rachando o grupo

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RACHANDO O GRUPO Em 1992 cujo tema foi a analise de grupos, se ressaltou que a terapia em grupo estava em crise, à mesma terapia em grupo que fez sucesso nos anos 70. A terapia em grupo fez sucesso por que nesta época passava- se por uma forte repressão política e a terapia surgiu como um reduto de liberdade, havendo muitos pacientes e poucos analistas, o tratamento em grupo foi à solução para a grande demanda. Os responsáveis pela diminuição foram fatores teóricos técnicos. Quando se destacou a falta de desenvolvimento teórico na área, o desrespeito as individualidades, a falta de sigilo o grupo e a difusão da psicanálise. Na reportagem colocou-se o grupo como fora de moda, o colocando como um recurso ultrapassado e inadequado para a atualidade. As pessoas investiram na terapia em grupo por ser uma coisa à frente, uma alternativa para o tratamento clássico. As redes das práticas grupais e o desenvolvimento do instituto francês Loureau diz que a análise institucional nasceu de uma critica aos métodos de grupos. Com a entrada da psicossociologia na França nas décadas de 50/60, abriram-se três redes. A primeira ampliou uma abordagem teórica-prática, impulsionando a psicologia social com ênfase nos grupos. A segunda criticada pela psicanálise, montou o diagrama psicanálise-grupo. E a terceira criticada pelos institucionalistas, por uma ideologia grupista, se abriu entre linhas que atravessam e percorrem caminhos entre si, surgindo o institucionalismo. Diagrama da psicossociologia francesa As linhas de E (Elton Mayo), M (Moreno), L (Lewin), e C (Carl Rogers), o grupo se destacou como um elemento que proporcionou as boas relações humanas. O grupo entrou como resultante das escolhas pessoais que favorecem uma boa adaptação. Usando estes procedimentos, usa-se a linha L onde o grupo é um elemento importante de intervenção no campo social. O desdobramento criou o T-Group ou grupo de

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Page 1: Rachando o Grupo

RACHANDO O GRUPO

Em 1992 cujo tema foi a analise de grupos, se ressaltou que a terapia em grupo estava em crise, à mesma terapia em grupo que fez sucesso nos anos 70.

A terapia em grupo fez sucesso por que nesta época passava-se por uma forte repressão política e a terapia surgiu como um reduto de liberdade, havendo muitos pacientes e poucos analistas, o tratamento em grupo foi à solução para a grande demanda. Os responsáveis pela diminuição foram fatores teóricos técnicos. Quando se destacou a falta de desenvolvimento teórico na área, o desrespeito as individualidades, a falta de sigilo o grupo e a difusão da psicanálise.

Na reportagem colocou-se o grupo como fora de moda, o colocando como um recurso ultrapassado e inadequado para a atualidade. As pessoas investiram na terapia em grupo por ser uma coisa à frente, uma alternativa para o tratamento clássico.

As redes das práticas grupais e o desenvolvimento do instituto francês

Loureau diz que a análise institucional nasceu de uma critica aos métodos de grupos. Com a entrada da psicossociologia na França nas décadas de 50/60, abriram-se três redes. A primeira ampliou uma abordagem teórica-prática, impulsionando a psicologia social com ênfase nos grupos. A segunda criticada pela psicanálise, montou o diagrama psicanálise-grupo. E a terceira criticada pelos institucionalistas, por uma ideologia grupista, se abriu entre linhas que atravessam e percorrem caminhos entre si, surgindo o institucionalismo.

Diagrama da psicossociologia francesa

As linhas de E (Elton Mayo), M (Moreno), L (Lewin), e C (Carl Rogers), o grupo se destacou como um elemento que proporcionou as boas relações humanas.

O grupo entrou como resultante das escolhas pessoais que favorecem uma boa adaptação. Usando estes procedimentos, usa-se a linha L onde o grupo é um elemento importante de intervenção no campo social. O desdobramento criou o T-Group ou grupo de diagnostico: ele visa a realização de uma experiência de grupo que se transforma em conhecimento,que transforme a existência.

Cruza-se ali a linha C por não ser diretiva e por viver autenticamente todas as situações, o grupo aparece então como espaço de escuta onde todos tem direito a fala.

Lapassade publica dois artigos sobre grupos das organizações e instituições. Onde analisou a dimenção institucional.

Diagrama do institucionalismo

François Tosquelles durante a segunda Guerra Mundial desenvolveu junto com uma equipe uma experiência que colocou em questão as relações estabelecidas no hospital psiquiátrico, desenvolvendo ações terapêuticas com pessoas que não eram especialistas.

Foi criada no hospital uma cooperativa, e se formou um campa para a experimentação de novas formas de organização e de decisão, o hospitalpsiquiatrico.

Page 2: Rachando o Grupo

A utilização de recursos como cooperativas, grupos de pacientes e técnicos e o estimulo a participação no cotidiano do hospital e a mistura de refugiados, camponeses e intelectuais tornou esta experiência boa.

Quando chegou o primeiro analista ao hospital, estavam sendo conhecias teorias e praticas para o trabalho em grupo, como o de ensinar os doentes a não se comportarem como loucos em publico.

A modificação implementada usava a destecnocratização e deshierarquização da psiquiatria clássica, pretendendo uma ligação maior com a vida da população, isso fazia uma descentralização e esvaziamento dos hospitais, através de atendimentos pela cidade.

A desalienação do doente passava pela critica ao modo como hospital e psiquiatria estavam organizados, e também acionar a participação de todos na vida do hospital e questionamentos das concepções de doença mental.

As técnicas grupais entravam com o intuito de transformar as relações sociais do hospital, tendo novas formas de organização. E os médicos psicoterapeutas procuravam modificar a relação médico-paciente .

As técnicas grupais entraram como uma deshierarquização do lugar e das normas, apontando para o uso de modelos grupais e para a visão de instituição, identificada a estabelecimentos.

A segunda linha tem como destaque Gattari, que propôs uma reunião r faz uma dupla demarcação a psicoterapia institucional, a primeira se opunha a analise e a psicoterapia institucional, a segunda que tais processos analíticos não poderiam ser uma especialidade do campo da higiene mental. Se referiu a este momento como a virada da psicoterapia em analise institucional.

A partir daí a perceptiva da psicoterapia institucional estava marcada pela inclusão da dimensão analítica, em que a analise passa a ser vista como uma dimensão da experimentação social, não se restringindo a ação dos trabalhadores da saúde mental, e nem a cura é a cura individual.

As propostas da psicoterapia individual já eram criticadas, pois não levava em conta a dimensão analítica, as referencias as técnicas grupais e o caráter experimentativo das dinâmicas de grupo. Vários desafios se colocaram e Gattari formulou alguns conceitos que impulsionaram frentes institucionalistas.

Entre eles a analise institucional que deveria instaurar espaço de formulação permanente das instituições, a analise institucional afirma que toda analise é institucional, criando um arsenal conceitual.

No artigo Introdução a Psicoterapia Institucional, foram colocados o que eram grupos, o primeiro é hierarquizado, havia uma autopreservação, são os grupos sujeitados, e o segundo tem alternativas para as pessoas e suas posições, são os sujeitos.

Page 3: Rachando o Grupo

Em a Tranferencia com o tema grupo Gattari afirma que os dois tipos de grupos não deveriam ser considerados mutuamente exclusivos. E diz que o grupo não é um dado é uma construção que se configura a cada situação, e os papeis e as lideranças são de certo modo uma produção do grupo.

Criou-se então em 1966 a federação de grupos de estudos e de pesquisas institucionais, que se reuiram psiquiatras e profissionais de outras áreas.