado pequenos empresários e contadores para utiliza-ção de empresas pré-constituídas com nenhuma ou pouca atividade na “lavagem” de milhões de reais, provenientes de falsos serviços de consul-toria e assessoria empresarial para grandes em-presas brasileiras, principalmente do ramo de engenharia e construções.

Os indícios apontam, em síntese, que, reunidas em cartel, essas grandes empresas combinavam preços de obras para a Petrobrás e, com isso, superfaturavam os contratos. Parte do dinheiro do superfaturamento, em montantes milionários, era distribuído entre os executivos da estatal e os operadores do esquema, por meio das empresas de fachada que recebiam paga-

mentos por serviços não prestados. Outra parte do dinheiro desviado seria repassada a partidos políticos e alguns de seus integrantes para, su-postamente, financiar campanhas eleitorais.

Além de auxiliar nas investigações dos órgãos de persecução penal, a Receita Federal também está promovendo ações fiscais, princi-palmente contra os operadores do esquema, do-leiros, beneficiários de valores e as grandes em-preiteiras. Em relação a estas últimas, as ações da Receita se concentrarão nos pagamentos realiza-dos por serviços que aparentam não terem sido prestados de fato, especialmente de “assessoria” ou “consultoria”, cujos valores, contabilizados como custos operacionais, reduziram de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos, poden-do a fiscalização considerar indedutíveis tais des-pesas e, adicionalmente e concomitantemente, caracterizá-las como pagamentos sem causa.

Cerimônia –Em maio, a Receita Federal foi convidada a participar de cerimônia promo-vida pela Procuradoria-Geral da República para formalizar a devolução de R$ 157 milhões para a Petrobrás.

O montante devolvido é decorrente especificamente do repatriamento de valores

depositados em contas bancárias mantidas na Suíça pelo ex-gerente da estatal, Pedro Barusco, por conta de acordo de delação premiada por ele firmado com a Justiça Federal. Trata-se apenas da primeira parte de um total da ordem de R$ 1 bilhão, relativos a valores repatriados, previstos para devolução ou bloqueados pela Justiça Fede-ral no âmbito da Operação Lava Jato.

O procurador-geral da República, Rodri-go Janot, e o coordenador da Força Tarefa do MPF da Operação Lava Jato em Curitiba, procura-dor da República Deltan Dallagnol, enalteceram a integração dos trabalhos e a cooperação entre as equipes dos diferentes órgãos participantes da investigação, destacando a importância da con-tribuição da Receita Federal.

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Receita Federal investiga fraudes ligadas ao futebol desde 2002

Desde o ano de 2002, a Receita Federal tem identificado e autuado pessoas físicas e jurídi-cas ligadas ou que mantém relações comerciais com entidades responsáveis pela organização do futebol no País, sejam elas de âmbito nacional ou regional.

Foram realizadas três operações especiais de fiscalização desde 2002, onde foram investigadas 96 contribuintes. Essas auditorias resultaram na cobrança de tributos, multas e juros no valor de R$ 4,470 bilhões. Algumas das pessoas citadas na recente operação promovida nos Estados Unidos da América contra atividades da FIFA estão no rol

das autuações efetuadas pela Receita Federal. O sigilo fiscal impede nominá-las.

A área de Inteligência da Receita Federal acionou o Internal Revenue Service (IRS), a Re-ceita Federal norte-americana, para conhecer os elementos fáticos da operação promovida contra pessoas ligadas à FIFA deflagradas em maio e, com base em Acordo de Intercâmbio de Infor-mações Fiscais (TIEA, sigla, em inglês, para Tax Information Exchange Agreements) ter acesso as provas que, porventura, ainda não são de conhe-cimento da Receita Federal.

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Brasil tem atuação de destaque em operação mundial coordenada pela OMA Durante os dias 6 e 15 de março, alfân-degas de 107 países ao redor do mundo partici-param da Operação Westlies 3, coordenada pela Organização Mundial das Aduanas (OMA) e que tinha como objetivo principal combater o tráfico de entorpecentes. A operação foi considerada um sucesso pela OMA, tendo em vista o recorde no número de países participantes, aeroportos envolvidos ,132 no total, e de apreensões regis-tradas – por volta de 150 em todo o mundo.

No Brasil, cinco aeroportos participaram da Westerlies 3: Guarulhos, Galeão, Brasília, Forta-leza e Porto Alegre. Contaram com o auxílio das novas ferramentas implantadas pela Receita Fe-deral nos últimos anos ,tais como o e-DBV/Geren-ciamento de Riscos, e com a troca de informação com outras aduanas internacionais através de um canal seguro de troca de informações desen-volvidos pela OMA.

O Brasil foi o país com maior número de apreensões realizadas, com 11 casos, sendo sete apreensões de drogas portadas por passageiros e quatro por remessas aéreas. Além disso, a Alfân-dega de Guarulhos realizou a maior apreensão de metanfetaminas portadas por passageiro em desembarque , 6 kg, além de uma retenção signi-ficativa de diamantes e jóias no aeroporto.

Além disso, a Receita Federal forneceu alertas a diversas nações participantes, referentes a passageiros saindo do Brasil e que foram abor-dados em seus respectivos destinos, sendo que sete desses alertas deram resultado e os passa-geiros foram pegos traficando entorpecentes.

Com os resultados, a participação brasi-leira na Westerlies 3 foi elogiada pela OMA e pe-los países que integraram a operação.

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Receita Federal, Coaf e Banco Central investigam contribuintes que teriam contas na Suíça

Representantes da Receita Federal esti-veram na sede da Direction Générale des Finan-ces Publiques – DGFiP (administração tributária francesa), em Paris, no dia 31 de março, com in-tuito de receber informações sobre contribuintes brasileiros titulares de conta corrente do HSBC na Suíça., no caso batizado pela imprensa como “Swissleaks”. Foram recebidos 8.732 arquivos ele-trônicos com base no acordo para evitar a dupla tributação existente entre os dois países.

Cada arquivo contém um perfil de cliente brasileiro do banco suíço. Desde então, a Receita Federal está trabalhando na correta identificação das pessoas físicas correntistas. Foram realizadas 34.666 consultas aos cadastros da Receita Fede-ral, referentes às diferentes combinações de no-mes e datas de nascimento possíveis, resultando em 652.731 possíveis nomes dos titulares das contas. Depurado esse universo, foram efetiva-mente identificados como contribuintes brasilei-ros 7.243 correntistas pessoas físicas.

Os registros apontam, ainda, a existên-cia de 5.581 contas, incluindo ativas e inativas, à época mantidas por brasileiros. Desse total, 1.702 contas efetivamente apresentavam saldo ao final de 2006, englobando um valor total de aproxi-madamente US$ 5,4 bilhões.

A Receita Federal solicitou ao Banco Cen-tral, no dia 8 de maio, informações sobre um pri-meiro conjunto de registros para buscar elemen-tos para identificação de indícios de possíveis práticas de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Em paralelo, a Receita Fe-deral está cruzando as informações desses CPF com suas bases de dados para a identificação de contribuintes com interesse fiscal para o período de 2011 a 2014, para posterior programação e fis-calização.

Dentre os CPF já identificados há 736 contribuintes falecidos. Dentre os registros para os quais não consta óbito, há 264 estrangeiros,

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26Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Operação Bemol combate lavagem de dinheiro e evasão de divisas

263 CPF suspensos, 97 cancelados, 15 pendentes de regularização e um nulo. Foram identificados, ainda, 1.942 contribuintes com mais de 70 anos. Além dessas ações, as outras vertentes de traba-lho são as seguintes:

– continuidade das pesquisas das pesso-as físicas ou jurídicas não identificadas na depu-ração inicial, que correspondem a 1.129 nomes;

– continuidade das pesquisas para iden-tificação das correntistas pessoas jurídicas, e res-pectivas pessoas físicas relacionadas;

– identificação dos eventuais herdeiros dos 736 contribuintes já falecidos;

– realização de análise de vínculos entre os contribuintes identificados, de forma a encon-trar grupos de contribuintes relacionados, para o tratamento em conjunto;

realização de intercâmbio de informações com o Conselho de Controle de Atividades Financei-ras – COAF, de modo a buscar elementos para identificação de indícios de possíveis práticas de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro;

– aprofundamento das investigações para os casos mais graves, identificados a partir da priorização anteriormente estabelecida e do intercâmbio de informações com o Banco Central e do COAF, com o acionamento do Polícia Fede-ral e o Ministério Público Federal;

– identificação de eventuais servidores públicos e de pessoas politicamente expostas.

A Receita Federal realizou no dia 5 de março, juntamente com a Polícia Federal, a “Ope-ração Bemol” com o objetivo de desarticular

organização suspeita de desenvolver esquema transnacional de lavagem de dinheiro e evasão de divisas entre o Brasil e Paraguai.

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27 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

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As investigações identificaram a utili-zação de cerca de 500 contas bancárias abertas por 87 empresas, em geral fictícias, para receber vultosos valores de pessoas físicas e jurídicas de diversos estados brasileiros, interessadas em ad-quirir mercadorias, drogas e cigarros provenien-tes do Paraguai.

O grupo investigado era responsável por conferir aparência lícita a recursos financeiros de origem supostamente criminosa e, também, por remeter esses mesmos recursos “sujos” ao Para-guai. Além disso, para atender as exigências de “doleiros” paraguaios, realizava também a trans-ferência de parte dos ativos ilícitos para contas bancárias brasileiras controladas por tais “dolei-ros”. As empresas controladas pela organização investigada movimentaram mais de R$ 600 mi-lhões de origem duvidosa.

Como parte das ações foram cumpridos 7 mandados de prisão preventiva e 34 de prisão temporária, além de 25 mandados de condução coercitiva e 68 mandados de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Participaram da operação 30 servidores da Receita Federal (no auxílio ao cumprimento das medidas judiciais em Foz do Iguaçu e Cascavel (PR) e em Ribeirão Preto (SP) e 230 policiais federais.

A operação foi batizada de “Bemol” por possuir o mesmo propósito da “Operação Sus-tenido”, deflagrada em maio de 2014. Naquela ocasião, foi desarticulada organização crimino-sa especializada na prática dos mesmos delitos. Em abril de 2015, a Justiça Federal condenou 22 pessoas, entre elas o mentor da quadrilha, em-presários, interpostas pessoas, dois ex-gerentes de banco e um ex-vereador de Foz do Iguaçu/PR pelos crimes de operação irregular de instituição financeira, evasão de divisas, lavagem de dinhei-ro e organização criminosa.

A expressão “bemol” é uma referência à teoria musical, visto que tanto o “sustenido”, quanto o “bemol” representam uma nota inter-mediária entre outras duas notas musicais. O pa-pel das organizações criminosas descortinadas pelas operações era fazer a ligação entre trafican-tes de drogas, “cigarreiros” e empresários brasilei-ros com os fornecedores residentes no Paraguai. Os dois grupos suspeitos representavam a ponte (o elo) entre criminosos brasileiros e paraguaios.

O trabalho realizado pela Receita Federal e pela Polícia Federal demonstra que o combate à lavagem de dinheiro e à evasão de divisas deve ser uma constante na região da tríplice fronteira, como forma de se coibir a circulação de recursos e produtos ilícitos pela fronteira brasileira.

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28Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Receita Federal investiga esquema de manipulação de julgamentos do CARF A Receita Federal, a Polícia Federal, o Mi-nistério Público Federal e a Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda deflagraram em março a Operação “Zelotes”, com o objetivo de desarticu-lar organização suspeita de manipular julgamen-tos de processos junto ao Conselho Administra-tivo de Recursos Fiscais – CARF, do Ministério da Fazenda.

A operação decorreu de complexa inves-tigação conduzida por mais de um ano pela Re-

Foram cumpridos 41 mandados de bus-ca e apreensão expedidos pela Justiça Federal, que também decretou o sequestro dos bens e bloqueio dos recursos financeiros dos principais envolvidos na investigação. A ação ocorreu no Distrito Federal, São Paulo e Ceará onde foram efetuadas buscas em empresas de consultoria e advocacia, residência dos suspeitos e ainda em salas de alguns conselheiros do CARF. Participam da operação 55 servidores da Receita Federal, 160 Policiais Federais e três servidores da Corre-gedoria Geral do Ministério da Fazenda – COGER/MF. As equipes da Receita Federal estiveram pre-sentes no cumprimento de 27 dos 41 Mandados de Busca e Apreensão expedidos.

ceita Federal, em conjunto com a Corregedoria--Geral do Ministério da Fazenda. Os elementos de informação coletados apontavam para indícios de crimes como advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Seriam praticados por pes-soas físicas e jurídicas que se associaram de forma estruturada, contando com a participação de in-tegrantes e ex-integrantes do CARF, advogados, lobistas, consultores e empresários.

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CONSULTORES

DECISÃO/ACÓRDÃO

O esquema envolveria a contratação de empresas de consultoria que, mediante trânsito facili-tado junto ao CARF, conseguiriam controlar o resultado do julgamento de forma a favorecer o contri-buinte autuado.

Na Operação foram apreendidos mais de R$ 2 milhões em Brasília e São Paulo, 16 veículos nacionais e importados e jóias, além de diversos documentos que estão sendo analisados com partici-pação da Receita Federal.

Atualmente estão designados oito servidores da Receita para atuar exclusivamente nos traba-lhos de investigação, em articulação com a Força-Tarefa do MPF, com a Polícia Federal e com a Corre-gedoria do Ministério da Fazenda.

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Em Foco

30Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Cinco pilotos da Receita Federal partici-param, em Brasília, de um treinamento teórico sobre o helicóptero Airbus EC-135, junto com cinco pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB). A inclusão da equipe da Receita no exercício, rea-lizado entre os dias 23 de fevereiro a 4 de março de 2015, atendeu a convite feito pelo Comando da Aeronáutica.

As instruções foram dadas por instruto-res de voo e de simulador de voo do EC-135 ofi-ciais da FAB. No treinamento, que contou com atividades em sala de aula e nas aeronaves, fo-ram abordados diversos assuntos, tais como: o funcionamento e operação da aeronave, tanto

Pilotos da Receita Federal participam de treinamento com Força Aérea Brasileira

em condições normais como em emergências, sistemas, equipamentos e acessórios, documen-tação técnica, padronizações de procedimentos e orientações sobre procedimentos de emergên-cia em simulador de voo.

Da mesma forma que a Receita Federal, a FAB também opera com helicópteros Airbus EC-135. São duas aeronaves do modelo sediadas no 3º Esquadrão do Grupo de Transporte Especial (GTE), unidade da FAB encarregada do transporte presidencial. Os dois helicópteros estão na confi-guração VIP e são usados exclusivamente para o transporte da presidenta Dilma Roussef.

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31 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Em Foco

Operação Bumerangue desarticula esquema de fraude em quatro estados A Receita Federal, em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, de-flagrou em fevereiro a Operação Bumerangue, realizada simultaneamente nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, com o objetivo de combater organização crimi-nosa suspeita de fraudar o Fisco Federal.

Com o início das investigações, foi iden-tificado esquema de fornecimento de produtos siderúrgicos de origem nacional exportados em cidades sul-mato-grossenses próximas à frontei-ra. As mercadorias saíam do país e depois retor-navam de forma descaminhadas, sem o regular recolhimento dos tributos devidos. Para o trans-porte das mercadorias, eram utilizadas notas fis-cais emitidas por estabelecimentos empresariais situados em Ponta Porã. Após a entrega em terri-tório nacional, as notas fiscais eram canceladas.

Com o avanço das investigações, foi constatado que, na maioria dos casos, o grupo investigado utilizava-se de exportação fictícia ou simulada. Ao saírem das indústrias, as mercado-

rias eram entregues a destinatários localizados nos estados do Paraná e de São Paulo logo após a emissão das notas fiscais, sem sequer chegar ao estado do Mato Grosso do Sul, a partir de onde seriam exportadas.

Para concretização da fraude, cerca de seis meses após a emissão das notas fiscais pe-las indústrias, empresas exportadoras simulavam exportações apresentando apenas a documenta-ção instrutiva dos despachos. Os veículos com as mercadorias a serem exportadas não compare-ciam à unidade da Receita Federal para os regu-lares procedimentos de controle aduaneiro.

Com a deflagração da operação, os ór-gãos envolvidos vêm apurando os indícios de prática de crimes como formação de quadrilha, falsidade ideológica, descaminho, corrupção ati-va e passiva, evasão de divisas, dentre outros. As investigações indicaram que mais de R$ 250 mi-lhões em transações comerciais foram realizadas pelo grupo investigado.

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Em Foco

32Fato Gerador | 1º semestre de 2015

O jornal Diário do Nordeste destacou, na sua edição de 29 de maio, a condenação do réu Mayron Silva de Lima a 11 anos e oito meses de prisão. Ele é um dos acusados de participar do atentado contra o auditor-fiscal da Receita Federal José de Jesus Ferreira, cometido em 9 de dezembro de 2008. A decisão foi proferida pelo juiz da 32ª Vara da Justiça Federal, Francisco Luís Rios Alves.

À época do atentado, o auditor-fiscal investigava esquema de importação ilegal pelo porto do Mucuripe (Fortaleza–CE). O chefe da organização criminosa era o também condenado iraniano Farhad Marvizi.

O julgamento terminou com a condenação, pelo Tribunal do Júri, por crime de tentativa de homicídio duplamente qualificada (mediante pagamento e à traição ou emboscada).

Condenado o autor de atentado contra o auditor-fiscal Jesus Ferreira

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33 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Em Foco

Operação Frota Virtual combate fraude envolvendo locadoras de veículos

A Receita Federal deflagrou, no final de fevereiro, com o Ministério Pú-blico Federal, a Secretaria da Fazenda do Estado do Pará e a Polícia Federal, opera-ção de combate a fraudes na aquisição e desvio de veículos perpetradas por em-presas locadoras de veículos localizadas na região Norte.

Na operação foi identificado um esquema fraudulento que estaria sendo executado por empresas locadoras de veículos localizadas na Zona Franca de Manaus (ZFM) e Área de Livre Comércio de Macapá e Santana (ALCMS).

As empresas envolvidas, utili-zando-se dos incentivos fiscais da redu-ção a zero das alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade So-cial (Cofins), estariam adquirindo veícu-los e os desviando para o estado do Pará.

A partir do não pagamento dos tributos exigíveis com a comercialização dos veículos fora das áreas especiais e da utilização de artifícios fraudulentos, como a constituição de empresas “de fachada”, os envolvidos comercializavam esses automóveis a preços inferiores aos do mercado local.

A estimativa é de que o prejuízo aos cofres públicos alcance o montante de R$ 20 milhões em tributos federais sonegados.

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34Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Operação Arion II: fraude milionária na fabricação de bebidas

A Receita Federal participou, no dia 25 de abril, da Operação “Arion II”, que teve como objetivo combater fraudes na comercialização e na distribuição de bebidas nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Foram cum-pridos 26 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão nas cidades de Joinville/SC, Campo do Tenente/PR e Terra de Areia/RS.

A operação foi resultado de investiga-ção conduzida por força-tarefa composta pela Receita Federal, pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, pela Secretaria de Estado da Fazenda, pelo Instituto Geral de Perícias e pelas Polícias Civil e Militar, todos do Estado de Santa Catarina, e, ainda, pela Polícia Rodoviária Federal e pela Casa da Moeda do Brasil.

Lei de Acesso à Informação: quase quatro mil demandas em três anos

A Receita Federal recebeu 3.899 deman-das, desde a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, em maio de 2012. No período, foram tratados ainda 618 recursos.

Em 2014, o prazo médio de resposta pelo órgão foi de 14,8 dias para as demandas originais, e de 11,3 dias para os recursos. Os assuntos mais demandados no primeiro semestre de 2015 fo-ram: Legislação, com 37% das solicitações; Arre-cadação, com 7%; Informações Setoriais, com 7%; e Aduana, com 6%.

Em 2015, apurou-se que 66% das de-mandas as informações foram prestadas ao me-nos parcialmente, e em 32%, as informações fo-ram negadas: 13% por sigilo, 6% por necessidade de tratamento complementar/reprocessamento, e 13% por outros motivos previstos na Lei.

A Ouvidoria da Receita Federal vem ad-ministrando esse canal de comunicação com a sociedade de maneira a conferir ainda mais trans-parência aos assuntos da alçada da Administra-ção Tributária e Aduaneira nacional.

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35 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Em Foco

Durante sete meses foi investigado pela força-tarefa esquema que envolvia a comerciali-zação e a distribuição de bebidas de uma empre-sa produtora da região norte de Santa Catarina para a maioria dos estados do país. A fraude con-sistia em não emissão de notas fiscais e adultera-ção e utilização de notas fiscais frias emitidas por empresas de fachada, as quais, juntamente com interpostas pessoas físicas, ajudavam a ocultar a receita e o patrimônio obtidos com o esquema.

Os envolvidos usufruíam de bens de luxo como carros importados, embarcações e imóveis registrados em nome de terceiros. Algumas em-presas que adquiriam os produtos sem nota fiscal também se beneficiavam do ilícito ao revender as mercadorias à margem do controle fiscal.

A sonegação abrangia, ainda, obtenção de selos de IPI adquiridos da Receita Federal por outra empresa e desviados irregularmente para uso em produtos da empresa investigada, exi-mindo-a da tributação.

O esquema fraudulento, que empregava várias formas de omissão de receita, trouxe preju-ízo aos cofres públicos e à sociedade. Sua quanti-ficação ainda depende de auditorias fiscais da Se-cretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina e da Receita Federal, mas a sonegação é estimada em mais de 50 milhões de reais. Foram apreendi-das milhares de unidades de bebidas e lacrados diversos depósitos de bebidas pertencentes às empresas investigadas. Foram apreendidos, tam-bém, mais de R$ 6 milhões em dinheiro em espé-cie e cheques.

Receita Federal apreende contrabando de canários silvestres em Corumbá

Os canários foram trazidos da Bolívia por meio de trilha clandestina próxima ao posto da Receita Federal na fronteira (Posto Esdras). Os três responsáveis pelo carregamento foram detidos e encaminhados à Polícia Federal. Eles podem vir a responder pelo crime de tráfico de animais silves-tres.

Cerca de 400 pássaros acondicionados em gaiolas em um veículo de passeio foram en-caminhados à Polícia Militar Ambiental de Co-rumbá.

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36Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Receita Federal oferece capacitação de porta-vozes para o Tesouro Nacional

A Receita Federal, em parceria com a Es-cola de Administração Fazendária realizou em fevereiro, o curso de Media Training para porta--vozes da Secretaria do Tesouro Nacional. O cur-so, que já capacitou mais de 650 servidores na Receita Federal, destina-se ao treinamento de porta-vozes que lidam com a imprensa em seu cotidiano. O treinamento, desenvolvido e minis-trado integralmente por servidores da Receita Fe-deral desde 2009, foi reconhecido externamente como uma iniciativa de sucesso no I Ciclo de Ca-pacitação da Comunicação Pública, promovido pela Secretaria de Comunicação Social da Presi-dência da República em 2012.

A capacitação tem caráter eminente-mente prático, com os participantes podendo analisar, através de entrevistas individuais grava-das, seu comportamento diante das câmeras, re-fletindo a respeito do próprio desempenho como porta-voz, e identificando formas de melhor levar as mensagens da instituição aos jornalistas. Além de dicas de como se portar no tratamento com a imprensa, também são discutidos assuntos rele-vantes como o comportamento exigido em situ-ações de crise e a necessidade do gestor adotar uma postura pró-ativa junto à imprensa na di-vulgação dos resultados da instituição de qual é porta-voz.

Um diferencial do curso ministrado pela Assessoria de Comunicação Social da Receita Federal em relação aos oferecidos normalmen-te no mercado é o fato dos instrutores já terem trabalhado como jornalistas na iniciativa privada e também nas assessorias de comunicação da Casa. Nos media trainings contratados externa-mente, normalmente não se dá a devida ênfase às obrigações e responsabilidades inerentes ao porta-voz de uma instituição pública, que são bem distintos da realidade da iniciativa privada.

Ao fim do treinamento, os servidores da STN fizeram um balanço bastante positivo da ati-vidade. “O curso de Media Training foi bastante dinâmico e será muito útil para a estratégia de comunicação e transparência do Tesouro Nacio-nal, permitindo um relacionamento mais profis-sional com a imprensa”, disse o subsecretário da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Paulo Valle, que foi um dos alunos do curso.

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37 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

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Terceirização de serviços médicos no Espírito Santo é alvo de operação A Receita Federal deflagrou em junho operação objetivando coibir o planejamento tributário abusivo e a sonegação de impostos e contribuições federais por empresas de terceiri-zação de serviços médicos que atuam no Espírito Santo.

Na primeira etapa da operação foram cumpridas diligências em nove grandes hospitais privados estabelecidos no Espírito Santo (Grande Vitória, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e Li-nhares), os quais foram selecionados por serem contratantes de serviços médicos terceirizados e deterem registros e documentos sobre as ativida-des das empresas de terceirização.

Na segunda etapa da operação foram

instaurados 10 procedimentos de fiscalização nas empresas prestadoras de serviços médicos terceirizados, com a abertura de ações fiscais também junto às pessoas físicas vinculadas a es-sas empresas.

Estima-se que as prestadoras de servi-ços médicos terceirizados sonegaram mais de R$ 65 milhões em impostos e contribuições fe-derais nos últimos anos. Essas empresas assumi-ram, mediante contrato firmado com os grandes hospitais privados do ES, os serviços médicos de atendimento em unidades de emergência, de tratamento intensivo e de outras especialidades (anestesia, cardiologia etc), normalmente execu-tados em regime de plantão.

Na investigação, constatou-se a práti-ca corriqueira de omissão da remuneração dos médicos empregados na prestação dos serviços ou sua declaração de forma diversa da realidade, com a consequente sonegação dos tributos devi-dos pelas pessoas jurídicas e físicas envolvidas.

Outra característica observada durante a

investigação foi o fato das empresas de terceiri-zação dominarem a oferta dos serviços em suas respectivas áreas, detendo o controle de opção de trabalho para médicos que desejam atuar na Grande Vitória e em boa parte dos municípios do interior do estado.

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38Fato Gerador | 1º semestre de 2015

A fiscalização da Receita Federal no Comércio Exterior e especialmente a criação do Centro Nacional de Gestão de Riscos Aduaneiros foram alvos de elogios por parte da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e de São Paulo (Fiesp).

Em carta, a Firjan elogiou a atuação da Receita Federal em parceria com o Inmetro pela Opera-ção Natal Seguro.A ação foi realizada na zona primária e visou combater a entrada de mercadorias que não atendiam os regulamentos técnicos do Inmetro. O foco foi algumas mercadorias que apresentam risco de segurança à sociedade, em especial lâmpadas natalinas, eletroportáteis, pneus de bicicleta infantil e brinquedos.

Atuação da Aduana é elogiada por fe-derações das indústrias de São Paulo e Rio de Janeiro

Durante a operação foram selecionadas 74 declarações de importação, com resultado de 30%. Verificou-se que os melhores resultados foram obtidos nas fiscalizações realizadas sobre lâmpadas natalinas, com resultado de 82%.

No setor de brinquedos e artigos para crianças, uma carga oriunda da China com peso de 8 toneladas, foi submetida à análise do Inme-tro. O instituto reprovou grande quantidade de brinquedos em formato de carros e caminhões. A Alfândega no Porto do Rio de Janeiro fez a reten-ção dos produtos.

Na carta, a Firjan ressaltou a importância da Operação Natal Seguro para a indústria nacio-nal e o comércio exterior e enfatizou a relevância da ação para a saúde e segurança dos cidadãos brasileiros.

Já a Fiesp ressaltou em seu relatório anu-al a relevância do Centro Nacional de Gestão de Riscos Aduaneiros da Receita Federal (Cerad) para a análise das denúncias de importações irregula-res. Na análise da federação paulista, a parceria entre os setores público e privado tem-se mos-trado instrumento eficaz no combate as práticas irregulares no comércio exterior, em especial no que tange à identificação de produtos piratas.

O relatório destaca, ainda, que o acordo entre a Fiesp e a Receita Federal para o combate à pirataria iniciou-se em 2006 e conta com o apoio do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos Contra a Propriedade Intelectual (CNCP), do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e do Inmetro.

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39 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

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Trinta e seis pessoas são condena-das na Operação “Trem Fantasma”

A Justiça Federal de Guarulhos, em pri-meira instância, condenou os réus em maio a pe-nas que variam de 2 a 20 anos pelos crimes de des-caminho, facilitação de descaminho, quadrilha, falsidade ideológica e corrupção ativa e, ainda, ao pagamento de multas. Sete dos condenados são servidores públicos, para os quais, além da comi-nação a pena privativa de liberdade e pagamento de multas, foram decretados a perda da função pública ou o cancelamento da aposentadoria.

A “Operação Trem Fantasma” foi defla-grada em novembro de 2010 como resultado de investigação conjunta entre Receita Federal, Polí-cia Federal e Ministério Público Federal. Na defla-gração, que contou também com a participação da Corregedoria-Geral da Receita Federal, haviam sido presas 23 pessoas e apreendido cerca de US$ 1 milhão em espécie.

Durante a investigação, foi identificada quadrilha responsável por dois tipos de frau-de que ocorriam no Aeroporto Internacional de

Guarulhos em São Paulo. No principal esquema, a mercadoria estrangeira era submetida a despa-cho de trânsito aduaneiro e, com a utilização de dois caminhões, transportava a carga em um dos veículos sem passar pelos controles do despacho de importação. Já o segundo tipo de fraude tam-bém consistia na retirada da mercadoria à mar-gem da fiscalização aduaneira, submetendo inde-vidamente a mercadoria a trânsito internacional de passagem e retirando-a furtivamente por um dos portões de acesso ao aeroporto.

Os envolvidos na fraude eram empresá-rios, despachantes aduaneiros, funcionários de companhias aéreas e servidores públicos. Os pro-dutos eram provenientes dos EUA e da China e possuíam alto valor agregado, consistindo princi-palmente em equipamentos de foto e filmagem, de informática, telefones celulares e equipamen-tos hospitalares. Estima-se que cerca de 80 tone-ladas eram introduzidas, por ano, no país pelo grupo investigado.

Produtos de alto valor adquiridos ou encomendados

por residentes no Brasil

PORTO SEGURO CARGO

ARMAZÉM DO GRUPO

Vazio

Trânsito Aduaneiro

EADI

Destinatário B

Destinatário A

Destinatário Z

DTA

ALFÂNDEGA - AISPCarga Clone

Carga Clone

Caminhão Oficial

Caminhão Fantasma

EXTERIOR

BRASIL

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40Fato Gerador | 1º semestre de 2015

A Receita Federal, em fiscalização de ro-tina da Operação Fronteira Blindada, apreendeu, em maio uma carreta na Ponte Internacional da Amizade com grande quantidade de maconha escondida em fundos falsos. O caminhão, com placas do Paraguai, estava entrando no Brasil vazio, com destino a Foz do Iguaçu. O motorista, de nacionalidade paraguaia, apresentou os docu-mentos pessoais e do caminhão para conferên-cia.

Durante a verificação, foi constatado que a longarina do caminhão estava fechada (o cor-reto seria estar aberta), um forte indício de fundo falso.

O caminhão foi encaminhado à Dele-gacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu para abertura dos fundos falsos. Diante da dificuldade de acesso à droga, foi necessário o auxílio do Cor-po de Bombeiros.

Ao final da pesagem, foi verificado que a carreta levava 862,90 kg de maconha. O ca-minhão foi novamente conduzido à Aduana da Ponte Internacional da Amizade para verificar a existência de outros fundos falsos, por meio da utilização do scanner de veículos.

Carreta com quase uma tonelada de maconha é apreendida em Foz

94 milhões Esse foi o total de maços de cigarro introduzidos ilegalmente no país que foram apre-endidos pela Receita Federal no 1º semestre de 2015. Avaliados em cerca de R$ 342 milhões, os cigarros ilegais responderam por mais de um terço do valor de mercadorias apreendidas pela Receita Federal no período.

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41 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

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Deflagrada em março de 2015 pela Receita Federal e Polícia Federal, a Operação Alerta teve o objetivo de combater fraudes contra a arrecadação de impostos praticadas por organização criminosa estabelecida no Distrito Federal.

A investigação da Receita Federal identificou que os mentores do esquema vendiam a empre-sas, por intermédio de escritórios de advocacia e de consultorias tributárias, a possibilidade da extin-ção de dívidas tributárias com a utilização de créditos de terceiros. No entanto, na maioria dos casos, os investigados transmitiam declarações com informações fraudadas, reduzindo ou suprimindo valores dos tributos devidos. Segundo apuração, essas empresas de advocacia e consultoria tributária trans-mitiram centenas de declarações contendo informações falsas com objetivo de suprimir o pagamento de tributos.

Ao longo das investigações, constatou-se que diversas empresas se beneficiaram do esquema. Até o momento, já foram cobrados mais de R$ 338 milhões em tributos e multas de tais empresas e há diversas outras sob fiscalização da instituição.

Podem responder pelos crimes os mentores e demais pessoas envolvidas. As empresas que utilizaram o esquema já foram identificadas pela Receita Federal e poderão ser autuadas com multa de até 225%, além de serem representadas criminalmente ao Ministério Público Federal.

A Operação Alerta é parte de um conjunto de investigações desenvolvidas pela Receita Fede-ral para combater fraudes contra a arrecadação federal. Em 2014, na Operação “Ouro de Tolo”, foram executados mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com o apoio do Ministério Público Federal. Na ocasião foram obtidas evidências da participação desse grupo do Distrito Federal. Neste contexto, também foi realizada, em janeiro de 2015, a Operação “Miragem”, no Espírito Santo, com o objetivo de combater fraudes tributárias envolvendo compensação e suspen-são de tributos, estimadas em cerca de 72 milhões de reais.

Operação identifica fraudes contra a arrecadação

Receita Federal coordena comitê internacional sobre Ética Em junho de 2015, o Código de Conduta dos Agentes Públicos em Exercício na Receita Fe-deral do Brasil completou dois anos de existência. Fruto de amplo debate interno o Código reflete o esforço da Receita Federal em disseminar, perma-nentemente, a cultura ética institucional e incre-mentar iniciativas de educação em ética.

Atenta às diretrizes das boas práticas de gestão no serviço público brasileiro e internacio-nal, a Receita Federal possui uma comissão de éti-ca própria, órgão consultivo e deliberativo a res-peito da aplicação do Código. A comissão integra o Sistema de Gestão de Ética do Poder Executivo

Federal, instituído pelo Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007.

Participante do Comitê Permanente de Ética e Administração Tributária do Centro Inte-ramericano de Administrações Tributárias – Ciat, a Receita Federal, a partir da comissão de ética, coordenou e finalizou em fevereiro de 2015, as atividades do Grupo de Trabalho Virtual formado pelo Brasil, Costa Rica, Equador, França, Suécia e Uruguai, a fim de elaborar a base de uma Cartilha sobre a Construção e Desenvolvimento da Con-fiança Interna e Externa das Administrações Tribu-tárias.

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42Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Combate à importação irregular de cabelo humano é intensificado

Utilizado na fabricação de perucas e apliques, o cabelo humano é um produto que pode chegar a um valor de varejo de aproximadamente R$ 400 por cada 100 gramas no mercado brasileiro. Este valor elevado tem despertado a cobiça de con-trabandistas e empresas que tem buscado ingressar irregular-mente com o produto no País, declarando o produto a um valor menor do que o real ou simplesmente trazendo o produto es-condido entre outras cargas.

Para combater esta prática, que prejudica os comer-ciantes que agem dentro da legalidade, a Receita Federal defla-

grou a Operação Sansão, fiscalizando com rigor as operações de impor-tação declaradas de cabelo humano. Os resultados mostram o acerto da ação da Receita: do final de 2014 até o final do primeiro semestre deste ano, 29 operações de importação foram selecionadas, com retificações de valores que na média foram 250% superiores ao valor declarado ini-cialmente.

O pente fino nas importações fez com que muitos tentassem trazer a carga disfarçados como passageiros de voos internacionais. Em maio, a Receita Federal apreendeu no aeroporto de Guarulhos em uma única ação cerca de 670 kg de cabelos distribuídos em 23 malas de pas-sageiros provenientes da Tailândia com destino a Ciudad del Este. Os passageiros posteriormente admitiram que o destino final da mercado-ria era o Brasil, com o plano sendo reintroduzir o produto através da fronteira terrestre com o Paraguai.

Em junho, o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, também registrou uma apreensão sig-nificativa, com 75kg de cabelos sendo apreendidos juntamente com 100 pares de tênis, 165 lentes de 18mm e 270 kg de equipamentos eletrônicos, tais como notebooks, pentes de memória e processado-res.

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Em março, a Fazenda Nacional obteve significativa vitória tributária. O Conselho Admi-nistrativo de Recursos Fiscais (Carf) decidiu dar provimento a recurso de ofício do Órgão, man-tendo com o ato a autuação de R$ 1,5 bilhão de contribuinte realizada pela Receita Federal.

Na autuação, foi exigido o pagamen-to do ganho de capital devido por operação de alienação de participações societárias que o contribuinte tentou caracterizar como permuta de ativos para evitar a incidência de impostos.

Carf mantém autuação de R$ 1,5 bilhão

O acórdão do Carf expressa entendi-mento de que se trata de uma operação de alienação de participações societárias e não de permuta. Tal julgamento demonstra a importân-cia do trabalho especializado desenvolvido pela Receita Federal junto aos grandes contribuintes, e firma a convicção de que a Receita Federal encontra-se no caminho correto, com os autos de infração relativos a planejamento tributário sendo mantidos pelo Carf.

A Receita Federal deflagrou uma operação nacional para combater um esquema fraudulento que utilizava supostos créditos de títulos da dívida pública do Brasil emitidos ainda no início do século XX. Consultorias tributá-rias têm oferecido as supostas quitações a contribuintes de vários segmentos

econômicos. Apenas um escritório de consultoria assessorou contribuintes a lastrearem R$ 800 milhões em títulos sem valor.

A Receita Federal comunicou os contribuintes assessorados pelo escritório identificados no mês de abril. A expectativa é que retifiquem as Declarações de Débitos

e Créditos Tributários, uma vez cientes de que não existe o “milagre tributário” (o deságio chegava a 70% do valor de face dos títulos públicos). “Esses contribuintes foram vítimas de um estelionato se eles agiram de boa-fé. Essa é a dúvida que a Receita Federal tem. Não sabemos se eles agiram de boa-fé ou se agiram intencionalmente para também concorrer para a fraude”, alertou Iágaro Jung, subsecretário de Fiscalização da Receita Federal .

Mais quatro empresas de consultoria tributária que utilizaram o mesmo expediente estão sendo objeto de fiscalização.

Operação combate fraudes envol-vendo títulos da dívida pública

43 Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Em Foco

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Em Foco

44Fato Gerador | 1º semestre de 2015

Remessas postais recebidas no Brasil continuam crescendo

Apesar da crescente valorização do dólar frente ao real verificada em 2015, o volume de re-messas postais internacionais recebidas no país segue crescendo, impulsionado pela crescente expansão do comércio eletrônico.

Nesse contexto, a Receita Federal, em par-ceria com os Correios, vem dando andamento ao Projeto Remessa Postal Internacional, que tem por objetivo desenvolver um novo modelo de controle para as remessas postais internacionais baseado na transferência eletrônica de informações da remessa pelos Correios, possibilitando a tributação automá-tica das encomendas e a realização de uma análise

de risco prévia à chegada dos bens.

A previsão é o que o Sistema Remessa entre em produção em setembro. A Receita Fe-deral aguarda apenas a conclusão do módulo postal, de responsabilidade dos Correios, para implementar o sistema. A expectativa é que ocorra maior simplificação e agilidade na libera-ção das remessas postais recebidas, aprimorando e ampliando os serviços prestados à sociedade. Ademais, com a tributação automática das en-comendas, o percentual de remessas tributadas tende a aumentar consideravelmente, gerando aumento na arrecadação.

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Fato Gerador | 1º semestre de 201545

Anexos

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Fato Gerador | 1º semestre de 2015 46

Anexos

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Fato Gerador | 1º semestre de 201547

Anexos

MISSÃO

“Exercer a administração tributária e aduaneira com justiça fiscal e respeito ao cidadão, em benefício da sociedade”

VISÃO“Ser uma instituição inovadora, protagonista na simplificação dos sistemas tributário e aduaneiro, reconhecida pela efetividade na gestão tributária e

pela segurança e agilidade no comércio exterior, contribuindo para a qualidade do ambiente de negócios e a competitividade do país”

VALORES: Respeito ao cidadão – Integridade – Lealdade com a instituição – Legalidade – Profissionalismo – Transparência

MAPA ESTRATÉGICO DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2016 – 2019

Desenvolver competências, valorizar pessoas e adequar o

quadro de pessoal às necessidades institucionais

Viabilizar recursos e otimizar sua aplicação para suprir as

necessidades de infraestrutura e tecnologia

Assegurar um modelo organizacional que favoreça a integração e a inovação nos

processos

Promover a gestão com foco em resultado

Garantir a arrecadação necessária ao Estado, com eficiência e aprimoramento

do sistema tributário

Garantir segurança e agilidade no fluxo internacional de bens, mercadorias e

viajantes

Aumentar a efetividade de cobrança

Impulsionar a simplificação do sistema tributário

Ampliar a aplicação da análise de riscos nos controles tributários e

aduaneiros

Incentivar o cumprimento das obrigações tributárias e aduaneiras

Reduzir litígios, com ênfase na prevenção

Ampliar o combate ao contrabando, ao descaminho e à

sonegação fiscal

OBJETIVOS DE RESULTADO

OBJETIVOS DE PROCESSO

Contribuir para a facilitação do comércio internacional e do fluxo

de viajantes, em articulação com os demais órgãos

OBJETIVOS DE GESTÃO E SUPORTE

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Fato Gerador | 1º semestre de 2015 48

Anexos

MISSÃO

“Exercer a administração tributária e aduaneira com justiça fiscal e respeito ao cidadão, em benefício da sociedade”

VISÃO“Ser uma instituição inovadora, protagonista na simplificação dos sistemas tributário e aduaneiro, reconhecida pela efetividade na gestão tributária e

pela segurança e agilidade no comércio exterior, contribuindo para a qualidade do ambiente de negócios e a competitividade do país”

VALORES: Respeito ao cidadão – Integridade – Lealdade com a instituição – Legalidade – Profissionalismo – Transparência

MAPA ESTRATÉGICO DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2016 – 2019

Desenvolver competências, valorizar pessoas e adequar o

quadro de pessoal às necessidades institucionais

Viabilizar recursos e otimizar sua aplicação para suprir as

necessidades de infraestrutura e tecnologia

Assegurar um modelo organizacional que favoreça a integração e a inovação nos

processos

Promover a gestão com foco em resultado

Garantir a arrecadação necessária ao Estado, com eficiência e aprimoramento

do sistema tributário

Garantir segurança e agilidade no fluxo internacional de bens, mercadorias e

viajantes

Aumentar a efetividade de cobrança

Impulsionar a simplificação do sistema tributário

Ampliar a aplicação da análise de riscos nos controles tributários e

aduaneiros

Incentivar o cumprimento das obrigações tributárias e aduaneiras

Reduzir litígios, com ênfase na prevenção

Ampliar o combate ao contrabando, ao descaminho e à

sonegação fiscal

OBJETIVOS DE RESULTADO

OBJETIVOS DE PROCESSO

Contribuir para a facilitação do comércio internacional e do fluxo

de viajantes, em articulação com os demais órgãos

OBJETIVOS DE GESTÃO E SUPORTE

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Fato Gerador | 1º semestre de 201549

Anexos

Planejamento Estratégico O planejamento estratégico da Receita Federal é elaborado a partir da reunião das infor-mações de várias fontes, tais como os resultados de pesquisas de imagem e satisfação quanto à Receita Federal, diagnóstico organizacional, ava-liação dos processos de trabalho da Receita Fe-deral (conforme sua Cadeia de Valor) e cenários prospectivos.

Os Referenciais Estratégicos (Missão, Vi-são de Futuro e Valores) são elementos que com-põem e fundamentam o planejamento estratégi-co da Receita Federal.

Exercer a administração tributária e aduaneira com justiça fiscal e respeito ao cidadão, em bene-fício da sociedade.

Ser uma instituição de excelência em administra-ção tributária e aduaneira, referência nacional e internacional.

Respeito ao cidadão, integridade, lealdade com a Instituição, legalidade, profissionalismo e trans-parência.

Missão

Visão

Valores

Cadeia de Valor No segundo semestre de 2014 a Receita Federal atualizou sua Cadeia de Valor, um dos principais instrumentos de gestão utilizados para orientar suas áreas técnicas.

Esta representação gráfica de todos os processos de trabalho da Receita Federal apre-senta a forma como eles são organizados e agru-pados com vistas ao cumprimento de sua missão. Propicia a visão de inter-relacionamento entre os processos, evidenciando a necessidade de com-partilhamento de informações e constituindo-se em instrumento norteador de todo o trabalho de implantação de uma cultura de gestão orientada a processos. Essa maneira de atuação faz com que a Receita Federal foque seus esforços e re-cursos para a melhoria do desempenho daqueles processos considerados críticos para a organiza-ção, de forma que não impactem a execução de sua estratégia.

A Cadeia de Valor serve de referencial para a decisão dos gestores com vistas à imple-mentação de melhorias e inovações nos proces-sos de trabalho, apoiadas no Mapa Estratégico da instituição. Desse modo, a Cadeia de Valor propi-cia uma tomada de decisão mais assertiva com relação à priorização das iniciativas de melhoria e inovação, orientando a Receita Federal no rumo do alcance de sua Visão de Futuro.

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Fato Gerador | 1º semestre de 2015 50

Anexos

RealizarGestão

Documental

GerirMercadoriasApreendidas

GerirPatrimônio e

Obras

RealizarAquisições eContratações

G ESTÃO DE MATER I A I SE LOG Í ST I CA

Reconhecer eValorizarPessoas

Administrar eAvaliar

Pessoas

Capacitar eDesenvolver

Pessoas

Recrutar,Selecionar e

AlocarPessoas

G E S T Ã O D E P E S S O A S

GerirInfraestrutura

de TI

GerirSegurança da

Informação

GerirSistemas deInformação

RealizarGovernança

de TI

G O V E R N A N Ç A D E T E C N O L O G I AD A I N F O R M A Ç Ã O

RealizarGestão

Contábil

Realizar aGestão

Orçamentáriae Financeira

GESTÃO ORÇAMENTÁRIAE F INANCEIRA

GerirRiscos

Institucionais

GerirConformidadedeProcedimentos

Internos

Gerir aIntegridadeFuncional

C O N T R O L E I N S T I T U C I O N A L

GerirComunicaçãoInstitucional

Gerir RelaçõesInstitucionais

GerirPolíticas eDiretrizes

Institucionais

G E S T Ã O I N S T I T U C I O N A L

ProspectarInovações

PromoverMelhorias nos

Processos

Gerir Portfólio deProjetos

Acompanhar aExecução da

Estratégia

G E S T Ã O E S T R AT É G I C A ,P R O J E TO S E P R O C E S S O S

GERIR CANAIS DE COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE

PRESTAR ORIENTAÇÃO EATENDIMENTO

GERIR CADASTRODE PESSOAS E BENS

DESENVOLVER MORALTRIBUTÁRIA

INTERAÇÃO COM A SOC IEDADE

FORMULAR ATOS INTERPRETATIVOS E NORMATIVOS

ACOMPANHAR JULGAMENTOSDE PROCESSOS

ADMINISTRATIVOS E JUDICIAIS

JULGAR RECURSOSADMINISTRATIVOS FISCAIS

FORMULAR PROPOSTAS DE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

SEGURANÇA JURÍD ICA E SOLUÇÃO DE L IT ÍG IOS

GERENCIAR RISCOS OPERACIONAIS ADUANEIROS

CONTROLAR ENCOMENDAS EBENS

DE VIAJANTES

CONTROLAR REGIMESADUANEIROS

ADMINISTRAR PROCESSOS DEIMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA

REALIZAR AÇÕES DE VIGILÂNCIA E REPRESSÃO

REALIZAR AÇÕES DE PESQUISA E INVESTIGAÇÃO

EXECUTAR A FISCALIZAÇÃOPLANEJAR A EXECUÇÃO DAFISCALIZAÇÃO

REALIZAR PESQUISA E SELEÇÃO

FISCALIZAÇÃO E COMBATE AOS IL ÍC ITOS TRIBUTÁRIOS E ADUANEIROS

ARRECADAÇÃO E CONTROLE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

ATUAR NA GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

GERENCIAR RESTITUIÇÃO, COMPENSAÇÃO E RESSARCIMENTO

REALIZAR COBRANÇAADMINISTRATIVA

CONTROLAR O CUMPRIMENTODAS OBRIGAÇÕES

ACESSÓRIAS

CONTROLAR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO

DEFINIRDIRETRIZES

PARA OSPROCESSOSDE GESTÃO

DEFINIR DIRETRIZESPARA OS PROCESSOS

TRIBUTÁRIOS EADUANEIROS

FORMULAR A ESTRATÉGIAORGANIZACIONAL

SUBSIDIAR AFORMULAÇÃODA POLÍTICA

TRIBUTÁRIA E DOCOMÉRCIO EXTERIOR

ACOMPANHAR EAVALIAR A PERFORMANCEECONÔMICO-TRIBUTÁRIAE REALIZAR A PREVISÃO

DA ARRECADAÇÃO

POLÍTICASINSTITUCIONAIS

Cadeia de Valor

RealizarGestão

Documental

GerirMercadoriasApreendidas

GerirPatrimônio e

Obras

RealizarAquisições eContratações

G ESTÃO DE MATER I A I SE LOG Í ST I CA

Reconhecer eValorizarPessoas

Administrar eAvaliar

Pessoas

Capacitar eDesenvolver

Pessoas

Recrutar,Selecionar e

AlocarPessoas

G E S T Ã O D E P E S S O A S

GerirInfraestrutura

de TI

GerirSegurança da

Informação

GerirSistemas deInformação

RealizarGovernança

de TI

G O V E R N A N Ç A D E T E C N O L O G I AD A I N F O R M A Ç Ã O

RealizarGestão

Contábil

Realizar aGestão

Orçamentáriae Financeira

GESTÃO ORÇAMENTÁRIAE F INANCEIRA

GerirRiscos

Institucionais

GerirConformidadedeProcedimentos

Internos

Gerir aIntegridadeFuncional

C O N T R O L E I N S T I T U C I O N A L

GerirComunicaçãoInstitucional

Gerir RelaçõesInstitucionais

GerirPolíticas eDiretrizes

Institucionais

G E S T Ã O I N S T I T U C I O N A L

ProspectarInovações

PromoverMelhorias nos

Processos

Gerir Portfólio deProjetos

Acompanhar aExecução da

Estratégia

G E S T Ã O E S T R AT É G I C A ,P R O J E TO S E P R O C E S S O S

GERIR CANAIS DE COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE

PRESTAR ORIENTAÇÃO EATENDIMENTO

GERIR CADASTRODE PESSOAS E BENS

DESENVOLVER MORALTRIBUTÁRIA

INTERAÇÃO COM A SOC IEDADE

FORMULAR ATOS INTERPRETATIVOS E NORMATIVOS

ACOMPANHAR JULGAMENTOSDE PROCESSOS

ADMINISTRATIVOS E JUDICIAIS

JULGAR RECURSOSADMINISTRATIVOS FISCAIS

FORMULAR PROPOSTAS DE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

SEGURANÇA JURÍD ICA E SOLUÇÃO DE L IT ÍG IOS

GERENCIAR RISCOS OPERACIONAIS ADUANEIROS

CONTROLAR ENCOMENDAS EBENS

DE VIAJANTES

CONTROLAR REGIMESADUANEIROS

ADMINISTRAR PROCESSOS DEIMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA

REALIZAR AÇÕES DE VIGILÂNCIA E REPRESSÃO

REALIZAR AÇÕES DE PESQUISA E INVESTIGAÇÃO

EXECUTAR A FISCALIZAÇÃOPLANEJAR A EXECUÇÃO DAFISCALIZAÇÃO

REALIZAR PESQUISA E SELEÇÃO

FISCALIZAÇÃO E COMBATE AOS IL ÍC ITOS TRIBUTÁRIOS E ADUANEIROS

ARRECADAÇÃO E CONTROLE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

ATUAR NA GARANTIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

GERENCIAR RESTITUIÇÃO, COMPENSAÇÃO E RESSARCIMENTO

REALIZAR COBRANÇAADMINISTRATIVA

CONTROLAR O CUMPRIMENTODAS OBRIGAÇÕES

ACESSÓRIAS

CONTROLAR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO

DEFINIRDIRETRIZES

PARA OSPROCESSOSDE GESTÃO

DEFINIR DIRETRIZESPARA OS PROCESSOS

TRIBUTÁRIOS EADUANEIROS

FORMULAR A ESTRATÉGIAORGANIZACIONAL

SUBSIDIAR AFORMULAÇÃODA POLÍTICA

TRIBUTÁRIA E DOCOMÉRCIO EXTERIOR

ACOMPANHAR EAVALIAR A PERFORMANCEECONÔMICO-TRIBUTÁRIAE REALIZAR A PREVISÃO

DA ARRECADAÇÃO

POLÍTICASINSTITUCIONAIS

Cadeia de Valor

Page 51: Receita Federal tem participação Apreensões de mercadorias ...receita.economia.gov.br/publicacoes/revista-fato... · nadas pelo núcleo de inteligência artificial do sistema

Fato Gerador | 1º semestre de 201551

Anexos

Receita Federal do Brasil em números

• 10.935 auditores-fiscais

• 7.625 analistas-tributários

• 5.771 administrativos

• 18,3 milhões de empresas ativas registradas no sistema CNPJ

• 178,8 milhões de inscrições regulares no sistema CPF

• 26,9 milhões de declarantes do Imposto de Renda Pessoa Física

Unidades Centrais, formadas por 5 subsecretarias e 9 órgãos de assessoramento direto ao secretário

Unidades Descentralizadas:

• 10 Superintendências da Receita Federal do Brasil

• 14 Delegacias da Receita Federal de Julgamento

• 105 Delegacias, sendo 8 delegacias especiais:

• 2 Delegacias Especiais da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes – Demac (Pessoa Jurídica)

• 1 Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes – Demac (Pessoa Física)

• 1 Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Fiscalização – Defis

• 1 Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Instituições Financeiras – Deinf

• 1 Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária – Derat

• 1 Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Fiscalização de Comércio Exterior - Delex

• 1 Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Pessoas Físicas - Derpf

• 26 Alfândegas

• 11 Inspetorias Especiais

• 43 Inspetorias

• 360 Agências

• Aeroportos

• 30 terminais de passageiros

• 37 terminais de carga

• Portos

• 40 Portos organizados

• 42 Instalações portuárias fluviais e lacustres

• 173 Instalações portuárias marítimas

• Fronteira Terrestre

• 34 Unidades de fronteira alfandegadas

• 27 Pontos de fronteira alfandegados

Estrutura

Número de servidores

E mais...

• Recintos especiais

• 64 Unidades aduaneiras de zona secundária (24 Clias e 40 Portos Secos)

• 3 Centros de distribuição de remessas postais internacionais

• 3 Pólos de processamento de remessas expressas

• Números de servidores

• 10.582 auditores-fiscais

• 7.314 analistas tributários

• 6.213 servidores administrativos

• E mais

• 16,1 milhões de empresas ativas registradas no sistema CNPJ

• 181,8 milhões de inscrições regulares no sistema CPF

• 27,1 milhões de declarantes do Imposto de Renda Pessoa Física