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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS PROGRAMA FILOLOGIA E LÍNGUA PORTUGUESA SINTATICIZAÇÃO, DISCURSIVIZAÇÃO E SEMANTICIZAÇÃO DAS ORAÇÕES DE GERÚNDIO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO José da Silva Simões i

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANASDEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS

PROGRAMA FILOLOGIA E LÍNGUA PORTUGUESA

SINTATICIZAÇÃO, DISCURSIVIZAÇÃO E SEMANTICIZAÇÃO DAS ORAÇÕES DE

GERÚNDIO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

José da Silva Simões

Vol. II

São Paulo2007

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ÍNDICE DO CORPUS BÁSICO E DO CORPUS DIFERENCIAL.............................................................3

NORMAS DE TRANSCRIÇÃO DOS MANUSCRITOS.................................7

APRESENTAÇÃO..........................................................................................................8

Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819................................................................................................................................9[C 18 1 Seb 1]..............................................................................................................9[C 18 1 Seb 2]............................................................................................................10[C 18 1 Seb 3]............................................................................................................12[C 18 1 Seb 4]............................................................................................................14[C 18 1 Seb 5]............................................................................................................15[C 18 1 Seb 6]............................................................................................................16[C 18 1 Seb 7]............................................................................................................18[C 18 1 Seb 8 ]...........................................................................................................20[C 18 1 Seb 9]............................................................................................................21[C 18 1 Seb 10].........................................................................................................23[C 18 1 Seb 11].........................................................................................................26[C 18 1 Seb 12].........................................................................................................29[C 18 1 Seb 13].........................................................................................................32[C 18 1 Seb 14].........................................................................................................33[C 18 1 Seb 15].........................................................................................................34[C 18 1 Seb 16].........................................................................................................36[C 18 1 Seb 17].........................................................................................................37[C 18 1 Seb 18].........................................................................................................39[C 18 1 Seb 19].........................................................................................................41[C 18 2 Seb 20].........................................................................................................42[C 18 2 Seb 21].........................................................................................................44[C 18 2 Seb 22].........................................................................................................46[C 18 2 Seb 23].........................................................................................................47[C 18 2 Seb 24].........................................................................................................49

Militares Comandantes Capitão Mór de Bragança Atibaia e Nazaré 1723-1822................................................................................................50[C 18 2 BAN 1]..........................................................................................................50[C 18 2 BAN 2]..........................................................................................................51[C 18 2 BAN 3]..........................................................................................................52[C 18 2 BAN 4]..........................................................................................................53[C 18 2 BAN 5]..........................................................................................................55[C 18 2 BAN 6]..........................................................................................................56[C 18 2 BAN 7]..........................................................................................................58[C 19 1 BAN 8]..........................................................................................................60[C 19 1 BAN 9]..........................................................................................................61[C 19 1 BAN 10]........................................................................................................62

Títulos de Sesmarias - dos Capitães Generais 1646-1822...........63[C 18 1 Gen 1]..........................................................................................................63

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[C 18 1 Gen 2]..........................................................................................................65[C 18 2 Gen 3]..........................................................................................................67[C 18 2 Gen 4]..........................................................................................................68[C 18 2 Gen 5]..........................................................................................................69[C 18 2 Gen 6]..........................................................................................................70[C 19 1 Gen 7]..........................................................................................................71[C 19 1 Gen 8]..........................................................................................................72

General Arouche – Vale do Paraíba...........................................................73[C 19 1 GA 1]..............................................................................................................73

Capitão Mór de Lorena e Areas – 1721-1822.......................................74[C 19 1 Lor 1].............................................................................................................74[C 19 1 Lor 2].............................................................................................................76[C 19 1 Lor 3].............................................................................................................78

Coleção Clube Republicano – Padre Miguel Correa Pacheco....79[C 19 2 MRI 1]...........................................................................................................79[C 19 2 MRI 2]...........................................................................................................81[C 19 2 MRI 3]...........................................................................................................83[C 19 2 MRI 4]...........................................................................................................84[C 19 2 MRI 5]...........................................................................................................86

„Memoria economica e metallurgica sobre a fabrica de ferro de Ypanema Sorocaba 1820“.........................................................................88[M 19 1 BON].............................................................................................................88

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ÍNDICE DO CORPUS BÁSICO E DO CORPUS DIFERENCIAL

I. Corpus Básico1

Documentos manuscritos editados pelo pesquisador2

Ald “Aldeamento de índios (Fundo C00228 - AHESP)” –. In: SIMÕES, José da Silva / KEWITZ, Verena (2006). Cartas paulistas dos séculos XVIII e XIX: uma contribuição para os corpora do PHPB, org. São Paulo: Humanitas / FFLCH / USP.

BNRJ “Cartas Paulistas da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro(BNRJ)”. In: SIMÕES, José da Silva / KEWITZ, Verena (2006). Cartas paulistas dos séculos XVIII e XIX: uma contribuição para os corpora do PHPB, org. São Paulo: Humanitas / FFLCH / USP.

WL “Correspondência passiva de Washington Luiz (Fundo AP 185 - AHESP)”. In: SIMÕES, José da Silva / KEWITZ, Verena (2006). Cartas paulistas dos séculos XVIII e XIX: uma contribuição para os corpora do PHPB, ed. e org. São Paulo: Humanitas / FFLCH / USP.

Lor Capitão Mór de Lorena e Areas – 1721-1822 (Fundo C00335 - AHESP)

Gen Cartas Títulos de Sesmarias Capitães Generais – 1646-1822 (Fundo C00230 - AHESP)

Sim Correspondência passiva da família Simões.

MRI Correspondência passiva de Prudente de Morais / Coleção Clube Republicano / Correspondência passiva de Paulino Lima (MRI).

MPC Dizertaçaõ a respeito da Capitania de S. Paulo – Marcelino Pereira Cleto – 1781 (BNL).

BON Memoria Economica e Metallurgica sobre a Fabrica de Ferro de Ypanema Sorocaba (BNRJ) – José Bonifácio de Andrada e Silva (1820).

MCA Memoria Historica da Capitania de São Paulo (AHESP) - Manuel Cardoso de Abreu (1797?), plágio da obra Memória para a História da Capitania de São Vicente de Frei Gaspar da Madre de Deus (1798).

Gen Militares – General Arouche – Vale do Paraíba – 1816-1821 (Fundo C00265 - AHESP)

BAN Militares Comandantes – Capitão Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré – 1 Os exemplos retirados dos corpora seguem o seguinte sistema de notação: [C 18 1 NP1 1]: (a) as primeiras letras referem-se ao gênero textual: carta (C), peça teatral (TEA), memória histórica (M), anúncio (A), inquérito do Projeto Filoband (FB) e inquérito do Projeto Português Brasileiro Popular (PBpop); (b) o primeiro número refere-se ao século; (c) o segundo número indica a 1ª. ou 2ª. metade do século em questão; (d) a notação em letras indica o documento de origem e (e) o último algarismo indica o número da ocorrência nesse documento. Para os exemplos retirados dos inquéritos do projeto NURC foi utilizada a notação costumeira para esses documentos. 2 Neste volume não se encontram publicados os documentos que não foram editados na sua íntegra: [MPC] e [RDN]. A edição filológica destas memórias será publicada posteriormente. Os exemplos retirados do documento [MCA] são provenientes da minha edição que não deve ser publicada. Essa memória é objeto de edição de Renata Ferreira Costa (FFLCH-USP).

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1723-1822 (Fundo C00262 - AHESP).

Seb Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819 (Fundo C0255 – AHESP).

RDN Plano, emque sepropoem omelhoramento daSorte dos Indios (Memória sobre as aldeas de indios da província de S. Paulo) José Arouche de Toledo Rendon (1802) (AHU).

Outros documentos utilizados

HC ABREU, Capistrano (2000). Capítulos de história colonial, 1500-1800. 7ª. ed. rev. anotada e prefaciada por José Honório Rodrigues. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Publifolha. (Grandes nomes do pensamento brasileiro).

Tel ANDRADE, Jorge (1976). Pedreira das almas : O telescópio. Rio de Janeiro : AGIR.

RV ANDRADE, Oswald de (1976). Teatro / Oswald de Andrade - A morta: ato lírico em três quadros; O rei da vela: peça em três atos; O homem e o cavalo: espetáculo em nove quadros. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira. (Coleção Vera Cruz. Literatura Brasileira)

Mac AZEVEDO, Álvares de (1988). Macário. 3.ed. Rio de Janeiro : Francisco Alves, 1988.

Alm AZEVEDO, ARTUR (1987). “Almanjarra”. In: Teatro de Artur Azevedo - Tomo III - Coleção Clássicos do Teatro Brasileiro vol. 7 - INACEN, A Biblioteca Virtual de Literatura, http://www.biblio.com.br/Templates/ArturAzevedo/malmanjarra.htm, acesso em 25.01.2007.

SL EIRÓ, Paulo (1998). “Sangue limpo. Drama original em três atos e um prólogo”. In: MOURA, Eugênio Marcondes de Moura (org.). Vida Cotidiana em São Paulo no século XIX: memórias, depoimentos, evocações. São Paulo: Ateliê Editorial / Fundação Editora da Unesp / Imprensa Oficial do Estado / Secretaria de Estado da Cultura, p. 313-39.

Ern ÉRNICA, Maurício (2004). “Uma metrópole multicultural na terra paulista”. Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária. Terra paulista : história, arte e costumes / coordenação de Maria Alice Setubal [et al.]. São Paulo : CENPEC: Imprensa Oficial, 2004, p. 157-168.

CLis JACINTHO, Valéria Franco (1997). Cartas a Clarice Lispector. Correspondência passiva da escritora depositada na Fundação Casa de Rui Barbosa. São Paulo: FFLCH-USP. Tese de doutorado.

FE LOPES, Célia (s/d, ed.). As filhozes do entrudo feitas em caza de Antufo Rombo Sapateiro, e sua mulher, Mona Xorina, com asistencia de seus compadres Sergio Caroso, barbeiro, e sua mulher Ramoia Morena. Rio de Janeiro: Laboratório de História do Português

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Brasileiro / UFRJ /Projeto "Rearranjos no quadro pronominal do português: variação sincrônica e mudança diacrônica", http://www.letras.ufrj.br/%7Eceliar/, acesso em 25.01.2007.

DH LOPES, Célia (s/d, ed.). Novo entremez intitulado dezengados para os homens, nam se fiarem em mulheres. Rio de Janeiro: Laboratório de História do Português Brasileiro / UFRJ /Projeto "Rearranjos no quadro pronominal do português: variação sincrônica e mudança diacrônica", http://www.letras.ufrj.br/%7Eceliar/pecasport_09.htm, acesso em 25.01.2007.

WLC LUÍS, Washington (1980 [1918]). Na capitania de S. Vicente (1918). São Paulo: Editora Itatiaia / Editora da Universidade de São Paulo.

MA MORAES, Marcos Antonio (2001, org.). Correspondência Mário de Andrade & Manuel Bandeira. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo / Instituto de Estudos Brasileiros, Universidade de São Paulo. (Coleção Correspondência de Mário de Andrade: I).

MA MORAES, Marcos Antonio (2001a, org.). Correspondência Mário de Andrade & Tarsila do Amaral. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo / Instituto de Estudos Brasileiros, Universidade de São Paulo. (Coleção Correspondência de Mário de Andrade: II).

NP1 Notícia - 1ª Prática - Que a da ao P. Me de Diogo Soares o Alferes José Peixoto da Silva Braga, do que passou na Primeira Bandeira, que entrou ao descobrimento das Minas do Guayases até sair na Cidade do Belém do Grão-Pará – 1737. Coleção Notícias Práticas: I. Biblioteca Virtual / Laboratório de Pesquisa em História Social / IFCS / UFRJ. Biblio Virt-LIPHIS, 2001.

NP2 Notícia – 2ª Prática - Dada ao P. M. Diogo Soares sobre a abertura do novo caminho pelo Piloto José Inácio, que foi e acompanhou em todo ele ao mesmo Sargento-mor Francisco de Souza e Faria. – 1727. Coleção Notícias Práticas: III. Biblioteca Virtual / Laboratório de Pesquisa em História Social / IFCS / UFRJ. Biblio Virt-LIPHIS, 2002, http://paginas.terra.com.br/arte/liphis/NoticiaPratica_Jose_Inacio.pdf, acesso em 09.12.2006.

Nam PENA, Martins (1968). “O namorador ou a noite de São João”. In: PENA, Martins (1968). Comédias de Martins Pena. Rio de Janeiro : Edições de Ouro, 1968. p. 275-299 (Antologia).

Per RASI, Mauro. (1995). Pérola. Rio de Janeiro, RJ : Editora Record.

PRO Reminiscências de Santos (1930) – João Luís Promessa. Edição filológica de SILVEIRA, Claudia / KEWITZ (s/d), digitado.

GAM SILVA, Antônio José (19--). A vida de Esopo e guerras do alecrim e da manjerona. [s.l.]: Ediouro, p. 92-169. (Prestígio).

SOUZA, Flávio de. (1983/1993) “Fica comigo esta noite”. Em Shell Brasil / Xenon Editora (Org.), Cinco textos do teatro contemporâneo brasileiro. Rio de Janeiro: Shell Brasil / Xenon Editora, p. 8-19.

RL TAUNAY, Alfredo D'Escragnolle Taunay, Visconde de (s/d). A retirada da

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Laguna - episódio da Guerra do Paraguai. São Paulo: Ediouro. (Prestígio). Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa http://www.bibvirt.futuro.usp.br, acesso em 25.01.2007.

Zeq ZEQUINI, Anicleide (2004). “A fundação de São Paulo e os primeiros paulistas: indígenas, europeus e mamelucos”. Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária. Terra paulista : história, arte e costumes / coordenação de Maria Alice Setubal ... [et al.]. São Paulo : CENPEC: Imprensa Oficial, 2004, p. 29-42.

JHR RODRIGUES, Lêda Boechat (2004, org.). Nova correspondência de José Honório Rodrigues. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras. (Coleção Austregésilo de Athayde, 19).

II. Corpus Diferencial

CL

CR

BARBOSA, Afranio & LOPES, Célia Regina (2004, orgs.). Críticas, queixumes e bajulações na Imprensa Brasileira do séc. XIX: cartas de leitores e cartas de redatores. Rio de Janeiro: Faculdade de Letras/UFRJ/Labor-Histórico, 2004. (versão eletrônica) – [CL = cartas de leitores; CR = cartas de redatores]

D2 CASTILHO, Ataliba T. de & PRETI, Dino (1987, orgs.). A linguagem falada culta na cidade de São Paulo: materiais para seu estudo. Vol. II - Diálogos entre dois informantes. São Paulo: T. A. Queiroz/FAPESP.

EF CASTILHO, Ataliba T. de & PRETI, Dino (orgs.) A linguagem falada culta na cidade de São Paulo: materiais para seu estudo Vol. I - Elocuções formais. São Paulo: T. A. Queiroz, 1986.

A GUEDES, Marymarcia & BERLINCK, Rosane Andrade (Orgs. 2000). E os preços eram commodos…Anúncios de jornais brasileiros do século XIX. São Paulo: Humanitas. (Série Diachronica, vol. 2).

DID PRETI, Dino e URBANO, Hudinilson (Orgs. 1989). A Linguagem Falada Culta na Cidade de São Paulo. Materiais para seu estudo. São Paulo: TAQ/Fapesp, vol. III, Diálogos entre o Informante e o Documentador.

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NORMAS DE TRANSCRIÇÃO DOS MANUSCRITOS

Baseadas nas Normas para transcrição de documentos manuscritos para a História do Português do Brasil3, as normas para este conjunto de cartas são as seguintes:

a) a transcrição é conservadora.b) as abreviaturas foram todas desdobradas, indicada em itálico a parte abreviada,

salvo quando não foi possível identificar a abreviatura. c) os vocábulos escritos juntos ou com partes separadas não foram modificados: ex.

osfilhos ou in cluza.d) os casos de dúvida de leitura foram em itálico marcados com [ ], o que identifica a

dificuldade de leitura do editor: ex. marca[do].e) as partes apagadas ou deterioradas, mas de possível leitura, foram marcadas por [ ]:

ex. h[e].f) as partes deterioradas de leitura impossível foram indicadas por [corroíro] ou

[rasurado].g) as partes rasuradas pelo remetente foram marcadas por traço: ex. você.h) os trechos de palavras superpostos ou palavras acrescentadas foram marcados com <

>: ex. confir<ma>da, von<ta>de ou <por isso>i) as marcas de nasalização e acento tônico foram reproduzidos como no manuscrito e

podem variar de documento para documento: irmaõ, irmaô, hû, hu’.j) as letras C, Z, S e R escritas em maiúsculas foram mantidas, respeitando o original:

caZar, aRecadar, peSso, peCar.k) as correções do remetente são sempre indicadas em nota de rodapé, pois aí

encontram-se indícios do grau de planejamento do texto.l) também em nota de rodapé, foram colocadas observações sobre o papel – quando

timbrado, a forma como o remetente grafou determinada palavra ou letra, o significado de alguma palavra pouco usual nos dias de hoje e outras observações paleográficas.

m) indica-se por [sic] quando o remetente nitidamente esqueceu de escrever alguma palavra, sílaba ou letra, o que também indica o grau de planejamento do texto.

Identificação do documento

A identificação de cada documento é feita no cabeçalho da carta da seguinte forma:

Rótulo utilizado na tese: p. ex. [C 18 1 Seb 1] Local – Lugar em que a carta foi escrita, com indicação do topônimo atual, caso haja alguma discreprância entre o nome do local identificado na carta e o nome atual.Data – Fonte – Arquivo Histórico do Estado de São Paulo (AHESP), Museu Republicano de Itu (MRI), Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (BNRJ)Código – os números referem-se aos estabelecidos pelo arquivos.Edição – nome do editor e ano da edição

3 Cf. SILVA, Rosa V. M. (2001). Para a história do português brasileiro. São Paulo: Humanitas / FFLCH / USP / FAPESP. Vol 2 – Tomo II, p. 553-5.

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APRESENTAÇÃO

O presente material faz parte da documentação que foi coletada para constituir o

corpus de análise desta tese. Ele representa um complemento ao conjunto de cartas já

publicadas em Simões/Kewitz (2006a).4 O objetivo desta publicação é fornecer material

de pesquisa aos investigadores do Projeto Para a História do Português Brasileiro e do

Projeto Caipira (SP).

Neste conjunto de documentos estão reunidos os seguintes fundos:

1. Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819 (Fundo C0255 – AHESP).

2. Militares Comandantes – Capitão Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré – 1723-1822 (Fundo C00262 - AHESP).

3. Cartas Títulos de Sesmarias Capitães Generais – 1646-1822 (Fundo C00230 - AHESP)

4. Militares – General Arouche – Vale do Paraíba – 1816-1821 (Fundo C00265 - AHESP)

5. Capitão Mór de Lorena e Areas – 1721-1822 (Fundo C00335 - AHESP)

6. Correspondência passiva de Prudente de Morais / Coleção Clube Republicano / Correspondência passiva de Paulino Lima (MRI).

7. Memoria Economica e Metallurgica sobre a Fabrica de Ferro de Ypanema Sorocaba (BNRJ) – José Bonifácio de Andrada e Silva (1820).

As cartas de (1) a (6) foram coletadas no Arquivo Histórico do Estado de São

Paulo (AHESP). As características discursivas deste tipo de documentação estão

descritas no capítulo III do vol. 1 desta tese.

A Memória5 (7) está depositada na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

(BNRJ) .

4 SIMÕES, José da Silva / KEWITZ, Verena (2006a). Cartas paulistas dos séculos XVIII e XIX: uma contribuição para os corpora do PHPB (org., ed. e rev.). São Paulo: Humanitas / FFLCH / USP. (CD-Rom)5 Agradeço ao Prof. Dr. Afranio Gonçalves Barbosa a gentileza de acompanhar-me à BNRJ para fotografar este documento.

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Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819

[C 18 1 Seb 1]Local: Ilha de São SebastiãoData: 18 de outubro de 1721Autor: Manoel Gomes MarzagãoFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 29-1-3Edição: Simões, José (2005)

Ill[o] Senhor general6

Enselentisimo meu Senhor Emhuma quevosa emselensia esCreveu aos Senhoresofisiais da Cama ra do Se na do des tavi la vi mos Sua ma ges ta de que deosguarde Ser Ser vi do a m [__?] esta vi laa Ca ppi ta nia deSa Si da de don dedeve mos de oge em diante dar Comtasde to do SoSe dido ne la e Como veioSer neSeSario dar parte avosa emSelen Sia do[Re]paro desta vila ofaso,foram ossenhores governadores pasados da sidade do Riu de janero servidos em me ocuparem noposto desargento mor da ordenansa destavila. Com Cuatro Capittaois da ordenansa pera adefensa desta vilaede preZente inda estou servindopor Comfirmasam do emselentisimo Senhor [P]ires saldanha [__?][qualquer] e Como me parese naõ teremja ni [__?] or ospatententes [sic] que o dito Senhor foi servido pasar, aviZo a vosaemselensia pera dispor oque for servido, eu fiCo sem pre esperandooCaziois que semeoferesa dos servisos de vosa emselensia pera em tudo o [___?] de ser Como devo. enosoSenhor lheporpe[re] avida por largos a-nos pera lhe fazer muitos servisoseamifabores. [__?] dos [__?] oge[18] de outubro 1721anos u mildesudito de vosa emselensiaManoelGomesmarZagaõ6 Escrito na margem inferior esquerda ao lado do corpo da carta.

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Ilha [de] SamSebastiam[C 18 1 Seb 2]Local: São SebastiãoData: 27 de novembro de1721Autor: Manoel Gomes MarzagãoFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-3Edição: Simões, José (2005)

[?]

Tendo avizado porvarias vezes aVossaExcelencia dachegada de tresnavios olandezes noporto desta villa, inthe aopreZentenaõ tenho tido Resposta, e[hoie] que Secontaõ vinte esetedoCorrente meti taõ emportunado Com oofisial olandes que veio aterra pormandado doseu Comandanteemefes hum protesto dequereicha que Comtra mim, avia defazer poreu lhenaõ Comseder Comprar Refrescopara osSeus doentes atroco dosSeus efeitos, eque emnenhuâ parte Setinha uZado Comelles, oque aquiti-nhaõ expremintado, eque naõ traziaõ dinheiro de ni nhuâ Sorte para delle Sevalerem, eque Serta mente lhe morreriamuita jente doente que traZia[o], eque pello amor denos[so]Deos lhelargaçe aomenos Seis Rezes para Serremedearem, athe poremÇe nabarra deSanctos, eque me queriaõ deichar trinta espingardas depenhor, que [d]ella asmandaria buscar ede[Z]empenhar, Com o dinheiro que osenhorGovernador deSanctos lheofereseu emprestarlhe, eporver aS[uas]ComtumaZia, eEmquerir oseu di[Z]er detres homen~s que lhefugio dosSeus navios dizeremme que heraõ depa[Z], equeesta herra oprimeiro porto, que tinhaõ tomado despoiSquedeSua terra Sahiraõ, ediZeremme que hera Serto, otraZerem muitos doenteS, eResear Eu que deneSeSidade deSem alguã âsaltada emalgum Sitio honde ouveçegado, honde Eu naõ poderia Socorrer atenpo delhe[ata]kgar oemtento por fiquar i[st]anSia ossitios desta villa, lheaseitei as tantas trinta Espingardas pellas SeisRezes qui lhemandei dar, eCoatro que já lhe tinhamandado dar, noprinSipio daSua chegada, perlogo mepediremfiado emquanto tinha Resposta, doaviZo que fis aVossaExcelencia;etambem emquanto me Eu emtrinchirava, eSemeaiuntaçe[m]os moradores, que meapanhou achegada dos ditos ta[õ] Su[bi]ta mente que só meachi, Com oC[omandante] daordenança Diog[uo] [de]Escovar Ortis, equinZe homen~s aSistientes nesta Villa

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[p.2]Villa; e[astanta] des ReZes emp[e]rtaraõ Sento eVinteesinco mil Reis que pertanto deicharaõ empenhadas as[tantas]Espingardas, Sendo CauZo que osditos, naõ mandem daVilla deSanctos odinheiro, para SesastifaZer aosdonos dasReZes, Seeide faZer pagamento Comasmesmas Espingardas quenaõ heide dispor delas athe ahord[e] de VossaExcelencia, epllosmesmos olandeZes, escrevi aos[?] G[eneral] deSanctos Relatandolhe ososedido; [espaço] Tambem lhedou parte aVossaExcelencia quemenaõ acho deprezente Comnoventa eseis homen~s CapaZes depegar armas, eSó SeSenta, eoito armaS defoguo, queComo saõ homen~s pobres, naõ tem posiblidade para poder Comprar, eComo he tão neSeSario, V[eia] VoSaExcelencia Semepode SoCorrer Com armas depe[de]rmiras deSua Magestade que Deos guarde para estes moradores, que estaõSem ellas, sevalerem delas em Semelhantes oCaZioins;Com esta Remeto aos[enhor] g[overnador] deSanctos dous olandeZes dosque fugiraõ para Remeter aVosaExcelencia, efiqua hum poremcapaZ, emuito emfermo dehuã perna que SeEscaparSeguirei ahorde de VossaExcelencia; Óófisial olandes queveio aterra, prometeume desahir fora deste portopara odeSanctos aosvinte enove deste mes, que Comoestavaõ dando lados, onaõ podiaõ faZer mais breveenaõ tenho deque mais aviZar aVossaExcelencia, mais queesperando muitas oCaSZioins dosServisos deSuaMagestadeque Deos guarde para aellas naõ faltar, edeVossaExcelencia Comode-vo Saõ Sebastiam 27 denovembro de1721 annos.Umilde eSubdito deVossaExcelencia[Illmo] Senhor general7

ManoelGomesMarZagaõ

7 Escrito no canto inferior esquerdo à margem do corpo da carta.

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[C 18 1 Seb 3]Local: Vila de São SebastiãoData: 28 de novembro de 1721Autor: Diogo deEscobar Ortiz, brasileiroFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-4Edição: Simões, José (2005)

Excelentisimo Senhor

Por vezes tem dado o Sargento MorManoel Gomes Marzagaõ parte a VossaExcelencia da chegada de tres navios Olandezes, que anchora=raõ neste porto desta Vila quenós tem dado bem que enten=der: e Como obrigados da ne=ceSidade [pruca] força comque nós achamos se lhes con=cedeu a instancia de Repeti=das vezes alguãs REzes, portermos tempo de nós entrincheyrar, e de se Recolherema esta Vila todos os moradores;e haver tempo de dar parte aVossa Excelença como ditto he. atéo prezente naõ temos tido Repos=ta. eos navios inda ficaõprezentes Tambem dou parte a VossaExcenlenca que dando eu REbate aS=sim que se avistaraõ os navios;para que acodiSsem todos os mora=dores, acodiraõ tambem do=us Capitaens das barras, e naõ querendo tomar as minhasordens hia sendo motivo dedezuniaõ entre nós: e aSsim

[p.2]peço a Vossa Excelenca seja servidomandar-me o Regimento para mepoder Reger, e saber qual hea minha obrigaçaõ; por ex=cuzar outra tubaçaõ seme=lhante: como tambem douparte a Vossa Excelenca de como naõ hánesta vila huã caixa de guer

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ra, nem huã alabarda; que huã, e outra Couza mandeyvir da Cidade do Rio de Janero;e importou vinte, e quatromil Reis; e se sua Magestade queDeos guarde dá faculdade, para quede sua Real fazenda se dé es=ta ajuda de custo com or=dem de Vossa Excenlenca serey pago.Ficando sempre muito prom=pto para oServiço de sua Ma=gestade que Deos guarde e de Vossa Ex=celenca Vila de SamSebastiam Hoje28 de Novembro de 1721annos.Soldado de Vossa ExcelencaDiogo deEscobar Ortiz

DeDiogoEscobarOrtisdeSamSebastiam8

8 Remetente no verso.

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[C 18 1 Seb 4]Local: Villa de São SebastiãoData: 29 de novembro de 1722Autor: Thomé Gomes Marzagão, brasileiroFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-10Edição: Simões, José (2005)

SenhorPorver que naõ há quem Selivre neste Mundo desermalquisto fiquej em prezunçaõ que averia quemmequizese omiziar Com Vossa excelenca propus Commigo mostrar Claro todo Sucedido Sobre oferimentodo Mulato que ordenej Seprendece Como vay pelaCertidaõ do t[abeli]am esCrivaõ desta Villa que vistoser Vossa excelenca emformaçaõ Contraria Sou obriguido [sic]a dalla Certa fiCando pronto para oBecer [sic] a Vossaexcelenca que Deus guarde muitos Annos Villa de SaõSeBastiam 29 de 9[novem]bro de 1722Subdito de Vossa excelencaThome Gomes Marzagaõ

Excelentissimo Senhor

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[C 18 1 Seb 5]Local: São SebastiãoData: 30 de novembro de 1722 [o paleógrafo registra o dia 9 de novembro erroneamente]Autor: Manoel de AzevedoFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-8Edição: Simões, José (2005)

Por sernotorio e alcanCar por Câ anotisiada Reuta yustiÇa de VoSsa iSelenCia eomuito que Se CompadeSe dospobres meanima por esta, botarme aospes deVoSa iSelencia por naõ poder faZer peSoalmentespor cauZa damuita pobreZa emquevivomanifestarlhe aVoSa ISelencia de hû homen tirano terme desCaZado daCompahia deminha molher por me aver furtado elevala para a villa demogi eStechamaSe Joaõ Gonçalvez Caminha padraSto ditaminha molher que por não querer emtregaralegitima [de minha] molher afurtou eallevoupara avilla demogi para dela disque obrigarme [porvina] greza amandarmelevar para la memandar que brar a CabiSaSó por naõ meentregar oque hé deminhamolher epara voSa iselençia ver aminha verdade em vio Com eSta otreSlado dquerelaque contra elle dei eComo naõ tenho maiS que emmeu favor adeus [manchado] eavoSa iSelenCialhepeSo pelo amor dedeuS memande Réstitiuir aminha molher que niSo fara voSa iSelenCia grande ServiSo a deus noSo Senhor quenaõtenho queixa ninhuma deminha molher poisa levaraõ aforÇa epor Cau Za damuita pobreZaem que vivo naõ meatrevi aSegir, para tornarlheatomar e constame por Recado que aditaminha molher meten mandado [que?] deZeia virviver commigo heeSa Catemmay eavo etiaS que So por Seres aqui moradores e So o dito Joaõ gonçalvez esta navilla demogi desde que levou aminha molhe e nomais Deos lhe ConServa avida avoS iSelencia porfe liCes annos[p. 2]IÇelentismo Senhor9

Para senpre SeconpadeSer dospobres SamSebastiaõ [30] denovenbro de 1722

9 Escrito na margem superior esquerda ao lado do corpo da carta.

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@ o[be] [manchado] dientiSimo esCravo devoSaIselenCiaManoel DeaZevedo

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[C 18 1 Seb 6]Local: Ilha de São SebastiãoData: 1.º de dezembro de 1722Autor: Salvador Afonso de Medeiros Pretto, português, conforme reconhece em C0255 23-1-27 [imagem 638] de 11.06.1726Fonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-11Edição: Simões, José (2005)

Excelentissimo SenhorDou parte avossa Excelencia que chegando Joam Gonçalvez meucunhado aesta villa com huã pitiSsam, despachada por vossa Excelencia Sobre huã contenda que tem com Manoel deAzevedo Sobre huã negra escrava, cuyapitiSsam mandou vossa Excelencia aoSargento mor Manoel Gomes MarZagaõ para fazer emtregar anegra amolher dodito Joam Gonçalvez Coñstandolhe Ser verdade oque alegava apitiSsam, eu empeSsoa fuy acaza dodito Sargentomor aprezentarlhe apitiSsam, epo[s? - corroído] odespacho quevossa Excelencia lá vera, mas antes odito Sargento mor eSeufilho Thome Gomes Juis ordinario por cuja orde doditoJuis Setirou anegra dopoder deJoam Gonçalvez deZenparando amolher dodito Joaõ Gonçalvez e Seus filhinhosque naõ poSsuem outro bem mas que adita negra, etiveraõ emSua caza coatro meZes SirvimdoSse della esendo omesmo Juis despuZitario dadita negra;Só afim dequererem comprar adita negra, [espaço][espaço] O dito Sargento mor vendo apitiçaõ edespacho devossa Excelencia mandou chamar aManoel deAZevedo elhepidiofiZeSse Seu procurador, ecomo assim ofes elogo deuContra Joaõ Gonçalvez huã querela para lhetapar osportos [por]levado Sua em teada Com Sigo pello dito Manoel deAzevedo não viver com Sua molher como =Deos manda, Ecomo odito Sargento mor eSeu filho ThomeGomes Sam adverSarios do dito Joaõ Gonçalvez lhe cauZaõtodo omal, que podem faZer tendo odito Joaõ Gonçalvez muita ReZaõ eManoel deAZevedo nenhuma pois naõ tem titulos por donde lhepertença anegra enem vivia o dito com Sua mulher que aRogos della epor Seus despreZada do marido alevou Joaõ Gonçalvez padrasto dadita para aVila demogi aonde tem Seus parentes, eodito Joaõ

[p. 2] Joaõ Gonçalvez alevou deSua caZa aonde estava averiaSeis meZes vivendo com Sua May e Seupadrasto Señomarido emtodo este tempo faZer cauZo della enem Ser capas para Sostentar, enesta forma alevouJoaõ Gonçalvez enaõ deCaza dodito Seu marido Como naquerela diZem Sendo tudo falSso nadita querela, Sendo o dito Sargento mor autor della e

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Seufilho Juis [corroído] aquerela mandando chamar testemunhas que naõ Sabem deste particularSô afim defaZerem mal aeste pobre pellos ditos lhequerem mal, etanto assim que Sô afim deoquereremprender enquanto Setirava aquerela mandou oditoSargento mor hû ajudante anotificar aJoaõ Gonçalvez aquenaõ partiSse para eSsa cidade athe Sua orde etimido10 daprizaõ que lhequeriaõ fazer taõ emyusta partio contravontade dodito a valerçe de vossa Excelencia etudo quanto avossa ExcelenciaRelato he verdade, [espaço][espaço] Vossa Excelencia como Pay dos pobres podepor osolhosneSse pobre deChristo pois naõ tem outro RecurSSon[em Re]medio masque opatroSsinio de vossa Excelencia etaõbem pode vossaExcelencia por osolhos nesta terra por ServiSsodeDeos, Eeu ficando Sempre prostrado aospes de vossa Excelenciacomo umilde criado devossaExcelencia eReal baSsalo,Deos Guarde avossa Excelencia por feliSses annos para meu emparoilha deSaõ Sebastiam hoie oprimeiro dedezembro de1722 añnos

[espaço] Servo menor de vossa Excelencia[espaço] +

[espaço] Salvador Afonso demederos pretto11

10 Observar que poderia ser trocado por um gerúndio, “etemendo...”11 O punho da assinatura, inseguro e irregular na horizontalidade, é diferente punho da carta, que apresenta regularidade na horizontalidade e letra mais grossa que a da assinatura.

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[C 18 1 Seb 7]Local: Ilha de São SebastiãoData: 3 de dezembro de 1722Autor: Salvador Afonso de Medeiros Pretto, português, conforme reconhece em C0255 23-1-27Fonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-12Edição: Simões, José (2005)

Excelentissimo SenhorAvera oito meZes quefuy aeSsa cidade deSam pauloabejar ospes avossaExcelencia eavalerme doSeupatroSsiniopois foi NoSsoSenhor Servido traZer avossaExcelencia aeSsacapitania para oprimir tantas inSolencias eainystiSas que nella SefaZia aospobres, emomesmo tenpomety avossaExcelencia huã pitiSsam Sobre aminha Companhiadoque vossaExcelencia pos por despacho que oSargento mor Manoel Gomes MarZagam em formaSse donumerodos Soldados que tem oCappitam Diogo dees covar naSua Companhia eoSargento mor pos aemformaSsaõque eu Remeti avossaExcelencia em carta fulada enadita carta Relatey toda averdade doque avia, caRemeti dentro emoutra Carta aopadreReitor Antonio Aranha doColeyo desta cidade para quedamaõ dodito padre foSse adevossaExcelencia ecomo athe aoprezente naõ tenha vindo RecurSso devossaExcelenciaesta isto noar nem tenho feito ofiSsiais para aminha Companhia por esperar aorde devossaExcelencia Semecompete osfilhos defora caZados emoradores naterra pois aqui naõ hay outros frausteros somentespaSsageramentes, eaSsim estou eu eelles esperando oRecurSso devossaExcelencia para faZer nomeaSsaõdeofiSiais para aminha Companhia [espaço]Tambem tive notiSsia em como vossaExcelencia foiServido mandar hû Regimento para oscabos deguerraSaberem como Seandam R[eg]er, oqual eu aindanão vy mas tive notiSsia que tinha chegadoeSefes camera Sobre iSso enaõ Sey Sefoi masalguã or dem devossaExcelencia que sendo eu ofiSsial

[p. 2] OfiSsial da camera afiZeraõ Sem medar parte, etambem Sefalou em Capitam mor que namsey Semandam nomeaSsam avossa Excelencia enaõSey quem he aoque nomeam para Capitam mor, mas Se[m]tenho bo[t]o neste particullar digo como cristam ecomo leal baSsalo que SeacaZo osmeusparSeros que com migo Servem faZem aVossaExcelencia nomeaSsa[corroído] emoSargento mor ouSeu filhoThome gomes, he com[te]mo[r] dosditos, epara oCupar

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odito posto nomeo avossaExcelencia aDiogo Franciscodebrito filho depurtugal homem Republicanoeprudente, eya oCupou oposto deCappitam nalguñstenpos eSeouve com muita prudencia, eZelo noServiSso deSuaMagestade queDeos Guarde etera de corenta annos deidade; ou Pedro diasRapoZo, ouoCappitam Diogo des covar, todos tres homes, prudentes eRicos bem quistos dopovo, eos dos filhos destaterra, eDiogo Francisco caZado emorador Vossa Excelenciamandara oque for Servido aquem Deos Guardepor filiSses annos para noSso emparo ilhadeSamSebastiam 3 de deZembro de1722 annos

[espaço] Servo menor de vossaExcelencia[espaço] +

[espaço] Salvador Afonso demederos pretto12

12 O punho da assinatura, inseguro e irregular na horizontalidade, é diferente punho da carta, que apresenta regularidade na horizontalidade e letra mais grossa que a da assinatura.

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[C 18 1 Seb 8 ]Local: São SebastiãoData: 28 de dezembro de 1722Autor: Manoel Gomes MarzagãoFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-13Edição: Simões, José (2005)

[?]Cheguei a esta Vila aos vinte etres de Dezembrocom bastantes molestias das muitas agoasmais deSsaude Seja Deus Louvado bem onde fico esperando muitas oCazioiñs doagrado denoSsa [ei]celencia para aellas naõ faltar como devo echegado que fui achei na Vila ao[Capitam?]Salvador afonço elogo mandei chamar aminhapreZença exZecutei aordem devoSsa emSelencia noparticular daspeSsas que emSeu poder estaõ naõ por duvida algûa naobediençia etomando eu emtregue das ditas peSsas [↑axei] huãnegra muito mal disposta dehua doenSsa que naõSei Sees Capava Como ela tiveralguã melhoria eachar em bar Ca Caõ para aVila deSsanctos osRemeterei como voSsa em Se len Cia metem ordenado. Odito medis vai botar çe aos peis devoSa em Selen çia Requerer deSsua iustiça eu lheSegurei pela bene ni da de devoSsa em Selen çiaque Sea tiveSse naõ avia deSer deZem parado tãbem com esta Remeto os nomeramentos de Alferes eSargentos que ham de Servir na Companhia daordenanSsa tambem no meo a Franc isco Jorge poraJudante desta vila voSsa em Selençia lhe mandara paSar patente Sefor Servido eemtudo maisque for doagrado de voSsa emSelençia naõ ei defaltar Deus Guarde por muitos feliçes annos anoSsaemSelençia para lhe fazer muitos ServiSsos eamimfavores Saõ Sebastiam 28 de Dezembro 1722[espaço] Humilde eobediente Sudito [rasurado] deVoSsaemSelençia [espaço][espaço] M ano el Gomes marZagão 13

EmcelentiSsimo Senhor14

13 A firma tem uma letra distinta da carta.14 Endereçamento registrado no canto inferior esquerdo do papel ao lado do texto da carta.

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[C 18 1 Seb 9]Local: Vila de São SebastiãoData: 21 de janeiro de 1723Autor: Manoel Gomes MarzagãoFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloReferência: 255 23-1-15Edição: Simões, José (2005)

R15[espondido]Estando eu para embarcaras peSsas, que estavaõ em po-der do Capitam Salvador Af-onço aos dezaceis de Janeiro,por signal em huã Sumaca,em que he Mestre Mano-el da Costa; neSse mesmodia chegou odito Capitam SalvadorAfonço, e me entregou achar-ta, que Vossa Excelenca me fez merceescrever; e tambem o despa-cho de Vossa Excelenca E vendo euacharta, e o despacho de VossaE-xcelenca; logo lhe fiz entrega ou-tra vez das ditas peSsoas: e ficaõem seu poder. Tambem seme offerece dar à saber a con-fuzam, em que me vejo comestes moradores acerca dascompanhias dos Capitaens; que muitos fi-lhos de Portugal não queremser da Companhia do dito Capitam;e tambem algûs filho da Ter-

[p. 2] Ra a sima, que vieram nomea-dos na Lista, que encluZa ve-io na Charta de Vossa Excelenca Al-gûs moradores filhos de fora, caZa-dos na terra, querem Ser daCompanhia do dito Capitam e algûs filhos daterra da Companhia do Capitam Pau-lo Gomes se querem paSsar paraa Companhia dos forasteros. [espaço] Euera de parecer, que na ista,que pRetendo cedo fazer, se em-poSsaSse a cada hû na Com-panhia, que cada qual quiZer: paraaSsim nenhûs delles teremqueixa; nem os Capitaensdizerem: lhe tirey os Seus Sol-15 Registrado com outra tinta e punho.

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dados para outra Companhia. [espaço] Com e-sta vaõ incluZas eSsas duaspetiçoens para }Vossa Excelenca despa-char oque hey de obrar; poisdezejo em tudo acertar no a-grado de VossaExcelenca que em quanto naõtiver Resposta de Vossa Excelenca; naõhey de determinar couza al-guã. [espaço] E como o Capitam Paulo

[p. 3] Gomes de Sâ està servindo,eccupando o dito Posto com patentede Sua Magestedade, que Deos guarde emque lhe concede; quetodos os mo-radores da ponta da Cruz cor-rendo para o Norte atè o Rio deJuqueriquerè, lhe obedeçaõ âsSuas ordens para as occaZioens deSeu Real Serviço Repara o ditoCapitam o conceder, que destes mora-dores se paSsem para outra Companhia,Sem que Vossa Excelencia o determineaSsim. fico muy pRompto paraobedecer a Vossa Excelencia, que Deos guardepor extensos annos. Vila de SamSebastiam 21 de Janeiro de1723 . [umilde sudito de vosa][em selenSia]16

M ano el GomesmarZagaõ

Excelentissimo Senhor17

16 As duas últimas linhas estão escritas com punho e tinta distintos da letra da carta e com o mesmo punho da assinatura. 17 Endereçamento escrito no canto inferior esquerdo da página ao lado do texto.

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[C 18 1 Seb 10]Local: São SebastiãoData: 30 de março de 1723Autor: Gaspar Gonçalves da Fonseca, talvez brasileiroFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-17Edição: Simões, José (2005)

Por me ser forçoZo faço à Sa-ber a Vossa Excelencia em Como estan-do18 eu em minha caZa nesta Vila me appareceu o Capitam Sal-vador Afonço de Mederos di-zendo: que achando-se no Bair-ro de Saõ Francisco aos 19 de Marçodestrito desta Vila, distantehuã legoa, avistàra hû ho-mem por nome Theotonio Mo-reyra com huâ faca de ponta,e que se avançàra à tomar lha,e pRendello, arrancando o dito Ca-pitam outra, que com sigo traZia,e que lhe fizera ReSistencia emlhe não largar a faca: Pelloque me vinha Requerer, f[ize]SseAuto de ReSistencia contra odito moSso. [espaço] Despachey-o dizen-do-lhe: com que Authoridade faziaeSsa deligenca? respondeu-me,dizendo: que Vossa Excelencia aSsim or-denava em os Regimentos que man-dou à esta vila Logo fuy correros dittos Regimentos e naõ acheyCapitulo, que diCeSse: que os Capi-taens prendeSsem aquem trouxeS-se arma de defeza fôra

[p. 2] da Vila e tomaSse as armasprohibidas por perdidos semAuthoridade de Justiça: e eu lheRespondỹ não podia tomar co-checimento, sem primeyro Recorrer-me a Vossa Excelencia e ver oqueme ordenava, obraSse em tal18 Este exemplo de gerúndio em oração causal antecipada em co-ocorrência com a conjunção como é um bom exemplo de que o morfema “-ndo” acresce à sentença mais valores circunstanciais do que aquele expresso pela conjunção causal. Talvez possa, no entanto, ser entendida como uma intercalada à subordinada conjuncional “como... me apareceu”.

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caZo. Enformey-me doque pre-cedeu de algûs homês, que se-acharaõ na occaZiaõ: enfor-maraõ-me, dizendo: que o ditoCapitam andava de Rixa como dito homem, e que de adrede,e por odio se fora entendercom o ditohomem na porta dasenZala dos servos dos ReverendosFranciscanos à prendello; emandàra à dous servos, que con-sigo traZia com duas armasde fogo nas maoñs, LevantaS-sem molas a Riba, e dizen-do ao dito: estiveSse preZoda parte de El Rey; e que o moSsotambem puchàra pella faca,que elle queria tomar o mesmoCapitam diZendo-lhe: com queordem o queria prender,? quemostraSse; e queem tal caSo[espaço] Se

[p. 3] Se daria à priZaõ. E com asRazoins de hû, e outro acodi-raõ os sobreditto ReligioZos, pe-dindo ao dito Capitam largaSsedo homem: oque elle naõ quize-ra. E os ReligioZos vendo opouco termo, e corteZia del-le, Se avançaraõ, e lhe toma-raõ a faca, que tinha na maõ, ehuâ arma de fogo à força.E que tambem pediraõ a faca aodito homem, e que logo a entregàrasem Repugnancia. [espaço] E consta –me Ser o dito homem pacifico, hu-milde, e obediente a todo o gene-ro de Officiaes de Justica. E oCapitam ser homem occasionado,que de pRopoZito busca discordiascom alguns dos moradores destaVila e por temor de Deos, e das ju-stiças o toleraõ. [espaço] E enforma-do que seja Vossa Excelencia mandarà quefor servido; que como subdito, eobediente não faltarey. Deosguarde a Vossa Excelencia por extensos an- nos. Vila de Sam Sebastiam 30 de –Março de 1723 annos.

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obediente Subdito de VossaExcelencia[espaço] Gaspara G onça l ve z deafon se ca

Excelentissimo Senhor19

19 Endereçamento escrito no canto inferior esquerdo da página ao lado do texto da carta.

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[C 18 1 Seb 11]Local: Ilha de São SebastiãoData: 30 de março de 1723Autor: Salvador Afonso de Medeiros Pretto, português, conforme reconhece em C0255 23-1-27 [imagem 638] de 11.06.1726Fonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-17 [anexo, continuação do “caso da faca” ?]Edição: Simões, José (2005)

Dou parte avossaExcelencia que aos deZanove deMarcodeste preZente anno, indo deminha fazenda, para villa, preparar oneSeseSsario para a[rasurado]-Solenigdade daSemana Santa, eComo emCaminho fica oConvento dos ReligioZos deSamFrancisco deZenbarquej napraya dodito Convento quefica distaçia davila huâ legoa, com tenSsaõDeovir miSsa, edar esmola aos Religiozos, eantes dechegar aodito Convento distanSsia deSincoenta braSsas, pouco mais oumenos emContrej Com hû moSso por nome Thitonio morera Comhuâ faca deponta, publicamente, eComo vi oescandalo que dava ema[↑u]em zenplo aosmais Sem aver quem ponhaCobro, pois este tal, es candaloZamente eSemnen hû temor deDeos edasjustiSsas paSsadeste modo; E LanSsando maõ delle para oprender Rezistio com afaca [nua] namaõdizendo naõ conheSsia, nem oedeSsiaaofiSsiais deguerra. nem aelRej m’Senhoreindoçe Retirando omandej Sercar pe[los – corroído]meus negros para efeito deopoder prenderpois meachava naoCaziaõ Sem ofiSsial nenhum Enomesmo istante a Cudiohû irmaõ dodito por nome Bento Nunes, eoutro badio mais Sem elhante aestespornome francisco ferrolho, fizeram ames

[p. 2] Fizeraõ amesma ReZistenSsia todos Com facas deponta normal ecom[bastante] alboroSsoacudio bastantes homes, adondeSeachava tambem oCappitam Paulo gomes Sem faZer CauZo nenhû lhe[↑Re]queri atodos medeSsemfac[__?] eayuda para prender aqueles homes poisos achava com armas defeZas proibidas,aoque nenhû oquis faZer, elogo comestealboroSso Sairaõ os ReligioZos fora doSeu[Convento corroído] nadistancia que tenhodito todos combordoiñs namaõ etodos os negros dosditos pa

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dres que ComSigo trouSseram etiraram [me]damaõ [ao pre]Zo, e[_? hra]õ num mulato meuhû frade por nome Francizco Lima[õ], ehû lego porpor nome Fr[ancisco ou Frei?] Alexandre, Me tiraram dasmaos dodito mulato huâ espingarda minha [de]presSso eestimaSsaõ, eSeapoSSearadella a[lhi] oprezente Sem naquer em tregarefalando todos elles es candaloZamentediZendo, que aviZaSse agora aomeu General[ao?]que lhe Respondi que assim odetriminava faZer e que naõ foSsem atrevidos falar emvossa Excelencia eaSim tudo isto sepaSsou naverdade como coñsta deSsa certidamque em CluZa vay do vigario damatris desta vila, eoutra sertidam que com estatambem Remeto do[mesmo] viver; eSeguindo

[p.3] Eseguindo omeu Cam inho para aVila fisRequerimento aosjuis ordinario Gaspar GonSssalves daFonSseca, que fiZiSse auto deReZistencia contra os ditos moSsos eos criminaSsemeprendeSsem que thedaria tudo oayutorio neçeSsario, ehir empeSSoa comelle faZeradita deligencia aoquenaõ quis admitir couZa alguã diZendo que os cabos deguerra naõ tinhaõ poder nenhû para tomar armas defeZas, tudo isto, cauZa porque os [ditos ? corroído]Rebeldes Sam parentes doSargento mor Manoel gomes marZagaõ, que nada seobra yuiZes etodos Senaõ aquilo que he von[ta?]de do ditoSargento mor, eseu filho Thome gomes, e Logo no outro dia Seyntaram os ofiSsiaisdacamera emandaram me chamar, emepreguntaraõ que mostraSse [a – rasurado]orde que tinhapara tomar armas defeZa ouSenaminhá pa tente odeclaram, aoque lhe Respondi que Vossa Excelencia dava poderes noSeu Regimentoeque sô nas armas naõ falava[õ], aoque –Responderaõ naõ tinha poder nenhum paraofaZer eque em quistava aopovo, aoqueeu lhe Respondi que antes mepareSsia queemproibir armas defeZa viviriaõ todoscom mais SoSego eque faria aviZoavossaExcelencia Setinha poder para ofaZer ounaõ

[p.4] ounaõ, ecomo oSargento mor eSeu filhoSam meus inimigos tudo cauZadopela cauZa dopobre deJoaõ Gonçalvez [vr?]demtodas estas [meadas], eComtal SagaSidadeque atiraõ huã pedrada ees Condem a

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maõ, yuiZes faZem tudo com tra aReZaõ eyustiSsa, por lhe faZerem a[e]lles Suavonntade elhe obedeSsem todos osmoradoresaeStes dois homes, Com temor delles, ebem Seprova que tendo elles varios crimestam Publico, evejo ouvidor geral doRiodeyaneio aesta Vila em [CorricSsaõ] econtra osditos Se20naõ em tendeo, enem ouve peSsoa que contra elle SeatreveSseayurar; Ecomo VossaExcelencia nesta terranaõ tem dado castigo algû aindaonão temem avossaExcelencia que yuiZes camaristas etodos osmais faZem bem poucoCaZo que osque teme avossaExcelencia Sam conta[d?]os eos que naõ [teme] Sam Sem Conto,PeSso aVossaExcelencia obrara emtudo comofor Servido [e]eu fico esperando muitas oCazioiñs doServiSso devossaExcelencia Como umilde baSsalo, emenor Servo devossa Excelenciaa[_?] Deos Guarde por feliSses annos ilha deSam Sebastiam 30 deMarSSo de1723 annos

DeVossaExcelencia Servo menor21

Salvador Afonso demederos Pretto

20 Verificar se é uma condicional.21 O desfecho e a assinatura estão escritos à margem direita da página em sentido lateral de baixo para cima. A firma não parece ser do mesmo punho do autor da carta, embora não haja indicação com o sinal [+] antecendendo a assinatura.

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[C 18 1 Seb 12]Local: Ilha de São SebastiãoData: 30 de março de 1723Autor: Salvador Afonso de Medeiros Pretto, português, conforme reconhece em C0255 23-1-27 [imagem 638] de 11.06.1726Fonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-18Edição: Simões, José (2005)

Excelentissimo Senhor

Como estava comaesperanSsa, aque odeZembargador ouvidor geral deSsa cidade vieSsedeCorreiSsam nesta villa, Como eu eallguñs deZejavamos Saiome frustada aminha vonntade Comavinda doouvidorgeral doRio deyaneiro Como yâ dey parte aVossaExcelencia dequem foi CauZa deelle vir que naõSey Seria emtregue aminha Carta aVossa Excelenciaque a Remeti avista deSantos, aoCapitam Liorn [sic]ado demaSsedo [emora], que he [vossamerce ?] ComRespondente para que odito RemeteSse aVossaExcelencia, eComachegada doouvidor doRio deyaneiro fui notificado para que emtregace anegra escrava pornome Maria que Seachava despoZitada em meo poder, eeu atinha em tregue, aMolher deJoamGonçalvez porver amuita [inSuSsistencia ?] que apobre padeSsiapor falta deSua negra, eobedeSsendo eu ao despacho dodito ouvidor fui aSua preZenSsaelhepropus oque naverdade avia neste negociooque visto pelo dito ouvidor mando[u – corroído]vir Manoel dea Zevedo perante Sy, elhepreguntouque mostraSse pordonde lhepertenSsia ter parte nadita negra aoque elle Respondeonaõ tinha titulos alguñs. oque vistopello dito ouvidor mandou que SefoSseembora, eassim mediSe que athe

[p. 2] athe naõ mostrar Manoel deaZevedo folhadepar tilhas, oudecumentos por donde lhep[er – corroído]tenSsia que lhe naõ emtregace nem lhe[d]iSsenada, aoque lheRespondi que oSargento mor ManoelGomes eSeu filho eram empenhadosneste negoçio Contra opobre deJoaõ Gonçalvezeque indoce embora fariaõ Comos yuiZesdaterra oque quiZeSse, eaSim foSse Servido darme hû despacho, aoque meRespondeoque fiZeSse pitiSsaõ, eaSim ofis epor

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odespacho que VossaExcelencia vera oqual vay emcluZa nesta. [espaço] Epartido22 que foSse oditoouvidor para ilhagrande foi Thome gomes darlhepaSsagem elâ lhefes huâ pitiSsaõ emnome deManoel deaZevedo diZendo tinhaparte nadita negra que lhe coubera emfilh[o ?] [o]spartilhas, sendo tudo falçamente [e – rasurado]pela dita pitiSsaõ paSsou ouvidor geralhû mandado que SepuZeSse anegra emp[r][corroído]a eSedeSse ametade aManoel dea Zevedo, echegado23 que foi Thome gomes aestaterra Logo oyuis memandou notificarque emtregaçe anegra, para Sepor empraSsae mostrandolhe eu odespacho que tinha dodito ouvidor Respondeo que elle tinha hummandado para ofaZer ediZendolhe eu

[p. 3] Eu que oqueria ver memostrou eLendo eu apitiSsam Respondi aoyuis que ouvidor paSsava omandado pelloque diZia napitiSaõ, mas que aquilo naõ era averdade pois queManoel deaZevedo naõ tinha tal folhadepartilhas edevia apreZentala, oque odito juis não quis ademitir nada masque mandar tomar poSse dadita negra,efaZendolhe alguãs pitiSsoiñs que todasvaõ em cluZas nesta p[o]s os despachos queVossaExcelencia vira tanto ao contrario do[_?]ini[t?]o tudo porpititorios doSargento mor eSeu filho que nunca quis despachar Sem primeiro lhepreguntar aos ditos que despachos aviadep[o]r, eagora he Thome gomes escrivaõda Camera feito pello ouvidor geral para masSeRefundir este povo, edahiatres diasque eu estava deZenpoSsado danegra eposta emoutro depoZito andando yaempraSsa fes fuga adita negra, emandaraõ em timar hû pr[otesto ?] aque Sefariaboa deminha faZenda diZendo tinha [vis – corroído]to hû negromeu ir a CaZa donovo depuZitario, elogo dahi obra demeya ora mandou oyuis aoAlcaide diZerme que anegraestava nasSan Zalas do Convento deSamfrancisco que amandaçe eu buscar, aoque eu

[p. 4] Eu Respondi que menão tocava pois eu a tinhaemtregue emyuiZo, eque mandaçe elle a22 Observar a equivalência do particípio passado com o gerúndio nesta construção, o aspecto foi marcado pela desinência –do.23 v. nota anterior.

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os Seus ofiSsiais, pois naõ tinha poderem mim para Sem elhantes negocios enestes termos fica tudo athe opreZenteenem Sey Setem yâ apareSsido aditanegra, eaSim VossaExcelencia como pay dospobres eRemedio dosneSseSsitados deyustiSsapois contra este pobre vay tal sorte ponhaosolhos nelle, emandar oque VossaExcelencia lhepareSser ser yustiSsa; [espaço]Tambem vay eSsa pitiSsam Sobreaminha Companhia para que VossaExcelencia mande oquefor Servido pois meacho Sem SoldadosSe[ndo – corroído] que24 dep[rimei?]ro estavaõ todos pormim eComo oSargento mor eSeu filho Sejaõ CauZadores detodas estas desordes estaõ ascouZasnesta forma, VossaExcelencia aCuda ComoRemedio atudo, aquem Deos Guarde porfeliSses annos para meu amparo edospobre afligidos ilha deSam Sebastiam 30deMarco de1723annos [espaço][espaço] umildeServo deVossaExcelencia[espaço] SalvadorAffonso demederos Pretto25

24 Observar a co-ocorrência [-ndo + que].25 A firma parece ser de punho distinto da letra da carta.

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[C 18 1 Seb 13]Local: Itu [o paleógrafo do AHESP registra erroneamente a origem como sendo de São Sebastião]Data: 16 de abril de 1723Autor: Lourenço Leme da Silva, brasileiro, natural de Itú [?]Fonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-20Edição: Simões, José (2005)

Excelentissimo Senhor

Estes dias quando fui Render aminha obediencia aospês deVossa Excelencia; naõ quis na mêsma occaziaõ lembrar aVossaExcelencia hû petitorioque omeu irmaõ Antaõ Leme mediceno caminho doSertaõ fizera aVossaExcelencia sobrehumas peças; que desta Villa levou furtiva mente Salvador Afonço moradorna Ilha deSaõ Sebastiaõ cujas Saõ daadminestraçaõ dehum meu pRimo Balthezar Coelho deGodoy pRincipalmente trescom huã espingarda; cheia damay doditomeu pRimo; ecomo meu irmaõ meRecomendou Soubece Se26odito meu primoestava depoSse daspeças com ovaro deVossaExcelencia para Renderlhe asgraças, cuydadozoeu deste negocio pReguntei ao destituidodaspeças Seestava depoSse dellas Respondeume que naõ emcujos termos Seanime aminha peque[nes] fado nagrandeza [muito ?][chonrias ?] Comque vossaExcelencia foi Servid[o – corroído – Le]vantarme donada que hera aonumerode Seus criados pedirlhe Sedigne aaViZarme oque tem Rezultado este negocioem [ogi _]tal Sou taõ bem entereçado porser de hum parente aquem amo. [espaço][espaço] Enoemtanto fica Sacrificada aminha vontade atodos ospreceitos de[O] para queDeos Guarde Como dezeja Otu 16 de Abril de723[espaço] Beija asmaos devossaExcelencia[espaço] Seu indigno Criado

Lourenço Leme da Silva

26 Parece uma conjunção integrante, analisar se é OD.

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[C 18 1 Seb 14]Local: São SebastiãoData: 26 de outubro de 1725Autor: João Nunes de Freitas, brasileiro, talvez natural de São Sebastião, 40 anos em 1723, segundo lista de soldadosFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência:C0255 23-1-24-AEdição: Simões, José (2005)

[espaço] Auto deInjuria, euzurpaçaõ de Juris diçaõ que[espaço] fes ojuis oCapitam Joam Nunes defreitas Contra[espaço] Ignaçio preto, Joam home~ e Jozeph Alvarez

Anno donacimento denoçõ Senho JezuCristo, demil SeteCentos evinte SinCo,nesta Vila de Sam Sebastiam Capitania da Sidade de Saõ Paullo, partes do Brazil [&a = etc ?] porquanto Ignaçio preto, Joaõ Thome, e Jozeph Alvarez actuados no diade Sesta feira que SeContaraõ, vinte eSeis de outubro, pellas tres horas datarde,Sejuntaraõ em Camara, Sem [Licenca ?] ounoticia delle Actuante, ouceo parCeroprezidentes, emandaraõ xamar aelle Juis Actuante, foçe aCamara, ein-do, por em tender, podia aver or dem de Sua Magestade, ounegoçio pertencenteaopublico que tivece nececidade deSer feito logo, eseperdeçe, naõ osendo, eentrando elle Juis Actuante; perguntando que negocio havia lhe Res ponderaõ que eraRequeremento doprezo Manoel Joam, prezente eu esCrivaõ quedou [rasurado – f_?h_]pacar oReferido naverdade eLoguo Continuaraõ Lendo huã petissão dodito prezo, que injuriava aelle Juis Actuante chamando lhe injusto quenaõ fazia justiça elhe denegava Despachos Sem Rezaão, eoutras mais, equeem nada fazia aSua obrigaçaõ; oque tudo eu esCrivaõ doufee paSsarnaverdade emminha prezença, ellevantandoçe elle Juis actuante dizendo que empeticoins edespaxos Contra Sj, naõ hera prezidente Se Retirou para fora eelles vereadores, eproCurador Actuados, diferiraõ aoprezo Selhepacaçem as Sertidoins que pedia noque mos traraõ Ser JuisSuperirores aelle Juis ordinario Actuante, Continuan[d – rasurado]o avereaçaõ que tinha

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principiado, Sem Sua ordem nem Licença enisto [lhe]uzurparaõ ajurisdiçaõ, econ Lerem epublicarem palabras injuriozas, eignominiozas Contra elle Actuante, naMeza do Senado, Em acto deCamara, lhefize-raõ atroçiçima: deque tudo eu esCrivaõ doufee pacar naverdade emandou fazer este Auto para por elle Seperguntarem [f.os] Sitados os Autuados para asverem jurar, Emandou que este SeRemeteçe, aos DomingosLopes de Oliveira aquem no meou, para isto por emqueridor, pornão haver[l27]lo noJuizo, edeo Comiçaõ amim esCrivam para lhedar juramento; deque tudo mandou amim esCrivaõ fazer este Auto, que Comigo aSsignou eu –Miguel pires nobre oesCrevj eaSignei [espaço]

[espaço] Joam Nunes defreitas

27 O r está sobrescrito ao primeiro l.

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[C 18 1 Seb 15]Local: Vila de São SebastiãoData: 29 de outubro de 1725Autor: Joam Nunes de Freitas, brasileiro, possivelmente natural de São Sebastião, 40 anos em 1723, segundo lista de soldadosFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-24Edição: Simões, José (2005)

[espaço] [Snr = Senhor ?]

Movendoçe nesta villa em meu Juizohuã Contenda deCauza Sivel entrepartes Agravou demim huã dellas paraomeo ouvidor Geral etratando deSeus papeis para siguir Seo agravoCuja parte estava preZa naCadeadesta Villa, empenhandoçe neste negoçio oesCrivaõ daCamara Thomegomes mar Zagaõ Com noqu[__?rasurado]aSsjdores Breadores eproCurador ejuntos naCaza doComçelho memandaraõ xamar para prezidir nella,preguntandolhes eu, Sehera alguã ordem ouCervico deSua Magestadeque Deos guarde Responderaõme, oquevossaExcelencia nessas Duas Certidoins verâque asmandej paçar pellos ofiçiaes deJustiça que prezentemente Seaxaraõ enelas axarâ VossaExcelencia opouco Respeitoque ossojeitos Custumaõ fazer dasJustiSsas deSua Magestade a sombrados do dito EsCrivaõ daCamara:no seguinte Dia xegou depaçajem aesta Vila oDoutor ouvidor da Villade parnagoa, Antonio Alvarez [Lanhos]peixot[a], que muito estimej tanto porme a Com Selhar noCazo prezenteComo emoutras Couzas dejudicaturapois estamos faltos denotiSsiapor naõ aver aprovado nestaterra oqual muito estranhou –

[p. 2] [espaço] [Snr = Senhor ?]Emeperguntou Seos avia autuadoque esteCazo, hera huã injuria publica que seavia feito ajustiSsa

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aConcelhandome, osmandaçe Sitarpara huã Auto oqual taõ bem Remeto aVossaExcelencia otresLado delle efico neSa exzecuçaõ Se Vossa Excelencia naõ mandar oContraio tao bem dou parte aoDoutor Ouvidor Jeral eCorrejedor desta ComarCa porque em tudohe minha vontade aSertar, efazerjustissa, Vossa Excelencia aquem devemos ReCoRernos Como Juiz Retisimo ponha osholhos em Semelhantes dezaCatos queSefazem aJustiSsa, nesta terraeSso assi, averâ Algum Respeito;Cuja pessoa guarde Deus por fillicesAnnos para amparo evalimento daJustiSsa desta Vila de Saõ Sebastiam29 de outubro de1725

[espaço] Domais humilde Sudito,[espaço] de Vossa Excelencia[espaço] Joam Nunes defreitas

Excelentissimo Senhor28

28 O endereçamento está registrado no canto inferior esquerdo da página ao lado do texto da carta.

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[C 18 1 Seb 16]Local: São SebastiãoData: 17 de fevereiro de 1726Autor: Manoel Gomes MarzagãoFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-25Edição: Simões, José (2005)

Excelentissimo Senhor

Hontem que Se Contaraõ dezaseizdeste prezente mêsReSseby huã deVossaExcelencia feyta a vintede Junho de 1725 em cloza nella huã p[e]tiçaõque hum morador desta Villa por nome Joaõ Coelhoavia aprezentado aVossaExcelencia, elogo tratey da execuçaõ que Vossa Excelencia nella meordena, porem para fazerCom aSerteza que Vossa Excelencia me manda proucureyadevaSsa naqual sô duas testemunhas o tinhaõ Culpado Sem Serteza devista Senaõ huã noticia inSerta, efrivola, por Cuja Cauzafoy pernunciado, eCom a estada do ouvidor Geral nesta Vila seposEmlivramento Com perdaõ daparte Joaõ Coelhopor Saber de Serta Siencia naõ Ser oFranciscoXavier odeliquente que quando aprezentou apetiçaõSuppunha, eSem embargo diSso lhe torney aperguntar Se indo Sequeyxava delhe Respondeume quenaõ porque emtendia não Ser oditto o malfeytor;enestes termos naõ fiz aexecuçaõ por me Sertificar dainocencia [ea]parte deoculpar. eesta verdadeaf[↑i]rmo aVossaExcelencia Sendome digno de atodo tempo SerSerto, enaõ somente deste particular Como em todos que Vossa Excelencia for Servido fazerme ahonra emfore Deusguarde a Vossa Excelencia felices, edilatados annos Sam Sebastiam[aos]17 deFevereiro de1726annos[espaço] De Vossa Excelencia [espaço] Humilde Subditto[espaço] Manoel Gomes ma[r]Zagaõ

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[C 18 1 Seb 17]Local: Ilha de São SebastiãoData: 11 de junho de 1726Autor: Salvador Afonso de Medeiros Pretto, português, segundo informa o próprio autor nesta carta.Fonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-27Edição: Simões, José (2005)

Excelentissimo Senhor

Como eu naõ tenho outro Amparo, abaixo deDeos maisdoque ReCorrerme aopatroSsinio deVossa Excelencia espero menam deZenparara, Como verdadeiro ,CeZere, pois te[nho] [tan]ta Rezaõ eJustiSsa, que pondo Vossa Excelencia osolhos, nella mandara oquefor Servido, em Como leal, vaSsalo, obedeSser emtudo, [espaço] Emomes deMarço paSsado chegou =huã portaria deVossa Excelencia afavor doCapitam Bertholomeo paisdeAbreu, para que eu emtregaSse huñs cariyos, queEstam em minha administraçaõ, para oMes escolhido, epor autoridade de JustiSsa, edespois detriminado porVossa Excelencia osquais logo emtreguey Sem entepor ovigordos despachos, que deVossa Excelencia tenho emmeu favor, EreCorrendome aVossa Excelencia foy Servido mandar que naõosemtregue athe Ser com venSsido por JustiSsa, e aSim metornej aempoSsar delles, evivia mais SoSegado, tanto pellos despachos deVossa Excelencia Como tambemporter tudo JudiSsial mente, edeprezente chegou outrodespacho deVossa Excelencia afavor dodito Capitam Bertholomeopais, para emtregar osCarijos, emandou oSargento MorManoel Gomes, ea Judante, aomeu Sitio aoque Respondy emostrej odespacho de Vossa Excelencia aonde manda, quenaõ emtregue Sem Ser Com vemSido por JustiSsa, e fiado29 niSso naõ em treguej naõ por Rebelde que mandandoVossa Excelencia oContrario estouprompto para obedeSser em tudooque Vossa Excelencia mandar; Eu naõ vou aos peis deVossa ExcelenciaComo Já otenho feito duas veZes, nem fuy estes diasque eSse hera omeu DeZejo por estar em fermo queando tomando SalSsa, mas Remeto aomeo procurador para que ofereSsa aVossa Excelencia osmeus decumentos

[p. 2] DeCumentos que tudo tenho justifiçado, Como Vossa Excelencia verat[an]to amorte domeu esCravo, que Baltezar dequadrosdegodoy, ou BalteZar velho, como agora Sechama, morador navilla de[utu], mandou matar, edaestima

29 Obserar o paralelismo de –do com –ndo.

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çaõ evalia, queera odito esCravo, easperdas edanosque meCauZou, com Sua morte ehû tiro que em mimSedeu tudo por ôdio eemveja, por cuja cauZa medesterrej para ilha deSam Çebastiam30 Como coñsta dehuãSertidaõ do vigario davara damesma villa deutu, yurada aos Santos Evangelhos, eSer31 odito quadros =homem Rego enaõ aver justiSsa que naquelle ten po pudeSse Comelle edeSeis testemunhas devista aperpetua [Rey]memoria, que viraõ ReSse[v]er eueste dano; [espaço] EosCarijos que eraõ da administraçaõdodito BalteZar velho queSam tres bem mofinosquehû atenpos que faleSseo, vieramme buscar aestavilla donde estava eu morador aviaõ dois annosEnaõ nos f[u]j furtar autû, nem em duZilos, ComonaspetiSsoiñs que apreZentaõ aVossa Excelencia metrataõtodas falças, pois eu tenho tudo justifiçado yudiçialmente, oque tudo ofereSso aVossa Excelencia eos que mepreSeguem negando averdade e[vlt]rejando meuCredito eaminha peSsoa, Sendo eu homem onrradoefaZendome gastar com minhas andadas, eCorrijos queestou botando pagos apuro dinheiro oRemedio deSetefilhos que tenho, edestroSsado dosbeiñs. dafurtunapor esta CauZa que medeu BalteZar velho deperda

[p. 3] Deperda aSima dedoZemilCruZados, edevendo euperSiguirlo alle, perSegueme elle amim, que Senaquele tenpoestivera Vossa Excelencia Já neSsa cidade nem eu teria tantaperdanem elle teria tal atrevimento eanove annos que So Sedeu-este caZo, eSenaõ fora estarem asduas negras caZadas =Comosmeus esCravos, que oviZitador estando emviZita osCaZou, pellos achar com cuvinados, comtra minhavonntadeComoCoñsta dehuã Sertidaõ doparriCo destavilaque Junto ofereSso comosmais decumentos que SeiSsonaõ foSse aReficar odano que Seme ReZultara dealguãfuga dos esCravos, vindoSse apartado das molheres Largara maõ deste enegocio eeu delles naõ tenho ServiSso poisvivem Como forros, elibertos, eeu gastando minha pobreZa, epadeSsendo cadaora tantos Sultos, eaVossa Excelencia molestia defalar tantas veZes neste negocio que Jâ mepejodeVossa Excelencia mais aneSseSsidade meobriga [espaço] Vossa ExcelenciaCom Pay dospobres mandara neste partiçular oquefor Servido, pois athe agora meperSigio BalteZar velhoEagora meperSegue Ber tholameo pais que busCam todosos mejos para SeSairem coma Sua por Serem parentesefilhos daterra, eeu Ser filho do Reino, emtudo mevaõ 30 O autor Sebastião diz ter mudado de Itú para São Sebastião porque lá se sentia perseguido por Baltazar Velho que lhe matou um escravo e lhe deu um tiro.31 Observar o paralelismo da forma [infinito] com –ndo e –do.

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aniquilar, enaõ tenho por mim namas que aDeos comoverdadero Juis, eoEmparo de Vossa Excelencia Edeos guarde aVossa Excelenciapor feliSses annos para emparo dos aflitos ilhade SamSebastiam 11 de Junho de1716 annos[espaço] Omilde Servo deVossa Excelencia prostado aSeus peis[espaço] Salvador Affonso demedeiros [ Pretto ]

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[C 18 1 Seb 18]Local: Vila de São SebastiãoData: 16 de julho de 1733Autor: Manoel Alvarez de Moraes, natural de São Sebastião, 34 anos, nascido em 1699, segundo lista de soldadosFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-31Edição: Simões, José (2005)

Recebida em23 dejulho de1733a nnos 32

Excelentissimo Senhor

Fuy aestes matos abotar RoSsa para com os mantimentos examinalos que Sem embargo hê perto: porque emhum dia me Recolhy, com tudo melhor Serâ tellospara adeLigencia mais distante que pertendo fazer on-de tenho esperanças de achar couza de conveniencia,ecomo sô me demorey emquanto botey a RoSsada por me a-preSsar huâ Romaria condiSsional ao Senhor Bom Jezude Hŷguâppe de ir ter La aSua festa deste annopor cauZa daquela terrivel emfermidade de mi-nha conSorte, enestes mezes paSsados naõ poder entrarpor cauza de muitas chuvas, e algumas opreSsoins urgentes, naõ pude fazer com esta brevidade algu-mas experiencias, e Sô em hum buraco velho mandeytirar eSsas [faCulhynhos ?] para Vossa Excelencia Ser Servido veraqualidade do ouro33; ecomo gastaSsem tres escravos tresdias para tirarem eSsa lemitaçaõ, inda naõ tem conta, masonde há eSse he factivel aver alguã parte queaj[a]e Sô difficulto queymarSe aRoSsada por Ser perto daSerra onde he comum chover muito, e eu oexperimentey.[espaço] Aos quatro de Junho tomey poSse doposto de Sargento Mor das Infantarias da ordenança dos moradores desta Villa por merce de Vossa Excelencia, e naõ tenho feytopaSsar mostra por estarem duas companhias Sem cappita-ins, emais officiaes, ecomo tenho noticia levara o Doutor ouvidor Geral nomeados por hordem de Vossa Excelencia os cappitains, tenho lhes advertido proucurem Suas patentes com

[espaço] petiçaõ

[p. 2] Petiçaõ, eos Ajudantes comfirmaçoins das Suas, eos Alferes, eSargentos de Seus numeramentos para Seformarem as companhias que hâ, e fazer lista paraeu emviar a Vossa Excelencia Sendo assim Servido, e de32 Escrito por outro punho.33 Trata da busca pelo ouro.

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Zejo Saber avontade de Vossa Excelencia para assim executarporque tanto para o Serviço de Sua Magestade que Deus guarde comode Vossa Excelencia estou com minha vontade offerecidaprompta, e humilde. [espaço][espaço] Deus guarde a Vossa Excelencia dilatados, efelices annos para amparo desta Capitania, e Comforme VossaExcelencia appteSse. Villa de Sam Sebastiam 16 deJulho de1733annos. [espaço][espaço] DeVossaExcelencia[espaço] Humilde Subdito

[espaço] Manoel Al vare z deMoraes

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[C 18 1 Seb 19]Local: São SebastiãoData: 14 de setembro de 1734Autor: Manoel Alvarez de Moraes, natural de São Sebastião, 34 anos, nascido em 1699, segundo listga de soldadosFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-35Edição: Simões, José (2005)

Excelentissimo Senhor Conde General

Por avizo que tive de minha consorte acharse muito mal paramorrer sahŷ dos Matos Sem ter achado Ribeiro de ouro de mayor conveniencia que o antigo, e deyxey continoando-se comas mesmas experiencias, para em ella melhorando logo tornar;porem como a emfermidade foSse em tal aumento que por orase lhe naõ julga avida prohybio-me ohir, e mandey Recolheros que la tinha deyxado, os quais chegaraõ-me sem effey-to de melhor noticia. [espaço][espaço] Pello dezerto de Remedios humanos nesta terra, eestar eSsa Vila infestada de bixigas Semepreciza le-var aditta emferma a Goratinguetâ emproucura deDomingos Rodrigues por me dizerem hê de bom comceyto, quando Deus permitta dar-lhe mais algunsdias de vida fazendo termo amolestia que mais promptamente amata para paSsar ocaminho porque Sam duas queyxas; e como naõ poSso conseguir Sem faculdde deVossaExcelencia peço seja Vossa Excelencia servido permittirme attenden[sic]a neSsecidade emque me acho. [espaço][espaço] Deus guarde aVossa Excelencia felices annos, edilatados.Sam Sebastiam 14 de Septembro de1734 annos

[espaço] DeVossa Excelencia[espaço] Humilde Subdito[espaço] Manoel Al vare z deMoraes

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[C 18 2 Seb 20]Local: Vila de São SebastiãoData: 22 de agosto de 1767Autor: Julião de Moura Negrão, brasileiro, natural de São SebastiãoFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-35-A e 23-1-35-BEdição: Simões, José (2005)

Senhor Sargento Mór Manoel Miz.[?] dos Santos

[P. ?] aordem de vossamerce para paSsar mostra dos moradores desta Vila pertencente as ordenanSsas, ehum dia antes dereceberade vossamerce já tinha recebido huma do Illustrissimo Excelentissimo Senhor General dondemeordenava omesmo para que paSsa[c]e adita mostra: [espaço] Tenho dado o cumprimento adita ordem paSsando mostra as ditas Companhias, don-de entraram Brancos, Mulatos, Pretos e uriundos; advirtindoque Cada hum estam emSuas Companhias, as dos BrancosSam tres Companhias, aCompanhia doCapitam Manoel Gomes deAr.oaCompanhiadoCapitam Joas deAguiar [D]altara, eaCompanhia destavilla estâ Sem Capitam Nem Alferes, eoque a R[ê ou i ?]ge hê –oSargento deNumero [D]oSe [F]elis; enos fins das Companhiasacharâ vossamerce onumero dos Soldados, eas esquadras de 14 [__es?]15 homeiñs, tanto dos que tem Armas Como osque Naõ temaCompanhia dos Mullatos, ados pretos tambem vam numeradas, eestes estam todos promtos Com Seus MoSsos, eSófi-caram defora todos aqueles moradores que moraõ nas Prayaschamadas Camburihy, Praya dabolea, ejuquihy, eestesditos moradores Sempre Sealistaraõ Nesta Companhia davila; ecâSedezobrigam, epagam Dizimos, eagora Nesta mostra não vie=ram porque oCapitam daBertioga Simaõ da veyga ospuchou para a-Sua Companhia enaõ Sey que Rezaõ terâ para [iSto ?] [espaço] Vejo vossamerce dizer-me que faça nomeaSsaõ NaspeSsoas mais idoneas para oCuparos Lugares que estam vagos; eSa nomeaSsam já afizemos emCamera34

efoi Remetida para aSeCretaria do Governo, Más meparece quealguñs dos Nomeados tem paSsado para Auxiliares, eComo vossamerce mepede faça nomeaSsam, vay nece papel emcluzo que me parece Sam os mais Capazes que Seacham para Servirem deCapitam eAl-

34 O último acento do último [a] foi riscado.

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feres destas villas, eestes nomeados Sam deordenança, efaço oquevossamerce meordena por medizer tem ordem deSua Excelencia que meparece esta nomeaSsaõ ou vera descer emCamera. [espaço]

[espaço] Oedital que vossamerce memandou paSsado aordem do IlluistrissimoeExcelentissimo Senhor General logo mandeiyo fixar aque veyo para esta Vila; e vay Certidaõ doSargento que afixaou, eaCarta –

[p. 2] EaCarta que veyo para oCapitam Mór da –villa de Ubatuba aentregyey aoSargento MórManoel Joam, pidindolhe Recibo deumeeSaCarta, dizendomeque dentro hia o Recibo.

[espaço] Acarta emcluza emque eu dava parte vossamerce a vossamerce das Trinxeyras já fes duas[aRibadas?] epor mais que tenho falado não hâemmenda eela vayce queimando. [espaço]

Estimarey desfrute vossamerce aquelaSaudeque dezeja elhedezejo, ememande Emque o[__iroa ?]que me tem aSua ordem. [espaço] Deos Guarde a vossamerce muitos annos Vila de Sam Sebastiam 22 deAgosto de1767

[espaço] De vossamerce [espaço] Muito amante venerador[espaço] Juliam deMoura Negram 35

Sieu Sobece osque36

danaõ astrinxeyras já estariam preSos eSeriamCastigados.

[p. 3] NomeaSsam de CappitameAlferes para Companhia desta villaemlugar doCappitam Manoel LopesedoAlferes Bento Luis que paSsarampara Auxiliar. [espaço]

[espaço] Para Capitam

OS[olda?]do Clemente Paes Per[eir ?]aJoam Correa MarzagamAmaro Alvarez da So[uza ?] Cruz

35 Punho da firma diferente do punho da carta.36 Post scriptum registrado ao lado do desfecho da carta, no canto inferior esquerdo da página, abaixo da data.

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[espaço] Para AlferesDomingos Lopes deAzevedoManoel Pinheiro deSantaAnnaBartolomeu Gonçalvez Alvarez [ou Alvez ?]

[espaço] Juliam de Moura Negram 37

37 Punho da firma diferente do punho da nomeação.

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[C 18 2 Seb 21]Local: Ilha de São SebastiãoData: 7 de agosto de 1783Autor: Manoel Correa de MesquitaFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-46Edição: Simões, José (2005)

Illustrissimo e Excelentissimo Senhor.

[espaço] NaRecluta que por ordem de Vossa Excelencia Remeti, foi imcluido JozêJoaquim homem travalhador, ejornaleiro conhecido para todo o-braçal serviço, que SeeuSoubêra padecia molestia, certamente onaõmandava, aqual ocultaria pello emtereçe delhenaõ negarem Servissos; Emlugar deste, eobservancia da ordem de Vossa Excelencia de 2 deJulho,que aRecebi a22 do dito mês, vai Antonio decrasto, filho de JoaõdeCrasto, natural emorador desta Vila, eda ordenança dellas. [espaço]

[espaço] Taõbem Remeto a Manuel Vicente, filho devicente Rodriguez –daqui natural emorador, /este Illustrissimo Senhor / hé Soldado auxilliar, porem como percebo ser oanimo de Vossa Excelencia fixo no bem, eaumento dasRepublicas desta Cappitania, eprocura dessipar ospernesiôsos aella,chamandoos para oemprego Mellitar, onde comadiSSiplina, mudemdecostumes; nesta emtelligencia ouveme com Sebbastiaõ Francizco deO-liveira Cappitaõ deauxiliares edodito soldado, ecompermiçaõdeste fis prender aodito soldado. [espaço]

[espaço] Acauza desteprocedimento hê, porter acerteza deotalManuel vicente ter desonestado ahua pobre moça, evendoa semforças eamparo, atem bandonado; eporque a Mai datal moça per-tende querelar pello facto eleivozia, esurdirem outras, pertur-baçoiñs aeste Republica, por evitarlas, tomei este espediente,naemtelligencia desermais util ao Real Serviço, evitando criminozos dosquais Senão Serve Deos, nem Sua Magestade. [espaço] EquerendoVossa Excelencia por osbenignosolhos nesta cauza, pode como Senhor, mandarque otalprezo pague adivida, enaReincidencia, Sirva aEl Rei. [espaço]

[espaço] Remeto mais ao dezertor Domingos da ReSsurreiçaõEmobservancia daordem de Vossa Excelencia de 7 do paSsado eRecebida aos 14.

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Este Soldado Excelentissimo Senhor foi daqui Reclutado Sendo cazado, por obterfeito comos movimentos depassada guerra, edepois devoltar doSul, epara aqui vir comlicença nunca seocultou, eSempreviveo com Suamulher efilhos; temme Rogado que em todo movimento Respectivelaos voluntarios Reais licenciados, elleestava pronpto, enaõ percizavaserprezo; porem como Vossa Excelencia meordena os remetta Seguros, aSsimofaço. Sei mais que todo o Seu fitto hera emadquirir alguas patacaspara oseu tratamento na Praça. [espaço]

[espaço] Os Soldados Jozê Floriano, eIgnacio Lourenço, Seguiraõ aderrota dosmais dezertores para odestrito do Rio deJaneiro, on-de semeem forma existem, huñs namesma Cidade, outros pelloscontornos. [espaço] Tive noticia de dezertor Joaõ Mendes doPrado Ser visto neste destrito, fis as percizas delig enciaspara oprender balRoando aquellas partes suspeittozas, naõfoi achado. [espaço]

[p. 2] Nem obrei outro procedimento por naõ ter verdadeiracerteza dos auciliares; etaõ bem aver, Seo facelitto a continuaras vindas the colherlo; como taõ bem aos mais, cazo venhaõ.

[espaço] Aminha vontade eobediencia fica pronta asordeins –de Vossa Excelencia acuia Illustre peSsoa fico Rogando a Deos guardepor fellices annos para amparo desta Cappitania,e com solaçaõ dos Subditos. [espaço] Ilha deSam Sebbastiam 7 de Agosto de1783annos

[espaço] De Vossa Excelencia

[espaço] omais umilde eobedientesubdito

[espaço] Manoel Correa de Mesquita

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[C 18 2 Seb 22]Local: Matos das Pedras BrancasData: 11 de junho de 1785Autor: Francisco Bicudo de Britto, talvez brasileiro, natural de Parnaíba, descendente do bandeirante João Bicudo de BritoFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-51Edição: Simões, José (2005)

Illustrissimo eExcelentissimo Senhor

Sendome preSizo Saber donde adeser adeviZaõdomeu destrito, Com oCapitam Mor deSaõ Sebastiaõ, faSo=espedir por proprio esta avossa Excelencia para que me faSa merce =destinar destrito para eumesaberaver neste laburiozotrabalho emque ando Rompendo esteSertaõ Com aes=trada naforma que vossa Excelencia madetreminou; eCo=mo opiCador me aSegura estar para Câ daSerra al-guâ distanSia parage mais alta que aSerra donde deviraõSe as agoas; pareSendo ser de JustiSa aquela deparaibuna, aestrema dos noSos destritos; eComo SemSem Ser este asento feito nolugar do agrado devossa ExcelenciapuriSo, epara mesaber aver nesta obra dezejo aonRa dequevossa Excelencia medeSida esta duvida pelomesmo por tador desta.Eu axome Jâ ComSeteLeoas emeia deestrada feita, eCom tinuando sem SoSego para dianteeC[S –sobrescrito]om forme oquemediso meu piCador que emthe as deviZõis das agoas, ainda averá de dis tanSia tres Legoas, eque deSerta altura para diantetudo Saõ terras inutil; edis o dito picador que achou boaSaida para aSerra, elogo que sairaõ osditos meus picadoresfis aviZo ao dito Capitam mor para ele entrar delá ComoCaminhoqui eu naõ per tendo sair des tes matos Sem Com Cluir oqueme pertenSer, naõ mandando oContrario vossa Excelencia que Deos guardeCom Saude muitos annos matos das pedras brancas a11 deJunhode1785 [espaço] Devossa Excelencia

[espaço] omais humilde Sudito[espaço] [FRan ?]cisco Bicudo deBritto

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[C 18 2 Seb 23]Local: Vila de São SebastiãoData: 16 de outubro de 1793Autor: João José da Silva CostaFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-62Edição: Simões, José (2005)Ementa: Sobre o conflito contra o Tenente Julião de Moura Negrão, registrado pelo arquivista à lápis no próprio documento, entre endereçamento e o início da carta.

Illustrissimo eExcelentissimo Senhor GeneralAs ocazioins permitem ofazer-me importunopara com Vossa Excelencia [espaço] Ocargo que prezentemente ocupo, deJuis ordi-nario desta Vila, meobriga afazer ciente aVossa Excelencia, deque no dia14 doCorrente, o Ajudante Joaquim Jose Pereira, das ordenanças, publicamente em huã das ruas destaVila, des atendeo aoTenente Julião deMoura Negrão, não só in Sultando-o em [tr.os ?] delhepor as=maõns, maz taõ bem com-palavras injuriozas: taõ injuriozas,que por modestia calo. [espaço] Odito Ajudante Illustrissim Senhor, SeSua nathureza he vil, [pq – escritos juntos e riscados] pois que nesta Vila já trabalhou pelo [Seo ?] Officio [d]eÇapatr[ia ?], epor eSse respeito depois que Servio com oposto de=Ajudante, jamais por ele merecido, Seter detal Sorte emSo=berbecido, que atodos trata demenor; Sem respeito, Sem atten=çaõ alguã, as peSsoas deprobidade [espaço] Odito Tenente Juliaõ, he filholegitimo do falecido [Capitaõ ?] mor, Sugeito deistimaçaõ, pois que SeSeosdecendentes traz a[rasurado] merecimentos, epor Con Sequencia Republi-cano nesta dita Vila, tendo exercido muitas vezes elle, eSeus filhos, os Car=gos de Republica eGovernanças della; eprezentemente Sendo ac=tual Juis dos orfaons: por cujos fundamentos, naõ Só Seviaaba=tido omesmo Tenente Juliaõ, eSeus filhos oAlferes Juliaõ deMoura Ne=graõ, o Reverendo Padre Manoel Negraõ vigario da[Mera ?] e Igreja da[Tra?]=[g.a ?] deSanta Anna de Sapucahi deste Bispado, eoutros que existennesta Vila, por Severen aniquilados depalavras tão rediculas,efalças inposturas, procurando deste modo ajurdiçaõ da=queles homens, Como taõ bem esta Republica, expostos todos

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oque omesmo faça aqualquer dos Senhores condecorados. [espaço] Acom panhouaese facto, hû ir maõ domesmo Ajudante, denome Ignacio Pereira, Sol=dado Auxiliar, que vive deSeo aff[ilhado ?] deÇapateiro, cujo Sugeito, igualmente o[d - rasurado]esatendeo, naõ So neSsa oCazian, mais ainda depoisjactando-Se que avia dar Com hû pâo nodito Juis deorfaons=para este jadei as neceSsarias ordens para Ser prezo aorden doSenhorM.e ? deCampo, poren menaõ tem Sido pucivel Saguralo,por andar acculto. [espaço] He denhûa utilidade este Sugeitonesta Vila, pois que he custumado ades authorizar aspeSsoasdebem, ededes acreditar hon radas cazas, Seguindo as mesmas li=çoins deSeo irmaõ. [espaço] Estas Saõ as cir cunstancias que meobrigaõ a-por na Respeitavel prezença deVossa Excelencia, todo oaSima ex posto,para como Superior ? punir, eCas tigar aSemelhantes in Sultadores. [espaço] O

[p. 2] Ocontrario doque tenho ex posto aVossa Excelencia, naõ overá quen]diga, deque pode Vossa Excelencia in formar-Se das peSsoas deme lhor[conceito ?] destaVila, eaxando pello Contrario doque tenho refe-rido aVossa Excelencia, em mim Seja executado omerecido castigo-[espaço] Dezejo mais que tudo avigoroza Saude deVossa Excelencia, pela qual fico rogando aDeos oqueira felicitar por longos annos,cuja peSsoa, omesmo Senhor guarde felis mente. [espaço] Vila deSaõ Sebastiaõ 16 de 8[outu]bro de1793annos [espaço]

[espaço] DeVossa Excelencia

[espaço] O mais omilde emuito ReberenteSudito

[espaço] Joaõ Joze daSilva Costa

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[C 18 2 Seb 24]Local: Vila de São SebastiãoData: 19 de outubro de 1793Autor: Manoel Lopes da Ressureição, provavelmente brasileiroFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares – Militares e Capitão Mór de São Sebastião e Vila Bela – 1721-1819Referência: C0255 23-1-63Edição: Simões, José (2005)Ementa do arquivista registrada a lápis no documento: Sobre o conflicto contra o Tenente Julião de Moura Negrão

Illustrissimo eExcellentissim Senhor Bernardo Joze deLorena

PorEsteMeyo vouaRespeitavel Prezenca deVossa Excelencia dar parte quenodiacatorzedoCorrente mês deoutubro des atenderaõ naRua destavila publicamenteCompalavras Ijuriozas, eImproprias deSeCitar apeSsoas denaturezavis. oAjudante deordenanSas destemeu Comndado ? Joaquim Joze Pereira, SeuIrmaõIgnacio Pereira Lima eSeu parente JoaquimdeSanta Anna Torres aoJuisdeorfaons Tenente Juliaõ deMoura Negraõ, Com tanto ExceSo que oditoAjudante SeaRemesoupara [trecho rasurado] naCara Com huã clava deporta, oIrmaõ proCurou Pao para [lhedar ?] chamandoo deJuis detal: - eooutro [vitu?]perando Compalavras RediCulas: odito Ajudante oIrmaõ SeRegugiaraõdestavila hojeque apareçeuomandey prender naCadea aordem daonRa aosmenistros deJustisa deSua Magestade fideliSSima pois este[hom em desprez.to], asadmoestaSoins .que. lhetenho feyto para SeComportarCom os homeiñs, eRespeitar aJustiSa Tam abuZado dataõ. ReComendada das Comq. Vossa Excelencia quer Com Servada nos Seus Povos. Influe[__?]que oposto deAjudante lhedâ Calor para Odes obedecido, eobrar abSoluto [rasurado]ehCabo deAuxiliares da2.ª Companhia eoparente Sargento da1.ª Com eZerCiCio [rasurado]Cristaõ. destamatris todos estes tres Saõ depeSimos Cos tumes deviver of[_]Sei[_]os aReligiaõ chris tã por vadios, eInSultadores, eomesmo Ajudante dando CaZa deI[__?]os ainda nos Domingos, adias Santos antes daCelebraSaõ das miSSas. [espaço] Me fica naCadea athe determinaSaõ de

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Vossa Excelencia [espaço] Para ExECutar asREs pey taveis ordeiñs deVossa ExcelenciafiCo pronto, eRogando aDeus ComServe eGuarde felis mente avossa Excelencia p[ara meo]Amparao edetoda aCapitania vila deSam Sebastiam a 19de8[outu]brode 1793 [espaço]

[espaço] Devossa Excelencia

[espaço] omais umilde eReverente Sudito

[espaço] ManoelLopes daRessureiSam

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Militares Comandantes Capitão Mór de Bragança Atibaia e Nazaré 1723-1822

[C 18 2 BAN 1] Local: Freguesia de JaguariData: 29 de setembro de 1790Autor: Lourenço Franco BuenoFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares Comandantes Cap. Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré, 1723-1822Referência: C00262 30-1-9Edição: Simões, José (2005)

Senhor Capitam Mor Francisco daSilveira Franco

Veyo queixarce Jozé Pires doPrado dePedroAlvarez Domingues por este dispoticamentes tirarlhe doSeoxiqueiro dous porcos deduas aRobas depezo, queisto mesmo meSertificaõ Gonçalo Pereira, Americo Rodriguez,Manoel Lopes, Lucianno Rodriguez, estes Coatroforaõ osquetiraõ os dous Capados por mandado dodito Pedro AlvarezDomingues, naquella oCaziaõ emque vossamerce medeterminou mandaçe preparar trinta Capados Capazesdeirem aLixboa, eque os RemeteSse aoTenente [Elesbaõ Francisco ?]va[s.] por esta ordem determinei Senotificaçe osdonos dosprocos para queaprontaSem, elevaSem os –mesmos donos emtregar aodito Tenente porem oditoPedro Alvarez Domingues pella Sua mâ Conduta foi ti-rar dispotecamentes o[s?]ditos dous Capados eLevou aSuaCaza, elâ ostroCou Com dous leitoins que odito TenenteRegeitou eSses dous por muito indignos, eComo chegaSeme asqueixas dodito Jozê Pieres aminha prezençadaviolencia que, lhe tinha feito, quis mandarpagar pello que meSertificavaõ aditas [Testada ou Testemunha?] hi[ra – sobrescrito ao rasurado]deRezaõ, foi odito Pedro Alvarez aSentar praça naCompanhia doCapitam Antonio Goncalvez assim deSeizentardepagar, efugir daminha Comendancia para onaõobrigar aSatisfazer que hera licito, eComo odito Jozê Pires hê homem pobre Carregado defamilia acho muito justo aque vossamerce oatenda Com

[p. 2] Acus tumada Retidaõ para Com todos. Deos Guardeavossamerce felismente freguecia deJagoary 29 de 7[setem]bro de1790 [espaço]

[espaço] Devossamerce[espaço] obediente Subdito muito Seo [alentto ?]

venerador

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[espaço] Lourenco Franco Bueno

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[C 18 2 BAN 2]Local: AtibaiaData: 2 de outubro de 1794Autor: José Francisco Aranha de Camargo, vigárioFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares Comandantes Cap. Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré, 1723-1822Referência: C00262 30-1-13 – anexo AEdição: Simões, José (2005)

Senhor Capitam mor Francisco daSilveira Franco

Vossamerce bem tem deplorado, emminha prezensa oindecenteestado denoSa Igreja Matriz; quatro paredes nuas evermelhas, Semportas, Sem janelas, reprezentando mais ûa olaria, que aCaza deDeos:onde Com bastante escrupulo ConServo oSantissimo Sacramento. Isto nosmoveo aajustar oretabulo, eoutras obras mais preSizas, para Com maisonestidade Selebrar-se noSos Sagrados Misterios. [espaço]

[espaço] Afrouxidam destepovo, que apezar deminhas admoestaSoens, etodo meu esforSo; apezardofelix ajuste, que fis detaõ grande obra pelo lemitado preSo de –550 $-, apezar daobrigaSaõ, que aSinaraõ, quando Sedemolio aIgrejavelha, de ConCorrer com a quantia de 32º por peSoa, eCom Seos ServiSospara aConstruSaõ da Nova; apezar emfim dadelieraSaõ, que tomimosdeSeparar aos quemenos podem para oServiSo, eaosbem estabelecidos paraContribuirem com adita quantia; assim mesmo Se excuzaõ detal Sorte, quemevejo embaraSado aContinuar aotra. [espaço] Isto meobriga arogar aVossamerce queira fazer Com que SatisfaSaõ aSuas obrigaSoens; por que Sôno Con Sentimento, que deraõ para adestrucSaõ da Igreja velha, Seobrigaraõafeitura danova, Sem fazer menSaõ mesmo notermo que aSinaraõ,como lhe ê bem prezente. [espaço] Vossamerce tem ûm poderozo exemploem noSo Xefe. oExcelentissimo Senhor General, que detodo Seo poder proteje a Igreja;enozelo, que tem mostrado nas grandes obras publicas, que ornaõ oje aquela Ci=dade; Coiza deSeos anteSeSores emprenderaõ: este amor que Ele mostra

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pelas obras uteis, meperSuade, que longe deCondenar esta Conducta deVossamerce, antes aade aprouvar, elouvar. [espaço]

[espaço] Fico esperando resposta deVossamerce para Com mais e[st]imo, eZelo Continuar aobra daCaza doSenhor,que felismente ConServarâ aestimavel PeSoa deVossamerce por

[p. 2] dilatados años. Vila 2 de otubro de1794

[espaço] De Vossamerce

[espaço] atento venerador e Criado

[espaço] Jozê Francisco Aranha deCamargo

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[C 18 2 BAN 3] Local: AtibaiaData: 6 de outubro 1794Autor: Francisco da Silveira Bueno, capitão-morFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares Comandantes Cap. Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré, 1723-1822Referência: C00262 30-1-13Edição: Simões, José (2005)

[espaço] Illustrissimo eExcelentissimo Senhor

Ponho na Respeitavel prezenCa deVossa Excelencia eSa car-ta do Reverendo vigario desta villa, edella colherâ /vossa Excelencia oque mepede: eutambem acho jus-to que Seobrigue aquelles que por opiniaõ, ouvileza de espirito naõ quiraõ [sic] concorrer parahuâ obra taõ Catolica mas naõ quero obrarcoiza algua Sem determinaçaõ eordemdevossa Excelencia, enaverdade Sem aproteçaõ devossaExcelencia ficarâ aotra frustrada ea Igrejaemdigna deSedizer nella miSsa pois detudoestâ em aberto eosaltares fei to de papelDeos guarde avossa Excelencia por dela todos annos Atibaiaaos 6 de 8[outu]bro de1794 annos.[espaço] Devossa Excelencia[espaço] omais humilde Subdito e [fr.o?]

[espaço] Francisco da Silveira Franco

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[C 18 2 BAN 4] Local: AtibaiaData: 12 de abril de 17[9 ou 2]5Autor: Francisco da Silveira Franco, brasileiro, genealogia identificada acimaFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares Comandantes Cap. Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré, 1723-1822Referência: C00262 30-1-14Edição: Simões, José (2005)

Illustrissimo eExcelentissimo Senhor

Pellas 9 oras danoute 26 deste mes Semeveyo –dar parte que nesta villa andava hû Sugeitotomado dabebida movendo pendencia edndo porretadas pellas Ruas; pelo que omãdei ReColher aCadea athe ReCuperar oSeuJuizo: a Sim que Se incontrou om os=exeCutores daminha ordem Logo SearmouCom oporrete eentrou aDezafialos epar=tindo estes Sobre elle este Sepos em=fuga onde para oSogei tarem lhe deraõAlguas bordoadas das Coais edaquedaque [__?]eu no xaõ aConteSeu ficar comacara maxucada e Com hû leve feri=mento dopau feito por hû que oencontrou por diante oSugeito desta formaoConduziraõ aCadea da qual omandei Sol-tar na Seguinte manhã por ja estar Restituido aoSeu juizo prezumindo Ser morador deste destrito despois deSolto emtrou afazer Requerimentos ao Juis para lhemandar tomar fê das feridas Requerendo Contra aqueles por quem omandei prender

[p. 2] Prender: neste ponto hê que tive pleno Co=nhecimento deque elle naõ hê deste termoeque naõ hê esta aprimeira dezordem que temfeito eas Sicatrízes que tem pelaCabeSa Saõ bons Sinais doSeu maoproSedimentos eporiSo otornei amandarprender para me aprezentar doCumentos pelosquais mostraSe Ser liberto pois hênegro ealem disto para meaprezentaroSeu paSaporte eComo nada distocumprio, poriSo oRemeto preZo aVossa

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Excelencia naforma das ordeins que metem dado aRespeito deSeme lhantes bo=lantes que SeServem nas terras parafazerem deZordens, eSefazerem Suspeitozos nos Roubos que ContinuadamenteaConteSem Deos guarde avossaExcelencia ComSaude efe licidades Atibaia aos 12 deAbril de1725 annos.

[espaço] Devossa Excelencia[espaço] omais humilde venerador ?[espaço] Francisco daSilveira Franco

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[C 18 2 BAN 5] Local: AtibaiaData: 16 de agosto de 1796Autor: Antonio Bueno daSilvaFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares Comandantes Cap. Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré, 1723-1822Referência: C00262 30-1-19Edição: Simões, José (2005)

Nodia quinze doCorente recebi aorde devoSaExcelenca detres domoesmo naqual meordena voSaExecelenca que mandaSe por emliberdade aIgnacioRodriguez daSilva eque remeteSe avoSa ExecelencaadevaSa emque tinha Sido pernunciadoaquela prizaõ,: emcujo cumprimento logo mandei Soltar aotal Inacio Rodriguez daSilvaejunta remeto adevaSa [espaço]

[espaço] El}e Senaõ Satisfes Com agrande graSa devoSa Excelencia, poisquerendo osoficiais Cobrar ascustas doproSeSo aque deu Cauza Com oSeu delitoele asnaõ quis pagar dizendo que Comoera Solto por ordem devoSa Execelencaque nada pagava detal Sorte que nempagou Carcerage epara que naõ SubiSe aRespeitavel prezenSa devoSa Execelencaalguma força queixa calandoSe estacircustancia desprezei por requerimentodos oficiais [J –rasurado] ofis Sair dacadeja; eComoos taes oficiais chamaõ. pelo Seu prejuizo pois o mesmo lhes aComteSeu Com

[p. 2] Com aremeSa dadevaSa emque era pronunciado hû Crime demorte hû escravodo Goardamor Furtouzo Furquim deCampos, purico dezejo que voSa Execelenca medetremine Siestes estaõ. aSolvidos depagar Custas; ou Seasdeve pagar, eSeemCazos tais devendoas pagar | [rasura: barra] devem Satisfazelas primeiro edepois SiguirSe oque voSaExecelenca for Servido edeterminar DeusGuarde avoSa Execelenca por felizes annos Atibaja16 deAgosto de1796 [espaço]

[espaço] DevoSa Execelenca

[espaço] Reverente Sudito

[espaço] Antonio Bueno daSilva

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[C 18 2 BAN 6] Local: AtibaiaData: 12 de setembro de 1797Autor: Francisco Xavier CezarFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares Comandantes Cap. Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré, 1723-1822Referência: C00262 12-1-17Edição: Simões, José (2005)

[espaço] EnCeCeeStirSimo enobilissimo Senhor

ObedeSendo orespeitaveu despacho devossa enxelencia enformoNaforma Seguinte OS[oplicante] Padre Joaõ BarbozadeSumCam Sendo Naturar Naferguezia dejavari PaSou Acazade Naoscal dacompanhatorio verde onde Tem deSua Molher dois filhosedeixando a[ela?] jasfilhos vortou Para Asuapatria freguzia dejauari onde Rezidio AlgusAnnos despois das quais Informou [sic] Commolestia Mortar EconheSendoa fes Testamento eporquepara ofazer xamou Sojejto que eu naõ. Sobe Serigar. Naõ. So PoriSo Como Por naõ. Ser Ap[ro_c[udo]. [v__]mes nas Recduzedo Apublica formaficou Sem validade Alguma. Comefeitofaleceo daquela Molestia ojnnacio Pires Cardozo que notestamento era Nomeado TestamentejroSequis enpoCar dosbenes [sic] oque Naõ ConSintioManoel deSiqueira Barboza Paj do mesmo falecido Comofundamento deofilho lheter falecido enSua Caza [espaço] Iele [sic] Ser oque devia dar Contas deles. poriSo logo Coidou Enfazer huma desCriCam deles CenaSintenSia detestemunhaseamandou pelo Acompanha dorio verde [corroído - molher?]do mesmo falecido Maria Luiza do naSimenTo paraesta vir ou mandar Tomar Contas dos mesmosBenes [sic] vendoSe oSoplicante Miguel NaSoJeicam dopaj falecido Seo Sinhor sahio dacompanhia

[p. 2] Companhia dele Esti Para Acaza doSuposto Testamenteiro Jgnnacio Pires Cardozo onde RezidioAte Janeiro doano demil eSete Sentos enoventaeSeis exig[i]ndo Neste Tenpo Ames ma Viu[v]a ûm pracatorio do Juizo deorfos dacompanhia paraSeavaliarem osbenes [sic] deSeo Cazar para Serem partilhados Naquele Juizo. Tanto que oSoplicanteTeve NotiSias d[a]xegada dadita Sua S[enho]raaesta vila Seritirace daCaza daquele JgnnacioPires efujido ten Andado Athe oprezente e[o]

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Sinhor Serecolheo para oSeo aubo Com poCo fruto daSua diligenSia opapel queoSoplicante Aprezenta dofaleSido [Seo Senhor] ot[e]nho por verdadeiro. Pois MeCõsta que notestamento [fa]zia Amesma declaracam oqualTestamenteiro dis otal Jgnnacio Pires que aetregaraaquela viua [sic] i[q]uiela [sic] olevara para MinasJeraes. [espaço]

[espaço] Detremine Tonbem Vossa Enxelenciaque eu de meo pareSer auque Naõ. poderei Conpri Com aSerto por omemde[corroído__]o enaõ. Ter vercam dedireitoporen quer Meparecer que oSenhor daesC.ravoMiguel So podia dispor dele equanto vivoenaõ des por para des pois demorto encoza enque ele naõ. podia por [J?]Seder oSua Terca

[p. 3] TerSa38 tem per Juizo deSua Molher efilho aSoplicante Segundo oSeo Aspetu eidade feitio. IpreSo[sic, talvez IporiSso]Enquanto o Je Andam asescravas [vale?] Mais dasoito dallas enque [_?]lutou ofaleSido SeoSenhor eporiSo. Tombm [sic] quer PareSer que deveSer Avaliado eineSa AvaliaSam des Contouas qoatro doblas que Seo Senhor ReSebeo para ele eizibi o que Rest[a]r. Este esCravo Nafuga tem preiudicado Aspartes entreSadas Naõ.Narespetiva parte que Tem decativo eporiSopareSe que lhesdevia pagar Aquilo que RêSionavemente Selhe alblitou. [espaço] Isto he oque ComoRustico iguinorante poSo enformar –a Vossa enxelencia que manda oque for Servido Atibaja 12 de 7[setem]bro de 797 [espaço]

[espaço] De Vossa Exelencia

[espaço] Reverente Sudito

[espaço] Francisco xavier Cezar

38 Terça: parceria agrícola na qual o parceiro proprietário das terras, que arca com as despesas do cultivo, fica com duas terças partes da colheita, cabendo ao parceiro trabalhador a outra terça parte (Houaiss, 2002).

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[C 18 2 BAN 7] Local: AtibaiaData: 15 de outubro de 1797Autor: Francisco da Silveira BuenoFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares Comandantes Cap. Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré, 1723-1822Referência: C00262 15-10-97 / 30-1-22Edição: Simões, José (2005)

Illustrissimo, e Excelentissimo Senhor

He tal á mizeria do Suplicante, que Sendo bran-co, e das boas familias desta Villa, naõ teve capacidadepara Saber expor a [dar, ou Lua ou Sua ?] Cauza; e por iSso paço á expolasaVossa Excelencia. [espaço]

[espaço] Este Suplicante Antonio Buenno he filho de Martinho deCamargo, edeSua Mulher Maria BuennoFranca, hoje falecidos: ó ditto Martinho deCamargo –ha des annos que vendeo ó Sitio de que Se tractaaSuplicada Francisca Rodrigues por quatro [doblas39?]eCuja Conta Recebeo della a quantia de 4$580 Reis,Cuja venda Se verifica pelo Recibo que Remetto, eCertefico aVossa Excelencia Ser à firma verdadeyra, [eo?] houve dopoder da mesma Francisca Rodrigues: morto o mesmoMartinho deCamargo aditta Sua mulher pelo Juizoda Ouvidoria deSsaCidade, mandou Citar pe[laquantia?]aLourenço de Moraes marido de Francisca Rodri-gues, enelle obteve Sentença Contra o mesmo o-qual na esecuçaõ della Se oppos Com Embargos denulidade negando o terSido Citado para a acçaõepor Ser oSuplicante mizeravel perderaõ aCauza,por ir aSua Revelia; efalecendo a may do mesmoSuplicante, por iSso Recahio nelle e em Sinco irmaons que tem pobriSsimos, edelles Sam[Duas?] mudas, ehuma aleijada o dominio40 para proCura[r~e?]Ser Restituidos deste Sitio [espaço]

[espaço] Em virtude da Respeitavelordem deVossa Excelencia, logo fes vir a minha prezença ô –Suplicante, eSuplicada Francisca Rodrigues: ella naõ ne-,

[p. 2] naõ negou a divida, nem pom duvida na intreguadoSitio, porem quer que oSuplicante lhe torne

39 dobla, s.f., Rubrica: numismática. Regionalismo: Portugal, m.q. 1dobra: 1. designação geral de algumas moedas portuguesas e tb. estrangeiras que circularam em Portugal, esp. na primeira dinastia (sXII-XIV), 2. meio através do qual são efetuadas transações monetárias em São Tomé e Príncipe (África); 2.1. a cédula e a moeda (divisíveis em cem unidades menores, denominadas cêntimos) us. nessas transações.40 domínio: termo jurídico, direito legal de propriedade sobre alguma coisa (Houaiss, 2002)

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os 4$580 que ella Ja deu, eo Suplicante disquedeSSa quantia esta ella bem paga Com o exbulho doSi-tio no decurço de des annos fazendo nelle as Suas la-vouras, Sendo faculdade à outros para nas mesmasterras fazerem RoSsas vindo por esta forma aestas-rem as terras hoje com diminuiçaõ no Valor por estarem trabalhados; eainda agora depois dedizer queestava prompta para Sair, foy ajuntar gente, efeshuma RoSsa que ade levar alqueyereemeyo de milho,enaõ ConSente que oSuplicante la faSsa RoSsa.

[espaço] Osupli-cante he mizeravel, naõ tem donde poSsa haverodinheyro para dar aSuplicada, e ella no estado decazada naõ poude pagar o Sitio: oje no estado deviuva, epobre ainda esta empeyor figura para o poderpagar [espaço]

[espaço] Querme parecer que oSuplicante tem Razaõ,efas favor emSEContentar Com aquelas 4$580 –pelo exbulho das terras, mas naõ meanimo áaSimodeterminar; epor iSso dou esta parta aVossa Excelenciapara que Se Sirva de terminarme oque Julgar dever Ser Deos guarde aVossa Excelencia Atibaya 15 de 8[outu]bro de1797 [espaço]

[espaço] DeVossa Excelencia[espaço] omais Reverente Subdito

[espaço] Francisco da Silveira Franco

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[C 19 1 BAN 8]Local: Sitio da Paciencia [?] Data: 5 de agosto de 1805Autor: Manuel Furquim de Almeida Fonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares Comandantes Cap. Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré, 1723-1822Referência: C00262 verificar a ref.Edição: Simões, José (2006), 182 palavras

Senhor Cumandante Felisberto Joaquim deaL[__?] Sezar

MeuSenhor oportador desta hé MeuIrmaõ que vai para Campinas e Comtencaõ da[v?]altal para este aRaijal da Mudança equer quevossamerce [ll ou M]efaça ofavor deixallo paçarsem careçer despaxo isto hé sendo Coiza poSivel que lhe naõ deixe em Co [rer] emdos [agradodo] Senhor General; Como vossamerce.nas que metem escrito Se[temaferÇido] para alguma Coiza que eu Careça deSa CapitaniaS[evad]izerlhe que navila do Atibaja seaxa costodio BarbozaLima que nesta [rasurado] fas humamor[tticruel] ese auzentou para Lá te[rlo al_?]a[f]oro detornar as[cuzas] que lhepareÇepara este aRaÿal fazerdo poço cazo dasJustiças de Sua Alteza Real. eu puderapedir ao Capitam Mor da dita Vila mas Conheco que hé sogeito muito Frio eporiÇo vallomedoSeuprestimo paraaSim c[onhec]erem que[p. 2] que em toda parte sepodem comelesodito Matador aSiste em caZa deJoanaLopes que hé subrinho da dita[espaço] estimarei aSua Saudepara napoçe della dispor vossamerce daminha vontade que pronto aofereÇo Sitio dapaCienSia 5 de agosto de 1805anos

DevossamerceSeumuito Atento venerador CriadoManuel Furquim deAlm[eid]a

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[C 19 1 BAN 9] Local: NazaréData: 9 de outubro de 1813Autor: Margarida LeiteFonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares Comandantes Cap. Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré, 1723-1822Referência: C00262 30-2-7 (anexo)Edição: Simões, José (2005), 111 palavras

Senhor AlfereS Joaõ deoliveira LemePor eSte vou aoS peS de vm.ce va Lerme doSeo patroSinio por que aConteSe Manoel filh[o] dadefunta getruSdeS daCoSta eSte temeStado eminha Caza portenSiozamentes Com maõ pro Se dimento egovernar Como for por mever Ser humaviuva pobre edezemparada e Cauzado deSta Criatura eCa eStou Com minha filha malfaLada eSte Suplicante BemmoStra Ser davida Era da porque CoSta naõ Seter CofeSado a Coatro ou SinCoa[?]noSe So Balentias epor tanto Rogo a vm.ce pelo amor deDeos qûeirame fazer eSta eSmoLa fazer Como Senhor Capitam Morporque eSte Seie prezo e diSpuLSado Nazare novede8bro1813De vm.ce veneradora E Criada

Margarida Leite

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[C 19 1 BAN 10] Local: São PauloData: 7 de julho de 1817Autor: Daniel da Silveira Cintra Ferras?, batizado em 1795 em Atibaia (Genealogia Paulistana)Fonte: Arquivo Histórico do Estado de São PauloFundos: Militares Comandantes Cap. Mór de Bragança, Atibaia e Nazaré, 1723-1822Referência: C00262 30-2-7 (anexo)Edição: Simões, José (2005), 138 palavras

Senhor Alferes Manoel Caetano

Meo Pai Remeto esta Carta a Vossamerce pidindolhe que me faça favor Emdar num Requirimento que tio Ignacio [tun] por que podera Vossamerce naõ estarnaVilla . Mandei para ele eu naõ puder intaõVossamerce Cuide nele para min que venha o dinheiro omaiSBreve que puder tireim Somentes o que esta namaõdofilho de Francisco Franco imais oque esta namaõde mano Joaquim sehele puder dar minha maimeminha madrinha que faça ofavor mebotar açuabençaõ e Vossamerce eminha Maim imais meos ermaumSeirmans etodos quanto foreim dar neças que a[ve]teimLembranças eSaudades minhas Como quem neim esta pode fazerque tantas La grimaS lheestam aCorrer Deos GuardeVossasmerces todo por muitos annos Sam Paullo 7 deJulho de 1817 annos[espaço] De Vossamerce filho muito amante

Daniel da Silveira Cintra [FerraS?]

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Títulos de Sesmarias - dos Capitães Generais 1646-1822

[C 18 1 Gen 1] Local: São PauloData: 20 de janeiro de 1728Autor: Antonio da Silva Cadeira Pimentel – governador da Capitania de São Paulo, provavelmente português.Fonte: Arquivo do Estado de São Paulo – C00230 – Cartas, Título de Sesmarias dos Cap. GeneraisReferência: C00230 – 4-5-13Edição: Simões, José (2005)

Recebi aCarta devossamerce de 13 de[9[novem] – corroído]bro comaListaincluza dosmoradores deSsa Ilha, epoSo Seguraravossamerce medeixou comgrande gosto porser aunicaLista, que athe agora mechegou amaõ emforma capaz, que, como pRetendo Rigementar asordenan-ças detoda esta Cappitania formando Regimentos comtodosos Officiaes Mayores emenores em cadahum / [nque]osmeus anteçeSores naõ cuidaraõ / mandei atodasas Villas memandaSem aslistas detodas as compahinas, ehe para lastimar abizonharia, eignorançiaemque isto esta; eaSim naõ meademiro do desamparo epobreza, emque seacha eSsa Ilha ficandotaõ distante, mas tennha vossamerce bom animo queSuaMagestade cuida no seu aumento, eCreyo que – brevemente seexprimentaraõ os effeitos. [espaço][espaço] Já expedi naõ Só confirmaçaõ mas nova patente de Capitam mor para vossamerce eSenami=nha maõ estiveSe darlhe mayores aCreçcen=tamentos eLucros, ofizera deboa vontade, porqueatenho prange para favoreSer atodos osque cuidaõnas Suas obrigaço~es, eporeste Respeito dezeja[v ou r ?]ataõ bem aumentar asconveniençias ao Reverendo PadreVigario; aquem peSo naõ [queira] desamparar aeSse pobreRebanho; epello que Respeita aestar Servindo deCapitam Domingos deCarvalho Quintal, edeAlferesJoaõ Bicudo Cortes, eu naõ tenho [Savido?] em oscon=Servar, visto que vossamerce os acha capazes, mas he neçeSario, que Recorraõ amim para lhesmandarpaSar asSuas patentes por Ser este oestillo.[espaço] Bem concidero Serviria deaum[ent]o para apovoaçaõ deSa Ilha que os fugitivos da Nova –Colonia Se[cas]aSem nella, porem tem ogrande pRejuizo deque por este meyo fugiraõ muitos ficandoanova Colonia faltadeguarniçaõ, que adefen-

[p. 2] [ce defendo], eexposto aalgumã disgraSa pois a

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vezinhança dos castilhanos nos deve fazer Reçear pouca firmeza naSua amizade eSeSeperder aquellaPraça Sera mais deficultozo tornalo a Recuperaroque Senaõ Conçidera nessa Ilha, porque naõ duvido cometaõ algum inSulto alguns dos navios que vaõ ou vem do Sul, mas naõ intentaraõficarçe comaIlha epovoala, porque alem delenaõ acomodar, nosficara mais façil acudir aos des alojar, que como tem dois portos Senosfacilita milhor, eisto naõ há nanova Colonia; peloque deve vossamerce por m[uito] cuidado em evitar que osda nova Colonia sevenhaõ Refugiar neSta Ilha,porque Setiverem eSse vilhacouto dezertaraõ todos Comevidente Risco daconServaçaõ daquelaPraça. [espaço][espaço] Taõbem vossamerce deve advertir, que aos navios estrangeiros das naço~ens c[om- rasurado]quem temos partes, eaportaõ aeSaIlha para seforneçerem oudemantimentos ou deconçertoslhos deve dar, efazer, porque assim he co[__?]hecçaõ na arteculaçaõ das pazes porem aimportançia do custodoReferido ordena Sua Magestade haja deSer empolvora,ba[lo], moniçaõ, armas, como espingardas, pistollas, traçados, espadas, & [etc.] emantimentos enaõ odinheiro, ejeneros, porque os jeneros dedinheiro os naõ pRimite, eassim, que faSa vossamerce muito por ver sepode pRaticar oReferido, efazer com eSses moradores naõ obrem oContrario, porque oentento deSuaMagestade héquerer porestemeyo ter as povoaço~ens abeyra Mar destes destritosforneçidos devivres, eforneçimentos deGuerra. [espaço][espaço] NeSsa Ilha medizem há muito boas madeiras de angelim, Jacaranda, vinhatico, eoutrasdenaõ menor Ley vossamerce meavize dasque há eoquanto custa cada duzia deprachon[_?] decadahuma das ca[s]taspara meRezolver nasduzias que quererei, que saõ para hu

[p.3] humas obras, que tenho em [corroído]; ta[corroído] Seme[dy],que Sefazem gamellas grandes, epiquen[as - __ corroído]noas para [corroído] a[d]izerme vm[.ce corroído] mes[corroído]dos Seus c[corroído]; eadevirto avossamerce; que quero meavize detudo comLizura eSem comprimento, porque Semembargo que ainda mal que alguñs Governadores –Custumaõ com acaixa de emcomendas, querer quelhe mandem oque pedem, eu naõ Sou desta LayaSera por minha conta. Deos guarde avossamerce [corroído] Saõ Paulo20 [↑deJaneiro] de1728 [espaço][espaço] Antonio daSylvaCaldeira Pimentel

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[C 18 1 Gen 2] Local: Ilha de Santa CatarinaData: 12 de ? de 1733Autor: Sebastiam Rodrigues Bargança, Capitão-Mór da Câmara de Desterro [Florianópolis, SC], entre 13 de junho de 1728 e 29 de novembro de 1731, cargo anterior de Cabo Militar da Praça de SantosFonte: Arquivo do Estado de São Paulo – C00230 – Cartas, Título de Sesmarias dos Cap. GeneraisReferência: C00230 – 4-5-13Edição: Simões, José (2005)

Excelentissimo Senhor

Dou Aparte AvoSa EmSelenCia Em Como noprencipio domes denovembro chegou hum navigo danaC[_?] estrangeira olandes comBarias Ca[l]dasdegente hus catholiCos Romanos outros que vibemnalej que querem eSeviheran mefaller deaugua da,e[henn]las que dis Bai para oMar doSul enesta Barradonorte fiCam thomando S[echrretres] [corroído]emtheopreZente naõ tem feito Mal Algum na [Lej] p[o][de] da naõ sej oque fara quejra Deos Seja Bo[na] que,seja empas porque naõ Sendo Assim naõ temos Comque defender atherra por falta de armas, polbra eBalla que naõ temos Senaõ terpa[liculi]apor forCa pois nada diSso temos naterra para oquepeCo Avossa emCelenCia odespacho dapiticamEmCluZa porqueaterra he muito p[ostos] eSam pou[Cquos]os moradores que temarmas porque Sem ellas-Mal sepodedefender Algum desemBarqueque queira [emtentar] para oque VoSS emCelenCiaMandara oque for Servido Juntamente Se[Conta]que por [B,rasurado, q]aciel muito neste porto vira pois hepor[tho] far[g]eu adonde naõ [hadefilla] osdithos temComtado que em[Centa] e[?]tura handa huma Balandra Com dois Mastoes que Sam Lebantadoseque Senão fisem delles etSemque pello amorDe deos eSeja VoSa emCelenCia Servido denos SeCorer Com opedido napitiCam [espaço][espaço] Juntamente hum Regimento pera mepadreiReeSer Com a Corte [__?]

[p. 2] queas Cordas quetenho Sam as Seguintes as CoaisRemeto junto ComapitiÇam [corroído]Me[corroído] das deVoSsa emCelenCia [corroído]os Pouquos moradores Botar hempiqueno destaCamento Adonde formais Comviniente adefeZa daterra a [R]enda que os Moradores naõ temnada que perder Mas eu daminha parte perde

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rej oCredito e honrra que VoSSa e[m]CelenCiaheServido darme [?] Sua Magestade que Deos guarde ComCederme neste emprego fico RogandoA Deos deAVoSSa emCelenCia largos Annos deVida para empro deSSes pobres, pobos tam Lemitados Como he eSSa Chamada Villa dodeSterro da Ilha deSanta Catherina 22 dedezenbro de1733 Annos[espaço] Servo[espaço] DeVoSSa EmCelenCia[espaço] Sudito

Sebastiam Rorigues BarganCa

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[C 18 2 Gen 3] Local: Santos ?Data: 15 de março de 1766Autor: Dom Luis Antonio de Souza [Botelho e Mourão ?], governador da Capitania de São Paulo de 1765 a 1775Fonte: Arquivo do Estado de São Paulo – C00230 – Cartas, Título de Sesmarias dos Cap. GeneraisReferência: C00230 – 4-5-30Edição: Simões, José (2005)

Aqui meveyo fallar Joaõ Pedrozo Leme,Rogandome, oquezeSse favorecer, naExecuçaõ que lhefazia Joaõ Domingos [m.or] neSsa Villa; eComo Sefaz esta Suplica digna deattençaõ, porquanto aesteSugeitto, Selheestaõ devendo pela fazenda Real ma[corroído]quantia, ecomefeitto athê anão Cobrar, Sem[?] poderá Remir, hé [poriSSo – rasurado] que Vossamerce quem patorcinar aeSseSugeito fazendo, Comque Selheespere, eque onaõaflijas, por aquele tempo que for neceSsario, segunda-feira randose Sempre adivida, poiz aminha intenção hé que nimguem perca oSeu Dinheiro.[espaço] Esperodever aVossamerce que [de providencia – rasurado]aistoemuitas oCazio~es delhedar gosto Deos guarde avossamercemuitos annos. S[antos?] 15 de Marco 1766[espaço] DeVossamerce[espaço] Seumuito Venerador eobzequiozo[espaço] Dom Luis AntoniodeSouza

Senhor Capitam mor Antonio CorreaELemosLeite

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[C 18 2 Gen 4] Local: CarapicuibaData: 14 de junho de 1792Autor: Pedro Jozé Francisco de Andrade [?]Fonte: Arquivo do Estado de São Paulo – C00230 – Cartas, Título de Sesmarias dos Cap. GeneraisReferência: C00230 – 4-12-28Edição: Simões, José (2005)

Senhor SaCratario Joze Romaõ [Sevro]41

Muito meu venerado Senhor por esta vou aos Seus Reverentes pes/ Como aos demeo Paÿ / a Rogarlhe mequeira des Culpar do emfadoque o meo Illustrissimo Senhor teve [naminha] Ignoransia de dar eu aportariaa o Capitam Mor pois Como os Indios estavaõ dispersos por variosdestritos adonde Se aprezento[se] a[dita] fazer em Reconduzir os ditosIndios Ignorando oestilo. edo defeito ede todos os mais que tenhotido peso milhares deperdaõ o eu a[in]d[a] andar molesto do pe e daRepitisaõ d[a]s tonteiras dam[inha] Cavesa Logo teria hido ReColhera[dita] a ese Patriso eofreserme a todo o Suplisio que eu mereseroque agora ofaso pelo Thomas.[espaço] E naõ Sesando ainda a[minha] matraca[D]a em Cluza vera oque mepede hû homem42 que meSerbiu nos meos prinsipios e hoje meu Conp[adr]e e Se hi[s]o puder SerSem ominimo em Comodo dezejo fique naSua Licencas43

[espaço] Estimarei que vossa Senhoria pase muito bem deSaudee que Sesirva daminha fiel es Cra vi daõ [espaço] CarapeCuhiva 14 deJunho de1792Devossa Senhoria omais o bedi entedos Seu es CravosPedro Joze Francizco deAndrade

41 Talvez [Silveira]42 O “m” final em [homem] apresenta correção43 O “s” final foi rasurado.

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[C 18 2 Gen 5] Local: São PauloData: 28 de janeiro 1775Autor: João Pessanha FalcãoFonte: Arquivo do Estado de São Paulo – C00230 – Cartas, Título de Sesmarias dos Cap. GeneraisReferência: C00230 – 4-3-2Edição: Simões, José (2005)

caSsado em[?] deAgosto de1775porbastar hú so noBairro deSaõ Bernardo que hé Ignacio JozedeMoraes

João Pessanha FalcaõFazendeiro Mór da Bulla daSanta Cruzada na Capitania eBispadodeSaõPaulo pelo Em[inentissi]mo eReverendissimo Senhor Dom Joaõ da Cunha, Cardeal daSancta Igreja deRoma doConselho de Estado deSua Magestade Fidelissima, que Deos guarde Ar-cebispo de Evora, Regedor da Caza da Supplicaçaõ, Inquizidor Geral,eComiSsario Geral Apostolico daBulla daSanctaCruzada nôs Reinos, eSenhorios dePortugal &[etc?][espaço]Faço saber, que tendo ahonróza informaçaõ da boa conciencia, everdadede Joaõ deOlivera Prestes, econfiádo do seu zêlo, que no serviço de Deos(peladistribuiçaõ das Bullas da Sancta Cruzada) edeSua Magestade FidelissimaDeos guarde; acreditará oseuprocedimento: Heipor bem deo aprezentarThezoureiro Moenor daIgreja deSaõCaetano do Bairro de Tujucuçúdos Monges do Patriarcha Saõ Bento do Mosteiro destaCidade, naqualIgreja o Reverendissimo Padre Dom Abbade por si, e seus Subditos administra osSacraments aos seus freguezes, escravos, e comnsaes, estendendo-se ozêlodaSua caridade empraticar omêsmo comtôdos osmoradôres, dehû, eoutrosexo, dodito Bairro deSaõCaetano paracujo beneficio espirictual, ebemdas Almas, conseguem Licença do Reverendo Padre Cura, dequem Saõ freguezes,epelas grandes distancias seproveitaõ, para satisfazerem os preceitos daQuarésma, doSacramentos, que seadministraõ nadita Igreja doBairro de

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SaõCaetano, que se estende até o Bairro deCa[h]aguaçú, Pilar, ePenha, que comprehende hû muito avultado numero defieis, que devemser soccorridos dosthezoureiros daBulladaCruzada paraseaproveita-rem tão bem, porsuffragio das Almas doPurgatório, daBulladeDefunctos, epor utilidade própria daBulladeCompoziçaõ; enestaIgrejadeSaõCaetano servirá semordenadoalgû nafórmadas Reaes Or-dens; por gozar dosgrandes Privilegios, que deReal Grandeza deSua Magestade

[p. 2] Fidelissima tem concedido aos Thezoureiros Menóres das Cidades, Villas, FregueziaseCapellas [Si]tiaes, onde compermiSsaõ do Ordinário seadminis-traõ os Sacramentos, oquetudosecon[t]em nosditos Privilégios, d[a]todosem 27 de9[novem]bro de1759, aSsignados pelo Em[inentissi]mo Senhor Cardeal daCunhaCo~miSsario Geral Apostolico daCruzada, que comesta lhe entregamospara que delles tenhaconhecimento, egozar delles odito Thezoureiro Menor doBairro deCahaguaçú, Pilar, ePenha, naIgreja deSaõCaetanojá referida; eserá obrigado aguardar noSsas ordens, einstrucçoens,tendentes, edirigidas aboa administraçaõ, earranchamento daditaBulla,decujo producto nôs dará conta por entradaesahida; epor fir-meza detudo lhe mandamos paSsar aprezente Aprezentaçaõ,por nós só m[ente] aSsignada. Saõ Paulo, edeJaneiro 28 de1773[espaço] Joaõ PeSsanha Falcaõ

[C 18 2 Gen 6] Local: ?Data: 30 de julho de 1775Autor: Alexandre BarretoFonte: Arquivo do Estado de São Paulo – C00230 – Cartas, Título de Sesmarias dos Cap. GeneraisReferência: C00230 – 4-3-4-?Edição: Simões, José (2005)

Illustrissimo Excelentissimo SenhorObedecendo ovenerando despacho deVossaExcelencia fi[s] toda adeligencia poS=sivel para informar avossaExcelencia pella minha propria maõ, como do=mesmo informe Seve, mas naõ pude continuar pella debilidadeComque meacho doente emCama: Naõ háduvida Seachaõ mais Thezoureiroz daBulla nobayrro domeo destricto que Saõ Joaõ deGodoy,eSeo Irmaõ Antonio Goncalves; e Joaõ deOliveira; mas taõ bem Seachaõnomesmo destricto Sinco Capellaz, huas mais frequentadas, eoutras

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quasi esquecidas. SiVossaExcelencia Sedignar efor Servido aque nodito Bay-rro Só fique hû TheSoureiro, que meperSuado he muito Sufficientepara administraçaõ dadita Bulla por viverem os ditos TheSoureiros pertohûnz dos outroz em tal Cazo oSupplicante he omais Sufficiente entreos outroz, tanto pellaSua conhecida verdade, como pella agilidadeque lheaSiste para otal Ministerio pelloque naõ expr[i]mentaráaditaBula deminuiçaõ emSeo Rendimento, oSupplicante he daOrdenançaeos Supplicados São Soldados Auxiliares, que podem Servir aSuaMagestadede outra utilidade; he oque poSso informar aVossaExcelencia com verdade, que mandarâ oque for Servido: hoje 30 de Julho de1775DeVossaExcelenciaomais omilde criadoAlexandre Barreto

Ignacio JozedeMoraes44

do Bairo deSaõBernardofica Manposteiro dasBulla, ecaSsado[r]. An[to]nioGonçalvez Cardozo, Joaõ deoliveiraPrestes, eJoaõ RegoRodrigues Caldeira

44 Nota escrita por outro punho e com outra tinta no canto inferior esquerdo da página.

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[C 19 1 Gen 7] Local: FrancaData: 30 de setembro de 1819Autor: Joaquim Martins RodriguesFonte: Arquivo do Estado de São Paulo – C00230 – Cartas, Título de Sesmarias dos Cap. GeneraisReferência: C00230 – Edição: Simões, José (2005)

Logoque VossaExcelencia se auzentou deste Paîz puz imperativa oque mede[r]minou, e imediatamente remetti a VossaExcelencia o Officio relativo, decuja entrega nãotive certeza. [espaço]

[espaço] João Baptista deSiqueira, hum dos primeiros Colónos desta Fre=

guezia, que com animozidade, e industria concorreu emmuita parte parao augmento damesma, vive prezentemente estabelecindose nos Sertoens daFarinha podre, quarenta etantas legoas abaixoda Estradade Goyaz,efalla como bugre, aquem procura domesticar com mimos, eaffagos, ees=pera facil-mente conseguir. Este dolugar daSua rezidencia observahuma Campanha incognita nesta Capitania, edezeja explo-rar esseSertão, por onde lhe parece ficará muito comodo, efacil oComercio deGoyaz, mas onão pode fazer sem o beneplacito deVossaExcelencia [espaço][espaço] Bem quizera, Excelentissimo Senhor, deixar depôr narespeitavelprezença deVossaExcelencia os meus sentimentos; mas aquem hade recorrer o filho afflictose não aseu amorozo Pay! Silverio Antonio deFreitas, [meuFregues] há quaze cinco annos, sugeito sem conhecimentos, aindadas primeiras letras, não ceSsade inquietar-me, desabonando-me respeito aos direitos Parochiaes, epor cus-tume a todos os mais Parochos, e [Eccleziasticos], ainda das primeiras Dignidades, procu-roando seduzir, econtaminar, estaFreguesia, cuja docil obedien-cia já desconheço emgrandeparte. [espaço] Elle não seria tão ouzado,se lhe faltaSse oSuccinto apoÿo dealguns freguezes deigual comducta. Debalde tenho tentado todos os meios os mais pru-dentes para refrear este accerrimo inimigo: já apaternal bon-dade de Vossa Excelencia, aquem confiadamente reccorro, pode tranquilizar omeusensorio, dignandose informar-se exaustamente domeuproceder,edeterminar oque for servido, relativamente atão perniciozoescan-

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dalo. [espaço][espaço] Ja mais deixarei de rogar aDeos conserve apreciozavida deVossa Excelencia por muitos, efelizes anos, como havemos mister. Franca30 deSetembro de1819,, [espaço] De Vossa Excelencia

[espaço] omais amante, efiel subdito[espaço] Joaquim Martinz Rodriguez

Illustrissimo, eExcelentissimo Senhor João Carlos e Augus=tod’Oeynhausen Grevenburg-

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[C 19 1 Gen 8] Local: Quartel de TaubatéData: 12 de novembro de 1819Autor: José Arouche de Toledo RendonFonte: Arquivo do Estado de São Paulo – C00230 – Cartas, Título de Sesmarias dos Cap. GeneraisReferência: C00230 – 4-2-21Edição: Simões, José (2005)

Copiado45

Illustrissimo Excellentissimo Senhor

Jozé Theodoro de Teive, que faz aVossaExcelencia o Requerimento incluzo, seachacompraça na 5.a Companhia da Cavallaria desta Villa: oseo Asentodiz = que he filho de Pedro Theodoro de Teivas, idade de 15 annos,cabellos pretos, olhos pardos, natural deTaubaté, solteiro, que jurou Estandartes a 26 de Março de 1816, eque oseo Cavallohé Castanho = A Certidaõ incluza do Vigario mostra, queoSupplicante naõ esteve nesta Villa os annos de 1815, e 1816: e exa-minada amatteria vim no conhecimento deque oSargento-mór Bastos lheabrio aquella praça sem o vêr, eque os Sinaes,e idade foraõ dados pelo Paÿ, que era instado para aprezen-tar seo filho.[espaço] Este talves sabendo oque por cá sepassava, munio-se do privilegio da bulla, procurando sêr Thezoureiro del-las na Freguezia da Paraibuna, que hé no Destricto de Jaca-rehÿ, caminho de Saõ Sebastiaõ, e distante desta Villa dézlegoas. [espaço] Tambem me consta, que oSupplicante hoje se achaCazado nesta Villa, onde tem Cazas, e hum Sitio na dis-tancia de tres legoas. [espaço] Evisto que Vossa Excelencia Ordena,que eu diga omeo parecer, hé elle, 1.º que se declaresem effeito aquelle assento taõ irregular: 2.º que Vossa Excellenciadê providencia para que se naõ nomeem Thezoureiros dasBullas, Pedidores de Santo Antonio, e Vendedores de Cartas, senão a homens, ou que já serviraõ em Milicias,ou que estaõ em estado de naõ poder servir: 3.º que taesnomeaçoens nunca se verifiquem enão nos homens, quemoraõ naquella Freguezia para onde saõ nomeados.[espaço] Deos Guarde

[p. 2]Deos GuardeVossa Excellencia muitos annos. Quartel de Tau-baté 12 de Novembro de 1819.

Illustrissimo Excellentissimo Senhor Joaõ CarlosAugusto de Oeÿnhausen.45 Nota escrita com lápis azul, e letra do séc. XX. O documento foi, portanto, transcrito para a coleção Documentos interessantes para a ...???.

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Jozé Arouche deToledo RendonMarechal d’Campo [Francisco] Comandante da 2.ª D[ivisão?]. M[ilicias?]

General Arouche – Vale do Paraíba[C 19 1 GA 1] Local: JacareiData: 8 de janeiro de 1816Autor: Ignacio Leme de OliveiraFonte: Arquivo do Estado de São PauloFundo: General AroucheReferência: C00265 33-1-1Edição: Simões, José (2006), 129 palavras

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Illustrissimo Senhor CoronelJacarej 8 de Janeiro de 1816

Sabera Vossa Senhoria que xegou os papeisdo prezo Furiel Ignacio Jozé de MaÇedoem hua Carta deofiçio ao Juis paraSer em tregue oprezo eos Crime aVossaSenhoria= eVossaSenhoria que aViade mandar aordem de-triminada para Çeguir oprezo para SaõPaulo dito peLo Juis mesmo eaodespoisja Como otra deCizaõ para Remeteremoprezo a VossaSenhoria Somente para ir Caregado deFero eCom duzido peLos Capitam do Matos eportanto dezejava peLa grandeinoÇenSia do prezo que Fose Comduzido peLo meLitar enaõ peLa –JustiSa eVossaSenhoria Mandara oque For ÇerVido edezejo Grandes Saudes equeDeos Guarde Vossa Senhoria por muitos anos para que eutenha oCaziaõ do Seo Ser viSo

De Vossa SenhoriaCriado

Ignacio Leme DeoliveiraTenente Comandante

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Capitão Mór de Lorena e Areas – 1721-1822[C 19 1 Lor 1]Local: São PauloData: de 05 de abril de 1807 a 3 de maio de 1807Autor: Manoel Coelho, Joaquim Jozé da Costa, Manoel Domingues SalgueiroFonte: Arquivo do Estado de São PauloReferência: C00335 89-3-5, anexoEdição: Simões, José (2005), 134 palavras e 252 palavras

O Capitam mor↑ Seinforme com adevida Circunspeçaõ Sobreoque SeRelata naprezente Suplica, eachando Ser Certofaça prender oSuplicado eo Remeta prezo Com adevidaSegurança aSalla deste Governo Saõ Paulo 5de Abril de1807%

Illuistrissimo eExcellentissimo Senhor

Diz Joaquim Joze da Costa da Villa deLorena que tendo huafilha de nome Gertrudes Maria da Conceiçaõ aindamenor, eidade de18 annnos etendo procurado todos os meios de fazer viver aditaSua filha Com toda ahonra recato, ehoneStidade, como vivia,acontece que na auzencia delle Supplicante, ecompromessaS de Cazamentohum Manoel Coelho abuzando daSimplicidade daquelle menina,eSeduzindoa Com aquellas apparentes, efinjidas promessas,Se abalansou aLevala daSua honra, evirgindade; mas Entretan=to para Colorar oSeugrande delicto passou afinjir que Sequeriadespozar Comella fallando aoSupplicante para odito eff[eito], epersuadido Este dafirmeza everdade daquelle intento doSupplicadopassou aapromptar ospapeis necessarios para Se effeituar odito Consorcio dispendendo o que naõ podia pela Sua pobreza,eSo pelo grande prazer que concebeo Com oconsorcio annunciado,[???] oqual omesmo Supplicado havia requerido depozito dafutu=ra Espoza, mas aponto de estarem promptificados paraacontracçaõ domatrimonio, desappareceo fugitivamente oSupplicadomostrando o engano, efalsidade das Suas promessaS, e [pe]or talmodo que entrando oSupplicante nadiligencia deodescubrir,elle Supplicado lhedirigio acarta junta para total des enganodoSupplicante; ecom o maiordesaforo qual Semostra docon-texto damesma Carta, e nesteS pungentes termos,

[p. 2]humildemente prostrado aospezde VossaExcellencia; e implorandooSeu alto patrocinio.

[Pr] VossaExcellencia Sedigne pelo amordeDeos valer aopobre Supplicante EmtaõCritica Situaçaõ dando as providenciaSnecessarias para Ser punido oSupplicado que naõqueira Sujeitarse acumprir Como Seu

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dever e rigoroza obrigaçaõ para indemni=Zar taõ gravissimo damno haperdasensibillissima dever oSupplicante aSuaditafilha deshonrada eperdida.

Espera Receber MerceSamPaulo 5deAbril de 1807Manoel Eufrasio [aSignado]

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[C 19 1 Lor 2]Local: São PauloData: de 05 de abril de 1807 a 3 de maio de 1807Autor: Manoel Coelho, Joaquim Jozé da Costa, Manoel Domingues SalgueiroFonte: Arquivo do Estado de São PauloReferência: C00335 89-3-5 e anexosEdição: Simões, José (2005), 134 palavras e 252 palavras

Senhor Joaquim Joze da Costa↑

[Nada fas do que diss[i] [?] como]46

Meu Senhor eStimarei que eStaS duaStri te regraS aChe a vossa merce em companhia da Sinhora Sua Com pa-nhera logrando humafeliS SaudeComo eu para mim dezejoMeu amigo e Senhor Ca reSebi a devossa mercediS que quer que eu lhefale eu a vossa mercenaõ lhefalo proque eSto rezovi-do do que fale[j] maS vossa merce bem Sabeque o que naõ ser[ve] m[a] pro bemnem pro mar poiS he aminhain fi li Si da deS e[___?] [___as ?] saen bem sin-to mais! <Çaõ> CouzaS que suSede poiS a-Sim eu mearependoSe dos meus peCa-dos Como mearependo doque tem a-vido e No maiS So de vossa merce quem Sen-per era DeoS Guarde pro muito annosDeSte Seu Servo eCriadoManoel Coelho

25$65047 64027$840 64007$810 400

400 80

120640480

1600 5000 7440 5000 2440 Restame 1920 48

46 Observação escrita a lápis posteriormente por outro punho. A carta foi escrita em uma folha dobrada ao meio. Na outra metade da folha, onde está registrado o endereçamento da carta, há outras observações acrescentadas a lápis que parecem ser do mesmo punho.47 Contas feitas no verso da folha, por punho distinto do autor da carta.48 As linhas separadoras dos números ao final da conta foram desenhadas.

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27$2050$00Divida

[p. 3][vi] o Senhor JoaquimJoze da CoStaem Sua Caza

[P.] Sr. Anastacio Pereira Leite49

M[uito] me[trecho ainda ilegível] Sordad[?]z [por]pri[o][o] me[quezeçe] fazer amerceS nomandar duaS [bes]tas para eu [Luvar]para aSidade a[?]esta mes[ma] semanalhe hinda tornar amandar Sem[trecho ilegível]zejo tenham[uito] boa Saude ememand[e]emaca[?]osG. J. [?]

Senhor Alferes Jozé dejezusM[?] Fica [oSenhor] Facame aSuccar

49 Trecho escrito posteriormente no verso da folha, margeando o endereçamento da carta.

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[C 19 1 Lor 3]Local: Aldeia de São Bras de QueluzData: 18 de dezembro de 1808Autor: Anacleto Martins Pereira, caboFonte: Arquivo do Estado de São PauloReferência: C00335 89-3-19 doc. anexoEdição: Simões, José (2005), 174 palavras

Senhor Jozé gomes daSilva

Amigo eSenhor eu aRecebi huã orde do Senhor Cappitam que manda Suã alteza para os con[_?] mandantes aprontar os seus caminhas descortinadas com ca[v]os epontes, adonde carecer eaSimatodos os moradores [capociates] para que naõ ache nele amaiorFalta do Servico deSua Rial alteza com que avizo avossamerce paraSeaventarem com osm[ais] mora[d]ores para Fazerem o [___minh?]o deSuas moradas para bacho entre con quimze dias coquelesque naõ quizer por alevantados tenho ordem pra os prender eRemeter para bacho o Sealguns Seauzentaõ Ficaraõ Sem Suaspoces com [a]s [ves] mas odem deSua alteza Rial setomara [co][Sedaro] para atras que poçcam Servir eaSim naõ Se descoide_m enaõ Facam poco cauzo das ordems que man dam no co[S]o Ficios venham logo para pegarem oCaminho que Seade FazerSem per ca de tempo espero Resposta Sua paraeu medetriminar as ordem do Servico desua alteza Rial DeosGuarde avossamerce hoie 18 de 10[dezem]br<o> de 18.808 . [sic] anos Devossamerce

amigo e Criado devossamerce Anacleto Martinz Pereiracabo

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Coleção Clube Republicano – Padre Miguel Correa Pacheco

[C 19 2 MRI 1]Remetente: João Tibiriçá PiratiningaData: 8 de março de 1883Local: ParisFonte: Museu Republicano de ItúCódigo: Coleção Clube Republicano – Padre Miguel Correa PachecoImagem de CD-ROM: 916-918Editor: SIMÕES, José (2006)

Paris 3 de Fevereiro de 1883

Primo Miguel

Recebi e entreguei ao Cavaillé Collevi[_] a lettra de quinzemil duzen-tos e sessenta e dous francos que meremetteo para o pagamento do orgaõeespero logo receber segundo o que mediz, o restante para completar o paga-mento do dito orgaõ, que ja hoji [rasurado] devepartir do Havre, onde ja se achavaa mais de 1 mes a espera do paga-mento com o qual o Cavaillé Coll contavasegundo sua carta de encommenda.Sua lembrança de demo[rar] a remessade fundos naõ foi feliz porque veiopor me em embaraços. Julgandoque o primo naõ faltaria e querendoservilo melhor disse ao Cavailleque me perguntou se podia desmontaro orgaõ, que o podia porque a encommendaera de gente [oeria], e querendo aindadar disto uma prova e melhor mesmointerpretar o seo enthusiastico desejo[p. 2] disse que podia mesmo encaixotal-opara partir em principio de janeirologo que fosse pago, com contava, que[s]eria segundo sua carta. Com a de-mora annunciada em sua 3.a cartafiquei mentiroso, mas felismente[___?] [__?]sua lettra de 3mil francosdeque pudia dispor por algum tem-po hé que chegasse os seos fundos pu-de soccegar o homem dando lhe áapesar de elle ter tido a delicadesade diser me que naõ precisava. Ellelogo foi mais longe e me disse queseeu quisesse que remeteria oorgaõ ja

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encaixotado para o Havre, onde esta-ria melhor resguardado que em casadelle, e que logo que chegassem os fundospodia partir; disse que sim, e ele ofez me disendo logo que recebeoos 15,26[__?] francos que era melhor fa-ser partir o orgaõ para seo destino,ao que annui ficando responsavelpelo que falta ainda, apesar de elle onaõ exigir. Assim la vai o orgaõe espero portodo este mes receber[p. 3] os fundos quefaltaõ e liquidar este nego-cio a satisfacçaõ do constructor que foitaõ cavalheiro comigo nem conhecerme.Resta-me desejar-lhe bom anno novoeque logo tenha o praser de recebero seo suspirado orgaõ e que o acheconforme seos desejos.Oorgaõ foi frete a pagar e dirigidoao [Senhor] Zeca Pedro que o deve tirar daAlfandega e remetterlh’o, satisfase-do o primo das dispesas.Como sempre aqui tem as suasordens.

Seo primo eaffectuoso amigoJoaõ Tibiriçá Piratininga

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[C 19 2 MRI 2]Remetente: Gabriel PizaData: 25 de janeiro de 1889Local: PirassunungaFonte: Museu Republicano de ItúCódigo: MR – 453 - Cartas para Paulino de Lima, chefe republicano nascido em ItuImagem de CD-ROM: 867-870Editor: SIMÕES, José (2006)

Pirassununga, Junho 24. 1889

Amigo e Sr. Paulino de Lima.

Estive no Rio de Janeiro em Maio de 1887e agora acabo de lá estar variosdias. Nunca pensei que a idéarepublicana fisesse um progresso taõespantoso em dois annos! A populaçaõfluminense está perfeitamente pre-parada para o advento da republi-sa. Ella quer, póde e hadeproclamal-a muito antes do queesperavamos mais audaciososrepublicanos.A idéa está triumphante em quasi todasas consciencias. desde as altas camadas, [p. 2] da aristocracia intellectual e org[en]ta-ria até as classes modestas eactivas do proletariado.Fala-se, discute-se e espera-sea republica como um facto proxi-mo, natural, infallivel – que se dará]sem conflicto – sob os applausos quasiunanimes da populaçaõ.

A attitude do Conselheiro Prado veiodar mais um golpe terrivel nospoucos retardatarios – que aindamesperavam ver a monarchia porvarios annos.Chamando os conservadores de SaõPaulo ápostos fora o combate pela federaçaõ,elle dá na monarchia o tiro de honra[p. 3] como o dêo na escravidaõ na reuniaõfamosa de 15 de Dzembro de 1887 –

Dizem todos com convicçaõ esinceridade que a marcha da idéarepublicana está se operando commaior rapides do que a do abolicio=nismo – realisando-se assim o pensa –

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mento do illustre Cotegipe :- que aeli-minaçaõ do throno seria muito maisfacil do que a da escravidaõ.

Todas as resistencias aoadvento da republica se estam dis-sipando, e o proprio Nabuco, extremodefenso do Throno de Izabel, já sedeclara abatido e desanimado, recean-do que o gabinete Affonso Celso seja oultimo da monarchia![p. 4] É precizo fazer com que os conservadoresdáhi concorram ao congresso federal de14 de Julho em SaõPaulo – para que oschefes locais se convençam, ouvindoo oraculo da uniaõ conservadora,que é tempo de deixar passar em trium-pho o carro da republica.

Estive com o Padre JoaõManuel, meo velho conhecido, e ellemostrou-se penhorado com a suacarta – Adêos – Até breve – ouaté a proclamaçaõ da republica.Novas recommendaçoens á Excellentissima Senhorae disponha sempre

do amigo obrigadoGabriel Piza

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[C 19 2 MRI 3]Remetente: GlicerioData: 15 de junho de 1885Local: CampinasFonte: Museu Republicano de ItúCódigo: PM Cp32 P6 - 02 VF – 33-Série: Correspondência recebida por Prudente de MoraesImagem de CD-ROM: 985Editor: SIMÕES, José (2006)

F. GLICERIOCAMPINAS50

Campinas 15 de Junho 1885Prudente.

Rio JaneiroRespondo atua carta datada de 10. Li oteu discurso em sua integra, egostei ex=trocaordinariamente? [e esta a impressãogeral. [espaço] Agorá é tempo de vossês iremlevantando a diapason republicano nosdiscursos. [espaço] Não deixem de apresentarna occazião opportuna, emenda re=duzindo a lista civil do Imperador,e supprim[indo] a datação da Impe=ratirz eoutras pessoas da FamilliaImperial. [espaço] Notem, isto é essencial, sobpena de vossês ficarem [com lesoutres].No orçamento da Despeza, vossês podemcortar largo, não esquecendo padres,egrejas, diplomatas etc etc. Adeus eatesempre.

Teu amigo [Francisco] Glicerio [de Cerqueira Leite]

50 Texto impresso em papel timbrado.

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[C 19 2 MRI 4]Remetente: GlicerioData: 7 de junho de 1885Local: CampinasFonte: Museu Republicano de ItúCódigo: PM Cp31 P6 - 02 VF – 33-Série: Correspondência recebida por Prudente de MoraesImagem de CD-ROM: 994-996Editor: SIMÕES, José (2006)

F. GLICERIOCAMPINAS51

Campinas 7 Junho 1885.Prudente.

Rio.Parabens pelos teus discursos. Se sou=besses do juizo que se fórma na [pro]=[v]in[ci] a do teu espirito, quer entre amigospoliticos, quer entre adversarios, es=tarias pago dos teus sacrificios.Naõ é b[e]m dizer[se] isso, porque vossêsdão na radiação; mas emfim re=produzo o sentir geral.Vamos [ao] 1.o districtoa [ellev]ar, com aquela metaphisicaque nunca hade se accabar, de=clarou na Provincia que não é meocandidato, como se o nosso regimem decandidaturas tivesse assim retrograda=do aos antigos tempos. Mas emfimvá tudo isso em conta d’aquellagrande sinceridade paulista.[p. 2] aPaulino eoutras influencias do districtoemque eu me tenho enten[der], [todos fazem]questão de no[me] do [Moraes], epor-tanto deve tel-as sorprehendido muitoa declaração. [espaço] oCezario ja me es-creveu perguntando o que [se] f[a]z, e dasoutras pontes do districto a mesma per-gunta se mefaz. [espaço] Eu tenho respon-dido que, sem ovir vossê, nãoaconselho nada. [espaço] A meu ver deveir oCezario, na hjpotheze de vossê não de-morar o [Moraes] de propozito de abstençãoemque está. [espaço] Mas temo que a aprezen=tação do Cezario pelo dito, lhe prejudiquena pretenção que elle alimenta de sercandi-dato ageral pela 4.o; porquanto, não é isso-favoravel que ocandidato aprovincial51 Texto impresso em papel timbrado.

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pela4.o, que póde ser o Miranda Azevedo,queira tambem ser candidato ageral.Eu não posso ser pe[_~]do porque estou resol-vido afazer Carreira no 5.o, eportantonunca mais a[rredo] um passo[p. 3] dáli: Portanto vosse pense no caso e meescreva, notando que me persuado que oCezario deseja e quer ser deputado f[eder][al]pelo d[istrict]o.Parto amanhã ou depois para aLimeira, a en=tenderme com os amigos sobre o tal Con-gresso dedistricto que elles alitractão defundar, independente do Congresso e da[D]. Permanente. A proposito disto, quemnão tem muito proposito, [ru_nio] [se] a C.Permanente [a] deliberou enviar mao districto encaminhar a instituição, que é boa, mas dep[.o] de modeficadano sentido m[.o] dependento dos poderesCentraes. [espaço] Diga tambem sobreeste assumpto.Adeus e ate sempre

Teu amigoFrancisco Glicerio

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[C 19 2 MRI 5]Remetente: GlicerioData: 6 de julho de 1885.Local: CampinasFonte: Museu Republicano de ItúCódigo: PM Cp36 P6 - 02 VF – 33-Série: Correspondência recebida por Prudente de MoraesImagem de CD-ROM: 1004Editor: SIMÕES, José (2006)

F. GLICERIOCAMPINAS52

Campinas 6 Julho 1885.Prudente. Riodejaneiro

É a primeira vez que pego nana [sic] pena para escreverte, contrariado.

A tua annunciada retirada darepresentação de partido, foi para mimum verdadeiro desencanto. [espaço] Quem te subs-tituirá no teu posto, Prudente? Só tensum successor certo no dito districto: é a der=rota de nosso partido.Se vossê estivesse bem comvencido, de enthu=siasmo, da segurança, de orgulho,que teu nome levanta n’aquelle districto,se comprehendesses que teu nome é umagarantia para opartido na pro=vincia, não pensarias em tomar se=melhante attitude. [espaço] Como teu amigoleal -, e muito leal companheiro aindapeço te que não fallemes maisnisso. Pelo menos, dê me a sertesa[p. 2] de que não trabalho em vão pela Re=publica.[espaço]quanto a eleição provincial, do dito dis=tricto virão indicados: 1.o Prudente, 2.oCezario, 3.o oMiranda Azevedo. Man=de ate odia 15 de Agosto a tua excu=sa aCommissão Permanente, quetudo sahira amedida dos teus desejosTranquilise=se, vosse eoFerraz virãoindicados somente por homenagem,pois bem avaliamos otranstorno queaprovincial iria causar a voses, so=bretudo tirandolhes o tempo prec[s corrigido]izopara estudos parlamentares, duranteas ferias.

52 Texto impresso em papel timbrado.

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Em tempo escreverei sobre atransação do4.o com odito, mas por enquanto nãocon=vem fallar por aqui, e menos escrever,basta que vossês ahi fallem com fran=queza, que é para acausa partir dosconservadores d’aqui, por sugestões do[p. 3] Prado edeoutros deputados.Depois que o Delfino fallou, eficou provadoque SãoPaulo nunca foi tão bem representa-da como agora.Adeus e ate sempre

Teu amigo[Francisco] Glicerio

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„Memoria economica e metallurgica sobre a fabrica de ferro de Ypanema Sorocaba 1820“

[M 19 1 BON]Edição: SIMÕES, José S.Local: Sorocaba - SPData: 1. o de setembro de 1822Fonte: Biblioteca Nacional do Rio de JaneiroAutor/redator: José Bonifácio de Andrada e Silva Referência: I-28,25,13 – Coleção Martins> „Memoria economica e metallurgica

sobre a fabrica de ferro de Ypanema Sorocaba 1820“ , 66 ocorrências

MemoriaEconomica e MetallurgicaSobreA Fabrica de Ferro de YpanemaSorocaba1820

[p. 1] [espaço] Memoria [espaço] Tendo vizitado a Real Fabrica de ferro de Saõ João do Ypane_Ma e apanhado da boca doshomens, que ahi rezidiaraõ e trabalharaõ to-das as noticias mais importantes que pude recolher, passo agora a ex_pôr oseu estado actual eos melhoramentso que deve ter. Naõ me_hé poSivel pelo pouco tempo, que dei asemelhante exame entrar em-todas as suas miudezas, nem referir todos os abuzos de Administra-çaõ, e os erros das suas manipulaçoens; mas oque disser, hé mais quesuficiente para se fazer hûa idea clara do estado deste utillissimoEstabelecimento.[espaço de linha]Faz esta Fabrica situada nas fraldas da Serra de Biraçoiavajunto ás margens do Rio Ypanema, deque tirou o nome. [espaço] As fraldassaõ de pedera dearea mais ou meno branca, cuberta as vezes comdelgadas camadas depissara, mais ou menos branca vermelha ede desmon_te; porem amontanha consta de duas especies de granito com=mum, hûa degraõ grosso, eoutra degraõ fino. [espaço] Sobre este gra-nito se levantaõ massas consideraveis de mineral deferro atrado-rio nos altos; enos baixos aparece este mineral em bancos, e desmo_ronado em cumulos. [espaço] Alem do granito há leitos de[S]53chisto ar_gilloso, e hornblenda commum em massa, chamada falsamente

53 José Bonifácio corrigiu a letra S que parece ter sido reforçada com a tinta

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pedra verde. [espaço] Tambem vi alguns pedaços de porfido verde, cu_jo jazigo ignoro, eoutros de opal commum muito semilhante ade_Telka[b]onia na Hungria, penetrada toda de calce donia branca,queme disse o Administrador achar-se em beta atravessando o gra_nito. [espaço] Na pedra de area estaõ cavados os canaes eos alicercesda Fabrica, aqual, apezar da pessima nomeada que tem desquecomeçara até hoje, pela sua má administração antiga enova,hé todavia hum bello e magnifico Estabelecimento. [espaço] Todas

[p. 2] Todas as obras de pedra e cal e de madeira saõ bem construidas,excepto o canal de descarga, ou ladraõ, que hé de livel [sic] muito alto,enão pode dar vazão as agoas das cheas de modo que já por vezes temestado em perigo de ser inundada naõ só a Fabrica Sueca maisbaixa, mas igualmente a nova, que hé mais alta: isto porem podee deve ter facil remedio. [espaço] A Fabrica Sueca construida peloantigo Director Hedberg consta, alem das choffarias neceSsarias, de4 forninhos defuzaõ eprecipitaçaõ, chamados em Alemaõ=Blauoffen- de 9 palmos de altura, que podem fundir, hindo bem,6 arrobas de ferro em barra em 24 horas ou hum dia. [espaço] Masestes mesmos fornos, aque sómente sereduzio todo o prestimo esaberde Hedberg saõ muito pequenos, por que os da Corinthia, Carniolae Italia superior sobem até a altura de12 pez ou 18 palmos,como observei nas minhas viagens. [espaço] Os dois fornos de Te[y]scholtna Hungria inferior, fundem com quatro pessôas em 6 horas 10até 11 quintaes de mineral ustulado, donde se obtem duas massetasde ferro, que pezaõ juntas commumente de 300 a 360 arrateis, oque faspor hum dia 1:200 até 1:440, epor forno 600 a 720, ou em arro_bas 18¾ á 22½ por dia. [espaço] Oferro que se obtem por este methodosahe muito bom, mas as escorias sahem muito ricas; consome-se-muito carvaõ, que deve ser de boa qualidade, oque nem sempre há,e o ferro sahindo já reduzido, emetallico da Caldeira naõ pode ser-vir para obras vazadas, e nem mesmo para barras grandes.Apexar destes inconvenientes saõ estes fornos pequenos muito uteispara se espalharem pelo Brazil, por que custa pouco levan_tar e costear hûa destas pequenas Fabricas; pois com 5 até8 mil cruzados se erige hum destes pequenos Estabelecimentos,aproveitando-se deste modo os mineraes de ferro deque tantoabunda o Brazil, sem serem precizas grandes matas, nem-pedra calcaria para fundente, aqual falta em muitas partas[espaço e palavra alinhada à direita] As=

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[p.3] As choffarias de forjar eextender as massetas destes pequenosfornos estaõ agora sem uzo emYpanema, eem seu lugar há humou dous martinetes defazer pregos. [espaço] Passando agora á Fa_brica nova, construida por Hultgren debaixo da direção de_Frederico Warnhagen (aquem já communiquei mitas das refle-xoes que aqui vou expôr) consta esta de dois fornos unidoshum aoutro, como em Figueiró dos Vinhos, cuja construção efigu_ra do edificio, hé quaze amesma, porem mais elegante; tem estacaza das fornaças de cada lado, hûa caza de refino, cada hu_ma com duas forjas, ehum malho no meio, tudo muito bemconstruido quanto ao madeiramento e obrasde pedera ecal. [espaço] Aes-tructura interna porem dos fornos eforjas, tem defeitos capitaes, quesem primeiro se emendarem nunca aFabrica poderá dar bonsproductos eque fação conta. [espaço] Igualmente se-deve emendar apre_paraçaõ e mistura do mineral, aSsim como a administraçaõ eco_nomica para se evitarem esperdiços e ladroeiras.[espaço] Entremos em algumas particularidades, comoçando pela partetechnica. [espaço] Os fornos para aespecie de mineral que ali se funde[e]hé54 oferro magnetico mesclado com algum ferro brilhante de_Werner, que todo elle hé de dificil fusaõ, deveriaõ ser mais altos,que 42 palmos. [espaço] Ocano ou vaõ interior desde aboca até obojoou encosto, hé muito estreito e direito, oque fas com que as cargasda mistura ou sejaõ muito pouco altas, epor isso menores em_massa do que podem ser, ou muito altas, e entaõ descem com muitarapidez atravêz dos cavacos e carvaõ, sem se aquecerem, prepara_rare, e carbonizarem devidamente antes que cheguem ao-algaraviz. [espaço] O Rast, ou encosto superior ao cadinho, ou [a]55

obragem hé muito baixa e muito pouco esguia, pois tem 45gráos, sobre aqual se acumula acarga ainda crua, se resfriana circunferencia, e depois se precipita em massa no cadinho

[p. 4] no cadinho e chega ao algaraviz, onde se desregra ovento, quea naõ pode penetrar efundir devida egradualmente ecomo as-paredes ou lados do cadinho ampliand-o muito irregularmente,com que naõ só se inutiliza oforno em breve, mas se faz má afu_saõ. [espaço] O cadinho ou obragem hé muito estreita; oque deminueoproducto em ferro crû e faz precipitar aguza escoria na_caldeira semter odevido tempo de se separar aprimeira da_segunda, que por isso hé muito rica e compacta. Amisturadas cargas hé mal feita, porque o mineral naõ hé devidamentequeimado evai quaze crû aos pisoens; a pedra verde que se jun_ta na preparaçaõ de um quinto por 35 do mineral, hé mão fundente, por que hé dificil de queimar, pilar e fundir,

54 O „e“ antecedendo „hé“ pode também ser lido um recurso caligrafia para a letra „h“.55 Letra rasurada

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dando escorias tenazes e muito ricas em ferro. [espaço] Esta pedraverde naõ hé ogrün stein de Werner, que ao menos tem quartzo efeldspatho, que favorecem afusaõ pela mescla, mashorn blenda commum em massa, como já disse. [espaço] A naturezado mineral e do fundente, fazem então precizo ajuntar outroquinto de pedra cacarea pilada, que vem de quatro legoas, eporisso custa mais do dobro, que omineral de ferro e apedra verde,quando nas boas Fabricas omineral não leva mais que 8 até 15por 100 de pedra calcarea. [espaço] SE for precizo, alem do mine_ral devidamente queimado (depois de reconstruido oforno)juntar, alem da pedra calcarea algum outro fundente, entaõescolheria eu em vez da pedra verde algum barro ferruginozode facil fuzaõ, pois que deste modo teriamos hûa boa mes_cla de selica, cal, alumina e oxido de ferro. [espaço] Da má cons_truçaõ interna do forno, da má preparaçaõ do mineral, e mámistura das cargas, procedem os seguintes prejuizos: 1.º que oferrocrû sahe muito branco eradiozo, ecomo tal pouco fluido para obrasde forma, alem de muito quebradiço para ferro coado. 2.º ser preci_

[p. 5] precizo juntar a enorme proporçaõ de 40 por100 de fundente, que alemalem da despeza do seu custo, tem o inconveninente de diminuir o produ_to da fusão em hum dado tempo, e de exigir huma massa de com_bustivel muito maior para fundir substancias estranhas, eque só daõescorias: 3.º por que quanto maior hé aquantidade das escoriasproduzidas em qualquer formaçaõ, tanto maior hé a perda doferro que involvem e levaõ comsigo. [espaço] De tudo isto, veio que nas du_as fuzoens, que se fizeraõ 8[outu]bro de1818 até 4 de Janeiro de1819,só se fundiraõ 5.1784 arrobas de mineral deferro, que levaraõ empartes iguais 3.856 arrobas defundente, couza enorme, sehéverdadeiro o calculo que vi desta primeira fundiçaõ, e só deraõ3.130 de ferro crû. [espaço] Na segunda fundiçaõ que começou emJunho de 1819, efindou em fins deDezembro do mesmo anno,a mistura foi amesma, e as cargas foraõ de16 até 24 por dia,com mais alguma regularidade, que na antecedente: cada car_ga destas levou tres cestos de cavacos ehum de carvaõ; mas istovariava se faltava oCarvaõ, levando as vezes cargas só de -cavacos. [espaço] Vasava-se em24 horas hua só vez, ouduas, etambemtres segundo o andamento do forno. [espaço] Nesta ultima fundi_caõ, que durou mais de 6 mezes se obteve de ferro crû 13000 e_tantas arrobas, segundo oque me dsse o Administrador, mascreio que houve engano, porque comprando esta com aprimei_ra fundiçaõ, naõ hé provavel que desse mais de 9000 arrobas.Enquanto ao producto do mineral em ferro crû, e calculando-pela primeira fundiçaõ veio o mineral misturado, que dá 75 por100

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a dar 35 – perdendo-se 20 por cento, oque se colhe tambem do grandepezo das escorias. [espaço] Observou-se nesta 2.ª fundiçaõ,que quandoaproporçaõ do carvaõ era maior, que a dos cavacos, oferro crû eramais macio e menos quebradiço, e as cargas se naõ precipita_vaõ com tanta rapidez, e aSsim deviaacontecer segundo atheo_

[p. 6] atheoria, e regras d´arte.Passemos ao combustivel; este consta de cavacos de peroba, edecarvaõ feito das diferentes arvores, deque constaõ as mattas da Fabri_ca, asaber, de madeiras moles ebrancas, e de madeiras duras e cora_das, ou madeiras de Ley, que saõ as seguints: ûrantan, seguaagi, quenaõ há muito, uruÿuva, jatahi (mais dura madeira ehá bastan_ te) canella preta que há muita, e caburçuba que há bastante: os ca_vacos se tem feito sómente de peroba, que devem por tanto em brevetempo faltar, quando se poderiaõ fazer, como creio, das outras ma_deiras duras acima apontadas. [espaço] Mas creio que naõ obstante ome_thodo dos cavacos, que o Administrador substituio ás cabeças de cepas,de que uza aFabrica da Foz d`Alge, eque saõ melhores, que os cavacos, porser acepa mais compacta, e menos inflamavel, emais rica em car-bonio, epor isso naõ precipitar as cartas taõ rapidamente comoo cavaco deve haver outra proporçaõ com o carvaõ, se se quizer obterfundiçaõ regular e gusa ou ferro crû menos branco, mais ma-cio e menos quebradiço, e por tanto capaz de obras deferro coado.De mais os cavacos por serem muito grossose compridos e por serem muito mais inflamaveis que acepa, deixaõ passar o mi-neral crûatravez athé orast ou encosto do bojo, e daõ hûafusaõ rapida sem o devido aquecimento gradual, e carbonisa_çaõ do ferro, precipitando-se agusa fria na caldeira, poucoliquida, e muito branca, sem adevida separaçaõ da escoria[espaço] O carvaõ, como disse, hé todo misturado,sem separaçaõdo proprio para os fornos e do proprio para as forjas do refinohé mal feito, e apagado commumente com agoa, em vez de _ser abafado com terra, principalmente arenoza, que hé amelhor:daqui vem, que sahe mais pezado do que devia ser, contra aFrabrica,e afavor do carvoeiro, reduz-se muito a pó nos armazens comprejuizo da mesma Fabrica, eo peior hé, que nas forjas de refino

[p. 7] de refino esfarella-se logo, e se reduz acinzas sem dar odividoca_lor. [espaço] O carvaõ que fazem de madeira molle hé mais leve, e _arde mais, o da madeira dura hé pelo contrario. [espaço]Omethodo de _

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fazer carvaõ hé o seguinte – pegaõ em toda a lenha misturada,earrumaõ em pilhas deitadas, que tem 40 palmos em quadro, comoafigura de hum telhado com beiradas, estas tem 6 palmos de altoeospigaõ 12 [espaço] Leva a queimar cada pilha 30 até 34 dias e -mais, edá cada pilha de 700 a 900 arrobas de carvaõ. [espaço] Quei-xaõ-se os Empreiteiros, que lhes naõ fas conta dar a arroba por 40-reis, apezar de ser o carvaõ mais pezado do que devia ser, e de naõhaver escrupulo na bondade delle.[espaço] A pedra calcarea vem em bestas: hûa besta tras 6 ou 7 ar-robas, efas este carreto em hum dia. [espaço] Feita aestrada, quehé muito plana e sem deficuldades, poderia vir em carros eme-lhor em carretass a maneira do Alentejo, puchada por quatro bes-tas, que podeiaõ acarretar em hum dia duzentas arrobas, pois que os -maos carros deste Paiz, sem estarem feitos os caminhos tem trazidocom quatro bois 100 e 120 arrobas em dois dias: aSsim quando com4 bois se levaõ 100 arrobas pelo menos, em bestas de carga saõ pre-cizas mais de 15. [espaço] Se for o transporte por carretas ligeirasde 4 rodas de sege, que levem 200 arrobas, entaõ 4 bestas transportaõ omesmo, que 28 de carga.[espaço] Passemos ao refino do ferro. 1.º As forjas saõ muito baixas, demaneira, que o trabalhador se deve enclinar muito para trabalharcom o espetaõ, levantar alupa, leva-la ao malho: 2.º Afragoaou caldeira da forja naõ tem dimensoens fixas, huas vezes hé ma_ior e mais funda, outras menos; demaneira, que a refinaçaõ nun-ca podeser regular; omesmo succede com ainclnaçaõ, sahida,e dimençoens do algraviz, ecom a posiçaõ e cruzamento dos canos

[p. 8] dos canos dos folles, oque tudo hé precizo segundo os diversos methodosde refinar, daqui vem ser precizo dar dois fogos ou fus[o]ens á lupa,e outras tres, eas vezes cinco, sahindo estas, huas vezes boas em humaforja emas em outra. 3.º O carvaõ naõ hé escolhido, mas em-pregado lá como vem misturado, sem que se tenhaõ feito as expe -riencias neceSsarias para achar quaes saõ as madeiras, que daõ me_lhor carvaõ para o refino: 4.º As lupas, vista amá construcçaõda forja, natureza do combustivel, epouco saber dos actuaes operarios,saõ demaziado grandes, epor isso levaõ muito tempo aformarem-se,eesahm pela maior parte mal feitas, que se escavaçaõ no malho,e deitaõ muita escoria, e quando mesmo sahem perfeitas, levaõ mui-to tempo, ehé precizo accumular em cima muito carvaõ, que se -poderia poupar. [espaço] Detodos estes defeitos juntos vejo, que se perdiaõdois terços da gusa em escorias, esó se aproveitava hum terço de ferroem barra, gastando-se a enormiSsima quantidade de 20 arrobas e -mais de carvaõ para dar huma de ferro refinado, quando nas bôas

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forjas estrangeiras naõ se perde se naõ 12 até 20 de ferro por 100de gusa e combustivel naõ passa daproporçaõ 4 quando muito pa_ra hûa de ferro em barra. [espaço] Igualmente daqui vem que o -ferro em barra, alem de mal fundido eforjado, hé segundo observei,emo disseraõ, pedrez ou quebradiço. [espaço] Hoje em dia se deve crerao Administrador, já a perda do carvaõ e do ferro hé menor, po-rem ainda muito desproporcional á das boas forjas que conheço -[espaço] Igualmente acrescentarei para concluir com os defeitos da mani -pulaçaõ actual, que aproporçaõ do combustivel para o mineral na -fundiçaõ dos fornos hé em extremo grande, gastando-se superflua -mente muito carvaõ ecavacos.[espaço] Passemos agora afazer algumas reflexoens sobre a administra-çaõ e economia da Fabrica. [espaço] Aprimeira fonte da infeli-cidade desta Fabrica foi acompanhia sueca que trouxe Hedberg

[p. 9] Hedberg, oqual, em vez de trazer Mestres fundidores, refinadores e mol-dadores, excepto o Mestre da Fabrica Lourenço Hulfgren todos os maisde manipulaçaõ de fero nada sabiaõ. [espaço] Hedberg em vez de estabelecerfornos altos, contentou-se em construir – [se] forninhos e nas obrs dos ca- naes o assude fes tudo com um huma magnificencia escuzada; mas aindavisto commetteo oerro de fazer muitas obras de madeira, que deviaõ serde cantarias para durarem. [espaço] Accuzaõ-no de muito desleixo e de _varias prevarcaçoens; mas se lhe naõ dessem carta branca parafazer tudo oque lhe vinha á cabeça eestivesse debaixo da Inspecçaõdehum superior intelligente, talvez poderia ter sido de provisto.Mas como poderia fiscalisa-lo e dirigi-lo hûa Junta compostade homens Leigos pela môr parte, e alguns delles sem caracter ?Esta Junta que oConde de Linhares organizou pessimamente des_de oprincipio se compunha de Director gral das Minas eMattasda Capitania, que passou a inspeccionar sómente as minas e mattasdo Destricto da Fabrica, do Ouvidor entao deS. Paulo MiguelAntonio, como Juiz Conservador, que naõ sei por que razaõ entravapara Membro de hûa Junta administrativa e economica, do-Brigadeiro, graduado hoje Marechal deCampo dos Reais Exer_citos, como Procurador da Fazenda, do Thezoureiro da FabricaoCoronel de Melicias Antonio Francisco de Aguiar, e prezididapelo General daCapitania. [espaço] Excepto o Direcgtor geral das Mi-nas, eo Director Hedberg, os outros moravaõ fora da Fabrica, e rarasvezes se ajuntavaõ. [espaço] Aos membros influentes desta Fabrica sedevea introduçaõ da escravatura, que montava a mais de 80 cabeças

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tiradas das diversas fazendas daCorôa, e avergonhoza troca em _Saõ Paulo dos bons escravos pel[a]s mâos de alguns particulares, abu_zos estes que redundaraõ em grave prejuizo do Estado. [espaço] Tendo-selevantado grande partido contra Hedberg, parte com justiça, eparte por intrigas dos que desejavão introduzir o actual Admi_

[p. 10] Administrador, que tinha conduzido a compania Sueca paraa Fabrica, foi mandado examina-la o Tenente General Na-pion, que com sigo trouxe outra vez ao actual Administrador.Deste exame rezultou darem-se algumas providencias novas pa-ra se emendarem os erros e abuzos commethidos, ficando aindacom amesma direcçaõ Hedberg, oqual, passado algum tem-po foi despedido, eveio para oseu lugar Warnhagen comoAdministrador. [espaço] No tempo de Hedberg, alem delle haviahum Escrivaõ com 300 [$] [reis] hum Guarda Livros com 300 [$] [reis] humGuarda de Armazens com 200 [$] [reis] hum Thesoureiro em Soroca -ba om 200 [$] [reis] hum Cirurgiaõ com 180 [$] [reis], salvooerro, hum Bo-ticario com 75 [$] [reis] e certo numero de feitores. [espaço] A companhia Sue-ca constava do Director, dehum Mestre maquinista, de dois ferrei-ros, emais 5 homens, ehum interprete, que recebiaõ annualmente creioque17½ mil cruzados conforme seus ajustes. [espaço] Com a mudança de Ad-ministrador organizou-se denovo a Fabrica, subsistio a mesma Jun-ta nominal, daqual havia já sahido, há muito, por demiSsaõpedida e obtida, o Director geral. [espaço] A gente empregada tantona administraçaõ, como nos trabalhos, alem da escravatura, erahum Administrador, que cobra da Real Fazenda, como TenenteCoronel de Engenheiros, 600 [$] [reis] annuaes, como metallurgista a pen-saõ de 400 [$] [reis] annual, e da caixa daFabrica para lenha e carvaõda sua caza 36[$] [reis] annuais, ede ajuda de custo diaria 866 [$] [reis] an_nuaes, epor tudo 1:912 [$] [reis] tudo pago pela Fazenda Real (Hépa_ra notar que Intendente geral das Minas e Metaes dos Reinos de -Portugal e Algarves, só tenha de ordenado 800 [$] [reis] e de pensaõ pordez annos e tres mezes de viagem fora do Reino outros 800 [$] [reis].)hum Escrivaõ, que passou de 300 [$] [reis] a 400 [$] [reis] de ordenado, de humGuarda Livros, que teve o augment de 60 [$] [reis] hum novo Guarda

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dos Armazens que tem 400 [$] [reis], hum Thezoureiro com o mesmo Or_

[p. 11] Ordenado antigo, hum novo Cirurgiaõ ou Medico com 400 [$] [reis], humBoticario com omesmo Ordenado antigo. [espaço] Da companhia Sue_ca ficou o Mestre Maquinista com 500 [$] [reis], hum como refi_nador com 365 [$] [reis]; outro com o titulo de Mestre de martinetescom omesmo Ordenado; outro como Mestre do Engenho deSer_rar com 240 [$] [reis] que carrea madeiras e cobra o carreto. ItemMestre fundidor Francez com 365[$] [reis], outro Francez como mol-dador, com o mesmo Ordenado; Item Mestre serralheiro Por-tuguez com 240 [$] [reis]; hum Mestre carpinteiro Porguguez com 175 [$] [reis]hum puchador de ferro com 72 [$] [reis]; 3 Feitores por junto com 350 [$] [reis]dois guardas de animaes juntos com 72 [$] [reis], alem do que custao sustento, vestuario, e curativo dos escravos, oque tudo montaem mais de 8 contos dereis annaes, fora o importe do carvaõ,mineral, madeiras, cavacos e lenhas, arranque de cantaria, pe-dra calcarea e pedra verde, e animaes para o co[s]teio daFabri_ca comprados annualmente para suprirem afalta dos que morrem;porem apezar deste esperdicio edespezas enormes, aFabrica nada pro_duziria, pois os pequenos fornos tinhaõ parado, enos novos só se fizeraõaté hoje duas fundiçoens hûa em 818, outra em 819. [espaço] Levantou-seentaõ hum grande clamor dos Accionistas, muitos dos quaes naõquizeraõ flagar o restante do importe das suas acçoens, e muitos astem vendido com perda, efoi precizo, que aReal Fazenda adiantaSsegrande somma de contos de reis. [espaço] Despedio-se oEscrivaõ, despediraõ-seos Suecos, excepto o Empregado no Engenho da Serra, foraõ despe_didos os dois Francezes eo Medico Alemaõ, e em lugar deste en_trou hum Cirurgiaõ com tenue ordenado, efinalmente o Thesoureiro. [Reflexionando sobre a historia antiga e presentedesta Fabrica, salta aos olhos, que os erros e abuzos nasceraõ; 1.º da ignorancia e falta de fiscalisação e direcçaõ aq[uem] deviaõ

[p.12] deviaõ estar sugeitos os Administradores: 2.º da falta de comptabilidadedos Officiaes da Administraçaõ: 3.º da inutilidade dehûa Junta cha_mada Administrativa quenada podia administrar pela sua igno_rancia e incapacidade absoluta em taes materias: 4.º emfim porse terem despedido alguns homens que deviaõ conservar-se, por exem-plo, o Mestre das Maquinas, que devia naõ só servir para as refa-

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zer econservar, mas pela pratica que tem dos fusoens e refino, deveracontinuar, ensinando anoSsa gente, que já está muito adiantada,sem haver precizaõ nenhuma deque venhaõ obreiros defora.[espaço] A administraçaõ economica deve rezidir toda na Fabrica,eformar-se em hua Junta de Inspecçaõ a exemplo do que se pratica naFoz d´Alge, composta, segundo omeu parecer dos Officiaes seguintes, humFeitor ou Inspector das Officinas e Minas com oOrdenado de 600 [$] [reis]humGuarda mór de Mattas com 400 [$] [reis], hum Escrivaõ Contador com 300 [$] [reis]que tenha hum Official papelista se for precizo com 150 [$] [reis], ehum Guar_da dos Armazens com 200 [$] [reis] [espaço] Estes Officiaes de Inspecçaõ forma-raõ a Junta, e se fiscalisaraõ mutuamente, segundo oque está determi-nado no Alvará das Minas de Portugal de 12 de Janeiro de 1802. [espaço] A comp-tabilidade e escripturaçaõ será amesma que ali sepratic, enviandoas contas e mappas ao General de Saõ Paulo, dando-se-lhe hum bomRegimento, que nunca porelle deve ser alterado, sem immediata De-terminaçaõ de Sua Magestade no cazo de naõ haver hum MagistradoSupremo, que tenha inteligencia e authoridade neceSsaria para emen_dar os erros e castigar os abuzos. [espaço] Emquanto naõ houver esse Ma-gistrado será precizo hum Juiz Conservador com jurisdicçaõ priva_tiva civel ecriminal, quesirva ao mesmo tempo de Fiscal da RealFazenda e dos Accionistas.[espaço] Naõ hé precizo destruir nada, basta construir o internoadoptando a construção das melhores fornaças e refinos do des-tricto de Ros[l]agg na Provincia de Uplandia na Suecia, que produz

[p. 13] produz o ferro melhor do Mundo, e uza do mesmo mineral que onoS-so, porem fazendo os fornos mais altos, e aproximando asua cons-truçaõ aos melhores da [S]iberia.[espaço] A demarcaçaõ e adjudicaçaõ dos terrenos para aFabrica tem cau-zado grandes clamores e queixas entre os moradores, que nella se achavaõese achaõ estabelecidos, cujo numero total, que já despejaraõ, edevem aindadespejar, monta aperto de 300 cazaes. [espaço] Os da antiga demarcaçaõ ma_is pequena, que montava aquaze metade deste numero já foraõ pagos,

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e pela môr parte já se estabeleceraõ em outros Sitios, mas aoutra metadedanova, cuja entensaõ total me parece demasiada, por abracar 8 le-goas de circulos, e abranger muitos terrenos de pastos e naõ de matos,ainda se conservaõ nos seus sitios, por que há dinheiro para os pa-gar, etodavia estes homens naõ podem cultivar, derrubando e quei-mando as matas segundo o máo methodo do Paiz. [espaço] Demais elles -se queixaõ altamente deque ademarcaçaõ nova sefes sem serem ouvidos,e sem que nomeaSsem seos louvados, para que juntos com os daFazendaReal avaliaSsem legalmente os terrenos, que deviaõ ceder em beneficio da-utilidade publica, eo que mais hé ainda ignoraõ aquantia das -avaliaçoens, por ter sido isto até aqui alto segredo, mas segundomo consta monta no todo a16 mil cruzados. [espaço] Queixao-se aindaque alguas das terras que deviaõ entrar na demarcaçaõ foraõ excluidasdella, por que os donos puderaõ ter patronos, taes saõ por exemplo JoaõPires Sargento mór das Ordenanças eoAlferes Francisco Feliciano [V]Eu sou aqui meramente o historiador dos clamores publicos, mas nesta e outras materias naõ me compete e nem quero ser Juiz.Melhor seria, que se tiveSsem conservado todos aquelles que quizeSsemaproveitar seus campos para acriaçaõ de gados, matriculando-see obrigando-se aos transportes, aSsim como os que quizeSsem empre-gar-se no fabrico do Carvaõ e dos cavacos, podendo ambas estasclasses cultivar mandioca para oseu sustento eoutros generos

[p. 14] generos que naõ precizaõ de derrubar e queimar mattos virgens.Eno cazo quenaõ quizeSsem, ou naõ queiraõ sugeitar-se a estascondiçones, ou tenhão sahido ou hajaõ de querer sahir, entaõ con_vem chamar novos moradores aquem se dem as terras de graçacom estas mesmas condiçoens. [espaço] Demais estes novos Colonos da_raõ filhos, que poderaõ aprender afundir e refinar sem havermister de negros captivos, que só prestaõ para cavar com encha-da, aproveitando-se sómente os mulatos, que saõ amelhor raçado Brazil para trabalhos fabriz, que exigem actividade e inte-ligencia, e cuja industria e pundonor se estimulará com apromet-tida liberdade, cujo prazo seja proporcional á sua capacidadee serviços.

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[espaço] Tenho condecido [sic] esta pequena Memoria, equeira o Céo queella poSsa concorrer para se evitarem erros para ofuturo, esepôrhum freio forte á tantos abuzos e ladroeiras, como hé innegavelque tem havido neste bello, mas mal fadado Estabelecimento =Jozê Bonifacio de Andrade eSilva

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