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Entrevistas: Carlos Corradi e Archimedes Nardozza falam de suas gestões Órgão de Informação da Diretoria da Sociedade Brasileira de Urologia. Fundado por Ewerton Amaral RE TROS PEC TIVA 2014 . 2015 Cursos de educação continuada, ações em Brasília, recuperação financeira e de credibilidade foram alguns dos destaques Maior evento da América Latina reúne cerca de 3.500 pessoas no Rio de Janeiro. Veja cobertura completa CONGRESSO DA SBU

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Entrevistas: Carlos Corradi eArchimedes Nardozza falam de suas gestões

Órgão de Informação da Diretoria da Sociedade Brasileira de Urologia. Fundado por Ewerton Amaral

RETROS

PECTIVA2014.2015

Cursos de educação continuada, ações em Brasília, recuperação fi nanceira e de

credibilidade foram alguns dos destaques

Maior evento da América Latina reúne cerca de 3.500 pessoas no Rio de Janeiro. Veja cobertura completa

CONGRESSO DA SBU

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Editorial

1

Dr. Carlos CorradiPresidente da SBUBiênio 2014/2015

Outubro/ Novembro/ Dezembro 2015 BODAU

Despedida com um grande Congresso

No início da gestão encontramos a nossa So-ciedade em um momento difícil, sem dinheiro para honrar os compromissos do dia a dia, apesar de toda a recuperação realizada pela diretoria do Dr. Aguinaldo Nardi, que herdou a SBU, como todos sabem, em uma situação pré-falimentar.

Quando começamos, a nossa preocupação com a parte financeira era grande, com noites sem dor-mir pela ansiedade em arranjar soluções para os vários problemas que apareciam e que tinham de ser resolvi-dos com a rapidez necessária. A maioria de nossos as-sociados, os laboratórios farmacêuticos e a indústria de material médico compreenderam e nos ajudaram nessa recuperação, entendendo que o nosso trabalho era vol-tado somente para a SBU e nem um minuto sequer para angariar prestígio ou benefício pessoal para qualquer membro de nossa diretoria. Resgatamos muitos asso-ciados que voltaram a confiar na nossa Sociedade e le-vamos a inadimplência dos sócios a níveis muito baixos.

Buscamos saídas com coragem e transparên-cia. Cortamos todos os gastos possíveis, pagamos do nosso próprio bolso nossas despesas de viagem, arru-mamos patrocínios, fizemos vários eventos, trouxemos para dentro da sede todas as nossas publicações com diminuição de custos, racionalizamos e modernizamos a nossa administração. Reorganizamos várias comissões, principalmente a CSTE, responsável pelo título de es-pecialista – TiSBU –, profissionalizando a avaliação dos

candidatos, tornando-nos um exemplo a ser seguido pelas outras Sociedades, além da CET, responsável pela avaliação dos serviços de residência.

Fizemos o Portal da Urologia, que será um mar-co na comunicação e na pesquisa para os associados e a comunidade brasileira e que se tornará a fonte de consulta de todos para os assuntos urológicos.

Realizamos o XXXV Congresso Brasileiro de Urologia, no Rio de Janeiro, evento de alto nível científi-co, o maior Congresso de Urologia da América Latina e o segundo do mundo realizado por um só país. Tivemos recorde de participantes, que nos cinco dias do evento tiveram a chance de participar e interagir com grandes nomes da Urologia brasileira e mundial, tomando conhe-cimento de tudo de mais moderno e atual na especia-lidade, culminando com a grande e animada festa de confraternização do urologista brasileiro no Píer Mauá.

A diretoria do Dr. Archimedes Nardozza encon-trará uma Sociedade organizada, em situação econômi-ca confortável e temos a certeza de que fará uma grande e competente administração.

Enfim, a diretoria 2014-2015 está se despedin-do com a sensação de que fizemos uma boa gestão e conseguimos colocar a SBU no lugar que ela merece no cenário nacional. E, para os urologistas, resgatamos o or-gulho e o prestígio de perten-cer a uma grande Sociedade.

O nosso muito obri-gado a todos!

Prezados colegas,

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DiretoriaGestão 2014/2015

PresidenteCarlos Eduardo Corradi Fonseca (MG)

Vice-Presidente

Valter Müller (RJ)

Secretário-Geral

Luis Augusto Seabra Rios (SP)

1° SecretárioGiovani Thomaz Pioner (RS)

2°SecretárioLuiz Sérgio Santos (PR)

3° SecretárioJosé de Ribamar Rodrigues Calixto (MA)

1° TesoureiroLaurinei Muniz da Cunha (RJ)

2° Tesoureiro

Marcos Adriano Gomes de Oliveira (GO)

3º TesoureiroRoberto Gonçalves de Lucena (PE)

Diretor de PesquisasHans Joachim Barg (SC)

Presidente EleitoArchimedes Nardozza Júnior (SP)

Conselho de Economia

PresidentePaulo Habib (MG)

MembrosAcival Lopes dos Santos

Lúcio Flávio Gonzaga SilvaJosé Carlos de AlmeidaSidney Glina

Suplentes

José Alberto AlvesRogério César Correia Bernardo

Editor-ChefeCarlos Sacomani

Editores AssociadosArlindo Monteiro de Carvalho Jr.

Carlos Teodósio da Ros

Conselho EditorialMembros do Departamento de Comunicação

Diretor de Comunicação, Editor do BODAU e do SBU Online: Dr. Carlos SacomaniEditor do Portal da SBU: Dr. Alfredo Felix Canalini

Editor de Mídias Sociais: Dr. Rui NogueiraMembro Auxiliar: Dr. José de Bessa Jr.

Editor AssistenteRicardo de Morais

Designer GráficoBruno Nogueira

Secretária do BODAUPatrícia Gomes

Tel.: (21) 2246-4003 – Ramal 17E-mail: [email protected]

Ex-Editores do BODAU

Sociedade Brasileira de UrologiaRua Bambina, 153 – Botafogo – Rio de Janeiro – RJ – CEP 22.251-050 – Tel.: (21) 2246-4003

e-mail: [email protected] – site: www.sbu.org.br

O Boletim da Urologia – BODAU – é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Urologia, distribuído gratuitamentea todos os urologistas brasileiros e membros correspondentes estrangeiros desta sociedade. O BODAU também é distribuído

em faculdades de Medicina, bibliotecas médicas, hospitais, indústrias farmacêuticas e de comércio de equipamentos e produtos médicos. As afirmações e opiniões emitidas nos artigos do Boletim da Urologia são de inteira responsabilidade dos autores e

não refletem a opinião da Sociedade Brasileira de Urologia. A publicação de anúncios comerciais não garante qualquer respaldo

produtos mencionados neste boletim. Tiragem: 4.100 exemplares.

Expediente BODAU Edição nº 4 2015

w w w . v i t h a l . c o m . b r

Conteúdo

Jornalista responsável ReportagemVithal Comunicação Integrada

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3Outubro/ Novembro/ Dezembro 2015 BODAU

Missão cumprida.

Esse é meu sentimento ao deixar a Diretoria da Comissão de Comunica-

ção e o cargo de editor do BODAU e do SBU Online após dois anos de dedicação.

Aproveito a ocasião para agradecer o apoio incondicional da diretoria executiva e do

nosso presidente, Dr. Carlos Corradi.

Aprendi muito, evoluí, tomei maior contato com a área e com os órgãos de

imprensa. Para quem cresceu acompanhando o pai jornalista e aos domingos ia à

redação de importantes jornais de São Paulo, foi uma experiência única. Lamento

apenas que ele não estivesse presente para acompanhar esse momento de minha

vida e, possivelmente, dividir comigo toda a sua experiência.

Não posso deixar de agradecer à Aline Thomaz, nossa assessora de im-

prensa, e sua equipe formada pelas jornalistas Janaína Soares e Bruna Franco. Um

grupo extremamente profissional e dedicado. Não poderia ter melhores auxiliares.

No período em que a RVmais produzia o BODAU, também contei com a importante

participação de Vanessa Silva.

Na comissão de comunicação, dividi funções com o Dr. Alfredo Félix Cana-

lini (editor do Portal da SBU), doutores Arlindo Carvalho e Carlos Da Ros (coeditores

do BODAU), Dr. Rui Nogueira (editor de mídias sociais) e Dr. José de Bessa Jr.

Nossa convivência foi excelente. Não houve um único momento de conflito. Sempre

trabalhamos em perfeita harmonia. Digo que ganhei amigos para sempre.

Entre as ações que fizemos, destaco o fato de trazermos para o Núcleo

de Publicações da SBU a diagramação e produção do BODAU e do SBU Online.

Passei a ser auxiliado pelos nossos funcionários Ricardo Morais, Bruno Nogueira e

Patrícia Gomes. Dedicados e extremamente competentes, foram importantíssimos

no desenvolvimento das funções que lhes defini.

Em nossa gestão, deixamos o BODAU mais dinâmico e o apresentamos

ao formato digital, passando a ficar disponível para smartphones e tablets. Criamos

o Portal da Urologia, cuja intenção é levar a SBU ao público leigo.

Outro feito foi nos aproximarmos dos principais veículos de comunicação.

Procuramos transformar a SBU em fonte obrigatória quando o assunto é a Urologia

e creio que conseguimos nosso intento.

Ao término deste último BODAU, não digo “Boa Leitura” como de hábito.

Digo apenas:

Obrigado!

Dr. Carlos SacomaniEditor-chefe do BODAUBiênio 2014/2015

Nota do editor

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4

Sumário

BODAU 4

12

34

Departamentos SBU 6 Laparoscopia no Brasil

SBU em Foco 8 SBU participa das últimas edições do ano do Bem Estar Global10 SBU lança Portal da Urologia11 Liga de Oncologia participa do Novembro Azul12 Novembro Azul ganha manchetes pelo segundo ano consecutivo

15 Notas

Artigo18 Novembro Azul polêmico: desserviço da desinformação

20 Escritório de Brasília

NO

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RO

AZ

UL

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etes pelo

segun

do an

o consecutivo

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55

Atualização Científi ca26 35ª edição do Congresso Brasileiro deUrologia é sucesso de público

Capa34 Retrospectiva 2014 / 201544 Entrevista

47 Calendário de Eventos

26

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BODAU 6

Departamentos SBU

esde os primeiros relatos de cirurgia uro-

lógica por via laparoscópica nos anos 90,

essa via de acesso tem se tornado parte

integrante da vida cirúrgica do urologista.

Nesses últimos 25 anos a cirurgia mini-

mamente invasiva, representada funda-

mentalmente pela laparoscopia pura e recentemente

pelas técnicas robô-assistidas, tem cada vez mais me-

lhorado seus resultados oncológicos e/ou funcionais,

e ainda tendo estes mesmos resultados muito bem

documentados na literatura médica. Essas informações

estão disponíveis tanto para o urologista como para os

pacientes, que, devido à internet, muitas vezes chegam

aos consultórios inclinados a realizar cirurgia laparos-

cópica ou robótica. Isso, sem dúvida, melhora muito a

comunicação entre pacientes e médicos.

Neste contexto atual é muito importante que o uro-

logista ofereça a opção de cirurgia minimamente inva-

siva e que esteja sempre estudando e lendo a respeito.

A literatura atual está rica com artigos que descrevem

a técnica, os resultados, a prevenção e a incidência de

complicações. O problema é que alguns procedimentos

em Urologia são complexos, envolvem ressecção deli-

cada seguida de reconstrução e às vezes o entusiasmo

e a motivação de quem está aprendendo acabam en-

frentando o realismo de uma lenta curva de aprendiza-

do, da necessidade de investimentos em tecnologia, da

cobrança por resultados oncológicos/funcionais e do

potencial de complicações nos casos iniciais.

O Departamento de Laparoscopia da SBU tem

trabalhado para melhorar o aprendizado e tem se

empenhado na educação continuada dos urologistas.

Realizamos vários projetos, recebendo urologistas visi-

tantes para acompanhar cirurgias, fornecendo material

didático e aulas por teleconferência, além de assessoria

para casos difíceis e capacitação por meio de eventos,

cursos e programas de treinamento. Existem hoje no

Brasil muitos programas de fellows em laparoscopia

para a imersão de novos urologistas na cirurgia vide-

olaparoscópica.

dpor Eliney Ferreira Faria*

Laparoscopia no Brasil

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BODAU 7

A cirurgia robótica é ótima em inúmeros aspectos que nem pre-

cisamos citar; o nosso serviço em Barretos contempla na prática os

benefícios da cirurgia robô-assistida. O problema é que essa moda-

lidade ainda não está disponível para a maioria dos urologistas em

nosso país. Neste cenário brasileiro, especifi camente, a laparoscopia

ainda é ferramenta interessante e fundamental para se oferecer cirur-

gia minimamente invasiva aos doentes e a um custo competitivo em

relação à cirurgia aberta. Hoje, a maioria das residências do país ex-

põe o residente à cirurgia laparoscópica muito mais que no passado.

Justamente para saber como estava a cirurgia minimamente inva-

siva no nosso Brasil, foi realizada uma pesquisa no XXXV Congresso

Brasileiro de Urologia, nos dias 31 de outubro, 1 e 2 de novembro de

2015, por meio de questionários autoaplicáveis, na qual avaliamos

uma amostra de nossos associados em relação ao tema. A primeira

parte das perguntas era referente a seus dados demográfi cos e uso

cotidiano da laparoscopia e robótica, e a segunda em relação às pre-

ferências de técnica operatória minimamente invasiva. Esses questio-

nários foram de preenchimento voluntário e anônimo.

Ao todo, 385 urologistas responderam completamente o ques-

tionário. A média de idade foi de 45,9 ± 12,2 anos (26 a 78 anos)

e foram provenientes principalmente dos estados de SP (23,9%),

* Coordenador da subárea de Laparoscopia da SBU

Neste contexto atual é muito importante que o urologista ofereça a opção de cirurgia minimamente invasiva e que esteja sempre estudando e lendo a respeito. A literatura atual está rica com artigos que descrevem a técnica, os resultados, a prevenção e a incidência de complicações”

bótica. Com relação àqueles que não fazem PR laparoscópica,

40% disseram que não o fazem por não ter tido treinamento e

apenas 11% disseram que acham a PR laparoscópica tecnica-

mente difícil. Daqueles que não fazem PR robótica, 57% disse-

ram não terem tido treinamento e 65% não o fazem pois não

têm acesso ao robô. O questionário tem mais dados que estão

sendo avaliados e em breve esperamos divulgá-los no Portal da

SBU e em publicação científi ca.

Uma vez que a literatura mostra cada vez mais resultados

similares entre a cirurgia laparoscópica e a cirurgia aberta, con-

cluímos que os 55% dos urologistas que responderam fazer

algum tipo de cirurgia laparoscópica estão no caminho certo.

Acreditamos que esse número tende a aumentar com o passar

do tempo e que isso traz ganho de qualidade na assistência aos

nossos pacientes preparando o urologista para o futuro, quan-

do esse treinamento laparoscópico tende a ser otimizado para

absorver com mais rapidez a técnica e a expertise em robótica.

Por último, gostaria de agradecer ao presidente Carlos Corradi,

pelo apoio incondicional ao Departamento, e também ao bri-

lhante trabalho de todos os demais membros que compuseram

a gestão 2014-2015.

RJ (12,7%), MG (10,9%) e RS (7,5%). Da amostra, 93% marcaram

opção de atuação em urologia geral, 62% em uro-oncologia e 26%

em uro-ginecologia. Dos que responderam, 75% informaram traba-

lhar em hospital privado, 38% hospital público e 26% em hospital

com vínculo universitário/faculdade.

Ficamos felizes com o resultado, pois 55% dos urologistas que

responderam ao questionário realizam algum tipo de procedimento

laparoscópico em seu cotidiano, e os principais procedimentos re-

alizados estão mostrados no gráfi co. Por outro lado, somente 7%

realizam algum tipo de cirurgia robótica. O resultado foi relativamen-

te bom, porém bem menor que na Alemanha, onde pesquisa similar

mostrou que 86% dos urologistas realizam laparoscopia (Imkamp,

F; World J Urol, 2013). Um importante viés seria que esses dados

alemães foram colhidos em centros terciários e nossa pesquisa foi

feita com o urologista geral.

Da amostra, 88% realizam prostatectomia radical (PR) aber-

ta, 26% fazem PR laparoscópica e apenas 5,7% fazem PR ro-

% de urologistas que fazem Laparoscopia

Adrenalectomia NefrectomiaRadical

NefrectomiaParcial

ProstatectomiaSimples

ProstatectomiaRadical

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

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BODAU 8

SBU em Foco

programa Bem Estar Global é uma iniciati-va do programa Bem Estar, da TV Globo, em parceria com o Sesi, que oferece orienta-

ções de diversas especialidades de forma gratuita para a popula-ção. A ação é realizada em dife-rentes cidades ao longo do ano e transmitida ao vivo pela TV. A SBU é parceira desta iniciativa e partici-pou de todas as edições realizadas este ano.

No primeiro semestre, a SBU, representada pelas seccionais, participou das ações em Florianó-polis (SC), em 30 de janeiro, Belo Horizonte (MG), em 27 de março, e Belém (PA), em 24 de abril. E no segundo semestre, das edições realizadas em Vitória (ES), no dia 11 de setembro; em Fortaleza (CE), no dia 30 de outubro; em Campinas (SP), no dia 13 de novembro; e em Salvador (BA), no dia 4 de dezembro. Cada edição tem uma média de 6 a 9 mil pessoas impactadas.

Vitória (ES)A ação foi realizada na Praça do Papa, das 8h às 16h e,

de acordo com a produção do programa, foram contabilizados 5.684 atendimentos e um público de 5.500 pessoas, segun-do estimativas do Corpo de Bombeiros. A SBU-ES orientou a população sobre saúde do homem, principalmente câncer de próstata e incontinência urinária.

Para o presidente da SBU-ES, Alexander Casini, quando um paciente sente algum sintoma, ele leva de seis meses a

o

SBU participa das últimas edições

do ano do Bem Estar Global

por Bruna Franco

um ano para conseguir uma consulta no Sistema Único de Saúde. Por isso, o ponto positivo da participação da SBU no evento foi conseguir orientar a população sobre as doenças urológicas. “Cerca de 80% das orientações foram sobre a im-portância do exame de próstata. Os outros 20% foram sobre incontinência urinária, com grande procura pelas mulheres, que foram orientadas pelos urologistas e pela fisioterapeuta do Hospital das Clínicas que estava presente da Tenda da Urologia”, afirma.

Fortaleza (CE) Realizada na Vila do Mar, das 7h às 14h, a ação teve um

recorde de público e atendimentos: 10 mil pessoas e 8.597 atendimentos, de acordo com a produção do programa. A SBU-CE explicou aos homens a importância do exame de

De setembro a dezembro, as ações foram realizadas em Vitória (ES), Fortaleza (CE), Campinas (SP) e Salvador (BA)

Médicos da seccional de São Paulo que participaram da edição em Campinas (SP) no dia 13 de novembro

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Outubro/ Novembro/ Dezembro 2015 BODAU 9

SBU-ES abordou câncer de próstata e incontinência urinária Urologistas da SBU-CE orientaram sobre câncer de próstata

Palestra realizada na Tenda da Urologia na edição de Salvador (BA)

próstata, por meio de folhetos ilustrativos, além de orientá-los a procurar um serviço de Urologia via SUS ou mesmo particu-lar, para complementar com o exame de toque.

Para o coordenador da Tenda da Urologia, Ulisses Albu-querque, 2º tesoureiro da seccional, a participação da entida-de em um evento desse porte vai ao encontro da luta da SBU pela valorização profissional, uma vez que é uma forma de apoio à Urologia nacional. “Além disso, é uma oportunidade de ter contato com um público que é bem carente de informa-ção. A população, a SBU e os médicos que participam dessas ações só têm a ganhar com isso”, ressalta.

Campinas (SP)O evento foi realizado no Parque Lagoa do Taquaral, das

8h às 16h. Por ser em novembro, o tema foi o câncer de próstata. Em Campinas, a edição teve um público de 10 mil pessoas e 7.950 atendimentos em mais de 20 tendas de ser-viços. A SBU-SP levou dez urologistas, que trabalharam em cima do preconceito ao exame de toque ao mostrar os mitos que envolvem o tema.

Para o presidente da SBU-SP, Roni Fernandes, é impor-tante que as seccionais participem dos eventos. “É uma ação realizada por uma grande emissora nacional. A produção ofe-

rece toda a estrutura e organização para que a SBU leve à população informações de qualidade sobre as doenças trata-das pelo urologista”, afirma.

Nesta edição, Roni Fernandes e Ubirajara Ferreira ainda participaram de talk-show no palco principal e falaram sobre a saúde do homem.

Salvador (BA)A última edição do ano foi realizada na Boca do Rio, das

7h às 14h, com um recorde de público: 11.500 pessoas e 7.403 atendimentos. Os médicos da SBU-BA ofereceram instruções e esclarecimentos sobre câncer de próstata e in-continência urinária, com participação de fisioterapeutas. A Tenda da Urologia foi coordenada por Wagner Coelho Porto, coordenador de eventos da SBU-BA e vice-presidente eleito da gestão 2016-2017.

Para Hélder Coelho Porto, presidente da SBU-BA, essa é uma boa oportunidade para divulgar a importância de os homens realizarem seus exames periódicos. “O câncer de próstata mata mesmo e, por isso, os homens devem se cuidar. Além disso, é essencial cuidar da saúde de uma forma geral, praticar exercício físico, pegar sol pelo menos uma hora no dia. Ter uma vida com qualidade”, ressaltou.

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BODAU 10

SBU em Foco

por Janaína Soares

SBU lança Portal da UrologiaSite substitui página da SBU e tem como objetivo se tornar referência na área para o público leigo

urante o 35º Congresso Brasileiro de Urolo-gia, realizado de 31 de outubro a 4 de novem-bro, no Rio de Janeiro, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) lançou seu novo site, o Portal da Urologia. Mais dinâmico e com mui-to mais informações voltadas para o leigo, o

novo canal destaca-se pelo visual moderno e informativo.“Nosso objetivo principal é tornar o portal referência

do público leigo na área de Urologia. Para isso tivemos especial atenção ao conteúdo destinado a informar a população sobre os principais problemas de saúde que são de responsabilidade do urologista”, afi rma o diretor de Comunicação da SBU, Carlos Sacomani, idealizador da página. O espaço foi criado baseado em técnicas de Searching Engine Optimization (SEO), sistema que tem

dcomo objetivo tornar os sites mais atrativos para os me-canismos de busca da internet, como o Google, ao usar palavras-chave na área.

O conteúdo da página foi todo reformulado com o apoio dos membros dos Departamentos da SBU. Foram desenvolvidos materiais sobre diversos assuntos como câncer de próstata, disfunção erétil, DAEM, bexiga hi-perativa, fi mose, cálculo renal etc. Na seção Sua saúde, encontram-se dicas, dúvidas frequentes e informações sobre as principais doenças da especialidade.

Como no site anterior, há um espaço dedicado ex-clusivamente ao sócio, o Área do Associado, no qual os urologistas cadastrados encontram informações sobre fellowships e as notícias da Sociedade e têm acesso às publicações da SBU.

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BODAU 11

Liga de Oncologia participa

Em sua terceira edição, Campanha de Conscientizaçãoe Rastreamento atende 105 homens

urante o Novembro Azul, integrantes da Liga Acadêmica de Oncologia da Univer-sidade de Mogi das Cruzes (UMC), em

São Paulo, organizaram a terceira edição da Campanha de Cons-cientização e Rastreamento No-vembro Azul, sob orientação do professor Ademar Lopes. A ação foi realizada no dia 14 de novem-bro na Policlínica da UMC e aten-deu 105 homens.

“Os acadêmicos do curso de Medicina, supervisionados pe-los urologistas Bruno Hurtado e Carlos Eduardo Marin, acompa-nharam as consultas a fi m de que os urologistas pudessem ensinar sobre a área aos alunos, além de realizar o atendimento gratuito à população. Administramos pa-lestras sobre câncer de próstata, esclarecendo as dúvidas sobre os exames, os sintomas urológicos e a importância do rastreamento”, explica Giovanna Luiza Caxeiro, acadêmica do 3º ano de medicina e presidente da Liga de Oncolo-gia (gestão 2015).

Segundo Giovanna, quatro pacientes já diagnosticados com câncer de próstata foram em

d

busca de mais informações e para tirar dúvidas sobre o tratamento. Outros dois pacientes com diagnóstico suspeito de câncer de próstata foram encaminhados a unidades de saúde da cidade.

“Tivemos um resultado bastante satisfatório e positivo. Os pacientes in-teragiram tirando muitas dúvidas e nos

indicando quais são as suas principais dificuldades em relação ao acesso ao atendimento urológico na região. Muitos relataram ter buscado auxílio anterior-mente, mas, além de demorar ou não se-rem chamados pelo sistema, não tinham recebido as informações sobre a doen-ça”, conta Giovanna.

Integrantes da Liga Acadêmica de Oncologia da UMC esclareceram pacientes

do Novembro Azul

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BODAU 12

SBU em Foco

A

NOVEMBRO AZUL

SBU realiza mais uma edição da campanha nacional de conscientização da importânciado diagnóstico precoce do câncer de próstata

por Bruna Franco

Sociedade Brasileira de Urologia, em par-ceria com o Instituto Lado a Lado pela Vida, realizou mais uma edição da cam-

panha nacional Novembro Azul. Ao longo do mês, médicos da SBU fi -zeram palestras em empresas, em todo o país, para divulgar a impor-tância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. O diretor de Comunicação, Carlos Sacomani, o membro do Departamento de Comunicação Alfredo Canalini e o presidente da SBU-SP, Roni de Carvalho, coordenaram a agenda de palestras e de entrevistas para a imprensa.

Todos os presidentes das sec-cionais e membros da diretoria fi caram disponíveis para atender as demandas da imprensa, alguns ainda disponibilizaram persona-gens (pacientes já tratados) para enriquecer a matéria sobre câncer de próstata. Essa ajuda à asses-soria de imprensa foi fundamental para a divulgação da campanha e da SBU como principal fonte para falar sobre a saúde do homem.

Foram mais de 700 inserções na mídia em veículos impressos, onlines, rádios e TVs em todo o país, como nos jornais impressos A Tribuna (Santos), Tribuna Hoje (AL), A Tarde (BA), Folha de Per-nambuco (PE), Diário da Manhã (GO), A Crítica (AM), A Gazeta (MT), O Dia (RJ), Jornal Metro Campinas (SP), O Liberal (PA), Diário do Nordeste (CE), Correio Braziliense (DF), O Tempo (MG), Correio da Paraíba (PB), Zero Hora (RS), Tribuna do Norte (RN), A Gazeta (ES), A Notícia (SC) e O Estado do Maranhão (MA). Cana-lini participou de entrevistas sobre o tema no Jornal da GloboNews, Repórter Brasil (TV Brasil), Jornal da Band (TV Band), Conexão Fu-tura (TV Futura) e Sem Censura (TV Brasil).

Para ele, ao longo dos anos o Novembro Azul tem se tornado bastante robusto, ganhando vida própria. A campanha é uma opor-tunidade de informar o público leigo, divulgar a SBU e valorizar o trabalho do urologista. “Neste ano tivemos algumas críticas mais con-tundentes, tentando desqualificar

ganha manchetes pelosegundo ano consecutivo

Sacomani defende posicionamento da SBU em debate promovido pela TV Folha

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Editorial assinado porCarlos Corradi e

Fernando Maluf naFolha Online

Alfredo Canalinirepresentou a SBUnos programas Jornal daGloboNews e Sem Censura

Resposta deCarlos Sacomanià carta de leitor quedizia que os urologistas tinham confl ito de interesse ao indicar exame rotineiro

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BODAU 14

SBU em Foco

nossas opiniões. Sabemos que a medicina, como muitas áreas do conhecimento humano, é uma ciência de verdades transitórias. Porém, pelos dados que temos hoje, é difícil contestar os bene-fícios que trouxemos aos nossos pacientes com o diagnóstico precoce do câncer de próstata”, afirma Canalini.

Ainda de acordo com Canalini, o Portal da SBU recebeu muitas mensagens sobre a dificuldade de fazer exames e trata-mentos na rede pública de saúde. E esse é um efeito normal da

O artigo “Exame de próstata não faz o homem viver mais”, publicado no dia 3 de novembro na coluna da jornalista Clau-dia Collucci (http://bit.ly/capcollucci), do jornal Folha de S. Paulo, deu o pontapé inicial para a polêmica do rastreamento do câncer de próstata. A jornalista contraindicou a realização do PSA de rotina, em qualquer idade, apoiada na nota divul-gada à imprensa pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), que ressaltava que o ras-treamento não é a recomendação de instituições nacionais, como o Inca e o Ministério da Saúde, e estrangeiras, como o United States Preventive Services Task Force (USPSTF).

Após receber a nota oficial da SBU ressaltando a im-portância do rastreamento, a jornalista convidou a Socieda-de para participar de um debate na TV Folha (http://bit.ly/tvfolhaprostata) com um representante da SBMFC. O de-bate aconteceu no dia 13 de novembro com a presença do diretor de comunicação da SBU, Carlos Sacomani, e o dire-tor de Comunicação da SBMFC, Rodrigo Lima. Esse debate ainda rendeu uma matéria na Folha de S. Paulo no dia 22 de novembro, chamada “Guerra da próstata” (http://bit.ly/guer-raprostata), na qual foram publicados argumentos de ambos os lados. A nota oficial da SBU (http://bit.ly/notaSBU) foi publicada no Painel do Leitor online, da Folha de S. Paulo, no dia 14 de novembro.

Ainda no dia 3 de novembro, o secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, João Gabbardo dos Reis, concedeu en-trevista à Rádio Gaúcha se manifestando contra o rastrea-mento. No dia seguinte, o Jornal do Almoço, do Grupo RBS, afiliada da TV Globo no estado, convidou um diretor da SBU para participar de debate sobre o tema no programa. No entanto, toda a diretoria estava no Congresso da SBU, no

informação, criar massa crítica que nem sempre interessa a todos. “Ajudamos os homens a romperem a barreira do precon-ceito, romperem a barreira do medo e terem maior consciência sobre a importância dos exames preventivos e das consultas médicas regulares. Estimulamos o debate e os questionamen-tos. E, como resultado, certamente mudamos conceitos e mo-dificamos comportamentos. A atitude é pela promoção da saú-de. No próximo ano, seguramente, será muito melhor”, ressalta.

Rio de Janeiro. O ex-presidente da SBU Walter Koff representou os urologistas nesse debate (http://bit.ly/jornaldoalmoçoCAP). Como o Jornal do Almoço não quis voltar ao tema para ouvir um representante da SBU, a assessoria de imprensa da Sociedade procurou outros jornais da emissora e o Bom Dia RS (http://bit.ly/bomdiarsCAP) concordou em ouvir o membro da Comissão de Comunicação da SBU Carlos Da Ros, no dia 9 de novembro.

O Jornal Nacional, da TV Globo, também produziu uma matéria sobre a polêmica (http://bit.ly/JNCAP), exibida no dia 23 de novembro, com diversos entrevistados, como Lu-cas Nogueira, coordenador do Departamento de Uro-onco-logia da SBU, e representantes do Inca, do Instituto Lado a Lado pela Vida e da SBMFC. A SBU apresentou ao repórter e encaminhou por e-mail diversos estudos mostrando resul-tados positivos com o rastreamento, no entanto, a reporta-gem não os utilizou.

O presidente da SBU, Carlos Corradi, assinou o arti-go “Câncer de próstata: o momento de vencer esta doença” (http://bit.ly/artigoCAP) com o oncologista Fernando Maluf, publicado na Folha de S. Paulo, no dia 30 de novembro.

No dia 2 de dezembro, o colunista Hélio Schwartsman, também da Folha de S. Paulo, publicou editorial (http://bit.ly/guerrasmedicas) sobre o rastreamento do câncer de próstata dizendo que as duas vertentes estão certas em seus argu-mentos. No dia 3 de dezembro, no mesmo jornal, foi publicada uma carta em referência ao editorial do Hélio Schwartsman. A carta do clínico geral Rodrigo Diaz Olmos criticava o diagnós-tico precoce e os urologistas, alegando conflito de interesse. A resposta da SBU, assinada por Carlos Sacomani, à carta do leitor foi publicada no dia 5 de dezembro, no Painel do Leitor da Folha (http://bit.ly/cartaSBU).

Polêmica sobre o rastreamento

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Outubro/ Novembro/ Dezembro 2015 BODAU 15

Notas

Defesa de doutorado na Unifesp

O Dr. Jhonson Joaquim Gouvêa defendeu sua tese de douto-

rado em Urologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),

no dia 27 de agosto. Com o título “Qualidade de vida de pacientes

submetidos à cirurgia de transgenitalização pela técnica de pre-

servação dos corpos cavernosos”, a pesquisa foi orientada pelo

professor Antônio Macedo Jr. e teve como banca examinadora os

professores Arquimedes Nardozza Jr., Marcos Gianetti Machado,

Tiago Rosito, José Murillo Bastos Neto e os suplentes Sergio Xi-

menes e Amilcar Giron.

Defesa de doutorado na USPNo dia 11 de setembro, o Dr. Humberto de Campos Franco Mo-

rais defendeu sua tese de doutorado em Urologia na Faculdade de

Medicina da Universidade de São Paulo (USP). “Avaliação de predito-

res para potência sexual e continência urinária durante a realização

da prostatectomia radical robótica assistida” foi orientada pelo pro-

fessor Dr. Carlo Camargo Passerotti e aprovada pela banca examina-

dora composta pelo Dr. Rui Nogueira Barbosa, professor de Urologia

da Unilago/campus São José do Rio Preto/SP; professor Dr. Alberto

Azoubel Antunes, coordenador da pós-graduação do Departamen-

to de Urologia da USP; Dr. Marcelo Takeo Rufato Okano e Dr. Marcelo

Zerati, professor titular de Urologia da IMEPAC/campus Araguari/MG.

Doutorado em Urologia na UnifespA Dra. Marcela Leal da Cruz defendeu no dia 3 de dezembro

sua tese de doutorado pela Disciplina de Urologia da Unifesp com

o título “Avaliação urológica de pacientes submetidos à correção de

mielomeningocele in utero: Estudo prospectivo”. A especialista teve

como orientador o professor Dr. Antonio Macedo Jr. e co-orientador

o professor Dr. Bruno Leslie. Da banca examinadora participaram os

professores: Dr. Adriano Almeida Calado (UPE), Dra. Maria Cristina

Andrade (Unifesp), Dr. Paulo Roberto T. Rodrigues (Hospital da Be-

neficência Portuguesa) e Dr. Ricardo Luís Vita Nunes (USP), além dos

suplentes Dr. Marcos Machado (USP) e Dr. Roberto Soler (Unifesp).

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Notas

Associados lançam Atlas de Urodinâmica

Tornar acessível a compreensão do exame urodinâmico e mostrar sua utilidade clínica são os objetivos do livro, que trata da prática clínica de consultório

s associados da SBU Marcelo Thiel e Edson Soares

Bezerra selecionaram os tópicos mais importan-

tes da Urologia nas áreas de disfunções miccio-

nais, urologia feminina e uroneurologia para

desenvolverem o Atlas de Urodinâmica - práticas

clínicas de consultório para urologistas e ginecologistas.

Capa do Atlas de Urodinâmica

O livro é dedicado a urologistas, ginecologistas, médicos

residentes e especialidades afins. Os primeiros tópicos ensinam

o passo a passo para montar o consultório de urodinâmica, com

protocolos, roteiro de entrevista, manejo de complicações e guia

de organização da sala. A obra também apresenta os artigos do

Subcomitê de Educação da International Continence Society

(ICS): “Boas Práticas de Urodinâmica” e a “Padronização da Termino-

logia das Disfunções do Trato Urinário Inferior” em português, auto-

rizados para publicação com exclusividade nessa obra. Fornece

interpretação dos gráficos urodinâmicos, nomogramas, diagnós-

tico urodinâmico e de seu laudo completo.

Especialistas nacionais e internacionais dedicados à área de

urodinâmica analisam casos clínicos das principais situações da

rotina dos consultórios e respondem perguntas dirigidas, segui-

das de comentários editoriais. Discutem meios de auxílio diagnós-

ticos, além de mostrarem as principais opções terapêuticas.

A obra traz ainda seções dedicadas aos casos complexos, ar-

tefatos em urodinâmica e apresenta a simplificação dos gráficos

urodinâmicos, recurso especialmente desenvolvido para ativida-

des de ensino (especializações, residência médica).

A noctúria e a enurese são comentadas de formas e pers-

pectivas multidisciplinares com artigos inéditos publicados pelos

autores. As ilustrações tornam o livro um guia de referência que

simplifica a visão do médico sobre as situações da rotina e pode

ser consultado de maneira segmentada como um verdadeiro

atlas de urodinâmica.

O livro se propõe a contribuir com a formação de diferentes

especialistas com interesse ou atuação na área de disfunções mic-

cionais que encontram dificuldade para aprender, executar e/ou

interpretar a avaliação urodinâmica. (Redação)

o

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Outubro/ Novembro/ Dezembro 2015 BODAU 17

Sociedade Brasileira de Urologia de Pernambuco (SBU-PE) realizou entre os dias 17 e 19 de setembro a 3ª Jornada Pernambucana de Urologia (JPU-2015), no Hotel Armação do Porto, em Porto de Galinhas, no litoral sul do estado. O encontro contou com a partici-

pação de cerca de 120 urologistas de 12 diferentes estados brasi-leiros e ainda de países como Uruguai e Venezuela.

Os especialistas participaram de um encontro científico de ex-celente nível, com debates e palestrantes de renome nacional e in-ternacional apresentando temas relacionados a câncer de próstata, câncer de rim, HPB e litíase renal. Na área de expositores, com 20 estandes, os congressistas puderam desfrutar de simuladores de cirurgia com laser, simulador de cirurgia robótica e centro cirúrgico virtual para ureteroscopia flexível, além da exposição e venda de produtos médicos.

Na abertura, além da homenagem aos ex-presidentes da sec-cional, o presidente da Jornada e presidente licenciado da SBU--PE, Dr. Clovis Fraga, o presidente da SBU, Dr. Carlos Corradi, e o ex-presidente da SBU Dr. Salvador Vilar apresentaram uma pales-tra sobre fatos da história da Urologia pernambucana. A Jornada foi encerrada com um jantar de confraternização promovido pela organização do evento.

3ª Jornada Pernambucana faz sucesso

Cerca de 120 especialistas participaram de atualização em Porto de Galinhas.Próxima edição será em 2017

Muito elogiada este ano, a Jornada terá sua próxima edi-ção em 2017, entrando definitivamente no calendário urológi-co nacional como um evento de referência para toda a região Nordeste. (SBU-PE).

Carlos Corradi, Clovis Fraga e sua esposa Cibele Pelinca

Anderson Braz, Luiz Henrique Araújo, Cesar Brito, Eriberto Marques Jr., Guilherme Lima, Levin Martinez, Françualdo Barreto, Rene Sotelo e Maurício Rubinstein

Geraldo Cavalcanti, presidente em exercício da SBU-PE, Clovis Fraga, presidente licenciado, e Alessandra Macedo, secretária da SBU-PE

A

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Artigo

Novembro Azulpolêmico:

ó quem efetivamente trata de pacien-tes com câncer de próstata conhece de perto as nuances do sofrimento causado pelas metástases ósseas dos tumores que não foram vistos a tempo. Falar apenas em mortalidade

como referencial de desfecho de uma neoplasia arrastada e sofrida como o câncer de próstata pode bem servir a alguns propósitos econômicos no custeio da saúde pública, mas não retrata a vida real de quem padece desse mal.

Segundo o paradigma de Halsted, consagra-do nome da cirurgia mundial, o câncer aparece no órgão de origem, desenvolve-se localmente por um certo tempo para então disseminar para os gânglios linfáticos e para outros órgãos do paciente. É justamente esse hiato de tempo, en-tre o surgimento e a disseminação, que confe-re efi cácia aos programas de rastreamento po-pulacional das doenças malignas. O câncer de próstata, por ser um tumor de crescimento rela-tivamente lento quando comparado a outras ne-oplasias, permite uma janela generosa de tempo para o seu diagnóstico enquanto ainda localizado e COMPLETAMENTE ASSINTOMÁTICO.

s

Em recente e criteriosa análise sobre os benefícios dos programas de rastreamento das neoplasias de próstata e de mama, ressaltando que são doenças de biologia e história natural distintas, o New England Journal of Medicine, um dos principais periódicos médicos do mundo, oferece-nos um gráfi co sobre o que aconteceu nos Estados Unidos após o advento do PSA, que fala por si.

desserviço dadesinformação

por Aguinel José Bastian Júnior*

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Outubro/ Novembro/ Dezembro 2015 BODAU 19

Em pleno Novembro Azul, campanha de ESCLARECI-MENTO à população sobre os dados estatísticos, formas de diagnóstico e de tratamento do câncer mais comum no sexo masculino, não faltam opiniões desavisadas desestimulando a busca dos pacientes pelo diagnóstico precoce. Assistimos na mídia a colegas médicos que não tratam câncer de prósta-ta contradizendo as recomendações da Sociedade Brasileira de Urologia, com a mensagem lenitiva de que bastam os hábi-tos saudáveis, atividade física e não fumar. De uma distância “confortável” dos doentes, desencorajam os homens a fazer PSA e toque retal, exa-mes mundialmente indicados por todas as comunidades médicas efetivamente en-volvidas com o câncer de próstata.

As estatísticas brasileiras na área da saúde ainda são incompletas, e por isso precisamos, muitas vezes, recorrer a dados da América do Norte e da Europa, onde o registro nosológico é feito de forma mais consistente. Essa polêmica, que agora ve-mos no Brasil, nasceu nos Estados Unidos em 2012 depois que um grupo de esta-tísticos e burocratas de uma instituição chamada U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) desaconselhou a comu-nidade médica norte-americana a rastrear o câncer de próstata, apontando os even-tuais casos de câncer pouco agressivo, os relativos riscos do diagnóstico e tratamen-to e seus custos para os cofres públicos. Focado apenas nas taxas de mortalidade, não abordou a rele-vância clínica e social da doença metastática e os dois princi-pais grupos de risco para o câncer de próstata:

a) Homens com história familiar da doença

b) Afrodescendentes.

Nos Estados Unidos a mortalidade por câncer de próstata diminuiu 47% de 1992 a 2011, graças aos esforços de diag-nóstico precoce à custa de PSA e toque retal. Desde 2012, após as “recomendações” da USPSTF, os casos de alto risco por diagnóstico tardio vêm aumentando, assim como diminuiu de forma alarmante a pesquisa da doença entre os afrodes-cendentes. Uma clara contramão no benefício trazido pelo PSA e por tudo o que a medicina moderna conhece a respeito

do câncer de próstata. Além disso, a realização de PSA por lá caiu justamente nos homens com idade entre 50 e 70 anos, o grupo etário mais suscetível à doença.

Modelos estatísticos estimam que, se levada à risca a recomendação da USPSTF, em 2025 os Estados Unidos te-rão o dobro de pacientes com doença metastática e um in-cremento de 13 a 20% no número de mortes evitáveis por câncer de próstata. Com base nessas análises, a comunidade científica norte-americana começa agora a questionar as di-

retrizes de 2012 do USPSTF e cresce a preocupação com o resultado desses três anos de equívoco. Como as coisas costumam “reverberar” aqui no Brasil com algum atraso, repete-se o equívoco norte-americano sem buscar saber que resultado isso trouxe por lá.

Um fato é certo: é cômodo reci-tar produtos estatísticos e aconselhar as “massas” a relaxar, com um discurso numérico e sem responsabilidade indivi-dual. As planilhas de dados são frias e nelas não há pessoas, somente números. Os urologistas e os oncologistas, por sua vez, tratam de pessoas reais com câncer de próstata. Elas têm nome, história, an-seios, família e vontade de viver. E gritam de dor quando o câncer de próstata lhes chega aos ossos.

Cabe ressaltar que a Campanha Novembro Azul não obriga ninguém a

fazer PSA ou toque retal. É tão somente uma campanha de esclarecimento, que visa a INFORMAR e a estimular os ho-mens ao autocuidado, hábito a que são menos afeitos do que as mulheres. Se como resultado conseguirmos consolidar o conceito de que os homens com maior risco devem procurar um médico e discutir com ele, de forma personalizada, sua necessidade de realizar o PSA e o toque retal, já teremos nas mãos uma grande conquista.

Para os céticos, em relação ao benefício do diagnóstico precoce do câncer de próstata, dois ou três dias de convívio direto com um paciente metastático são uma vivência reco-mendável e de grande valor humano. Além disso, pode trazer mudanças de entendimento para muitos.

* Urologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e vice-presidente - reg. Sul - Associação Médica Brasileira

(...) é cômodo recitar produtos estatísticos e aconselhar as “massas” a relaxar, com um discurso numérico e sem responsabilidade individual”

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Escritório de Representação em Brasília

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partir de encontros iniciados em setembro de 2014, a SBU e o Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (Senar), entidade de direito pri-vado, paraestatal, mantida pela classe patronal rural, integrante do Sistema S e vinculada à Confederação da Agricultura e Pecuária do Bra-

sil (CNA), construíram o projeto Saúde do Homem do Campo. Nos meses de setembro e outubro deste ano, foram realiza-

das as primeiras ações nos estados de Alagoas e Santa Catarina, que foram um grande sucesso. Sob coordenação dos doutores Mário Ronalsa Filho (TiSBU-AL) e Rodrigo Monnerat (TiSBU--SC), foram realizados atendimentos e palestras e distribuídos material informativo e mochilas aos participantes, que receberam com grande entusiasmo as ações de orientação sobre saúde do homem, especialmente as doenças da próstata.

O resultado dessas ações iniciais teve grande aceitação pela população rural (sempre carente de atendimento em saú-de), o que estimulou tanto a SBU quanto o Senar para sua ampliação no próximo ano, expandindo o projeto para outros estados do Brasil.

APrimeiras ações foram realizadas em Alagoas e Santa Catarina

SBU e Senar/CNA fi rmamparceria para o projeto

Saúde do Homem do Campo

Mário Ronalsa Filho e Daniel Carrara, secretário-executivo do Senar

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No dia 1º de setembro, a equipe do Escri-tório de Representação da SBU em Brasília se reuniu com a Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa (Cosapi/Ministério da Saúde). O trabalho da SBU no âmbito da saúde do idoso foi apresentado ao Ministério da Saúde, destacando-se a importante participação do urologista em questões de saúde dos idosos como incontinência urinária, disfunção erétil, DAEM e doenças prostáticas entre outras.

A SBU apresentou sua disposição em participar ativamente na construção e im-plantação nacional de uma Política Pública em Saúde do Idoso e destacou a importância do apoio do urologista no desenvolvimento de estratégias de atenção básica na saúde do idoso.

No dia 8 de outubro, foi realizado o I Fórum de Saúde do Casal, na Câmara dos Deputados. O coordenador do Escritório de Representação em Brasília, Romulo Maroccolo Filho, repre-sentou a SBU abordando a saúde do homem e as disfunções sexuais masculinas e sua repercussão no relacionamento do casal. No encontro, foram debatidos ainda os seguintes temas: Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), agora com nova no-menclatura criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS): Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST); e Aspectos psicoló-gicos do casal diante de uma doença do cônjuge.

SBU apresentou ao Ministério da Saúde ações voltadas para a terceira idade

SBU falou sobre saúde do homem, disfunções sexuais masculinas e sua repercussão no relacionamento do casal

Câmara dos Deputados recebeI Fórum de Saúde do Casal

Reunião com Coordenaçãode Saúde da Pessoa Idosa

Wendel Pimentel, Andrea Aita, Romulo Maroccolo (SBU) e Hérika Rodrigues (SBU)

Por fi m, a SBU se disponibilizou a propor e participar da agenda de discus-sões dessa área sempre que necessário e convidou a equipe do Cosapi para o

VIII Fórum de Políticas Públicas e Saúde do Homem, na Câmara dos Deputados, cujo tema principal abordado foi a saúde do homem idoso no Brasil.

Segundo o deputado Dr. Jorge Silva (PROS-ES), requerente do Fórum, o primeiro fórum foi extremamente positivo. “Tivemos a oportunidade de fazer essa abordagem e ver que existe este espaço onde podemos ouvir os impactos que existem tanto do ponto de vista psicológico, social e econômico quando temos um dos membros dos casais com algum tipo de patologia”, declarou o deputado para a Comissão de Seguridade Social e Família.

Romulo Maroccolo Filho ressaltou que as esposas dos ho-mens adoentados são as que oferecem maior apoio emocional e físico. Destacou ainda a disfunção erétil como uma das doenças

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Escritório de Representação em Brasília

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que podem acarretar diversos problemas ao casal – ela acomete ao menos 45% dos homens e está diretamente ligada à saúde geral do indivíduo. Maroccolo afi rmou ainda que a ereção peniana é um marcador da saúde física e mental do homem e que a disfunção erétil apresenta uma forte correlação com doenças cardiovascula-res, hormonais, neurológicas e mentais.

Adele Benzaken, do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, falou sobre as diversas Infecções Se-xualmente Transmissíveis. Salientou o estigma social dessas doen-

ças e em como isso prejudica a comunicação entre os cônjuges. Com isso, a pessoa não procura o serviço de saúde e muito menos comunica o fato ao parceiro. Segundo pesquisa divulgada por Adele, 30,3% das vítimas de IST sofreram violência após o diag-nóstico, seja física (5,9%), psicológica (27,6%) ou sexual (7,2%).

Mariza Monteiro, representante do Conselho Federal de Psicologia, falou das difi culdades de se lidar com os momentos delicados do casal e da família quando um dos cônjuges está doente. Segundo Mariza, o tema câncer coloca a família diante da fi nitude da vida e do luto. “Se a família dialoga, ela consegue melhor superar”, disse.

No dia 28 de outubro, a nova coordenadora da Área Téc-nica em Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Angelita Herrmann, recebeu a equipe do Escritório de Representação da SBU em Brasília e o deputado Dr. Jorge Silva com intuito de resgatar um trabalho conjunto com linha de ação de saúde do homem. Foi destacado que a SBU conta com mais de 5 mil urologistas em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal, com tradicional atuação em saúde do homem, já tendo realiza-do diversas ações sociais em todo o país.

SBU reúne-se com novacoordenação de Saúde do

Homem no Ministério da SaúdeObjetivo é criar parceria entre a Sociedade, o governo federal e o Parlamento

No encontro, o deputado Dr. Jorge Silva afirmou que che-gou ao Parlamento em 2011 e logo percebeu que não havia nada que representasse o homem nas discussões de saúde no Congresso Nacional e que as mulheres, que estavam mui-to organizadas, já tinham conseguido muitas conquistas le-gislativas. Vendo essa falta de mobilização e ação, foi criada a Frente Parlamentar de Atenção Integral à Saúde do Homem e a SBU passou a ser parceira e porta-voz da saúde do homem nessa instituição.

Romulo Maroccolo durante sua apresentação no I Fórum de Saúde do Casal

Adele Benzaken (MS), deputado Dr. Jorge Silva, Mariza Monteiro (Conselho Federal de Psicologia) e Romulo Maroccolo Filho (SBU)

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Extensão rural em AlagoasSociedade faz exames e promove palestras em Chã Preta e Pindoba, interior do estado

Dia memorável: 28 de agosto de 2015. A Liga Urológica Acadêmica da Uncisal (LUAU), capita-neada pelo urologista Mário Ronalsa, participou de uma atividade de extensão rural, em que foram atendidos 42 agricultores do município de Chã Pre-ta, cidade alagoana de 8 mil habitantes, de clima agradável, a 100km de Maceió. Inicialmente, foram ministradas três palestras de sensibilização: cân-cer de próstata, câncer de pênis e disfunção erétil. Essas atividades tiveram o apoio de duas funcio-nárias do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária, da SBU e da Prefeitura de Chã Preta, por meio do secretário de Saúde e sua equipe, que deram um banho na organização.

Angelita Herrmann informou que a Coordenação está com a mesma intenção de construir uma relação de convergência entre o Ministério da Saúde, a SBU e o Parlamento. Segundo Angelita, que foi co-ordenadora de Saúde do Homem em Vaca-ria (RS), ainda existe uma grande falta de organização do movimento de reivindicação de melhorias na saúde masculina no país e só a aproximação de todas as instituições envolvidas pode resolver isso.

A coordenadora apresentou como exemplo o projeto Paternidade Ativa, que busca valorizar no homem que irá ser pai mudanças comportamentais de autocuida-do em saúde. A SBU foi convidada a par-ticipar da implantação nacional do projeto.

Foram discutidos também outros as-pectos muito importantes da saúde do ho-mem nos quais os urologistas podem ter participação ativa. Entre eles, a sexualidade masculina; a violência social e suas reper-

cussões, especialmente sobre a saúde de homens jovens; a proposta da SBU para o rastreamento oportunístico das doenças prostáticas; a participação do homem nos processos de saúde na primeira infância dos fi lhos; a saúde do homem do campo

(a exemplo da parceira SBU-Senar); e a inserção do urologista na rede de apoio ao programa da Saúde da Família com a intenção de construir, implantar e con-solidar verdadeiramente uma linha de cuidados em saúde do homem.

por Mário Ronalsa Brandão Filho

Romulo Maroccolo Filho, deputado Dr. Jorge Silva, Cícero Ayrton Brito e Dra. Angelita Herrmann

Mário Ronalsa Brandão Filho e integrantes da Liga Urológica Acadêmica da Uncisal

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Escritório de Representação em Brasília

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Além das palestras, foram realizados coleta de sangue para o exame do PSA e atendimento ambulatorial incluindo o toque re-tal. Também foram feitos vários encaminhamentos e prescrições. Um detalhe que chamou a atenção: apenas 18% dos atendidos já haviam se submetido ao toque retal.

Depois dos atendimentos, a equipe foi acolhida na Fazenda Recanto, um encanto de lugar, onde foi servido um lauto almoço. Chã Preta foi o primeiro município brasileiro a receber esse tipo de extensão rural, que faz parte de um programa de atendimento ao homem do campo a ser realizado em todo o país.

No dia 2 de outubro, foi a vez de Pindoba, localizada a cerca de 120km de Maceió, um município com pouco mais de 3 mil habitantes, a maioria deles residindo na zona rural.

A mesma equipe de atendimento saiu de Maceió, mais precisamente da sede do SENAR às 6 horas, e só voltou à tardinha. Desta vez, até estrada de chão teve que enfrentar. Mais uma vez, palestras de sensibilização para mais de cem

Por meio do Projeto Saúde do Homem do Campo, 76 ho-mens da região rural de Gaspar (SC) foram atendidos. Destes homens, 57 coletaram o PSA (75% dos participantes). Infeliz-mente, 19 homens não seguiram no projeto (veja na tabela 1).

Após a chegada dos exames, entramos em contato com todos os participantes, sendo que 28 pacientes não foram à consulta. Identifi camos três motivos básicos para essa ausên-cia: dez pacientes não atenderam as chamadas telefônicas, oito responderam que não poderiam ir à consulta por motivos particulares ou laborais, sete foram avisados mediante familia-res ou caixa postal e somente três não conseguimos nenhum

homens e mulheres. Com o apoio da prefeitura local, mais de 150 homens submeteram-se ao exame de PSA, 62 ao toque retal e seis foram encaminhados para outras especialidades. O que mais chamou a atenção de todos foi que 89% nunca tinham se consultado com um urologista.

A alegria estava estampada nas faces daquelas pessoas simples do campo, por terem um atendimento de qualidade, digno e humanizado, com rapidez, eficiência e sem qualquer custo para elas. Essas atividades mostraram que existe uma grande demanda do homem do campo para o atendimento urológico, haja vista que mais de 12% dos exames de PSA estavam com alterações que precisarão ser investigadas.

Brevemente, a equipe voltará a Chã Preta e Pindoba a fim de realizar consultas de “retorno”, entregar os resultados dos exames de PSA e iniciar o tratamento daqueles que necessi-tarem. É impressionante nos dias de hoje o quão desassistido encontra-se o nosso homem do campo!

Projeto Saúde do Homemdo Campo chega a Gaspar

Cidade do interior de Santa Catarina recebeu mutirão de atendimento urológico

por Rodrigo Monnerat

contato (veja na tabela 2). Destes 25 pacientes, somente um apresentou PSA alterado com resultado de 6,24 ng/ml e será chamado para exame individual.

Na consulta compareceram 29 pacientes, todos atendidos e examinados por urologista. Destes, 17%, ou seja, cinco pa-cientes apresentaram PSA alterado e um paciente não ha-via realizado PSA previamente (tabela 3). Dos pacientes com PSA alterado, a idade variou de 56 a 67 anos e o PSA variou de 5,65 a 28,17 (média de 12,86 ng/ml). Todos os pacientes que apresentaram toque alterado foram orientados a seguir investigação mediante biópsia por urologista da policlínica.

TABELA 1

Palestra Desistiram PSA Consulta Ausentes_______________________________________________________________________

76 19 (25%) 57 (75%) 29 (38,15%) 28 (36,84%)

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25BODAU

Inicialmente, mesmo fazendo campanha com divulgação em rádios, telejornal e jornais impressos, muitos pacientes compareceram ao evento, mas não prosseguiram no atendi-mento. Notamos que 25% dos pacientes não permaneceram no local para coleta do PSA.

Ao analisarmos o grupo que se submeteu ao exame (57 ho-mens), notamos que quando fazemos uma campanha em dois turnos temos que levar em conta a possibilidade de perdermos um grande número de integrantes envolvidos. Foram três os motivos básicos da falta no dia da consulta (conforme tabela 2).

O ideal seria fazer em um só turno, mas no caso da de-tecção do câncer de próstata, fi ca difícil pela necessidade do exame do PSA. Talvez fazer a coleta alguns dias antes da pa-lestra possa minimizar essa ausência.

Com o modelo que adotamos, notamos que somente 29 dos 76 participantes (38%) fi nalizaram a campanha de forma completa. Sem dúvida, muitos serão examinados nos próxi-mos dias, pelo fato de a Secretaria de Saúde seguir insistindo nas chamadas. Mas podemos concluir que menos da metade dos pacientes pôde fi nalizar o projeto da maneira como ele

foi desenhado. Sabemos que muitos não puderam comparecer por problemas na lavoura, estamos atravessando um período de muita chuva, inclusive com alertas de enchente. Essa variável quase não interfere no homem da cidade, pois, além da facilida-de na locomoção, não depende do clima para sua subsistência.

Mas, quando tratamos de avaliar um projeto piloto, são essas variáveis que são importantes, principalmente quando falamos de um país tão grande quanto o nosso. Não tivemos nenhum caso de câncer de pênis no nosso grupo, o que já era esperado, pois é muito raro na nossa região. Mas em outras re-giões do Brasil, sem dúvida, serão diagnosticados alguns casos.

Acredito ser essa campanha muito importante para a po-pulação rural. Na nossa cidade, se não fosse essa campanha, esses cinco homens com suspeita de câncer de próstata pro-vavelmente estariam sem diagnóstico por falta de iniciativas como essa. Agradeço a todos envolvidos, em especial ao Se-nar, à SBU Nacional, aos sindicatos rurais, à Secretaria de Saúde de Gaspar e à administração da Policlínica de Gaspar, pois sem o esforço de todos, nada seria possível.

Muito obrigado a todos.

TABELA 3

Consulta n = 29 normal alterado

PSA 24 (83%) 5 (17%)

TABELA 2

Motivo n = 28 Pacientes %

Não atenderam as chamadas 10 35,71

Não puderam ir às consultas 8 28,57

Avisados de alguma forma 7 25

Sem contato 3 10,71

TABELA 4

Pacientes com PSA alterado n = 5

PSA 4 a 10 ng/ml 10 a 20 ng/ml 20 a 30 ng/ml

n 3 (5,65 a 8,99) 1 (11,23) 1 (28,17)

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BODAU 26

Atualização Científi ca

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Outubro/ Novembro/ Dezembro 2015 BODAU 27

foram cinco dias dedicados à Urologia. O 35º Congresso Brasileiro de Urologia reuniu cerca de 3.500 pessoas de 31 de outubro a 4 de novembro no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ). De acordo com os organizadores, o evento foi um sucesso de público, com urologistas de todo o país. Outro destaque foi a quantidade de palestrantes nacionais e internacionais de alto nível: 345. Os cursos oferecidos ficaram lotados, assim como boa parte das sessões.

Para o presidente do Congresso e da SBU, Carlos Corradi, essa edição superou todas as expectativas tanto na parte científica quanto na social. “Realmente estou muito satisfeito com o resultado de tudo o que foi discutido e apresentado. De fato, foi um marco em matéria de congresso no Brasil”, afirmou Corradi. “Gostaria de agradecer aos parceiros da indústria, de equipamentos farmacêuticos pela participação no Congresso”, ressaltou.

Para o presidente da Comissão Científica, Francisco Bretas, a avaliação também foi muito positiva, principalmente pelo público recorde. Bretas enfatizou a quantidade e qualidade dos convidados interna-cionais que atestaram o alto nível científico do evento. “Foi essencial o apoio incondicional das entidades líderes na Urologia mundial e na pesquisa: AUA, EAU, ISSM, SIU, The Journal of Urology, European Urology, Internacional Brazilian Journal of Urology. A participação efetiva da indústria farmacêutica, em especial da Astellas e Lilly, de equipamentos médicos, especialmente a Boston Scientific, e da Onco-clínicas, que viabilizaram a realização desse evento”, destacou. Bretas também agradeceu a equipe que lhe ajudou a montar o evento, que foi tão bem-sucedido. “Faço um agradecimento especial aos chefes e membros dos departamentos da SBU, aos colegas que organizaram e se dispuseram a ser monitores nos cursos práticos, aos que nos ajuda-

ram na análise e apresentação dos trabalhos e a todos que, de forma direta ou indireta, contri-buíram para o êxito desse evento”, disse.

A cerimônia de abertura ocorreu no dia 1º de novembro no Centro de Convenções SulAméria e reuniu cerca de 1.200 pessoas. A atração principal foi a banda Três Tenores Brasileiros. Já a festa de encerramento, Rio Boteco 40 graus, foi realizada no Píer Mauá com a presença da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel. A cele-bração, segundo a empresa organizadora do Congresso, reuniu mais de 2 mil pessoas.

Evento reuniu cerca de 3.500 congressistas e 345palestrantes no Rio de Janeiro

por Bruna Franco*

35ª edição do CongressoBrasileiro de Urologiaé sucesso de público

Centro cirúrgico oferecido para a realização de alguns cursos práticos

Sala de microcirurgia, um dos quatro cursos práticos oferecidos

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Atualização Científica

Francisco Bretas, presidente da Comissão Científica (esquerda), e Carlos Corradi, presidente do Congresso e da SBU (direita)Carlos Corradi discursa na abertura do CBU 2015

Cursos e tutoriaisNo primeiro dia de evento foram realizados os tutoriais de

uropediatria, uroneurologia, cirurgia minimamente invasiva, uro--oncologia, endourologia, DST, HPB e LUTS, reprodução huma-na, trauma e reconstrução, transplante, andrologia e urologia feminina. Foram oferecidos 40 cursos, todos com temas apro-fundados sobre as subáreas da Urologia: de uretra a transplante renal, passando por terapia de reposição de testosterona, litíase, reprodução humana e oncologia. Todas as subáreas de atuação do urologista foram contempladas. Dos cursos oferecidos, qua-tro foram práticos, realizados em centros cirúrgicos. Foram eles: robótica (incluindo um robô Da Vinci no local), endourologia, la-paroscopia e microcirurgia.

Área dos expositores, no primeiro andar do Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro

Rio Boteco 40 graus: festa de encerramento do CBU 2015 foi no Píer Mauá

Pista cheia na festa de encerramento do evento

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BODAU 2929

Atualização Científi ca

Stand up comedy com Rafael Infante, comediante do Porta

dos Fundos

Peter Schlegel, um dos palestrantes internacionais,falou sobreinfertilidademasculina

Plenária lotada durante palestra

PlenáriaForam quatro dias de palestras com diversos temas da Urologia, como urologia

fetal, varicocele e infertilidade, aumento e engrossamento peniano, doença de Peyro-nie, incontinência urinária, câncer de próstata, hiperplasia benigna da próstata, câncer de pênis, DSTs, entre outros. Compartilharam suas experiências 345 palestrantes na-cionais e internacionais.

Entre os palestrantes internacionais estavam Abraham Morgentaler, Bernard H. Bochner, Bruno Nahar Aragão de Oliveira, Christopher S. Cooper, David Sussman, Dipen J. Parekh, Fernando Kim, Gopal Badlani, John Mulhall, Jonathan A. Coleman, Joseph A. Smith Jr., Manoj Monga, Paul Perito, Peter Schlegel, Ricardo Gonzalez, Wayne Hellstrom e Wilson R. Molina Jr., dos Estados Unidos; Christopher Chapple, da Inglaterra, J. Alfred Witjes e John Heesakkers, da Holanda, e Mahesh Desai, da Índia.

No dia 2 de novembro, a palestra de entretenimento foi com o comediante Rafael Infante, do Porta dos Fundos, com um stand up comedy. Já no dia 3 de novembro, foi a vez de o jornalista Arnaldo Jabor falar sobre política. Ambas as apresentações fi caram lotadas.

Palestra do jornalista Arnaldo Jaborsobre política

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BODAU 3030

Atualização Científica

Simpósios satélites

1º Fórum das Médicas Urologistas do Brasil

Entre os dias 1º e 3 de novembro, foram realizados seis sim-pósios satélites sobre assuntos variados. No dia 1º, os temas do grupo Oncoclínicas foram: “A importância do patologista no prog-nóstico do câncer de próstata”, “Discussão de casos clínicos em câncer de próstata” e “Atualidades no tratamento do câncer de rim metástico / Noções básicas de imunoterapia em Urologia”.

No dia 2 de novembro, ocorreram três simpósios: um da Astellas, com o tema “LUTS Masculinos – revendo con-ceitos, superando desafios”; dois da Zambon, com os temas “Infecção urinária em tempos de emergência das bactérias multirresistentes”, “Revisão e atualização no tratamento de

No primeiro dia do CBU 2015, 31 de outubro, das 13h às 16h, ocorreu o 1º Fórum das Médicas Urologistas do Brasil, com coordenação de Miriam Aitken Koschorke, Maria Cristina Dornas, Nancy Tamara Denicol e Miriam Dambros Lorenzetti. O encontro debateu temas como carreira, cirurgia robótica, laparoscópica, pesquisa básica, uroneurologia e HPB.

Para a ocasião, foram convidadas duas palestrantes in-ternacionais: Kathleen Kobashi (EUA) e Stephanie Knupfer

Infecção do Trato Urinário Baixo” e “Emergência de bactérias multirresistentes na atualidade, como enfrentar a infecção do trato urinário baixo?”; e Sanofi, com o tema “Estratégias no Tratamento de CaP metastático hormônio sensível: Quimiote-rapia – quem é o candidato certo”.

Aché e Eurofarma encerraram a programação de sim-pósios, no dia 3 de novembro. Aché com os temas “HPB e o impacto na qualidade de vida – Qual é o papel do urologista?”, “Tratamentos para HPB – Conhecimentos para o dia a dia” e “Discussão de caso HPB”; e Eurofarma, com o tema “Novas tendências no tratamento da disfunção erétil”.

(Alemanha), além de sete palestrantes nacionais. O encontro reuniu cerca de 30 urologistas de todo o país e passará a ser um evento permanente na agenda do Congresso Brasileiro de Urologia.

“O 1º Fórum das Médicas Urologistas do Brasil foi mara-vilhoso e atingiu seus objetivos principais. Ocorreram discus-sões científicas de alto nível e, para nossa surpresa, não só o público feminino compareceu”, afirmou Maria Cristina Dornas.

Reunião do 1º Consenso de Câncer de Próstata Avançado, realizada em conjunto pela SBU e a Sociedade Brasileira de

Oncologia Clínica

1º Fórum das Médicas Urologistas do Brasil, que a partir de agora entra para a programação dos próximos CBUs

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Outubro/ Novembro/ Dezembro 2015 BODAU 3131

Atualização Científica

Sessão conjunta SBU e EAU

Transmissão de cargos

Como parte da colaboração entre a European Association of Urology (EAU) e a SBU, uma sessão plenária conjunta foi realizada no dia 2 de novembro. A EAU foi representada pelos professores Christopher Chapple (secretário-geral), John Heesakkers (presi-dente da seção de Urologia Feminina e Funcional) e Fred Witjes (presidente do painel MIMBC dos guidelines da EAU).

A sessão de abertura ficou a cargo do presidente da SBU, Carlos Corradi, e de Chapple, que destacaram a importância das atividades de cooperação mútua entre as duas Sociedades, além do diretor de Relações Internacionais da SBU, Luiz Otávio Torres.

Em sua apresentação, Heesakkers falou sobre desafios no tratamento de pacientes com lesão na medula espinhal, disfun-

No encerramento do CBU 2015, houve a transmissão oficial de cargos dos presidentes das seccionais e do presidente da SBU Na-cional para as diretorias de 2016-2017. Car-los Corradi entregou o cargo de presidente da SBU para Archimedes Nardozza, que assume em janeiro de 2016.

Em seu discurso, Corradi parabenizou os presidentes eleitos das seccionais. “É com mui-ta honra que transmito o cargo de presidente

ção do trato urinário inferior em pacientes idosos e bexiga hiperativa. Chapple abordou os tratamentos minimamente in-vasivos para estenose uretral e incontinência urinária em mu-lheres. Já Witjes apresentou as inovações no tratamento de tumores invasivos na bexiga.

Os urologistas brasileiros Homero Bruschini, Márcio Averbeck, Luis Rios, Cristiano Gomes e Fernando Vaz par-ticiparam de um painel de discussão sobre o tratamento da incontinência urinária pós-prostatectomia, juntamente com Chapple e Heesakkers. Além da plenária conjunta, os três representantes da EAU participaram de cursos e workshops no Congresso.

da SBU para o grande amigo e irmão Archi-medes Nardozza”, disse.

Nardozza também parabenizou os pre-sidentes eleitos das seccionais. “Já tivemos uma primeira reunião e trabalharemos todos unidos. Esta é a nossa equipe que vai traba-lhar em prol da Urologia nos próximos dois anos”, afirmou o presidente da gestão 2016-2017, apontando para os novos presidentes eleitos das seccionais.

Novos presidentes das seccionais com Carlos Corradi e Archimedes Nardozza, durante a transmissão de cargos

Archimedes Nardozza, presidente da SBU no biênio 2016-2017 (esq.), e Carlos Corradi, presidente da SBU no biênio 2014-2015 (dir.)

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Atualização Científi ca

Destaques na imprensaO CBU 2015 foi citado em cerca de 110 ma-

térias na imprensa. Temas específi cos e notas so-bre palestrantes internacionais, como Christopher Chapple e Peter Schlegel, além de nota sobre o 1º Consenso de Câncer de Próstata Avançado foram publicados em jornais como O Globo, Jornal do Commercio (RJ) e Jornal do Commercio (PE).

A infertilidade masculina, debatida por Peter Schlegel, foi um dos temas trabalhados na impren-sa. O assunto rendeu entrevista ao vivo, em estúdio, com o urologista do Departamento de Reprodução Humana da SBU Marcello Cocuzza, no Jornal da GloboNews, no dia 3 de novembro. Ele também falou para o programa Consultório CBN, da rádio CBN, no dia 21 de novembro.

O estudo do câncer de pênis, apresentado pelo urologista José de Ribamar Calixto, também teve grande interesse da mídia com matérias nos jornais Correio Braziliense, O Estado do Maranhão, Extra e O Dia e nota na coluna de Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Marcello Cocuzza concede entrevista para o Jornal da GloboNews sobre infertilidade masculina, tema do Congresso

CBU 2015 é destaque na home do site da Agência de Notícias EFE SaúdeColuna Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo,destaca um dos temas do CBU

Outro tema que chamou a atenção da imprensa foi a inconti-nência urinária. Renato Nardi falou sobre o assunto para a Rádio Rio de Janeiro, no dia 5 de novembro, e para a Revista Ana Maria. Márcio Averbeck falou para o programa Tarde Nacional, da Rádio Nacional (RJ), no dia 18 de novembro. (*com colaboração de Aline Thomaz e Janaína Soares)

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BODAU 3333

Atualização Científi ca

Eleições gestão 2018-2019

Durante o Congresso foi realizada a eleição do presidente para a gestão 2018-2019. Sebastião Westphal, de Santa Catarina, da chapa Movimento Urologia Brasil, foi eleito com 1.169 votos. André Cavalcanti, do Rio de Janeiro, teve 957 votos de um total de 2.126 votos válidos.

Na reunião dos delegados, foi defi nido o local do CBU 2019: Curi-tiba (PR). O próximo, que acontece em 2017, será em Fortaleza (CE).

No dia 3 de novembro, a SBU homenageou especialistas marcantes da Urologia: Gopal Badlani, urologista do Departa-mento de Mulheres em Medicina e Ciência do Instituto de Medicina Regenerativa do Wake Forest Baptist Health, e Valdemar Ortiz, urologista e professor titular da disciplina de Urologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Corradi explicou que Badlani foi fundamental para a aproximação da SBU com a American Urological Association. “Um ponto importante de qualquer Sociedade médica é a sua internacionalização, com o intercâmbio com outras Sociedades da especialidade, para trazer ao urologista todas as novidades e a atualização necessária para a sua boa prática profi ssional. A maior Sociedade urológica do mundo de um só país e talvez a mais importante é a AUA. A SBU conseguiu uma interação muito grande com a AUA nos últimos tempos, que foi muito importante para a Sociedade e para os urologistas brasileiros, aumentando nosso prestígio mundial, sendo que o Dr. Gopal Badlani foi o grande responsável por essa associação, tornando--se uma pessoa muito importante para a SBU nos EUA. Por isso a nossa homenagem, outorgando-lhe o título de sócio”, disse.

Já Ortiz foi homenageado no ano de sua aposentadoria. “O professor Valdemar Ortiz durante muitos anos teve par-ticipação intensa na SBU na parte científi ca, na organização de congressos e teve papel preponderante na formação de

muitos urologistas brasileiros. Foi professor titular da Unifesp, sendo um dos maiores urologistas brasi-leiros de todos os tempos. No ano de sua aposentadoria, nada mais justo que a nossa SBU prestasse essa grande homenagem a este ilustre associado com a maior con-decoração da Urologia brasileira: a Medalha Juscelino Kubitscheck de Oliveira”, ressaltou Corradi.

Reunião de Diretoria realizada no dia 3 de novembro, durante o CBU

Homenagens

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Capa

BODAU

por Aline Thomaz

os últimos dois anos, a Diretoria 2014-2015 deu continuidade à gestão anterior na luta para colocar a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) no eixo novamente, sanando seus débitos e recuperando sua credibilida-de e prestígio junto à indústria farmacêutica e a seus associados. Foram inúmeras as ações de educação continuada, com cursos, publicações, oportunidades de fellows e estágios internacionais. Na defesa profi ssio-

nal, o Escritório de Representação em Brasília continuou atuando fortemente junto aos parlamentares e órgãos governamentais. Na área social, a SBU promoveu campanhas de esclarecimento do público leigo.

Diretoria avança na recuperação da SBU e no desenvolvimento de ações de educação continuada

n

RETROS 20142015PECTIVA

DEPARTAMENTOS E COMISSÕES

O Departamento de Urologia Feminina concretizou um projeto inova-dor, os Centros de Treinamento em Disfunções Miccionais. Dois centros acolheram urologistas, em novembro de 2014, em Fortaleza (CE) e em Por-to Alegre (RS), com o objetivo de proporcionar treinamento de excelência na realização de procedimentos minimamente invasivos. Foram abordadas a disfunção neurogênica do trato urinário inferior, a incontinência urinária de esforço e a síndrome da bexiga hiperativa idiopática. As aulas foram teóricas e práticas, com procedimentos cirúrgicos transmitidos em tempo real aos cursistas.

O Departamento de Laparoscopia trabalhou a educação continua-da por meio de três projetos: Step-by-Step, Dicas e Truques e Tele Lap. O primeiro se baseou em aulas online, que estão à disposição dos as-sociados. O segundo é um compilado de perguntas e respostas sobre pontos específicos da cirurgia laparoscópica. E o terceiro se deve à educação à distância. O Departamento também lutou para inclusão de códigos da laparoscopia na tabela do SUS. Desenvolveu ainda cursos

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para os residentes em parceria com o IRCAD. Em 2014, lançou o projeto Ilustre Visitante, no qual um hospital de referência recebe urologistas para treinamento e observação de cirurgias laparoscópi-cas passo a passo. A primeira edição aconteceu no Hospital de Cân-cer de Barretos. Também elaborou, juntamente com o Departamento de Robótica, o curso Diffi cult Cases: Minimally Invasive Surgery com as presenças de Claude Abbou e Thierry Piechaud, da França, e Surena Matin e Vipul Patel, dos Estados Unidos, em maio de 2015.Já o Departamento de Endourologia organizou dois cursos de atu-alização na área em 2014, um em Campo Grande (MS) e outro em São Paulo (SP). O Departamento de Estética Genital realizou o cur-so Cirurgia Estética Genital Masculina Baseada em Evidências e o apresentou em diversos eventos, tais como: Jornada Mineira de Urologia (2014), Jornada Carioca de Urologia (2014) e 35º Con-gresso Brasileiro de Urologia 2015.

Médicos se reuniram em março de 2015 para o curso de atualização em endourologia

Departamentos de Cirurgia Laparoscópica e Robótica da SBU organizam curso de atualização no IRCAD, em maio de 2015

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Capa

BODAU

O Departamento de Reprodução Humana elaborou, com o apoio de 27 espe-cialistas, o Manual Ilustrado de Infertilidade Masculina, que foi distribuído duran-te o Congresso Brasileiro, em novembro de 2015. O livro traz os principais tópicos sobre o tema e a reprodução humana.

A Comissão de Relações Internacionais conseguiu ampliar a parceria com a American Urological Association (AUA) e estabelecer benefícios para os resi-dentes com a European Association of Urology (EAU). Com a AUA, os residentes R3 sócios da SBU ganharam o título de sócio da instituição americana sem ônus e o acesso ao Journal of Urology, além de a AUA passar a ter uma sessão no Congresso Brasileiro e ministrar um curso gratuito com professores americanos para residentes no Brasil a partir de 2016. A SBU conseguiu ainda que o Pro-grama de Urologia em Português retornasse para a programação do Congresso

Presidente da SBU na reunião dos presidentes mundiais das Sociedades de Urologia durante a AUA

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da AUA, tendo sido realizado em 2014 e 2015, após oito anos de sua criação. Com a EAU, a Sociedade garantiu acesso irrestrito ao site da associação europeia e que os residentes de serviços credenciados pela SBU passassem a ser membros juniores da EAU, além de poderem se inscrever gratuitamente no Congresso Europeu de Urologia, que acontece em Munique, na Alemanha, em março de 2016. A medida começou a valer no dia 1º de agosto de 2015 e vai até 31 de julho de 2016.

Por meio da Comissão, a SBU obteve para seus associados a isenção da taxa de inscrição de US$350 para o Urologic Oncology and Robotic Surgery On The Beach, realizado em Mia-mi, em maio de 2014. A entidade ainda fechou uma parceria com a Universidade de Miami para realização de intercâmbios de atualização.

Representantes da AUA e da SBU ampliam parcerias entre as instituições em reunião em maio de 2015

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Capa

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Em abril de 2014, foi aprovado o novo Regimento Interno da SBU. As alterações trouxeram mudanças importantes para a situação fi nanceira da Sociedade. Houve redução do número de delegados para a Assembleia Geral de Delegados. As Co-missões Permanentes passaram a ter a manutenção de 2/3 de sua equipe a cada gestão. As Diretorias também passaram a ter maior responsabilidade em suas ações.

No início da gestão, a SBU participou de debate promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a emboli-zação na hiperplasia benigna da próstata. O CFM tinha aprovado o procedimento e a SBU foi contra a liberação da técnica alertando que não há estudos prospectivos com alto nível de evidência que demonstrem sua efi cácia e segurança. Após a discussão, o CFM decidiu que faria uma resolução regulamentando o uso do procedimento apenas em alguns centros de referência.

O Escritório de Representação em Brasília participou da sétima e oitava edição do Fórum de Políticas Públicas e Saú-de do Homem, na Câmara dos Deputados. Também esteve presente na audiência pública sobre os cuidados urológicos para pessoas com defi ciência, em abril de 2015, e no I Fórum da Saúde do Casal, em outubro de 2015. Participou de reu-niões com o Ministério da Saúde com vistas a melhorar o acesso do homem ao urologista na saúde pública. Fechou parce-ria com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para instruir a população rural sobre a saúde do homem. Também

estabeleceu parceria com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) para divulgação mútua das campanhas Outu-bro Rosa e Novembro Azul. As entidades mantiveram em seus sites logos alusivas às ações com direcionamento para os respectivos portais. Também foi costurada parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sesi e laboratório Sabin para divulgação do Novembro Azul.

NOVO REGIMENTO INTERNO

Chefe do Departamento de Uro-oncologia, José Carlos de Almeida representou a SBU em audiência pública sobre os cuidados urológicos para pessoas com defi ciência

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Na área de comunicação, a SBU avançou e muito. Desenvolveu um novo portal com o objetivo de se tornar o grande centro de referência em Urologia na inter-net. Com o nome Portal da Urologia, o site está sendo desenvolvido com o apoio dos departamen-tos da entidade na confecção de conteúdo de interesse do público leigo. Também levou o BODAU para os celulares e iPads, disponibilizando seu conteúdo por meio de aplicativos gratuitos nas lojas virtuais da Apple e Google.

Nestes dois anos foram realizadas as campanhas de esclarecimento da população sobre incontinência urinária (mar-ço), saúde do homem (julho) e câncer de próstata (Novembro Azul). Todas com ampla cobertura da mídia.

A SBU realizou ainda a campanha Dúvida tem Cura para conscientizar a população masculina sobre os sintomas do trato urinário inferior, ou LUTS (do inglês Lower Urinary Tract Symptoms), com o apoio da Astellas, e a campanha De Volta ao Controle, para conscientizar a população sobre os tratamentos disponíveis para a disfunção erétil, com o apoio da Coloplast. Com o apoio da Bayer, desenvolveu duas pesquisas de saúde do homem. Uma em 2014, com 3.500 homens, acima de 40 anos, em sete cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Goiânia) e outra, em 2015, com 3.200 homens, com mais de 35 anos, em oito cidades brasilei-ras (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Curitiba). Ambos os estudos tiveram grande repercussão na imprensa.

AÇÕES DE DIVULGAÇÃOAÇÕES DE DIVULGAÇÃO

SBU divulgou, em parceria com a Bayer, pesquisa que mostra que 51% dos homens acima de 35 anos nunca foram ao urologista

Seccional de Santa Catarina representa SBU no Bem Estar Global, em janeiro de 2015

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BODAU

O trabalho de assessoria de imprensa exercido pela Vithal Comunicação Integrada foi importante para a conso-lidação da SBU como referência de fonte para a imprensa na área de Urologia. Para isso, foram realizados encontros entre diretores da SBU e jornalistas em 2014: com produ-tores dos programas Bem Estar (TV Globo) e Mais Você e repórteres do jornal Folha de S. Paulo e as revistas Veja e Isto É.

Até o fechamento desta edição, a SBU havia alcan-çado, durante estes dois anos, 3.035 inserções na mídia. Destacam-se os expressivos resultados obtidos na impren-sa com a divulgação das campanhas Segura Aí (122 in-serções), De Volta ao Controle (90) e Novembro Azul (630 em 2014 e 593 em 2015) e com o CBU 2015 (112). Ao longo do Novembro Azul 2015, a SBU acompanhou todas as reportagens que criticaram o rastreamento do câncer de próstata e apresentou os motivos pelos quais se recomen-da a visita rotineira ao médico.

Por meio de suas seccionais, a Sociedade par-ticipou de oito edições do Bem Estar Global, ação de esclarecimento da população promovida pela TV Globo e o Sesi. As atividades aconteceram em Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Belo Hori-zonte (MG), Belém (PA), Vitória (ES), Fortaleza (CE), Campinas (SP) e Salvador (BA). Cada edição teve uma média de 6 a 9 mil pessoas impactadas.

A Sociedade manteve a atualização de seu perfi l no Facebook, interagindo e instruindo o pú-blico leigo. Em dezembro de 2015 eram 6.940 fãs, com um alcance médio de 20.700 pessoas. Há posts que tiveram mais repercussão, como um sobre pedra nos rins postado em 28 de outubro de 2015, com 45 mil visualizações; e o post do Dia do Urologista, em 12 de setembro de 2015, com 58 mil visualizações. A Sociedade ainda possui uma página voltada para os médicos.

Presidente eleito da SBU, Archimedes Nardozza, fala sobre disfunção erétil no programa Bem Estar, da TV Globo

Médicos participam do Bem Estar Global realizado em Campinas, em novembro de 2015

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Membro do Departamento de Andrologia, Eduardo Bertero também participou do programa Bem Estar sobre disfunção erétil

Para melhorar a execução da prova de título de especialista, a SBU investiu na tecnologia e contratou o Insti-tuto Brasileiro de Gestão e Pesquisa (IBGP) para executar a prova no formato eletrônico. Ao término do exame, é possível saber na hora a lista dos aprovados e reprovados. Foi possível ainda levantar a performance das instituições de saúde credenciadas e saber que temas é preciso melhorar a fi xação junto aos residentes.

A SBU realizou ampla campanha para inclusão de procedimentos no rol da Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS). Como as técnicas não foram incluídas na proposta inicial da Agência, quando foi aberta a consulta pública, a entidade convocou seus associados para sugerirem a inclusão da prótese peniana infl ável, da toxina botu-línica para bexiga hiperativa, da abiraterona pré-quimioterapia e da enzalutamida pós-quimioterapia, para tratamento do câncer de próstata. A Sociedade também defendeu a reativação do código da prótese infl ável na CBHPM.

Para manutenção do código da cirurgia para colocação do esfíncter artifi cial no rol da ANS, a SBU acatou uma solicitação da Agência para verifi car os casos de indicação e resultado do implante. Foi desenvolvido um sistema para ser alimentado pelos associados relatando seus casos e criando um banco de dados nacional, com o qual seria possível comprovar os efeitos positivos e baixos índices de complicação do procedimento.

A entidade também adquiriu a plataforma de pesquisas Survey Monkey e realizou algumas pesquisas, tais como a de nefrolitotripsia percutânea no Brasil e a exposição do urologista à radiação durante proce-dimentos endourológicos.

TECNOLOGIA NA PROVA DE TÍTULO

Chefe do Departamento de Andrologia, Antonio Moraes Jr. defende, na AMB, a reativação do código da prótese infl ável na CBHPM

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BODAU

Ao longo da gestão, a Escola Superior de Urologia desenvolveu aulas para o PECEAD, disponíveis na área restrita do Portal da Urologia. As Dire-trizes, criadas na gestão do presidente Aguinaldo Nardi, foram impressas e entregues em 2014, assim como o livro Controvérsias em Urologia. Ainda foi feito o Atlas de Urodinâmica. Por meio do programa Conexão Urologia Bra-sil foram realizadas aulas de atualização em diversas cidades do país, como São José do Rio Preto (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE).

urodin-mica

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w w w. f a c e b o o k . c o m / S o c i e d a d e B r a s i l e i r a U r o l o g i a

Com a mesma linguagem dinâmica e contextualizada do Portal da Urologia, a Sociedade Brasileira de Urologia

também está presente no Facebook, divulgando informação e compartilhando saúde com o público.

C U R TA N O S S A P Á G I N A N O FA C E B O O K :

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EntrevistaO presidente da SBU no biênio 2014-2015, Carlos Corradi, faz um balanço da sua gestão e dá as boas-vindas à próxima diretoria. Entre os destaques de sua administração ele cita a racionalização das despesas da Sociedade e a reorganização das áreas administrativa, contábil e jurídica. Leia a entrevista:

BODAU - Quais foram os principais desafios de sua gestão?Carlos Corradi - A nossa diretoria her-dou uma Sociedade em parte saneada pela diretoria anterior, comandada pelo Dr. Aguinaldo Nardi, mas ainda com grandes problemas financeiros, com despesas grandes e sem contar com re-ceitas que fizessem frente às necessi-dades. Cortamos gastos, racionalizamos as despesas, organizamos a nossa sede e nossas publicações e buscamos pa-trocínio da indústria de medicamentos e de material médico. Recuperamos a confiança de nosso associado com ad-ministração séria, transparente e volta-da sempre para a recuperação de nossa

“Cada diretoria que entra coloca um tijolo na construção de uma grande

Sociedade, que é fruto de várias administrações, e não de uma só”

Corradi acredita que a educação continuada é o principal papel da Sociedade

A diretoria 2014-2015 procurou reorganizar a nossa Sociedade na parte administrativa da sede, na área contábil de todas as seccionais e no âmbito jurídico, contratando um escritório de advocacia de grande prestígio”

Sociedade, com índice de inadimplência de anuidades muito baixo.BODAU - O que mudou na SBU na sua gestão?Carlos Corradi - Quando se começa uma gestão se acha que realizará mui-tas coisas, que fará uma gestão revolu-cionária, mas isso não acontece. Cada diretoria que entra coloca um tijolo na construção de uma grande Sociedade, que é fruto de várias administrações, e não de uma só. A diretoria 2014-2015 procurou reorganizar a nossa Socieda-de na parte administrativa da sede, na área contábil de todas as seccionais e no âmbito jurídico, contratando um es-critório de advocacia de grande prestí-

Carlos Corradi se despede fazendo balanço da gestão

por Janaína Soares

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gio. Não tivemos nenhuma nova ação jurídica e foram resolvidas algumas ações passadas, inclu-sive contra um ex-sócio da Sociedade que não conseguiu ser readmitido e que deverá prestar contas de sua gestão junto ao Ministério Público nos próximos meses.BODAU - Quais os avanços na defesa pro-fissional?Carlos Corradi - A SBU tem que ter muito cui-dado na defesa profissional devido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pois toda e qualquer ação da Sociedade nessa área pode ser qualificada como corporativa, defesa de mercado. Talvez a área que menos conseguimos grandes conquistas foi a defesa profissional, de-vido à situação caótica da saúde brasileira e da economia brasileira, dificultando avanços nos ga-nhos profissionais de nossos urologistas.BODAU - E na educação continuada?Carlos Corradi - A educação continuada é o principal papel da Sociedade e onde se foca mais, sendo a SBU muito forte e atuante nessa área. Fizemos vários cursos, eventos e congres-sos juntamente com as seccionais e finalizamos a nossa gestão com um maravilhoso Congresso no Rio de Janeiro, o CBU 2015, o maior encontro urológico da América Latina, com grande núme-ro de inscritos e uma parte científica muito elo-giada. Tivemos pela primeira vez uma integração entre a Sociedade Brasileira de Urologia e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, com a realização do Consenso Brasileiro de Câncer

de Próstata Hormônio Resistente, que será pu-blicado em breve. Foram publicados alguns livros importantes na prática diária do urologista, como o Atlas de Urodinâmica e o Manual de Infertili-dade Masculina.BODAU - Que mensagem o senhor deixa para a próxima diretoria?Carlos Corradi - A diretoria do Dr. Archimedes Nardozza herdará uma Sociedade organizada, com as finanças em dia e a contabilidade orga-nizada. Tenho a certeza de que a nova diretoria fará uma grande e marcante gestão, aumentan-do cada vez mais a presença e a importância da SBU na vida do urologista brasileiro.

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BODAU

Procuraremos expandir a SBU pela América Latina”

EntrevistaEleito para o biênio 2016-2017, Archimedes Nardozza tomou posse na presidência da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) no dia 1º de janeiro. Chefe do Setor de Disfunções Sexuais da Disciplina de Urologia da Unifesp-EPM, Nardozza fala nesta entrevista ao BODAU sobre os planos para os próximos dois anos à frente da entidade nas áreas de defesa profissional, educação continuada e relações internacionais. Confira:

BODAU - Qual será o foco principal da sua gestão?Archimedes Nardozza - Atuaremos fortemente na defesa profissional e daremos continuidade aos programas de educação continuada. Outro aspec-to importante serão as campanhas de conscientização da população, dando ênfase à saúde do homem (próstata e disfunção sexual), mas também com campanhas para mulheres (inconti-nência urinária e infecção urinária) e adolescentes (doenças sexualmente transmissíveis). E também a profissio-nalização da administração.BODAU - Como pretende abordar a de-fesa profissional?Archimedes Nardozza - Criamos uma comissão presidida pelo Dr. Carlos Sa-comani que atuará em três frentes: SUS, saúde suplementar e cooperativas médi-

cas. Criamos também um cargo de repre-sentante junto à AMB em São Paulo, que será exercido pelo Dr. Wagner Raiter José.BODAU - Que ações serão priorizadas na sua gestão com relação à educa-ção continuada?Archimedes Nardozza - Manteremos os programas de cursos presenciais (mini meetings, simpósios e congressos regionais e o Congresso Brasileiro), mas também aumentaremos a nossa partici-pação nos web meetings sobre diferen-tes assuntos.

“Atuaremos fortemente na defesa profissional e daremos continuidade aos

programas de educação continuada”

Nardozza pretende priorizar campanhas de conscientização

BODAU - Quais os seus planos para o âmbito das relações internacionais?Archimedes Nardozza - Já temos um excelente programa de intercâmbio educacional com a AUA. Procurare-mos estender para a EAU e CAU, além de aumentar a participação em nossos eventos de convidados de Sociedades latino-americanas. Procuraremos expan-dir a SBU pela América Latina.BODAU - Teria algo mais a destacar?Archimedes Nardozza - Já estamos trabalhando para o Congresso Brasileiro de 2017, que será realizado em Fortale-za. O presidente da comissão científica, Dr. Willian Nahas, já iniciou os trabalhos escolhendo a sua comissão e dividindo tarefas. Já estivemos em Fortaleza, onde fomos muito bem recebidos pelos urolo-gistas cearenses, e tenho certeza de que faremos um grande evento.

Archimedes Nardozza tomou posse no dia 1º de janeiro

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47BODAU

Eventos

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Calendário 2016

Março

EAU 2016Associação Europeia de Urologia

11 a 15 de marçoMunique, Alemanhawww.eaumunich2016.uroweb.org

Fique atento à agenda de eventos

Maio

AUA 2016Associação Americana de Urologia

06 a 10 de maioSan Diego, Estados Unidoswww.aua2016.org

Setembro

ICS 2016Sociedade Internacional de Continência

13 a 16 de setembro Tóquio, Japãowww.ics.org/2016

16EAU

/SociedadeBrasileiraUrologia

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