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FUTEBOL CLUBE DO PORTO Futebol, SADSociedade Aberta Capital Social: 75.000.000 euros Capital Prprio: 21.769.423 euros (aprovado em Assembleia Geral de 25 de Novembro de 2010) Sede Social Estdio do Drago, Via FC Porto, Entrada Poente Piso 3 Matricula na 1 Conservatria do Registo Comercial do Porto e Pessoa Colectiva n. 504 076 574

Relatrio e Contas Consolidado 2010/2011 A. Relatrio de Gesto 1. Mensagem do Presidente 2. rgos Sociais 3. Destaques 4. Evoluo da Actividade 5. Outros Factos Ocorridos Durante o Exerccio 6. Factos Relevantes Ocorridos aps o Termo do Exerccio 7. Perspectivas Futuras 8. Informao sobre aces prprias 9. Declarao do rgo de Gesto B. Demonstraes Financeiras Consolidadas e Anexo 1. Demonstraes da Posio Financeira Consolidada 2. Demonstraes Consolidadas dos Resultados por Naturezas 3. Demonstraes Consolidadas do Rendimento Integral 4. Demonstraes Consolidadas das Alteraes no Capital Prprio 5. Demonstraes Consolidadas dos Fluxos de Caixa 6. Notas s Demonstraes Financeiras Consolidadas 7. Certificao Legal das Contas e Relatrio de Auditoria 8. Relatrio e Parecer do Conselho Fiscal C. Relatrio sobre o Governo da Sociedade 0. Declarao de Cumprimento 1. Assembleia Geral 2. rgos de Administrao e Fiscalizao 3. Informao e Auditoria D. Participaes detidas pelos membros do Conselho de Administrao e Conselho Fiscal

Relatrio e Contas Consolidado 2010/2011_______________________________________________________________________________

A. Relatrio de Gesto 1. Mensagem do Presidente

O FC Porto assinou uma das pocas mais festivas dos seus mais de 100 anos de histria, voltando a triunfar na Europa, ao conquistar a Liga Europa na final de Dublin, o stimo trofu internacional do nosso palmars e que nos mantm como o clube europeu com mais ttulos no sculo XXI.

A conquista europeia, celebrada por centenas de milhares de pessoas na baixa do Porto, aps o regresso da equipa da Irlanda, foi s mais uma vitria inesquecvel de uma equipa fantstica, que nunca se cansou de buscar trofus para engrandecer ainda mais a nossa histria.

Pouco mais de uma semana depois, nova final, desta vez na Taa de Portugal, ganha ao Vitria de Guimares, culminando um ano que nos enche de orgulho, depois de um campeonato conquistado sem derrotas e de mais uma vitria na Supertaa, logo a abrir a temporada.

Somos h j alguns anos um case study na Europa do futebol e pelo quinto ano consecutivo e em plena recesso econmica apresentamos resultados positivos, o que aliado ao sucesso desportivo que temos sabido preservar nos mantm entre os mais invejados emblemas desportivos do Velho Continente.

Aos nossos accionistas e aos nossos adeptos s prometo ambio, competncia, rigor e paixo, os quatro pilares que nos tm guiado nesta maravilhosa aventura que fazer do FC Porto cada vez maior, com mais trofus, com mais solidez econmica e com mais futuro.

Jorge Nuno Pinto da Costa

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2. rgos Sociais Assembleia GeralPresidente Jos Manuel de Matos Fernandes Secretrio Rui Miguel de Sousa Simes Fernandes Marrana

Conselho de AdministraoPresidente Jorge Nuno Lima Pinto da Costa Adelino S e Melo Caldeira Angelino Cndido Sousa Ferreira Reinaldo da Costa Teles Pinheiro Jaime Eduardo Lamego Lopes

Conselho FiscalPresidente Jos Paulo S Fernandes Nunes de Almeida Armando Lus Vieira de Magalhes Filipe Carlos Ferreira Avides Moreira Jos Manuel Taveira dos Santos (Suplente)

Sociedade de Revisores Oficiais de ContasDeloitte & Associados, SROC SA, representada por Jorge Manuel Arajo de Beja Neves

Secretrio da SociedadeDaniel Lorenz Rodrigues Pereira Suplente: Urgel Ricardo Santos Brando Horta Martins

Conselho ConsultivoPresidente Alpio Dias lvaro Pinto lvaro Rola Amrico Amorim Antnio Gonalves Antnio Lobo Xavier Armando Pinho Artur Santos Silva Elisa Ferreira Fernando Pimenta Fernando Pvoas Ildio Pinho Ildio Pinto Joo Espregueira Mendes Jorge Armindo Jorge Nuno Pinto da Costa Ludgero Marques Rui Alegre

Comisso de VencimentosPresidente Alpio Dias Joaquim Manuel Machado Faria de Almeida Fernando Freire de Sousa

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3. Destaques

Resultados Lquidos positivos pelo 5 ano consecutivo (534m em 2010/2011);

EBITDA (Cash-Flow Operacional) ascende a 37.009m, que representa um crescimento de 19% neste indicador, face aos 31.047m apresentados em 2009/2010;

Resultados operacionais excluindo transaces de passes de jogadores cresceram, neste exerccio, de um valor negativo de 5.358m para 3.457m positivos em 2010/2011. Apesar do crescimento da massa salarial, justificado essencialmente pela incluso dos prmios relativos performance desportiva, a contabilizao da clusula de resciso do treinador, no valor de 15.000m, levou obteno deste resultado;

Com a incorporao das rubricas relacionadas com passes, os Resultados Operacionais atingem os 6.977m neste exerccio econmico, o que representa um aumento de 144% relativamente ao anterior;

Estabilizao do rcio Salrios vs Proveitos Operacionais excluindo resultados com passes de jogadores, dentro dos 70% recomendados pela UEFA;

Estabilizao dos Capitais Prprios, atingindo em 30 de Junho de 2011 o valor global de 23.519m, em termos individuais;

Activo Total Lquido cresce 42.421m, o que representa um aumento de 23% face ao valor evidenciado a 30 de Junho de 2010, justificado essencialmente pelos investimentos efectuados em novos jogadores, mas tambm pelo aumento do valor em caixa e equivalentes;

Aumento do passivo total em 41.958m, mas com uma diminuio da dvida a pagar no curto prazo de 72 para 70%;

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Rcio Net Debt / EBITDA (capacidade de pagar o passivo financeiro) melhora em 24%, passando de 2,72 para 2,06 anos;

Os resultados apresentados ainda no incorporam a venda do atleta Radamel Falcao para o Atletico de Madrid, que foi concretizada aps o fecho do exerccio.

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4. Evoluo da Actividade

A FC Porto Futebol, SAD vem cumprir os seus deveres de prestao de informao de natureza econmica e financeira, relativa ao exerccio 2010/2011, perodo compreendido entre 1 de Julho de 2010 e 30 de Junho de 2011.

Este documento foi elaborado de acordo com o quadro normativo vigente, nomeadamente o disposto no Cdigo das Sociedades Comerciais, Cdigo dos Valores Mobilirios e nos Regulamentos da Comisso do Mercado de Valores Mobilirios (CMVM).

Conforme estipulado no Regulamento do Parlamento Europeu, as sociedades com valores mobilirios admitidos em mercados regulamentados sediados na Unio Europeia devem utilizar nas suas demonstraes financeiras consolidadas, as normas internacionais de contabilidade (IAS/IFRS) adoptadas no seio da Unio, para todos os exerccios financeiros com incio em ou aps 1 de Janeiro de 2005.

No caso da F.C. Porto Futebol, SAD, estas normas entraram em vigor no exerccio 2005/2006. As contas apresentadas em todos os trimestres, bem como este relatrio sobre as contas anuais, foram elaborados de acordo com as normas internacionais de contabilidade.

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RESUMO DA ACTIVIDADE DESPORTIVA

A poca 2010/2011 foi de grandes conquistas para o FC Porto. Numa temporada que ficar para sempre na histria do clube e do futebol portugus, o FC Porto conquistou quatro trofus (Liga Europa, campeonato nacional, Taa de Portugal e Supertaa). Estes quatro ttulos permitiram ao FC Porto tornar-se o clube portugus mais titulado de sempre, com 69 ttulos entretanto, j depois do fecho do exerccio subiria para 70, com a conquista da Supertaa.

A temporada permitiu tambm reforar o estatuto de clube europeu com mais trofus conquistados no sculo XXI, tendo passado para 23 (24 com a conquista da Supertaa em Agosto).

Com pequenos ajustes no plantel e com nova equipa tcnica, liderada por Andr VillasBoas, o FC Porto conquistou o primeiro trofu logo no primeiro jogo oficial da poca, quando bateu o Benfica por 2-0 na final da Supertaa, disputada em Aveiro.

Esta vitria mostrou como o nosso clube no estava disposto a abdicar da hegemonia do futebol portugus, sendo que o principal objectivo era a recuperao do ttulo nacional.

E a carreira da equipa no podia ser melhor, com 27 vitrias e apenas trs empates ao longo de 30 jornadas de glria, os Drages sagraram-se campees nacionais com 21 pontos de avano sobre o segundo classificado, um novo recorde de vantagem na histria dos campeonatos nacionais.

Desta carreira mpar ressaltam alguns jogos memorveis, como a goleada por 5-0 infligida ao Benfica no Estdio do Drago, ou a vitria por 2-1 em pleno Estdio da Luz, jogo que carimbou em definitivo a reconquista do campeonato nacional.

Apesar do primeiro objectivo se centrar no campeonato nacional, o FC Porto no descurou a participao na Liga Europa, competio que viria a vencer brilhantemente

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na final de Dublin, ao bater o Sporting de Braga por 1-0, na que foi a primeira final portuguesa de uma competio europeia.

A conquista do stimo trofu internacional, o quarto este sculo, ilustra de forma clara a hegemonia do FC Porto no futebol nacional ( excepo do FC Porto, a ltima vitria internacional de uma equipa portuguesa foi em 1964, h j quase 48 anos).

A carreira europeia da equipa ficou marcada por jogos fantsticos, com vitrias sucessivas em terrenos muito difceis, como Sevilha, ou Moscovo, por duas vezes, ou goleadas histricas, como os 5-1 ao Villarreal.

Na Taa de Portugal, competio que o FC Porto tinha vencido nas duas edies anteriores, a equipa conquistou o tri, com uma goleada por 6-2 frente ao Vitria de Guimares, na final do Jamor. Antes, nas meias-finais, o FC Porto defrontou o Benfica e sofreu a nica derrota na competio, ao perder na primeira-mo da meia-final por 0-2, no Estdio do Drago. A derrota no impediu, no entanto, a equipa de ir Luz discutir o apuramento, carimbado com uma fantstica vitria por 3-1.

Pela segunda vez na histria, depois de j o ter conseguido em 2003, o FC Porto assegurava o treble, que vencer campeonato e taa nacional e competio europeia numa mesma poca. Para se ter a noo de como invulgar conseguir no mesmo ano vencer campeonato e taa nacional e competio europeia, s outros oito clubes o conseguiram em toda a histria do futebol europeu (Celtic, Ajax, Liverpool, PSV Eindhoven, Manchester United, Galatasaray, Barcelona e Inter Milo), sendo que o FC Porto mesmo o nico que o conseguiu por duas vezes.

Para alm do sucesso retumbante da equipa profissional, o FC Porto no descurou os escales jovens, tendo sido campeo nacional de sub-19 e sub-15. A aposta no trabalho de formao de jogadores uma tradio no FC Porto e os ttulos conquistados abrem perspectivas de formar talentos que nos prximos anos possam integrar o principal plantel da sociedade.

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Realce para o facto de pela primeira vez o campeonato de sub-19 ter sido disputado numa fase final de oito equipas, todos contra todos, numa prova de mbito nacional de 14 jornadas. A equipa do FC Porto sagrou-se campe nacional tendo perdido apenas uma partida, o que demonstra bem a qualidade dos jovens Drages.

Em crescimento continua o Dragon Force, que nesta ltima temporada cumpriu o terceiro ano de vida. Este projecto de formao desportiva, com preocupaes pedaggicas, alimentares e sociais proporciona a pratica desportiva a centenas de crianas de ambos os sexos, dos quatro aos 14 anos.

J aps o fim do exerccio, aquando do arranque do novo ano lectivo, o FC Porto abriu quatro novas escolas (Valadares, Madeira, Custias e Famalico), ampliando para as dez que neste momento esto em funcionamento.

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ACTIVIDADE ECONMICA

A Futebol Clube do Porto Futebol, SAD apresenta, pelo quinto exerccio econmico consecutivo, resultados consolidados positivos. Apesar da actual conjuntura econmica e financeira, nacional e internacional, e da no participao da equipa principal do FC Porto na UEFA Champions League, esta sociedade conseguiu equilibrar o seu oramento, com base nas receitas geradas.

Neste relatrio so analisados os resultados consolidados da sociedade, compostos pela agregao dos resultados obtidos individualmente em cada uma das empresas do permetro de consolidao FC Porto - Futebol, SAD, PortoComercial, PortoEstdio, PortoMultimdia e PortoSeguro lquida das transaces efectuadas entre elas. Apesar do volume de negcios da PortoComercial ter um peso cada vez mais significativo no total do grupo, ainda a actividade da FC Porto Futebol, SAD, em termos individuais, que contribui de forma decisiva para os resultados consolidados apresentados. No exerccio em anlise, esta empresa fechou o ano com contas positivas, o que, apesar da participao negativa das outras empresas, excepo da PortoSeguro, permitiu a obteno do resultado consolidado obtido.

Mais frente neste relatrio apresenta-se um resumo dos resultados individuais de cada uma das empresas do permetro de consolidao, pelo que agora nos concentraremos na anlise, a dois anos, do resultado consolidado.

Como foi j referido, a FC Porto Futebol, SAD obteve, novamente, um resultado consolidado lquido positivo, no exerccio em anlise, de 534m, o que representa um acrscimo de 452m, relativamente ao perodo anterior.

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Esta evoluo positiva do Resultado Lquido torna-se mais expressiva se nos concentramos no Cash-Flow, que reflecte os meios libertos pela actividade da empresa e obtido pelo resultado do exerccio, lquido de amortizaes, perdas de imparidade e provises. O crescimento do cash-flow, que atingiu neste exerccio os 30.504m, permite sociedade uma maior capacidade de autofinanciamento.

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O resultado lquido da FC Porto Futebol, SAD, semelhana de outras empresas do mesmo sector de actividade, constitudo por 3 componentes relevantes: resultados operacionais excluindo transaces de passes de jogadores, resultados relacionados com passes de jogadores e resultados financeiros, ao que se junta posteriormente o imposto sobre o rendimento. O aumento dos resultados operacionais excluindo transaces de passes de jogadores influenciou determinantemente o resultado final.

Analisando a estrutura de proveitos operacionais excluindo proveitos com passes de jogadores, que atingiram os 89.815m no exerccio em anlise, verifica-se que, excepo de Outras receitas desportivas, todas as rubricas tiveram uma evoluo positiva, comparativamente com o ano anterior.

As receitas de merchandising, que atingiram os 3.219m, cresceram 30% no exerccio em anlise, o que de destacar dada a actual conjuntura econmica.

A bilheteira, no seu sentido amplo, aumentou 571m relativamente a 2009/2010. Este crescimento no foi mais significativo uma vez que houve uma quebra das receitas obtidas com a comercializao de Dragon Seats e com o proveito das quotizaes pagas pelos associados do FC Porto que so proveito da sociedade desportiva. No que diz respeito aos dragon seats, esta queda poder ser explicada pelo facto do FCP estar a_______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 12

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disputar a UEFA Europa League, o que poder levar a um interesse menor dos associados na procura deste produto. No caso das quotas, cumulativamente a ter diminudo a receita global da quotizao, a percentagem destinada sociedade desportiva baixou de 80 para 75%. J as receitas dos bilhetes vendidos jogo a jogo aumentou tanto nos jogos do campeonato nacional, como das competies europeias.

As receitas advindas das provas europeias aumentaram, no exerccio em anlise, 6.715m. Apesar do FC Porto se ter sagrado campeo da UEFA Europa League (UEL), as receitas globais obtidas pelo excelente desempenho nessa prova, foi bastante inferior ao valor que normalmente obtm pela participao na UEFA Champions League (UCL), onde a equipa tem marcado presena, uma vez que a UEL atribui prmios bastante mais modestos. O crescimento verificado justifica-se pelo facto de a contabilizao dos proveitos relacionados com as competies europeias no reflectir o quadro econmico a que esto sujeitas as provas em que a equipa participa em cada um dos perodos apresentados. Tendo em conta a poltica contabilstica consistentemente adoptada, o prmio fixo de acesso prova, de 7,2M / 1M (UCL / UEL, respectivamente), contabilizado no momento em que garantido desportivamente, assim como so contabilizados os encargos com os prmios correspondentes a pagar a jogadores e tcnicos. Assim, o acesso edio 2009/2010 tinha j sido contabilizado no exerccio anterior, enquanto o acesso de 2010/2011 foi obtido em Agosto de 2011, com a passagem nos play-offs. Por essa razo, em 2010/2011 est reconhecido o acesso UEL 2010/2011 (1M) e o acesso UCL 2011/2012 (7,2M).

Em Outras Receitas Desportivas esto contabilizados os proveitos relativos participao em outras provas desportivas que no a j referida UEL a Taa de Portugal, a Supertaa Cndido Oliveira, a Taa da Liga, torneios de pr-poca e ainda as receitas advindas do Dragon Force. Apesar das receitas da participao na Taa da Liga terem sido manifestamente inferiores, as da Taa de Portugal e Supertaa compensaram essa diferena. No entanto, os torneios da pr-temporada, disputados na poca em anlise, atriburam prmios inferiores aos de 2009/2010, em que a equipa participou na Peace Cup.

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As receitas televisivas cresceram 3.023m devido renovao do contrato com a PPTV Publicidade de Portugal e Televiso, SA (que assumiu a posio contratual da Olivedesportos), que garantiu um valor adicional, relativamente ao anterior, para a poca 2010/11. Esto aqui tambm consideradas as receitas de transmisso televisiva dos jogos da pr-poca.

Os proveitos inerentes aos contratos de publicidade e sponsorizao advm, essencialmente, da publicidade feita no equipamento oficial do FC Porto, pelos seus principais patrocinadores, que em 2010/2011 eram a Portugal Telecom, a Nike e a Unicer, mas tambm da explorao da marca FC Porto pela participada PortoComercial. Os contratos com os patrocinadores, dada a sua longa durao, no sofrem grandes variaes ao longo dos exerccios. No entanto, estes contratos atribuem prmios de performance que, pelo excelente desempenho desportivo da equipa no exerccio em anlise, foram bastante superiores aos do ano anterior. Adicionalmente, um aumento considervel da comercializao dos suportes publicitrios pela PortoComercial contribuiu para um acrscimo global desta rubrica em 1.953m.

A rubrica Corporate Hospitality abrange os proveitos relacionados com a gesto e explorao deste segmento, que so proveito das sociedades aqui analisadas. Este negcio, que de forma resumida, consiste na cedncia de um conjunto de produtos e servios destinados a empresas e que incluem os direitos de utilizao de camarotes e lugares para empresas no Estdio do Drago para assistir a jogos do FC Porto, so direccionados para a sociedade EuroAntas, detida pelo FC Porto (clube), que utiliza esta liquidez para fazer face ao servio da dvida contrada para construir o estdio. O modelo est desenhado de tal forma que a FC Porto Futebol, SAD, depois de honrados todos os compromissos decorrentes do project finance, garante para si a distribuio do montante excedentrio decorrente da gesto deste negcio. No exerccio em anlise este valor sofreu um decrscimo acentuado, uma vez que os custos associados com o negcio foram bastante superiores. Por outro lado, uma vez que a PortoComercial adquire o direito e assume a responsabilidade de comercializao dos conceitos deste segmento, os proveitos gerados passaram a ser tambm aqui englobados, no exerccio 2010/2011, o que levou ao aumento desta rubrica em 5.554m. Este montante tem

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igual contrapartida nos custos do exerccio, pela transferncia desses proveitos para a EuroAntas. Est tambm aqui englobada a comisso que a PortoComercial cobra pelos servios de comercializao dos conceitos do Corporate Hospitality.

A rubrica Outras Prestaes de Servios inclui as prestaes de servios ainda no referidas, prestadas essencialmente pelas sociedades participadas, exceptuando os proveitos, j referidos, de Publicidade e Sponsorizao da PortoComercial. Engloba a explorao de negcios como a organizao de eventos, cedncia de espaos, parque de estacionamento, entre outros, que diminuram 748m no ltimo exerccio.

Por ltimo, na rubrica Outros Proveitos, que passa de uma valor irrelevante, na estrutura de proveitos da sociedade, para 15.566m, que foi inscrito o valor da resoluo sem justa causa do contrato de trabalho que o treinador Andr Villas Boas tinha com esta sociedade, no valor de 15M, tal como previsto na respectiva clusula de resciso.

Como resultado dos factos enunciados, os Proveitos Operacionais excluindo proveitos com Passes de jogadores cresceram 32.202m relativamente ao perodo anterior, como se pode verificar no grfico abaixo.

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Tendo agora em considerao a estrutura de custos operacionais, excluindo custos com transaces de passes, verifica-se um aumento de 23.387m, relativamente a 2009/2010, resultante do aumento generalizado das rubricas que a constituem. No entanto, as duas primeiras rubricas so as grandes responsveis por este crescimento.

Os Custos Salariais, que tm grande representatividade na estrutura de custos, como tpico nesta actividade, so fortemente influenciados pelo desempenho desportivo da equipa principal de futebol. Para alm do salrio fixo estabelecido contratualmente com os jogadores e equipa tcnica, a FC Porto Futebol, SAD aposta na atribuio de uma componente varivel, relacionada com a performance desportiva da equipa. Estes custos cresceram 10.813m, na poca 2010/2011, em grande parte devido aos prmios pagos equipa, pelo bom desempenho nas provas nacionais e europeias que disputou. De salientar que 35% do total dos custos com o pessoal apresentados dizem respeito componente varivel, relacionada com o desempenho individual e colectivo da equipa. Por outro lado, a sociedade aposta no investimento do plantel com jogadores de elevada qualidade, a maioria deles internacionais pelas suas seleces, de forma a garantir os melhores resultados desportivos, que necessariamente exigem

remuneraes adequadas ao seu estatuto. Adicionalmente, poltica da sociedade assegurar a permanncia de jogadores fundamentais ao plantel. Assim, a sociedade optou por renovar os contratos de trabalho com diversos atletas, tendo-lhes sido melhoradas as condies salariais, situao que obviamente teve repercusses na poca em apreo. Adicionalmente, registou-se um aumento dos encargos de segurana social,_______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 16

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sobre remuneraes, a cargo da empresa, no s pelo aumento da massa salarial mas tambm como reflexo da nova poltica fiscal.

A rubrica de Fornecimentos e Servios Externos registou um aumento considervel, de 11.041m, que foi distribudo pelas vrias empresas representadas neste consolidado, para dar resposta s cada vez mais variadas necessidades relativas actividade e no caso especfico da FC Porto Futebol, SAD, para fazer face ao aumento do nmero de jogos internacionais disputados. No entanto, o grande impacto tem a ver com a contabilizao como custo e proveito, a partir do exerccio em anlise, da actividade de comercializao do negcio do corporate hospitality com a Euroantas, tal como referido acima.

As amortizaes, excluindo depreciao de passes, que quase no tm expresso na estrutura de custos da sociedade, representando apenas 1% do total, no sofreram grandes alteraes relativamente ao perodo anterior.

O custo das mercadorias vendidas aumentou 562m, face ao perodo homlogo, devido ao aumento da venda de mercadorias, como j referido.

As provises e perdas de imparidade excluindo transaces de passes, atingiram um total de 722m, em virtude do incumprimento dos prazos de recebimento de crditos sobre diversas entidades.

Os restantes custos ainda no mencionados, como os impostos, quotizaes, multas e penalizaes desportivas, englobados na rubrica Outros custos, cresceram 412m em 2010/2011.

O total de custos, excluindo transaces de passes de jogadores ascenderam a 86.582m, no perodo em anlise, o que representa um aumento de 37% face aos 62.971m apresentados no perodo anterior, como resultado das variveis descritas.

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Assim, os Resultados Operacionais excluindo Resultados com Passes de jogadores, atingiram o valor global de 3.457m, o que representa um aumento de 8.815m relativamente ao perodo anterior.

Adicionando a esta anlise as rubricas relacionadas com passes de jogadores, que tm uma influncia preponderante nos resultados da FC Porto Futebol, SAD e de outras empresas com a mesma actividade, atinge-se um resultado operacional mais slido. Apesar das amortizaes e perdas de imparidade ter aumentado, e de ter diminudo o resultado com as transaces de passes, o saldo das duas rubricas continua a ser positivo. O aumento das amortizaes, que resultam dos contratos acordados com os jogadores e dos investimentos realizados na aquisio de direitos desportivos, reflecte o investimento na equipa, enquanto o acrscimo nas perdas de imparidade diz respeito ao aumento dos custos econmicos com o abate dos encargos com a aquisio dos passes dos jogadores reflectidos no balano, em activos intangveis.

O Resultado das Transaces de Passes, que engloba os custos e os proveitos resultantes da venda e emprstimo dos direitos desportivos de jogadores, tem sido, tradicionalmente, uma rubrica de sinal positivo nas demonstraes financeiras do grupo. Os 31.885m dos resultados obtidos derivam essencialmente das mais valias lquidas (ao_______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 18

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valor da venda tm que ser subtrados os custos inerentes a cada negcio e o valor lquido contabilstico dos respectivos direitos desportivos) que resultam das vendas dos direitos desportivos e econmicos de jogadores a outros clubes / entidades, que tm representado uma parte substancial dos proveitos da FC Porto Futebol, SAD e de muitas sociedades deste sector de actividade que assim equilibram os seus resultados de explorao. Apesar de alguma conteno existente no mercado de transferncias na Europa, a aposta no apetrechamento da equipa com bons valores, para alm de contriburem para o sucesso desportivo, possibilita ainda a obteno de receitas importantes para esta sociedade. No exerccio em anlise esto contabilizadas a vendas de diversos jogadores, sendo as de maior expresso a venda do Bruno Alves para o Zenit e do Raul Meireles para o Liverpool, realizadas no incio da poca desportiva, assim como os prmios de objectivos relacionados com anteriores vendas de direitos desportivos (Lucho Gonzalez.).

A contribuio negativa das Amortizaes e perdas de imparidade com passes de jogadores, adicionada aos Resultados com transaces de passes de jogadores, resultou num saldo positivo de 3.520, que levou obteno de resultados operacionais (resultados antes de custos e proveitos financeiros, resultados relativos a investimentos e impostos sobre o rendimento) de 6.977m, o que representa um acrscimo de 4.123m relativamente poca anterior.

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Para alm dos resultados operacionais, necessrio englobar os financeiros e os relativos a investimentos para obter o resultado lquido. Neste exerccio, os resultados financeiros agravaram-se em 2.967m no s pelo aumento nos encargos financeiros, decorrentes de maiores dificuldades no acesso ao crdito, mas tambm pela diminuio dos proveitos financeiros da sociedade. Os resultados relativos a investimentos, onde se contabilizam os resultados obtidos com o investimento em direitos econmicos de jogadores, sem que a sociedade detenha os direitos desportivos, caram 524m no perodo em anlise.

Por ltimo, englobando o imposto sobre o rendimento do exerccio, na ordem dos 504m, a FC Porto Futebol, SAD apresenta assim um resultado lquido, relativo ao exerccio econmico 2010/2011, de 504m atribuvel aos detentores de capital da FC Porto Futebol, SAD, e o valor negativo de 63m atribuvel a interesses sem controlo, num total global de 471m.

Ainda tendo em conta a explorao anual da sociedade, interessa apresentar um indicador fundamental neste sector de actividade, que espelha o peso que os custos com o pessoal tm na estrutura de proveitos. Usando o indicador muito utilizado por especialistas na anlise das finanas do futebol, este rcio, que no deve incluir

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proveitos com transaces de passes de jogadores, deve situar-se abaixo dos 70%, tal como recomendado pela UEFA. Como se pode ver pelo grfico a seguir apresentado, a sociedade tem conseguido manter esse rcio dentro do valor recomendado, apesar dos constrangimentos que FC Porto tem, como clube de um pas pequeno, na angariao de receitas tradicionais (bilheteira, receitas televisivas e publicidade), relativamente aos grandes clubes europeus, dado que para manter o mesmo nvel de competitividade tem de pagar salrios semelhantes. Mesmo se excluirmos o proveito proveniente da clusula de resciso do treinador, no valor de 15.000m, aquele indicador melhora ligeiramente face ao ano anterior.

Analisando o balano da sociedade, em 30 de Junho de 2011, conclui-se que a sua situao patrimonial no sofreu grandes alteraes relativamente ao perodo anterior, apesar da incorporao dos resultados positivos apresentados no perodo em anlise. Os capitais prprios da FC Porto Futebol, SAD atingem, a nvel individual, os 23.319m, menos que metade do seu capital social, pelo que a sociedade continua no mbito do artigo 35 do Cdigo das Sociedades Comerciais.

No que diz respeito ao activo lquido, verificou-se um aumento global de 42.421m, divididos pelas componentes corrente e no corrente. O maior incremento, de_______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 21

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21.946m, situa-se ao nvel do valor contabilstico dos direitos desportivos dos jogadores, devido ao investimento realizado no reforo da equipa. O valor do plantel, em termos contabilsticos, atinge j os 89.774m, ainda que no reflicta o real valor de mercado, uma vez que a sociedade tem obtido mais valias relevantes na venda destes direitos.

O activo corrente do Grupo avolumou-se pelo incremento do saldo de acrscimos de rendimentos e gastos diferidos, mas tambm pelo aumento do valor em caixa e seus equivalentes em 30 de Junho de 2011.

O passivo total do Grupo ascende, em 30 de Junho de 2011, a 202.030m, o que representa um aumento de 26% relativamente a 30 de Junho do ano anterior. Este aumento ficou a dever-se ao crescimento do passivo corrente e do no corrente. Apesar deste aumento global, em termos de estruturao as dvidas de curto prazo representam um valor inferior, de 70% do total, sendo que, a 30 de Junho de 2010 representava 72%.

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Apesar da diminuio dos emprstimos bancrios, a divida financeira da sociedade aumentou, com a emisso de um novo emprstimo obrigacionista, no montante global de 10M.

Neste momento a sociedade detm dois emprstimos obrigacionista, um de 18M, com reembolso em 18 de Dezembro de 2012 e outro de 10M, cujo pagamento integral ser efectuado no dia 3 de Junho de 2014. De acordo com os resultados finais da operao, apurados pela Euronext Lisbon em Sesso Especial de Bolsa, realizada no dia 1 de Junho de 2011, foram recolhidas 2.954 ordens de subscrio que, no seu somatrio, corresponderam a um montante de aproximadamente a 96M. A comercializao da operao revelou-se um sucesso! Nunca numa emisso obrigacionista duma sociedade, desportiva ou no, a procura foi to elevada (correspondeu a 9,59 vezes o total da oferta), nem o coeficiente de rateio to baixo (0,101).

No entanto, no se deve olhar para o passivo individualmente, mas sim, para a capacidade que as empresas tm para pagar esse passivo. Um excelente indicador dessa capacidade o rcio Net Debt/EBITDA, que significa quantas vezes, ou em quantos anos que o Cash Flow econmico (EBITDA) do exerccio paga / amortiza a dvida financeira

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lquida da empresa. Sendo que a dvida financeira lquida da FC Porto Futebol, SAD , em 30 de Junho de 2011, de 76.410m, e o seu EBITDA de 37.009m, temos um Net Debt EBITDA de 2,06, o que, na opinio dos especialistas, significa um bom indicador, dado que apresenta um valor inferior a 3. Note-se que o valor apresentado para este mesmo rcio, para o exerccio findo em 30 de Junho de 2010, apresentava um valor de 2,72, superior ao actual, mas estando ainda dentro do considerado um valor razovel para a dvida financeira. Desta anlise conclui-se que, apesar de dvida financeira apresentar um valor relevante, os meios operacionais libertos pela sociedade no perodo em anlise permitem ter uma estrutura financeira equilibrada para cumprir com os seus compromissos de financiamento.

Como foi j referido, a sociedade encontra-se, em 30 de Junho de 2010, no mbito do disposto no artigo 35 do Cdigo das Sociedades Comerciais, com os seus capitais prprios, a nvel individual, a representarem menos de metade do capital social (23.319m).

Mesmo no atingindo o objectivo de cumprir o referido no artigo 35 do Cdigo das Sociedades Comerciais, a FC Porto Futebol, SAD tem vindo a incorporar resultados positivos no seu capital prprio, sendo convico do Conselho de Administrao que assim continuar a ser nos prximos exerccios, pelo que a sociedade dar cumprimento ao disposto no mesmo artigo.

Ainda assim, e no pressuposto de mais rapidamente dar cumprimento a esta obrigao, o Conselho de Administrao tem vindo a estudar e a implementar outras solues que possibilitem o reforo dos capitais prprios da sociedade. Como foi j comunicada ao mercado, o Grupo FC Porto deu incio ao projecto de implementao de um Modelo Operativo que tem por objectivo a especializao por funes de cada empresa do Grupo, de forma mais racional e eficiente. Deu incio de actividade, no dia 1 de Maro

de 2011, uma nova sociedade, a FC Porto Servios Partilhados, SA. Esta empresa, participada integralmente pelas empresas do universo FC Porto, tem como objecto a prestao de servios de assessoria empresarial, administrao e recursos humanos a todas as empresas do Grupo. Paralelamente est tambm a_______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 24

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ser feita uma reflexo sobre se o actual Modelo Societrio e os Protocolos existentesentre as empresas so os mais ajustados, tendo em conta o actual enquadramento econmico, financeiro e operacional. Assim, nessa reflexo, ser analisada a melhor forma de resolver a questo do artigo 35, sem prejudicar a eficincia operativa e de governo do Grupo.

O Conselho de Administrao, para alm de perspectivar a anlise deste assunto na Assembleia Geral de Accionistas para a aprovao das contas deste exerccio, poder tambm convocar uma Assembleia Geral Extraordinria, para discusso e aprovao das propostas que vierem a ser apresentadas, as quais podero passar pelas seguintes alternativas:

Reduo do capital social para montante no inferior ao capital prprio da sociedade;

Realizao pelos accionistas de entradas para reforo da cobertura do capital; e A conjugao das duas alternativas.

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PERFORMANCE INDIVIDUAL DAS EMPRESAS PERTENCENTES AO PERMETRO DE CONSOLIDAO

As contas at agora apresentadas expem a situao econmico-financeira da FC Porto Futebol, SAD de forma consolidada, ou seja, agregando as contas das cinco empresas que constituem o permetro de consolidao, lquido das transaces efectuadas entre elas.

Abaixo apresenta-se o desempenho individual de cada uma delas, antes de serem feitos os ajustamentos de consolidao:

O quadro acima demonstra que o resultado alcanado pela FC Porto Futebol, SAD de forma consolidada foi obtido quase exclusivamente pelo resultado individual da sociedade. As restantes empresas do permetro de consolidao obtiveram resultados negativos na poca em anlise, excepo da PortoSeguro. A PortoComercial foi influenciada negativamente pelo aumento dos seus custos com publicidade e perdas de imparidade de dvidas a receber, sendo este tambm o caso verificado na PortoEstdio.

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5. Outros Factos Ocorridos Durante o Exerccio

No mbito da emisso de obrigaes pela sociedade, procedeu-se ao pagamento dos juros do cupo n. 2 e n 3 das obrigaes FUTEBOL CLUBE DO PORTO SAD 2009-2012, a 20 de Dezembro de 2010 e 20 de Junho de 2011, respectivamente. O reembolso da operao ocorrer a 18 de Dezembro de 2012, conforme foi definido no prospecto da oferta pblica.

A FC Porto Futebol, SAD decidiu, em 28 de Dezembro de 2010, prolongar por mais uma poca desportiva, ou seja, at 30 de Junho de 2013, o contrato de trabalho que ligava a sociedade ao treinador da sua equipa principal de futebol, Andr Villas Boas.

No dia 15 de Maro, a FC Porto Futebol, SAD assinou um contrato de patrocnio com a Portugal Telecom, SGPS, SA, que vigorar at 30 de Junho de 2015, que garante sociedade proveitos globais mnimos de 14,6M e prmios variveis adicionais, dependentes da performance desportiva da equipa.

A 8 de Abril de 2011, a FC Porto Futebol, SAD e a PTV Publicidade de Portugal e Televiso S.A. (sociedade integrada no Grupo Controlinveste, que assume a posio contratual da Olivedesportos Publicidade, Televiso e Media, S.A.), prolongaram, at poca 2017/2018, o contrato cedncia, em regime de exclusividade, dos direitos de comunicao audiovisual, nacionais e internacionais, dos jogos do F.C.Porto disputados para a competio principal da Liga Portuguesa de Futebol Profissional na qualidade de equipa visitada. Como contrapartida deste acordo, a Futebol Clube do Porto Futebol, SAD garante proveitos globais de 82,8M.

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No dia 1 de Junho de 2011, em sesso especial de mercado regulamentado, foi apresentado o resultado da Oferta Pblica da Subscrio de Obrigaes FUTEBOL CLUBE DO PORTO SAD 2011-2014 A oferta era composta por 2.000.000 obrigaes, de valor nominal de 5 (montante global: 10.000.000), no entanto a procura ultrapassou os 19 milhes de obrigaes, o que significa que foi 9,59 vezes superior oferta, o que levou a um factor de rateio de cerca 0,10.

No dia 21 de Junho de 2011, o treinador Andr Villas Boas resolveu, sem justa causa, o contrato de trabalho desportivo em vigor com a FC Porto Futebol, SAD, tendo pago montante previsto na clusula de resciso do seu contrato de trabalho desportivo.

No mesmo dia 21 de Junho de 2011, a FC Porto Futebol, SAD celebrou um contrato de trabalho desportivo, vlido por duas pocas com o novo treinador da sua equipa principal, o Professor Vitor Manuel Oliveira Lopes Pereira,

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6. Factos Relevantes Ocorridos aps o Termo do Exerccio

A FC Porto Futebol, SAD decidiu, em 14 de Julho de 2011, prolongar por mais duas pocas desportivas, ou seja, at 30 de Junho de 2015, o contrato de trabalho que liga a sociedade ao seu jogador Radamel Falco, tendo alterado a sua clusula de resciso para 45M.

No dia 19 de Julho de 2011 a FC Porto Futebol, SAD chegou a acordo com o Santos Futebol Clube para a aquisio dos direitos de inscrio desportiva, e a totalidade dos direitos econmicos, do jogador profissional de futebol Danilo Luiz da Silva, pelo valor de 13M. O jogador assinou um contrato vlido por 5 pocas desportivas, com uma clusula de resciso de 50M.

A 23 de Julho de 2011, a FC Porto Futebol, SAD comprou, por 9,6M, os direitos desportivos e econmicos do jogador Alex Sandro Lobo Silva, ao Deportivo Maldonado SAD, tendo o atleta assinado um contrato de trabalho com a durao de 5 pocas desportivas e com uma clusula de resciso de 50M.

A FC Porto Futebol, SAD readquiriu, por 4M, 22,5% dos direitos econmicos do jogador Joo Moutinho ao Soccer Invest Fund Fundo Especial de Investimento Mobilirio Fechado, o qual gerido e representado pela MNF GESTO DE ACTIVOS SGFIM, SA, Fundo este ao qual a Mamers B.V. cedeu a sua posio contratual relativamente aos direitos econmicos que detinha sobre este atleta.

No dia 15 de Agosto, com concluso no dia seguinte, esta sociedade chegou a um acordo de princpio, com o Standard de Lige, para a aquisio dos direitos desportivos e econmicos do atleta Mangala e Defour, por 6,5M e 6M respectivamente. Ambos os jogadores assinaram um contrato vlido por 5 pocas desportivas, com clusulas de resciso de 50M.

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A FC Porto Futebol, SAD chegou a acordo com o Atletico de Madrid, no dia 18 de Agosto de 2011, para a venda dos direitos de inscrio desportiva dos jogadores profissionais de futebol Radamel Falcao e Ruben Micael, pelo valor de 40M e 5M respectivamente. O acordo relativo transferncia do Falcao envolve o pagamento de uma remunerao varivel, pelo que o montante global a receber poder atingir os 47M.

No dia 6 de Setembro de 2011, o C. A. Vlez Srsfield exerceu a opo de venda dos restantes 50% dos direitos econmicos do jogador Nicolas Otamendi, por 4M, concedidos por esta sociedade no contrato de aquisio dos direitos desportivos.

A FC Porto Futebol, SAD, a 3 de Outubro de 2011, prolongou por mais uma poca desportiva, ou seja, at 30 de Junho de 2016, o contrato de trabalho que liga a sociedade ao seu jogador lvaro Pereira, tendo-se mantido a sua clusula de resciso nos 30M.

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7. Perspectivas Futuras

A poca 2010/2011 ficar para sempre na memria como uma das mais bem conseguidas da nossa histria. J so tantas as vitrias e os ttulos, mas o FC Porto continua a ter capacidade de se reinventar e oferecer conquistas histricas aos seus adeptos.

Em 2011/2012 o FC Porto est de volta aos grandes palcos do futebol europeu, integrando o restrito lote de equipas com o privilgio de disputar a prova milionria, a UEFA Champions League, aps uma poca de consagrao como vencedor da UEFA Europa League, o que claramente atesta a competncia desta equipa para estar presente na alta roda do futebol.

Esta temporada comeou pela subida ao cargo de treinador principal, do adjunto da equipa tcnica anterior, vencedora de 4 trofus. Aps a sada de Villas Boas, a administrao da FC Porto Futebol, SAD apostou em Vitor Pereira, para liderar a equipa principal. Foram recrutados jovens atletas, de valor seguro, com qualidade e margem de progresso assinalvel. Estas valias e a ambio do tcnico principal sero determinantes para uma evoluo continuada e duradoura do plantel, e para chegarmos o mais longe possvel em todas as competies.

A Futebol Clube do Porto Futebol, SAD apresenta, pelo quinto ano consecutivo, resultados consolidados positivos, demonstrando a eficincia do rumo traado por esta sociedade na combinao do sucesso desportivo com eficincia econmica e financeira. O oramento da sociedade para 2011/2012 conta j com as mais valias das transferncias j realizada, com destaque para a do atleta Radamel Falcao, para o Atltico de Madrid, por 40M.

O objectivo para os prximos exerccios , como nunca deixar de o ser nesta sociedade, a aposta numa poltica desportiva que privilegia a procura incessante do sucesso, tanto a nvel interno como na Champions League, provando que possvel aliar o sucesso desportivo eficincia econmica.

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O FC Porto insiste em vencer, mas f-lo com sentido de responsabilidade, preservando os seus valores mais slidos e antecipando um futuro seguramente auspicioso.

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8.

Informao sobre aces prprias

A F.C. Porto Futebol, SAD detm, em termos de consolidado, 100 aces prprias, no valor de 499. Estas aces, com uma pequenssima representao no capital social da sociedade, so detidas pela PortoSeguro, sociedade no permetro de consolidao, detida em 90% pela F.C. Porto Futebol, SAD.

A PortoSeguro adquiriu as 100 aces no momento da constituio da SAD, em 1997, e desde a no alienou nem adquiriu mais nenhuma aco. Assim, a F.C. Porto Futebol, SAD detinha em termos de consolidado, tanto no incio como no final do perodo em anlise, 100 aces prprias, com o custo de aquisio de 500.

9. Declarao do rgo de Gesto

Nos termos do disposto na alnea c) do n 1 do artigo 245 do Cdigo dos Valores Mobilirios, os administradores da F.C. Porto Futebol, SAD, como responsveis pela sociedade, afirmam que, tanto quanto do seu conhecimento, a informao constante no relatrio de gesto, nas contas anuais e nos demais documentos de prestao de contas exigidos por lei ou regulamento, ainda que no tenham sido submetidos a aprovao em Assembleia-Geral, foi elaborada em conformidade com as normas internacionais de relato financeiro tal como adoptadas na Unio Europeia, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situao financeira e dos resultados do emitente e das empresas includas no permetro da consolidao, e que o relatrio de gesto expe fielmente a evoluo dos negcios, do desempenho e da posio do emitente e das empresas includas no permetro da consolidao e contm uma descrio dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

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Porto, 21 de Outubro de 2011

O Conselho de Administrao,

________________________________Jorge Nuno Lima Pinto da Costa

________________________________Adelino S e Melo Caldeira

________________________________Angelino Cndido Sousa Ferreira

________________________________Reinaldo da Costa Teles Pinheiro

________________________________Jaime Eduardo Lamego Lopes

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B. Demonstraes Financeiras Consolidadas e Anexos 1. Demonstraes da Posio Financeira Consolidada(montantes expressos em euros)

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2. Demonstraes Consolidadas dos Resultados por Naturezas(montantes expressos em euros)

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3. Demonstraes Consolidadas do Rendimento Integral(montantes expressos em euros)

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4. Demonstraes Consolidadas das Alteraes no Capital Prprio(montantes expressos em euros)

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5. Demonstraes Consolidadas dos Fluxos de Caixa(montantes expressos em euros)

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6. Notas s Demonstraes Financeiras Consolidadas 1. NOTA INTRODUTRIA

A Futebol Clube do Porto Futebol, S.A.D. (FCPorto, SAD ou Sociedade, com sede no Estdio do Drago, Via F.C. Porto, Entrada Poente, Piso 3, 4350-451 Porto, foi constituda em 30 de Julho de 1997 sendo a Empresa-me de um conjunto de empresas conforme indicado nas Nota 5 como Grupo FCP ("Grupo"). A sua actividade principal consiste na participao na modalidade de futebol em competies desportivas de carcter profissional, promoo e organizao de espectculos desportivos.

2.

PRINCIPAIS POLTICAS CONTABILSTICAS

As principais polticas contabilsticas adoptadas na preparao das demonstraes financeiras consolidadas so como segue:

2.1 BASES DE APRESENTAO As demonstraes financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operaes a partir dos livros e registos contabilsticos das empresas includas na consolidao, mantidos de acordo de acordo as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela Unio Europeia, em vigor para exerccios econmicos iniciados em 1 de Julho de 2010. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (IASB), as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS), emitidas pelo International Accounting Standards Committee (IASC) e respectivas interpretaes IFRIC e SIC, emitidas, respectivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelo Standing Interpretation Committee (SIC), que tenham sido adoptadas pela Unio Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretaes sero designados genericamente por IAS/IFRS. As demonstraes financeiras intercalares foram apresentadas, trimestralmente, de acordo com IAS 34 Relato Financeiro Intercalar. Durante o exerccio findo em 30 de Junho de 2011, no ocorreram alteraes de polticas contabilsticas face s apresentadas nas demonstraes financeiras consolidadas em 30 de Junho de 2010. As seguintes normas, interpretaes, emendas e revises aprovadas (endorsed) pela Unio Europeia tm aplicao obrigatria nos exerccios econmicos iniciados em ou aps 1 de Janeiro de 2010, logo aplicveis pela primeira vez no exerccio findo em 30 de Junho de 2011, como segue:

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Relatrio e Contas Consolidado 2010/2011_______________________________________________________________________________Data de eficcia (exerccios iniciados em ou aps)

Norma/Interpretao

Revises da IFRS 1 Adopo pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro IFRS 1 Emendas (Isenes adicionais)

1-Jan-10

Esta norma foi revista no sentido de agrupar as vrias emendas que foram ocorrendo desde a sua primeira verso. Esta emenda vem contemplar um conjunto adicional de isenes na aplicao retrospectiva, nomeadamente ao nvel de activos resultantes da explorao de recursos minerais, de responsabilidades de descomissionamento e da aplicao dos requisitos da IFRIC 4. Esta emenda vem clarificar alguns aspectos relacionados com pagamentos com base em aces liquidados financeiramente no seio de grupos empresariais. Esta interpretao vem introduzir regras de reconhecimento e mensurao por parte do operador privado envolvido na prestao de servios de construo de infraestruturas e de operao no mbito de concesses do tipo pblico-para-privado. Esta interpretao vem abordar a forma para avaliar se um acordo de construo de um imvel est no mbito da IAS 11 Contratos de construo ou no mbito da IAS 18 Rdito e como o correspondente rdito deve ser reconhecido. 1Este processo envolveu a reviso de 12 normas contabilsticas. Esta emenda vem simplificar as obrigaes de divulgao de comparativos relativamente a instrumentos financeiros na adopo pela primeira vez das IFRS.

1-Jan-10

IFRS 2 Emenda (Transaces de pagamentos com base em aces entre entidades do mesmo grupo) IFRIC 12 Acordos concesso de servios de

1-Jan-10

1-Jan-10

IFRIC 15 Acordos para a construo de imveis

1-Jan-10

Melhoramentos das internacionais de financeiro 2009

normas relato

Vrias (usualmente Jan-10) 1-Jul-10

IFRS 1 Emenda (Iseno limitada da obrigao de apresentar divulgaes comparativas de acordo com a IFRS 7 para os adoptantes pela primeira vez) IAS 32 Emenda (Classificao das emisses de direitos) IFRIC 19 Extino de passivos financeiros atravs de instrumentos de capital prprio

1-Fev-10

Esta emenda vem clarificar em que condies os direitos emitidos podem ser classificados como instrumentos de capital prprio. Esta interpretao vem fornecer orientaes sobre a contabilizao das transaces em que os termos de um passivo financeiro so renegociados e resultam numa emisso pela entidade de instrumentos de capital prprio em favor de um seu credor com a resultante extino da totalidade ou de parte desse passivo financeiro.

1-Jul-10

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Relatrio e Contas Consolidado 2010/2011_______________________________________________________________________________

No foram produzidos efeitos significativos nas demonstraes financeiras do Grupo no exerccio findo em 30 de Junho de 2011, decorrente da adopo das normas, interpretaes, emendas e revises acima referidas. As seguintes normas, interpretaes, emendas e revises, com aplicao obrigatria em exerccios econmicos futuros, foram, at data de aprovao destas demonstraes financeiras, aprovadas (endorsed) pela Unio Europeia: Data de eficcia (exerccios Norma/Interpretao iniciados em ou aps) IAS 24 Divulgaes de 1-Jan-11 Esta reviso vem trazer algumas partes relacionadas clarificaes relacionadas com as (reviso) divulgaes a efectuar de partes relacionadas, em particular no tocante a entidades ligadas administrao pblica. IFRIC 14 Emenda (Prpagamento de um 1-Jan-11 requisito de financiamento mnimo) Esta emenda vem suprimir uma consequncia no intencional decorrente do tratamento de prpagamentos de futuras contribuies em circunstncias em que aplicvel um requisito de financiamento mnimo.

Estas normas apesar de aprovadas (endorsed) pela Unio Europeia, no foram adoptadas pelo Grupo no exerccio findo em 30 de Junho de 2011, em virtude de a sua aplicao no ser ainda obrigatria. No so estimados impactos significativos nas demonstraes financeiras decorrentes da adopo das mesmas. As seguintes normas, interpretaes, emendas e revises, com aplicao obrigatria em exerccios econmicos futuros, no foram, at data de aprovao destas demonstraes financeiras, aprovadas (endorsed) pela Unio Europeia:Data de eficcia (exerccios iniciados em ou aps) Esta emenda vem restringir o mbito de aplicao da IAS 27 s demonstraes financeiras separadas. Os requisitos s demonstraes financeiras consolidadas sero includos na nova norma IFRS 10 Demonstraes Financeiras

Norma/Interpretao

IAS 27 Emenda (Restrio do mbito de aplicao da norma s demonstraes financeiras separadas)

1-Jan-13

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Relatrio e Contas Consolidado 2010/2011_______________________________________________________________________________ Consolidadas. Esta norma requer que, quando uma entidade prepare demonstraes financeiras separadas os investimentos em subsidirias, associadas e entidades conjuntamente controladas sejam registados ao custo ou de acordo com a IFRS 9 Instrumentos Financeiros. Esta norma tambm regulamenta o reconhecimento de dividendos, certas reorganizaes empresariais e inclui uma srie de requisitos ao nvel das divulgaes. IAS 28 Investimentos em Associadas e Joint Ventures 1-Jan-13 Esta norma substitui a anterior norma IAS 28 Investimentos em Associadas e regulamenta a contabilizao dos investimentos em associadas e define os requisitos para a aplicao do mtodo de equivalncia patrimonial. Esta norma define ainda o termo de influncia significativa e prescreve como os investimentos em associadas e joint ventures devem ser testados por imparidade. Esta norma aborda os requisitos para a classificao e mensurao dos activos financeiros como segue: (i) Os activos financeiros podem ser classificados em duas categorias: ao custo amortizado ou ao justo valor. Esta deciso ser efectuada no momento inicial de reconhecimento dos activos financeiros. A sua classificao depende de como uma entidade apresenta no modelo de gesto do negcio esses activos financeiros e as caractersticas contratuais dos fluxos financeiros associados a cada activo financeiro; (ii) apenas podem ser mensurados ao custo amortizado os instrumentos de dvida cujos fluxos financeiros contratados representam apenas capital e juros, isto , que contenham caractersticas bsicas de dvida, e para os quais uma entidade no modelo de gesto do negcio apresenta esses activos financeiros com o objectivo de capturar apenas esses fluxos financeiros. Todos os outros instrumentos de dvida so reconhecidos ao justo valor; (iii) os investimentos em instrumentos de capital emitidos por terceiras entidades so reconhecidos ao justo valor atravs de resultados. Contudo, uma entidade poder irrevogavelmente eleger instrumentos de capital para os quais as variaes de justo valor e as mais ou menos valias realizadas so reconhecidas em reservas de justo valor. Os ganhos e perdas a reconhecidos no podem ser reciclados por resultados. Esta deciso discricionria no implicando que todos os

IFRS 9 Instrumentos financeiros (2010)

1-Jan-13

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Relatrio e Contas Consolidado 2010/2011_______________________________________________________________________________ instrumentos de capital assim sejam tratados. Os dividendos recebidos so reconhecidos em resultados do exerccio; (iv) A excepo para deter investimentos em instrumentos de capital cujo justo valor no possa ser determinado com fiabilidade e derivados relacionados, prevista na IAS 39, no permitida na IFRS 9 e (v) as alteraes ao justo valor atribuveis ao risco de crdito dos passivos financeiros classificados na categoria de Opo de justo valor (Fair Value option) sero reconhecidas em OCI. As restantes variaes de justo valor associadas a estes passivos financeiros sero reconhecidas em resultados. Os montantes registados em OCI nunca podero ser transferidos para resultados. IFRS 10 Demonstraes financeiras consolidadas 1-Jan-13 Esta norma requer que a empresa me apresente demonstraes financeiras consolidadas como uma nica entidade econmica, substituindo os requisitos anteriormente contidos nas normas IAS 27 Demonstraes Financeiras Consolidadas e Separadas e SIC 32 Consolidao Entidades com Finalidade Especial. A norma identifica os princpios de controlo, determina como identificar se um investidor controla uma subsidiria e se a dever consolidar e estabelece os princpios para a preparao das demonstraes financeiras consolidadas. Esta norma introduz um modelo nico de consolidao para todas as entidades baseadas na definio de controlo independentemente da natureza da subsidiria. De acordo com a IFRS 10 a assuno de controlo baseada: (i) no poder sobre a subsidiria; (ii) exposio ou direitos a retornos variveis que resultem do envolvimento com a subsidiria e (iii) na capacidade de usar o poder sob a subsidiria para afectar o montante de retornos.

IFRS 11 Acordos conjuntos

1-Jan-13

Esta norma substitui a IAS 31 Empreendimentos conjuntos. Requer que uma parte defina qual o tipo de acordo conjunto em que est envolvida atravs da avaliao dos seus direitos e obrigaes e contabiliz-los de acordo com os mesmos. Os acordos conjuntos podem tomar a forma de operaes conjuntas ou empreendimentos conjuntos. Esta norma vem expor o conjunto de divulgaes que permita aos utilizadores das demonstraes financeiras avaliar a natureza e os riscos

IFRS 12 Divulgaes sobre participaes noutras entidades

1-Jan-13

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Relatrio e Contas Consolidado 2010/2011_______________________________________________________________________________ associados a participaes noutras entidades e o seu efeito na demonstrao da posio financeira, demonstrao dos resultados e demonstrao dos fluxos de caixa. De uma forma global os requisitos ao nvel das divulgaes podem ser resumidos nas seguintes categorias: (i) assunes e julgamentos significativos, (ii) participaes em subsidirias, (iii) participaes em acordos conjuntos e associadas e (iv) participaes em entidades estruturadas no consolidadas. IFRS 13 Mensurao de justo valor 1-Jan-13 Esta norma vem substituir as orientaes existentes nas diversas normas IFRS relativamente mensurao de justo valor. Esta norma aplicvel quando outra norma IFRS requer ou permite mensuraes ou divulgaes de justo valor. A norma prev uma hierarquia ao nvel da classificao dessas mensuraes: (i) nvel 1 preos cotados em mercados activos para activos e passivos idnticos e que a entidade possa aceder na data de mensurao; (ii) nvel 2 - inputs que no preos cotados em mercados activos e que sejam observveis directa ou indirectamente e (iii) nvel 3 - inputs no observveis. Esta emenda vem exigir um maior nmero de divulgaes relativamente a actividades fora da demonstrao da posio financeira. Esta emenda fornece uma presuno de que a recuperao de activos mensurados ao justo valor de acordo com a IAS 40 ser realizada atravs da venda. Esta emenda fornece orientaes de como as entidades devem apresentar as suas demonstraes financeiras de acordo com as normas IFRS aps um perodo em que no as puderam apresentar pelo facto da sua moeda funcional estar sujeita a hiperinflao severa. Adicionalmente esta emenda substitui a referncia data fixa de 1 de Janeiro de 2004 pela data de transio para as IFRS. Esta emenda vem exigir novos requisitos para penses, outros benefcios ps reforma e benefcios de resciso. Esta emenda vem requerer as seguintes alteraes: (i) os itens que compem o Outro Rendimento Integral e que futuramente sero

IFRS 7 Emenda (actividades fora do balano)

1-Jul-11

IAS 12 Emenda (recuperao de activos por impostos diferidos)

1-Jan-12

IFRS 1 Emenda (Hiperinflao e remoo de datas fixas para os First-time Adopters)

1-Jul-11

IAS 19 Emenda (2011)

1-Jan-13

IAS 1 Emenda (apresentao dos itens no Rendimento integral)

1-Jul-12

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Relatrio e Contas Consolidado 2010/2011_______________________________________________________________________________ reconhecidos em resultados do exerccio so apresentados separadamente; (ii) alterao da nomenclatura para Demonstrao dos Resultados e Outro Rendimento Integral. A opo de apresentao dos resultados do exerccio e do Outro Rendimento Integral em duas demonstraes separadas manter-se-.

Estas normas no foram ainda aprovadas (endorsed) pela Unio Europeia e, como tal, no foram adoptadas pelo Grupo no exerccio findo em 30 de Junho de 2011, em virtude de a sua aplicao no ser ainda obrigatria. No so estimados impactos significativos nas demonstraes financeiras decorrentes da adopo das mesmas.

2.2 BASES DE CONSOLIDAO As bases de consolidao usadas pelo Grupo na preparao das suas demonstraes financeiras consolidadas so as seguintes: a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo As participaes financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas polticas financeiras e operacionais (definio de controlo utilizada pelo Grupo), so includas nas demonstraes financeiras consolidadas pelo mtodo de consolidao integral. O capital prprio e o resultado lquido destas empresas correspondente participao de terceiros nas mesmas, apresentado separadamente no balano consolidado e na demonstrao dos resultados consolidada nas rubricas Interesses sem controlo. As empresas includas nas demonstraes financeiras pelo mtodo de consolidao integral encontram-se detalhadas na Nota 5. Sempre que necessrio e quando considerado relevante, so efectuados ajustamentos s demonstraes financeiras das filiais para adequar as suas polticas contabilsticas s adoptadas pelo Grupo. Os saldos e transaces entre empresas do Grupo so eliminados no processo de consolidao. b) Diferenas de consolidao As diferenas entre o custo de aquisio dos investimentos em empresas do Grupo e o justo valor dos activos e passivos identificveis dessas empresas data da sua aquisio, se positivas, so registadas na rubrica Diferenas de consolidao (Nota 10). O valor das diferenas de consolidao no amortizado, sendo testado anualmente para verificar se existem perdas por imparidade. A quantia recupervel determinada com base nos planos de negcio elaborados pela gesto do Grupo ou por relatrios de avaliao elaborados por entidades independentes. As perdas_______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 46

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por imparidade das diferenas de consolidao constatadas no perodo so registadas na demonstrao dos resultados do perodo na rubrica Provises e perdas por imparidade. As perdas por imparidade relativas a diferenas de consolidao no podem ser revertidas.

2.3 PRINCIPAIS CRITRIOS VALORIMTRICOS Os principais critrios valorimtricos usados pelo Grupo na preparao das suas demonstraes financeiras consolidadas, so os seguintes: a) Activos tangveis Os activos tangveis adquiridos at 1 de Julho de 2004 (data de transio para as IFRS), encontram-se registados ao seu deemed cost, o qual corresponde ao custo de aquisio, deduzido das amortizaes acumuladas e de perdas por imparidade at ento registadas. Os activos tangveis adquiridos aps aquela data encontram-se registados ao custo de aquisio, deduzido das correspondentes amortizaes e das perdas por imparidade acumuladas. As amortizaes so calculadas, aps o incio de utilizao dos bens, pelo mtodo das quotas constantes em conformidade com o perodo de vida til estimado para cada grupo de bens. Para os principais grupos de bens, o perodo de vida til estimado varia entre: Equipamento bsico 4 e 10 anos Equipamento de transporte 3 e 8 anos Equipamento administrativo 3 e 8 anos As despesas de conservao e reparao que no aumentem a vida til dos activos nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos tangveis so registadas como custo no exerccio em que so incorridas. As mais ou menos-valias resultantes da venda ou abate do activo tangvel so determinadas como a diferena entre o preo de venda e o valor lquido contabilstico na data de alienao ou abate, sendo registadas na demonstrao dos resultados nas rubricas Outros proveitos ou Outros custos. b) Activos intangveis - Valor do plantel O saldo da rubrica Activo intangveis - Valor do plantel inclui os custos associados aquisio dos direitos de inscrio desportiva dos jogadores (passes) incluindo encargos com servios de intermediao, bem como os encargos com o prmio de assinatura do contrato de trabalho desportivo pago aos jogadores, e com os denominados prmios de fidelizao, nos termos da Lei n 103/97 de 13 de Setembro._______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 47

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Nas situaes em que a percentagem do passe detida inferior a 100% (ver Nota 8) significa que apesar da Sociedade deter integralmente o direito de inscrio desportiva, celebrou com entidade terceira um contrato de associao de interesses econmicos que consubstancia uma parceria de investimento, resultando na partilha proporcional dos resultados inerentes s transaces daqueles direitos. Caso se estime uma perda no valor de realizao (perda por imparidade) dos direitos de inscrio desportiva de jogadores, o correspondente efeito registado na demonstrao dos resultados do exerccio, na rubrica Amortizaes e perdas de imparidade com passes de jogadores. A identificao e quantificao destas perdas de imparidade inclui o valor lquido contabilstico dos direitos de inscrio desportiva dos jogadores, data de 30 de Junho de 2011, cujos contratos de trabalho tenham sido rescindidos at data de aprovao destas demonstraes financeiras. Os encargos com a renovao dos contratos de trabalho desportivo celebrados com os jogadores, so igualmente registados na rubrica Activos intangveis - Valor do plantel, sendo apurado um novo valor lquido contabilstico do passe dos jogadores, o qual amortizado em funo do novo perodo do contrato de trabalho. Os montantes includos na rubrica Activo intangveis - Valor do plantel so amortizados em funo da durao dos direitos de inscrio desportiva, os quais esto associados ao prazo dos contratos celebrados entre os jogadores e a Sociedade, de acordo com a Lei n103/97 de 13 de Setembro. Emprstimos de jogadores Os encargos com a aquisio dos direitos de inscrio desportiva de jogadores cuja utilizao desportiva cedida temporariamente pela Sociedade a clubes terceiros mantm-se registados na rubrica Activos intangveis - Valor do plantel e continuam a ser amortizados de acordo com o nmero de anos em que se vencem aqueles direitos, conforme o contrato de trabalho desportivo, na medida em que se considera a valorizao potencial do passe do jogador enquanto jogador que actua por outro clube, no mbito da acima referida cedncia temporria. Caso se estime uma perda no valor de realizao (perda de imparidade) de jogadores emprestados at ao trmino do respectivo perodo do contrato, nomeadamente nas situaes em que o jogador se encontra emprestado no ltimo ano do contrato de trabalho, registado o correspondente efeito na demonstrao dos resultados do exerccio, na rubrica Amortizaes e perdas de imparidade com passes de jogadores. c) Outros activos intangveis Os activos intangveis que no os relativos ao Valor do plantel encontram-se registados ao custo de aquisio, deduzido das amortizaes e das perdas por_______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 48

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imparidade acumuladas. Os activos intangveis s so reconhecidos se for provvel que deles advenham benefcios econmicos futuros para o Grupo, sejam controlveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor. As amortizaes so calculadas, aps o momento em que os bens se encontram disponveis para uso, pelo mtodo das quotas constantes em conformidade com o perodo de vida til estimado (Nota 7). d) Locao financeira e aluguer de longa durao Os activos tangveis adquiridos mediante contratos de locao financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, so contabilizados pelo mtodo financeiro, quando cumprem com os requisitos da IAS 17 Locaes. De acordo com este mtodo, o custo do activo registado no activo tangvel, a correspondente responsabilidade registada no passivo e os juros includos no valor das rendas e a amortizao do activo, calculada conforme descrito na Nota 2.3.a), so registados como custos na demonstrao dos resultados do exerccio a que respeitam. As rendas de aluguer de longa durao referentes a bens adquiridos neste regime so reconhecidas como custo na demonstrao dos resultados do exerccio a que respeitam. A classificao das locaes financeiras ou operacionais realizada em funo da substncia dos contratos em causa e no da sua forma. Nas locaes consideradas como operacionais, as rendas devidas so reconhecidas como custo na demonstrao dos resultados numa base linear durante o perodo do contrato de locao. e) Imparidade dos activos no correntes, excepto Diferenas de consolidao So efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alterao nas circunstncias que indiquem que o montante pelo qual um activo se encontra registado possa no ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um activo se encontra registado superior sua quantia recupervel, reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstrao dos resultados na rubrica Provises e perdas por imparidade, excluindo passes de jogadores. A quantia recupervel a mais alta entre o preo de venda lquido e do valor de uso. O preo de venda lquido o montante que se obteria com a alienao do activo, numa transaco entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuveis alienao. O valor de uso o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que so esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienao no final da sua vida til. A quantia recupervel estimada para cada activo, individualmente._______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 49

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A reverso de perdas por imparidade reconhecidas em perodos anteriores registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente j no existem ou diminuram. Esta anlise efectuada sempre que existam indcios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reverso das perdas por imparidade reconhecida na demonstrao dos resultados na rubrica Outros proveitos. Esta reverso da perda por imparidade efectuada at ao limite da quantia que estaria reconhecida (lquida de amortizao ou depreciao) caso a perda por imparidade no tivesse sido registada em perodos anteriores. f) Encargos financeiros com emprstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com emprstimos obtidos so reconhecidos como custo na demonstrao dos resultados do exerccio de acordo com o princpio da especializao dos exerccios. g) Inventrios As mercadorias e matrias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisio ou ao valor realizvel lquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo mdio como mtodo de custeio. As diferenas entre o custo e o respectivo valor de realizao dos inventrios, no caso deste ser inferior ao custo, so registadas como custos operacionais na rubrica Custo das mercadorias vendidas. h) Provises As provises so reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigao presente (legal ou implcita) resultante de um evento passado, seja provvel que para a resoluo dessa obrigao ocorra uma sada de recursos e o montante da obrigao possa ser razoavelmente estimado. As provises so revistas na data de cada demonstrao da posio financeira e so ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. i) Instrumentos financeiros i) Investimentos Os investimentos, quando existem, classificam-se como segue: - Investimentos detidos at ao vencimento - Investimentos mensurados ao justo valor atravs de resultados - Investimentos disponveis para venda Os investimentos detidos at ao vencimento so classificados como Investimentos no correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12_______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 50

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meses da data da demonstrao da posio financeira, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem inteno e capacidade de os manter at essa data. Os investimentos mensurados ao justo valor atravs de resultados incluem os investimentos detidos para negociao que o Grupo adquira tendo em vista a sua alienao num curto perodo de tempo, sendo classificados na demonstrao da posio financeira consolidada como Investimentos correntes. O Grupo classifica como investimentos disponveis para venda os que no so enquadrveis como investimentos mensurados ao justo valor atravs de resultados nem como investimentos detidos at maturidade. Estes activos so classificados como activos no correntes, excepto se houver inteno de os alienar num perodo inferior a 12 meses da data da demonstrao da posio financeira. Todas as compras e vendas destes investimentos so reconhecidas data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidao financeira. Os investimentos so inicialmente registados pelo seu valor de aquisio que corresponde ao justo valor do preo pago, incluindo despesas de transaco. Os investimentos que no sejam cotados e para os quais no seja possvel estimar com fiabilidade o seu justo valor, so mantidos ao custo de aquisio deduzido de eventuais perdas por imparidade. ii) Clientes e Outros devedores As contas a receber no correntes so registadas ao custo amortizado utilizando o mtodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade. As contas a receber correntes so apresentadas na demonstrao da posio financeira consolidada, deduzidas de eventuais perdas de imparidade, e so registadas pelo seu valor nominal, excepto quando o impacto do desconto for material, situao em que so registadas ao custo amortizado utilizando o mtodo da taxa efectiva. Os proveitos financeiros so calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais. As contas a receber so classificadas como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade superior a 12 meses da data da demonstrao da posio financeira, as quais se classificam como no correntes. Estes activos financeiros esto includos nas classes identificadas na Nota 11._______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 51

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As perdas por imparidade so registadas na sequncia de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificvel, que a totalidade ou parte do saldo em dvida no ser recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em considerao informao que demonstre que: - a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas; - se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte; - se torna provvel que o devedor v entrar em liquidao ou em reestruturao financeira. iii) Passivos financeiros e Instrumentos de capital prprio Os passivos financeiros e os instrumentos de capital prprio so classificados de acordo com a substncia contratual da transaco. So considerados instrumentos de capital prprio os que evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo aps deduo dos passivos, sendo registados pelo valor recebido, lquido dos custos suportados com a sua emisso. iv) Emprstimos Os emprstimos so registados no passivo pelo seu valor nominal recebido, lquido dos custos de transaco que sejam directamente atribuveis emisso desses passivos. Os encargos financeiros so calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstrao dos resultados do exerccio, de acordo com o princpio da especializao dos exerccios. v) Fornecedores e Outros credores As contas a pagar no correntes so registadas ao custo amortizado utilizando o mtodo da taxa efectiva. As contas a pagar, correntes, so registadas pelo seu valor nominal, excepto quando o efeito do desconto considerado material, situao em que so registadas utilizando o mtodo da taxa efectiva. Os custos financeiros so calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a pagar de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais. As contas a pagar so classificadas como passivos correntes, excepto nos casos em que a maturidade superior a 12 meses da data da demonstrao da posio financeira, as quais se classificam como no correntes. Estes passivos financeiros esto includos nas classes identificadas na Nota 20.

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vi) Letras descontadas Os saldos a receber de clientes titulados por letras descontadas e no vencidas data de cada demonstrao da posio financeira so reconhecidos na demonstrao da posio financeira at ao momento do recebimento das mesmas. vii) Caixa e equivalentes de caixa Os montantes includos na rubrica de Caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depsitos bancrios, depsitos a prazo e outras aplicaes de tesouraria, vencveis a menos de trs meses e que possam ser imediatamente mobilizveis sem risco significativo de alterao de valor. Ao nvel da demonstrao consolidada dos fluxos de caixa, a rubrica Caixa e equivalentes de caixa compreende tambm os descobertos bancrios includos na rubrica do passivo corrente Emprstimos bancrios. viii) Mtodo da taxa de juro efectiva O mtodo da taxa de juro efectiva o mtodo utilizado para clculo do custo amortizado de um activo ou passivo financeiro e para efectuar a alocao de proveitos ou custos at maturidade do instrumento financeiro.

j) Activos e passivos contingentes Os activos contingentes so possveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existncia somente ser confirmada pela ocorrncia, ou no, de um ou mais eventos futuros, incertos e no totalmente sob o controlo do Grupo. Os activos contingentes no so reconhecidos nas demonstraes financeiras mas unicamente objecto de divulgao quando provvel a existncia de um benefcio econmico futuro. Os passivos contingentes so definidos pelo Grupo como: (i) obrigaes possveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existncia somente ser confirmada pela ocorrncia, ou no, de um ou mais acontecimentos futuros, incertos e no totalmente sob o controlo do Grupo; ou (ii) obrigaes presentes que surjam de acontecimentos passados mas que no so reconhecidas porque no provvel que um exfluxo de recursos que incorpore benefcios econmicos seja necessrio para liquidar a obrigao ou a quantia da obrigao no pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes no so reconhecidos nas demonstraes financeiras do Grupo, sendo os mesmos objecto de divulgao, a menos que a possibilidade de_______________________________________________________________________________ Futebol Clube do Porto Futebol, SAD 53

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uma sada de fundos afectando benefcios econmicos futuros seja remota, caso este em que no so sequer objecto de divulgao. k)