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TJPB | Prova Oral ÁREA C | PONTO 9 NORMAS LOCAIS www.cursonotarium.com @cursonotarium 1 ÁREA C PONTO 9 NORMAS LOCAIS Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado da Paraíba. Diretrizes Gerais Extrajudiciais (Código de Normas Extrajudicial da Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba). Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado da Paraíba. 1. De acordo com a LOJE, quais são os órgãos do Judiciário do Estado da Paraíba? è O Art. 2º da LOJE dispõe que são órgãos do Poder Judiciário do Estado: I - o Tribunal de Justiça; II - o Tribunal do Júri; III - os Juízes Substitutos e de Direito; IV - a Justiça Militar; V - os Juizados Especiais; VI - a Justiça de Paz. 2. De acordo com a LOJE, as Serventias Extrajudiciais integram a Estrutura do Poder Judiciário do Estado da Paraíba? Qual a natureza Jurídica de tais Serviços do Foro Extrajudicial? è Nos termos do artigo 3º da LOJE, são serviços auxiliares da Justiça do Estado os serviços dos foros judicial e extrajudicial. Logo, os Serviços Notariais e Registrais são definidos como Serviços Auxiliares da Justiça. 3. De acordo com a LOJE, qual a composição do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba? Tal composição pode ser alterada? O chamado “Quinto Constitucional” tem aplicação em tal Tribunal? Como ocorre? è O artigo 4º da LOJE prevê o seguinte: O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e jurisdição em todo o território do Estado, compõe-se de dezenove desembargadores, sendo presidido por um deles, e tem sua competência disposta na Constituição Federal (§ 1º, art. 125), na Constituição do Estado e na legislação federal. èO número de desembargadores poderá ser alterado por proposta de dois terços dos integrantes do próprio Tribunal (art. 1º do Regimento Interno). è Aplica-se o quinto constitucional ao referido Tribunal tendo em vista que o art. Da 5º LOJE: dispõe que “um quinto dos lugares do Tribunal de Justiça é composto por

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NORMAS LOCAIS Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado da Paraíba. Diretrizes Gerais Extrajudiciais (Código de Normas Extrajudicial da Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba). Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado da Paraíba. 1. De acordo com a LOJE, quais são os órgãos do Judiciário do Estado da Paraíba? è O Art. 2º da LOJE dispõe que são órgãos do Poder Judiciário do Estado: I - o Tribunal de Justiça; II - o Tribunal do Júri; III - os Juízes Substitutos e de Direito; IV - a Justiça Militar; V - os Juizados Especiais; VI - a Justiça de Paz. 2. De acordo com a LOJE, as Serventias Extrajudiciais integram a Estrutura do Poder

Judiciário do Estado da Paraíba? Qual a natureza Jurídica de tais Serviços do Foro Extrajudicial?

è Nos termos do artigo 3º da LOJE, são serviços auxiliares da Justiça do Estado os serviços dos foros judicial e extrajudicial. Logo, os Serviços Notariais e Registrais são definidos como Serviços Auxiliares da Justiça. 3. De acordo com a LOJE, qual a composição do Tribunal de Justiça do Estado da

Paraíba? Tal composição pode ser alterada? O chamado “Quinto Constitucional” tem aplicação em tal Tribunal? Como ocorre?

è O artigo 4º da LOJE prevê o seguinte: O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e jurisdição em todo o território do Estado, compõe-se de dezenove desembargadores, sendo presidido por um deles, e tem sua competência disposta na Constituição Federal (§ 1º, art. 125), na Constituição do Estado e na legislação federal. èO número de desembargadores poderá ser alterado por proposta de dois terços dos integrantes do próprio Tribunal (art. 1º do Regimento Interno). è Aplica-se o quinto constitucional ao referido Tribunal tendo em vista que o art. Da 5º LOJE: dispõe que “um quinto dos lugares do Tribunal de Justiça é composto por

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membros do Ministério Público e por advogados, na forma disposta na Constituição Federal”. 4. De acordo com a LOJE, qual a função do Conselho da Magistratura? Quem o in-

tegra? Quais são os membros natos? Cabe reeleição, no caso dos membros elei-tos? Qual é o órgão hierarquicamente superior ao Conselho?

è O Conselho da Magistratura, órgão de fiscalização e disciplina no primeiro grau de jurisdição, e de planejamento da organização e da administração judiciárias no pri-meiro e segundo graus de jurisdição (Art. 14 LOJE) São membros: I – natos: a) o presidente do Tribunal de Justiça; b) o vice-presidente do Tribunal de Justiça; c) o corregedor-geral de Justiça. II - eleitos: a) três desembargadores titulares; b) três desembargadores suplentes. O Conselho da Magistratura é presidido pelo presidente do Tribunal de Justiça. è Os desembargadores são eleitos na forma disposta no Regimento Interno do Tri-bunal de Justiça, para um mandato que coincidirá com o mandato dos membros natos, permitida uma reeleição (art. 15 LOJE) è O órgão hierarquicamente superior ao Conselho da Magistratura é o Tribunal Pleno. 5. Como se dá o acesso na carreira da magistratura? De acordo com a LOJE, em que

cargo ocorrerá o ingresso? Em que entrância? Qual o prazo para vitaliciamento? è O acesso na Carreira de dá por meio de Concurso Público de Provas e Títulos (Pre-visão Constitucional que se repete na LOMAN e nas Normas Estaduais, a exemplo do COJE). è O ingresso na magistratura de carreira far-se-á mediante concurso público (Art. 55 LOJE). è O concurso público será de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Ad-vogados do Brasil - Seccional da Paraíba, em todas as fases. Parágrafo único. As provas serão classificatórias e eliminatórias; e os títulos apenas classificatórios (Art. 56 LOJE). A disciplina do concurso para ingresso na magistratura será feita mediante edital, ela-borado conforme regramento nacional vigente (Art. 57).

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è O cargo inicial na carreira é o de juiz substituto. Como regra, o ingresso do juiz substituto ocorre em comarca de entrância inicial. è Nos termos do art. 48 LOJE, o cargo inicial na magistratura de carreira do Estado é o de juiz substituto. Após ser empossado no cargo, o juiz substituto será designado pelo Tribunal de Justiça para cumprir o biênio probatório no exercício de comarca de primeira entrância que estiver vaga. è Excepcionalmente, o Tribunal de Justiça poderá designar o juiz substituto para cumprir o biênio probatório no exercício de unidade judiciária integrante de comarca de segunda entrância, desde que esteja vaga e não haja juiz de direito interessado no seu provimento. è O processo de vitaliciamento do juiz substituto, com duração de dois anos, se inicia com o efetivo exercício do cargo (Art. 75 LOJE). 6. De acordo com a LOJE, quais os prazos para posse e exercício de magistrados?

Quais as consequências do descumprimento de qualquer desses prazos? è Posse em 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, contados da nomeação. Exercício em 15 dias, contados da posse. è O juiz nomeado tomará posse no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de nomeação. § 1º O presidente do Tribunal de Justiça poderá, mediante requeri-mento escrito do interessado, prorrogar por até trinta dias o prazo a que faz referência o caput deste artigo. § 2º A nomeação ficará sem efeito se a posse não ocorrer no prazo estabelecido no caput deste artigo, ou, se for o caso, quando findo o prazo de prorrogação deferido pelo presidente do Tribunal de Justiça, na forma disposta no § 1º deste artigo (Art. 69 LOJE). è A posse poderá efetivar-se mediante procuração com poderes específicos (Art. 70 LOJE). è O empossado entrará no exercício do cargo dentro de quinze dias, contados da data da posse, sob pena de ser declarado sem efeito o ato de posse e a respectiva nomeação (Art. 74 LOJE). 7. Se no processo de vitaliciamento, o Conselho da Magistratura concluir, por

exemplo, que o juiz apresenta conduta antissocial, incompatível com o cargo de magistrado, o que ocorre? O juiz pode perder o cargo? Isso ocorrerá por decisão administrativa, nos termos da LOJE?

èApós parecer contrário ao Vitaliciamento, de competência do Conselho da Magis-tratura, será o juiz intimado para apresentar defesa, e, após aprovação, com 2/3 dos

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votos dos membros do Tribunal, o juiz será não vitaliciado e exonerado por ato do Presidente do Tribunal. èO Conselho da Magistratura, no prazo de até trinta dias, a contar do recebimento do relatório, submeterá à decisão do Tribunal de Justiça parecer sobre a idoneidade moral, a conduta social, a capacidade intelectual, a adaptação ao cargo e às funções desenvolvidas pelo juiz substituto. § 1º O parecer valorará a atividade jurisdicional do juiz substituto no período de exercício do cargo, opinando quanto à aquisição ou não da vitaliciedade. § 2º Se o parecer for contrário ao vitaliciamento do juiz substituto, será este intimado, pessoalmente, para apresentar defesa no prazo de dez dias (Art. 78 LOJE). èCumpridas as formalidades dispostas nos arts. 77 e 78, §§ 1º e 2º, desta Lei, o Tri-bunal de Justiça, pelo voto de dois terços de seus membros, deliberará: I – pelo vitali-ciamento; ou II – pela perda do cargo do juiz substituto (CF, inciso I, art. 95). Parágrafo único. Deliberando o Tribunal de Justiça pela perda do cargo, o presidente expedirá de imediato, o ato de exoneração, que deverá ser publicado antes de completado o biênio do estágio probatório (Art. 78 LOJE). 8. De acordo com a LOJE, como se dá a remuneração dos juízes do TJPB? E dos de-

sembargadores? É licito o recebimento de outras verbas além do subsídio? Inde-nizatórias? Remuneratórias?

è O magistrado é remunerado exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de re-presentação ou outra espécie remuneratória, nos termos da Constituição Federal (Art. 114 LOJE). è O subsídio do desembargador é de noventa vírgula vinte e cinco por cento do subsídio mensal, em espécie, do ministro do Supremo Tribunal Federal (Art. 115 LOJE). è O subsídio do juiz de primeiro grau de jurisdição será fixado em lei de iniciativa do Tribunal de Justiça e escalonado por entrância. Parágrafo único. O subsídio mensal do juiz substituto será igual ao subsídio do juiz de primeira entrância, independente-mente da classificação da entrância em que exerça a jurisdição (Art. 116 LOJE). è O juiz substituto terá direito ao subsídio e às vantagens do cargo a partir da entrada em exercício (Art. 117 LOJE). èDe acordo com o artigo 118, da LOJE, o magistrado terá direito às seguintes verbas remuneratórias e indenizatórias não abrangidas pelo subsídio: I – verbas remuneratórias:

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a) pelo exercício da Presidência e Vice-Presidência do Tribunal de Justiça e da Corre-gedoria-Geral de Justiça, no valor correspondente a quinze por cento do subsídio do respectivo titular; b) pelo exercício da função de diretor da Esma, no valor correspondente a dez por cento do subsídio do respectivo titular; c) pelo exercício da diretoria de fórum, atendido o seguinte: 1. Nos fóruns com até duas unidades judiciárias, no valor correspondente a cinco por cento do subsídio do respectivo titular; 2. Nos fóruns com três ou quatro unidades judiciárias, no valor cor-respondente a seis por cento do subsídio do respectivo titular; (...) II – verbas indenizatórias: a) ajuda de custo para atender despesas efetivamente realizadas e comprovadas com mudança e transporte de uma comarca para outra, decorrentes de promoção, no per-centual de até quinze por cento do subsídio do juiz no novo cargo; b) diárias para atender as despesas decorrentes do deslocamento do magistrado, a serviço, dentro ou fora do território do Estado ou do território nacional, em valor fi-xado em resolução do Tribunal de Justiça; c) indenização para atender despesas efetivamente realizadas e comprovadas, decor-rentes do transporte do magistrado, a serviço, dentro ou fora do território do Estado; (...) 9. Os juízes devem residir obrigatoriamente na Comarca onde estiverem lotados?

E os oficiais de notas e de registros? è O juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal de Jus-tiça para residir em local diverso (CF, inciso VII, art. 93), mediante o voto da maioria simples dos seus membros (Art. 146 LOJE). èA autorização a que faz referência o art. 146 desta Lei poderá ser concedida nos seguintes casos: I – ocorrência de calamidade pública que impeça a permanência do juiz na comarca; II – ocorrência de risco pessoal à incolumidade física do juiz ou a de sua família; III – inexistência de imóvel oficial na comarca ou de imóvel disponível para locação. § 1º A autorização só será concedida após prévia inspeção feita pela Corre-gedoria-Geral de Justiça, que apresentará relatório circunstanciado opinando pela au-torização ou não. § 2º Resolução do Tribunal de Justiça poderá dispor sobre outros casos de autorização (art. 147 LOJE). èIdêntica previsão se aplica a notários e registradores.

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10. Quais as hipóteses de perda do cargo por magistrado? Somente por processo judicial ou por procedimento administrativo? Há alguma relação com a garantia constitucional da vitaliciedade? De acordo com a LOJE, quais as hipóteses de perda do cargo de magistrado por procedimento administrativo?

èDe acordo com a Constituição Federal, art. 95, os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) èNos termos do art. 153, § 6º, LOJE, a pena disciplinar de perda do cargo somente é aplicada ao juiz não-vitalício, nos seguintes casos: I - quando a gravidade da falta por ele cometida não justificar a aplicação de pena de advertência, de censura ou de remoção compulsória; II - pelo cometimento de falta que derive da violação às normas contidas na Constitui-ção Federal e nas leis; III - por manifesta negligência no cumprimento dos deveres do cargo; IV- por procedimento incompatível com a dignidade, a honra e o decoro de suas fun-ções; V - pela comprovação de escassa ou insuficiente capacidade de trabalho; VI – por comportamento funcional incompatível com o bom desempenho das ativida-des do Poder Judiciário. è Assim, juiz vitalício somente perderá o cargo por força de sentença judicial transi-tada em julgado e juiz não vitalício poderá perder o cargo por procedimento adminis-trativo disciplinar, assegurados contraditório e ampla defesa. 11. Defina a Justiça de Paz, mencionando qual sua estrutura, composição e compe-

tência. Qual a relação da Justiça de Paz com as Serventias Extrajudiciais? è De acordo com a Lei de organização judiciária da Paraíba, art. 221, em cada sede de comarca haverá, quando necessário, um juiz de paz e dois suplentes, eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos, permitida a reeleição por um mandato. è O juiz de paz, nos limites territoriais da comarca, terá atribuições de habilitar e celebrar casamentos, e exercer funções conciliatórias sem caráter de jurisdição, sem prejuízo da prática de iguais atos pelo juiz de Direito em exercício na comarca, no que

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for de sua competência. A impugnação à regularidade do processo de habilitação ma-trimonial, a arguição de impedimentos ou qualquer incidente suscitado, serão decidi-dos pelo juiz de Direito competente para a matéria de registro civil. è O juiz de paz tomará posse e entrará no exercício das funções perante o juiz de Direito diretor do fórum da comarca onde deva servir. Parágrafo único. Nas suas au-sências e impedimentos, o titular do cargo será substituído pelo primeiro e segundo suplentes, nessa ordem (art. 223). è Lei de iniciativa do Tribunal de Justiça disporá sobre os direitos e deveres do juiz de paz, forma e procedimentos a serem observados no exercício de demais atos per-tinentes a sua atuação, desenvolvimento de suas funções, exoneração e perda do cargo, bem como a sua remuneração mensal (art. 225). Os suplentes não serão remu-nerados, salvo quando no efetivo exercício de suas funções (art. 226). è Há relação da Justiça de Paz com o Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais em razão das atribuições do juiz de paz de habilitar e celebrar casamentos, junto a referida Serventia (RCPN). 12. Quando ocorre o recesso forense do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba? O

que ocorre com os prazos processuais nesse período? Tal recesso de aplica à ati-vidade extrajudicial?

è A LOJE, no art. 283, prevê que o Tribunal de Justiça poderá suspender o expediente forense no período de vinte de dezembro a seis de janeiro, garantindo o atendimento aos casos urgentes, novos ou em curso, através do sistema de plantão. è A deliberação que aprovar a suspensão do expediente forense suspenderá, igual-mente, os prazos processuais e a publicação de decisões, bem como a intimação de partes ou advogados, no primeiro e no segundo graus de jurisdição, salvo com relação às medidas consideradas urgentes e necessárias à preservação de direito (art. 284). 13. Do que se trata o exercício jurisdicional conjunto, nos termos da Lei de Organi-

zação Judiciária do Estado da Paraíba? èNos casos em que constatado, pela Corregedoria-Geral de Justiça, acúmulo exces-sivo de serviço em unidade judiciária, poderá o Tribunal de Justiça designar um ou mais juízes para exercerem, conjuntamente com o juiz titular, plena jurisdição no res-pectivo juízo (artigo 287 LOJE). èSe conveniente, o Tribunal de Justiça poderá determinar que a competência do juiz designado seja limitada a matéria específica. è Tal designação será por tempo determinado.

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14. A Lei de Organização Judiciária do Estado da Paraíba trata a respeito dos serviços Notariais e Registrais? De que forma?

è A LOJE, no capítulo III, dos Serviços Auxiliares do Foro Extrajudicial, Seção I, Dos Serviços Notarial e de Registro, art. 288, dispõe que “os serviços notarial e de registro, organizados no território estadual para garantir a publicidade, a autenticidade, a se-gurança e a eficácia dos atos jurídicos, são exercidos em caráter privado por delega-ção do Poder Judiciário do Estado, conforme estabelecido na legislação federal e em lei de iniciativa do Tribunal de Justiça”. 15. A criação e a extinção de Serviços poderão ocorrer por ato administrativo do

Tribunal? è Não. A criação e a extinção dos serviços notarial e de registro do Estado dependerá de Lei de iniciativa do Tribunal de Justiça, nos termos da CF, art. 96, I, b e da LOJE art. 289. è Entretanto, nos termos do art. 290 da LOJE, o Tribunal de Justiça, por resolução, disporá sobre a instalação, a acumulação ou a anexação; a desacumulação ou a desa-nexação de serviços notarial e de registro, bem como sobre as normas que definirem as circunscrições geográficas dos oficiais de registro de imóveis e civis das pessoas naturais. è A referida resolução será votada após estudo elaborado pela Corregedoria-Geral de Justiça, dispondo sobre a viabilidade econômica e o interesse público da medida, respeitado o direito adquirido. 16. Quais são os serviços extrajudiciais mínimos que devem existir em um Municí-

pio-sede de Comarca? è Haverá, nos termos do artigo 291 LOJE, em cada município-sede de comarca, no mínimo, os seguintes serviços notarial e de registro: I – um tabelionato de notas; II – um tabelionato de protesto de títulos; III – um oficialato de registro de imóveis; IV – um oficialato de registro de títulos e documentos e registro civil das pessoas jurí-dicas; V – um oficialato de registro civil das pessoas naturais e de interdição e tutela. 17. E nos demais municípios (Sedes Municipais), quais são os serviços extrajudiciais

mínimos? è Nos demais municípios, haverá, no mínimo, um oficial de registro civil das pessoas naturais (291, único LOJE).

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18. Segundo a LOJE, qual a competência dos registradores civis das pessoas naturais dos cartórios distritais?

è A competência do registrador civil das pessoas naturais dos cartórios distritais é restrita aos atos de notas para os quais estão habilitados por lei e o registro de nasci-mento e óbito (art. 292 LOJE). 19. Segundo a LOJE, como se dá a divisão do território da Paraíba para efeitos de

administração do Poder Judiciário? è O território do Estado da Paraíba, para efeito da administração do Poder Judiciário, divide-se em circunscrições judiciárias, comarcas e comarcas integradas (art. 294 LOJE). 20. Segundo a LOJE, O que são circunscrições judiciárias? è As circunscrições judiciárias são integradas por agrupamento de comarcas, sendo uma delas a sua sede (art. 295 LOJE). 21. Segundo a LOJE, quais os requisitos serão observados na criação das circunscri-

ções judiciárias? èNa criação de circunscrição judiciária, serão observados os seguintes requisitos (art. 296 LOJE): I – as comarcas que integrarem a circunscrição judiciária devem estar localizadas pró-ximas uma das outras, de preferência dentro da mesma região geográfica do Estado, e dispor de boas vias de acesso interligando-as à comarca-sede da circunscrição; II – quando possível, as comarcas agrupadas deverão ser da mesma entrância. è Na escolha da comarca-sede da circunscrição judiciária, serão observados os se-guintes requisitos: I – sua situação geográfica, que deve polarizar as demais comarcas agrupadas; II – sua importância política, econômica e cultural na região; III – sua po-pulação, número de eleitores e movimento forense (art. 297 LOJE). 22. Segundo a LOJE, o que são as Comarcas? è As comarcas são constituídas de um ou mais municípios e respectivos distritos, têm a denominação do município onde estiverem sediadas e são integradas por uni-dades judiciárias (art. 299 LOJE). è Em caso de calamidade ou relevante interesse público, a sede da comarca poderá ser transferida provisoriamente para outro local, por decisão do Tribunal de Justiça.

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è O município que não for sede de comarca constitui termo judiciário da comarca à qual estiver integrado. 23. Segundo a LOJE, o que é uma Comarca de Difícil Provimento? è São considerados, cumulativamente, critérios determinantes para a definição de comarca de difícil provimento (art. 304 LOJE): I - não ser sede de zona eleitoral; II – não possuir casa para juiz; III – ser distante dos grandes centros urbanos; IV – ser de difícil acesso; V – possuir órgãos públicos e privados dotados de instalações precárias; VI – deficiência de recursos humanos em razão da falta de interesse de magistrados e servidores em requerer remoção para a comarca; VII – a não permanência de magistrados e servidores na comarca. è A comprovação do critério estabelecido no inciso VI deste artigo dar-se-á por meio dos editais de vacância não preenchidos pela falta de magistrado ou servidor interes-sado. è Resolução do Tribunal de Justiça indicará, após relatório circunstanciado elaborado pela Corregedoria-Geral de Justiça, quais as comarcas do Estado que se enquadram nos critérios previstos nos incisos I a VII deste artigo (art. 304, 2º, LOJE). 24. Segundo a LOJE, como se classificam as comarcas? è As comarcas são classificadas em três entrâncias, numeradas ordinalmente, obser-vados o movimento forense, a densidade demográfica, a receita tributária, os meios de transporte e a situação geográfica (Art. 306, LOJE). è As comarcas de primeira entrância são as iniciais na estrutura judiciária de primeiro grau; as de segunda entrância são as intermediárias e as de terceira entrância consti-tuem a entrância final (Art. 306). 25. Segundo a LOJE, o que são as comarcas integradas? è Segundo a LOJE, o Tribunal de Justiça, para efeito de comunicação de atos proces-suais e de realização de diligências e atos probatórios, poderá reunir, mediante reso-lução, duas ou mais comarcas para que constituam uma comarca integrada, desde que: I - as suas sedes sejam próximas; II - possuam fáceis vias de comunicação; III - seja intensa a movimentação populacional entre as comarcas contíguas.

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Diretrizes Gerais Extrajudiciais (Código de Normas Extrajudicial da Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba). 26. Qual a Finalidade da existência do Código de Normas Extrajudicial? Tem natu-

reza normativa? Trata-se de norma de observância obrigatória? Qual a penali-dade para o descumprimento?

è O Código de Normas Extrajudicial da Corregedoria-Geral de Justiça do Estado da Paraíba é a consolidação dos atos normativos editados por este Órgão Correicional, destinados a servir de orientação, regulamentação e disciplinamento das atividades concernentes aos serviços notariais e registrais prestados no Estado da Paraíba, e dos agentes públicos neles diretamente envolvidos, sendo aplicadas subsidiariamente às disposições da legislação pertinente em vigor (Art. 1º CNE). è As normas integrantes do referido código de normas tem, portanto, natureza normativa, tratando-se de atos normativos, logo de observância obrigatória. è A não observância destas normas acarretará a responsabilização funcional do notário e registrador, com instauração do competente procedimento administrativo disciplinar, na forma das disposições legais. (Art. 1º, parágrafo único, CNE). 27. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quando o serviço de

notas e de registros é prestado de modo adequado? è O art. 2º do Código de Normas prevê que os notários e oficiais de registros são dotados de fé pública, razão pela qual devem pautar-se pela correção em seu exercício profissional, cumprindo-lhes prestar os serviços a seu cargo de modo adequado, ob-servando rigorosamente os deveres próprios da delegação pública de que estão in-vestidos, a fim de garantir autenticidade, publicidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos constitutivos, translativos ou extintivos de direitos em que intervêm. è Serviço prestado de modo adequado é o que atende ao interesse público e cor-responde às exigências de qualidade, continuidade, regularidade, eficiência, atuali-dade, generalidade, modicidade, cortesia e segurança. (Art. 2º,§ 1º). 28. Defina “atualidade” do serviço notarial e registral. è Entende-se por atualidade do serviço o uso de métodos, instalações e equipamen-tos que correspondam a padrões de modernidade e avanço tecnológico, bem como a sua ampliação, na medida das necessidades dos usuários e em apoio ao labor jurí-dico do notário e do registrador e de seus prepostos.

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29. Defina o princípio constitucional da eficiência, previsto como princípio da admi-nistração pública. Tal princípio aplica-se à atividade notarial e registral?

è O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição, rendimento funcional. Está relacionado à atuação que engloba preocupação com o resultado, em uma concepção de Administração Pública Geren-cial. Relaciona-se, também, ao satisfatório atendimento das necessidades do destina-tário do serviço. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, apresenta-se como faceta de um princípio mais amplo tratado no Direito Italiano, qual seja, “O princípio da boa administração”. èO principio da eficiência aplica-se ao serviço notarial e registral. Para atender ao princípio da eficiência na prestação do serviço público delegado, deverão o notário e registrador encontrar soluções para dar celeridade e maior rapidez ao trâmite da documentação a seu cargo, liberando-a nos prazos legalmente estabelecidos (art. 3º, §4º, CNE). èA eficiência funcional será aferida pela Corregedoria Geral da Justiça, considerado os fatores produtividade e celeridade na prestação dos serviços, bem como a perfei-ção do trabalho e sua adequação técnica aos fins visados (art. 3º, §5º, CNE). 30. Qual o conteúdo do princípio da menor onerosidade? Tal princípio aplica-se à

atividade notarial e registral? è Compete ao notário e registrador apontar, de forma imparcial e independente, aos usuários dos serviços, os meios jurídicos mais adequados e a forma menos onerosa possível para o alcance dos fins lícitos objetivados, instruindo-os sobre a natureza e as consequências do ato que pretendam produzir. (art. 3º, §6º, CNE). è Havendo mais de uma forma, dentro da legalidade, de se alcançar o objetivo pre-tendido pelo usuário do serviço, o notário e o registrador devem, ao orientá-lo, apon-tar a maneira menos onerosa da prática do ato, orientando a respeito dos efeitos ju-rídicos do ato a ser praticado. 31. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais são os princípios

gerais norteadores da atividade notarial e de registro? è O serviço, a função e a atividade notarial e de registro se norteiam pelos princípios específicos de cada natureza notarial e registral, além dos seguintes princípios gerais (Art. 4º. CNE): è da fé pública, a assegurar autenticidade dos atos emanados dos serviços notariais e de registro, gerando presunção relativa de validade;

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è da publicidade, a assegurar o conhecimento de todos sobre o conteúdo dos regis-tros e a garantir sua oponibilidade contra terceiros; è da autenticidade, a estabelecer uma presunção relativa de verdade sobre o conte-údo do ato notarial ou registral; è da segurança, a conferir estabilidade às relações jurídicas e confiança no ato nota-rial ou registral; è da eficácia dos atos, a assegurar a produção dos efeitos jurídicos decorrentes do ato notarial ou registral; è da oficialidade, a submeter a validade do ato notarial ou registral à condição de haver sido praticado por agente legitimamente investido na função; è da reserva de iniciativa, rogação ou instância, a definir o ato notarial ou registral como de iniciativa exclusiva do interessado, vedada a prática de atos de averbação e de registro de ofício, com exceção dos casos previstos em lei; è da legalidade, a impor prévio exame da legalidade, validade e eficácia dos atos notariais ou registrais, a fim de obstar a lavratura ou registro de atos inválidos, inefi-cazes ou imperfeitos. 32. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, como se dá a respon-

sabilidade do notário e do registrador? Quais as naturezas das responsabilidades previstas?

è Os notários e oficiais de registros responderão pelos danos que eles e seus pre-postos causarem a terceiros na prática de atos próprios da serventia, assegurado aos primeiros o direito de regresso no caso de dolo ou culpa dos prepostos (Art. 14 CNE). è O Código de normas prevê as três espécies de responsabilidade: civil, administra-tiva e criminal, dispondo expressamente acerca da independência das esferas. è A responsabilidade criminal será individualizada. A individualização criminal não exime os tabeliães e os oficiais de registros de sua responsabilidade civil. è A responsabilidade administrativa será apurada na forma prevista no art. 78 a 111 do Código de Normas.

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33. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, notários e registrado-res podem praticar crimes contra a administração?

è Pela própria natureza jurídica da atividade desenvolvida por notários e registrado-res (função pública), não há dúvida de que se aplicam as normas do Direito Penal Re-lativas aos crimes contra a administração. è Por fim, há disposição expressa do Código de normas a esse respeito ao dispor da responsabilidade criminal, “aplicando-se, no que couber, a legislação relativa aos cri-mes contra a Administração Pública” (artigo 16 CNE). 34. Notários e registradores podem ser considerados funcionários públicos para fins

penais? E os prepostos? è Notários e registradores enquadram-se na definição legal de Funcionário Público trazida pelo Código Penal. è Art. 327 CP: “Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública”. è Art. 327,§ 1º: Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 35. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais são os direitos

dos notários e registradores? è São DIREITOS dos notários e oficiais de registro, dentre outros (art. 17 CNE): I – ter independência no exercício das atribuições; II – perceber os emolumentos integrais pelos atos praticados na serventia; III – perda da delegação somente nas hipóteses previstas em lei; IV – exercer opção nos casos de desmembramento ou desdobramento da serventia; V – organizar associações ou sindicatos de classe e deles participar. 36. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais são os deveres

dos notários e registradores? è São DEVERES dos notários e oficiais de registro, dentre outros (art. 18 CNE):

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I – manter em ordem os livros, papéis e documentos de sua serventia, guardando-os em locais seguros; II – atender as partes com eficiência, urbanidade e presteza; III – atender prioritariamente as requisições de papéis, documentos, informações ou providências que lhes forem solicitadas pelas autoridades judiciárias ou administrati-vas para a defesa das pessoas jurídicas de direito público em juízo; IV – manter em arquivo as leis, resoluções, regimentos, provimentos, regulamentos, portarias, avisos, instruções de serviço e quaisquer outros atos que digam respeito à sua atividade; V – proceder de forma a dignificar a função exercida, tanto nas atividades profissionais como na vida privada; VI – guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que tenham conhecimento em razão do exercício de sua profissão; VII – afixar, em local visível, de fácil leitura e acesso ao público, as tabelas de emolu-mentos em vigor; VIII – observar os emolumentos fixados para a prática dos atos do seu ofício; IX – dar recibo dos emolumentos percebidos; X – observar os prazos legais fixados para a prática dos atos do seu ofício; XI – fiscalizar o recolhimento dos impostos incidentes sobre os atos que devam prati-car; XII – facilitar, por todos os meios, o acesso à documentação existente pelas pessoas legalmente habilitadas; XIII – encaminhar ao Juiz Corregedor Permanente da Comarca as dúvidas levantadas pelos interessados, obedecida a sistemática processual fixada pela legislação respec-tiva; XIV – observar as normas técnicas estabelecidas pelo Corregedor-Geral de Justiça e pelo Juiz Corregedor Permanente da comarca. XV – manter-se atualizado em relação à legislação aplicável à função, verificando e observando as edições, alterações e revogações das leis e regulamentos, bem como as decisões emanadas pela Corregedoria Geral da Justiça. è Ainda, o art. 19 do Código de Normas aponta o dever de as serventias manterem em suas dependências, à disposição dos interessados para consultas relacionadas aos serviços prestados, edições atualizadas em cópia física ou digital, mediante acesso à internet, da seguinte legislação: I – Constituição da República Federativa do Brasil; II – Constituição do Estado da Paraíba; III – Lei de Registros Públicos – Lei Federal nº 6.015/73; IV – Lei dos Notários e Registradores – Lei Federal nº 8.935/94; V – Regimento de Custas e Emolumentos do Estado da Paraíba – Lei Estadual nº 5.672/92; VI – Código de Normas da Corregedoria Geral da Justiça do Estado da Paraíba – CNCGJPB.

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37. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais as consequên-cias do descumprimento dos deveres dos notários e registradores?

è O não cumprimento das disposições referentes aos deveres funcionais acarretará ao delegatário sanções administrativas e penais previstas em lei, sem prejuízo das res-ponsabilidades pelas irregularidades até então praticadas (Art. 18, parágrafo único). 38. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais as incompatibi-

lidades a que estão sujeitos notários e registradores? è O exercício da atividade notarial e de registro é incompatível com o da advocacia, o da intermediação de seus serviços ou o de qualquer cargo, emprego ou função pú-blicos, ainda que em comissão (art. 20, CNE). 39. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, notários e registrado-

res podem ser titulares de mandato eletivo simultâneo com a atividade notarial e registral?

è O Art. 20, parágrafo único, dispõe que a diplomação, na hipótese de mandato eletivo, e a posse, nos demais casos, implicarão no afastamento da atividade. Logo, veda o exercício simultâneo de atividade notarial e registral e mandato eletivo. 40. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais são as hipóteses

de impedimentos e suspeições a que notários e registradores estão sujeitos? Quem pratica o ato em caso de impedimentos ou suspeições?

è É defeso aos notários e oficiais de registros exercerem suas funções em atos que envolvam interesses próprios ou de cônjuge, parente consanguíneo ou afim, em li-nha reta ou colateral, até o terceiro grau e nos casos de suspeição (Art. 21, CNE). è Havendo impedimento ou suspeição do delegatário, o ato poderá ser lavrado ou registrado pelo substituto legal da própria serventia, designado pelo delegatário. Na hipótese de incorrer o substituto no mesmo impedimento ou suspeição, o Juiz Corre-gedor Permanente designará outro delegatário ad hoc, preferencialmente entre os titulares de serviço da mesma natureza na Comarca. 41. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais vedações e pro-

ibições a que notários e registradores estão sujeitos? Quem pratica o ato em caso de impedimentos ou suspeições?

è É vedado aos notários e oficiais de registros (Art. 22, CNE): I – praticar ato notarial ou registral fora do território da circunscrição para a qual re-cebeu a delegação;

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II – recusar ou atrasar a prática de qualquer ato do ofício; III – realizar, nas dependências da serventia, qualquer atividade que não seja própria das atribuições. 42. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, é possível a instalação

de sucursal de Serventia? è Não pode. Há disposição expressa prevendo que cada serventia extrajudicial fun-cionará em um só local, vedada a instalação de sucursal (art. 29). 43. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, é a prestação de ou-

tras atividades estranhas às atribuições legais? E pode um tabelião lavrar um contrato particular?

è Nos termos do art. 29, § 4º, fica terminantemente proibida qualquer atividade, comercial ou não, nas instalações da unidade cartorária, estranha às atribuições legais do serviço objeto da delegação. è Considerando a vedação à prática de qualquer atividade estranha às atribuições legais, é vedada a lavratura de instrumentos particulares. 44. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, pode o Corregedor

Permanente fixar padrões necessários em relação à prepostos, instalações, ade-quação de mobiliários e providências afins? Isso fere o princípio da independên-cia do oficial?

è De acordo com o art. 29, § 2º, é obrigação do delegatário disponibilizar a adequada e eficiente prestação do serviço extrajudicial, mantendo instalações, equipamentos, meios e procedimentos de trabalho dimensionados ao bom atendimento dos usuá-rios, bem como número suficiente de prepostos. è Caberá ao Juiz Corregedor Permanente, observadas as peculiaridades locais e cri-térios de razoabilidade, inclusive, em relação à receita da serventia, a verificação da ocorrência de padrões necessários ao atendimento deste item, em especial quanto (art. 29, § 2º): I – ao local, condições de segurança, conforto e higiene da sede da unidade do serviço notarial e registral; II – ao número mínimo de prepostos; III – à adequação de móveis, utensílios, máquinas e equipamentos, fixando prazo para a regularização, se for o caso; IV – ao acondicionamento, conservação e arquivamento adequados de livros, fichas, papeis e microfilmes, bem como utilização de processos racionais que facilitem as bus-cas;

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V – à adequação e segurança de softwares, dados e procedimentos de trabalho ado-tados, fixando, se for o caso, prazo para a regularização ou a implantação; VI – à fácil acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, mediante existên-cia de local para atendimento no andar térreo, cujo acesso não contenha degraus ou, caso haja, disponha de rampa. VII – à existência de computador conectado à internet e de endereço eletrônico da unidade cartorária para correspondência por e-mail. 45. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, o que se entende por

peculiaridades locais para a prestação dos serviços notariais e registrais? è Os serviços notariais e registrais serão prestados, de modo eficiente e adequado, atendidas as peculiaridades locais, em local de fácil acesso ao público e que ofereça segurança para a prestação do serviço e o arquivamento de livros, dados e documen-tos (art. 28, CNE). è Nos termos do art. 28, § 1º, entende-se por peculiaridades locais o horário de atendimento ao público pelo comércio, repartições públicas, instituições bancárias e a possibilidade de acesso da população pelas linhas de transporte disponíveis, dentre outros fatores. 46. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, qual será o horário de

atendimento das Serventias de Notas e Registros no Estado da Paraíba? Pode o oficial determinar o funcionamento da serventia em horário diverso? Necessita de autorização da corregedoria?

è O art. 28,§ 2º, dispõe que o horário de atendimento ao público dos serviços extra-judiciais será, no mínimo, de 6 (seis) horas diárias, em regra, das 07:00h às 13:00h, de segunda a sexta-feira, exceto nos feriados nacionais, estaduais e municipais, facul-tado aos delegatários, sob sua total responsabilidade, estender a carga diária de fun-cionamento, constando sempre em local visível e de fácil visualização na sede da ser-ventia, mantendo inclusive atualizado no Portal Justiça Aberta do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, bem como nos cadastros da Corregedoria Geral da Justiça. è Eventual necessidade de alteração do horário padrão estabelecido, respeitado o período mínimo legal de funcionamento, deverá ser comunicada ao Juiz Corregedor Permanente da Comarca e à Corregedoria Geral da Justiça, justificando-se os motivos da modificação. 47. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, as serventias extraju-

diciais deverão funcionar em regime de plantão? è Há previsão legal de plantão apenas para os Registros Civis de Pessoas Naturais.

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è O art. 28,§ 4º, CNE, prevê que o serviço de Registro Civil de Pessoas Naturais será prestado, também, aos sábados, domingos e feriados pelo sistema de plantão, com carga horária mínima de 6 (seis) horas, devendo ser afixado aviso visível ao público, mesmo com a serventia fechada, indicando o horário de atendimento e o meio para localização do oficial responsável. 48. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, há relação de depen-

dência entre as serventias extrajudiciais e os órgãos do Poder Judiciário quanto a dias de expedientes, horários, etc? Aplica-se o recesso forense à atividade ex-trajudicial?

èA abertura e o funcionamento dos serviços extrajudiciais independem do horário de expediente da Justiça Estadual e das demais atividades forenses (art. 28, §5º). èNão se aplica o recesso forense ao Extrajudicial. 49. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, como se dará o in-

gresso na atividade notarial e registral? è O ingresso, por provimento ou remoção, na titularidade dos serviços notariais e registrais declarados vagos, se dará por meio de concurso de provas e títulos realizado pelo Poder Judiciário, não se permitindo que o serviço extrajudicial fique vago, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses (art. 236, caput e parágrafos da Constituição Federal de 1988, combinado com art. 33, CNE). 50. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quem é a autoridade

competente para conferir a delegação na atividade notarial e registral? è A autoridade competente para conferir a delegação é o Presidente do Tribunal de Justiça, conforme art. 2º, §1º, da Lei Estadual nº 6.402/96 (art. 33, único, CNE). 51. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, como ocorre a inves-

tidura na atividade notarial e registral? Quem é a autoridade competente para conferir a investidura? Qual o prazo para investidura?

è De acordo com o art. 34, a investidura na delegação dar-se-á perante o Corregedor Geral da Justiça ou magistrado por ele designado, em trinta dias, prorrogáveis por igual período, uma única vez, mediante o compromisso, lavrado em registro próprio, de executar de modo adequado e eficiente o serviço delegado, em local de fácil acesso ao público e que ofereça segurança para o arquivamento de livros e documentos, bem assim de cumprir as normas legais e regulamentares do Poder Judiciário Estadual, apli-cáveis às serventias extrajudiciais, de forma a dignificar a atividade notarial e registral.

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52. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais os requisitos para investidura?

è Deve haver o requerimento de investidura na delegação, acompanhado dos se-guintes documentos: I – ato de outorga da delegação; II – documento de identificação oficial com foto; III – declaração de ciência de que o exercício da atividade notarial e de registro é in-compatível com o da advocacia, o da intermediação de seus serviços ou de qualquer cargo, emprego ou função pública, ainda que em comissão (art. 34, §1º). è O Código de Normas prevê, para a investidura, a prévia desincompatibilização de eventual cargo, emprego ou função pública, inclusive de outro serviço notarial ou de registro, por ele ocupado (art. 34, §1º e 2º). 53. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais as consequên-

cias da não observância dos prazos para investidura? è Não ocorrendo a investidura no prazo marcado, será tornada sem efeito a outorga da delegação, por ato do Presidente do Tribunal de Justiça, nos termos do art. 14, parágrafo único, da Resolução n. 81/2009/CNJ. 54. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, como ocorre a inves-

tidura o exercício na atividade notarial e registral? Quem é a autoridade compe-tente para conferir o exercício? Qual o prazo para o exercício? Quais as conse-quências do não exercício no prazo legal?

è O Art. 35 do CN prevê o exercício da atividade notarial ou de registro terá início dentro de 30 (trinta) dias, improrrogáveis, contados da investidura, por delegação do Corregedor Geral da Justiça, perante o Juiz Corregedor Permanente da respectiva Comarca. è Será lavrado termo da entrada em exercício, no qual consignará, obrigatoriamente, a data, os dados constantes no ato de outorga e no ato de investidura na delegação, certificando-se no verso destes o início do exercício na atividade registral e notarial. è O Juiz Corregedor Permanente comunicará a ausência de entrada em exercício no prazo legal à Presidência do Tribunal de Justiça e a Corregedoria Geral da Justiça. Se a entrada em exercício não ocorrer no prazo legal, o ato de delegação do serviço será declarado sem efeito pelo Presidente do Tribunal de Justiça, nos termos do art. 15, § 2º, da Resolução n. 81/2009/CNJ.

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55. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, as serventias de notas e de registros podem prestar serviços eletrônicos?

è As serventias notariais e registrais ficam autorizadas a realizar a prestação de ser-viços através da utilização de páginas e sites na Internet (home page) ou por correio eletrônico (email), desde que observados os necessários requisitos de segurança para o registro e lavratura dos atos de sua competência (art. 183 CNE). è A aplicação de sistemas e recursos digitais, via Internet, ou de dispositivos de acesso restrito ou Intranet, na execução dos serviços notariais e registrais deverá aten-der, em qualquer hipótese, às mesmas exigências de qualificação e identificação das partes, emissão dos selos digitais e das guias de recolhimento dos emolumentos pre-vistos na legislação para os atos realizados por meio físico (art. 184 CNE). è A identificação e qualificação das partes, nos atos realizados por meio eletrônico, poderão ser promovidas mediante comunicação digital por áudio ou vídeo, com o ar-mazenamento de cópia digitalizada dos arquivos de comunicação, dos documentos de identificação, de outros documentos exigidos por lei, assim como mediante o re-gistro do código TCP-IP (Transfer Control Protocol – Identity Protocol) do computador de origem. è A manifestação de vontade e a assinatura das partes nos atos notariais e registrais poderá ser formalizada através de programa específico criptografado com uso de cer-tificação digital, em certificados da classe A-3 ou A-4, desde que emitidos por autori-dade certificadora ou de registro nos termos da Medida Provisória nº 2.220-2/2001. 56. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais as centrais ele-

trônicas poderão ser mantidas pelas serventias de notas e de registros? èConforme previsão do art. 187, do Código de Normas, as serventias extrajudiciais poderão manter, com a devida autorização da Corregedoria Geral da Justiça: I – central eletrônica de sinal público, para fins de transmissão, através de arquivos digitais, das assinaturas e sinal público do tabelião, substitutos e escreventes autori-zados; II – central eletrônica de testamentos, para fins de cadastramento e registro dos tes-tamentos públicos lavrados no âmbito de cada circunscrição municipal; III – central eletrônica de escrituras de inventários extrajudiciais, lavradas nos termos da Lei Federal nº 11.441/2007; IV – central eletrônica de escrituras de separações e divórcios extrajudiciais, lavradas nos termos da Lei Federal nº 11.441/2007; V – central eletrônica de certidões de protesto; VI – central eletrônica de registros de imóveis, para fins de buscas e solicitações de pedidos de certidões.

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è As centrais eletrônicas de informações mantidas pelos Tabelionatos de Notas, Pro-testos ou Registros Imobiliários serão custeadas com recursos próprios, provenientes das consultas dos interessados, observada a vigente tabela de emolumentos para os atos físicos correspondentes (art. 187, único). 57. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, o que é o malote di-

gital? Qual finalidade? O malote digital é de utilização obrigatória pelas serven-tias de notas e de registros?

è As comunicações oficiais entre as serventias extrajudiciais e entre estas e os ór-gãos do Poder Judiciário, serão realizadas obrigatoriamente com a utilização do Sis-tema Hermes – Malote Digital, salvo nos casos de indisponibilidade eventual do sis-tema, enquanto esta perdurar (art. 221 CNE). è O disposto no caput não se aplica às hipóteses em que for necessária a remessa de documentos originais, quando estes serão encaminhados por via postal ou outro meio convencional. 58. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, qual a periodicidade

da consulta ao malote digital? è É obrigatória a consulta diária ao Malote Digital, sendo de inteira responsabilidade do delegatário prover os meios necessários para viabilizar o regular uso e acesso ao sistema (art. 222 CNE). 59. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quando se considera

efetuada a comunicação feita por malote digital? è Considerar-se-á realizada a comunicação na data e hora registrada no recibo de leitura, comprobatória do acesso ao teor do documento pelo destinatário (art. 222 CNE). è Quando o envio de documentos se der para atender a prazo, serão considerados tempestivos os transmitidos até as vinte e quatro horas do seu último dia. è A leitura dos documentos será considerada automaticamente realizada se decorri-dos 02 (dois) dias sem a efetiva leitura, contados da data do envio do documento, não sendo possível alegar desconhecimento do conteúdo da comunicação enviada.

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60. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, qual o efeito da co-municação feita a delegatário por malote digital?

è Serão consideradas, para todos os efeitos, como comunicação feita pessoalmente ao delegatário, as que forem realizadas por meio do Malote Digital (art. 222, §4º, CNE). 61. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, qual o objetivo do

Selo Digital de Fiscalização? è Nos termos da previsão do artigo 192 do Código de Normas, o Selo Digital de Fis-calização Extrajudicial tem por objetivo aperfeiçoar o sistema de controle adminis-trativo da atividade notarial e registral, buscando garantir transparência e segurança jurídica aos atos oriundos dos respectivos serviços, a ser implementado por meios ele-trônicos de processamento de dados, integrando a forma de todos os atos extrajudi-ciais. 62. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, a utilização do Selo

Digital de Fiscalização é obrigatória? Em quais atos? Quais as consequências da inobservância de tal obrigação?

è É obrigatória a utilização do Selo Digital em todos os atos notariais e registrais. è A falta de aplicação do Selo Digital constituirá ilícito administrativo, sendo consi-derada falta grave a ser apurada na forma da legislação vigente, sujeitando o titular da serventia às penalidades previstas nos arts. 32, III e IV; 33, III e 35, da Lei Federal nº 8.935/1994, sem prejuízo das sanções civis e criminais (art. 192, § 1º, CNE). 63. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais são as modali-

dades do Selo Digital de Fiscalização? è São modalidades do Selo Digital de Fiscalização Extrajudicial (art. 193 CNE): I – Isento; II – Pago, que será do tipo Normal e Especial. èO Selo Digital Normal obedecerá aos tipos A, B e C, e o Selo Digital Especial, aos tipos 1, 2 e 3, cujos valores e aplicação dar-se-ão na conformidade das Tabelas I e II da Lei Estadual nº 10.132, de 06 de novembro de 2013, sendo corrigidos na mesma pro-porção e data em que o forem os emolumentos estabelecidos pelo Regimento de Cus-tas Judiciais e Emolumentos Extrajudiciais, Lei Estadual nº 5.672, de 17 de novembro de 1992.

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64. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, o que são Selo Digital de Fiscalização Isentos e quando se aplica? Atos isentos precisam ser selados?

è No ato em que a lei conceda isenção de emolumentos, será aplicado o Selo Digital Isento, sem ônus para o usuário, para o notário e/ou registrador. Nos demais atos, inclusive naqueles em que legalmente for conferida redução do valor dos emolumen-tos, serão aplicados os Selos Digitais Pagos (Art. 193, §2º CNE). 65. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, como se dá a aquisi-

ção dos Selo Digital de Fiscalização? Esses custos serão repassados ao usuário? è As serventias extrajudiciais deverão adquirir os Selos Digitais, pagando antecipa-damente os respectivos valores ao Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, ficando vedado o repasse desses valores, a qualquer título, aos usuários dos serviços cartorá-rios (art. 194 CNE). 66. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, é possível a cessão de

Selo Digital de Fiscalização entre as Serventias? è Nos termos do art. 201, CNE, é expressamente vedada a cessão de Selos Digitais de uma serventia para outra, bem como sua reutilização em outros atos. 67. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, o que ocorre com o

acervo de Selos Digitais de Fiscalização em caso de sucessão de titularidade da serventia?

è Os Selos Digitais adquiridos fazem parte do acervo da serventia, devendo ser transmitido ao sucessor em qualquer caso de alteração do delegatário titular, interino ou interventor, com o respectivo ressarcimento dos selos remanescentes (art. 202 CN). 68. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, como se dá a utiliza-

ção dos Selos Digitais de Fiscalização? O que ocorre, em relação à utilização de selos, quando, em um mesmo documento, foram praticados vários atos?

è Prevê o art. 203 do Código de Normas que cada ato notarial ou de registro prati-cado receberá um Selo Digital. è Contendo o documento mais de um ato a ser praticado, a cada ato será aplicado um selo. è Desdobrando-se o documento por mais de uma folha, mas constituindo um só ato, será utilizado apenas um selo.

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è O documento que possuir mais de uma folha e representar mais de um ato rece-berá tantos selos quanto o número de atos praticados, os quais poderão estar distri-buídos pelo documento. 69. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, defina a função cor-

recional, enfatizando quem a exerce e em que limites. è A função correicional consiste na fiscalização das serventias extrajudiciais, sendo exercida, em todo o Estado, pelo Corregedor Geral da Justiça, e, nos limites de suas atribuições, pelos Juízes de Direito que detiverem competência na matéria de Regis-tros Públicos na respectiva comarca (art. 78 CNE). è A fiscalização será exercida de ofício ou mediante representação de qualquer inte-ressado, para observância da regularidade e da qualidade dos atos praticados nos ser-viços notariais e registrais e da forma e continuidade da prestação desses serviços. è A Corregedoria Permanente dos serviços extrajudiciais caberá aos Juízes de Di-reito que detiverem competência na matéria de Registros Públicos na respectiva co-marca, sendo denominados, para fins deste Código, como Juízes Corregedores Perma-nentes. 70. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, quais as espécies de

correições? O que é a inspeção? è O desempenho da atividade correicional será permanente, por meio de inspeções e correições ordinárias ou extraordinárias, gerais ou parciais (art. 81 CNE). è A correição ordinária consiste na fiscalização normal, periódica, previamente anunciada e efetivada segundo os ditames deste Código de Normas. è A correição extraordinária consiste na fiscalização excepcional, realizável a qual-quer momento, podendo ser geral ou parcial, conforme abranja todos os serviços no-tariais e registrais da Comarca, ou apenas alguns. è A inspeção consiste na fiscalização direcionada à verificação da regularidade de funcionamento da unidade do serviço extrajudicial, à verificação de saneamento de irregularidades constatadas em correições, inspeções ou ao exame de algum aspecto da regularidade ou da continuidade dos serviços e atos praticados. è As correições extraordinárias e inspeções independerão de edital ou de qualquer outra providência preliminar.

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71. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, o que ocorre se veri-ficadas irregularidades nas correições? Pode, no ato, instaurar procedimento ad-ministrativo disciplinar?

è Constatadas irregularidades, o Juiz Corregedor Permanente deverá assinalar prazo razoável para correção, oportunidade em que fixará inspeção de retorno para verifi-cação, sem prejuízo da instauração de procedimento administrativo disciplinar quando a gravidade da infração justificar, de tudo comunicando a Corregedoria Geral da Justiça (art. 82, §3º, CNE). 72. Nos termos do Código de Normas Extrajudicial da Paraíba, qual a finalidade da

atividade correicional, como será exercida e o que observará nas serventias? èA atividade correicional será exercida para a observância da continuidade, celeri-dade, qualidade, eficiência, regularidade e urbanidade na prestação dos serviços no-tariais e registrais (art. 84, CNE). èA atividade correicional será efetuada in loco e examinará, além da observância dos deveres funcionais dos notários e oficiais de registros previstos no art. 30, da Lei n.º 8.935/94 e outras determinações da Corregedoria, os seguintes itens: I – se as instalações físicas do imóvel são adequadas para funcionar como sede de serventia extrajudicial, dispondo de bom estado de conservação e higiene, além de devidamente sinalizadas, proporcionando bom atendimento aos usuários, com prote-ção à saúde e segurança dos mesmos; II – se o notário ou oficial do registro titular ou interino efetiva a guarda e manutenção dos livros e documentos do acervo da serventia com segurança, conforme disposto no art. 3º, da Lei n.º 8.935/94; III – se há cópias de segurança do acervo; IV – se o imóvel se encontra localizado em áreas sujeitas à ocorrência de alagamentos, incêndio, umidade e infiltrações; V – se o horário de funcionamento das serventias extrajudiciais obedece ao disposto no art. 28, deste Código; VI – se o imóvel no qual funciona a serventia oferece acessibilidade às pessoas com deficiência, lactantes, grávidas e idosos; VII – se o espaço destinado ao atendimento ao público é adequado ao quantitativo de usuários que procuram os serviços prestados pela serventia, dispondo, em especial, de cadeiras estofadas, balcão especial para pessoas com deficiência, bebedouro e cli-matização; VIII – se os prepostos dispõem de ambiente de trabalho salubre, com uso de mobiliário ergonomicamente adequado, equipamentos compatíveis com o porte da serventia fiscalizada e climatização; IX – se o quantitativo de prepostos é suficiente à prestação de serviço eficiente, seguro e célere, em conformidade com o volume de serviços da serventia; (...)

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73. Quais são as infrações disciplinares exercidas por notários e registradores, con-forme o Código de Normas da Paraíba?

è Nos termos do art. 88, são infrações disciplinares que sujeitam os notários e os oficiais de registros às penalidades previstas nesta lei:

• a inobservância das prescrições legais ou normativas; • a conduta atentatória às instituições notariais e registrais; • a cobrança indevida ou excessiva de emolumentos, ainda que sob a alegação

de urgência; • a violação do sigilo profissional; • o descumprimento de quaisquer dos deveres funcionais.

è Percebe-se que tal norma reproduz o art. 31, da lei 8.935/94 sendo a qual:

São infrações disciplinares que sujeitam os notários e os oficiais de registro às penalidades previstas nesta lei: I - a inobservância das prescrições legais ou normativas; II - a conduta atentatória às instituições notariais e de registro; III - a cobrança indevida ou excessiva de emolumentos, ainda que sob a alegação de urgência; IV - a violação do sigilo profissional; V - o descumprimento de quaisquer dos deveres descritos no art. 30.

74. Conforme o Código de Normas da Paraíba, quais são as formas de apuração de infrações disciplinares?

è Tais foras são a sindicância e o processo administrativo. O artigo 89 CNE prevê que a sindicância e o processo administrativo disciplinar visam a apurar o descumpri-mento dos deveres atinentes ao exercício da função pública delegada e aplicar as pe-nalidades disciplinares previstas na Lei n.º 8.935/94 e Lei Estadual nº 6.402/94, asse-gurados o contraditório e a ampla defesa. è Todas as decisões proferidas em sindicância ou processo administrativo disciplinar serão, necessariamente, antecedidas de relatório e fundamentação. 75. Conforme o Código de Normas da Paraíba, a que se destina a sindicância? è De acordo com o art. 92, a sindicância é destinada à apuração sumária de irregu-laridades, podendo resultar: I – no arquivamento do procedimento; II – na instauração de Processo Administrativo Disciplinar;

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A sindicância deverá ser concluída no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua instauração, podendo esse prazo ser prorrogado, por igual período, quando as circunstâncias do caso exigirem. 76. Conforme o Código de Normas da Paraíba, quais os elementos mínimos devem

estar evidenciados para que a sindicância não seja arquivada? è Evidência da infração e determinação da autoria. è A sindicância será arquivada se não se concretizar, no mínimo, evidência de infra-ção funcional ou, embora evidenciada esta, não for possível determinar sua autoria (art. 93, CNE). 77. Conforme o Código de Normas da Paraíba, é obrigatória a instauração de pro-

cesso administrativa? Em que casos? E se houver indícios de ilícito penal? è Sempre que a infração funcional comportar, em tese, a imposição de qualquer pe-nalidade, será obrigatória a instauração de processo administrativo disciplinar (art. 94). è Se o fato imputado ao sindicado evidenciar prática, em tese, de ilícito penal, a au-toridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, indepen-dentemente da imediata instauração do procedimento administrativo disciplinar. 78. Conforme o Código de Normas da Paraíba, para instauração de processo admi-

nistrativo é obrigatória a instauração se sindicância prévia? Como se dará o pro-cedimento no processo administrativo disciplinar contra notário e registrador? Quem é a autoridade processante?

è O processo administrativo disciplinar independe de prévia realização de sindicân-cia e será instaurado mediante lavratura e publicação de portaria para apurar irregu-laridade, compreendendo as fases de defesa, instrução e julgamento (art. 96). è A instauração do processo administrativo disciplinar em desfavor de notários e ofi-ciais de registros caberá ao Juiz Corregedor Permanente. è O Juiz Corregedor Permanente cientificará o representante do Ministério Público, com competência nas matérias de Registros Públicos, para, querendo, acompanhar o processo administrativo disciplinar em todas suas fases. è Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do notário e oficial de registro, com a especificação dos fatos a ele imputados. è O indiciado será citado para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias.

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è É assegurado ao notário e oficial de registro acompanhar o processo administrativo disciplinar pessoalmente ou por intermédio de procurador, podendo, para fins de am-pla defesa e contraditório, produzir provas e contraprovas, tais como arrolamento e reinquirição de testemunhas, formulação de quesitos periciais, entre outros (art. 99). è O prazo para o encerramento do processo administrativo disciplinar é de 90 (no-venta) dias, prorrogável, uma única vez por mais 30 (trinta) dias, mediante decisão fundamentada da autoridade competente. è Encerrada a instrução, o notário e oficial de registro será intimado para apresentar razões finais, no prazo de cinco dias. è Após as razões finais, a autoridade processante proferirá decisão. è Por analogia, aplica-se ao processo administrativo disciplinar o contido na Lei Com-plementar n° 58/2003, no que não conflitar com as disposições da Lei Federal nº 8.935/94 e da Lei Estadual nº 6.402/96 (Art. 105-A, CNE). 79. Aplicam-se ao processo administrativo disciplinar os princípios constitucionais

do contraditório e da ampla defesa? è O processo administrativo disciplinar obedecerá ao princípio do contraditório, as-segurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. 80. Acordo com o Código de Normas da Paraíba, quais são as penas a que ficam

sujeitos os notários e registradores no caso de prática de infrações? è Os notários e os oficiais de registro estão sujeitos, pelas infrações que praticarem, assegurado amplo direito de defesa, às seguintes penas: I - repreensão; II - multa; III - suspensão por noventa dias, prorrogável por mais trinta; IV - perda da delegação. è O artigo 106 do CNE tem redação idêntica ao artigo 32 da lei 8.935/94. 81. Existe alguma gradação para a aplicação das penas? Quais os princípios a serem

observados na aplicação das penas? Quais as penas aplicáveis? è Não existe gradação. A pena será aplicada conforme a gravidade do ato. No caso de falta leve, a pena será de repreensão; no caso de reincidência ou infração que não configure falta mais grave, a pena será de multa; e no caso de reiterado descumprimento de deveres ou de falta grave, a pena será de suspensão.

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è As penas serão aplicadas observando-se os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, assim como considerados os antecedentes do acusado, a gravidade da infração e suas consequências, da seguinte forma (art. 107 CNE): I – a de repreensão, no caso de falta leve; II – a de multa, em caso de reincidência ou de infração que não configure falta mais grave; III – a de suspensão, em caso de reiterado descumprimento dos deveres ou de falta grave. 82. Como se opera a aplicação da perda da delegação? è A perda da delegação dependerá (artigo 109 CNE e artigo 35 lei 8.935/94: I - de sentença judicial transitada em julgado; ou II - de decisão decorrente de processo administrativo instaurado pelo juízo competente, assegurado amplo direito de defesa. è Prevê, ainda, o art. 109, Parágrafo Único, que, quando o caso configurar a perda da delegação, deverá o juízo competente: I – suspender o notário ou oficial de registro, até a decisão final, e designar interven-tor, observando-se as disposições contidas nos artigos 54 a 60, deste Código. II – processar e remeter os autos ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, para julgamento dos responsáveis, consoante o art. 11 da Lei Estadual nº 6.402/96. 83. Nos termos do Código de Normas da Paraíba, quem será a autoridade compe-

tente para julgamento dos recursos das penas aplicadas pelo juiz corregedor per-manente?

è Por força do art. 111, da decisão que aplicar penalidade disciplinar, caberá recurso, no prazo de 05 (cinco) dias, para o Conselho da Magistratura e, em igual prazo, para o Tribunal Pleno, nos moldes do art. 24, da Lei Estadual n° 6.402/96 c/c o art. 80, V, do RITJPB. 84. Como será feito o recolhimento da pena de multa aplicada em procedimento

administrativo disciplinar, nos termos do Código de Normas? Quem será o bene-ficiário dos valores da multa?

èImposta a pena de multa, esta será recolhida no prazo de 05 (cinco) dias, a contar da intimação, em favor do Fundo Especial do Poder Judiciário do Estado da Paraíba – FEPJ. Não recolhido o valor da multa no prazo legal, esta será deduzida dos emolumentos recebidos pela serventia, diretamente via sistema de recolhimento, até integral qui-tação (art. 110 CNE).