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OBJETIVOS, NORMAS, LIMITES DE DOSE E PARÂMETROS DE PROTEÇÃO Radioproteção

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Page 1: Radio Proteção

OBJETIVOS, NORMAS, LIMITES DE DOSE E PARÂMETROS DE PROTEÇÃO

Radioproteção

Page 2: Radio Proteção

• A preocupação com o uso dos raios x e a necessidade da proteção radiológica se espalhou por todo mundo, principalmente na Europa e América do Norte, sendo criado em 1928, durante o 2º Congresso Internacional de Radiologia o “International Comission on Radiological Protection” (ICRP). A ICRP se constituiu como uma organização internacional e não governamental, que elabora recomendações visando a proteção radiológica ao homem, servindo como referência para vários países na elaboração de normas em proteção radiológica. (SILVA, 2007)

ICRP

Page 3: Radio Proteção

Em 1977, a ICRP de número 26 (ICRP-26-1977), publica as recomendações envolvendo os três principais elementos norteadores da utilização das radiações ionizantes, sendo eles:

Princípio da Justificação; Princípio da Otimização; Princípio da Limitação de Dose

Individual.

ICRP

Page 4: Radio Proteção

“Nenhuma prática ou fonte adscrita a uma prática deve ser autorizada a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo exposto ou para a sociedade, de modo a compensar o detrimento que possa ser causado"

Princípio da Justificação

Page 5: Radio Proteção

• “As instalações e as práticas devem ser planejadas, implantadas e executadas de modo que a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais sejam tão baixos quanto razoavelmente exeqüíveis, levando-se em conta os fatores sociais e econômicos, além das restrições de dose aplicáveis“

• ALARA: As Low As Reasonably Achievable.

Princípio da Otimização

Page 6: Radio Proteção

• “São valores de doses efetivas ou de dose equivalente, estabelecidos para exposição ocupacional e exposição do público decorrentes de práticas controladas, cujas magnitudes não devem ser excedidas aos limites estabelecidos", atualmente estabelecidas em dose máxima ocupacional de 20mSv em qualquer período de 5 anos consecutivos, não podendo exceder em nenhum ano a 50mSv e dose máxima para o indivíduo do público de 1mSv/ano(CNEN-3.01-1988 ).”

Princípio da Limitação de Dose

Page 7: Radio Proteção

Estes princípios visam reduzir a dose coletiva, que é a expressão da dose efetiva total recebida por uma população ou um grupo de pessoas, definida como o produto do número de indivíduos expostos a uma fonte de radiação ionizante pelo valor médio da distribuição de dose efetiva destes indivíduos. A dose coletiva é expressa em sievert-homem (Sv-homem).

Objetivo

Page 8: Radio Proteção

RADIOPROTEÇÃO

NORMAS

Page 9: Radio Proteção

NN 3.01

Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica

Page 10: Radio Proteção

ANVISA10

“A Radiologia Diagnóstica constitui poderosa ferramenta utilizada pela Medicina e pela Odontologia. Nesse contexto, a adoção de uma cultura de proteção radiológica e de garantia de qualidade deve ser uma tônica, na atual tendência, de oferecer aos usuários dos serviços transparência no que diz respeito à segurança e eficácia dos exames radiológicos.”

(Radiodiagnóstico Médico-Segurança e Desempenho de equipamentos)

Page 11: Radio Proteção

11

“Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-X diagnósticos em todo território nacional e dá outras providências.”

Portaria 453/98

Page 12: Radio Proteção

RADIOPROTEÇÃO ?

É a diretriz de procedimentos utilizados para nos protegermos das radiações ionizantes, evitando que a sua interação com os tecidos biológicos, provoquem alterações a nível celular.

Page 13: Radio Proteção

Conceitos fundamentais

Contaminação – Incorporação do material radioativo ao meio em que interage ( tecido biológico).

Irradiar – expor o meio a radiação, não ocorrendo incorporação do material emissor de radiação.

Page 14: Radio Proteção

Contaminação – Incorporação do material radioativo ao meio em que interage ( tecido biológico).

Page 15: Radio Proteção

Irradiar – expor o meio a radiação, não ocorrendo incorporação do material emissor de radiação.

Page 16: Radio Proteção

Irradiação interna – É o resultante da entrada de material radioativo no corpo humano através de ingestão, inalação ou por absorção direta pela pele (ocorre em ação simultânea a contaminação).

Page 17: Radio Proteção

Irradiação externa – é a resultante de expormos o corpo na trajetória de um feixe de radiação de uma fonte externa ( X e у).

Radiação primária – feixe onde se relaciona diretamente a fonte e o meio irradiado.

Radiação espalhada – é a radiação resultante do processo de interação do feixe primário com o meio irradiado, agora denominado espalhador

Page 18: Radio Proteção

RADIOPROTEÇÃO

Em radiologia diagnostica, ocorre apenas irradiação externa.

Os raios x diagnósticos são gerados por fontes artificiais, sendo sua faixa de energia entre 20 – 150 kV.

Em odontologia entre 50 – 70 kV.

Em mamografia entre 20 – 35kV

A radiação espalhada, por esta faixa de energia, pode ser atenuada utilizado blindagens de espessuras de 1 a 3 mm equivalentes de chumbo, definido por cálculo de blindagem específico.

Page 19: Radio Proteção

RADIOPROTEÇÃO

As radiações ionizantes, após a interação com os tecidos biológicos, podem provocar danos no DNA ou liberam radicais livres (oxigênio-molécula).

Page 20: Radio Proteção

RADIOPROTEÇÃO

Parâmetros físicos de radioproteção.

Tempo – Quanto menor for o tempo utilizado para irradiar um corpo, menor será os danos

biológicos neste corpo produzido.

Blindagem - material deve ser adequado de tal maneira que a radiação que nele irá

interagir seja atenuado ao seu nível máximo.

Distância – Tendo conhecimento que a radiação é inversamente proporcional ao quadrado

da distância, ou seja , quanto maior for a distância da fonte de radiação do corpo ao qual

ela terá que interagir, menor será seu poder de penetração, logo menor será os danos

biológicos nele causado.

Page 21: Radio Proteção

Classificação dos Efeitos Biológicos

Determinísticos

Ocorre a partir de um limiar de

dose, pouco provável de ocorrer

com raios-x diagnóstico.

Exemplos:

Catarata > 2Gy

Esterelidade feminina > 8Gy

Esterelidade masculina > 3Gy

Estocásticos

Não possui limiar de dose para ocorrer,

podendo ser gerado por efeito

acumulativo, classificado em:

Somático - manifestação no próprio

indivíduo exposto a radiação

Genético - Manifestam-se na descendência

do indivíduo exposto a radiação

Page 22: Radio Proteção

Efeito Determinístico

Page 23: Radio Proteção

RADIOPROTEÇÃO ?

É a diretriz de procedimentos utilizados para prevenir os efeitos determinísticos e reduzir ao máximo, a probabilidade de ocorrência dos efeitos estocásticos.

Page 24: Radio Proteção

RADIOPROTEÇÃO

Limites de dose:Trabalhador:

Máximo de 50mSv/ano, não podendo exceder a uma média de 20mSv nos últimos 5 anos.

Estudantes e estagiários: 6mSv/ano

Público: 1 mSv/ano

Page 25: Radio Proteção

Fundamentos de Radiobiologia

Page 26: Radio Proteção

Fases da evolução das fotolesões

Estágio Físico

Estágio Químico

Estágio Biológico

Page 27: Radio Proteção

Estágio Físico

Ocorrem interações entre a radiação e a matéria viva, acarretando o aparecimento de átomos e moléculas ativados e ionizados;

Duração: muito curta (frações de segundos);

Os produtos formados neste estágio são altamente reativos.

Page 28: Radio Proteção

Estágio Químico

Ocorrem reações e/ou alterações químicas nos produtos formados no estágio anterior, ou reações desses produtos com moléculas vizinhas, o que conduz à formação de produtos secundários;

Duração: variável de frações de segundos a várias horas.

Page 29: Radio Proteção

Estágio Biológico

As reações químicas resultantes das fases anteriores podem afetar processos vitais para os sistemas biológicos, modificando certas funções e/ou bloqueando outras;

Duração: varia de algumas horas até anos;

Aparecimento de mutações etc.

Page 30: Radio Proteção

Fases da evolução de uma radiolesãoE

STÁ

GIO

FÍS

ICO

ES

GIO

QU

ÍMIC

OE

STÁ

GIO

BIO

GIC

O

EXPOSIÇÃO DA MATÉRIA VIVA À RADIAÇÃOABSORÇÃODE ENERGIA

ATIVAÇÕES E IONIZAÇÕES

EFEITO DIRETO EFEITO INDIRETO

ABSORÇÃO DE ENERGIA PELO MEIO

ABSORÇÃO DE ENERGIA PELAS BIOMOLÉCULAS

MODIFICAÇÕES MOLECULARES

ALTERAÇÕES GENÉTICAS

LESÕES BIOQUÍMICAS

LESÕES METABÓLICAS

EFEITOS SOMÁTICOS RETARDADOS

CANCERIZAÇÃO

MORTE CELULAR

DOENÇA AGUDA DE RADIAÇÃO

MORTE DO ORGANISMO

Page 31: Radio Proteção

Efeito Direto

A energia de uma radiação é transferida para uma macromolécula nobre da célula (DNA), modificando sua estrutura.

Page 32: Radio Proteção

Efeito Indireto

A energia é transferida para uma molécula intermediária (H2O), esta representa cerca de 70% da massa celular, cuja RADIÓLISE acarreta a formação de produtos altamente reativos, os RADICAIS LIVRES, capazes de lesar o DNA, caracterizando o efeito.

Page 33: Radio Proteção

Efeito Global

Soma dos efeitos diretos e indiretos, cujas importâncias relativas variam em função de diversos fatores, tais como temperatura, teor da água, ou a presença de outras moléculas que possam capturar os produtos da radiólise da água.

Page 34: Radio Proteção

(FORMAÇÃO DE RADICAIS LIVRES)

Radiólise da Água

Page 35: Radio Proteção

Radiólise

A água forma cerca de 80% da massa corpórea;

Quando a célula não sofre ação direta da radiação em sua macromolécula (DNA), restam as moléculas intermediárias (H2O).

Page 36: Radio Proteção

Processo de Formação dos Radicais(Ação Indireta)

A radiação ionizante interage com uma molécula de água, transferindo sua energia para a mesma e ionizando-a, conforme o esquema:

Radiação H2O = H2O+ + е-

Page 37: Radio Proteção

H2O+ + е-

O íon positivo forma o Radical Hidroxil na forma:

H2O+= H+ + OH.

Page 38: Radio Proteção

Radical Hidrogênio

O íon negativo resultante, que é o elétron, ataca uma molécula neutra de água, dissociando-a e formando o radical hidrogênio:

е- + H2O = H2O- = H. + OH-

Page 39: Radio Proteção

Radiólise

Os radicais hidrogênio e Hidroxil podem ser formados também com a dissociação da água, numa excitação:

H2O = H2O*= H.+ OH

.