radio comunitária: um exercício de cidadania?

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Taubaté - SP / Brasil Novembro Ano I N° 03 Grupo de Pesquisa e Produção em Multimídia Rádios comunitárias: o que são e para quem são A legislação para rádios comunitárias ISSN 1983-8476 Entrevista com Gilberto Rodrigues da Silva Saiba como enviar artigos científicos para a Revista GRUPPEM Grupo de Pesquisa e Produção em Multimídia GRUPPEM Revista Rádios comunitárias: um exercício de cidadania? Rádios comunitárias: um exercício de cidadania? 3° Encontro de Rádio com o tema “informação em tempo de Internet” Iniciações científicas sobre rádios comunitárias Revista de Divulgação Científica do Grupo de Pesquisa e Produção em Multimídia do Curso de Jornalismo do Departamento de Comunicação Social da Universidade de Taubaté

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Edição 3. Revista de Divulgação Científica do Grupo de Pesquisa e Produção em Multimídia do Departamento de Comunicação Social da Universidade de Taubaté. Tema: Rádio Internet: um exercício de cidadania?

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Page 1: Radio Comunitária: um exercício de cidadania?

Taubaté - SP / Brasil Novembro Ano I N° 03

Grupo de Pesquisa e Produção em Multimídia

Rádios comunitárias: o que são e paraquem são

A legislação para rádios comunitárias

ISSN 1983-8476

Entrevista com Gilberto Rodrigues daSilva

Saiba como enviar artigos científicospara a Revista GRUPPEM

Grupo de Pesquisa e Produção em Multimídia

GRUP

PEM

Revista

Rádios comunitárias:um exercício de cidadania?Rádios comunitárias:um exercício de cidadania?

3° Encontro de Rádio com o tema“informação em tempo de Internet”

Iniciações científicas sobre rádioscomunitárias

Revista de Divulgação Científica do Grupo de Pesquisa e Produção em Multimídia do Cursode Jornalismo do Departamento de Comunicação Social da Universidade de Taubaté

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Rádios comunitárias: um exercício de cidadania?Rádios comunitárias: um exercício de cidadania?Rádios comunitárias: um exercício de cidadania?Rádios comunitárias: um exercício de cidadania?Rádios comunitárias: um exercício de cidadania?

Revista GRUPPEMRevista GRUPPEMRevista GRUPPEMRevista GRUPPEMRevista GRUPPEM Novembro de 2008Novembro de 2008Novembro de 2008Novembro de 2008Novembro de 2008

Editorial Expediente

Administração SuperiorReitoraProfa. Dra. Maria Lucila Junqueira BarbosaVice-reitorProf. Dr. José Rui CamargoPró-reitor de AdministraçãoProf. Dr. Francisco José GrandinettiPró-reitora de Economia e FinançasProfa. Ms. Marisa de Moura MarquesPró-reitor EstudantilProf. Ms. Armando Antonio Monteiro de CastroPró-reitora de Extensão e Relações ComunitáriasProfa. Dra. Ana Aparecida da Silva AlmeidaPró-reitora de GraduaçãoProfa. Ms. Mara Cristina Bicudo de SouzaPró-reitor de Pesquisa e Pós-graduaçãoProf. Dr. José Roberto Cortelli

Departamento de Comunicação SocialChefe do DepartamentoProf. Ms. Marcelo Tadeu dos Reis PimentelCoordenador do Curso de JornalismoProf. Ms. Maurílio do Prado Láua

Conselho editorialProf. Dr. Robson Bastos da SilvaProfa. Ms. Débora BuriniProf. Ms. Gerson Mario de Abreu FariasProf. Ms. Jefferson José Ribeiro de MouraProf. Ms. Lourival da Cruz Galvão JúniorProf. Ms. Maurílio do Prado LáuaProf. Ms. Robson Luiz MonteiroProfa. Especialista Adriana Rabelo Rodrigues Marcelo

EditorProf. Ms. Gerson Mario de Abreu Farias

RevisãoProf. Ms. Jefferson José Ribeiro de Moura

ColaboradoresBruno Castilho - 2° JO B noturnoCarolina Girotto Ochoa - 2° JO B noturnoFernanda Rocha - 1° JO matutinoPedro Almeida - 1° JO matutino

ArteJonas Barbetta - 1° JO matutino

Gerência do BlogCarolina Girotto Ochoa - 2° JOB noturnoGerson Mario de Abreu Farias

ContatoE-mail:[email protected]ço: Av. Prof. Walther Thaumaturgo, 700Centro - Taubaté / SP CEP: 12030-030

Índice

__________________________________3

_________________________________ 4

_______________________________________11

Normas para elaboração e envio de artigospara a Revista GRUPPEM__________________________________15

Matéria

Matéria

Entrevista

Envio de Artigos

2

A terceira edição da Revista GRUPPEM propõediscutir o papel das rádios comunitárias existentes emnossa região. Mais que isso promover o debate sobrea atuação dessas emissoras dentro da sociedade.Uma rádio comunitária de acordo com a legislação tempor objetivo criar um canal de comunicação de umacomunidade para com ela mesma. Uma oportunidadepara que os moradores possam encontrar caminhospara a resolução dos problemas existentes em umbairro. Mas será que essas rádios conseguem criaresse vinculo com os moradores?Muitas sobrevivem de favores, pessoas voluntárias quepor vezes não conseguem colocar na prática a realcaracterística das rádios comunitárias. Será umdesinteresse da própria comunidade?A programação das rádios comunitárias, em boa parte,se assemelha ao das rádios comerciais, tanto na formacomo no conteúdo. Profissionais de rádio que atuamna programação diminuiriam a participação dacomunidade local onde a emissora está instalada?Portanto a nossa proposta é debater essas relaçõesdas emissoras com a comunidade e até que pontoinibe ou potencializa a participação dos moradores.“Rádios comunitárias: um exercício de cidadania” é otema discutido na nessa edição da Revista GRUPPEM.Esperamos sua participação para trocarmosexperiências e socializarmos o conhecimento.

Rádios comunitárias: o que são e para quemsão

3º Encontro de RádioMatéria Especial

A Legislação para rádios comunitárias

Gilberto Rodrigues da Silva

A atuação das rádios comunitárias naregião do Vale do Paraíba

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Iniciação Científica_________________________________13

Iniciação Científica

A linguagem na rádio comunitária e sua realinteração com o ouvinte_________________________________14

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Matéria

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Rádios comunitárias: o que sãoe para quem são

Pedro Almeida

O rádio foi o primeiro veículo decomunicação de amploalcance. Diferente do jornal, quedemorava no mínimo 24 horaspara chegar até o leitor, aradiodifusão possibilitava aoouvinte ser informadorapidamente. Atualmente,existem no Brasil mais de 2890rádios comunitárias, entre as6900 que veiculam músicas einformações diariamente nopaís.A rádio comunitária écaracterizada por oferecer àcomunidade um canal decomunicação dirigido ediferenciado, para isso, utiliza alinguagem particular dacomunidade que pertence ebuscam oferecer interatividade,manifestações culturais ediscussão de temas que afetamdiretamente os ouvintes.“A rádio comunitária é umespaço democrático, além deser um espaço que osmembros da comunidade têmpara debater livremente o queeles pensam sobre váriosassuntos em vários aspectos,seja esse social, cultural,político, econômico” analisa aprofessora, Adriana Rodrigues,que acredita que implantarrádios comunitárias estimula aformação de senso crítico naspessoas.Ajudar no desenvolvimento localpor meio da divulgação deeventos culturais, sociais,comunitários e de utilidadepública são alguns dosobjetivos das rádioscomunitárias. Essas emissoras

atuam em freqüência modulada,FM, e são operadas em baixapotência, resultando em umacobertura restrita, pois sãocanais dedicadosexclusivamente aos interesseslocais.A comunidade interessada empossuir uma rádio comunitáriadeve encaminhar para oMinistério das Comunicaçõesuma demonstração deinteresse e depois aguardar quea habilitação seja publicada no“Diário Oficial da União”. Essaconcessão, cedida apenas parafundações e as associaçõescomunitárias sem finslucrativos, vale por 10 anos epermite que a transmissão sejafeita até 1km a partir da antenatransmissora.A programação das rádioscomunitárias deve ser aberta àcomunidade, sem discriminaras pessoas por raça, credo,sexo, convicções político-partidárias e condições sociais,devem estimular a participaçãodos membros da comunidadee difundir notícias de interesselocal, além de respeitar osvalores éticos e sociais dafamília e da pessoa e oferecerigual espaço de participação àsdiversas partes envolvidas emqualquer assunto polêmico.Por ser uma instituição sem finslucrativos, não existe apossibilidade de contrato detrabalho e/ou prestação deserviço como ocorre nas rádioscomercial, desse modo quemcompõem o quadro defuncionários das rádios

comunitárias é a própriacomunidade, por meio dovoluntariado, porém, atualmentenão é isso que se presencia nasemissoras comunitárias.“Quando trabalhei na rádiocomunitária, o contato com acomunidade era muitoimportante e, por isso, eranecessária aquela interação,porque a rádio era feita para elese sem eles não há sentido emser comunitária, porque a faltade voluntários e de participaçãoda comunidade prejudicam obom funcionamento da rádio”,explica Rafael Ramos, quedurante dois anos foi voluntáriona Rádio Liberdade, emTaubaté.“É necessário que as escolastrabalhem a necessidade daparticipação popular, a partir domomento que o cidadão, desdepequeno, passa a entender aimportância da atuação popularem todos os movimentoscomunitários e inclusive nosmeios de comunicaçãocomunitários, as rádioscomunitárias terão um futuropositivo pela frente”, acreditaAdriana.Atualmente, algumas rádioscomunitárias permitem queestudantes de ComunicaçãoSocial participem ativamente daprogramação das rádios, o que,muitas vezes, inibe acriatividade e a participação dacomunidade, que por ver futurosprofissionais da área atuandopassam a acreditar que aprogramação da emissora nãopossa ser feita pela populaçãoatingida pela comunidade.

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Matéria

Novembro de 2008Novembro de 2008Novembro de 2008Novembro de 2008Novembro de 2008

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A Legislação para rádioscomunitárias

Com a criação da lei que autoriza a prestação de serviços de rádio comunitária em 1998,

tornou-se necessário entender como funcionam essas emissoras de caráter diferenciado

Carolina Ochoa

O serviço de radiodifusãocomunitário é regulamentadopela Lei 9.612, de 19 defevereiro de 1998, quedetermina em 25 watts apotência máxima e em 30metros a irradiação das ondasde rádio, além de estabelecerque a emissora comunitáriadeva voltar os serviços paraum bairro ou uma vila,veiculando a expressão deuma determinadacomunidade.Dar oportunidade à difusão deidéias, elementos de cultura,tradições e hábitos sociais dacomunidade, oferecermecanismos à formação eintegração da comunidade,estimulando o lazer, a culturae o convívio social, prestarserviços de utilidade pública,integrando-se aos serviços dedefesa civil, sempre quenecessário, contribuir para oaperfeiçoamento profissionalnas áreas de atuação dosjornalistas e radialistas, deconformidade com alegislação profissional vigentee permitir a capacitação doscidadãos no exercício dodireito de expressão da formamais acessível possível sãoas finalidades determinadaspela legislação queregulamenta as rádioscomunitárias.

A programação deve darpreferência I a projetoseducativos, artísticos, culturaise informativos, quecontribuam para ocrescimento da comunidade,além de promover atividadesartísticas e jornalísticas com aparticipação dos membrosda comunidade, semprerespeitando valores éticos esociais, para que não hajadescriminação de raça,religião, sexo, opçõessexuais, concepções políticase condição social.A legislação garante, aqualquer membro dacomunidade atingida pelarádio comunitária, o direito deemitir opiniões sobre temasdiversos, mediante pedidoenviado à direção daemissora.O Artigo 7° determina quesomente fundações eassociações comunitáriassem fins lucrativos, legalmenteinstituídas e registradas emnome de dirigentesbrasileiros natos ounaturalizados há mais de 10anos, possuem o direito desolicitar o serviço deradiodifusão para umacomunidade.As rádios comunitárias sãoconsideradas prestadoras deserviço e só podem receber

patrocínio, para os programastransmitidos, na forma deapoio cultural dosestabelecimentos localizadosna área atingida pela rádio esão proibidas de retransmitirprogramação de outrasemissoras.Para obter uma autorizaçãode funcionamento para rádiocomunitária é preciso que acomunidade interessadaencaminhe ao Ministério dasComunicações o formuláriode demonstração deinteresse preenchido, que iráverificar se há freqüênciadisponível para a comunidadede interesse. Se o canalestiver livre na área solicitada,será publicado no DiárioOficial da União um aviso deinscrição de habilitação.Caso o serviço sejaautorizado, o Diário Oficial daNação publicará um ato deautorização do Ministério dasComunicações, que só terávalidade após deliberação doCongresso Nacional, queconcede a execução doserviço de rádio comunitáriapor 10 anos, mas que podemser renovados por mais 10anos, além de definir comointransferível o direito deconcessão.

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Matéria Especial

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O 3º Encontro de Rádio queabordou o tema “A informaçãoem Tempos de Internet”, contoucom a presença deprofissionais da área decomunicação, professores ealunos. O evento tinha comoobjetivo discutir a utilização daInternet na elaboração dematérias para programasjornalísticos radiofônicos.Realizado dia 8 de novembro,a partir das 9h, na sala 01, doDepartamento deComunicação Social daUniversidade de Taubaté, o

3º Encontro de Rádio

Carolina O

choa / Revista G

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PP

EM

Profissionais de comunicação, professores e alunos discutiram sobre a formação atualdo jornalista e a realção com a apuração on-line das notícias

encontro promoveu discussõesrelevates para a formação dosestudantes de comunicaçãosocial.Os jornalistas ClaudioNicolini,da Rede BandeirantesVale do Paraíba, Flávia Giovana,da Rádio e TV Metropolitana deTaubaté, Sidney Barbosa, daRádio Cacique-Jovem Pan e oestudante de jornalismo JoséCaetano, editor chefe daAgência Zenit (portalinternacional on-line de notíciasdo Vaticano), foram convidadosà integrar a mesa dediscussões mediada pelaorganizadora do encontro,

professora Adriana Rodrigues.As pesquisas científicas“Atuação das rádioscomunitárias do Vale doParaíba”, realizada pelos alunosFernanda Rocha e RicardoGimenes, do 1° ano dejornalismo, sob orientação daprofessora Adriana Rodrigues,e “A linguagem da rádiocomunitária e sua real interaçãocom o ouvinte”, produzida peloaluno do 2° ano de jornalismo,Carlos Henrique dos SantosJúnior, sob orientação doprofessor Jefferson Moura,foram apresentados na aberturado evento.A profa. Dra. Mônica FranchiCarniello, explanou eapresentou dados sobre “Apercepção dos profissionais decomunicação do Vale doParaíba sobre as mudanças naprofissão decorrentes dadigitalização das mídias”, queteve como base uma pesquisarealizada por alunos dejornalismo, sob orientação daprofessora Mônica.

Durante o encontro, foramabordados assuntos quedespertaram a curiosidade dosalunos em saber como osprofissionais de rádio da regiãotrabalham a questão daidentificação da fonte e o usocorreto das informaçõescontidas em portais e a atuaçãodo repórter tanto na rua comona redação. “Tem muita gente com a barrigaencostada atrás da mesa agora,puxando o que interessa pra eleda internet, isso faz com que aprofissão de jornalista deixe deser o que é esperado”, salientouo jornalista da Rádio Cacique-Jovem Pan, Sidney Barbosa.“A informação no rádio estácrescendo, então a internet hojeé uma grande aliada, mas épreciso usar isso como algoque vá fazer bem para o rádio eque não vá banalizar ainformação. Uma palestra comoessa devia ser feita outrasvezes”, acredita a jornalistaFlávia Giovana,da Rádio e TVMetropolitana.

Fernanda Rocha

Carolina O

choa / Revista G

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Da esquerda para direita: José Caetano, Sidney Barbosa, professoraAdriana Rodrigues, Flávia Giovana e Cláudio Nicolini

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Carolina O

choa / Revista G

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EM

“Independente de internet, ética você tem ou não”, acredita

Nicolini.

Cláudio Nicolini

“A internet não veiopara acabar com orádio, isso tem queficar muito claro”

“Independente deinternet, ética vocêtem ou não”

“O que eu vejo sãonovas disciplinasligadas à internet, aúnica coisa que euacho é que tem queensinar a ética dojornalismo que valepra qualquer um dosveículos, a ética éuma só”

“E que essa geraçãovenha sempre comética, mantendo acredibilidade que anossa profissãoexige, por que um diaque o jornalismoperder a credibilidade,um abraço”.

Revista GRUPPEM - Qual aimportância do tema da palestra pravocê?

Cláudio Nicolini - Eu achoimportantíssimo. A internet é uminstrumento novo que está cada vezmais popular. Ela está muito ligadaao rádio. E hoje a maioria dasemissoras tem disponibilizado seuáudio que expande fronteirais. Eisso é muito legal.

R e v i s t aGRUPPEM - Noque você espera tercontribuído para os alunos, apesardo pouco número de alunos aquipresentes?

Cláudio Nicolini - Um númeropequeno, mas atento, isso que euacho mais importante. Eu acho queé importante afomentar a idéia dotrabalho de parceria com a internet.E saber que a internet não veio paraacabar com o radio, isso tem queficar muito claro.

Revista GRUPPEM - Após oadvento da internet, você acha queos ouvintes de rádio diminuíram, outodos passaram para a internet, ouse frustraram com a internet evoltaram para o radio?

Cláudio Nicolini - Eu acho queouvinte de rádio é ouvinte de rádio éouvinte de rádio, seja no banheiro,no quarto, pra escutar o futebol dedomingo a tarde, é possível ouvirradio pela internet, e acabouganhando ouvintes que só ficam na

internet. É naturalperder alguns ouvintes,mas o bolo, o meio dorádio não, esse só tem crescido.

Revista GRUPPEM - Você falouque o Vnews é o único blog denotícias aqui, você acha que seriapossível os veículos do Vale seunissem para criar um blog denoticias?

Cláudio Nicolini - Eu cheguei acomentar que se eutivesse dinheiro eu criariaum blog de notícias, é

preciso de patrocínio prasustentar. O Vale tem tudo pra issoé preciso ter investidos, por que odifícil é você manter. Pois se vocêquer fazer uma coisa séria, comjornalistas e profissionaistrabalhando, isso custa. Oproblema é cultural das empresasinvestirem, correr atrás de patrocíniopra sustentar tudo isso. É precisoinvestir alguns mil reais em mídiade internet, por que hoje tem siteque tem dez mil acessos no dia quetem uma audiência maior do que ummonte de rádio que eu conheço eque cobra muito mais caro do queaquele site pra anunciar, isso é umaquestão cultural.

Revista GRUPPEM - A falta deética no jornalismo aumentou coma internet?

Cláudio Nicolini - Euacho que não, ética vocêtem ou não tem, e issotambém ocorre nainternet, isso não feztanta diferença.

Revista GRUPPEM -Você acha que a formaçãoacadêmica prepara oestudante para usar ainternet como fonte?

Cláudio Nicolini - Eu não sou dotempo da internet na faculdade,numa visão dos alunos, o que euvejo são novas disciplinas ligadasà internet, a única coisa que euacho é que tem que ensinar a éticado jornalismo que vale pra qualquerum dos veículos, a ética é uma só.

Tem que ensinar parao aluno que a sua fonte

não é só o Google, essa é umaferramenta importantíssima efantástica, mas é preciso ojornalista ir pra rua e buscar as suasfontes, buscar o contato com aspessoas, se não você vai morrer napraia.

Revista GRUPPEM - Então ojornalista se acomodou com oavento da internet?

Cláudio Nicolini - Alguns sim,mas não todos, tem muita gente aíbatendo perna, por isso que estát e n d os u c e s s o .Depois vocêpergunta –Por que eleconseguiu?Por que ele éde olhoazul? Não,por que ele játinha ido láconhecer e conversar com a fonte.E na hora de dar a entrevista, ligoupra quem? Para o cara que foiconversar com ele antes e não como que persquisou tudo na internet.

Revista GRUPPEM - Pra finalizar,o que você deseja e espera dosalunos que estão se formando?

Cláudio Nicolini -Eu espero que elea geração delesseja tão boa quantoa minha, ojornalismo éevolutivo e quandoa gente brincousobre osdinossauros é ummodo carinhoso de

falar com as pessoas mais antigas.O modo de fazer rádio de fazerjornalismo, mudou, está mudando.E que essa geração venha semprecom ética, mantendo a credibilidadeque a nossa profissão exige, por queum dia que o jornalismo perder acredibilidade, um abraço.

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Matéria Especial

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Revista

Revista

Flávia GiovanaBruno Castilho / Revista GRUPPEM

“A informação no rádioestá crescendo, então ainternet hoje é umagrande aliada, mas épreciso usar isso comoalgo que vá fazer bempara o rádio e que nãová banalizar ainformação. Umapalestra como essadevia ser feita outrasvezes”

“A internet só dá o meiode você criar uma pautae levantar um assunto,não de elaborar umanoticia ou umaentrevista e colocar noar”

“você tem que buscare o conhecimento éque dá base pra isso,para que nãocoloquemos noticiasconstrangedoras noar”.

Revista GRUPPEM - O que vocêachou do tema da palestra?

Flavia Giovana - Eu acho que porser discutido na faculdade éimportante, pois fala do futuro dorádio na internet, principalmente aquié importante discutir com os alunos.A ética na profissão a credibilidadeque nós damos para a nossa fonte.A informação no rádio estácrescendo, então a internet hoje éuma grande aliada, mas é precisousar isso como algo que vá fazerbem para o rádio e que não vábanalizar ainformação. Umapalestra como essadevia ser feita outrasvezes, como o Sidneyhavia falado, mesmocom o pouco numerode alunos, essaspalestras deviam ser maisfreqüentes pois agregamconhecimentos tanto para o alunoquanto para o profissional.

Revista GRUPPEM - O que vocêespera ter contribuído para osalunos nessa palestra?

Flavia Giovana - Eu trabalho commuito estagiário lá naMetropolitana, esses encontros sãomuito importantes, deveriam termais vezes. A maior dificuldade éfazer com que o estagiário saibalidar com a dificuldade do dia a dia,a gente aprende as coisas mesmona rua. Essa discussão, essacontribuição contando como é anossa carreira, de como funcionauma redação de jornal impresso, derádio, isso é uma contribuição muitogrande, mostra para o aluno que eletem que buscar a informação. Essaformação a universidade não dá esomos nós que temos que passa-las, saber o que está acontecendono mundo, nem na cidade, pois oradio esta ficando muito regional, épreciso o aluno saber da suacidade. Como funciona umaCâmara, uma Prefeitura, então todaa experiência que a gente podepassar pra vocês, é importante ficar

atento nisso, ficar ligado no que estáacontecendo no Brasil, na suacidade. Um encontro como esseserve para que o aluno vá atrás dasinformações aqui discutidas. Adificuldade do estagiário é saber oque funciona na cidade dele, o queé um departamento de prefeitura,etc. Saber o que acontece numaredação por que é diferente, pois éaí que voce vê a dificuldade doestagiário, de formular umapergunta, de achar a pauta. Esperoque a gente tenha contribuído paraque vocês se esforcem cada vezmais, tanto na vida acadêmicaquanto na vida profissional.

Revista GRUPPEM- Com o advento dainternet, você achaque o ouvinte daradio migrou para ainternet?

Flavia Giovana - A rádio temouvintes fiéis, a programação édiferente, existe rádio jovem, rádiosertaneja, popular, oouvinte é fiel. Masexiste aquele ouvinteque liga o rádio, comofoi aqui discutido, queliga o rádio pra sabernoticia da estrada, dotempo. Então aimportância de você ter umplanejamento pra conquistar o seuouvinte. Creio que o ouvinte nãobrigou, por que a internet é umaaliada, ela é um complemento, porque o radio você leva pra onde vocêquiser. Por que quem gosta de rádiogosta, quem não gosta ouve apenaspara se informar. Isso reflete nocaso da internet acabar com o jornalimpresso. Há variações, masmigração total não.

Revista GRUPPEM - O jornalistaClaudio Nicolini falou que se tivessedinheiro, faria um blog de noticias.Atualmente o Vnews é o único blogde noticias aqui, você acha queseria possível os veículos do Valese unissem para criar um blog denoticias?

Flavia Giovana - Isso seria muitocomplicado, pois os veículoscompetem pela busca do furo,busca da informação, muita gentesegura a informação. Isso não seriapossível, pois é preciso uma equipeespecifica. A junção seria impossívelpor causa da competição entre asemissoras, unir as mídias do Valenisso eu não creio. Mas juntarjornalistas capazes de fazer esse

blog, isso sim deveriaconhecer, e nãopoderia ser vinculadopara ter ascaracterísticas dele ecrescer como umveículo a parte.

Revista GRUPPEM - Você achaque a formação acadêmica preparao estudante para usar a internetcomo fonte?

Flavia Giovana - A faculdade dáuma base sim, é o que eu coloquei,a faculdade passa à ética e oestudantetem quetomar ocuidado debuscar ainformaçãoe dar acredibilidadepra fonte. Éo caráter e aética doprofissionalque vaidefinir isso.

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Revista GRUPPEMRevista GRUPPEMRevista GRUPPEMRevista GRUPPEMRevista GRUPPEM Novembro de 2008Novembro de 2008Novembro de 2008Novembro de 2008Novembro de 2008

Matéria EspecialRevista GRUPPEM - O jornalistase acomodou em elaborar pautascom o advento da internet?

Flavia Giovana - Na minhaopinião, isso acontece mais nasredações de jornal impresso. Rádioe TV ainda são um meio da gentelevantar algumas pautas, mas nahora de você colocar informação proouvinte, é preciso ir pra rua. Ainternet só dá o meio de você criaruma pauta e levantar um assunto,não de elaborar uma noticia ou umaentrevista e colocar no ar. Ela dáapenas a idéia. Rádio e TV precisamde voz diferente de jornal impresso,dessa forma é preciso ir pra rua. Hojeé preciso falar de tudo, aMetropolitana está em Taubaté, masela fala do Vale todo, o numero deinformação aumentou, dessa formaé preciso escolher, algumas nósapuramos por telefone e outras épreciso ir pra rua. Acredito que nãoseja preguiça mas pelo acumulo deinformação.

Revista GRUPPEM - O que vocêdeseja e espera para os alunos queestão no curso de jornalismo?

Flavia Giovana - Que vocês leiammais, assistam mais jornal. O queeu encontro na Metropolitana é faltade informação do estagiário do queacontece na sua cidade, são coisasque eles não buscam; comofunciona uma partida de futebol,como que funciona uma CâmaraMunicipal, como que funciona umaPrefeitura. Não conhece nada dacidade, qual bairro é precário qualbairro que não é. E hoje a noticiaesta cada vez mais regional e oaluno não deve ficar só na região,mas no Brasil também, saber o queestá acontecendo na economia doBrasil, as noticias principais. Muitosestudantes não lêem, não procuramsaber da região onde vivem. Aíacontece que uma noticia estáacontecendo e o aluno não estásabendo de nada, daí pergunta –Quando está acontecendo isso?Então o aluno deve estar antenadoa tudo. A grande preocupação é seo aluno está atento a tudo queacontece. Que eles busquem cada

vez mais, por que a faculdadeoferece uma faculdade boa, mostracomo fazer e conduzir umaentrevista, todas as técnicas, masa prática depende de cada um,saber tirar da fonte aquilo que vocêquer, com ‘jeitinho’, sem ser grossocom ela. Você saber como abordaruma pessoa num assunto maisdifícil. Então isso a faculdade nãote dá, e você tem que buscar e oconhecimento é que dá base praisso, para que não coloquemosnoticias constrangedoras no ar.

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José Caetano

“Eu acredito que o ra-dio vai existir pormuito tempo, por quea internet não fazparte da realidadebrasileira”

Revista GRUPPEM - O que vocêachou do tema da palestra?

José Caetano - O temada palestra daconversação na verdadefoi que o debate é muitointeressante, é atual.Tem que ser aberto essadiscussão em relação a

rádios na internet. A internet é ummeio de comunicação novo, temque ser investigado. Então já estavamais que na hora de ter um debatesobre essa ligação de rádio cominternet.

Revista GRUPPEM - A partir dessaconfirmação, o que você espera teragregado para os alunos, apesar dopouco numero de alunos napalestra?

José Caetano - Foi boa a presençados alunos de primeiro anoinclusive, por que já começam afaculdade com uma outra visão. Euespero ter passado para os alunosque o ramo do jornalismo e dacomunicação em sim, é muitoamplo. E a gente tem esse camponovo da internet pra estudar, prafazer algo diferente, fazer algo novoe não ficar apenas nos blogs e nospodcast, mas fazer algo. Eu esperoque eu tenha deixado isso.

Revista GRUPPEM - Então vocêacha que a formação acadêmicaestá preparando o estudante parausar a internet como fonte?

José Caetano - Olha, essa é umapergunta interessante, não dá prasaber. Como também não dá prasaber o que a internet nos espera.Como eu já tinha dito, durante amesa redonda, tudo que se fala deinternet é profetismo, um exercíciode futurologia. Eu acredito tambémque as faculdades tenham iniciadoa preparar o aluno, por que ninguémsabe o que vai ser da internet nofuturo. Eu acredito que só no fatoda Unitau ter uma matéria nocurrículo que é o Jornalismo onlineo jornalismo web, então já estápreparando pra isso.

Revista GRUPPEM - Então porcausa do advento da internet, ojornalista se acomodou na

elaboração depauta?

José Caetano -Esse fenômenoexiste, os

jornalistas estão mais sentados.Eu não diria que acomodaram-se narealização pauta mas acomodaram-se na investigação em si. Hoje émuito mais fácil você pela manhãver o que está circulando nos sitesnoticiosos ou portais e então pautaro seu dia de matéria, e às vezesnão precisa sair da mesa e vocêconsegue informações suficientes,claro, pífias, mas se for pra publicaralgo você tem. Contudo o jornalistaé o cara que está investigandomesmo, mas é verdade, a internetveio pra dar uma ‘preguicite aguda’em alguns jornalistas.

Revista GRUPPEM - Os ouvintesde rádio migraram para a internet e

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“A internet é um meiode comunicaçãonovo, tem que serinvestigado”

“A idéia existe, aidéia é boa, a idéiaé fantástica! Eu vejoque os alunos daU n i v e r s i d a d epoderiam criar umblog muitorespeitado, comnoticias se elescorrerem atrás, sequiserem fazer algobom”

fez com que o radiofosse desvalorizado,ou você não concordacom isso?

José Caetano - Não eu nãoconcordo com isso, o rádio continuasendo muito valorizado, aqui nointerior talvez nem tanto, mas sevocê está nos grandes centros evoce passa mais de três horas porda no transito, o rádio é a sua únicacompanhia em termos decomunicação ali. Eu mesmo já tivea experiência de morar e trabalharem São Paulo. E eu era fiel a umarádio todos os dias, no horário dorush, tinha um programa que eramuito bom, era 15 FM beminteressante com noticia,entrevistas. Então eu acredito queo radio vai existir por muito tempo,por que a internet não faz parte darealidade brasileira. O Brasil é o paíscom mais horas navegadas nainternet, onde as pessoas ficammais tempo navegando, mas numarealidade que mais de 200 milhõesde pessoas, 80 milhões temacesso a isso. Então é muitopequeno e o rádio todo mundo tem.

Revista GRUPPEM - O jonalistaClaudio Nicolini havia afirmado napalestra que se ele tivesse dinheiropara criar um blog de noticias elecriaria. Você acha que seria possívelas mídias do Vale se unissem pracriar esse blog?

José Caetano - A idéia existe, aidéia é boa, a idéia é fantástica! Euvejo que os alunos da Universidadepoderiam criar um blog muitorespeitado, com noticias se elescorrerem atrás, se quiserem fazeralgo bom. Em relação aos gruposde mídia, eu acho um pouco difícilde acontecer, na realidade o que euexiste é certa concorrência, que foifalado muito bem na mesa redonda,existe uma concorrência com osrepórteres do meio. Se fosse uniressa galera pra fazer um resumode noticias é complicado. Contudoalguém pode fazer, existe essapossibilidade e eu vejo que ela éinteressante.

Revista GRUPPEM -A ética no jornalismodiminuiu com oadvento da internet?

José Caetano - Na verdade, nãoque a ética tenha diminuído.Falando em ética no jornalismo noBrasil isso é muito recente. Temosapenas 200 anos de imprensa e

vai depender dos anos de carreira.Mas eu espero que a faculdade nosde pelo menos esse potencial desermos bons jornalistas. E o fatodeu ter começado pelo caminhoerrado como eu havia dito [napalestra], exerço a profissão pradepois procuro a formação. Aformação ela é necessária e não dá

pouquíssimos anos decursos jornalismoo f i c i a l m e n t eestabelecidos. Então ojornalismo foi exercidodurante anos porpessoas que não eramjornalistas oficialmentede formação, ás vezesaté bons jornalistas. Aquestão de ética eucreio que ela tenhainiciado mais nos meiosacadêmicos. Agora ainternet é um novo meio para sequebrar as regras, como tudo queexiste por aí, existe meios de sequebrar as regras, mas o respeitopela ética não depende da criaçãode novos meios. Eu acho queaqueles que sempre quebraram asleis éticas sempre vão continuarquebrando, agora cabe aos novosque façam o seu trabalho direitinho.

Revista GRUPPEM - Você jáexerce a profissão de jornalista, masagora está buscando a informação,o que é que você deseja e esperatanto pra nossa sala quanto paraos alunos que estão se formandoem jornalismo?

José Caetano - Eu poderia dizerque eu espero uma preparação parao mercado de trabalho, mas isso éridículo, cada um vai buscar exercera profissão no meio r vai aprendermuita coisa assim, na raça. Maseu espero que a faculdade sirva delongo alicerce. Por que nenhumprédio, nenhuma casa éconseguido sem o alicerce. Queseja um alicerce sólido,principalmente na questão ética porque a pessoa sai daqui comcapacidade de ser um bomjornalista, sai com um potencialpara ser um bom jornalista. Agorase vai ser um bom jornalista ou não,

pra trabalhar na áreasem ter informaçãoteórica mesmo,formação acadêmicasobre jornalismo.Jornalismo hoje é paraboas cabeças, para nósque estudamos,continue estudandomuito, lendo muito. Eque tenham umalicerce, não dá pracomeçar do meio do

nada, pegar um microfone e sairfalando, tem que estudar.

Sidney BarbosaRevista GRUPPEM - O que vocêachou do tema da palestra?

Sidney Barbosa - A cada dia daprofissão a gente tem que seatualizar, apesar de estar a 32 anosde vida no rádio, eu considero ainternet uma das principaisferramentas, só que ela tem que serbem utilizada, principalmente porvocês estudantes, não fiquepensado que internet vai resolvertudo vai resolver em partes, ocaminho é esse

Revista GRUPPEM - Você tinhadito no inicio da palestra que estavadecepcionado com o numero dealunos, mas no que você espera tercontribuído para os alunos?

Sidney Barbosa - Eu até peçodesculpas, a gente fala coisa quenão deve, eu não tenho nada a vercom isso, cada um é responsávelpelos seus atos. Mas eu entrei aquina faculdade com 45 anos, não seipor que, mas a turma em que eucaí era mais interessada, a gentetinha interesse em participar. Nãoé o só o caso da palestra daComunicação em relação o rádio na

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Matéria Especial

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Matéria Especial“O rádio semdúvida continuasendo o veiculomais ouvido, maisutilizado emqualquer lugar nomundo seja nodeserto, no meioda guerra, semprevai ter um rádio lá”

“Tem muita gentecom a barrigaencostada atrás damesa agora,puxando o queinteressa pra eleda internet, issofaz com que aprofissão dejornalista deixe deser o que éesperado”

internet, pode ter sidopelo dia, um sábado, amoçada chega cansadada balada, enfim, devehaver mais participaçãonas atividadesextracurriculares, que éo caso de palestras edebates.

Revista GRUPPEM -Com o advento da

internet, você acha que o ouvinte daradio migrou para a internet e o rádiodeixou de ter o poder que ele tinha?

Sidney Barbosa - Não, de jeitonenhum. O rádio sem duvidacontinua sendo o veiculo maisouvido, mais utilizado em qualquerlugar no mundo seja no deserto, nomeio da guerra, sempre vai ter umrádio lá. E a internet possibilitoumais ainda o seu acesso emrelação ao rádio normal, mas achoque todas as rádios daqui um tempovão estar interligadas, ainda maiscom o rádio no celular isso vai sermais explorado.

Revista GRUPPEM - O jornalistade acomodou com a elaboração depauta com o advento da internet?

Sidney Barbosa - Ah claro, claro!Tem muita gente com a barrigaencostada atrás da mesa agora,puxando o que interessa pra ele dainternet, isso faz com que aprofissão de jornalista deixe de sero que é esperado. Só se faz umbom jornalismo, uma boareportagem, no local dos fatos, e orádio pelo eu imediatismo, ele falaatravés do celular, do orelhão, doNextel e do próprio rádio.

Revista GRUPPEM - Você achaque a formação acadêmica preparao estudante para usar a internetcomo fonte?

Sidney Barbosa - Eu acho quesim, em alguns momentos somosobrigados a contradizer, o jovemusa hoje a internet como setomasse uma Coca – Cola, umrefrigerante, você tem que utilizaressa ferramenta de forma boa, claro

que se você receberuma informação dainternet, que pode seruma pauta boa eadaptá-la para alinguagem do radio, alinguagem doimpresso, a linguagemda televisão, semproblema ela pode serusada

Revista GRUPPEM -A falta de ética nojornalismo aumentoucom o advento nainternet?

Sidney Barbosa -Ah, jornalista –radialista, sempre foiuma categoria muitodesunida é ‘lobocomendo lobo’, faltamuita ética, umdesrespeito, com o

advento da internet isso aumentou,eu não gosto de falar muito deética, pois, hoje aqui no Brasil praser uma pessoa ética é muito...Principalmente no nosso ramo deComunicação.

Revista GRUPPEM - O jornalistaClaudio Nicolini falou que se tivessedinheiro, faria um blog de noticias.Atualmente o Vnews é o único blogde noticias aqui, você acha queseria possível os veículos do Vale

se unissem para criar um blog denoticias?

Sidney Barbosa - Olha, a cada vezque eu venho ao Departamento, euaprendo mais, eu cheguei aqui com45 anos, foi muito difícil, meusfilhos, minha esposa era contra, eunão aceitava ter que vir para buscara formação, não tive incentivo, nãotive apoio. A gente brincou napalestra sobre os dinossauros, e euouvia muito isso. “Ah, você vai sero mesmo dinossauro, vai lá e nãovai aprender nada.” E eu quero dizer

a todos os nossoscolegas futuros jornalistastem que estudar commuita perseverança, commuita força de vontade.Tem hora que dá vontadede jogar tudo pra cima, deir embora, mas quandovocê cai na real, você vêque vale a pena, hojenenhuma emissora derádio está admitindo umlocutor que não seja

jornalista, é o caso da emissoraonde eu trabalho. Lá não aceitaprofissionais que não sejamjornalistas. Então o caminho é esse,e parabéns pela iniciativa dotrabalho de vocês. Volto a insistir,tenham paciência, calma,tranqüilidade, você vai ouvir assim.“Olha você está se formando emjornalismo, não tem emprego”.Mentira, se você fizer um bomcurso, brigar pelos seus direitos,defender suas teses, sair por aí, criarpautas, eu garanto que você vaiconseguir um bom emprego.

Sidney Barbosa - Ah, euacho impossível,concorrência, problemasempresariais o patrão nãofala com o patrão de outraemissora. Mas se oNicolini quiser montaresse blog ele consegue, foicolocado no inicio dapalestra que é uminvestimento alto, mas éum investimento que vaidar retorno.

Revista GRUPPEM - Oque você espera e desejapara os alunos do curso dejornalismo?

Carolina Ochoa / Revista GRUPPEM

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EntrevistaEm Taubaté, há sete anos a Rádio ComunitáriaLiberdade FM opera na sintonia 104,9 Mhz com oaval do Ministério das Comunicações. Uma rádiocomunitária tem por objetivo atender asnecessidades da comunidade onde ela foi instalada.É um canal de comunicação para que os moradorespossam discutir, debater e procurar soluções paraos próprios problemas. Muitas emissorascomunitárias passam por dificuldades financeiras, aLiberdade FM não foge à regra. Longe do bolopublicitário e da briga por audiência a rádio sobrevivede trabalhos voluntários para preencher sua gradede programação. Por vezes, alguns dessesvoluntários não são da comunidade local e deixamem segundo plano a missão da emissora emoferecer ao bairro do Alto de São Pedro aoportunidade de debater seus reais problemas. SeuGilberto Rodrigues da Silva, diretor da entidademantenedora da emissora, nos conta nessaentrevista, como funciona, quais as dificuldades e como a rádio Liberdade FMtrabalha a questão dos serviços prestados à comunidade local.

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Carlos Henrique dos Santos Júnior

Revista GRUPPEM - Como foifundada a rádio comunitária‘Liberdade’, de Taubaté?

Seu Gilberto – Como eu trabalheiem rádio AM e FM por uns dezanos,e como andar da carruagemsurgiu que eu ia ter o serviço deradiodifusão comunitária. Eu tinhaum serviço de som, então penseipor que não uma rádio comunitáriaque vai trabalhar na cidade. Aí, euprocurei saber o que era necessário,fazer a documentação, fazer aassociação e a gente pôs a mãona massa, constituí uma entidadecom o nome de Rádio LiberdadeComunitária, registrei, dei entrada

nos lugares certos, nos órgãospúblicos, Receita Federal, Anatel,aí foi pra Brasília e ficou rodando.Daí, veio a lei que instituiu a rádiocomunitária, a lei 1.912, em junhode 98. Eu comecei em 97, entãoestava com a documentação emdia, dei entrada e passado o tempo,eu tive a comunicação dahabilitação da rádio, smeprecumprindo as exigências doMinistério das Comunicações. A leiveio em 98, em 99 a gente já estavaquase com a rádio montada,aguardando a liberação da normacomplementar, então pela norma 98,a gente passou a ter a rádio comoexperiência.Revista GRUPPEM - Qual a infra-estrutura da rádio?

Seu Gilberto – O acervo musicaltoda a vida eu tenho, eu tenho umapropriedade assim, um acervo demusicas nacionais einternacionais, porque eucoleciono desde 1950 e pouco,

então tem coisa histórica. Eu passoali, porque pra atualizar é fácil, oproblema é pegar coisas do fundodo baú. É isso que dá audiência prarádio. Eu sou técnico formado emeletrônica, então a mão-de-obraquase não teve custo e aaparelhagem caseira épraticamente o que se usa em umarádio comunitária. A única coisa quemuda é que a rádio comunitária temque ter um transmissor, um gerador,uma torre e uma antena, o resto énormal, é um toca-CD, um toca-disco, um gravador de fita, umreprodutor de fita, um rádio AM/FMpara poder monitorar o som da rádioe só isso aí é suficiente. E osmicrofones que são principais, quesão coisas baratas e a equipe devoluntários, porque sozinho vocênão consegue.

Revista GRUPPEM - Qual ovínculo das pessoas que participamda produção dos programas com arádio?

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Seu Gilberto – A gente que temuma boa amizade, um bomconhecimento, foi fácil de recrutaros amigos, e muitos delescontinuam até hoje com a gente, eoutros vieram, a universidade porexemplo, a Unitau, chegou juntotambém com a parte de alunos. Osalunos vieram aqui pra conhecer,então a gente une o útil aoagradável, a unitau chegou com osalunos e a gente deu seqüência aojornalismo e esporte.

Revista GRUPPEM - Como éconstituída programação da ‘RádioLiberdade’?

Seu Gilberto – Ela funciona assim,com voluntariado e coma grade deprogramas muito bom, sertanejo,jornalismo, esporte, músicaromântica, música para todos osgostos. Então ela tem 10programas diários, de segunda asexta, com variação no sábado edo domingo, que muda o esquemade alguns programas. E aossábados e domingos, osvoluntários, pra eles é um lazer.

Revista GRUPPEM - Acomunidade participa ativamente daprodução dos programas rádio?

Seu Gilberto – A comunidadeparticipa mais na parte social deeventos, de utilidade pública,achados e perdidos, reclamações

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Entrevista

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Carolina Ochoa / Revista GRUPPEM

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para os poderes públicos e algumacampanha, porque a rádio estásempre disposta a fazer essetrabalho para a comunidade, porquea rádio comunitária deve estarvoltada para a comunidade, por issoa gente tem as portar abertas paraas comunidades onde a rádio estáservindo. Como Taubaté não temoutra rádio comunitária legalizada,no momento, há 7 anos, a nossa éa única, a gente presta serviço paraa cidade toda.

Revista GRUPPEM - Qual opúblico-alvo dos programasproduzidos pela ‘Rádio Liberdade’?

Seu Gilberto – É todo nível, todasas faixas etárias, todas as faixasde camadas sociais. A gente temconhecimento de audiência desdea pessoa mais simples a pessoado nível social mais alto da cidade,nós temos aí autoridades, políticos,religiosos, que compõem aprogramação da rádio, porque elaagrada a todos porque tem variação.

Revista GRUPPEM - Quaisdificuldades a emissora enfrentapara se manter no ar?

Seu Gilberto – É difícil, porque arádio tem que sobreviver de apoiosculturais. Como a lei é rígida prarádio comunitária, tem um limite, eesse limite não deixa que a genteconsiga ter um apoio cultural,porque é muito restrito, então, torna-se restrito. A rádio comunitária, asrádios comunitárias do Brasil, vivemcom dificuldade, por causa dessaexigência que deixa muito a desejar,da parte de um apoio cultural. Temmuita limitação, então isso aí torna-se difícil. Hoje, por exemplo, eumantenho a rádio às minhas custas.

Revista GRUPPEM - Como essasadversidades são enfrentadas?

Seu Gilberto – Posso dizer que amaior parte do meu tempo eu dedicoà rádio, porque eu levanto às 5h,5h30, no máximo, e vou dormir00h30. Há 7 anos estou assim, eestou chegando no limite, porque agente parte do objetivo de ter umanova geração pra rádio. Como agente tem um prazo, 2009, nocomeço de 2009 a gente vai diminuiressa carga e vai ser apenas umvoluntário e não um dirigente.

Revista GRUPPEM - Como acomunidade auxilia a rádio?

Seu Gilberto – A comunidade nãotem condições de arcar comcontribuições financeiras porquenós moramos em um bairro, ondetodas as pessoas são

trabalhadoras. Hoje em dia, temmuitas pessoas desempregadas,então tudo isso aí torna difícil formarum quadro de associados e exigirque circule uma mensalidade; Hojeeu venho mantendo a rádio sempassar essa obrigação para quemquer que seja.

Revista GRUPPEM - Qual aimportância da divulgação dasrádios comunitárias?

Seu Gilberto – Agradeço por vocêfazerem esse trabalho, porquemuita gente não sabe o que é umarádio comunitária e através de umaentidade ela deve passar pra muitaspessoas isso aí e pra gente é muitogratificante, porque você sente umdesabafo quando fala qualquer coisaque você ta teimando em ter esomente Deus sabe como.

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Iniciação Científica

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A atuação das rádios comunitárias na região doVale do Paraíba

RESUMO: Hoje em dia, o número de rádios comunitárias tem crescido em todo Brasil. Paraleloa isso, o número de rádios não autorizadas também vem crescendo no cenário nacional, querpor dificuldades de conseguir concessão ou por má fé. Este trabalho pretende realizar umlevantamento das emissoras comunitárias da região do Vale do Paraíba. Pretendemos gerarum mapa das emissoras legalizadas e não legalizadas da região, há quanto tempo estão noar e a quais comunidades estão ligadas. Avaliar tempo de concessão e programação.Determinar as relações sócio-políticas da emissora com a comunidade. Determinar a relaçãoda comunidade com a emissora. Este projeto pretende gerar um artigo crítico sobre os objetivoscomunitários dos programas das emissoras, um “manual” de como realizar programascomunitários e um “manual” de como promover a participação efetiva da comunidade naprogramação de uma rádio comunitária.

A pesquisa foi desenvolvida pelos alunos integrantes doNúcleo de Pesquisa do GRUPPEM, que cursam o 1° anode Jornalismo matutino, Fernanda Carolina Rocha eRicardo Gimenes, sob orientação da professora AdrianaRodrigues, e foi apresentada no Encontro de Iniciação

Científica do Departamento deComunicação Social daUniversidade de Taubaté.Fernanda Carolina Rocha, tambémapresentou o trabalho na abertura do3° Encontro de Rádio, que teve comotema “Informação em tempo deInternet”.

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Iniciação Científica

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A linguagem na rádio comunitária e sua realinteração com o ouvinte

Resumo: Hoje, a programação das rádios comunitárias se assemelha ao das rádioscomerciais, tanto na forma como no conteúdo. Este projeto tem como objeto de pesquisa asemissoras comunitárias da região de Taubaté, Pindamonhangaba, Santo Antonio do Pinhal eRoseira. Pretendemos avaliar as relações sócio-políticas das emissoras com a comunidade,a grade da programação e seu viés comunitário, considerando se elas se comportam comorádios comunitárias ou como emissoras comerciais de segunda categoria. Avaliaremostambém, a participação de profissionais de rádio nos programas e seu envolvimento efetivocom a comunidade. Não há intenção, neste trabalho, de criticar gêneros e formatos de programa.O objetivo é verificar se uma suposta tentativa de “profissionalização”, que busca ofereceruma estética mais próxima às rádios comerciais, inibe a efetiva participação da comunidade,limitando a liberdade de atuação.

A pesquisa foi desenvolvida pelo alunointegrante do Núcleo de Pesquisa doGRUPPEM, que cursa o 2° ano de Jornalismomatutino, Carlos Henrique dosSantos Júnior, sob orientaçãodo professor Jefferson deMoura, e foi apresentada noEncontro de Iniciação Científicado Departamento deComunicação Social daUniversidade de Taubaté.Carolina Girotto Ochoa,integrante do GRUPPEM ealuna do 2° ano de Jornalismonoturno, apresentou o trabalhona abertura do 3° Encontro deRádio, que teve como tema“Informação em tempo deInternet”.

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Normas para Envio de Artigos

A Revista GRUPPEM é umapublicação mensal do curso deJornalismo, do Departamentode Comunicação Social daUniversidade de Taubaté. Aceitaproduções científicas de seusdocentes e discentes, bemcomo de outros autoresnacionais e internacionais. Nãohá obrigatoriedade de o trabalhoser inédito, podendo ter sidopublicado em outros veículos.

Os trabalhos encaminhados àrevista serão analisados peloConselho Editorial, conforme asua especialidade e serãoavaliados segundo os seguintescritérios:

1) Relação com os temas daRevista;

2) conteúdo técnico-científico;

3) relevância;

4) clareza e qualidade daredação;

5) qualidade e adequação doreferencial teórico utilizado.

Os artigos assinados, assimcomo a exatidão dasreferências bibliográficas, sãode responsabilidade exclusivados autores e as opiniões ejulgamentos neles contidos nãoexpressam necessariamenteas posições do Conselho

Normas para elaboração e envio deartigos para a Revista GRUPPEM

Editorial.

NORMAS DE PUBLICA-ÇÃO

1 – Os artigos deverão serredigidos em português ouespanhol.

2 – A cada edição, o CorpoEditorial selecionará, dentre osartigos considerados favoráveispara a publicação, aqueles queserão publicadosimediatamente. Os não-selecionados serão novamenteapreciados por ocasião dasedições seguintes.

3 – A Revista se reserva o direitode efetuar, nos originais,alterações de ordem normativa,ortográfica e gramatical, comvistas a manter o padrão cultoda língua, respeitando, porém,o estilo dos autores. As provasfinais não serão enviadas aosautores.

DETALHES DE FORMATA-ÇÃO E REDAÇÃO

1– O texto deverá conter nomáximo 15 e no mínimo 10páginas, digitadas comespaçamento de um e meio, emformato A4, com margens de2cm de cada lado, 3cm nasmargens superior e inferior.2 – Letra Arial, com corpo 12,encaminhado somente por e-

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