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REA Revista PA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará Abril 2015 – Ano IV – nº 14 ENTREVISTA 81 ANOS Pag. 23 CONTINUIDADE Pag. 24 Cursos de pós-graduação valorizam currículo profissional A arborização na Cidade das Mangueiras 400 ANOS Pag. 20 Os caminhos do agronegócio paraense A produção agropecuária no estado nunca foi tão intensa como nos últimos tempos. Um terço do Produto Interno Bruto do Pará vem do agronegócio, em culturas diversificadas, que vão desde os grãos, passando por rebanhos, frutas, óleo de palma até chegar às florestas plantadas para beneficiamento. Tudo isso torna o Estado um dos mais competitivos no setor brasileiro e mundial, entretanto ainda temos alguns gargalos para alavancar de vez o potencial local. Pag. 08 Pag 12 Qualificação da mão de obra rural no foco do Senar-PA Conselho Regional paraense comemora aniversário Foto Cézar Moraes Foto Angela Gonzalez

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Page 1: REA Foto Angela Gonzalez Conselho - CREA-PA · promovemos avanços significativos e acompa-nhamos de perto os grandes projetos desenvol-vidos no Pará. Juntamente com os profissionais

REARevista

PAConselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará

Abril 2015 – Ano IV – nº 14

ENTREVISTA

81 ANOS

Pag. 23

CONTINUIDADE

Pag. 24

Cursos de pós-graduação valorizam currículo profissional

A arborização na Cidade das Mangueiras

400 ANOS

Pag. 20

Os caminhos do agronegócio paraenseA produção agropecuária no estado nunca foi tão intensa como nos últimos tempos. Um terço do Produto Interno Bruto do Pará vem do agronegócio, em culturas diversificadas, que vão desde os grãos, passando por rebanhos, frutas, óleo de palma até chegar às florestas plantadas para beneficiamento. Tudo isso torna o Estado um dos mais competitivos no setor brasileiro e mundial, entretanto ainda temos alguns gargalos para alavancar de vez o potencial local.

Pag. 08

Pag 12

Qualificação da mão de obra rural no foco do Senar-PA

Conselho Regional paraense comemora aniversário

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Revista

3PA

AGRONEGÓCIO

MANANCIAIS

ENTREVISTA12

0816

ARBORIZAÇÃO20

NOSSAS SEÇÕESExpressas Mercado de Trabalho Por Dentro do CreaLivros

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO ELIAS LIMAPRESIDENTE DO CREA-PA

Prezado profissional,

No último dia 23 de abril, comemoramos uma data de extrema importância para toda a classe tecnológica: os 81 anos de

existência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará. É uma honra e, ao mesmo tempo, um grande desafio ter a oportunidade de estar à frente de uma entidade com a importân-cia e competência do Crea-PA. Exerço este cargo com o compromisso de sempre fazer o melhor e contribuir para o crescimento deste Conselho, um dos mais antigos do Brasil.

PALAVRA DO PRESIDENTEFundado em 1934, através da Resolução nº

02 do Conselho Federal de Engenharia e Agro-nomia (Confea), o Crea-PA – ou simplesmen-te Crea da 1ª Região - tinha sob sua jurisdição, além do Pará, os estados do Amazonas, Mara-nhão, Piauí e o então território do Acre. Com o advento da resolução nº 33, de 04 de novembro de 1943, foram incluídos os territórios do Ama-pá, atual estado do Amapá; de Rio Branco, atual estado de Roraima e Guaporé, hoje estado de Rondônia. Relembrando o passado, verificamos a evolução conquistada ao longo dos anos. O Crea-PA funciona hoje em sede própria, conta com cerca de 30 mil profissionais registrados e está presente nas diversas regiões do Estado. Te-mos representações em 21 municípios (Altami-ra, Ananindeua, Barcarena, Bragança, Cametá, Canaã dos Carajás, Capanema, Castanhal, Con-ceição do Araguaia, Itaituba, Juruti, Marabá, Monte Alegre, Novo Progresso, Oriximiná, Pa-ragominas, Parauapebas, Redenção, Santarém, Tucuruí e Xinguara).

Nossos esforços são no sentido de atuar em defesa das profissões e da sociedade. Nesses 81 anos, renovamos nossos projetos e expectativas, promovemos avanços significativos e acompa-nhamos de perto os grandes projetos desenvol-

vidos no Pará. Juntamente com os profissionais e o trabalho de nossos colaboradores, nossa intenção é que o Crea-PA esteja em constante crescimento, focando na valorização profissional e no fortalecimento das ações de fiscalização, de modo a intensificar o combate ao exercício ilegal da profissão.

Como parte das comemorações dos 81 anos, o Crea-PA presta homenagem a profissionais que se destacaram por suas atuações no Sistema Con-fea/Crea, através de inscrição no Livro do Mérito (profissionais in memoriam), entrega de Diplo-ma do Mérito (por relevantes serviços prestados à Engenharia e Agronomia) e de Certificados de Relevantes Serviços Prestados à Nação (Conse-lheiros que terminaram seus mandatos em 2014).

Nesta 14ª edição da Revista Crea-PA desta-camos os desafios do agronegócio paraense e a formação de mão de obra no campo. O dilema das águas e suas contaminações também é tema de importante discussão.

Sendo Belém conhecida como a “Cidade das Mangueiras”, abordamos a arborização da cidade na matéria que dá continuidade à nossa série es-pecial sobre os 400 anos de Belém. Já na coluna “Mercado de Trabalho”, discutimos a importân-cia da pós-graduação para a formação dos profis-sionais tecnológicos.

Aproveite o conteúdo e tenha uma ótima leitura.

Um grande abraço.

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EXPRESSASCREA-PA

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará

SEDE: Tv. Doutor Moraes, 194 • Nazaré • Belém-PA • CEP 66.035-080 FONE/FAX: (91) 3219-3402 / 3219-3403 / 3219-3404 / 3219-3408

FUNCIONAMENTO: 2ª feira a 6ª feira das 8h às 16hE-MAIL: [email protected]

OUVIDORIA: (91) 3219-1132 / 3219-1136 ou [email protected] / www.creapa.com.br

DIRETORIA 2015Presidente

Eng. Agrônomo Elias Lima da Silva1º Vice-Presidente

Engª. Civil Maria do Carmo Pereira de Melo2º Vice-Presidente

Eng. Civil Luiz Sérgio Campos Lisboa1º Secretário

Eng. Agrônomo Roberto das Chagas Silva2º Secretário

Eng. Mecânico Fábio Lins Castro Marinho1º Tesoureiro

Eng. Agrônomo Benedito Elias de Souza Filho2º Tesoureiro

Eng. Sanitarista Ray Davyd Soares Matos

CÂMARAS ESPECIALIZADASCâmara Especializada de Agronomia e Florestal

Coordenador: Eng. Agrônomo Raimundo Cosme de Oliveira Jr.Adjunto: Eng. Agrônomo Pedro Paulo da Costa Mota

Câmara Especializada de Engenharia Civil e Geologia e MinasCoordenador: Eng. Civil José da Silva Neves

Adjunto: Eng. Sanitarista Augusto Alves OrdonezCâmara Especializada de Engenharia Elétrica

Coordenador: Eng. Eletricista José Emmanuel de Carvalho Mesquita Jr.Adjunto: Eng. Eletricista Ricardo Guedes Accioly Ramos

Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, Metalurgia e QuímicaCoordenador: Eng.Naval Juarez Botelho da Costa Jr.

COMISSÃO EDITORIALCoordenador

Geólogo José Waterloo Lopes LealCoordenador Adjunto

Eng. Agrônomo Dilson Augusto Capucho FrazãoCoordenador do Núcleo de Relações Institucionais - NRI

Relações Públicas Marcelo Rodrigo da Silva PantojaAscom CREA-PA: Ercília Wanzeler

Esta é uma publicação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomiado Pará (CREA-PA) executada pela Holy Comunicação e Editora

(Rua Manoel Barata, 1569. Reduto. CEP 66053-320. Fone 91 3218-4698)Diretores: Alexandre e Olinda Mendes

Edição: Mara Góes DRT/PA 1.430 / Produção: Luciana CavalcanteReportagens e textos: Angela Gonzalez, Elielton Amador, Luciana

Cavalcante e Orlando Cardoso / Fotos: Ascom CREA-PA, Angela Gonzalez,Cézar Moraes, Agência Pará, Agência Belém, banco de imagens

Diagramação e arte: Holy Comunicação Tratamento de imagens: Elias Portilho

Comercialização: Olinda Rodrigues e Rodrigo PinhoImpressão: Gráfica Halley

Revista

PAREA

CONFEAConselho Federal de Engenharia e Agronomia

O uso sustentável dos Recur-sos Hídricos: Gestão x Cresci-mento Demográfico foi o tema de uma mesa redonda realizada no dia 08/04, no auditório do Conselho Regional de Engenha-ria e Agronomia do Pará (Crea--PA). Promovida pela Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (COMARH), a discus-são abordou assuntos como o Plano Nacional de Recursos Hí-dricos e a gestão do abastecimento de água na Região Metropolitana de Belém.

O presidente do Crea-PA, eng. agrô-nomo Elias da Silva Lima, conduziu a abertura do evento e destacou a impor-tância de realizar discussões sobre o tema. “Agradeço a iniciativa da Comis-são em trazer este tipo de evento, debater este assunto para a sociedade. Espero que todos possam absorver conhecimentos e passar isso adiante”, disse.

O professor Francisco Matos, da Uni-versidade Federal do Pará (UFPA), abor-dou o tema “gestão de recursos hídricos na Amazônia” e iniciou sua apresentação falando sobre o desdobramento do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH). Segundo ele, a Amazônia não é contem-plada como deveria e que apenas um en-tre treze programas contempla a região, embora ações pontuais tenham ocorrido. O Plano também seria reducionista, pois trata apenas de águas superficiais e subter-râneas, sem uma ação que vise a integra-ção das águas.

Matos destacou ainda as alterações da paisagem amazônica e do ciclo das águas,

Crea-PA debate o uso sustentável dos recursos hídricos

apontando alguns dos fatores dessas mu-danças, como o desmatamento, queima-das e emissão de CO2, construção de bar-ragens sem estudos de impactos regionais, assoreamentos dos rios, aparecimento e crescimento de cidades, entre outros.

O Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA) – um gigantesco aquífero, que se-ria capaz de abastecer o planeta por cente-nas de anos – posicionado na Região Ama-zônica, também foi destaque no evento. O conjunto de camadas geológicas possui re-servas de água subterrâneas estimadas em, aproximadamente, 160.000km³.

Outro assunto abordado durante a mesa redonda foi a “avaliação de gestão do abastecimento de água na Região Me-tropolitana de Belém (RMB)”, em pales-tra ministrada por Jorge Abílio Chaves, representante da Associação dos Enge-nheiros Sanitaristas do Estado do Pará.

O geólogo Wilson Oliveira, represen-tante do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, do Ministério Público do Estado do Pará, falou sobre os aspec-tos legais no uso dos Recursos Hídricos e dos principais usos da água.

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Garimpo de ouro Com o objetivo de formalizar grande parte do mercado produtivo de ouro no

Brasil, a Associação Nacional do Ouro (Anoro) realiza no dia 29 de abril, em Itaitu-ba, o lançamento da campanha Educação Ambiental nos Garimpos, que busca, além do aspecto educacional, a formação do CNG – Cadastro Nacional dos Garimpeiros, visto que muitos exercem a atividade de forma irregular ou clandestina no Pará.

A Associação Brasileira de Re-cursos Hídricos e a Associação Portuguesa dos Recursos Hídri-cos realizam conjuntamente dois importantes eventos sobre o tema este ano. O XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos e o 12º Silusba – Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídri-

cos dos Países de Língua Portuguesa. Ambos serão realizados de 22 a 27 de novembro, em Brasília, e reunirá importantes pesquisadores em tor-

no do assunto, que desde 2014 virou assunto rotineiro e de destaque em toda

a mídia. Informações e inscrições pelo www.abrh.org.br/xxisbrh.

Simpósio coloca em pauta problemas e soluções hídricas

Matéria da Revista 13 foi destaque na coluna Vera Castro, do jornal Diário do Pará

Foto Reprodução Google

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Lançada 72ª Soea em Fortaleza

O lançamento da 72ª Semana Oficial da Engenharia e da Agro-nomia levou cerca de 300 pessoas ao Centro de Eventos de Fortale-za, dia 23. A 72ª Soea será reali-zada de 15 a 18 de setembro, no mesmo Centro de Eventos, reuni-rá o que a área tecnológica brasi-leira e internacional tem de me-lhor no presente e o que projeta para o futuro. No site www.soea.org.br estão todas as informações a respeito da Semana e também podem ser feitas as inscrições.

Audiências públicas para definir Plano Plurianual 2016/2019

O Governo do Estado, através da Secretaria de Planejamento (Seplan), está realizando uma série de audiên-cias públicas nas sedes das regiões de integração para a elaboração do Plano Plurianual, a fim de identificar metas

a serem cumpridas entre 2016 e 2019. As oficinas temáticas regionalizadas promovem debates entre a população e os gestores públicos para definir uma agenda local de ações para cada regio-nal paraense.

Inscrições abertas para o Prêmio Capes de Tese 2015A Coordenação de Aper-

feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançou o edital do Prêmio Capes de Tese 2015, para teses defendidas em 2014. A pré-se-leção da melhor tese, que represen-tará o Programa de Pós-Graduação da Instituição de Ensino Superior no Prêmio Capes de Tese 2015, deverá ser feita no âmbito da coordenação do Programa.

Os critérios de elegibilidade das teses são: estar disponível na Plata-forma Sucupira da Capes; ter sido

defendida em 2014; ter sido defen-dida no Brasil, mesmo em casos de cotutela ou outras formas de dupla diplomação; ter sido defendida em programa de pós-graduação que ten-ha tido, no mínimo, 3 teses de douto-rado defendidas em 2014.

As inscrições deverão ser realizadas no endereço http://pct.capes.gov.br/in-dex.php/inscricao/login até o dia 15 de maio de 2015.

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A recomposição da Frente Parla-mentar em Defesa da Engenharia, da Agronomia e da Arquitetura e a defesa de projetos de lei que interessam a área tecnológica nacional foram os dois as-suntos tratados com deputados, sena-dores e com o ministro do Trabalho, no dia 11/04, em Brasília, pelas lideran-ças do Sistema Confea/Crea e Mútua. Uma ação intensiva considerada muito bem-sucedida e inédita, em suas pro-porções, pelos conselheiros federais e pelas demais autoridades presentes. Os encontros – que devem ser mensais a partir de agora, de acordo com proposta aprovada pelos conselheiros federais – fazem parte da Agenda Parlamentar do Conselho Federal.

“Recomposta a cada legislatura, a frente parlamentar que estamos propon-do para este ano deve ser mista, com a união de Câmara e Senado”, adiantou o presidente do Confea, José Tadeu da Sil-va. À frente de uma delegação compos-

Lideranças do Sistema Confea/Crea e Mútua cumprem agenda em Brasília

ta por conselheiros federais, José Tadeu manteve diálogo com deputados de vá-rias unidades da Federação. À noite, os representantes estiveram ainda com o ministro Manoel Dias, do Trabalho.

Entre os 198 projetos de lei que tra-mitam no Congresso Nacional e que podem interferir na Lei 5.194, de 1966 (regulamenta as profissões reunidas pelo Sistema Confea/Crea e Mútua), e no de-

senvolvimento tecnológico brasileiro, a delegação do Sistema focou nos que con-sidera que devem ter tramitação mais rápida, como o de número 7607/2010 - oriundo da Câmara e tramitando no Se-nado. Esse projeto de lei determina que as atividades profissionais exercidas por engenheiros, arquitetos e engenheiros--agrônomos sejam consideradas essen-ciais e exclusivas de Estado.

Foto Ascom

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Revista

8 PA

CAPACAPA

Última fronteira agrícola brasileira, o Pará guarda peculiaridades que, no cenário do agronegócio na-

cional, fazem dele um estado de grande potencial. Para começar, 3,2% da água doce de todo o planeta corre em terras paraenses. Também há abundância de luz solar durante todo o ano, sem ocor-rências de temperaturas extremas. Essas vantagens aliadas aos investimentos que vêm sendo feitos em tecnologia dão aos empresários do setor uma expectativa para lá de positiva. E o mais importante: promovendo desmatamento zero.

Atualmente, o peso do agronegócio sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado já chega a 1/3 do total, represen-

Os desafios do agronegócio paraense

ANGELA GONZALEZ

tando cerca de 33%. “Hoje, nosso estado é o mais competitivo do agronegócio brasileiro e, quiçá, mundial!”, arrisca Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (Faepa).

Na fruticultura, o Pará se destaca como primeiro produtor de açaí do Bra-sil. São 825,5 mil toneladas ao ano: 60% destinado ao consumo interno, enquan-to 40% é exportado – para outros esta-dos brasileiros (30%) e para o exterior (10%). E essa produção deve aumentar ainda mais. “Estamos dialogando com a Embrapa sobre os pacotes

tecnológicos disponíveis para aumentar a produção do açaí de cultivo”, informou o titular da Secretaria de Estado de De-senvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Hildegardo Nunes.

Outra cadeia produtiva importan-te é a do cacau. O Pará já é o segundo maior produtor do Brasil, com taxa de crescimento de cerca de 13% ao ano. A expectativa para este ano é que mais de

100 mil toneladas do produto sejam produzidas em terras paraen-

ses. Mas a meta é ir além da produção da fruta e

chegar ao chocolate.

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petróleo, mas, segundo a Sedap, várias medidas já estão sendo adotadas para evitar maiores prejuízos na produção.

Na pecuária, distribuída por todo o Estado, a parceria dos produtores com a Embrapa possibilitou que se reduzissem as áreas de pastagem por meio de agre-gação tecnológica. Com isso, num hec-tare onde antes se criava apenas 1 cabeça de gado, hoje se criam 3. “Isso coloca o Pará no caminho de ser o primeiro reba-nho bovino do país. Atualmente somos o terceiro, perdendo apenas para o Mato Grosso e Minas Gerais. Mas vamos che-gar ao primeiro lugar”, aposta Carlos Xa-vier, da Faepa.

No que se refere aos grãos (milho, arroz, soja e feijão), o Pará assume um

O titular de Secretaria Executiva de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, informou que o Estado aca-ba de conceder incentivos fiscais para a Cargill Agrícola iniciar o primeiro processo de industrialização do cacau, em Castanhal. O secretário Hildegardo Nunes, da Sedap, também reforçou a in-tenção do Governo em incentivar a pro-dução do chocolate paraense. “O cacau é uma de nossas maiores apostas. Quere-mos incentivar não só a produção, mas o consumo desse alimento. Estimular, por exemplo, que a produção de bombons do Pará, já tão conhecidos lá fora, utili-zem o nosso chocolate, que tem qualida-de superior e que precisa ser valorizado”.

A produção do óleo de palma (den-dê) é outra cadeia que vem crescendo de forma expressiva, colocando o Pará na posição de maior produtor nacional. As áreas de cultivo concentram-se num raio de 110 km de Belém por ser a faixa próxima ao Equador e que tem o índice pluviométrico mais alto, ocasionando uma temperatura mais “abafada”, propí-cia para esse tipo de cultura. O setor foi momentaneamente afetado pela crise do

peso importante na pauta de exporta-ções brasileira. No cenário nacional, é o Estado que representa a maior possibili-dade que o Brasil tem de aumentar sua produção. “Temos 300 mil hectares com uma produção já moderna, mecanizada e bastante produtiva. E o mais impor-tante: como nas demais cadeias produ-tivas, tudo é feito sem desmatamento”, frisou Hildegardo Nunes.

O Estado possui ainda as cadeias produtivas da citricultura (laranja), na região de Capitão Poço, nordeste pa-raense; mandioca, em todo o Estado; cana-de-açúcar, nas regiões nordeste e da Transamazônica; além de florestas plantadas, com quatro polos, sendo os três primeiros de cultivo de madeiras para celulose e para móveis (na região da chamada “Mesopotâmia paraense”, entre as bacias hidrográficas dos rios Capim e Gurupi, envolvendo os muni-cípios de Rondon, Paragominas, Dom Eliseu, Ulianópolis, Ipixuna e Aurora do Pará; região Bragantina, com seus 38 municípios; e em torno do antigo Jari) e o último polo de madeiras que servem à indústria siderúrgica, no Su-deste do Estado, próximo ao polo side-rúrgico paraense.

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SUSTENTABILIDADEPara Carlos Xavier, presidente

da Faepa, um dos grandes aliados do agronegócio é a consciência ecológica dos paraenses e, em es-pecial, dos empresários que atuam na agricultura e pecuária. Uma das consequências disso foi a Lei 6.745, que instituiu, em 2005, o macrozo-neamento ecológico-econômico no Pará. O foco dessa lei foi a de-finição de áreas prioritárias para a preservação da biodiversidade e de uso sustentável dos recursos natu-rais. A ideia era compatibilizar a ação do homem – utilização de todos os recursos naturais como terras, águas, ecossistemas, bio-diversidade, sítios arqueológicos, cavidades naturais e estruturas ge-ológicas – com a preservação e a conservação do meio ambiente.

Quando criada, a lei definia que pelo menos 65% das terras paraen-ses seriam para áreas especialmente protegidas (28% para terras indíge-nas e de remanescentes de quilom-bos, 27% para unidades de conser-vação de uso sustentável e 10% para unidades de conservação de pro-teção integral). O restante, 35% do território, estaria liberado para ativi-dades produtivas, além de “áreas de recuperação e áreas alteradas”.

Mas apesar de a lei liberar 35% das terras paraenses para atividades produtivas, o agronegócio hoje atua sobre apenas 24%. “Abrimos mão de 11% do que estava permitido na legislação. E, ainda assim, con-seguimos nos manter competitivos no mercado”, assegura o presidente da Faepa.

Outro marco foi o Projeto Pre-servar, em 2008. “Com toda a so-ciedade civil paraense reunida, definimos que, em vez de expandir nossas atividades até os 35% de área legalmente liberada, iríamos aplicar tecnologia só nesses 24% de fron-teira já aberta, assumindo ainda o compromisso do desmatamento zero”, relembra Xavier. “Essa nossa decisão tornou o Pará o primeiro estado brasileiro a ter um projeto de desenvolvimento aliado à consciên-cia ambiental”, acrescenta.

Hoje o maior desafio do agronegócio está nos entraves existentes com relação à logística. Muitos deles, na opinião de Carlos Xavier, ocasionados pela falta de consciência política do paraense. “Não temos noção da dimensão das potenciali-dades de nosso Estado. Garantir logística é fundamental. Diante da grande dimensão territorial do Pará, ir de um ponto a ou-tro gera grande custo, envolvendo linhas de transmissão de energia, estradas, entre outros. Temos que usar nossas hidrovias! Temos, por exemplo, 32 hidrelétricas para serem construídas em todo o Estado, mas apenas cinco em construção. Isso tudo precisa ser viabilizado”.

O titular de Secretaria Executiva de Desenvolvimento Econômico, Minera-ção e Energia (Sedeme), Adnan Dema-chki, lembrou que “a questão energética não é um problema somente do Pará. É de todo o País”. Mas garantiu que o Go-verno do Estado, por meio de sua Secre-taria de Meio Ambiente e Sustentabili-dade (Semas), está trabalhando para o licenciamento das hidrelétricas, tendo o cuidado de tratar o assunto com a devi-da cautela para que esse tipo de geração não venha causar danos, alguns deles ir-reparáveis. “Quando essas hidrelétricas estiverem funcionando, como são inter-ligadas com o sistema, elas permitirão a melhoria do fornecimento de energia

não só para o nosso Estado, como para todo o Brasil”, previu.

PARCERIASCom vistas ao fortalecimento do

agronegócio, está sendo criado o Con-selho de Desenvolvimento Econômico, envolvendo as secretarias da área de pro-dução, a de Ciência, Tecnologia e Educa-ção Técnica e Tecnológica (Sectet), a de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Se-mas), além do Instituto de Terras do Pará (Iterpa). A primeira reunião com o setor produtivo ocorreu em março deste ano, com os empresários do Oeste paraense. Haverá outra em Marabá, região Sul, no dia 11 de maio próximo. A ideia é percor-rer todas as regiões do Estado, debatendo de forma regionalizada as cadeias econô-micas de cada uma delas.

De acordo com o titular da Sede-me, o fortalecimento das parcerias en-tre os empresários do setor produtivo e o Poder Público está entre as priori-dades do Governo. Entre as iniciativas, citou projetos que prorrogam os incen-tivos fiscais/econômicos às empresas paraenses. Esses projetos estão sendo finalizados para serem encaminhados à Assembleia Legislativa. Outra novi-dade é a criação de um Núcleo de Par-cerias Público-Privadas (PPP’s) e Con-cessões nas secretarias.

Logística para escoamento da produção é o maior desafio

Foto Rodolfo O

liveira/Agência Pará

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O forte da produção paraense

Florestas plantadas4 polos: Mesopotâmia Paraense, região Bragantina, em torno do antigo Jari e Sudeste do Pará. Nos três primeiros o cultivo destina-se à celulose e móveis MDF. O último é voltado à indústria siderúrgica

Fruticultura Espalhada em todo o estado, com destaque para a região do Baixo Amazonas. Nesse grupo o açaí é o carro-chefe. Destaque também para a produção de côco, na qual o Pará é o terceiro maior produtor do Brasil, e o primeiro projeto em área contínua dessa cultura está no Pará (plantio da Sococo, com quase 30 mil hectares, na região do Acará-Moju)

PecuáriaPresente nos 144 municípios paraenses

Palma de óleo Raio de 110 km de Belém, na faixa próxima ao Equador, mais propícia para esse tipo de cultura

Citricultura Região geoeconômica de Capitão Poço, nordeste paraense

Mandioca Todo o Estado

Grãos Regiões Nordeste, Sul e Baixo Amazonas paraense

Cana-de-açúcar Nas regiões Nordeste e da Transamazônica

CacauMaior concentração na região da Transamazônica

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ENTREVISTA

ANGELA GONZALEZ

Para muitos profissionais do campo a perspectiva de crescimento era quase nula até bem pouco tempo atrás, mas com o

agronegócio em franco crescimento o campo brasileiro oferece grande variedade de carreiras. Para melhorar, qualificar e profissionalizar essa mão de obra e ainda garantir a satisfação em permanecer no campo, evitando o êxodo comumente noticiado, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Pará ampliou a capacitação que oferece há mais de 20 anos através da parceria com o Ministério da Educação firmada em 2011. Através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec, inúmeros cursos foram levados aos municípios paraenses. Este ano, no Pará, entre os cursos promovidos estão produtor de derivados de leite, fruticultor, operador de máquinas agrícolas, apicultor, produtor de mandioca, viveirista de plantas, etc. Segundo Walter Cardoso, superintendente do Senar por aqui, os desafios na formação de jovens profissionais no mundo rural estão sendo vencidos e transformando o potencial de negócios nos empreendimentos rurais.

Walter Cardoso, Superintendente do Senar-PA

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O Senar em números...Em 2014, o Senar atendeu 53 mil pesso-as no Pará. Se considerarmos que esses atendimentos beneficiam também as fa-mílias dessas pessoas, estima-se que cer-ca de 200 mil pessoas receberam ações do Senar no ano passado. Temos uma gama muito variada de ações. São cerca de 400 cursos e capacitações, além de programas como o “Útero é Vida”, volta-do para a saúde da mulher.

E como o Pronatec tem apoiado?O Pronatec tem tido uma importância singular na profissionalização do traba-lhador rural em todo o Brasil. Através desse programa, o Senar tem conseguido oferecer uma possibilidade concreta de formar novas lideranças, formar os jo-vens e capacitar para o desenvolvimento do agronegócio. Graças a essa sustenta-ção do Pronatec, várias são as ações que passamos a desenvolver aqui no Senar do Pará. Um dos exemplos é o Rede E-tec, curso de 1.230 horas, em modalidade se-mipresencial, que vai formar técnicos de nível médio para atuar no agronegócio. Só 20% da grade curricular é cumprido de modo presencial. O restante é todo à distância (pela internet).

Um avanço e tanto, hein?Eu diria que é um amadurecimento da-quilo que o Pronatec já vinha fazendo. É um avanço de qualidade! Antes, nossos cursos eram ações de formação profis-sional rural e promoção social em cur-sos de 40 horas. Com a chegada do Pro-natec, em 2013, nós ampliamos essas capacitações, oferecendo cursos com mais conteúdos e maiores cargas horá-rias e, consequentemente, com a pos-sibilidade de dar uma formação muito melhor ao trabalhador rural. Passamos a oferecer cursos de 160, 200 e 220 ho-ras de duração.

E o Rede E-tec veio nessa mesma esteira?Sim, sem dúvida. É a evolução disso tudo. Confere ao aluno, ao final de 2 anos de curso, o título de Técnico em Agronegó-cio, podendo atuar em qualquer ramo do agronegócio, com sólida formação em gestão. E há um alcance social também. Sabemos que, para crescer profissional-mente, muitas vezes esse jovem precisa deixar sua comunidade e sua família. Precisamos ajudá-lo a se fixar dentro de sua própria comunidade, até para que os demais integrantes dessas comunidades possam também se desenvolver.

E já começou?Sim, o primeiro processo seletivo foi no final de 2014. Agora, estamos com pouco mais de um mês de aulas, funcionando em dois polos. O primeiro, no Sindicato dos Produtores Rurais de Santa Izabel. E o outro no Sindicato dos Produtores Rurais de Capanema. Temos 200 alunos em formação nesse momento: 100 em cada polo. Há outras regiões do Estado que também nos apresentaram demanda para a instalação do Rede E-tec. Estamos avaliando um total de 10 solicitações em todo o Estado. Mas precisamos tra-tar com muita cautela essas propostas porque temos de manter a qualidade em nossos cursos. Então, por enquanto, es-tamos com esses dois polos.

Qual o público-alvo da Rede E-tec?Nesse primeiro edital, priorizamos o jovem concluinte do Ensino Médio ou quem já concluiu. A sequência desse tra-balho será a criação da Faculdade CNA/SENAR (parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA). Nesses dois polos em que hoje estamos começando a formação técnica, pretendemos criar a nossa faculdade, quando então partiremos para a forma-

ção de profissionais de nível superior. E esse processo avança ainda mais na cria-ção de Centros de Excelência que serão unidades de capacitação avançada, onde contaremos com vários parceiros. O Se-nar já está desenvolvendo essa ideia em dez Estados brasileiros, voltado a desen-volver dez cadeias produtivas.

E como vai ser o Centro de Excelência do Pará?No Pará, o Centro de Excelência deve ter seu foco na cadeia produtiva da palma de óleo (dendê) e funcionará no município de Tomé-açu, onde essa cultura é muito forte. Com o Centro de Excelência tere-mos condições de levar mais conheci-mento, melhorar a formação dos profis-sionais, além de desenvolver tecnologia e suporte institucional como produção de cartilhas, palestras e seminários.

Por que a palma de óleo?O Pará é um estado que reúne condi-ções ambientais muito favoráveis para essa cultura. Hoje, somos um estado que cresce em todos os ramos do agronegó-cio, mas a palma de óleo é, sem dúvida, uma das mais favorecidas por causa des-ses fatores climáticos. E é uma cultura que com certeza vai passar por um pro-cesso de desenvolvimento muito consis-tente com o Centro de Excelência.

SERVIÇO Todos os cursos do Rede E-tec são sem ônus para o aluno, inclusive o material didático. O próximo processo seletivo deve ocorrer a partir de julho deste ano por meio de edital que ficará disponível no site do Senar: www.senar.org.br. O primeiro processo seletivo para a Faculdade CNA/SENAR do Pará também deve ocorrer este ano, a partir de setembro.

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Revista

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ESPECIAL

ELIELTON AMADOR

Com insipiente sistema de esgoto sanitário, Belém e quase todos os municípios paraenses sofrem com a ameaça de poluição de seus mananciais. Tratar a água custa caro. Mesmo assim o desperdício é

grande e não podemos prever quando ela nos faltará.

O dilema das

águas

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Revista

17PARevista

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Foto Agência Pará Eunice P

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Recentemente duas notícias chamaram a atenção dos paraenses para o risco que corre um bem

natural que é muito abundante na Amazônia. De tão abundante parece que não temos a noção de que ele pode nos faltar. Mas esse bem tão precioso, que é a água, precisa mesmo de muita atenção e cuidado – mais do que estamos tendo atualmente.

Os alertas mais recentes vieram na forma de dois diagnósticos científicos. Um deles foi realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), sob o comando do professor Artur Luiz da Costa Silva, coordenador do Labora-tório de Genômica, nos lagos Bolonha e Água Preta, que compõem o manancial de abastecimento da Região Metropoli-tana de Belém; o outro foi coordenado pela professora Graciene Fernandes, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém, que constatou a presença elevada de coliformes fecais na água consumida em Alter do Chão, con-siderada a mais bela praia de água doce do mundo, que atrai milhares de turistas todo ano àquele município.

Dentre todas as implicações que a contaminação da água pode trazer para homens e mulheres, a transmissão de doenças é, sem dúvida, a mais preocu-pante de todas. Daí o alerta quando o estudo da UFPA constatou a presença das chamadas superbactérias nos lagos Bolonha e Água Preta. Ultra resistentes a antibióticos, essas bactérias podem causar doenças graves em quem manter contato com elas.

A Revista CREA-PA foi até a Esta-ção de Tratamento de Água Bolonha, no Parque do Utinga, saber que riscos isso

pode representar para a saúde da popula-ção e qual a condição real da nossa água. De acordo com o engenheiro químico Heung Won Han, diretor de produção de água da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), a ETA Bolonha pro-duz 600 m³ por dia, ou seja, 600 milhões de litros de água. Graças a um complexo sistema de tratamento, que inclui a cap-tação no Rio Guamá, compartimentos de decantação, mistura e mais toneladas de cloro e outros produtos químicos, a água que sai de lá, garante Han, é tão po-tável quanto qualquer conteúdo de gar-rafão de água mineral.

Han afirma que esse tipo de pesqui-sa precisa ser divulgado com respon-sabilidade para não causar pânico na população. “Se elas (as superbactérias) existem, elas estão aqui, mortas, nas cai-xas de decantação que retiram o lodo no processo de purificação da água”, diz o coreano que chegou ainda criança ao Brasil e ganhou o nome social de Tomás.

Para garantir isso, a Cosanpa gasta mais de R$ 1,5 milhão por mês somente com cloro e outros produtos químicos. Seu segundo maior custo, depois das despesas de pessoal, é com energia elé-trica e seu faturamento não paga as con-tas todas. A energia é subsidiada pelo Governo do Estado.

De acordo com Han, a Cosanpa re-cebe um real por cada m³ de água que produz, ou seja, por cada mil litros. Para se ter uma ideia, um galão de 20 litros de água mineral pode custar até R$ 8. Em parte, a arrecadação baixa deriva do desvio da água por meio dos chamados “gatos”, as famosas ligações clandestinas. Outra parte se perde em vazamentos na rede de distribuição. Não se pode cons-

tatar quanto cada uma dessas formas de desperdício e de roubo representam do total, mas o certo é que mais de 50% da produção de água da Cosanpa na ETA Bolonha é jogada fora ou é roubada. Você pode imaginar qualquer empresa jogan-do fora mais da metade da sua produção de pão, de carne ou de carros? Qualquer produção que seja? Pois então imagine um produto tão caro e raro quanto a água potável esvaindo pelo ralo, literalmente.

É verdade que o intenso processo de clorificação da água e a medição de contaminação nas águas captadas na ETA Bolonha diariamente garantem a pureza dela na saída da estação. Mas a certeza quanto a isso termina no exato momento que a água entra no sistema de distribuição. Os problemas são muitos e Han admite que a situação para além da estação de tratamento é complexa. O local onde se encontraram as superbac-térias já não fornecem a maior parte da água da ETA. A maior parte vem do Rio Guamá. Mas os lagos são importantes peças de todo um ecossistema que for-nece e também recebe a água depois de consumida.

Como sabemos, a água tem um ciclo na natureza. Da mesma forma que ela evapora e desce pelas chuvas, ela escorre pelas planícies e rios. A água que vai à nossa casa é usada e escorre pelo esgoto indo parar de novo no complexo de rios e lagos que nos fornecem a mesma água que retorna à nossa torneira. Conside-rando que Belém é margeada pelo Rio Guamá e pela Baía do Guajará, e está a cerca de 300 quilômetros em linha reta do oceano Atlântico, sofrendo sua in-fluência, a água toda deveria ser gerida como um único sistema, um circuito.

Pesquisas realizadas pelo laboratório de Genömica da UFPA constatou a presen;a de superbacterias nos lagos Bolonha e Água Preta, no Utinga

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Mas, como alerta a professora e pes-quisadora Hebe Morgane, da Universi-dade do Estado do Pará (UEPA), afirma que esse circuito está quebrado na ponta do esgotamento sanitário. Ela mostra que a grande proliferação de macrófitas, isto é, de vegetação aquática de grande porte, nos lagos Bolonha e Água Preta demonstra a contaminação. A visível ocupação urbana irregular ao redor da área, que é de proteção ambiental, tam-bém. Enquanto a reportagem esteve no local pode ver jovens e crianças saindo dos lagos e fugindo da fiscalização por dentro da mata.

De acordo com números da própria Cosanpa, apenas 14,3% da população da Região Metropolitana de Belém é atendida com esgotamento sanitário. São 232.600 metros de rede de esgoto que atende a 31,7 mil ligações ou 163.700 pessoas. Só que em Belém a estimativa da população é de 1,5 milhão de pessoas. Pense, então, para

NOTA

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sus-tentabilidade (Semas) que faz a gerência da Área de Proteção Integral do Utinga, onde ficam os lagos Bolonha e Água Preta, informou que a área não pode ser usada para banho e toda e qualquer invasão do terreno está sujeita às implicações legais. Sob as condições de banho de outros mananciais, a fiscalização é feita pela Secretaria de Saúde Pública (Sespa) e pelos órgãos munici-pais, que são obrigados a monitorar e informar a população sobre a situação de uso dessas águas, como é o caso das praias. Importante que a população possa se informar sobre a condição das águas, seja para banho ou para consumo.

onde todo esse esgoto, de 85% da popula-ção, está indo? É assustador.

A empresa atende a três dos seis municípios que compõem a RMB e pla-neja a universalização do serviço de es-goto até 2030. Mas há quem duvide da capacidade da Cosanpa de cumprir suas metas, afinal de contas, uma empresa que perde 50% de sua produção de água e atende menos de 15% de seu públi-co não manda bons sinais de que pode cumprir tais metas. “Fica difícil até para conseguir financiamento”, explica o dire-tor regional da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) no Pará, Manfredo Ximenes.

Ximenes estudou o sistema de es-gotamento de Belém e observou que a rede que existe originalmente na cidade é fruto da iniciativa de uma companhia inglesa, que por interesse econômico, no ápice do ciclo da borracha, resolveu investir nesse sistema. “O grande capital

investe quando há sobras de recursos. O investimento tem que vir do Estado, comprometido e capacitado. Nossa mis-são aqui é fornecer conhecimento técni-co e resultado de pesquisas para que o poder público possa executar”, disse ele.

De qualquer forma, a Cosanpa afir-ma que vai investir R$ 1,68 bilhão, a preços de 2010, em obras do Sistema de Esgotamento Sanitário em cinco dos seis municípios da RMB. Há muito que fazer. Há obras previstas também em Santa-rém, Marabá e Altamira, três dos maio-res polos de desenvolvimento do estado. Há muita coisa a ser feita. Qualificação há, mas o setor, de acordo com a profes-sora Hebe Morgane, não consegue fixar profissionais, pois falta investimento na área. A pesquisa acadêmica tem dado sua contribuição, e a professora lembra que o estresse hídrico que ocorre no Sudeste foi anunciado mais de 10 anos antes por pes-quisadores e nada foi feito para evitá-lo. Será que vamos incorrer no mesmo erro achando que aqui sobra o que lá falta? O certo é que precisamos dar muita atenção e cuidado para a nossa água.

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Falta de esgoto e ocupa;’ao irregular contribuem para polui;’ao das [aguas

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terça-feira, 18 de junho de 2013 14:50:56

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Belém ainda faz jus ao título de Cidade das Mangueiras?

400 ANOS

mangueiras também passaram a ser pro-tegidas por outra Lei Municipal, a 7.709, que reforçou o tombamento e estabeleceu a mangueira como a árvore ornamental e paisagística por excelência da cidade de Belém.

Para cumprir a lei, a Semma faz a ma-nutenção constante de 7 mil mangueiras, aquelas localizadas no centro histórico da cidade, como parte do Plano Municipal de Arborização de Belém (Pemabe), que identifica e orienta as ações da prefeitu-ra. “A arborização é responsabilidade da Semma. Temos uma agenda para o ano inteiro voltada à arborização e baseadas no Pemabe”, informa o secretário. O trabalho de manutenção das árvores inclui a poda de rebaixamento – para diminuir a altura - ou de suspensão, esta, para livrar a fiação elétrica do contato com as árvores. A ma-nutenção também identifica as árvores que estão ocas ou muito inclinadas, e por isso correm risco de cair. ”Nestes casos, a man-gueira é substituída por outra mangueira”, diz Deryk Martins. Em 2014, foram plan-tadas pela Semma 2.174 árvores, das quais mais de 200 eram mangueiras.

Como se vê, apesar do simbolismo e do tombamento, a maioria esmagadora das mudas utilizadas na arborização não foi mangueiras, justamente pela incompa-tibilidade com a fiação elétrica. “Hoje te-mos canteiros, logradouros, que permitem

debaixo da terra, em instalações subterrâ-neas, seria suficiente para que as manguei-ras voltassem a crescer livres e frondosas, formando túneis nas avenidas, aliviando o calor dos paraenses, protegendo-nos.

Titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Deryk Martins revela que em Belém, Mosqueiro, Icoaraci e Outeiro existem atualmente 12 mil man-gueiras, mas a maior parte delas ainda re-siste mesmo nos bairros mais tradicionais da capital, especialmente em Nazaré. São as árvores centenárias plantadas por or-dem do então intendente (cargo que hoje corresponde ao prefeito e que governou Belém de 1897 a 1912) Antônio Lemos, no auge da riqueza da cidade. Lemos projetou e executou a transformação da cidade em uma metrópole, a Paris n’América, repleta de palácios e construções suntuosas, como o Theatro da Paz e a sede da prefeitura, que hoje leva o seu nome, grandes e belas pra-ças como a da República e Batista Campos, a rede de esgotos que até hoje é utilizada na área central de Belém, o aterramento de rios e córregos para a urbanização da cidade e o plantio de mudas de mangueiras importadas da Índia.

Graças a Lemos, Belém se tornou co-nhecida como a Cidade das Mangueiras, a ponto desta arborização tradicional ter sido tombada pela Lei Municipal 7.019, de 1976. Mais tarde, em 1994, as mesmas

“Bembelelém/ Viva Belém!/ Cidade pomar (Obrigou a polícia a classificar um tipo

novo de delinquente: O apedrejador de mangueiras)”, versos de Manuel Bandeira, em Libertinagem, BELÉM DO PARÁ.

Desde que o poeta pernambucano es-creveu esses versos, em 1928, pintando de maneira poética a capital paraense daquele período pós-Belle Époque, até os dias atu-ais da Cidade das Mangueiras, muito tem-po se passou e o apelido já correu o mundo para descrever nossa cidade. Das árvores escolhidas por Antônio Lemos para em-belezar a progressista metrópole da era da borracha, muitas caíram, algumas foram substituídas por novas mangueiras, outras não. A eletrificação aérea da cidade se tor-nou inimiga dessas árvores de grande por-te, e seus frutos, que alimentaram famintos, passaram a ser considerados incômodos pelos motoristas que têm seus parabrisas atingidos. Hoje, elas ainda resistem porque são protegidas por lei, mas apenas no cen-tro histórico da cidade. Em outras áreas, a opção é por espécies menos problemáticas.

Porém, nos 400 anos de Belém, que serão comemorados no próximo ano, bem que Belém poderia ganhar um presente. A mudança da fiação elétrica da cidade para

ORLANDO CARDOSO

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Pesquisador da Ufra defende opção de Lemos pelas mangueiras de grande porte

Ainda não existem estudos em Be-lém para a aplicação subterrânea dos fios na cidade, mas a técnica é utilizada em toda a Europa, incluindo cidades pequenas do interior. Para o engenhei-ro agrônomo com Mestrado em Solos Tropicais e Nutrição de Plantas e Dou-torado em Geologia e Petrologia, Sérgio Brazão e Silva, professor da Universida-de Federal Rural da Amazônia (Ufra), a mudança seria mais que bem-vinda em Belém, cidade localizada próxima à linha do Equador, com temperaturas altas durante todo o ano, e que precisa do plantio de árvores de grande porte, exatamente como planejou o intendente Antônio Lemos.

”Existe uma séria incompatibilida-de da arborização que existe na cidade com as linhas elétricas aéreas, que agri-dem o vegetal, sendo responsável pelo enfraquecimento, que podem provocar sua queda precoce no ambiente urba-no. É necessário que os órgãos gestores promovam políticas que visem a ‘sub-terraneização’ dos fios elétricos, que embora cara, é necessária, pode ser re-alizada por etapas, e que necessita ter início previsto para alguma data”, con-sidera o pesquisador.

De acordo com Sérgio, enquanto a periferia da cidade tem poucas calçadas adequadas para a arborização das ruas, lá ainda restam quintais com árvores frutíferas. A Prefeitura de Belém tam-bém deveria incentivar a arborização desses quintais, distribuindo mudas, para evitar a formação de ilhas de calor. Além disso, em calçadas mais estreitas, deve ser incentivado o plantio de árvo-res de menor porte, que não seja o Ficus, que é inadequado.

“É interessante não confundir a arborização das ruas com áreas verdes. Belém possui, à medida que se aproxima da periferia, maior quantidade de áreas verdes, sendo estas, áreas institucionais, particulares, quintais e outras. Mas a arborização das ruas diminui. Assim sendo, Belém é cidade que possui cen-tro com arborização de ruas verdejante, mas que no entanto diminui à medida

que se aproxima da periferia. Os bairros periféricos da cidade, em sua maioria ocupados sem urbanização adequada, não possuem calçadas próprias para a realização da arborização, ou nem pos-suem calçadas”, descreve o pesquisador.

Ele defende adotar na periferia es-tratégias para promover a arborização, mesmo sem a existência de urbanização. “Em locais em que existem pequenas calçadas, arborizar com árvores de pe-queno porte. Em locais em que não exis-tem calçadas, promover a arborização de quintais com a distribuição de mudas de árvores frutíferas”, recomenda.

Sérgio Brazão e Silva também reco-menda que o Poder Público promova a arborização de todas as praças e cantei-ros, evitando favorecer a formação de ilhas de calor na cidade. “Com um pou-co mais de investimento, também é pos-sível proceder a arborização dos canais existentes e que cortam toda a cidade de Belém, principalmente em áreas perifé-ricas. Esta atividade valoriza os bairros e melhora a condição ambiental da pe-riferia. Entretanto, só poderá ser efetu-ada nos canais em que foram realizadas atividades de remoção da população que vivia sobre eles, assim como obras de drenagem”.

O pesquisador é favorável à con-servação e replantio das mangueiras da variedade plantada por Antônio Lemos, grande e frondosa. “A união de suas copas forma agradável dossel. Seu único inconveniente é a queda os frutos, fato que é bem aceito pela po-pulação de Belém.”

Como alternativa à mangueira exis-te o oitizeiro, que é até mesmo frenquen-temente confundido com a mangueira, apresenta grande porte, resistência à poda (até à poda mal feita) e à pragas, pode ser plantado em canteiros peque-nos, à despeito de seu porte, não quebra a calçada e outras características. O me-lhor exemplo é a avenida Dr. Freitas, que tem seu canteiro central arborizado por oitizeiros. “No entanto, em locais apro-priados ao seu desenvolvimento, deve prevalecer o plantio de mangueiras,

o plantio de mangueiras, mas em calçadas optamos por outras espécies, de acordo com o manual de arborização da prefei-tura”, explica o secretário, quando se trata de arborização fora do centro histórico. “O ideal seria que a fiação elétrica fosse subter-rânea”, reconhece.

De acordo com o inventário de arbo-rização da prefeitura, Belém tem hoje cerca de 100 mil árvores, considerando todos os bairros e distritos da capital. E a preferência da prefeitura, quando se trata de arboriza-ção, é pelo oitizeiro, pau preto, ipê rosa, ipê amarelo ou andirá-uxi.

Para o secretário, Belém é uma cidade arborizada, mas poderia ser mais. É que em muitos bairros que não foram plane-jados, não há calçadas grandes o suficiente para receber as árvores. É o caso de bair-ros como Guamá, Terra Firme e Jurunas, onde há poucas árvores em via pública. A diferença é gritante em termos de percep-ção do calor e do castigo imposto pelo sol. Até mesmo a poluição sonora diminui na presença das árvores. “Onde não tem arbo-rização, não há um filtro natural, até para a questão sonora, e há uma percepção da temperatura elevada”, diz Deryk Martins, ao informar que os planos da prefeitura também passam por investimento na ar-borização do distrito de Outeiro, e em di-fundir plantas florísticas na capital, dentro do projeto Florir Belém.

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Elô Vasconcelos, síndica do edifí-cio Nîmes, localizado na rua Domingos Marreiros, entre 14 de Março e Gene-ralíssimo Deodoro, no bairro do Uma-rizal, tomou a iniciativa de plantar três mudas de “pata-de-vaca”, um arbusto que, para ela, seria o ideal para arbori-zação de ruas em Belém, em substitui-ção às tradicionais mangueiras, que são belas, mas demoram muito a crescer e causam problemas com a fiação elétri-ca e o calçamento, além dos frutos re-presentarem uma ameaça à integridade dos parabrisas dos carros.

Para Elô, o arbusto seria a escolha ideal para um investimento maciço da prefeitura em arborização, mu-dando um cenário que, para ela, dei-xa muito a desejar em Belém. “Nossa arborização é paupérrima, tínhamos que melhorar isso. Em São Paulo, por exemplo, eles valorizam muito o pai-sagismo”, diz Êlô, que também sugere uma campanha para que os moradores de Belém plantem mais árvores, como ela fez em seu prédio, após submeter a proposta aos moradores em uma reu-nião de condomínio e tem incentiva-

do outros moradores e empresários ao longo da Domingos Marreiros a faze-rem o mesmo.

Como viaja bastante, Êlô Vascon-celos observou que a pata-de-vaca vem sendo largamente utilizada em arbori-zação em diferentes cidades. Em São Paulo, ruas famosas pelo comércio de luxo, como a Oscar Freire e a Augus-ta, ostentam essa árvore de pequeno porte, que se notabiliza pela floração, e garante um charme especial a esses logradouros. “É um arbusto delicado, elegante, lindíssimo para decoração de rua. Em São Paulo, 90% da arborização é feita com pata-de-vaca”, diz Elô Vas-concelos, lembrando que a espécie está relacionada no Manual de Arborização de Belém. Outro lugar em Belém onde a espécie é encontrada é dentro da sede campestre da Assembleia Paraense, na avenida Almirante Barroso, onde uma alameda inteira foi plantada com pata--de-vaca. Para Elô, um bom presente para Belém em seus 400 anos poderia ser dado pelos próprios moradores, com o plantio de árvores e plantas que pudessem embelezar a cidade.

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mantendo assim a característica da cidade de Belém”, recomenda o pes-quisador.

De acordo com ele, um plano ade-quado de arborização passa pela cor-reta urbanização da cidade e a inclu-são da arborização nos projetos. “Nas grandes obras de macrodrenagem urbana e elaboração recente de gran-des avenidas, como João Paulo II, Pe-rimetral e Independência, a ausência do planejamento em arborização se sentiu. Especificamente para seus 400 anos, a cidade deve iniciar o debate da aplicação subterrânea dos fios, inten-sificar a fiscalização de espécimes em situação de risco e retirá-los das vias (evitando quedas), intensificar o plan-tio em praças da periferia e assumir o plantio de árvores antes da população. Grande parte das árvores no ambien-te urbano foi plantada pela população residente, que quase sempre planta ár-vores inadequadas como o Ficus, que é a árvore predominante nas ruas de Belém”, resume Sérgio Brazão e Silva.

Aliás, sobre o Ficus, o pesquisa-dor lembra que são mais de 800 es-pécies, sendo a Benjamina bastante difundida em Belém, com 19.732 in-divíduos nas ruas, o que representa 41,97% das árvores nas vias públicas da capital. Mas seu uso é inadequado. Só deve ser plantado isoladamente, em jardins extensos e fazendas, pois em áreas urbanizadas, com calçadas, ruas e próximo a muros e construções, suas raízes, consideradas agressivas, provo-cam danos às estruturas e tubulações de água e esgoto, tanto que em várias cidades seu plantio já é proibido.

Moradores tomam a iniciativa da arborização com espécie florística

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Crea Pará completa 81 anos

ANIVERSÁRIO

O Conselho Regional de Enge-nharia e Agronomia do Pará (CREA--PA) completa 81 anos neste mês de abril vencendo o desafio de se moder-nizar e acompanhar os avanços tecno-lógicos. A data será comemorada com uma programação especial no dia 30 de abril, no auditório da sede do Con-selho em Belém, onde será realizada solenidade de posse das atuais direto-rias do CREA-PA e da Mútua-PA.

A programação também inclui a entrega de homenagens a profissionais que realizaram importantes trabalhos para o Conselho e para a Engenharia paraense, como os conselheiros que terminaram seus mandatos em 2014 e que receberão certificados pelos rele-vantes serviços prestados. A honraria “Diploma do Mérito” será entregue a três profissionais que se destacaram no ramo da Engenharia e Agronomia paraense: o Eng. Eletricista Eduardo Tannus Tuma e os Eng. Agrônomos Antônio Carlos Paula Neves da Rocha e Fernando Antônio Teixeira Mendes. Nesta mesma cerimônia haverá a ins-crição no Livro do Mérito dos Eng. Agrônomos Elwal Falcão Valente e Rubens Rodrigues Lima, profissio-nais já falecidos que, de alguma for-ma, contribuíram para a melhoria da qualidade de vida, progresso da socie-dade, desenvolvimento tecnológico e aprimoramento técnico das profis-sões que compõem o Sistema Con-fea/Crea/Mútua. “Esses profissionais merecem esse reconhecimento ao tra-balho e competência que exercem ou exerceram”, ressalta o coordenador da Comissão do Mérito, Eng. Agrônomo Dilson Frazão.

Valorização profissional é o foco do ConselhoFundado em 23 de abril de 1934, o

CREA-PA teve como primeiro presidente o engenheiro civil Amyntas de Lemos. Ao longo dos anos foi se modernizando, sem-pre pautado na valorização profissional e no apoio à sociedade. “Ao longo desses 81 anos, o CREA-PA segue em constante crescimen-to. Começou pequeno e foi acompanhan-do o avanço tecnológico. Hoje é o maior Regional do Norte do País. É um Conse-lho atuante e de extrema importância, que busca sempre a valorização da classe, com ressonância para a sociedade, objetivando promover mais segurança nas atividades re-alizadas pela engenharia, em todos os seus tipos”, ressalta o presidente do CREA-PA, Eng. Agrônomo Elias Lima.

Hoje, além de Belém, onde fica a sede, o CREA-PA está presente em to-das as sub-regiões paraenses por meio de suas 21 inspetorias. E conta com cer-ca de 30 mil profissionais registrados. O órgão é de relevante importância para o desenvolvimento do Estado, através de suas ações, como a fiscalização, o com-bate ao exercício ilegal das profissões e o aprimoramento dos profissionais regis-trados no Sistema.

“Acompanhamos de perto os acon-tecimentos e grandes projetos espalhados pelos municípios do Pará a partir das nos-sas inspetorias e estamos desenvolvendo ações para chegarmos em outros municí-pios”, completou o presidente Elias Lima.

Programação de aniversárioA cerimônia acontece a partir das 19h, no dia 30 de abril, no auditório do Conselho, situado na Tv. Doutor Moraes, 194, Nazaré.

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MERCADO DE TRABALHO

Alta qualificação

Sair da graduação hoje e buscar se especializar, ou fazer uma pós--graduação, é cada vez mais uma

necessidade à sobrevivência profissional em um mercado tão competitivo. Pro-fissionais mais qualificados, com maior conhecimento na sua área de atuação já levam vantagem frente a seus concor-rentes na busca por melhores oportuni-dades. Isso porque a maioria dos profis-sionais não dá continuidade aos estudos

ELIELTON AMADOR

após a graduação. Para se ter uma ideia, atualmente os gerentes de RH têm olhar diferenciado sobre currículos que apre-sentam continuidade de formação, o que demostra interesse de aprimoramento.

Nas áreas tecnológicas, continuar os estudos já é básico, mas essa questão traz ainda uma problemática: a alta es-pecialização e qualificação, muitas vezes, é pouco assimilada pelo mercado de ter-ritórios emergentes, em se tratando de produção de conhecimento, como na região amazônica. Esse dilema é facil-mente percebido na fuga de mão de obra qualificada para outros estados e até para outros países. Mas, na Amazônia, com os grandes projetos em mineração, energia e engenharias - da mobilidade ao saneamento -, esse mercado “interno” virá a se tornar cada vez mais atraente para profissionais com alta qualificação.

Mas esta qualificação tem que ir além. Não pode ficar apenas na infor-mação e títulos que os programas de pós-graduação podem emitir a quem completa suas grades curriculares. De acordo com o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Fede-ral do Pará (UFPA), Emmanuel Touri-nho, esse novo profissional precisa ge-rar inovação dentro das empresas. “É um perfil de quem tem condições de criar novos processos, novos produtos e novos métodos de abordagem que possam obter ganhos reais e maiores para as empresas e para o país”, explica.

Não é de hoje que a universidade exporta mestres para se formarem em doutorados fora do estado. Muitos não voltam. Mas já existe um número sufi-ciente de doutores para engrossar as es-

Cursos de pós-graduação promovem qualificação profissional na área tecnológica, gera inovação e cria novos processos dentro

das empresas e das universidades

tatísticas locais em instituições de ensino e empresas públicas ou privadas. “Hoje, temos mão de obra que pode estar lecio-nando dentro da própria universidade e qualificando essas pessoas. A UFPA deu um salto muito grande nos últimos dez anos em termos de pesquisa e pós-gra-duação”, diz Tourinho.

Atualmente, a UFPA oferta ao todo 103 cursos de pós-graduação, distribuí-dos em 73 programas. São 34 cursos de doutorado, 53 mestrados acadêmicos e 16 mestrados profissionais. O Instituto de Tecnologia (ITEC), que abrange to-das as engenharias, arquitetura e urba-nismo, e ciência e tecnologia de alimen-tos, detém sete mestrados acadêmicos, incluindo um curso inédito de engenha-ria naval, com base em Salinas, que ini-ciou esse ano. Há ainda quatro doutora-dos e três mestrados profissionais.

Na instituição, a grande novidade é o doutorado em Engenharia Civil, o primeiro da região Norte, que iniciou este ano com seis alunos regulares e mais seis alunos especiais. Coordenado pelo Prof. Dr. Cláudio Blanco, o pro-grama tem duas linhas de pesquisas: estruturas e construção civil; e recursos hídricos e saneamento.

Blanco afirma que o doutorado vai ajudar a melhorar a qualidade de obras e projetos desenvolvidos no Estado e na região, e poderão, enfim, ampliar o es-pectro da pesquisa nessa área. A enge-nharia civil é fundamental para melho-rar a vida das pessoas e criar soluções aos problemas ambientais, geográficos e mesmo sociais que surgem no mundo. Da sua qualificação depende o progresso da sociedade na Amazônia.

- ESPECIALIZAÇÃO

- DOUTORADO

- GRADUAÇÃO

- MESTRADO

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25PA

Mais informações acesse:www.itec.ufpa.brwww.unama.brwww.uepa.br

www.iesam.com.br/poshttp://faci.devrybrasil.edu.br

Instituição Curso Tipo

UFPA

Ciência e Tecnologia dos Alimentos

Mestrado Acadêmico e Doutorado

Engenharia Civil Mestrado Acadêmico e Doutorado

Engenharia de Recursos Naturais da Amazônia Doutorado

Engenharia Elétrica Mestrado Acadêmico e Doutorado

Engenharia Mecânica Mestrado Acadêmico Engenharia Química Mestrado Acadêmico Processos Construtivos e Saneamento Urbano Mestrado Profissional

Engenharia Industrial Mestrado Profissional Engenharia de Processos Mestrado Profissional Engenharia Naval Mestrado Acadêmico Engenharia de Segurança do Trabalho Especialização

Unama

Trabalho Especialização

Redes de Computadores Especialização

Mestrado

Faci DeVry

Geoprocessamento Aplicado Especialização

Engenharia de Segurança do Trabalho Especialização

UEPA

Engenharia de Segurança do Trabalho Especialização

Engenharia de Redes de Telecomunicações Especialização

Engenharia Industrial e Inovação Tecnológica Especialização

Engenharia Elétrica Especialização

Iesam

Gestão, Consultoria, Auditoria, Perícia e Fiscalização Ambiental e Sanitária

Especialização

Engenharia Industrial e Inovação Tecnológica Especialização

Especialização

Engenharia de Segurança do Trabalho Especialização

Engenharia Elétrica Especialização Engenharia de Manutenção Industrial Especialização

Engenharia de Software EspecializaçãoGeorreferenciamento, Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto

Especialização

Segurança Computacional Especialização Redes Linux Especialização

Banco de Dados Oracle

Ambiente UrbanoDesenvolvimento e Meio

TelecomunicaçõesEngenharia de Redes de

Engenharia de Segurança do Especialização

Principais cursos de Especialização e Pós-Graduação na área tecnológica no Pará

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POR DENTRO DO CREA

A estrutura básica do Conselho Re-gional de Engenharia e Agronomia do Estado do Pará é formada pelo Plenário → Câmaras especializadas → Comissões → Presidência → Diretoria → Inspetoria.

O Plenário do CREA é o órgão co-legiado decisório da estrutura básica que tem por finalidade decidir os as-suntos relacionados às competências do Conselho Regional, constituindo a segunda instância de julgamento no âmbito de sua jurisdição, ressalvado o caso de foro privilegiado. É a instância deliberativa máxima do CREA, com-posta pelo presidente e por 35 con-selheiros titulares representantes das entidades de classe e de ensino, e igual número de suplentes, com mandato de três anos, mas anualmente sua compo-sição é renovada em um terço.

Ao Plenário compete cumprir e fazer cumprir a legislação federal, as resoluções, as decisões normativas e as decisões plenárias baixadas pelo Confea, os atos normativos e os atos adminis-trativos baixados pelo CREA. Também é aqui que se aprovam propostas de resolução e de decisão normativa a ser encaminhada ao Confea, atos normati-vos, e adendos ao Regimento do CREA e suas alterações a serem encaminhados ao Confea para homologação.

Em Plenário os conselheiros apre-ciam pedidos de registro de entidades de classe e de instituições de ensino, para fins de representação no Conse-lho; elegem, dentre seus membros, re-presentantes para compor cada Câmara Especializada da entidade; aprovam a composição de comissão permanen-te, de comissão especial e de grupo de

PLENÁRIOÓrgão máximo do CREA-PA

encaminhados pelo presidente ou con-selheiro regional até apreciar e decidir, em grau de recurso, processo de impo-sição de penalidade.

As sessões plenárias podem ser ordinárias e extraordinárias. A sessão plenária é realizada na sede do CREA ou, excepcionalmente, em outra locali-dade, mediante decisão do Plenário. As sessões ordinárias são realizadas, prefe-rencialmente, uma vez por mês na pri-meira quinzena, definida no calendário anual. Já a sessão plenária extraordiná-ria é realizada, mediante justificativa e pauta pré-definida, dentro do período de 7 dias contados da data da convo-cação, salvo em caso de apreciação de matéria eleitoral. Pode ser convocada pelo presidente ou por dois terços dos membros do Plenário.

As sessões plenárias são dirigidas por uma Mesa Diretora composta pelo presidente, diretores e convidados, sen-do que os trabalhos da Mesa são condu-zidos pelo presidente.

trabalho; aprovam a instituição de ins-petorias; além de deliberarem sobre assuntos constantes da pauta de suas sessões, que podem ir desde assuntos

COMPOSIÇÃO DO PLENÁRIO DO CREA-PA POR INSTITUIÇÃO

Sindicato dos Engenheiros no Estado do Pará – SENGE 10 representantesInstituto de Avaliações e Perícias de Engª do Pará – IAPEP 9 representantesClube de Engenharia do Pará - CEP 3 representantesAssociação dos Engenheiros Agrônomos do Pará – AEAPA 3 representantesAssociação Profissional dos Engenheiros Florestais – APEF 1 representanteAssociação Profissional dos Geólogos da Amazônia – APGAM 2 representantesAssociação dos Engenheiros de Seg. do Trabalho – AEST 1 representanteAssociação Brasileira de Engenheiros Eletricistas do Pará – ABEE 1 representanteUniversidade da Amazônia - UNAMA 1 representanteUniversidade Estadual do Pará - UEPA 1 representanteCentro Universitário Luterano de Santarém – CEULS 2 representantesFaculdade Ideal – FACI 1 representante

Ilustração 123RF

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LIVROS

Com foco na estabilidade

de taludes em solos e rochas, FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS E DAS ROCHAS, de Alberto Pio Fiori e Luigi Carmignani, editado pela UFPR, está dividido em 4 partes: propriedades físicas e mecânicas dos solos; mecanismos de ruptura em ta-ludes terrosos e métodos de análise de estabilidade; classificação dos maciços rochosos e suas propriedades mecâ-nicas e hidráulicas para subsidiar os mecanismos de ruína; e análises de estabilidade de maciços rochosos. A obra é bem ilustrada para facili-tar a compreensão dos mecanismos envolvidos.

GEOQUÍ-MICA

AMBIENTAL E ESTUDOS DE IMPACTO é des-tinado a técnicos e estudantes que atuam na área ambiental. Em sua 4ª edição, o autor Geraldo Mario Rohde aborda ques-tões como legislação ambiental, estu-dos cartográficos, climáticos, geomor-fológicos, geológicos e hidrológicos. É um livro precursor na abordagem das mudanças e desdobramentos econô-micos, ecológicos e jurídicos gerados pela ação do ser humano nos ciclos biogeoquímicos.

GESTÃO DE ÁGUA

DOCES oferece algumas solu-ções e expõe claramente e de modo racional o sentido dos problemas e as possibilidades para resolvê-los, sem renunciar, naturalmente, a desenvolver um exame crítico e a adotar uma posição. O autor é Carlos José Saldanha Machado. No contexto

macroe-conômico e na atual conjuntura geopolítica, o gás natural revela-se essencial para a maior integra-ção comercial do Brasil com países vizinhos. Lançado pela editora Interciência, REGULAÇÃO DA INDÚSTRIA DE GÁS NATURAL NO BRASIL, de Fernando Cama-cho, traz um panorama dessa matriz energética brasileira: introdução da concorrência na produção, a tarifa-ção ótima do transporte e a questão do livre acesso à rede de gasodutos são exemplos de temas explorados no livro.

RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL - OPORTUNIDADES E DESAFIOS DA LEI FEDERAL Nº 12.305 (LEI DE

RESÍDUOS SÓLIDOS) – 2014 é leitura importante para aca-dêmicos e gestores que queiram implantar ações adequadas para este campo no Brasil. A gestão de resíduos sólidos será um dos principais desafios brasileiros nos próximos anos em razão do aumento considerável da geração de lixo. Organi-zado pelo Centro de Informações Tecnológicas e Ambien-tais em Resíduos (CITAR), com a participação de diversos especialistas, esta obra oferece um amplo panorama da gestão dos serviços de manejo de resíduos sólidos no país, discutindo as principais propostas da nova lei e a aplicabilidade delas.

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