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    IntroduotecnologIadeleItee

    derIvados

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    Universidade Estadual do Centro-Oeste

    Guarapuava - Irati - Paran - Brasil

    www.unicentro.br

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    Jos Raniere Mazile Vidal Bezerra

    Maurcio Rigo

    Melissa dos Santos Raymundo

    Reinaldo Gaspar Bastos

    IntroduotecnologIadeleItee

    derIvados

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    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

    UNICENTRO

    Reitor:Vitor Hugo Zanette

    Vice-Reitor: Aldo Nelson Bona

    Copyright 2010 Editora UNICENTRONota: O contedo desta obra de exclusiva responsabilidade de seus autores.

    Editora UNICENTRO

    Direo: Beatriz Anselmo Olinto

    Assessoria Tcnica: Andra do Rio Alvares,

    Waldemar Feller, Carlos de Bortoli, Oseias

    de Oliveira, Ruth Rieth Leonhardt, Eduardo

    Alexandre Santos de Oliveira

    Diviso de Editorao: Renata Daletese

    Distribuio e Divulgao: Thiago

    Cancelier Dias

    Seo de Reviso Lingustica: DalilaDalila

    Oliva de Lima Oliveira

    Diagramadores: Anna Jlia Peccinelli

    Minieri, Eduardo A. Santos de Oliveira,

    Josiane Ferreira, Lucas Casarini, Marcio

    Fraga de Oliveira

    Diagramao: Andra do Rio Alvares

    Capa: Lucas Gomes Thimteo

    Impresso: Grfca UNICENTRO

    Conselho Editorial

    Presidente: Mrio Takao Inoue

    Beatriz Anselmo Olinto

    Carlo Alberto Maral Gonzaga

    Carlos de Bortoli

    Cristina Fujinaga

    Hlio Sochodolak

    Ivan de Souza DutraJeanette Beber de Souza

    Jorge Luiz Favaro

    Luiz Gilberto Bertotti

    Maria Jos de Paula Castanho

    Mrcio Ronaldo Santos Fernandes

    Mauricio Rigo

    Rosanna Rita Silva

    Ruth Rieth Leonhardt

    Sidnei Osmar Jadoski

    Ficha Catalogrfca

    Catalogao na Publicao

    Regiane de Souza Martins -CRB9/1372

    Biblioteca Central Campus Guarapuava

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    PrefcIo

    Esta mais uma obra do Proessor Doutor

    Raniere Vidal e, como as anteriores, apresenta um

    contedo de conhecimentos desenvolvidos pelos seus

    estudos e amadurecidos pelos longos anos de prtica.

    O Proessor Raniere Vidal ormou-se em Engenharia

    de Alimentos pela Universidade Federal do Cear,

    em Fortaleza, e expandiu seus estudos e ormao na

    Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP, onde

    conquistou o mestrado e o doutorado em Engenharia

    de Alimentos. Terminada sua ormao, desenvolve

    uma brilhante carreira acadmica junto Universidade

    Estadual do Centro-Oeste-UNICENTRO, no Paran,

    campus de Guarapuava. Sua atuao no departamento

    de Engenharia de Alimentos, tem incentivado os

    jovens estudantes de vrias reas ligadas ao tema

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    Alimentos, a seguirem uma carreira que tem grande

    demanda no Brasil. Alm de seus alunos regulares da

    Universidade, oerece continuamente treinamento

    tcnico a produtores e a operadores, na rea de

    Tecnologia de Alimentos, ajudando a melhorar o nvel

    de conhecimento e, consequentemente, de qualidade

    e rentabilidade do setor. Nesta obra, em que trata da

    Tecnologia do Leite, de maneira prounda sem deixar

    de ser prtica e objetiva, o Proessor Raniere Vidal

    aborda as propriedades da matria prima e apresenta

    as aplicaes tecnolgicas mais importantes, levando

    ao leitor o conhecimento undamental de prticas de

    aplicao tecnolgica. Esta , sem dvida, mais uma obra

    para ser utilizada amplamente no somente pelos alunos

    dos cursos regulares que se iniciam no conhecimento daTecnologia do Leite, mas tambm, pelos prossionais

    que atuam diretamente com essa matria prima e seus

    derivados.

    Pro. Dr. Carlos Alberto Gasparetto

    Departamento de Engenharia de Alimentos UNICAMPDepartamento de Engenharia Mecnica FACENS

    Sorocaba - SP

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    APresentao

    O principal propsito deste livro o de induzir oestudante de Engenharia de Alimentos, Tecnologia de

    Alimentos, nutrio e outras reas ans, a entender al-

    guns tpicos reerentes Tecnologia de Leites e Deri-

    vados. Procuramos tratar o assunto sob trs aspectos:

    primeiro, como veculo para o conhecimento dos concei-

    tos bsicos que envolvem o processamento de leites ederivados; segundo, como material de consulta tcnica

    para aqueles que pretendem trabalhar diretamente na

    produo desses produtos e, nalmente, como material

    de apoio para aulas prticas e tericas em laboratrios e

    usinas de processamento de leite.

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    Os assuntos so apresentados segundo uma se-

    quncia pedaggica e envolvem uma introduo e breve

    histrico sobre a cadeia produtiva do leite no cenrio

    nacional e internacional. Um captulo oi dedicado ao

    controle de qualidade do leite como matria-prima da

    indstria de alimentos. Os principais produtos derivados

    do leite receberam captulos isoladamente.

    Entendemos que a Tecnologia de Leite e Deriva-dos, por envolver conhecimentos de reologia, bioqumica,

    sico-qumica, engenharia de alimentos e legislao, so-

    mente ser adequadamente compreendida e assimilada

    pelos estudantes e pblico em geral, com a eetiva parti-

    cipao em aulas prticas, tanto de controle de qualida-

    de quanto em usinas pilotos de processamento de leite.

    Uma vista de olhos no sumrio mostrar que os

    tpicos estudados neste livro incluem as tecnologias es-

    peccas para os principais produtos derivados do leite

    juntamente com todos os conceitos bsicos relacionados.

    Os autores deste livro so Engenheiros de Ali-

    mentos e proessores do curso de Engenharia de Ali-mentos da UNICENTRO e com essa obra almeja-se con-

    tribuir com a disponibilizao de material didtico de

    cil acesso sobre tecnologia de leites e derivados aos

    seus acadmicos.

    Melissa dos Santos Raymundo

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    sumrIo

    Captulo 1 - IntroduoebrevehIstrICo ..............15

    Reinaldo Gaspar Bastos e Jos Raniere Mazile Vidal Bezerra

    Captulo 2 IndustrIalIzaodoleIte ...................25

    Jos Raniere Mazile Vidal Bezerra

    2.1 Denio .....................................................27

    2.2 Transporte ................................................ 28

    2.3 Recepo ....................................................292.4 Resriamento ..............................................30

    2.5 Pesagem e classicao ..............................31

    2.6 Filtrao e claricao .................................32

    2.7 Pasteurizao .............................................34

    2.8 Armazenamento .........................................37

    2.9 Empacotamento ..........................................382.10 Classicao do leite pasteurizado .............38

    2.11 Leite Longa Vida (UHT) ...............................40

    2.12 Embalagens do Leite Longa Vida ...............42

    refernCIas .........................................................43

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    Captulo 3 Controlede QualIdadedo leIte ........45

    Jos Raniere Mazile Vidal Bezerra

    3.1 Controle de Qualidade do leite fuido durantea obteno higinica ...........................................47

    3.2 Controle de Qualidade do leite fuido antes edurante processamento ....................................49

    refernCIas ................................................... 73

    Captulo 4 teCnologIade leItes ConCentrados .. 75

    Melissa dos Santos Raymundo

    4.1 Introduo .................................................... 77

    4.2 Classicao do leite em p ........................ 79

    4.3 Produo de leite em p ............................. 81

    4.4 Mtodos para secagem do leite .................. 83

    4.5 Processamento do leite em p .................... 94

    4.6 Embalagem e armazenamento do leite em p .. 97

    4.7 Valor nutricional do leite em p ................. 98

    refernCIas ......................................................... 100

    Captulo 5 teCnologIado Iogurte................... 101

    Maurcio Rigo

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    5.1 Introduo .................................................. 103

    5.2 Denio de iogurte .................................. 107

    5.3 Caractersticas uncionais do Iogurte......... 108

    5.4 Tipos de iogurtes ...................................... 109

    5.4 Classicao de leites ermentados segundo a

    Legislao ......................................................... 111

    5.5 Aspectos microbiolgicos da produo de

    iogurte .............................................................. 113

    5.6 Composio dos iogurtes ......................... 114

    5.7 Etapas do processamento de iogurte ....... 116

    5.8 Roteiros de aulas prticas para obteno deiogurte ............................................................. 123

    5.9 Alguns deeitos no leite que impedem seu uso

    na abricao de iogurtes ................................ 128

    refernCIas ......................................................... 129

    Captulo 6 teCnologIada ManteIga ................ 131

    Mauricio Rigo

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    6.1 Introduo ................................................. 1336.2 Consumo de manteiga .............................. 136

    6.3 Processamento da manteiga ..................... 137

    6.4 Composio e especicaes da manteiga 140

    refernCIas ..........................................................141

    Captulo 7 teCnologIado QueIjo.....................143

    Mauricio Rigo

    7.1 Introduo .....................................................145

    7.2 Etapas do processamento de queijos ...........147

    7.3 Tecnologia de abricao dos queijos minasmaturado e rescal.160

    7.4 Tecnologia de abricao do queijo mussarela .169

    refernCIas .......................................................175

    Captulo teCnologIadeleItesConCentrados ..177

    Melissa dos Santos Raymundo

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    13

    8.1 Introduo .....................................................179

    8.2 Leite concentrado..........................................180

    8.3 Leite evaporado ............................................185

    8.4 Requisitos para o leite utilizado na elaborao

    dos leites concentrados .......................................191

    8.6 Embalagem para.leites.concentrados.192

    refernCIas .......................................................192

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    1Introduoe

    brevehIstrIcoReinaldo Gaspar Bastos e Jos Raniere Mazile

    Vidal Bezerra

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    Leite um lquido de cor branca, de odor suave

    e sabor adocicado. produzido pela glndula mamria

    das meas dos mameros para alimentar as suas crias.

    Conorme a espcie de mamero considerada, pode-se

    encontrar desde as glndulas mameras mais rudimen-

    tares at as mais altamente desenvolvidas, como as das

    vacas. O Regulamento de Inspeo Industrial e Sanitria

    de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), em seu artigo

    475, dene leite como:

    Entende-se por leite, sem outra especicao, oproduto oriundo da ordenha completa, ininterrupta,

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    cloretos e seu aroma tpico, bastante suave e est re-

    lacionado ao teor de cido ctrico (citratos). Tanto o sa-

    bor quanto o aroma do leite dependem principalmente

    de sua composio qumica, entretanto outros atores,

    determinados por condies ambientais as quais o leite

    pode estar exposto, tero infuncia marcante sobre o

    aroma e sabor. Estes atores so principalmente: absor-

    o de odores estranhos e ao de microrganismos (de-

    compondo certos constituintes do leite).

    A composio de leites procedentes de dieren-

    tes espcies animais, ou mesmo para animais de mesma

    espcie, mas de raas distintas, varia de maneira signi-

    cativa. A composio centesimal mdia de leite fuido de

    vaca apresentada na tabela 1.

    tabela 1. CoMposIo CentesIMal MdIa do leIte devaCafluIdo

    Componente Concentrao (%)

    gua 87

    Gordura 4

    Lactose 4,8

    Protenas 3,5

    Sais minerais 0,7

    Fonte: Ordonz et al. (2005)

    Dierentes atores infuenciam a composio qu-

    mica do leite, entre eles:

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    A raa do animal, que ir aetar principalmente

    os teores de gordura e protena do leite;

    A porcentagem de gordura do leite varia entre

    dierentes ordenhas;

    Animais que executam trabalhos intensos

    proporcionam menor rendimento da produo

    de leite;

    Os dierentes quartos do bere promovem

    variao: o bere dividido em quatro cmaras,

    a produo e a composio podem variar entre

    os quartos;

    O perodo de lactao aeta a composio do

    leite;

    As estaes do ano exercem infuncia sobre a

    composio; Os alimentos e seus respectivos nveis nutricionais

    ingeridos pelo animal tambm infuenciam na

    composio do leite;

    A temperatura ambiente pode promover

    variaes ora da aixa entre -1C e 23C;

    A sanidade do animal e a idade do animal.Na tabela 2 so apresentados alguns valores m-

    dios para composio centesimal do leite de dierentes

    mameros.

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    tabela 2. CoMposIo CentesIMal MdIa do leIte dealguMasespCIesdeMaMferos

    gordura protenas lactose Extrato seco

    ovelha 6,3 5,5 4,6 17,3vaca 3,5 3,1 5,0 13,3cabra 4,1 4,2 4,6 13,7bfala 6,7 4,5 16,8mulher 4,5 1,1 6,8 12,6

    Fonte: Ordez et al. (2005).

    O homem aproveita o leite de vaca e de outros

    mameros para alimentar-se na orma in natura ou para

    elaborar produtos, como o queijo, a manteiga, o doce

    de leite, iogurte entre outros. O leite uma mistura de

    substncias diversas, protenas, minerais, gua, lipdios,

    enzimas, vitaminas, glicdios, entre outras (ver p. 27).

    1.2 produoMundIaldeleIte

    A produo mundial total de leite (soma de to-

    dos os tipos de animais) em 2007 oi de 671 bilhes de

    litros. Deste total, a produo de leite de vaca atingiu

    560 bilhes de litros, seguida pela produo de leite debala de 85 bilhes de litros de leite, 15 bilhes de litros

    leite de cabra, 9 bilhes de litros de leite de ovelha e 1,5

    bilhes de litros de leite de camela. (FAO, 2007).

    O Brasil o sexto maior produtor mundial de lei-

    te de vaca, atrs dos Estados Unidos, ndia, China, Rs-

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    sia e Alemanha, segundo os dados estimados pela FAO

    para o ano de 2006. Segundo dados do IBGE, o Brasil

    apresentou produo de leite de vaca de 25,4 bilhes

    de litros no ano de 2006, 3,2% superior quela obtida

    em 2005.

    A Regio Sudeste a maior produtora nacional

    de leite, concentrando 38,4% do produto. Em seguida

    vem a Regio Sul com 27,7%. A Regio Norte do Pas

    possua em 2005 uma participao de 2,5% e a Regio

    Centro-Oeste, 1,5%. Minas Gerais o estado que detm

    a maior produo de leite no Brasil, equivalente a 7,1

    bilhes de litros em 2006 (IBGE, 2006).

    A produo de leite de bala gira em torno de

    10,5% de todo o leite produzido no mundo. Desse mon-

    tante, 92,12% so produzidos na ndia, China e Paquis-to, que possuem aproximadamente 78% da populao

    mundial de balos. O continente asitico responsvel

    por 96% da produo mundial de leite de bala, com

    destaque para a ndia, onde 55% do leite produzido de

    bala (FAO, 2007).

    De acordo com estudos realizados, o rebanhobubalino no Brasil tem aumentado cerca de 12,7% ao

    ano, mostrando ser uma alternativa pecuria tradicio-

    nal, principalmente devido a sua alta rusticidade e adap-

    tabilidade s condies do pas. Na Amrica, o Brasil o

    principal criador de balos (TEIXEIRA, BASTIANETTO e

    OLIVEIRA, 2005).

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    De acordo com os dados da FAO (2007), a pro-

    duo mundial de leite de vaca est distribuda conor-

    me mostrado nas guras 1 e 2.

    fIgura 1. partICIpaonaproduoMundIaldeleItedevaCaporregIodoplaneta. produoeM 2006

    Fonte: FAO, 2007

    fIgura 2. partICIpaonaproduoMundIaldeleItedevaCaporregIodoplaneta. projeopara 2010

    Fonte: FAO, 2007

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    refernCIas

    TEIXEIRA, Llian Viana; BASTIANETTO, Eduardo; OLIVEI-

    RA, Denise A. A. Revista Brasileira de Reproduo Ani-

    mal. Belo Horizonte, v.29, n.2, p.96-100, abril/jun. 2005.

    Disponvel em . Acesso em 23 mai.

    2007.

    ORDEZ et al.Tecnologia de Alimentos.Volume 2. Ali-

    mentos de Origem Animal. Arimed, 2005, 163p.

    Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto Insti-

    tuto Brasileiro de Geografa e Estatstica IBGE Produo

    da Pecuria Municipalvolume 34 2006 Brasil ISSN 0101.

    FAO (FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF

    THE UNITED NATIONS). FAOSTAT database, 2007. Dis-

    ponvel em Acesso em 23 mai

    2007.