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RANIERY JOSÉ FERNANDES ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DE Alouatta belzebul Jataí, Março de 2019

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RANIERY JOSÉ FERNANDES

ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DE Alouatta

belzebul

Jataí, Março de 2019

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RANIERY JOSÉ FERNANDES

ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DE Alouatta

belzebul

KLEBER FERNANDO PEREIRA

JATAÍ 2019

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal da Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí, como pré-requisito para obtenção do grau de Mestre em Biociência Animal.

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AGRADECIMENTOS Ao Prof. Kleber, não só pela orientação a mim fornecida, mas pela

amizade e carinho, pela receptividade da sua família, Dayane e Carolzinha, muito

obrigado pelo meu crescimento profissional, seus conselhos e ensinamentos vão pra

vida toda. Agradeço também a oportunidade de fazer parte equipe de morfofisiologia

da UFG, o que contribuiu decisivamente para minha formação, e me abriu todo um

universo de oportunidades. A todos os professores, por todo apoio e incentivo,

decisivos para o sucesso desta empreitada.

A minha família, Daiana minha esposa querida, obrigado pelo incentivo

em sempre estar crescendo profissionalmente, aos meus filhos João Marcelo e Ana

Beatriz, pela ausência e as vezes pela falta de paciência, papai ama muito vocês.

A Faculdade Morgana Potrich, pelo apoio em especial a Diretora Morgana

Potrich, por acreditar em meu potencial, muito obrigado.

Agradeço também, aos amigos do departamento de ciências estruturais

da FAMP, pelo apoio, e ajuda, grande abraço a todos e muito obrigado

Aos companheiros de jornada nesses dois anos, foram aproximadamente

26 mil quilômetros percorridos nesses dois anos, Vanessa, Erica e Marcelo obrigado

pela amizade e companheirismo

Page 7: RANIERY JOSÉ FERNANDES

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................... 01

REFERÊNCIAS INTRODUÇÃO ........................................................................ 05

ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DE Alouatta belzebul.............................................................................................................

08

INTRODUÇÃO................................................................................................... 10

MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 12

Amostragem ...................................................................................................... 12

Anatomia macroscópica .................................................................................... 12

Vascularização e dissecação ............................................................................ 12

RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................... 13

CONCLUSÃO..................................................................................................... 27

REFERÊNCIAS.................................................................................................. 28

CONSIDERAÇÕES GERAIS............................................................................. 31

ANEXOS ............................................................................................................ 32

Page 8: RANIERY JOSÉ FERNANDES

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Distribuição original da espécie Alouatta belzebul no território brasileiro.........................................................................................................

02

FIGURA 2 - Dispersão do genêro Alouatta belzebul no território nacional..........................................................................................................

03

FIGURA 3 - Alouatta belzebul........................................................................

04

FIGURA 4 - Vias aéreas superiores do Alouatta belzebul, A - 1 seio nasal frontal, septo nasal, 3 seio esfenoidal, 4 nasofaringe, 5 orofaringe, 6 laringofaringe. B - 1 vestíbulo nasal, 2 concha nasal média, 3 concha nasal superior, 4 concha nasal inferior, 5 cóanos, 6 meato nasal superior, 7 meato nasal médio, 8 meato nasal inferior....................................................

13

FIGURA 5 A – Músculos da laringe, região anterior do Alouatta belzebul Músculos da região ventral, (A*) músculo esterno-hioideo, (B*) músculo tiro hioideo, (C*) musculo omo hioideo .........................................................

15

FIGURA 5 B – Músculos da laringe do Alouatta belzebul, epiglote e músculos da laringe, (A*) Epiglote, (B*) musculo cricoaritenóideo posterior.........................................................................................................

15

FIGURA 6 - vista lateral do pescoço do Alouatta belzebul: 1 ventre posterior do músculo digástrico, 2 nervo vago, 3 nervo laríngeo superior, 4 músculo escaleno médio, 5 nervos laríngeo inferior, 6 artéria carótida comum, 7 músculo esterno-hióideo, 8 músculo tireo-hióide, 9 músculo esternocleidomastóide....................................................................................

16

FIGURA 7 A - Estruturas da laringe do Alouatta belzebul cartilagens, cartilagens e ligamentos laringe, (A*) osso hioide, (B*) membrana tirohioidea, (C*) cartilagem tireóidea, (D*) ligamento cricotireóide....................................................................................................

17

FIGURA 7 B - Estruturas da laringe do Alouatta belzebul: cartilagens da laringe e osso hioide, (A*) osso hioide, (B*) cartilagem tireóidea, (C*) cartilagem cricóidea, (D*) cartilagem aritenóide, (E*) cartilagem corniculada.....................................................................................................

17

FIGURA 8 - Osso hioide Alouatta belzebul: vista látero-posterior do osso hioide do Alouatta belzebul….........................................................................

18

FIGURA 9 - A. Laringe. B. Traqueia do Alouatta belzebul.............................

20

Page 9: RANIERY JOSÉ FERNANDES

FIGURA 10 - Vias respiratórias inferiores do exemplar de Alouatta belzebul, hilo pulmonar (círculo amarelo), 1 traqueia, 2 região da carina, 3 brônquios principais.......................................................................................

21

FIGURA 11A - Identificação lobar do Alouatta belzebul, Face costal, (A*) lobo cranial do pulmão esquerdo, (B*) lobo caudal pulmão esquerdo, (C*) lobo cranial pulmão direito, (D*) lobo caudal direito.......................................

22

FIGURA 11B - Identificação lobar do Alouatta belzebul, Face diafragmática e mediastínica, (A*) lobo cranial pulmão direito, (B*) lobo médio pulmão direito, (C*) lobo caudal do pulmão direito, (D*) lobo acessório pulmão direito, (E*) lobo cranial pulmão esquerdo, (F*) lobo caudal pulmão esquerdo................................................................................

22

FIGURA 12 A - Evidencia- se os lobos, separados por fissuras; lobo cranial direito (LCRD), lobo médio (LMD), lobo caudal direito (LCD) e lobo acessório (LACD); lobo cranial esquerdo (LCRE), lobo caudal esquerdo (LCE)..............................................................................................................

25

FIGURA 12 B - vista dorsal árvore brônquica e brônquios segmentares do Alouatta belzebul: vista dorsal árvore brônquica e brônquios segmentares (BSegCRE) brônquio segmentar cranial esquerdo, (BSegCE) brônquio segmentar caudal esquerdo, (BSegCRd) brônquio segmentar cranial direito, (BSegMD) brônquio segmentar médio direito, (BSegCD) brônquio segmentar caudal direito e (BSegACD) brônquio segmentar acessório direito..............................................................................................................

25

Page 10: RANIERY JOSÉ FERNANDES

Anatomia das vias respiratórias de Alouatta belzebul

RESUMO

Alouatta belzebul é uma espécie de bugio, um macaco do novo mundo, da família

Atelidae e gênero Alouatta, conhecido popularmente por guariba-de-mãos-

vermelhas ou bugio-de-mãos-ruivas. É endêmico no Brasil e possui distribuição

geográfica separada, ocorrendo duas populações: na Amazônia e outra na Mata

Atlântica do litoral do Nordeste Brasileiro. A anatomia deste gênero apresenta

variações anatômicas entre os primatas, como desenvolvimento da laringe, e

presença de um lobo acessório no pulmão direito. Estas variações ocorrem

principalmente por fatores comportamentais, defesa de alimentos e território. Que

teve como objetivo estabelecer dados comparativos das estruturas do sistema

respiratório, com a de outros primatas, mamíferos, inclusive o homem. Para

realização do estudo foram utilizados sete exemplares machos de Alouatta belzebul.

Os animais foram cedidos pelo Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico

da Fauna – UHE Belo Monte. Os 07 (sete) animais, previamente criopreservados,

foram descongelados em água corrente e logo após, fixados por meio da infusão

intramuscular e intracavitária de solução aquosa de formol a 10% e feita perfusão

com látex para observação de artérias e veias. Este projeto foi submetido e

aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal - CEUA-PRPI-UFG,

regido pelo protocolo n.º 083/17. Na laringe foi observado a presença de

musculatura, membranas e ligamentos, em consonância às estruturas observadas

em primatas humanos e de um osso hioide bastante evidente, provavelmente

relacionado à sua função na vocalização. A traqueia do Alouatta belzebul é

constituída de 11 a 12 anéis cartilagíneos incompletos. Nas estruturas pulmonares,

notou-se um quarto lobo no pulmão direito e no esquerdo, apresenta somente dois

lobos, que assemelharam-se com outros primatas não humanos, como sagui-de-

tufos-brancos (Callithrix jacchus) e macaco-prego (Sapajus libidinosus), mamíferos

domésticos, como canídeos e felinos e mamíferos silvestres, como Jaguatirica

(Leopardus Pardalis) e raposa (Cerdocyon thous). O estudo contribuiu com a

discussão sobre aspectos evolutivos do sistema respiratório e na atuação clínica

e/ou cirúrgica do médico veterinário.

Palavras-chave: anatomia, bugio, laringe, lobulação.

Page 11: RANIERY JOSÉ FERNANDES

Anatomy of the airways of Alouatta belzebul

ABSTRACT

Alouatta belzebul is a mongoose of the new world, a monkey of the family Atelidae

and genus Alouatta, popularly known as red-headed guariba or red-footed booby. It

is endemic in Brazil and has a separate geographic distribution, occurring in two

populations: in the Amazon and another in the Atlantic Forest of the Northeast of

Brazil. The anatomy of this genus presents anatomical variations between primates,

such as laryngeal development, and presence of an accessory lobe in the right lung.

These variations occur mainly due to behavioral factors, food defense and territory.

The purpose of this study was to establish comparative data on structures of the

respiratory system with that of other primates, mammals, including man. Seven male

specimens of Alouatta belzebul were used for the study. The animals were assigned

by the Fauna - Belo Horizonte UHE Project. The previously cryopreserved 07 (seven)

animals were thawed in running water and then fixed by intramuscular and

intracavitary infusion of aqueous 10% formalin solution and infused with latex for

observation of arteries and veins. This project was submitted and approved by the

Committee on Ethics in Animal Experimentation - CEUA-PRPI-UFG, governed by

protocol no. 083/17. In the larynx, the presence of musculature, membranes and

ligaments was observed, in consonance with the structures observed in human

primates and a very evident hioid bone, probably related to their function in

vocalization. The trachea of the Alouatta belzebul consists of 11 to 12 incomplete

cartilaginous rings. In the pulmonary structures, a fourth lobe was observed in the

right and left lungs, presenting only two wolves, which resembled other non-human

primates, such as white tufted tamarins (Callithrix jacchus) and prey monkeys

(Sapajus libidinosus), domestic mammals such as canids and felines and wild

mammals such as Jaguatirica (Leopardus Pardalis) and fox (Cerdocyon thous). The

study contributed to the discussion on evolutionary aspects of the respiratory system

and to the clinical and / or surgical performance of the veterinarian.

Key words: anatomy, howler monkey, larynx, lobulation.

Page 12: RANIERY JOSÉ FERNANDES

1

INTRODUÇÃO

Os primatas são pertencentes à classe Mammalia, ocorrem em ambientes

tropicais e subtropicais ao longo de todo o mundo, exceto na Austrália (REIS et al.,

2008). Em território brasileiro são encontradas seis das nove espécies conhecidas

dos primatas do gênero Alouatta sp. Entre elas, o Alouatta belzebul (Linaeus, 1766),

Alouatta caraya (Humboldt, 1812), Alouatta guariba (Humboldt, 1812), Alouatta

nigerrima (Lonnberg, 1941), Alouatta sara (Elliot, 1910) e Alouatta seniculus

(Linaeus, 1766) (Bicca-Marques et al., 2006).

O Alouatta belzebul é conhecido popularmente como bugio ou guariba e, foi

descrito pela primeira vez em 1766 por Linneus e, por fazer parte do grupo de

primatas neotropicais, apresenta características exclusivas como membros e tronco

adaptados para o comportamento suspensório e cauda longa e verdadeiramente

preênsil (Gregorin, 2006) e o osso hioide bastante pronunciado, com o qual

executam rugido (Emmons e Feer, 1990). São animais de hábitos diurnos,

essencialmente arborícolas e classificados como generalistas herbívoros (Neville et

al., 1990). Em geral, as populações do gênero são afetadas pela perturbação do

habitat, como o desmatamento, a caça e a construção de empreendimentos

hidrelétricos (Crockett, 1998; Gouveia et al., 2014).

O Alouatta belzebul é encontrado no Brasil amazônico e regiões

circundantes, incluindo os Estados do norte e nordeste do Brasil (sul do Amapá,

Maranhão, Pará, Tocantins e Sergipe) e estados da região da mata atlântica

nordestina (Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas e Paraíba). As ilhas

do estuário da Amazônia (Marajó, Mexiana e Caviana) também são o lar de Alouatta

belzebul (FIGURA 1). Embora o alcance desta espécie possa se estender para a

Amazônia mais baixa, é pouco compreendido e muitas vezes confundido com o

Alouatta guariba. A presença de Alouatta belzebul foi confirmada a leste dos rios

Xingu e Iriri e no Portal Rio Pracupy (Grzimek, 2003; Veiga et al., 2008).

Page 13: RANIERY JOSÉ FERNANDES

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FIGURA 1- Distribuição original da espécie Alouatta belzebul no território brasileiro. Fonte: ICMBio, 2012.

O Alouatta belzebul comunica-se principalmente por meio de uma ampla

variedade de vocalizações (uivos, ladridos e grunidos), específicos do tipo de

comunicação envolvida. As funções de chamada a outro grupo, estão associadas à

socialização, defesa e proteção de recursos. Os machos podem estar avaliando a

força de seus oponentes ou exibindo seu próprio domínio e posse de fêmeas. As

funções das vocalizações estão associadas à coordenação grupal e ao alerta do

grupo social de perigo. Embora essas funções de sons altos sejam generalizadas na

maioria dos primatas, esses mecanismos são bem estudados no gênero Alouatta.

Propõe-se que o uivo alto seja muito menos oneroso (energicamente) do que se

envolver em interação física com concorrentes potenciais para recursos ou

companheiros (Sekulic e Chivers, 1986; Nowak 1990; grzimek 2003; Oliveira e Ades

2004).

No gênero Alouatta, as vocalizações estão associadas às características de

defesa de territorialidade e defesa de grupos, e esses sons são emitidos nos limites

dos territórios (FIGURA 2) (Aguiar et al. 2003). Estudos apontam que elas são para a

Page 14: RANIERY JOSÉ FERNANDES

3

defesa de alimentos e para a avaliação de oponentes (Chiarello 1994; Steinmetz

2001; Oliveira 2002; Aguiar et al. 2003). Grande parte dos relatos destas

vocalizações está direcionada ao encontro ou presença de grupos diferentes

(Oliveira, 2002).

FIGURA 2 – Dispersão do gênero Alouatta, no território nacional, https:// www.flickr.com/photos/nelson_gomes/8179738465.

Em geral as características sonoras das vocalizações de animais permitem

que se identifiquem, pois contêm informações sobre as características do

vocalizador, caracterizando seu tamanho, idade, sexo, condições reprodutivas e

suas características comportamentais. (Fitch, 1997; Mccomb; Reby, 2010). Esses

sons podem ainda fornecer aos receptores informações imediatas sobre sua

localização e características do chamador (Mccomb e Reby, 2010).

Os Alouatta belzebul (FIGURA 3) são listados como vulneráveis devido a um

declínio da população de 30% nos últimos 36 anos (3 gerações). Isto é devido,

principalmente à caça e à destruição do habitat, da agricultura e da exploração

madeireira. A fragmentação do hábitat e o isolamento da população têm um impacto

maior em Alouatta belzebul, por conta do tamanho dos grupos, e a faixa habitats

relativamente pequenos. Muitas comunidades locais brasileiras tomaram medidas

para gerenciar a exploração madeireira de forma mais eficaz, bem como criar locais

de ecoturismo, a fim de manter habitats e populações de Alouattas na Amazônia

(Norwich, 1998; Pinto, et al., 2003; Veiga, et al., 2008).

Page 15: RANIERY JOSÉ FERNANDES

4

FIGURA 3: Alouatta belzebul. Fonte: www.mindenpictures.com/search/preview/red-handed-howler-

monkey-alouatta-belzebul-resting-in-tree-carajas-national/0_90724262.html.

Conhecer a biologia de animais endêmicos e raros, entre eles o Alouatta

belzebul, favorece e conduz a implantação de programas de proteção e

preservação. Evidenciando a importância de conhecer os aspectos anatômicos,

sendo o enfoque desta pesquisa comparar a anatomia das vias respiratórias do

Alouatta belzebul, com primatas, animais silvestres, domésticos e a do homem, vez

que os grupos são primatas, porém filogeneticamente em posições diferentes,

embora próximas e a Anatomia do Homem já se encontra bem estabelecida.

Page 16: RANIERY JOSÉ FERNANDES

5

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Alouatta Lacépède (Primates, Atelidae) no Brasil. Revista Brasileira de Zoologia,

v. 23, p. 64-144.

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Page 17: RANIERY JOSÉ FERNANDES

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genera, species cum bracteribus, differentiis, synonymis, locis. Regnun

Animale. Estocolmo, Holmiae, 12 ed., vol. 1, 532p.

LÖNNBERG, E. 1941, Notes on members of the

genera Alouatta and Aotus. Arkiv für Zoologi, Estocolmo, 33A(10): 1-44.

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Page 18: RANIERY JOSÉ FERNANDES

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ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DE Alouatta belzebul R. J. Fernandes¹, K. F. Pereira² ¹Faculdade Morgana Potrich – Mineiros – Goiás ² Curso de Medicina, Universidade Federal do Paraná – Campus Toledo RESUMO

Alouatta belzebul é uma espécie de bugio, um macaco do novo mundo, da família

Atelidae e gênero Alouatta, conhecido popularmente por guariba-de-mãos-

vermelhas ou bugio-de-mãos-ruivas. É endêmico no Brasil e possui distribuição

geográfica separada, ocorrendo duas populações: na Amazônia e outra na Mata

Atlântica do litoral do Nordeste Brasileiro. A anatomia deste gênero apresenta

variações anatômicas entre os primatas, como desenvolvimento da laringe, e

presença de um lobo acessório no pulmão direito. Estas variações ocorrem

principalmente por fatores comportamentais, defesa de alimentos e território. Este

estudo teve como objetivo estabelecer dados comparativos das estruturas do

sistema respiratório, com a de outros primatas, mamíferos, inclusive o homem. Para

realização do estudo foram utilizados sete exemplares machos de Alouatta belzebul.

Os animais foram cedidos pelo Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico

da Fauna – UHE Belo Monte. Os 07 (sete) animais, previamente criopreservados,

foram descongelados em água corrente e logo após, fixados por meio da infusão

intramuscular e intracavitária de solução aquosa de formol a 10% e feita perfusão

com látex para observação de artérias e veias. Este projeto foi submetido e

aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal - CEUA-PRPI-UFG,

regido pelo protocolo n.º 083/17. Na laringe foi observado a presença de

musculatura, membranas e ligamentos, em consonância às estruturas observadas

em primatas humanos e de um osso hioide bastante evidente, provavelmente

relacionado à sua função na vocalização. A traqueia do Alouatta belzebul é

constituída de 11 a 12 anéis cartilagíneos incompletos. Nas estruturas pulmonares,

notou-se um quarto lobo no pulmão direito e no esquerdo, apresenta somente dois

lobos, que assemelharam-se com outros primatas não humanos, como sagui-de-

tufos-brancos (Callithrix jacchus) e macaco-prego (Sapajus libidinosus), mamíferos

domésticos, como canídeos e felinos e mamíferos silvestres, como Jaguatirica

(Leopardus Pardalis) e raposa (Cerdocyon thous). O estudo contribuiu com a

discussão sobre aspectos evolutivos do sistema respiratório e na atuação clínica

e/ou cirúrgica do médico veterinário.

Palavras-chave: anatomia, bugio, laringe, lobulação.

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ABSTRACT

Alouatta belzebul is a mongoose of the new world, a monkey of the family Atelidae

and genus Alouatta, popularly known as red-headed guariba or red-footed booby. It

is endemic in Brazil and has a separate geographic distribution, occurring in two

populations: in the Amazon and another in the Atlantic Forest of the Northeast of

Brazil. The anatomy of this genus presents anatomical variations between primates,

such as laryngeal development, and presence of an accessory lobe in the right lung.

These variations occur mainly due to behavioral factors, food defense and territory.

The purpose of this study was to establish comparative data on structures of the

respiratory system with that of other primates, mammals, including man. Seven male

specimens of Alouatta belzebul were used for the study. The animals were assigned

by the Fauna - Belo Horizonte UHE Project. The previously cryopreserved 07 (seven)

animals were thawed in running water and then fixed by intramuscular and

intracavitary infusion of aqueous 10% formalin solution and infused with latex for

observation of arteries and veins. This project was submitted and approved by the

Committee on Ethics in Animal Experimentation - CEUA-PRPI-UFG, governed by

protocol no. 083/17. In the larynx, the presence of musculature, membranes and

ligaments was observed, in consonance with the structures observed in human

primates and a very evident hioid bone, probably related to their function in

vocalization. The trachea of the Alouatta belzebul consists of 11 to 12 incomplete

cartilaginous rings. In the pulmonary structures, a fourth lobe was observed in the

right and left lungs, presenting only two wolves, which resembled other non-human

primates, such as white tufted tamarins (Callithrix jacchus) and prey monkeys

(Sapajus libidinosus), domestic mammals such as canids and felines and wild

mammals such as Jaguatirica (Leopardus Pardalis) and fox (Cerdocyon thous). The

study contributed to the discussion on evolutionary aspects of the respiratory system

and to the clinical and / or surgical performance of the veterinarian.

Key words: anatomy, howler monkey, larynx, lobulation.

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INTRODUÇÃO

Estudos sobre a anatomia comparativa de mamíferos, entre silvestres e

endêmicos, em espécimes que podem ser utilizados em laboratórios de pesquisa,

sejam em estudos clínicos e anatômico-cirúrgicos, este tipo de estudo têm sido um

problema significativo para muitos trabalhos científicos, que de alguma forma

buscam estabelecer prováveis correlações filogenéticas entre o animal estudado e o

homem (Falcão et al. 2018).

A morfologia insere-se nesse contexto, uma vez que é a ciência que estuda a

diversidade das formas dos seres vivos, sendo esta, a ferramenta básica utilizada

amplamente pelas ciências biológicas. Os estudos anatômicos em diferentes

espécies proporcionam informações que se somam e passam a constituir importante

fonte de consulta para a sociedade e comunidade científica. No entanto, apesar do

aumento da demanda de estudos voltados para primatas não humanos, existe ainda

uma carência em pesquisas básicas, tais como aquelas que abrangem aspectos da

morfologia e da fisiologia, e subsidiam questões que envolvem características do

sistema respiratório. Sabe-se que o conhecimento acerca da anatomia e a

designação adequada das estruturas corpóreas são de suma importância para o

aprendizado, o desenvolvimento e o avanço de todas as áreas da ciência médica

(Schaeffter, 1996).

A anatomia do sistema respiratório de primatas do novo mundo foi estudada

por César e Campos et al. (2013) que descreveram a morfologia da traqueia de

Sapajus libidinosus (macaco-prego) e Silva et al. (2015), que elucidaram a histologia

e a ultraestrutura da traqueia, brônquios e pulmões do Callithrix penicillata (sagui-de-

tufo-preto). A literatura cientifica sobre a anatomia e fisiologia do sistema respiratório

do Alouatta belzebul é escassa. Por isso, estudos que descrevam os aspectos

morfológicos do Alouatta belzebul são de grande importância para conhecimento

sobre os animais silvestres, contribuindo na discussão sobre aspectos evolutivos e

conservação de fauna, auxiliando na atuação clínica e/ou cirúrgica do médico

veterinário.

A comunicação do Alouatta belzebul através de rugidos, ladridos e grunidos

está associada a socialização, defesa e proteção de recursos. Grande parte dos

relatos destas vocalizações está direcionada ao encontro ou presença de grupos

diferentes (Oliveira, 2002). Embora essas funções de sons altos sejam generalizadas

na maioria dos primatas, esses mecanismos são bem estudados no gênero Alouatta.

Page 22: RANIERY JOSÉ FERNANDES

11

Propõe-se que o som produzido por esse primata, seja muito menos oneroso

(energicamente) do que se envolver em interação física com concorrentes potenciais

para recursos ou companheiros. (Grzimek, 2003; Oliveira e Ades, 2004).

Apesar de haver extensa quantidade de informações disponíveis sobre os

primatas, ainda restam algumas lacunas de conhecimento sobre animais endêmicos

e raros (Nunes e Catão-Dias, 2006). Resultado disto, foi o enfoque anatômico dado

a espécies como Babuínos e Rhesus, animais do velho mundo (Ribeiro, 2006). Além

disto, muitos estudos realizados em animais do novo mundo são provenientes do

século passado (Tilney, 1928), e são de difícil acesso à comunidade científica e na

rotina clínica e cirúrgica.

Deste modo, a análise de estruturas animais, em especial de primatas não

humanos é fundamental para a compreensão dos diversos elementos do sistema

respiratório, assim como seus aspectos anatômicos e fisiológicos. (Paula, 2010 e

Pissinatti, 2014). Estudos comparativos são essenciais para o desenvolvimento das

ciências biológicas, em especial para o sistema respiratório, devido principalmente

pela dificuldade de procedimentos experimentais. No que se refere especificamente

aos pulmões, diversas foram as pesquisas já realizadas para com estas estruturas

em primatas não-humanos, tendo em vista a proximidade filogenética com os seres

humanos, e assim se tornam, quando comparados a outros mamíferos, melhores

modelos para estudo da estrutura, função e patologia pulmonar (Maina, 1987).

Mediante esses informes e considerando a escassez de informações acerca

da morfologia do sistema respiratório em Alouatta belzebul, o presente trabalho teve

como objetivo descrever a morfologia das vias respiratórias desta espécie, no que

tange à cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios, segmentação

broncopulmonar e pulmões, por meio do uso de dissecação.

Page 23: RANIERY JOSÉ FERNANDES

12

MATERIAIS E MÉTODOS

Amostragem

Foram utilizados 7 exemplares de Alouatta belzebul, machos e adultos. Os

animais foram cedidos pelo Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da

Fauna (PSACF) – UHE Belo Monte, segundo os ofícios nº 002-2015 – ARC/NAT, nº

009-2015 – ARC/NAT e nº 012-2015 – ARC/NAT, regidos pelo processo do IBAMA

n° 02001.001848/2006-75 e estavam depositados em freezers de congelamento no

Laboratório de Anatomia Humana e Comparativa da Universidade Federal de Goiás

(UFG) – Regional Jataí. Este projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética

em Experimentação Animal - CEUA-UFG, regido pelo protocolo nº 083/17.

Anatomia Macroscópica

Os 07 animais, previamente criopreservados, foram descongelados em

água corrente e, logo após fixados por meio de infusão e intramuscular e

intracavitária e submersão em solução aquosa de formol a 10%, dentro de cubas

opacas cobertas, para evitar a penetração da luz e evaporação do formol.

Vascularização e dissecação

Foi empregada a técnica de perfusão com látex, por meio de uma abertura na

linha média das cavidades torácica e abdominal, dissecando a região da aorta

torácica, canulando e injetando uma solução corada de látex em vermelho em

artérias e traqueia e azul, nas veias, mediante o uso de seringas e pressão manual,

em sentido cranial e caudal.

Para as vias superiores, crânios foram cortados em serra fita no plano sagital

mediano para visualização de estruturas nasais e faríngeas internas. O acesso na

região cervical, foi feita uma abertura na região ventral, expondo as estruturas

musculares e cartilagens, membranas e ligamentos da laringe

Na região torácica foi feita uma abertura entre as costelas e esterno, expondo

a região dos pulmões, evidenciando a presença de pleura e sua localização em

relação a caixa torácica. Após a identificação das estruturas vasculares, o conjunto

de laringe, traqueia e pulmões foram retirados e mensurados, incluindo cavidade

nasal, faringe, cartilagens e músculos da laringe, traqueia, brônquios e pulmões,

com o uso de um paquímetro Wolker®.

Page 24: RANIERY JOSÉ FERNANDES

13

Ao término da etapa da dissecação, as capturas de imagens foram realizadas

com o uso de uma câmera digital (camera-sony-cyber-shot-16-mega-pixeis). A

Nomina Anatômica Veterinária (2017) foi consultada para adequação a

nomenclatura utilizada com os padrões e normas internacionais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na cavidade nasal do Alouatta belzebul foi identificado um septo nasal que

separa as partes direita e esquerda. A parte óssea encontrada no septo nasal é

formada pela lâmina vertical do osso etmóide. A região maxilar, onde se localiza os

ossos nasais e frontal, o etmóide e o esfenóide formam os limites da parede lateral e

superior da cavidade nasal. A cavidade nasal inclui a concha nasal superior do

etmóide e as conchas média e inferior que se se projetam em direção ao vestíbulo

nasal, se estendendo à região das cóanas (Figura 4). As conchas ou turbinados de

muitos mamíferos (sobretudo de mamíferos corredores e daqueles que vivem em

ambientes hostis) são estruturas muito convolutas, semelhantes a rolos, que

oferecem uma grande área de superfície para troca de calor (Moore 2014).

FIGURA 4: Vias aéreas superiores do Alouatta belzebul, A - 1 seio nasal frontal, 2 septo nasal, 3 seio esfenoidal, 4 nasofaringe, 5 orofaringe, 6 laringofaringe. B - 1 vestíbulo nasal, 2 concha nasal média, 3 concha nasal superior, 4 concha nasal inferior, 5 cóanas, 6 meato nasal superior, 7 meato nasal médio, 8 meato nasal inferior, (Barra: 1cm).

A cavidade nasal é um espaço irregular entre o teto da cavidade oral e a base

do crânio. É mais ampla ventral do que dorsalmente e tem sua maior extensão e

Page 25: RANIERY JOSÉ FERNANDES

14

profundidade vertical na sua região central, onde é dividida por um septo

osteocartilagineo vertical que tem posição aproximadamente mediana (Gray, 2010).

Algumas espécies de primatas não-humanos como Cacajao (macaco-inglês),

Pithecia (parauacu), Chiropotes (macaco-preto), Sapajus libidinosus (macaco-

prego), e Pongo (orangotango), possuem adaptações especiais da cavidade nasal e

oral, (Wolfe-Coote, 2005), nas quais as estruturas da cavidade oral utilizadas para a

vocalização são em geral modificadas e se sobrepõem completamente aos

envolvidos na vocalização. Para Chandrasekaran (2009) a produção de voz envolve

um som gerado pelo ar empurrado pelos pulmões através da pregas vocais

vibrantes dentro da laringe, em conjunto com as estruturas que consistem nas

cavidades nasais e bucais, cujas formas podem ser variadas e adaptadas e por

movimentos do maxilar, língua, hioide e lábios. Componentes básicos do aparelho

vocal se comportam e interagem em formas complexas para gerar uma ampla gama

de sons (Morrill, 2012).

Em Alouatta belzebul a faringe se assemelha à humanos, apresentando a

nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. A faringe é um tubo que se estende da boca

até esôfago, situada no final da cavidade bucal, sendo um canal comum aos

sistemas digestório e respiratório: por ela passa o alimento, que se dirige ao

esôfago; e o ar, que se dirige a laringe, (Figura 4) (Moore 2014).

No processo de deglutição do alimento, a partir da boca, o alimento passa

pela faringe em direção ao esôfago. Quando entra na faringe, a abertura da laringe

se fecha quando a traqueia se move e permite que a epiglote (que é uma prega de

tecido), cubra a via respiratória, impedindo que os alimentos se movam para as

estruturas respiratórias (Silva 2016, Standring 2016).

As vias aéreas se estendem desde a laringe à região brônquica e sua

segmentação, em Alouatta belzebul, apresenta estruturas compatíveis e similares

àquelas presentes em outros mamíferos como: macaco-prego (Sapajus libidinosus)

(César et al., 2013), e sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus) (Falcão et al. 2018).

A figura 5 demonstra na parte ventral a musculatura a da laringe, músculo esterno-

hioideo, músculo tiro hioideo, Ventre superior musculo omo hioideo, epiglote e na

região posterior, o músculo cricoaritenóideo posterior.

Page 26: RANIERY JOSÉ FERNANDES

15

FIGURA 5. Músculos da Laringe do Alouatta belzebul: A – Músculos das região anterior, (A*) músculo esterno-hioideo, (B*) músculo tiro hioideo, (C*) Ventre superior musculo omo hioideo B: epiglote e músculos da laringe, (A*) Epiglote, (B*) musculo cricoaritenóideo posterior, (Barra: 1cm).

A laringe é um órgão situado entre a faringe e a traqueia, fazendo parte

das vias aéreas superiores. A laringe no primata humano, é um órgão tubular

localizado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de função respiratória

é órgão responsável pela produção do som (Gray 2010).

Os vasos e nervos da laringe constituem em artérias tireóideas superior e

inferior as quais dão origem às artérias laríngeas superior e inferior,

respectivamente; elas se anastomosam entre si. Os nervos laríngeos são derivados

do nervo vago (NC X) através dos ramos interno e externo do nervo laríngeo

superior, e o nervo laríngeo inferior é derivado do nervo laríngeo recorrente

demonstrado na figura 6 (Moore, 2014).

Page 27: RANIERY JOSÉ FERNANDES

16

Figura 6, Vista lateral do pescoço do Alouatta belzebul: 1 ventre posterior do músculo digástrico, 2 nervo vago, 3 nervo laríngeo superior, 4 músculo escaleno médio, 5 nervos laríngeo inferior, 6 artéria carótida comum, 7 músculo esterno-hióideo, 8 músculo tireo-hióide, 9 músculo esternocleidomastóide. (Barra: 1cm)

As estruturas que constituem a laringe do Alouatta belzebul são bastantes

evidentes, possivelmente por sua função na vocalização, o tamanho e forma das

cartilagens são grandes em relação ao tamanho do espécime (FIGURA 7).

Page 28: RANIERY JOSÉ FERNANDES

17

FIGURA 7. Estruturas da laringe do Alouatta belzebul: A, cartilagens e ligamentos laringe, (A*) osso hioide, (B*) membrana tirohioidea, (C*) cartilagem tireóidea, (D*) ligamento cricotireóide. B cartilagens da laringe e osso hioide, (A*) osso hioide, (B*) cartilagem tireóidea, (C*) cartilagem cricóidea, (D*) cartilagem aritenóide, (E*) cartilagem corniculada. (Barra: 1cm).

As estruturas vocais do Alouatta belzebul demonstram adaptações próprias

da espécie, como evidenciado nas características atípicas do osso hioide. Algumas

das vocalizações emitidas pelos indivíduos são muito intensas, devido ao

desenvolvimento deste osso, podendo ser ouvidas a grandes distâncias (FIGURA 8

A). (AURICCHIO, 1995; OLIVEIRA, 2002).

Dentre os primatas neotropicais ou do novo mundo, o gênero Alouatta possui

uma vocalização acústica única, o que difere das espécies comparadas,

principalmente devido às características morfológicas complexas presentes na

região da laringe. A presença do osso hioide modificado, pois possui forma ovalada

e é responsável pela ressonância e amplificação dos sons deste primata. Essas

características anatômicas são especializadas para a vocalização (Oliveira, 2002).

Page 29: RANIERY JOSÉ FERNANDES

18

FIGURA 8 A: Osso hioide Alouatta belzebul: A, osso hioide, vista latero-posterior. B, osso hioide, vista superior. (Barra: 1cm).

De acordo com Negus (1958), as características da laringe no homem estão

correlacionadas com a evolução da postura ereta. Por exemplo, os chimpanzés não

são habitualmente bípedes, um fato que se reflete na posição da cabeça, bem como

a posição elevada da epiglote em relação ao palato mole. Além disso, tanto a

posição e morfologia da laringe e hioide do chimpanzé, o tamanho e estruturas

morfologicas diferem do homem

O osso hioide do chimpanzé participa no funcionamento dos sacos de ar

laríngeos, que não estão presentes em seres humanos. A configuração anatômica

da linhagem e do trato vocal restringe o primata de comunicação de diferentes

maneiras (Hauser e Marler, 1993). Evidências convergentes sugerem que o tamanho

da laringe é independente do tamanho total do corpo, tornando sua frequência e

suas estruturas vocais proprias para o tamanho do corpo para adultos dentro da

maioria das espécies (Mccomb e Reby, 2010).

As vias aéreas inferiores do Alouatta belzebul são constituídas por traqueia,

brônquios principais, brônquios lobares e brônquios segmentares, além de dois

pulmões, um direito e um esquerdo.

Observou-se que a traqueia do Alouatta belzebul é constituída de uma

estrutura tubular cilíndrica, seu início localiza-se na borda inferior da cartilagem

cricóide e a sua terminação situa-se no mediastino, onde uma bifurcação marca a

origem dos brônquios principais esquerdo e direito. Baseando-se nos estudos

morfológicos do Alouatta belzebul verificou-se que a traqueia constitui de um tubo

cilíndrico em sua porção antêro lateral, achatado na região ventral, por conta da

presença da membrana traqueal. A traqueia do espécime é constituída por 11 a 12

Page 30: RANIERY JOSÉ FERNANDES

19

anéis cartilaginosos incompletos (TABELA 1), os quais na porção dorsal estão

ligados por uma parede musculomembranosa, o músculo traqueal. Estudos

descrevem a traqueia humana com aproximadamente de 15 a 20 anéis (Testut;

Latarjet, 1979) e Raven, (1950) descreve no gorila (Gorila gorila) a contagem de 17

anéis. Segundo Pinheiro et al. (2012), existem grandes variações entre o número de

anéis traqueais em diferentes grupos de primatas, como no macaco-de-cheiro

(Saimiri sciureus) o número de anéis entre 30 e 36 nos animais jovens e 28 a 32 nos

adultos, e em estudos realizados em macacos-prego (Sapajus libidinosus) a traqueia

é constituída por anéis incompletos, cujo número varia entre 29 a 30 (césar, et al;

2013). A estrutura anatômica da traqueia do Alouatta belzebul não apresentou

grandes divergências em relação à morfologia da traqueia de humanos e de outros

primatas.

TABELA 1. Mensuração da traqueia e contagem do número de anéis traqueais

encontrado no A. belzebul

ESPÉCIME

TRAQUEIA CENTIMETROS NUMERO DE ANEIS

BM55623

3,50

12,00

BM55322

4,00

11,00

BM46182

3,40

11,00

BM91659

4,10

12,00

BM49402

3,90

12,00

BM70990 BM88397

3,70

4,00

11,00

12,00

X±SD 3,8±0,27 11,55 - 0,53

11,55±0,53

Existe variações das formas dos anéis traqueais no Alouatta belzebul,

podendo ser ramificados ou não. Em sua extremidade caudal a traqueia divide-se

em dois ramos: o brônquio principal esquerdo e direito, entretanto, animais com

pescoço mais curto podem exibir um número menor de anéis por conta do tamanho

da laringe, como encontrado no Alouatta belzebul (FIGURA 9).

Page 31: RANIERY JOSÉ FERNANDES

20

FIGURA 9: A. laringe. B. traqueia do A. belzebul. (Barra: 1cm).

Os pulmões do Alouatta belzebul estão localizados na cavidade torácica, têm

um formato cônico, com base perpendicular ao ápice, face caudal (diafragmática),

face lateral (costal), face medial (mediastínica), margem dorsal, margem ventral e

margem basal que se assemelham aos demais primatas. Na face mediastínica está

localizado o hilo pulmonar, local de acesso dos brônquios, vasos sanguíneos,

linfáticos e nervos (FIGURA 10). O ápice do pulmão se estende até a região da base

do pescoço. A parte inferior, côncava e ampla, ou base do pulmão, apoia-se na

superfície cranial do diafragma.

Page 32: RANIERY JOSÉ FERNANDES

21

FIGURA 10. Vias respiratórias inferiores do exemplar de Alouatta belzebul, hilo pulmonar (círculo amarelo), 1 traqueia, 2 região da carina, 3 brônquios principais. (Barra: 1cm).

A morfologia do Alouatta belzebul consiste em pulmão direito possuindo

lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório (FIGURA 11), enquanto que o

pulmão esquerdo é constituído pelos lobos cranial e lobo caudal. É bem semelhante

quando comparada à outros primatas neotropicais como sagui-de-tufos-brancos

(Callithrix jacchus) (Falcão, et al. 2018) e gibões de mão branca, (Hylobates agilis)

(Nakakuki S, Akiyoshi E, 1993), e alguns mamíferos silvestres como, Jaguatirica

(Leopardus Pardalis) (Schuingues et al, 2017).

Page 33: RANIERY JOSÉ FERNANDES

22

FIGURA 11. Identificação lobar do Alouatta belzebul: A - Face costal, (A*) lobo cranial do pulmão esquerdo, (B*) lobo caudal pulmão esquerdo, (C*) lobo cranial pulmão direito, (D*) lobo caudal direito. B - Face diafragmática e mediastínica, (A*) lobo cranial pulmão direito, (B*) lobo médio pulmão direito, (C*) lobo caudal do pulmão direito, (D*) lobo acessório pulmão direito, (E*) lobo cranial pulmão esquerdo, (F*) lobo caudal pulmão esquerdo. (Barra: 1cm).

Quando comparados a outras espécies de primatas, os pulmões do

Alouatta belzebul, demonstraram bastante similaridade em relação à descrições

observadas na literatura, como em Gorila (Gorila gorila) (Nakakuki, 1991), Gibões de

mão branca, (Hylobates agilis) (Nakakuki e Akiyoshi, 1993), Macaco comedor de

caranguejo (Macaca fascicularis) (Nakakuki, 1994), Sagui-de-tufos-brancos

(Callithrix jacchus) (Falcão et al, 2018).

A lobação e pulmonar do Alouatta belzebul composta por, pulmão

direito constituído de quatro lobos no pulmão direito, lobo cranial, lobo médio,

lobo caudal e lobo acessório, e pulmão esquerdo, lobo cranial e lobo caudal,

diferindo de espécies como Chimpanzé (Pan troglodyte) (Nakakuki, 1992) e

Orangotango, (Pomgo pygmaeus) (Nakakuki e Akiyoshi, 1991), onde a anatomia é

bastante semelhante à humana quando comparados, contendo os lobos

pulmonares divididos em: pulmão direito composto por quatro lobos no pulmão

direito, lobo cranial, lobo médio, lobo caudal, pulmão esquerdo lobo cranial e lobo

caudal. As comparações com outros primatas humanos e não humanos, podem

ser observadas na TABELA 2.

Page 34: RANIERY JOSÉ FERNANDES

23

TABELA 2. Morfologia da divisão lobar dos pulmões de primatas.

LOBAÇÃO

ESPÉCIE PULMÃO

DIREITO

PULMÃO

ESQUERDO REFERÊNCIA

Bugios de mãos ruivas (Alouatta belzebul)

Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório

Lobo cranial e lobo

caudal

Presente

estudo.

Humanos (Homo sapiens)

Lobo superior,

lobo médio, lobo

inferior

Lobo superior, lobo inferior

Moore, 2014

Sagui-de-tufos-

brancos (Callithrix

jacchus)

Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório

Lobo cranial e lobo

caudal

Falcão. B, et.

al. 2018

Gorila (Gorila

gorila)

Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório

Lobo cranial e lobo

caudal

Nakakuki S,

Akiyoshi E;

1991

Gibões de mão

branca,

(Hylobates agilis)

Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório

Lobo cranial e lobo

caudal

(Nakakuki S,

Akiyoshi E;

1993

Macaco comedor

de caranguejo,

(Macaca

fascicularis)

Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório

Lobo cranial e lobo

caudal

(Nakakuki S,

Akiyoshi E;

1993

Chimpanzé (Pan troglodyte)

Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal

Lobo cranial e lobo

caudal

Nakakuki

Shoichi, 1992

Orangotango,

(Pomgo

pygmaeus)

Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal

Lobo cranial e lobo

caudal

Nakakuki S,

Akiyoshi E,

1991

Page 35: RANIERY JOSÉ FERNANDES

24

Quando comparados com outras espécimes, a divisão lobar do Alouatta

belzebul, mostrou-se bastante similar em relação a disposição dos lobos em

mamíferos domésticos como canídeos, ovinos, bovinos, equídeos e suínos (Dyce et

al, 2010), (Cury et al, 2013) e animais silvestres como raposa (Cerdocyon thous)

(Dantas et al., 2014) o que difere para jaguatirica (Leopardus Pardalis) (Schuingues,

et al, 2017) (Tabela 3).

TABELA 3. Morfologia da divisão lobular dos pulmões de animais domésticos e silvestres.

LOBAÇÃO

ESPÉCIE PULMÃO

DIREITO

PULMÃO

ESQUERDO REFERÊNCIA

Bugios de mãos ruivas (Alouatta belzebul)

Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório

Lobo cranial e lobo

caudal

Referente

estudo

Jaguatirica

(Leopardus

Pardalis)

Lobo superior,

lobo médio,

lobo inferior

Lobo superior, lobo inferior

Schuingue et al,

2017

Raposa

(Cerdocyon

thous)

Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório

Lobo cranial e lobo

caudal

Dantas et al.,

2014

Canídeos,

felinos

domésticos e

suínos

Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório

Lobo cranial e lobo

caudal

Dyce; Sack;

Wensing, 2010

Equídeo

Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório

Lobo cranial e lobo caudal

Dyce; Sack; Wensing, 2010

Page 36: RANIERY JOSÉ FERNANDES

25

Em todos os espécimes de Alouatta belzebul estudados, foi verificado que

houve uma bifurcação da traqueia em brônquios principais direito e esquerdo dorsal

na região mediastínica. O brônquio principal direito emitiu quatro ramos lobares

respectivamente direcionados para os lobos cranial, médio, caudal e acessório. Do

brônquio principal esquerdo emergiram dois ramos lobares, um para o lobo cranial e

outro para o lobo caudal. (FIGURA 12).

FIGURA 12. Vista ventral do pulmão do Alouatta belzebul. A - Evidencia- se os lobos, separados por fissuras; lobo cranial direito (LCRD), lobo médio (LMD), lobo caudal direito (LCD) e lobo acessório (LACD); lobo cranial esquerdo (LCRE), lobo caudal esquerdo (LCE). B – vista dorsal árvore brônquica e brônquios segmentares (BSegCRE) brônquio segmentar cranial esquerdo, (BSegCE) brônquio segmentar caudal esquerdo, (BSegCRd) brônquio segmentar cranial direito, (BSegMD) brônquio segmentar médio direito, (BSegCD) brônquio segmentar caudal direito e (BSegACD) brônquio segmentar acessório direito. (Barra: 1cm).

A segmentação broncopulmonar do Alouatta belzebul demonstrou ser muito

similar entre os espécimes estudados, ocorrendo pequenas variações entre os

indivíduos, se mostrando semelhante na lobação e divisão bronquial, como descrita

na (Tabela 4).

Page 37: RANIERY JOSÉ FERNANDES

26

TABELA 4. Número de brônquios segmentares dos lobos dos pulmões de Alouatta belzebul.

IDENTIFICAÇÃO DO NÚMEROS DE SEGMENTOS

PULMÃO DIREITO

PULMÃO

ESQUERDO

Espécime Lobo

Cranial

Lobo

Médio

Lobo

Caudal

Lobo

Acessório

Lobo

Cranial

Lobo

Caudal

BM55623 3 2 5 2 3 5

BM55322 2 2 4 2 3 4

BM46182 3 2 5 2 3 4

BM91659 2 2 5 2 3 5

BM49402 3 2 5 2 3 4

BM70990 3 2 4 2 4 5

BM88397 3 2 4 2 4 5

MODA 3 2 5 2 3 5

A ramificação segmentar é semelhante ao descrito em Gibões de mão

branca, (Hylobates agilis) (Nakakuki e Akiyoshi 1993), em Gorila (Gorila gorila)

(Nakakuki e Akiyoshi 1991), Macaco comedor de caranguejo, (Macaca fascicularis)

(Nakakuki 1994), Sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus) (Falcão, et al. 2018).

Em todas espécies de primatas estudados não há variação muito grande na

quantidade de brônquios segmentares emitidos do brônquio lobar cranial direito,

exceto Chimpanzé (Pan troglodyte) (Nakakuki 1992) e Orangotango, (Pomgo

pygmaeus) (Nakakuki e Akiyoshi 1991), cuja a variação deriva por não apresentar

um lobo acessório.

Page 38: RANIERY JOSÉ FERNANDES

27

CONCLUSÕES

De acordo com os resultados obtidos foi possível observar em Alouatta

belzebul, estruturas das vias respiratórias superiores como: cavidade nasal, faringe

subdividida em nasofaringe, orofaringe e laringofaringe e laringe, estrutura bastante

desenvolvida com um osso hioide proeminente. Observou-se nas vias respiratórias

inferiores a constituição da traquéia, pulmões, lobos e números de brônquios

segmentares, o qual mostrou-se bastante semelhantes quando comparados aos

primatas não humanos, como o macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus), macaco-prego

(Sapajus libidinosus), sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus), outros mamíferos

como a raposa (Cerdocyon thous). Em mamíferos domésticos como canídeos,

ovinos, bovinos e suínos observa-se alterações no tamanho da traqueia quando

comparado à animais silvestres e primatas, apresentando pouca variação entre

nestes espécimes. Foi observado lobação sem variação entre os espécimes,

apresentando no pulmão direito quatro lobos, pulmão esquerdo dois lobos e a

divisão segmentar apresenta pouca variação entre os espécimes. Estudos sobre

esse primata são de extrema relevância dos aspectos morfológicos para um melhor

diagnóstico de doenças relacionadas à cavidade nasal e oral, lesões de laringe,

traqueais e pulmonares, contribuindo na discussão sobre aspectos evolutivos e na

atuação clínica e/ou cirúrgica do médico veterinário.

Page 39: RANIERY JOSÉ FERNANDES

28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AURICCHIO, P. 1995, Primatas do Brasil, Terra Brasilis. São Paulo-SP.

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NOMENCLATURE. Nomina anatomica veterinaria. 6ª edição. Ithaca: Word

Association of Veterinary Anatomists, 2017. 160 p.

Page 42: RANIERY JOSÉ FERNANDES

31

CONSIDERAÇÕES GERAIS

De acordo com os resultados obtidos foi possível observar em Alouatta

belzebul, estruturas das vias respiratórias superiores como: cavidade nasal, a

faringe subdividida em nasofaringe, orofaringe e laringofaringe e a laringe, estrutura

bastante desenvolvida com um osso hioide proeminente. Observou-se nas vias

respiratórias inferiores a constituição da traqueia, pulmões, lobos e números de

brônquios segmentares, o qual mostrou-se bastante semelhantes quando

comparados aos primatas não humanos, como o macaco-de-cheiro (Saimiri

sciureus), macaco-prego (Sapajus libidinosus), sagui-de-tufos-brancos (Callithrix

jacchus) e outros mamíferos como a raposa (Cerdocyon thous). Em mamíferos

domésticos como canídeos, ovinos, bovinos e suínos, obsevou-se alterações no

tamanho da traqueia quando comparado à animais silvestres e primatas,

apresentando pouca variação entre os espécimes. Foi observado lobação sem

variação entre os espécimes, apresentando no pulmão direito quatro lobos, pulmão

esquerdo dois lobos e a divisão segmentar apresenta pouca variação entre os

espécimes. Estudos futuros poderão complementar mais a pesquisa, acrescentando

histologia e comparação entre gêneros, servindo assim de subsídio para estudos

mais amplos da anatomia comparativa, bem como para o conhecimento acerca da

morfologia deste primata não-humano que é de extrema relevância dos aspectos

morfológicos, para um melhor diagnóstico de patologias relacionadas a cavidade

nasal e oral, lesões de laringe, traqueais e pulmonares, contribuindo na discussão

sobre aspectos evolutivos e na atuação clínica e/ou cirúrgica do médico veterinário.

Page 43: RANIERY JOSÉ FERNANDES

32

ANEXOS

Page 44: RANIERY JOSÉ FERNANDES

33

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34

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35

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36

Page 48: RANIERY JOSÉ FERNANDES

37

INSTRUÇÕES PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS

Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia

Page 49: RANIERY JOSÉ FERNANDES

38

(Brazilian Journal of Veterinary and Animal Sciences)

Política Editorial

O periódico Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia (Brazilian Journal

of Veterinary and Animal Science), ISSN 1678-4162 (on-line), é editado pela

FEPMVZ Editora, CNPJ: 16.629.388/0001-24, e destina-se à publicação de artigos

científicos sobre temas de medicina veterinária, zootecnia, tecnologia e inspeção de

produtos de origem animal, aquacultura e áreas afins.

Os artigos encaminhados para publicação são submetidos à aprovação do Corpo

Editorial, com assessoria de especialistas da área (relatores). Os artigos cujos textos

necessitarem de revisões ou correções serão devolvidos aos autores. Os aceitos

para publicação tornam-se propriedade do Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária

e Zootecnia (ABMVZ) citado como Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.. Os autores são

responsáveis pelos conceitos e informações neles contidos. São imprescindíveis

originalidade, ineditismo e destinação exclusiva ao ABMVZ.

Reprodução de artigos publicados

A reprodução de qualquer artigo publicado é permitida desde que seja corretamente

referenciado. Não é consentido o uso comercial dos resultados.

A submissão e tramitação dos artigos é feita exclusivamente on-line, no endereço

eletrônico <http://mc04.manuscriptcentral.com/abmvz-scielo>.

Não serão fornecidas separatas. Os artigos encontram-se disponíveis no endereço

www.scielo.br/abmvz

Orientações Gerais

on-line do Scielo – ScholarOne, no endereço

http://mc04.manuscriptcentral.com/abmvz-scielo sendo necessário o cadastramento

no mesmo.

autores do processo de avaliação e de

publicação (autores, revisores e editores) será feita apenas de forma eletrônica pelo

Sistema, sendo que o autor responsável pelo artigo será informado automaticamente

por e-mail sobre qualquer mudança de status do mesmo.

solicitados pela equipe de editoração também devem ser enviados, em separado,

Page 50: RANIERY JOSÉ FERNANDES

39

em arquivo com extensão JPG, em alta qualidade (mínimo 300dpi), zipado, inserido

em “Figure or Image” (Step 6).

-se de que

cada um dos autores tenha conhecimento e concorde com a inclusão de seu nome

no texto submetido.

cia

eletrônica, a participação no artigo. Caso um dos produtores do texto não concorde

em participar como autor, o artigo será considerado como desistência de um dos

autores e sua tramitação encerrada.

Comitê de Ética

É indispensável anexar cópia, em arquivo PDF, do Certificado de Aprovação do

Projeto da pesquisa que originou o artigo, expedido pelo CEUA (Comitê de Ética no

Uso de Animais) de sua Instituição, em atendimento à Lei 11794/2008. O documento

deve ser anexado em “Ethics Conmitee” (Step 6). Esclarecemos que o número do

Certificado de Aprovação do Projeto deve ser mencionado no campo Material e

Métodos.

Tipos de artigos aceitos para publicação:

Artigo científico

É o relato completo de um trabalho experimental. Baseia-se na premissa de que os

resultados são posteriores ao planejamento da pesquisa.

Seções do texto: Título (português e inglês), Autores e Afiliação (somente na “Title

Page” – Step 6), Resumo, Abstract, Introdução, Material e Métodos, Resultados,

Discussão (ou Resultados e Discussão), Conclusões, Agradecimentos (quando

houver) e Referências.

O número de páginas não deve exceder a 15, incluindo tabelas, figuras e

Referências.

O número de Referências não deve exceder a 30.

Relato de caso

Contempla principalmente as áreas médicas em que o resultado é anterior ao

interesse de sua divulgação ou a ocorrência dos resultados não é planejada.

Page 51: RANIERY JOSÉ FERNANDES

40

Seções do texto: Título (português e inglês), Autores e Afiliação (somente na “Title

Page” - Step 6), Resumo, Abstract, Introdução, Casuística, Discussão e Conclusões

(quando pertinentes), Agradecimentos (quando houver) e Referências.

O número de páginas não deve exceder a dez, incluindo tabelas e figuras.

O número de Referências não deve exceder a 12.

Comunicação

É o relato sucinto de resultados parciais de um trabalho experimental digno de

publicação, embora insuficiente ou inconsistente para constituir um artigo científico.

Seções do texto:Título (português e inglês), Autores e Afiliação (somente na “Title

Page” - Step 6). Deve ser compacto, sem distinção das seções do texto

especificadas para “Artigo científico”, embora seguindo àquela ordem. Quando a

Comunicação for redigida em português deve conter um “Abstract” e quando

redigida em inglês deve conter um resumo.

O número de páginas não deve exceder a oito, incluindo tabelas e figuras.

O número de Referências não deve exceder a 12.

Preparação dos textos para publicação

Os artigos devem ser redigidos em português ou inglês na forma impessoal.

Formatação do texto

NÃO deve conter subitens em nenhuma das seções do artigo, deve ser

apresentado em arquivo Microsoft Word e anexado como “Main Document” (Step 6),

no formato A4, com margem de 3cm (superior, inferior, direita e esquerda), na fonte

Times New Roman, no tamanho 12 e no espaçamento de entrelinhas 1,5, em todas

as páginas e seções do artigo (do título às referências), com linhas numeradas.

obrigatoriamente, entre parêntesis no corpo do texto na seguinte ordem: nome do

produto, substância, empresa e país.

Seções de um artigo

Título. Em português e em inglês. Deve contemplar a essência do artigo e não

ultrapassar 50 palavras.

Autores e Afiliação. Os nomes dos autores são colocados abaixo do título, com

identificação da instituição a qual pertencem. O autor e o seu e-mail para

Page 52: RANIERY JOSÉ FERNANDES

41

correspondência devem ser indicados com asterisco somente no “Title Page” (Step

6), em arquivo Word.

Resumo e Abstract. Deve ser o mesmo apresentado no cadastro contendo até

200 palavras em um só parágrafo. Não repetir o título e não acrescentar revisão de

literatura. Incluir os principais resultados numéricos, citando-os sem explicá-los,

quando for o caso. Cada frase deve conter uma informação completa.

Palavras-chave e Keywords. No máximo cinco e no mínimo duas*.

* na submissão usar somente o Keyword (Step 2) e no corpo do artigo constar tanto

keyword (inglês) quanto palavra-chave (português), independente do idioma em que

o artigo for submetido.

Introdução. Explanação concisa na qual os problemas serão estabelecidos , bem

como a pertinência, a relevância e os objetivos do trabalho. Deve conter poucas

referências, o suficiente para balizá-la.

Material e Métodos. Citar o desenho experimental, o material envolvido, a

descrição dos métodos usados ou referenciar corretamente os métodos já

publicados. Nos trabalhos que envolvam animais e/ou organismos geneticamente

modificados deverão constar obrigatoriamente o número do Certificado de

Aprovação do CEUA. (verificar o Item Comitê de Ética).

Resultados. Apresentar clara e objetivamente os resultados encontrados.

Tabela. Conjunto de dados alfanuméricos ordenados em linhas e colunas. Usar

linhas horizontais na separação dos cabeçalhos e no final da tabela. O título da

tabela recebe inicialmente a palavra Tabela, seguida pelo número de ordem em

algarismo arábico e ponto (ex.: Tabela 1.). No texto, a tabela deve ser referida como

Tab seguida de ponto e do número de ordem (ex.: Tab. 1), mesmo quando referir-se

a várias tabelas (ex.: Tab. 1, 2 e 3). Pode ser apresentada em espaçamento simples

e fonte de tamanho menor que 12 (o menor tamanho aceito é oito). A legenda da

Tabela deve conter apenas o indispensável para o seu entendimento. As tabelas

devem ser obrigatoriamente inseridas no corpo do texto de preferência após a sua

primeira citação.

Page 53: RANIERY JOSÉ FERNANDES

42

Figura. Compreende qualquer ilustração que apresente linhas e pontos: desenho,

fotografia, gráfico, fluxograma, esquema etc. A legenda recebe inicialmente a

palavra Figura, seguida do número de ordem em algarismo arábico e ponto (ex.:

Figura 1.) e é citada no texto como Fig seguida de ponto e do número de ordem (ex.:

Fig.1), mesmo se citar mais de uma figura (ex.: Fig. 1, 2 e 3). Além de inseridas no

corpo do texto, fotografias e desenhos devem também ser enviados no formato JPG

com alta qualidade, em um arquivo zipado, anexado no campo próprio de

submissão, na tela de registro do artigo. As figuras devem ser obrigatoriamente

inseridas no corpo do texto de preferência após a sua primeira citação.

Nota:

a tabela e/ou figura que já tenha sido publicada deve conter, abaixo da

legenda, informação sobre a fonte (autor, autorização de uso, data) e a

correspondente referência deve figurar nas Referências.

Discussão. Discutir somente os resultados obtidos no trabalho. (Obs.: As seções

Resultados e Discussão poderão ser apresentadas em conjunto a juízo do autor,

sem prejudicar qualquer uma das partes).

Conclusões. As conclusões devem apoiar-se nos resultados da pesquisa

executada e serem apresentadas de forma objetiva, SEM revisão de literatura,

discussão, repetição de resultados e especulações.

Agradecimentos. Não obrigatório. Devem ser concisamente expressados.

Referências. As referências devem ser relacionadas em ordem alfabética, dando-

se preferência a artigos publicados em revistas nacionais e internacionais,

indexadas. Livros e teses devem ser referenciados o mínimo possível, portanto,

somente quando indispensáveis. São adotadas as normas gerais da ABNT,

adaptadas para o ABMVZ, conforme exemplos:

Como referenciar:

1. Citações no texto

sequência do texto, conforme exemplos:

Page 54: RANIERY JOSÉ FERNANDES

43

Anuário... (1987/88);

974) ou Lopes e Moreno (1974);

et al., 1979) ou Ferguson et al. (1979);

et al. (1979) ou

(Dunne, 1967; Silva, 1971; Ferguson et al., 1979), sempre em ordem cronológica

ascendente e alfabética de autores para artigos do mesmo ano.

Citação de citação. Todo esforço deve ser empreendido para se consultar o

documento original. Em situações excepcionais pode-se reproduzir a informação já

citada por outros autores. No texto, citar o sobrenome do autor do documento não

consultado com o ano de publicação, seguido da expressão citado por e o

sobrenome do autor e ano do documento consultado. Nas Referências deve-se

incluir apenas a fonte consultada.

Comunicação pessoal. Não faz parte das Referências. Na citação coloca-se o

sobrenome do autor, a data da comunicação, nome da Instituição à qual o autor é

vinculado.

2. Periódicos (até quatro autores citar todos. Acima de quatro autores citar três

autores et al.):

ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL. v.48, p.351, 1987-88.

FERGUSON, J.A.; REEVES, W.C.; HARDY, J.L. Studies on immunity to

alphaviruses in foals. Am. J. Vet. Res., v.40, p.5-10, 1979.

HOLENWEGER, J.A.; TAGLE, R.; WASERMAN, A. et al. Anestesia general del

canino. Not. Med. Vet., n.1, p.13-20, 1984.

3. Publicação avulsa (até quatro autores citar todos. Acima de quatro autores citar

três autores et al.):

DUNNE, H.W. (Ed). Enfermedades del cerdo. México: UTEHA, 1967. 981p.

LOPES, C.A.M.; MORENO, G. Aspectos bacteriológicos de ostras, mariscos e

mexilhões. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINÁRIA, 14.,

1974, São Paulo. Anais... São Paulo: [s.n.] 1974. p.97. (Resumo).

Page 55: RANIERY JOSÉ FERNANDES

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MORRIL, C.C. Infecciones por clostridios. In: DUNNE, H.W. (Ed). Enfermedades del

cerdo. México: UTEHA, 1967. p.400-415.

NUTRIENT requirements of swine. 6a ed. Washington: National Academy of

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SOUZA, C.F.A. Produtividade, qualidade e rendimentos de carcaça e de carne em

bovinos de corte. 1999. 44f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) –

Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

4. Documentos eletrônicos (até quatro autores citar todos. Acima de quatro

autores citar três autores et al.):

QUALITY food from animals for a global market. Washington: Association of

American Veterinary Medical College, 1995. Disponível em: <http://www.

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JONHNSON, T. Indigenous people are now more cambative, organized. Miami

Herald, 1994. Disponível em: <http://www.summit.fiu.edu/ MiamiHerld-Summit-

RelatedArticles/>. Acessado em: 5 dez. 1994.

Taxas de submissão e de publicação:

SOMENTE PARA ARTIGOS NACIONAIS

Taxa de submissão: A taxa de submissão de R$60,00 deverá ser paga por meio

de boleto bancário emitido pelo sistema eletrônico do Conveniar

http://conveniar.fepmvz.com.br/eventos/#servicos (necessário preencher

cadastro). Somente artigos com taxa paga de submissão serão avaliados.

Caso a taxa não seja quitada em até 30 dias será considerado como desistência do

autor.

Taxa de publicação: A taxa de publicação de R$150,00 por página, por ocasião

da prova final do artigo. A taxa de publicação deverá ser paga por meio de depósito

bancário, cujos dados serão fornecidos na aprovação do artigo.

OBS.: Quando os dados para a nota fiscal forem diferentes dos dados do autor

de contato deve ser enviado um e-mail para [email protected]

comunicando tal necessidade.

SOMENTE PARA ARTIGOS INTERNACIONAIS

Page 56: RANIERY JOSÉ FERNANDES

45

Submission and Publication fee. The publication fee is of US$100,00 (one

hundred dollars) per page, and US$50,00 (fifty dollars) for manuscript submission

and will be billed to the corresponding author at the final proof of the article. The

publication fee must be paid through a bank slip issued by the electronic article

submission system. When requesting the bank slip the author will inform the data to

be intle invoice issuance.

Recursos e diligências:

documento de recurso o mesmo deverá ser anexado em arquivo Word, no item

“Justification” (Step 6), e também enviado por e-mail, aos cuidados do Comitê

Editorial, para [email protected].

so o

mesmo deve ser feito pelo e-mail [email protected]

PASSO A PASSO – SISTEMA DE SUBMISSÃO DE ARTIGOS POR INTERMÉDIO

DO SCHOLARONE

Step 1

Em “Type” marcar a opção se o artigo é (conforme orientações das “Instruções para

Submissão de Artigos”):

1) Original

2) Short Communication

3) Case Report.

Em “Title” digitar o título com até 50 palavras. Se o artigo for submetido em

português ou em inglês o título sempre deve ser em inglês no momento de cadastrá-

lo no ScholarOne;

Em “Abstract” usar até 200 palavras (em inglês).

Step 2

Em “Keyword” incluir no mínimo duas palavras-chaves e no máximo cinco. Se o

artigo for submetido em português ou em inglês o keyword deve ser em inglês.

Step 3

Page 57: RANIERY JOSÉ FERNANDES

46

Em “Agent Question” marcar a opção que se adequar à sua submissão (author or

submitting agent);

Em “Selected Authors” incluir os autores participantes e ordená-los.

Step 4

Destinada para indicar os revisores preferenciais e não preferências.

Step 5

Verificar todas as opções que exigem preenchimento.

Step 6

Este é o momento em que os arquivos serão anexados. É indispensável a leitura

das Instruções para Submissão, pois nelas estão todas as orientações quanto

à formatação do texto.

1) “Main Document”: é o arquivo principal, que deve ser submetido em Word, sem

dados dos autores e das suas instituições. Seguir a formatação indicada nas

“Instruções para Submissão de Artigos”;

2) “Figure or Image”: para envio de figuras ou imagens se solicitadas pela equipe de

editoração;

3) “Title Page”: deve ser anexada à primeira página do artigo, em arquivo Word,

contendo título, autores e respectivas instituições;

4) “Ethics Commitee”(CEUA): deve ser anexado em arquivo PDF o Certificado de

Aprovação do Comitê de Ética (quando aplicável);

5) “Justification”: para envio de justificativas, comprovantes etc., quando solicitados.

6) “Payment Receipt” – para anexar o comprovante de pagamento da taxa de

submissão.

Fazer o upload de cada um deles.

Step 7

Conferir os passos, abrir o “view proof” e clicar em “submit.