raniery josÉ fernandes
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RANIERY JOSÉ FERNANDES
ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DE Alouatta
belzebul
Jataí, Março de 2019
RANIERY JOSÉ FERNANDES
ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DE Alouatta
belzebul
KLEBER FERNANDO PEREIRA
JATAÍ 2019
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal da Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí, como pré-requisito para obtenção do grau de Mestre em Biociência Animal.
AGRADECIMENTOS Ao Prof. Kleber, não só pela orientação a mim fornecida, mas pela
amizade e carinho, pela receptividade da sua família, Dayane e Carolzinha, muito
obrigado pelo meu crescimento profissional, seus conselhos e ensinamentos vão pra
vida toda. Agradeço também a oportunidade de fazer parte equipe de morfofisiologia
da UFG, o que contribuiu decisivamente para minha formação, e me abriu todo um
universo de oportunidades. A todos os professores, por todo apoio e incentivo,
decisivos para o sucesso desta empreitada.
A minha família, Daiana minha esposa querida, obrigado pelo incentivo
em sempre estar crescendo profissionalmente, aos meus filhos João Marcelo e Ana
Beatriz, pela ausência e as vezes pela falta de paciência, papai ama muito vocês.
A Faculdade Morgana Potrich, pelo apoio em especial a Diretora Morgana
Potrich, por acreditar em meu potencial, muito obrigado.
Agradeço também, aos amigos do departamento de ciências estruturais
da FAMP, pelo apoio, e ajuda, grande abraço a todos e muito obrigado
Aos companheiros de jornada nesses dois anos, foram aproximadamente
26 mil quilômetros percorridos nesses dois anos, Vanessa, Erica e Marcelo obrigado
pela amizade e companheirismo
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................... 01
REFERÊNCIAS INTRODUÇÃO ........................................................................ 05
ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DE Alouatta belzebul.............................................................................................................
08
INTRODUÇÃO................................................................................................... 10
MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 12
Amostragem ...................................................................................................... 12
Anatomia macroscópica .................................................................................... 12
Vascularização e dissecação ............................................................................ 12
RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................... 13
CONCLUSÃO..................................................................................................... 27
REFERÊNCIAS.................................................................................................. 28
CONSIDERAÇÕES GERAIS............................................................................. 31
ANEXOS ............................................................................................................ 32
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Distribuição original da espécie Alouatta belzebul no território brasileiro.........................................................................................................
02
FIGURA 2 - Dispersão do genêro Alouatta belzebul no território nacional..........................................................................................................
03
FIGURA 3 - Alouatta belzebul........................................................................
04
FIGURA 4 - Vias aéreas superiores do Alouatta belzebul, A - 1 seio nasal frontal, septo nasal, 3 seio esfenoidal, 4 nasofaringe, 5 orofaringe, 6 laringofaringe. B - 1 vestíbulo nasal, 2 concha nasal média, 3 concha nasal superior, 4 concha nasal inferior, 5 cóanos, 6 meato nasal superior, 7 meato nasal médio, 8 meato nasal inferior....................................................
13
FIGURA 5 A – Músculos da laringe, região anterior do Alouatta belzebul Músculos da região ventral, (A*) músculo esterno-hioideo, (B*) músculo tiro hioideo, (C*) musculo omo hioideo .........................................................
15
FIGURA 5 B – Músculos da laringe do Alouatta belzebul, epiglote e músculos da laringe, (A*) Epiglote, (B*) musculo cricoaritenóideo posterior.........................................................................................................
15
FIGURA 6 - vista lateral do pescoço do Alouatta belzebul: 1 ventre posterior do músculo digástrico, 2 nervo vago, 3 nervo laríngeo superior, 4 músculo escaleno médio, 5 nervos laríngeo inferior, 6 artéria carótida comum, 7 músculo esterno-hióideo, 8 músculo tireo-hióide, 9 músculo esternocleidomastóide....................................................................................
16
FIGURA 7 A - Estruturas da laringe do Alouatta belzebul cartilagens, cartilagens e ligamentos laringe, (A*) osso hioide, (B*) membrana tirohioidea, (C*) cartilagem tireóidea, (D*) ligamento cricotireóide....................................................................................................
17
FIGURA 7 B - Estruturas da laringe do Alouatta belzebul: cartilagens da laringe e osso hioide, (A*) osso hioide, (B*) cartilagem tireóidea, (C*) cartilagem cricóidea, (D*) cartilagem aritenóide, (E*) cartilagem corniculada.....................................................................................................
17
FIGURA 8 - Osso hioide Alouatta belzebul: vista látero-posterior do osso hioide do Alouatta belzebul….........................................................................
18
FIGURA 9 - A. Laringe. B. Traqueia do Alouatta belzebul.............................
20
FIGURA 10 - Vias respiratórias inferiores do exemplar de Alouatta belzebul, hilo pulmonar (círculo amarelo), 1 traqueia, 2 região da carina, 3 brônquios principais.......................................................................................
21
FIGURA 11A - Identificação lobar do Alouatta belzebul, Face costal, (A*) lobo cranial do pulmão esquerdo, (B*) lobo caudal pulmão esquerdo, (C*) lobo cranial pulmão direito, (D*) lobo caudal direito.......................................
22
FIGURA 11B - Identificação lobar do Alouatta belzebul, Face diafragmática e mediastínica, (A*) lobo cranial pulmão direito, (B*) lobo médio pulmão direito, (C*) lobo caudal do pulmão direito, (D*) lobo acessório pulmão direito, (E*) lobo cranial pulmão esquerdo, (F*) lobo caudal pulmão esquerdo................................................................................
22
FIGURA 12 A - Evidencia- se os lobos, separados por fissuras; lobo cranial direito (LCRD), lobo médio (LMD), lobo caudal direito (LCD) e lobo acessório (LACD); lobo cranial esquerdo (LCRE), lobo caudal esquerdo (LCE)..............................................................................................................
25
FIGURA 12 B - vista dorsal árvore brônquica e brônquios segmentares do Alouatta belzebul: vista dorsal árvore brônquica e brônquios segmentares (BSegCRE) brônquio segmentar cranial esquerdo, (BSegCE) brônquio segmentar caudal esquerdo, (BSegCRd) brônquio segmentar cranial direito, (BSegMD) brônquio segmentar médio direito, (BSegCD) brônquio segmentar caudal direito e (BSegACD) brônquio segmentar acessório direito..............................................................................................................
25
Anatomia das vias respiratórias de Alouatta belzebul
RESUMO
Alouatta belzebul é uma espécie de bugio, um macaco do novo mundo, da família
Atelidae e gênero Alouatta, conhecido popularmente por guariba-de-mãos-
vermelhas ou bugio-de-mãos-ruivas. É endêmico no Brasil e possui distribuição
geográfica separada, ocorrendo duas populações: na Amazônia e outra na Mata
Atlântica do litoral do Nordeste Brasileiro. A anatomia deste gênero apresenta
variações anatômicas entre os primatas, como desenvolvimento da laringe, e
presença de um lobo acessório no pulmão direito. Estas variações ocorrem
principalmente por fatores comportamentais, defesa de alimentos e território. Que
teve como objetivo estabelecer dados comparativos das estruturas do sistema
respiratório, com a de outros primatas, mamíferos, inclusive o homem. Para
realização do estudo foram utilizados sete exemplares machos de Alouatta belzebul.
Os animais foram cedidos pelo Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico
da Fauna – UHE Belo Monte. Os 07 (sete) animais, previamente criopreservados,
foram descongelados em água corrente e logo após, fixados por meio da infusão
intramuscular e intracavitária de solução aquosa de formol a 10% e feita perfusão
com látex para observação de artérias e veias. Este projeto foi submetido e
aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal - CEUA-PRPI-UFG,
regido pelo protocolo n.º 083/17. Na laringe foi observado a presença de
musculatura, membranas e ligamentos, em consonância às estruturas observadas
em primatas humanos e de um osso hioide bastante evidente, provavelmente
relacionado à sua função na vocalização. A traqueia do Alouatta belzebul é
constituída de 11 a 12 anéis cartilagíneos incompletos. Nas estruturas pulmonares,
notou-se um quarto lobo no pulmão direito e no esquerdo, apresenta somente dois
lobos, que assemelharam-se com outros primatas não humanos, como sagui-de-
tufos-brancos (Callithrix jacchus) e macaco-prego (Sapajus libidinosus), mamíferos
domésticos, como canídeos e felinos e mamíferos silvestres, como Jaguatirica
(Leopardus Pardalis) e raposa (Cerdocyon thous). O estudo contribuiu com a
discussão sobre aspectos evolutivos do sistema respiratório e na atuação clínica
e/ou cirúrgica do médico veterinário.
Palavras-chave: anatomia, bugio, laringe, lobulação.
Anatomy of the airways of Alouatta belzebul
ABSTRACT
Alouatta belzebul is a mongoose of the new world, a monkey of the family Atelidae
and genus Alouatta, popularly known as red-headed guariba or red-footed booby. It
is endemic in Brazil and has a separate geographic distribution, occurring in two
populations: in the Amazon and another in the Atlantic Forest of the Northeast of
Brazil. The anatomy of this genus presents anatomical variations between primates,
such as laryngeal development, and presence of an accessory lobe in the right lung.
These variations occur mainly due to behavioral factors, food defense and territory.
The purpose of this study was to establish comparative data on structures of the
respiratory system with that of other primates, mammals, including man. Seven male
specimens of Alouatta belzebul were used for the study. The animals were assigned
by the Fauna - Belo Horizonte UHE Project. The previously cryopreserved 07 (seven)
animals were thawed in running water and then fixed by intramuscular and
intracavitary infusion of aqueous 10% formalin solution and infused with latex for
observation of arteries and veins. This project was submitted and approved by the
Committee on Ethics in Animal Experimentation - CEUA-PRPI-UFG, governed by
protocol no. 083/17. In the larynx, the presence of musculature, membranes and
ligaments was observed, in consonance with the structures observed in human
primates and a very evident hioid bone, probably related to their function in
vocalization. The trachea of the Alouatta belzebul consists of 11 to 12 incomplete
cartilaginous rings. In the pulmonary structures, a fourth lobe was observed in the
right and left lungs, presenting only two wolves, which resembled other non-human
primates, such as white tufted tamarins (Callithrix jacchus) and prey monkeys
(Sapajus libidinosus), domestic mammals such as canids and felines and wild
mammals such as Jaguatirica (Leopardus Pardalis) and fox (Cerdocyon thous). The
study contributed to the discussion on evolutionary aspects of the respiratory system
and to the clinical and / or surgical performance of the veterinarian.
Key words: anatomy, howler monkey, larynx, lobulation.
1
INTRODUÇÃO
Os primatas são pertencentes à classe Mammalia, ocorrem em ambientes
tropicais e subtropicais ao longo de todo o mundo, exceto na Austrália (REIS et al.,
2008). Em território brasileiro são encontradas seis das nove espécies conhecidas
dos primatas do gênero Alouatta sp. Entre elas, o Alouatta belzebul (Linaeus, 1766),
Alouatta caraya (Humboldt, 1812), Alouatta guariba (Humboldt, 1812), Alouatta
nigerrima (Lonnberg, 1941), Alouatta sara (Elliot, 1910) e Alouatta seniculus
(Linaeus, 1766) (Bicca-Marques et al., 2006).
O Alouatta belzebul é conhecido popularmente como bugio ou guariba e, foi
descrito pela primeira vez em 1766 por Linneus e, por fazer parte do grupo de
primatas neotropicais, apresenta características exclusivas como membros e tronco
adaptados para o comportamento suspensório e cauda longa e verdadeiramente
preênsil (Gregorin, 2006) e o osso hioide bastante pronunciado, com o qual
executam rugido (Emmons e Feer, 1990). São animais de hábitos diurnos,
essencialmente arborícolas e classificados como generalistas herbívoros (Neville et
al., 1990). Em geral, as populações do gênero são afetadas pela perturbação do
habitat, como o desmatamento, a caça e a construção de empreendimentos
hidrelétricos (Crockett, 1998; Gouveia et al., 2014).
O Alouatta belzebul é encontrado no Brasil amazônico e regiões
circundantes, incluindo os Estados do norte e nordeste do Brasil (sul do Amapá,
Maranhão, Pará, Tocantins e Sergipe) e estados da região da mata atlântica
nordestina (Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas e Paraíba). As ilhas
do estuário da Amazônia (Marajó, Mexiana e Caviana) também são o lar de Alouatta
belzebul (FIGURA 1). Embora o alcance desta espécie possa se estender para a
Amazônia mais baixa, é pouco compreendido e muitas vezes confundido com o
Alouatta guariba. A presença de Alouatta belzebul foi confirmada a leste dos rios
Xingu e Iriri e no Portal Rio Pracupy (Grzimek, 2003; Veiga et al., 2008).
2
FIGURA 1- Distribuição original da espécie Alouatta belzebul no território brasileiro. Fonte: ICMBio, 2012.
O Alouatta belzebul comunica-se principalmente por meio de uma ampla
variedade de vocalizações (uivos, ladridos e grunidos), específicos do tipo de
comunicação envolvida. As funções de chamada a outro grupo, estão associadas à
socialização, defesa e proteção de recursos. Os machos podem estar avaliando a
força de seus oponentes ou exibindo seu próprio domínio e posse de fêmeas. As
funções das vocalizações estão associadas à coordenação grupal e ao alerta do
grupo social de perigo. Embora essas funções de sons altos sejam generalizadas na
maioria dos primatas, esses mecanismos são bem estudados no gênero Alouatta.
Propõe-se que o uivo alto seja muito menos oneroso (energicamente) do que se
envolver em interação física com concorrentes potenciais para recursos ou
companheiros (Sekulic e Chivers, 1986; Nowak 1990; grzimek 2003; Oliveira e Ades
2004).
No gênero Alouatta, as vocalizações estão associadas às características de
defesa de territorialidade e defesa de grupos, e esses sons são emitidos nos limites
dos territórios (FIGURA 2) (Aguiar et al. 2003). Estudos apontam que elas são para a
3
defesa de alimentos e para a avaliação de oponentes (Chiarello 1994; Steinmetz
2001; Oliveira 2002; Aguiar et al. 2003). Grande parte dos relatos destas
vocalizações está direcionada ao encontro ou presença de grupos diferentes
(Oliveira, 2002).
FIGURA 2 – Dispersão do gênero Alouatta, no território nacional, https:// www.flickr.com/photos/nelson_gomes/8179738465.
Em geral as características sonoras das vocalizações de animais permitem
que se identifiquem, pois contêm informações sobre as características do
vocalizador, caracterizando seu tamanho, idade, sexo, condições reprodutivas e
suas características comportamentais. (Fitch, 1997; Mccomb; Reby, 2010). Esses
sons podem ainda fornecer aos receptores informações imediatas sobre sua
localização e características do chamador (Mccomb e Reby, 2010).
Os Alouatta belzebul (FIGURA 3) são listados como vulneráveis devido a um
declínio da população de 30% nos últimos 36 anos (3 gerações). Isto é devido,
principalmente à caça e à destruição do habitat, da agricultura e da exploração
madeireira. A fragmentação do hábitat e o isolamento da população têm um impacto
maior em Alouatta belzebul, por conta do tamanho dos grupos, e a faixa habitats
relativamente pequenos. Muitas comunidades locais brasileiras tomaram medidas
para gerenciar a exploração madeireira de forma mais eficaz, bem como criar locais
de ecoturismo, a fim de manter habitats e populações de Alouattas na Amazônia
(Norwich, 1998; Pinto, et al., 2003; Veiga, et al., 2008).
4
FIGURA 3: Alouatta belzebul. Fonte: www.mindenpictures.com/search/preview/red-handed-howler-
monkey-alouatta-belzebul-resting-in-tree-carajas-national/0_90724262.html.
Conhecer a biologia de animais endêmicos e raros, entre eles o Alouatta
belzebul, favorece e conduz a implantação de programas de proteção e
preservação. Evidenciando a importância de conhecer os aspectos anatômicos,
sendo o enfoque desta pesquisa comparar a anatomia das vias respiratórias do
Alouatta belzebul, com primatas, animais silvestres, domésticos e a do homem, vez
que os grupos são primatas, porém filogeneticamente em posições diferentes,
embora próximas e a Anatomia do Homem já se encontra bem estabelecida.
5
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6
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7
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8
ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DE Alouatta belzebul R. J. Fernandes¹, K. F. Pereira² ¹Faculdade Morgana Potrich – Mineiros – Goiás ² Curso de Medicina, Universidade Federal do Paraná – Campus Toledo RESUMO
Alouatta belzebul é uma espécie de bugio, um macaco do novo mundo, da família
Atelidae e gênero Alouatta, conhecido popularmente por guariba-de-mãos-
vermelhas ou bugio-de-mãos-ruivas. É endêmico no Brasil e possui distribuição
geográfica separada, ocorrendo duas populações: na Amazônia e outra na Mata
Atlântica do litoral do Nordeste Brasileiro. A anatomia deste gênero apresenta
variações anatômicas entre os primatas, como desenvolvimento da laringe, e
presença de um lobo acessório no pulmão direito. Estas variações ocorrem
principalmente por fatores comportamentais, defesa de alimentos e território. Este
estudo teve como objetivo estabelecer dados comparativos das estruturas do
sistema respiratório, com a de outros primatas, mamíferos, inclusive o homem. Para
realização do estudo foram utilizados sete exemplares machos de Alouatta belzebul.
Os animais foram cedidos pelo Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico
da Fauna – UHE Belo Monte. Os 07 (sete) animais, previamente criopreservados,
foram descongelados em água corrente e logo após, fixados por meio da infusão
intramuscular e intracavitária de solução aquosa de formol a 10% e feita perfusão
com látex para observação de artérias e veias. Este projeto foi submetido e
aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal - CEUA-PRPI-UFG,
regido pelo protocolo n.º 083/17. Na laringe foi observado a presença de
musculatura, membranas e ligamentos, em consonância às estruturas observadas
em primatas humanos e de um osso hioide bastante evidente, provavelmente
relacionado à sua função na vocalização. A traqueia do Alouatta belzebul é
constituída de 11 a 12 anéis cartilagíneos incompletos. Nas estruturas pulmonares,
notou-se um quarto lobo no pulmão direito e no esquerdo, apresenta somente dois
lobos, que assemelharam-se com outros primatas não humanos, como sagui-de-
tufos-brancos (Callithrix jacchus) e macaco-prego (Sapajus libidinosus), mamíferos
domésticos, como canídeos e felinos e mamíferos silvestres, como Jaguatirica
(Leopardus Pardalis) e raposa (Cerdocyon thous). O estudo contribuiu com a
discussão sobre aspectos evolutivos do sistema respiratório e na atuação clínica
e/ou cirúrgica do médico veterinário.
Palavras-chave: anatomia, bugio, laringe, lobulação.
9
ABSTRACT
Alouatta belzebul is a mongoose of the new world, a monkey of the family Atelidae
and genus Alouatta, popularly known as red-headed guariba or red-footed booby. It
is endemic in Brazil and has a separate geographic distribution, occurring in two
populations: in the Amazon and another in the Atlantic Forest of the Northeast of
Brazil. The anatomy of this genus presents anatomical variations between primates,
such as laryngeal development, and presence of an accessory lobe in the right lung.
These variations occur mainly due to behavioral factors, food defense and territory.
The purpose of this study was to establish comparative data on structures of the
respiratory system with that of other primates, mammals, including man. Seven male
specimens of Alouatta belzebul were used for the study. The animals were assigned
by the Fauna - Belo Horizonte UHE Project. The previously cryopreserved 07 (seven)
animals were thawed in running water and then fixed by intramuscular and
intracavitary infusion of aqueous 10% formalin solution and infused with latex for
observation of arteries and veins. This project was submitted and approved by the
Committee on Ethics in Animal Experimentation - CEUA-PRPI-UFG, governed by
protocol no. 083/17. In the larynx, the presence of musculature, membranes and
ligaments was observed, in consonance with the structures observed in human
primates and a very evident hioid bone, probably related to their function in
vocalization. The trachea of the Alouatta belzebul consists of 11 to 12 incomplete
cartilaginous rings. In the pulmonary structures, a fourth lobe was observed in the
right and left lungs, presenting only two wolves, which resembled other non-human
primates, such as white tufted tamarins (Callithrix jacchus) and prey monkeys
(Sapajus libidinosus), domestic mammals such as canids and felines and wild
mammals such as Jaguatirica (Leopardus Pardalis) and fox (Cerdocyon thous). The
study contributed to the discussion on evolutionary aspects of the respiratory system
and to the clinical and / or surgical performance of the veterinarian.
Key words: anatomy, howler monkey, larynx, lobulation.
10
INTRODUÇÃO
Estudos sobre a anatomia comparativa de mamíferos, entre silvestres e
endêmicos, em espécimes que podem ser utilizados em laboratórios de pesquisa,
sejam em estudos clínicos e anatômico-cirúrgicos, este tipo de estudo têm sido um
problema significativo para muitos trabalhos científicos, que de alguma forma
buscam estabelecer prováveis correlações filogenéticas entre o animal estudado e o
homem (Falcão et al. 2018).
A morfologia insere-se nesse contexto, uma vez que é a ciência que estuda a
diversidade das formas dos seres vivos, sendo esta, a ferramenta básica utilizada
amplamente pelas ciências biológicas. Os estudos anatômicos em diferentes
espécies proporcionam informações que se somam e passam a constituir importante
fonte de consulta para a sociedade e comunidade científica. No entanto, apesar do
aumento da demanda de estudos voltados para primatas não humanos, existe ainda
uma carência em pesquisas básicas, tais como aquelas que abrangem aspectos da
morfologia e da fisiologia, e subsidiam questões que envolvem características do
sistema respiratório. Sabe-se que o conhecimento acerca da anatomia e a
designação adequada das estruturas corpóreas são de suma importância para o
aprendizado, o desenvolvimento e o avanço de todas as áreas da ciência médica
(Schaeffter, 1996).
A anatomia do sistema respiratório de primatas do novo mundo foi estudada
por César e Campos et al. (2013) que descreveram a morfologia da traqueia de
Sapajus libidinosus (macaco-prego) e Silva et al. (2015), que elucidaram a histologia
e a ultraestrutura da traqueia, brônquios e pulmões do Callithrix penicillata (sagui-de-
tufo-preto). A literatura cientifica sobre a anatomia e fisiologia do sistema respiratório
do Alouatta belzebul é escassa. Por isso, estudos que descrevam os aspectos
morfológicos do Alouatta belzebul são de grande importância para conhecimento
sobre os animais silvestres, contribuindo na discussão sobre aspectos evolutivos e
conservação de fauna, auxiliando na atuação clínica e/ou cirúrgica do médico
veterinário.
A comunicação do Alouatta belzebul através de rugidos, ladridos e grunidos
está associada a socialização, defesa e proteção de recursos. Grande parte dos
relatos destas vocalizações está direcionada ao encontro ou presença de grupos
diferentes (Oliveira, 2002). Embora essas funções de sons altos sejam generalizadas
na maioria dos primatas, esses mecanismos são bem estudados no gênero Alouatta.
11
Propõe-se que o som produzido por esse primata, seja muito menos oneroso
(energicamente) do que se envolver em interação física com concorrentes potenciais
para recursos ou companheiros. (Grzimek, 2003; Oliveira e Ades, 2004).
Apesar de haver extensa quantidade de informações disponíveis sobre os
primatas, ainda restam algumas lacunas de conhecimento sobre animais endêmicos
e raros (Nunes e Catão-Dias, 2006). Resultado disto, foi o enfoque anatômico dado
a espécies como Babuínos e Rhesus, animais do velho mundo (Ribeiro, 2006). Além
disto, muitos estudos realizados em animais do novo mundo são provenientes do
século passado (Tilney, 1928), e são de difícil acesso à comunidade científica e na
rotina clínica e cirúrgica.
Deste modo, a análise de estruturas animais, em especial de primatas não
humanos é fundamental para a compreensão dos diversos elementos do sistema
respiratório, assim como seus aspectos anatômicos e fisiológicos. (Paula, 2010 e
Pissinatti, 2014). Estudos comparativos são essenciais para o desenvolvimento das
ciências biológicas, em especial para o sistema respiratório, devido principalmente
pela dificuldade de procedimentos experimentais. No que se refere especificamente
aos pulmões, diversas foram as pesquisas já realizadas para com estas estruturas
em primatas não-humanos, tendo em vista a proximidade filogenética com os seres
humanos, e assim se tornam, quando comparados a outros mamíferos, melhores
modelos para estudo da estrutura, função e patologia pulmonar (Maina, 1987).
Mediante esses informes e considerando a escassez de informações acerca
da morfologia do sistema respiratório em Alouatta belzebul, o presente trabalho teve
como objetivo descrever a morfologia das vias respiratórias desta espécie, no que
tange à cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios, segmentação
broncopulmonar e pulmões, por meio do uso de dissecação.
12
MATERIAIS E MÉTODOS
Amostragem
Foram utilizados 7 exemplares de Alouatta belzebul, machos e adultos. Os
animais foram cedidos pelo Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da
Fauna (PSACF) – UHE Belo Monte, segundo os ofícios nº 002-2015 – ARC/NAT, nº
009-2015 – ARC/NAT e nº 012-2015 – ARC/NAT, regidos pelo processo do IBAMA
n° 02001.001848/2006-75 e estavam depositados em freezers de congelamento no
Laboratório de Anatomia Humana e Comparativa da Universidade Federal de Goiás
(UFG) – Regional Jataí. Este projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética
em Experimentação Animal - CEUA-UFG, regido pelo protocolo nº 083/17.
Anatomia Macroscópica
Os 07 animais, previamente criopreservados, foram descongelados em
água corrente e, logo após fixados por meio de infusão e intramuscular e
intracavitária e submersão em solução aquosa de formol a 10%, dentro de cubas
opacas cobertas, para evitar a penetração da luz e evaporação do formol.
Vascularização e dissecação
Foi empregada a técnica de perfusão com látex, por meio de uma abertura na
linha média das cavidades torácica e abdominal, dissecando a região da aorta
torácica, canulando e injetando uma solução corada de látex em vermelho em
artérias e traqueia e azul, nas veias, mediante o uso de seringas e pressão manual,
em sentido cranial e caudal.
Para as vias superiores, crânios foram cortados em serra fita no plano sagital
mediano para visualização de estruturas nasais e faríngeas internas. O acesso na
região cervical, foi feita uma abertura na região ventral, expondo as estruturas
musculares e cartilagens, membranas e ligamentos da laringe
Na região torácica foi feita uma abertura entre as costelas e esterno, expondo
a região dos pulmões, evidenciando a presença de pleura e sua localização em
relação a caixa torácica. Após a identificação das estruturas vasculares, o conjunto
de laringe, traqueia e pulmões foram retirados e mensurados, incluindo cavidade
nasal, faringe, cartilagens e músculos da laringe, traqueia, brônquios e pulmões,
com o uso de um paquímetro Wolker®.
13
Ao término da etapa da dissecação, as capturas de imagens foram realizadas
com o uso de uma câmera digital (camera-sony-cyber-shot-16-mega-pixeis). A
Nomina Anatômica Veterinária (2017) foi consultada para adequação a
nomenclatura utilizada com os padrões e normas internacionais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na cavidade nasal do Alouatta belzebul foi identificado um septo nasal que
separa as partes direita e esquerda. A parte óssea encontrada no septo nasal é
formada pela lâmina vertical do osso etmóide. A região maxilar, onde se localiza os
ossos nasais e frontal, o etmóide e o esfenóide formam os limites da parede lateral e
superior da cavidade nasal. A cavidade nasal inclui a concha nasal superior do
etmóide e as conchas média e inferior que se se projetam em direção ao vestíbulo
nasal, se estendendo à região das cóanas (Figura 4). As conchas ou turbinados de
muitos mamíferos (sobretudo de mamíferos corredores e daqueles que vivem em
ambientes hostis) são estruturas muito convolutas, semelhantes a rolos, que
oferecem uma grande área de superfície para troca de calor (Moore 2014).
FIGURA 4: Vias aéreas superiores do Alouatta belzebul, A - 1 seio nasal frontal, 2 septo nasal, 3 seio esfenoidal, 4 nasofaringe, 5 orofaringe, 6 laringofaringe. B - 1 vestíbulo nasal, 2 concha nasal média, 3 concha nasal superior, 4 concha nasal inferior, 5 cóanas, 6 meato nasal superior, 7 meato nasal médio, 8 meato nasal inferior, (Barra: 1cm).
A cavidade nasal é um espaço irregular entre o teto da cavidade oral e a base
do crânio. É mais ampla ventral do que dorsalmente e tem sua maior extensão e
14
profundidade vertical na sua região central, onde é dividida por um septo
osteocartilagineo vertical que tem posição aproximadamente mediana (Gray, 2010).
Algumas espécies de primatas não-humanos como Cacajao (macaco-inglês),
Pithecia (parauacu), Chiropotes (macaco-preto), Sapajus libidinosus (macaco-
prego), e Pongo (orangotango), possuem adaptações especiais da cavidade nasal e
oral, (Wolfe-Coote, 2005), nas quais as estruturas da cavidade oral utilizadas para a
vocalização são em geral modificadas e se sobrepõem completamente aos
envolvidos na vocalização. Para Chandrasekaran (2009) a produção de voz envolve
um som gerado pelo ar empurrado pelos pulmões através da pregas vocais
vibrantes dentro da laringe, em conjunto com as estruturas que consistem nas
cavidades nasais e bucais, cujas formas podem ser variadas e adaptadas e por
movimentos do maxilar, língua, hioide e lábios. Componentes básicos do aparelho
vocal se comportam e interagem em formas complexas para gerar uma ampla gama
de sons (Morrill, 2012).
Em Alouatta belzebul a faringe se assemelha à humanos, apresentando a
nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. A faringe é um tubo que se estende da boca
até esôfago, situada no final da cavidade bucal, sendo um canal comum aos
sistemas digestório e respiratório: por ela passa o alimento, que se dirige ao
esôfago; e o ar, que se dirige a laringe, (Figura 4) (Moore 2014).
No processo de deglutição do alimento, a partir da boca, o alimento passa
pela faringe em direção ao esôfago. Quando entra na faringe, a abertura da laringe
se fecha quando a traqueia se move e permite que a epiglote (que é uma prega de
tecido), cubra a via respiratória, impedindo que os alimentos se movam para as
estruturas respiratórias (Silva 2016, Standring 2016).
As vias aéreas se estendem desde a laringe à região brônquica e sua
segmentação, em Alouatta belzebul, apresenta estruturas compatíveis e similares
àquelas presentes em outros mamíferos como: macaco-prego (Sapajus libidinosus)
(César et al., 2013), e sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus) (Falcão et al. 2018).
A figura 5 demonstra na parte ventral a musculatura a da laringe, músculo esterno-
hioideo, músculo tiro hioideo, Ventre superior musculo omo hioideo, epiglote e na
região posterior, o músculo cricoaritenóideo posterior.
15
FIGURA 5. Músculos da Laringe do Alouatta belzebul: A – Músculos das região anterior, (A*) músculo esterno-hioideo, (B*) músculo tiro hioideo, (C*) Ventre superior musculo omo hioideo B: epiglote e músculos da laringe, (A*) Epiglote, (B*) musculo cricoaritenóideo posterior, (Barra: 1cm).
A laringe é um órgão situado entre a faringe e a traqueia, fazendo parte
das vias aéreas superiores. A laringe no primata humano, é um órgão tubular
localizado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de função respiratória
é órgão responsável pela produção do som (Gray 2010).
Os vasos e nervos da laringe constituem em artérias tireóideas superior e
inferior as quais dão origem às artérias laríngeas superior e inferior,
respectivamente; elas se anastomosam entre si. Os nervos laríngeos são derivados
do nervo vago (NC X) através dos ramos interno e externo do nervo laríngeo
superior, e o nervo laríngeo inferior é derivado do nervo laríngeo recorrente
demonstrado na figura 6 (Moore, 2014).
16
Figura 6, Vista lateral do pescoço do Alouatta belzebul: 1 ventre posterior do músculo digástrico, 2 nervo vago, 3 nervo laríngeo superior, 4 músculo escaleno médio, 5 nervos laríngeo inferior, 6 artéria carótida comum, 7 músculo esterno-hióideo, 8 músculo tireo-hióide, 9 músculo esternocleidomastóide. (Barra: 1cm)
As estruturas que constituem a laringe do Alouatta belzebul são bastantes
evidentes, possivelmente por sua função na vocalização, o tamanho e forma das
cartilagens são grandes em relação ao tamanho do espécime (FIGURA 7).
17
FIGURA 7. Estruturas da laringe do Alouatta belzebul: A, cartilagens e ligamentos laringe, (A*) osso hioide, (B*) membrana tirohioidea, (C*) cartilagem tireóidea, (D*) ligamento cricotireóide. B cartilagens da laringe e osso hioide, (A*) osso hioide, (B*) cartilagem tireóidea, (C*) cartilagem cricóidea, (D*) cartilagem aritenóide, (E*) cartilagem corniculada. (Barra: 1cm).
As estruturas vocais do Alouatta belzebul demonstram adaptações próprias
da espécie, como evidenciado nas características atípicas do osso hioide. Algumas
das vocalizações emitidas pelos indivíduos são muito intensas, devido ao
desenvolvimento deste osso, podendo ser ouvidas a grandes distâncias (FIGURA 8
A). (AURICCHIO, 1995; OLIVEIRA, 2002).
Dentre os primatas neotropicais ou do novo mundo, o gênero Alouatta possui
uma vocalização acústica única, o que difere das espécies comparadas,
principalmente devido às características morfológicas complexas presentes na
região da laringe. A presença do osso hioide modificado, pois possui forma ovalada
e é responsável pela ressonância e amplificação dos sons deste primata. Essas
características anatômicas são especializadas para a vocalização (Oliveira, 2002).
18
FIGURA 8 A: Osso hioide Alouatta belzebul: A, osso hioide, vista latero-posterior. B, osso hioide, vista superior. (Barra: 1cm).
De acordo com Negus (1958), as características da laringe no homem estão
correlacionadas com a evolução da postura ereta. Por exemplo, os chimpanzés não
são habitualmente bípedes, um fato que se reflete na posição da cabeça, bem como
a posição elevada da epiglote em relação ao palato mole. Além disso, tanto a
posição e morfologia da laringe e hioide do chimpanzé, o tamanho e estruturas
morfologicas diferem do homem
O osso hioide do chimpanzé participa no funcionamento dos sacos de ar
laríngeos, que não estão presentes em seres humanos. A configuração anatômica
da linhagem e do trato vocal restringe o primata de comunicação de diferentes
maneiras (Hauser e Marler, 1993). Evidências convergentes sugerem que o tamanho
da laringe é independente do tamanho total do corpo, tornando sua frequência e
suas estruturas vocais proprias para o tamanho do corpo para adultos dentro da
maioria das espécies (Mccomb e Reby, 2010).
As vias aéreas inferiores do Alouatta belzebul são constituídas por traqueia,
brônquios principais, brônquios lobares e brônquios segmentares, além de dois
pulmões, um direito e um esquerdo.
Observou-se que a traqueia do Alouatta belzebul é constituída de uma
estrutura tubular cilíndrica, seu início localiza-se na borda inferior da cartilagem
cricóide e a sua terminação situa-se no mediastino, onde uma bifurcação marca a
origem dos brônquios principais esquerdo e direito. Baseando-se nos estudos
morfológicos do Alouatta belzebul verificou-se que a traqueia constitui de um tubo
cilíndrico em sua porção antêro lateral, achatado na região ventral, por conta da
presença da membrana traqueal. A traqueia do espécime é constituída por 11 a 12
19
anéis cartilaginosos incompletos (TABELA 1), os quais na porção dorsal estão
ligados por uma parede musculomembranosa, o músculo traqueal. Estudos
descrevem a traqueia humana com aproximadamente de 15 a 20 anéis (Testut;
Latarjet, 1979) e Raven, (1950) descreve no gorila (Gorila gorila) a contagem de 17
anéis. Segundo Pinheiro et al. (2012), existem grandes variações entre o número de
anéis traqueais em diferentes grupos de primatas, como no macaco-de-cheiro
(Saimiri sciureus) o número de anéis entre 30 e 36 nos animais jovens e 28 a 32 nos
adultos, e em estudos realizados em macacos-prego (Sapajus libidinosus) a traqueia
é constituída por anéis incompletos, cujo número varia entre 29 a 30 (césar, et al;
2013). A estrutura anatômica da traqueia do Alouatta belzebul não apresentou
grandes divergências em relação à morfologia da traqueia de humanos e de outros
primatas.
TABELA 1. Mensuração da traqueia e contagem do número de anéis traqueais
encontrado no A. belzebul
ESPÉCIME
TRAQUEIA CENTIMETROS NUMERO DE ANEIS
BM55623
3,50
12,00
BM55322
4,00
11,00
BM46182
3,40
11,00
BM91659
4,10
12,00
BM49402
3,90
12,00
BM70990 BM88397
3,70
4,00
11,00
12,00
X±SD 3,8±0,27 11,55 - 0,53
11,55±0,53
Existe variações das formas dos anéis traqueais no Alouatta belzebul,
podendo ser ramificados ou não. Em sua extremidade caudal a traqueia divide-se
em dois ramos: o brônquio principal esquerdo e direito, entretanto, animais com
pescoço mais curto podem exibir um número menor de anéis por conta do tamanho
da laringe, como encontrado no Alouatta belzebul (FIGURA 9).
20
FIGURA 9: A. laringe. B. traqueia do A. belzebul. (Barra: 1cm).
Os pulmões do Alouatta belzebul estão localizados na cavidade torácica, têm
um formato cônico, com base perpendicular ao ápice, face caudal (diafragmática),
face lateral (costal), face medial (mediastínica), margem dorsal, margem ventral e
margem basal que se assemelham aos demais primatas. Na face mediastínica está
localizado o hilo pulmonar, local de acesso dos brônquios, vasos sanguíneos,
linfáticos e nervos (FIGURA 10). O ápice do pulmão se estende até a região da base
do pescoço. A parte inferior, côncava e ampla, ou base do pulmão, apoia-se na
superfície cranial do diafragma.
21
FIGURA 10. Vias respiratórias inferiores do exemplar de Alouatta belzebul, hilo pulmonar (círculo amarelo), 1 traqueia, 2 região da carina, 3 brônquios principais. (Barra: 1cm).
A morfologia do Alouatta belzebul consiste em pulmão direito possuindo
lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório (FIGURA 11), enquanto que o
pulmão esquerdo é constituído pelos lobos cranial e lobo caudal. É bem semelhante
quando comparada à outros primatas neotropicais como sagui-de-tufos-brancos
(Callithrix jacchus) (Falcão, et al. 2018) e gibões de mão branca, (Hylobates agilis)
(Nakakuki S, Akiyoshi E, 1993), e alguns mamíferos silvestres como, Jaguatirica
(Leopardus Pardalis) (Schuingues et al, 2017).
22
FIGURA 11. Identificação lobar do Alouatta belzebul: A - Face costal, (A*) lobo cranial do pulmão esquerdo, (B*) lobo caudal pulmão esquerdo, (C*) lobo cranial pulmão direito, (D*) lobo caudal direito. B - Face diafragmática e mediastínica, (A*) lobo cranial pulmão direito, (B*) lobo médio pulmão direito, (C*) lobo caudal do pulmão direito, (D*) lobo acessório pulmão direito, (E*) lobo cranial pulmão esquerdo, (F*) lobo caudal pulmão esquerdo. (Barra: 1cm).
Quando comparados a outras espécies de primatas, os pulmões do
Alouatta belzebul, demonstraram bastante similaridade em relação à descrições
observadas na literatura, como em Gorila (Gorila gorila) (Nakakuki, 1991), Gibões de
mão branca, (Hylobates agilis) (Nakakuki e Akiyoshi, 1993), Macaco comedor de
caranguejo (Macaca fascicularis) (Nakakuki, 1994), Sagui-de-tufos-brancos
(Callithrix jacchus) (Falcão et al, 2018).
A lobação e pulmonar do Alouatta belzebul composta por, pulmão
direito constituído de quatro lobos no pulmão direito, lobo cranial, lobo médio,
lobo caudal e lobo acessório, e pulmão esquerdo, lobo cranial e lobo caudal,
diferindo de espécies como Chimpanzé (Pan troglodyte) (Nakakuki, 1992) e
Orangotango, (Pomgo pygmaeus) (Nakakuki e Akiyoshi, 1991), onde a anatomia é
bastante semelhante à humana quando comparados, contendo os lobos
pulmonares divididos em: pulmão direito composto por quatro lobos no pulmão
direito, lobo cranial, lobo médio, lobo caudal, pulmão esquerdo lobo cranial e lobo
caudal. As comparações com outros primatas humanos e não humanos, podem
ser observadas na TABELA 2.
23
TABELA 2. Morfologia da divisão lobar dos pulmões de primatas.
LOBAÇÃO
ESPÉCIE PULMÃO
DIREITO
PULMÃO
ESQUERDO REFERÊNCIA
Bugios de mãos ruivas (Alouatta belzebul)
Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório
Lobo cranial e lobo
caudal
Presente
estudo.
Humanos (Homo sapiens)
Lobo superior,
lobo médio, lobo
inferior
Lobo superior, lobo inferior
Moore, 2014
Sagui-de-tufos-
brancos (Callithrix
jacchus)
Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório
Lobo cranial e lobo
caudal
Falcão. B, et.
al. 2018
Gorila (Gorila
gorila)
Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório
Lobo cranial e lobo
caudal
Nakakuki S,
Akiyoshi E;
1991
Gibões de mão
branca,
(Hylobates agilis)
Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório
Lobo cranial e lobo
caudal
(Nakakuki S,
Akiyoshi E;
1993
Macaco comedor
de caranguejo,
(Macaca
fascicularis)
Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório
Lobo cranial e lobo
caudal
(Nakakuki S,
Akiyoshi E;
1993
Chimpanzé (Pan troglodyte)
Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal
Lobo cranial e lobo
caudal
Nakakuki
Shoichi, 1992
Orangotango,
(Pomgo
pygmaeus)
Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal
Lobo cranial e lobo
caudal
Nakakuki S,
Akiyoshi E,
1991
24
Quando comparados com outras espécimes, a divisão lobar do Alouatta
belzebul, mostrou-se bastante similar em relação a disposição dos lobos em
mamíferos domésticos como canídeos, ovinos, bovinos, equídeos e suínos (Dyce et
al, 2010), (Cury et al, 2013) e animais silvestres como raposa (Cerdocyon thous)
(Dantas et al., 2014) o que difere para jaguatirica (Leopardus Pardalis) (Schuingues,
et al, 2017) (Tabela 3).
TABELA 3. Morfologia da divisão lobular dos pulmões de animais domésticos e silvestres.
LOBAÇÃO
ESPÉCIE PULMÃO
DIREITO
PULMÃO
ESQUERDO REFERÊNCIA
Bugios de mãos ruivas (Alouatta belzebul)
Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório
Lobo cranial e lobo
caudal
Referente
estudo
Jaguatirica
(Leopardus
Pardalis)
Lobo superior,
lobo médio,
lobo inferior
Lobo superior, lobo inferior
Schuingue et al,
2017
Raposa
(Cerdocyon
thous)
Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório
Lobo cranial e lobo
caudal
Dantas et al.,
2014
Canídeos,
felinos
domésticos e
suínos
Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório
Lobo cranial e lobo
caudal
Dyce; Sack;
Wensing, 2010
Equídeo
Lobo cranial, lobo médio, lobo caudal e lobo acessório
Lobo cranial e lobo caudal
Dyce; Sack; Wensing, 2010
25
Em todos os espécimes de Alouatta belzebul estudados, foi verificado que
houve uma bifurcação da traqueia em brônquios principais direito e esquerdo dorsal
na região mediastínica. O brônquio principal direito emitiu quatro ramos lobares
respectivamente direcionados para os lobos cranial, médio, caudal e acessório. Do
brônquio principal esquerdo emergiram dois ramos lobares, um para o lobo cranial e
outro para o lobo caudal. (FIGURA 12).
FIGURA 12. Vista ventral do pulmão do Alouatta belzebul. A - Evidencia- se os lobos, separados por fissuras; lobo cranial direito (LCRD), lobo médio (LMD), lobo caudal direito (LCD) e lobo acessório (LACD); lobo cranial esquerdo (LCRE), lobo caudal esquerdo (LCE). B – vista dorsal árvore brônquica e brônquios segmentares (BSegCRE) brônquio segmentar cranial esquerdo, (BSegCE) brônquio segmentar caudal esquerdo, (BSegCRd) brônquio segmentar cranial direito, (BSegMD) brônquio segmentar médio direito, (BSegCD) brônquio segmentar caudal direito e (BSegACD) brônquio segmentar acessório direito. (Barra: 1cm).
A segmentação broncopulmonar do Alouatta belzebul demonstrou ser muito
similar entre os espécimes estudados, ocorrendo pequenas variações entre os
indivíduos, se mostrando semelhante na lobação e divisão bronquial, como descrita
na (Tabela 4).
26
TABELA 4. Número de brônquios segmentares dos lobos dos pulmões de Alouatta belzebul.
IDENTIFICAÇÃO DO NÚMEROS DE SEGMENTOS
PULMÃO DIREITO
PULMÃO
ESQUERDO
Espécime Lobo
Cranial
Lobo
Médio
Lobo
Caudal
Lobo
Acessório
Lobo
Cranial
Lobo
Caudal
BM55623 3 2 5 2 3 5
BM55322 2 2 4 2 3 4
BM46182 3 2 5 2 3 4
BM91659 2 2 5 2 3 5
BM49402 3 2 5 2 3 4
BM70990 3 2 4 2 4 5
BM88397 3 2 4 2 4 5
MODA 3 2 5 2 3 5
A ramificação segmentar é semelhante ao descrito em Gibões de mão
branca, (Hylobates agilis) (Nakakuki e Akiyoshi 1993), em Gorila (Gorila gorila)
(Nakakuki e Akiyoshi 1991), Macaco comedor de caranguejo, (Macaca fascicularis)
(Nakakuki 1994), Sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus) (Falcão, et al. 2018).
Em todas espécies de primatas estudados não há variação muito grande na
quantidade de brônquios segmentares emitidos do brônquio lobar cranial direito,
exceto Chimpanzé (Pan troglodyte) (Nakakuki 1992) e Orangotango, (Pomgo
pygmaeus) (Nakakuki e Akiyoshi 1991), cuja a variação deriva por não apresentar
um lobo acessório.
27
CONCLUSÕES
De acordo com os resultados obtidos foi possível observar em Alouatta
belzebul, estruturas das vias respiratórias superiores como: cavidade nasal, faringe
subdividida em nasofaringe, orofaringe e laringofaringe e laringe, estrutura bastante
desenvolvida com um osso hioide proeminente. Observou-se nas vias respiratórias
inferiores a constituição da traquéia, pulmões, lobos e números de brônquios
segmentares, o qual mostrou-se bastante semelhantes quando comparados aos
primatas não humanos, como o macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus), macaco-prego
(Sapajus libidinosus), sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus), outros mamíferos
como a raposa (Cerdocyon thous). Em mamíferos domésticos como canídeos,
ovinos, bovinos e suínos observa-se alterações no tamanho da traqueia quando
comparado à animais silvestres e primatas, apresentando pouca variação entre
nestes espécimes. Foi observado lobação sem variação entre os espécimes,
apresentando no pulmão direito quatro lobos, pulmão esquerdo dois lobos e a
divisão segmentar apresenta pouca variação entre os espécimes. Estudos sobre
esse primata são de extrema relevância dos aspectos morfológicos para um melhor
diagnóstico de doenças relacionadas à cavidade nasal e oral, lesões de laringe,
traqueais e pulmonares, contribuindo na discussão sobre aspectos evolutivos e na
atuação clínica e/ou cirúrgica do médico veterinário.
28
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NOMENCLATURE. Nomina anatomica veterinaria. 6ª edição. Ithaca: Word
Association of Veterinary Anatomists, 2017. 160 p.
31
CONSIDERAÇÕES GERAIS
De acordo com os resultados obtidos foi possível observar em Alouatta
belzebul, estruturas das vias respiratórias superiores como: cavidade nasal, a
faringe subdividida em nasofaringe, orofaringe e laringofaringe e a laringe, estrutura
bastante desenvolvida com um osso hioide proeminente. Observou-se nas vias
respiratórias inferiores a constituição da traqueia, pulmões, lobos e números de
brônquios segmentares, o qual mostrou-se bastante semelhantes quando
comparados aos primatas não humanos, como o macaco-de-cheiro (Saimiri
sciureus), macaco-prego (Sapajus libidinosus), sagui-de-tufos-brancos (Callithrix
jacchus) e outros mamíferos como a raposa (Cerdocyon thous). Em mamíferos
domésticos como canídeos, ovinos, bovinos e suínos, obsevou-se alterações no
tamanho da traqueia quando comparado à animais silvestres e primatas,
apresentando pouca variação entre os espécimes. Foi observado lobação sem
variação entre os espécimes, apresentando no pulmão direito quatro lobos, pulmão
esquerdo dois lobos e a divisão segmentar apresenta pouca variação entre os
espécimes. Estudos futuros poderão complementar mais a pesquisa, acrescentando
histologia e comparação entre gêneros, servindo assim de subsídio para estudos
mais amplos da anatomia comparativa, bem como para o conhecimento acerca da
morfologia deste primata não-humano que é de extrema relevância dos aspectos
morfológicos, para um melhor diagnóstico de patologias relacionadas a cavidade
nasal e oral, lesões de laringe, traqueais e pulmonares, contribuindo na discussão
sobre aspectos evolutivos e na atuação clínica e/ou cirúrgica do médico veterinário.
32
ANEXOS
33
34
35
36
37
INSTRUÇÕES PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS
Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia
38
(Brazilian Journal of Veterinary and Animal Sciences)
Política Editorial
O periódico Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia (Brazilian Journal
of Veterinary and Animal Science), ISSN 1678-4162 (on-line), é editado pela
FEPMVZ Editora, CNPJ: 16.629.388/0001-24, e destina-se à publicação de artigos
científicos sobre temas de medicina veterinária, zootecnia, tecnologia e inspeção de
produtos de origem animal, aquacultura e áreas afins.
Os artigos encaminhados para publicação são submetidos à aprovação do Corpo
Editorial, com assessoria de especialistas da área (relatores). Os artigos cujos textos
necessitarem de revisões ou correções serão devolvidos aos autores. Os aceitos
para publicação tornam-se propriedade do Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária
e Zootecnia (ABMVZ) citado como Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.. Os autores são
responsáveis pelos conceitos e informações neles contidos. São imprescindíveis
originalidade, ineditismo e destinação exclusiva ao ABMVZ.
Reprodução de artigos publicados
A reprodução de qualquer artigo publicado é permitida desde que seja corretamente
referenciado. Não é consentido o uso comercial dos resultados.
A submissão e tramitação dos artigos é feita exclusivamente on-line, no endereço
eletrônico <http://mc04.manuscriptcentral.com/abmvz-scielo>.
Não serão fornecidas separatas. Os artigos encontram-se disponíveis no endereço
www.scielo.br/abmvz
Orientações Gerais
on-line do Scielo – ScholarOne, no endereço
http://mc04.manuscriptcentral.com/abmvz-scielo sendo necessário o cadastramento
no mesmo.
autores do processo de avaliação e de
publicação (autores, revisores e editores) será feita apenas de forma eletrônica pelo
Sistema, sendo que o autor responsável pelo artigo será informado automaticamente
por e-mail sobre qualquer mudança de status do mesmo.
solicitados pela equipe de editoração também devem ser enviados, em separado,
39
em arquivo com extensão JPG, em alta qualidade (mínimo 300dpi), zipado, inserido
em “Figure or Image” (Step 6).
-se de que
cada um dos autores tenha conhecimento e concorde com a inclusão de seu nome
no texto submetido.
cia
eletrônica, a participação no artigo. Caso um dos produtores do texto não concorde
em participar como autor, o artigo será considerado como desistência de um dos
autores e sua tramitação encerrada.
Comitê de Ética
É indispensável anexar cópia, em arquivo PDF, do Certificado de Aprovação do
Projeto da pesquisa que originou o artigo, expedido pelo CEUA (Comitê de Ética no
Uso de Animais) de sua Instituição, em atendimento à Lei 11794/2008. O documento
deve ser anexado em “Ethics Conmitee” (Step 6). Esclarecemos que o número do
Certificado de Aprovação do Projeto deve ser mencionado no campo Material e
Métodos.
Tipos de artigos aceitos para publicação:
Artigo científico
É o relato completo de um trabalho experimental. Baseia-se na premissa de que os
resultados são posteriores ao planejamento da pesquisa.
Seções do texto: Título (português e inglês), Autores e Afiliação (somente na “Title
Page” – Step 6), Resumo, Abstract, Introdução, Material e Métodos, Resultados,
Discussão (ou Resultados e Discussão), Conclusões, Agradecimentos (quando
houver) e Referências.
O número de páginas não deve exceder a 15, incluindo tabelas, figuras e
Referências.
O número de Referências não deve exceder a 30.
Relato de caso
Contempla principalmente as áreas médicas em que o resultado é anterior ao
interesse de sua divulgação ou a ocorrência dos resultados não é planejada.
40
Seções do texto: Título (português e inglês), Autores e Afiliação (somente na “Title
Page” - Step 6), Resumo, Abstract, Introdução, Casuística, Discussão e Conclusões
(quando pertinentes), Agradecimentos (quando houver) e Referências.
O número de páginas não deve exceder a dez, incluindo tabelas e figuras.
O número de Referências não deve exceder a 12.
Comunicação
É o relato sucinto de resultados parciais de um trabalho experimental digno de
publicação, embora insuficiente ou inconsistente para constituir um artigo científico.
Seções do texto:Título (português e inglês), Autores e Afiliação (somente na “Title
Page” - Step 6). Deve ser compacto, sem distinção das seções do texto
especificadas para “Artigo científico”, embora seguindo àquela ordem. Quando a
Comunicação for redigida em português deve conter um “Abstract” e quando
redigida em inglês deve conter um resumo.
O número de páginas não deve exceder a oito, incluindo tabelas e figuras.
O número de Referências não deve exceder a 12.
Preparação dos textos para publicação
Os artigos devem ser redigidos em português ou inglês na forma impessoal.
Formatação do texto
NÃO deve conter subitens em nenhuma das seções do artigo, deve ser
apresentado em arquivo Microsoft Word e anexado como “Main Document” (Step 6),
no formato A4, com margem de 3cm (superior, inferior, direita e esquerda), na fonte
Times New Roman, no tamanho 12 e no espaçamento de entrelinhas 1,5, em todas
as páginas e seções do artigo (do título às referências), com linhas numeradas.
obrigatoriamente, entre parêntesis no corpo do texto na seguinte ordem: nome do
produto, substância, empresa e país.
Seções de um artigo
Título. Em português e em inglês. Deve contemplar a essência do artigo e não
ultrapassar 50 palavras.
Autores e Afiliação. Os nomes dos autores são colocados abaixo do título, com
identificação da instituição a qual pertencem. O autor e o seu e-mail para
41
correspondência devem ser indicados com asterisco somente no “Title Page” (Step
6), em arquivo Word.
Resumo e Abstract. Deve ser o mesmo apresentado no cadastro contendo até
200 palavras em um só parágrafo. Não repetir o título e não acrescentar revisão de
literatura. Incluir os principais resultados numéricos, citando-os sem explicá-los,
quando for o caso. Cada frase deve conter uma informação completa.
Palavras-chave e Keywords. No máximo cinco e no mínimo duas*.
* na submissão usar somente o Keyword (Step 2) e no corpo do artigo constar tanto
keyword (inglês) quanto palavra-chave (português), independente do idioma em que
o artigo for submetido.
Introdução. Explanação concisa na qual os problemas serão estabelecidos , bem
como a pertinência, a relevância e os objetivos do trabalho. Deve conter poucas
referências, o suficiente para balizá-la.
Material e Métodos. Citar o desenho experimental, o material envolvido, a
descrição dos métodos usados ou referenciar corretamente os métodos já
publicados. Nos trabalhos que envolvam animais e/ou organismos geneticamente
modificados deverão constar obrigatoriamente o número do Certificado de
Aprovação do CEUA. (verificar o Item Comitê de Ética).
Resultados. Apresentar clara e objetivamente os resultados encontrados.
Tabela. Conjunto de dados alfanuméricos ordenados em linhas e colunas. Usar
linhas horizontais na separação dos cabeçalhos e no final da tabela. O título da
tabela recebe inicialmente a palavra Tabela, seguida pelo número de ordem em
algarismo arábico e ponto (ex.: Tabela 1.). No texto, a tabela deve ser referida como
Tab seguida de ponto e do número de ordem (ex.: Tab. 1), mesmo quando referir-se
a várias tabelas (ex.: Tab. 1, 2 e 3). Pode ser apresentada em espaçamento simples
e fonte de tamanho menor que 12 (o menor tamanho aceito é oito). A legenda da
Tabela deve conter apenas o indispensável para o seu entendimento. As tabelas
devem ser obrigatoriamente inseridas no corpo do texto de preferência após a sua
primeira citação.
42
Figura. Compreende qualquer ilustração que apresente linhas e pontos: desenho,
fotografia, gráfico, fluxograma, esquema etc. A legenda recebe inicialmente a
palavra Figura, seguida do número de ordem em algarismo arábico e ponto (ex.:
Figura 1.) e é citada no texto como Fig seguida de ponto e do número de ordem (ex.:
Fig.1), mesmo se citar mais de uma figura (ex.: Fig. 1, 2 e 3). Além de inseridas no
corpo do texto, fotografias e desenhos devem também ser enviados no formato JPG
com alta qualidade, em um arquivo zipado, anexado no campo próprio de
submissão, na tela de registro do artigo. As figuras devem ser obrigatoriamente
inseridas no corpo do texto de preferência após a sua primeira citação.
Nota:
a tabela e/ou figura que já tenha sido publicada deve conter, abaixo da
legenda, informação sobre a fonte (autor, autorização de uso, data) e a
correspondente referência deve figurar nas Referências.
Discussão. Discutir somente os resultados obtidos no trabalho. (Obs.: As seções
Resultados e Discussão poderão ser apresentadas em conjunto a juízo do autor,
sem prejudicar qualquer uma das partes).
Conclusões. As conclusões devem apoiar-se nos resultados da pesquisa
executada e serem apresentadas de forma objetiva, SEM revisão de literatura,
discussão, repetição de resultados e especulações.
Agradecimentos. Não obrigatório. Devem ser concisamente expressados.
Referências. As referências devem ser relacionadas em ordem alfabética, dando-
se preferência a artigos publicados em revistas nacionais e internacionais,
indexadas. Livros e teses devem ser referenciados o mínimo possível, portanto,
somente quando indispensáveis. São adotadas as normas gerais da ABNT,
adaptadas para o ABMVZ, conforme exemplos:
Como referenciar:
1. Citações no texto
sequência do texto, conforme exemplos:
43
Anuário... (1987/88);
974) ou Lopes e Moreno (1974);
et al., 1979) ou Ferguson et al. (1979);
et al. (1979) ou
(Dunne, 1967; Silva, 1971; Ferguson et al., 1979), sempre em ordem cronológica
ascendente e alfabética de autores para artigos do mesmo ano.
Citação de citação. Todo esforço deve ser empreendido para se consultar o
documento original. Em situações excepcionais pode-se reproduzir a informação já
citada por outros autores. No texto, citar o sobrenome do autor do documento não
consultado com o ano de publicação, seguido da expressão citado por e o
sobrenome do autor e ano do documento consultado. Nas Referências deve-se
incluir apenas a fonte consultada.
Comunicação pessoal. Não faz parte das Referências. Na citação coloca-se o
sobrenome do autor, a data da comunicação, nome da Instituição à qual o autor é
vinculado.
2. Periódicos (até quatro autores citar todos. Acima de quatro autores citar três
autores et al.):
ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL. v.48, p.351, 1987-88.
FERGUSON, J.A.; REEVES, W.C.; HARDY, J.L. Studies on immunity to
alphaviruses in foals. Am. J. Vet. Res., v.40, p.5-10, 1979.
HOLENWEGER, J.A.; TAGLE, R.; WASERMAN, A. et al. Anestesia general del
canino. Not. Med. Vet., n.1, p.13-20, 1984.
3. Publicação avulsa (até quatro autores citar todos. Acima de quatro autores citar
três autores et al.):
DUNNE, H.W. (Ed). Enfermedades del cerdo. México: UTEHA, 1967. 981p.
LOPES, C.A.M.; MORENO, G. Aspectos bacteriológicos de ostras, mariscos e
mexilhões. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINÁRIA, 14.,
1974, São Paulo. Anais... São Paulo: [s.n.] 1974. p.97. (Resumo).
44
MORRIL, C.C. Infecciones por clostridios. In: DUNNE, H.W. (Ed). Enfermedades del
cerdo. México: UTEHA, 1967. p.400-415.
NUTRIENT requirements of swine. 6a ed. Washington: National Academy of
Sciences, 1968. 69p.
SOUZA, C.F.A. Produtividade, qualidade e rendimentos de carcaça e de carne em
bovinos de corte. 1999. 44f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) –
Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
4. Documentos eletrônicos (até quatro autores citar todos. Acima de quatro
autores citar três autores et al.):
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American Veterinary Medical College, 1995. Disponível em: <http://www.
org/critca16.htm>. Acessado em: 27 abr. 2000.
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RelatedArticles/>. Acessado em: 5 dez. 1994.
Taxas de submissão e de publicação:
SOMENTE PARA ARTIGOS NACIONAIS
Taxa de submissão: A taxa de submissão de R$60,00 deverá ser paga por meio
de boleto bancário emitido pelo sistema eletrônico do Conveniar
http://conveniar.fepmvz.com.br/eventos/#servicos (necessário preencher
cadastro). Somente artigos com taxa paga de submissão serão avaliados.
Caso a taxa não seja quitada em até 30 dias será considerado como desistência do
autor.
Taxa de publicação: A taxa de publicação de R$150,00 por página, por ocasião
da prova final do artigo. A taxa de publicação deverá ser paga por meio de depósito
bancário, cujos dados serão fornecidos na aprovação do artigo.
OBS.: Quando os dados para a nota fiscal forem diferentes dos dados do autor
de contato deve ser enviado um e-mail para [email protected]
comunicando tal necessidade.
SOMENTE PARA ARTIGOS INTERNACIONAIS
45
Submission and Publication fee. The publication fee is of US$100,00 (one
hundred dollars) per page, and US$50,00 (fifty dollars) for manuscript submission
and will be billed to the corresponding author at the final proof of the article. The
publication fee must be paid through a bank slip issued by the electronic article
submission system. When requesting the bank slip the author will inform the data to
be intle invoice issuance.
Recursos e diligências:
documento de recurso o mesmo deverá ser anexado em arquivo Word, no item
“Justification” (Step 6), e também enviado por e-mail, aos cuidados do Comitê
Editorial, para [email protected].
so o
mesmo deve ser feito pelo e-mail [email protected]
PASSO A PASSO – SISTEMA DE SUBMISSÃO DE ARTIGOS POR INTERMÉDIO
DO SCHOLARONE
Step 1
Em “Type” marcar a opção se o artigo é (conforme orientações das “Instruções para
Submissão de Artigos”):
1) Original
2) Short Communication
3) Case Report.
Em “Title” digitar o título com até 50 palavras. Se o artigo for submetido em
português ou em inglês o título sempre deve ser em inglês no momento de cadastrá-
lo no ScholarOne;
Em “Abstract” usar até 200 palavras (em inglês).
Step 2
Em “Keyword” incluir no mínimo duas palavras-chaves e no máximo cinco. Se o
artigo for submetido em português ou em inglês o keyword deve ser em inglês.
Step 3
46
Em “Agent Question” marcar a opção que se adequar à sua submissão (author or
submitting agent);
Em “Selected Authors” incluir os autores participantes e ordená-los.
Step 4
Destinada para indicar os revisores preferenciais e não preferências.
Step 5
Verificar todas as opções que exigem preenchimento.
Step 6
Este é o momento em que os arquivos serão anexados. É indispensável a leitura
das Instruções para Submissão, pois nelas estão todas as orientações quanto
à formatação do texto.
1) “Main Document”: é o arquivo principal, que deve ser submetido em Word, sem
dados dos autores e das suas instituições. Seguir a formatação indicada nas
“Instruções para Submissão de Artigos”;
2) “Figure or Image”: para envio de figuras ou imagens se solicitadas pela equipe de
editoração;
3) “Title Page”: deve ser anexada à primeira página do artigo, em arquivo Word,
contendo título, autores e respectivas instituições;
4) “Ethics Commitee”(CEUA): deve ser anexado em arquivo PDF o Certificado de
Aprovação do Comitê de Ética (quando aplicável);
5) “Justification”: para envio de justificativas, comprovantes etc., quando solicitados.
6) “Payment Receipt” – para anexar o comprovante de pagamento da taxa de
submissão.
Fazer o upload de cada um deles.
Step 7
Conferir os passos, abrir o “view proof” e clicar em “submit.