r. lindo vale, 464 - doroteefrassinetti.org · “É nossa senhora que vai a passar… não caias,...

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Encerramento do Encerramento do Encerramento do Encerramento do Ano Jubilar Ano Jubilar Ano Jubilar Ano Jubilar - Linhó Linhó Linhó Linhó - R. Lindo Vale, 464 R. Lindo Vale, 464 R. Lindo Vale, 464 R. Lindo Vale, 464 4200 4200 4200 4200-370 PORTO 370 PORTO 370 PORTO 370 PORTO Al. Linhas de Torres, 2 Al. Linhas de Torres, 2 Al. Linhas de Torres, 2 Al. Linhas de Torres, 2 1750 1750 1750 1750-146 LISBOA 146 LISBOA 146 LISBOA 146 LISBOA [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Capítulo Geral XX Capítulo Geral XX Capítulo Geral XX Capítulo Geral XX Aconteceu... Acontece... Aconteceu... Acontece... Aconteceu... Acontece... Aconteceu... Acontece... Irmãs que nos deixaram Irmãs que nos deixaram Irmãs que nos deixaram Irmãs que nos deixaram Página de Arquivo Página de Arquivo Página de Arquivo Página de Arquivo Pastoral J Pastoral J Pastoral J Pastoral Juvenil uvenil uvenil uvenil: Uma Uma Uma Uma missão missão missão missão em em em em Quarteira... Quarteira... Quarteira... Quarteira... ‘Serviço a um Povo Serviço a um Povo Serviço a um Povo Serviço a um Povo’ em Pinhel... em Pinhel... em Pinhel... em Pinhel...

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Encerramento doEncerramento doEncerramento doEncerramento do

Ano JubilarAno JubilarAno JubilarAno Jubilar

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R. Lindo Vale, 464 R. Lindo Vale, 464 R. Lindo Vale, 464 R. Lindo Vale, 464 –––– 4200 4200 4200 4200----370 PORTO 370 PORTO 370 PORTO 370 PORTO ���� Al. Linhas de Torres, 2 Al. Linhas de Torres, 2 Al. Linhas de Torres, 2 Al. Linhas de Torres, 2 –––– 1750 1750 1750 1750----146 LISBOA 146 LISBOA 146 LISBOA 146 LISBOA ���� [email protected]@[email protected]@gmail.com

•••• Capítulo Geral XXCapítulo Geral XXCapítulo Geral XXCapítulo Geral XX

•••• Aconteceu... Acontece...Aconteceu... Acontece...Aconteceu... Acontece...Aconteceu... Acontece...

•••• Irmãs que nos deixaramIrmãs que nos deixaramIrmãs que nos deixaramIrmãs que nos deixaram

•••• Página de ArquivoPágina de ArquivoPágina de ArquivoPágina de Arquivo

Pastoral JPastoral JPastoral JPastoral Juveniluveniluveniluvenil::::

Uma Uma Uma Uma missãomissãomissãomissão emememem Quarteira... Quarteira... Quarteira... Quarteira...

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Linhó, Linhó, Linhó, Linhó, 12 de Agosto: Encerramento do Ano Jubilar12 de Agosto: Encerramento do Ano Jubilar12 de Agosto: Encerramento do Ano Jubilar12 de Agosto: Encerramento do Ano Jubilar Irmã Casimira Marques

175 anos da FUNDAÇÃO175 anos da FUNDAÇÃO175 anos da FUNDAÇÃO175 anos da FUNDAÇÃO Logo à chegada se notava no Linhó um ar de FESTA!

As colchas nas janelas falavam bem alto a encher de alegria os corações!

Corremos para a mata onde se iniciavam as celebrações.

No seu pequeno andor, a SENHORA BRANQUINHA era a RAINHA da FESTA! Rodeavam-na as Irmãs Doroteias de todas as idades, algumas Mães de Paula, muitos Leigos com quem estamos e trabalhamos e um belo grupo de jovens de Paula…

Começou a Celebração recordando como “despontou finalmente a aurora” do primeiro dia da FUNDAÇÃO das Filhas da Santa Fé, que depois se chamaram Irmãs de Santa Doroteia.

A singela Procissão dirigiu-se para a Capela da Casa do Linhó. Três paragens significativas para meditar os votos de Obediência, Pobreza e Castidade, por entre reflexões e cânticos apropriados. A simplicidade esteve perso-nificada na Senhora Branquinha e no belo cântico-ladaínha cheio de memórias, louvo-res, súplicas e a promessa de “total fidelidade, num dom sem reserva, sempre até ao fim”!

Fez-se a chamada das Madres Mestras presentes que acompanharam várias gerações de Doroteias: Maria Margarida Furtado

Martins, Maria de Lourdes Magalhães, Fernanda Nogueira, São Ribeiro, Teresa Magalhães e Guida Ribeiri-nha. Com palavras de louvor e acção de graças, também foram lembradas as Doroteias que, já no Céu, sentíamos a fazer festa connosco…

Na Capela, muito festiva, enfeitada com belos girassóis, as duas Provinciais leram palavras tiradas do Diário que acompanhou a imagem de Nossa Senhora na sua visita às Comunidades.

E fez-se a Consagração a Nossa Senhora Branquinha.

A Irmã Magalhães foi convidada a reger a linda canção que fez quando era noviça, e toda a gente cantou de alma e coração:

“É Nossa Senhora que vai a passar… não caias, ó neve, que a podes manchar!

É Nossa Senhora que vai no caminho… mais pura que a neve, mais branca que o linho!

Ó Virgem sem mancha, tão linda a passar… nem neve nem linho te podem chegar!”

A Irmã Diana Barbosa apresentou o livro “Memórias do coração”, tornando presentes muitas Irmãs que “já são nossas advogadas no Céu” e continuam vivas nos corações que as recordam louvando o Senhor com muita gratidão e saudade.

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Depois foi o almoço de confraternização, no antigo refeitório da Comunidade. Simples, variado, muito bem apresentado e condimentado com os abraços e conversas que celebram os encontros amigos depois de longas ausências… Nem faltou a música do champanhe e a dança dos bolos saborosos de aniversário, enfeitados com o símbolo do Jubileu deste Ano de Santa Paula.

Na parede do fundo as linhas sinuosas de um caminho, marcado por muitas pegadas entre 1834 e 2009: “Na fé percorremos um caminho… Na esperança sonhamos o futuro…” O amor podia palpar-se nas muitas fotografias e trabalhos da EXPOSIÇÃO continuada pelo corredor que leva à Casa de Retiros e que já tinha sido apresentada em Fátima no dia 14 de Março.

O pequeno intervalo que se seguiu foi aproveitado para revisitar esta belíssima exposição, para visitar as doentes da Casa ou reunir grupos da mesma “festa”!

Pelas 15 horas, outra vez na mata - nem podia haver melhor “salão de festas” - deu-se início à EUCARISTIA, bem preparada e participada, que nos fez rezar a tarde toda.

Louvor e acção de graças pelo passado, presente e futuro, ao jeito de Paula, foi o tema de fundo…

Junto do altar, sete Irmãs, vestidas à moda antiga, sentadas à volta de uma panela colocada sobre um vaso de barro invertido, lembravam as sete companheiras no dia da Fundação.

O Padre Carlos Carneiro sj, no seu modo simples de nos mostrar apreço e amizade, disse que “Deus nos conhece de ginjeira e ama-nos” e nós fazemos o mesmo por Ele, porque “amor com amor se paga”... E acrescentou que os “cabelos brancos são sinal de vida dada, de amor oferecido”!

E tantos cabelos brancos por ali se viam… e cadeiras de rodas com Irmãs que fizeram questão de marcar pre-sença neste encontro de família, mostrando como se vive o encanto de “dar a vida até ao fim”, com genero-sidade e alegria.

Também se notavam as nossas Irmãs mais novas, e muitos jovens que ali tinham vivido uns dias em acam-pamento e muito ajudaram no grupo coral e na dinamização geral.

A todos o Padre Carlos Carneiro convidou a pôr a vida nas mãos do Senhor, com a frescura da idade ou com a maturidade da experiência, para dar a conhecer o Senhor.

No Ofertório, a presença de Paula na sua fotografia junto do altar e à sua volta as lamparinas que representavam cada uma de nós, os símbolos do Jubileu e da reunificação das Províncias Portuguesas, os frutos da vida nova que incorpora os leigos na Família de Paula.

E três momentos fortes: as Irmãs a renovar os votos com a fórmula usada por Santa Paula, os leigos a manifestar a sua adesão à Família Doroteia, os jovens a oferecer a sua

disponibilidade agitando fitas coloridas.

No final da Eucaristia e de lindos cânticos, as sete companheiras de Quinto distribuíram um pedacinho de focaccia com a mensagem da Madre Geral para este “dia cheio de vida, de esperança, de futuro” como disse o Padre Carlos Carneiro.

Ainda houve tempo para uma bela merenda, no pátio da Infantil, antes da corrida para os transportes que nos levariam às nossas Comunidades e locais de trabalho.

Ficaram a rezar em nós as palavras da Irmã Jaci: “A nossa História continua, e cabe-nos escrevê-la hoje, dei-xando-nos conduzir pelo Espírito de Cristo, certas da protecção de Maria, nossa Mãe, e com Paula sempre… até ao fim.” �

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Uma «Mãe de Paula» (a Manuela, de Viseu) traduziu em verso os seus sentimentos por esta celebração. Damos aqui uma «amostra»:

F F F F U N D A Ç Ã OU N D A Ç Ã OU N D A Ç Ã OU N D A Ç Ã O do Indo Indo Indo Insssstituto das Irmtituto das Irmtituto das Irmtituto das Irmãs de Sãs de Sãs de Sãs de Santa Doroteiaanta Doroteiaanta Doroteiaanta Doroteia

12 de Agosto 12 de Agosto 12 de Agosto 12 de Agosto ---- 1834 1834 1834 1834 ---- 2009 2009 2009 2009 Nem sempre temos dias como este,Nem sempre temos dias como este,Nem sempre temos dias como este,Nem sempre temos dias como este, P’ra lembrar os primórdios de uma vida.P’ra lembrar os primórdios de uma vida.P’ra lembrar os primórdios de uma vida.P’ra lembrar os primórdios de uma vida. Por isso nós, aqui hoje, reunimosPor isso nós, aqui hoje, reunimosPor isso nós, aqui hoje, reunimosPor isso nós, aqui hoje, reunimos Coração cheio e alma enternecida.Coração cheio e alma enternecida.Coração cheio e alma enternecida.Coração cheio e alma enternecida.

Quero, hoje, fazer da minha vozQuero, hoje, fazer da minha vozQuero, hoje, fazer da minha vozQuero, hoje, fazer da minha voz Eco da voz de todas, que no mundoEco da voz de todas, que no mundoEco da voz de todas, que no mundoEco da voz de todas, que no mundo Vão sonhando este sonho tão lindoVão sonhando este sonho tão lindoVão sonhando este sonho tão lindoVão sonhando este sonho tão lindo De tornar o amor sempre mais profundo.De tornar o amor sempre mais profundo.De tornar o amor sempre mais profundo.De tornar o amor sempre mais profundo.

Cantemos a audácia dos corações,Cantemos a audácia dos corações,Cantemos a audácia dos corações,Cantemos a audácia dos corações, Tão simples, mas tão cheios de amorTão simples, mas tão cheios de amorTão simples, mas tão cheios de amorTão simples, mas tão cheios de amor Que, em Santa Clara, um dia prometeramQue, em Santa Clara, um dia prometeramQue, em Santa Clara, um dia prometeramQue, em Santa Clara, um dia prometeram Fazer da vida um SIM ao SENHOR.Fazer da vida um SIM ao SENHOR.Fazer da vida um SIM ao SENHOR.Fazer da vida um SIM ao SENHOR.

Cento Cento Cento Cento e setenta e cinco anos passarame setenta e cinco anos passarame setenta e cinco anos passarame setenta e cinco anos passaram Desde aquela tão bela madrugada,Desde aquela tão bela madrugada,Desde aquela tão bela madrugada,Desde aquela tão bela madrugada, E no peito sentimos florescerE no peito sentimos florescerE no peito sentimos florescerE no peito sentimos florescer O sonho da Missão continuada.O sonho da Missão continuada.O sonho da Missão continuada.O sonho da Missão continuada.

Como nós, há mais frutos desse SIMComo nós, há mais frutos desse SIMComo nós, há mais frutos desse SIMComo nós, há mais frutos desse SIM Em tantos grupos, pelo mundo fora!Em tantos grupos, pelo mundo fora!Em tantos grupos, pelo mundo fora!Em tantos grupos, pelo mundo fora! Todas juntas pedimos a MariaTodas juntas pedimos a MariaTodas juntas pedimos a MariaTodas juntas pedimos a Maria Graças de fid’lidade a cada horGraças de fid’lidade a cada horGraças de fid’lidade a cada horGraças de fid’lidade a cada hora.a.a.a. É festa grande, a cantar “Aleluia”É festa grande, a cantar “Aleluia”É festa grande, a cantar “Aleluia”É festa grande, a cantar “Aleluia”....

DigamosDigamosDigamosDigamos,,,, em uníssono, a Jesus: em uníssono, a Jesus: em uníssono, a Jesus: em uníssono, a Jesus: Ser Doroteia, ou ser Mãe de PaulaSer Doroteia, ou ser Mãe de PaulaSer Doroteia, ou ser Mãe de PaulaSer Doroteia, ou ser Mãe de Paula É ser Família unida à mesma Luz.É ser Família unida à mesma Luz.É ser Família unida à mesma Luz.É ser Família unida à mesma Luz.

Pela vida e dom de Santa PaulaPela vida e dom de Santa PaulaPela vida e dom de Santa PaulaPela vida e dom de Santa Paula Que p’lo mundo semeou o Teu AmorQue p’lo mundo semeou o Teu AmorQue p’lo mundo semeou o Teu AmorQue p’lo mundo semeou o Teu Amor Hoje cantamos a uma só voz:Hoje cantamos a uma só voz:Hoje cantamos a uma só voz:Hoje cantamos a uma só voz: Obrigada, ó Pai, Deus e SObrigada, ó Pai, Deus e SObrigada, ó Pai, Deus e SObrigada, ó Pai, Deus e Senhor!enhor!enhor!enhor!

JuntamJuntamJuntamJuntam----se a nós as mães que aqui não estãose a nós as mães que aqui não estãose a nós as mães que aqui não estãose a nós as mães que aqui não estão Para cantarmos ao nosso DeusPara cantarmos ao nosso DeusPara cantarmos ao nosso DeusPara cantarmos ao nosso Deus----AmorAmorAmorAmor Todas unidas num só coraçãoTodas unidas num só coraçãoTodas unidas num só coraçãoTodas unidas num só coração Elevamos ao céu grato Louvor. Elevamos ao céu grato Louvor. Elevamos ao céu grato Louvor. Elevamos ao céu grato Louvor.

Mães de PaulaMães de PaulaMães de PaulaMães de Paula - AgostoAgostoAgostoAgosto 2009200920092009

Missão na Quarteira Irmã Goreti Faneca

O QUE É ISTO?... IGREJA CATÓLICA?... Foram 15 dias de missão, com duas tendas montadas no Calçadão da Praia da Quarteira: Tenda do Silêncio e Tenda do Encontro. A colocação das tendas foi um serviço assegurado pela Comunidade de Loulé com a colaboração da Câmara Municipal. As Tendas estavam muito bonitas; principalmente o seu interior, arranjado por dois decoradores da Câmara. Dois grupos de jovens, um em cada semana - acompanhados pelas Irmãs Arminda,

Alcina e Goreti e ainda pela Guida Oliveira -, viveram o desafio de anunciar o Evangelho pelas ruas da cidade da Quar-teira, indo ao encontro de quem passava entregando uma mensagem, ora do Evangelho , ora de Santa Paula. Para alguns foi a primeira missão com as Irmãs Doroteias; para outros foi um querer repetir a experiência. Ficam aqui as suas palavras registadas na avaliação:

O que ajudou... O que foi mais difícil...

“Como ‘sinal +’ desta experiência-missão, levo as orações na praia com o povo, o grupo, o convívio em casa e, principalmente, as pessoas que nos interpelaram na rua com palavras de incentivo e carinho. São elas que nos lembram que a nossa missão tem valor. A maior dificuldade é tomar consciência que há muitas pessoas que nem querem ouvir falar no nome de Jesus Cristo…” Rita Duque, Coimbra

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“... ajudou-me a crescer na fé e a sentir-me útil à Igreja e ao povo… Muita gente precisa que, às vezes, as chame-mos a Cristo, pois não o conseguem fazer sozinhas. A rejeição de muita gente e a falta de fé que encontramos, foi o pior”… Inês, Vila Franca de Xira

“Tudo o que levo é positivo: as pessoas, a semana, a experiência, o espaço, até os “nãos” que ouvi, eu levo como um sinal mais desta experiência, pois não nos deixa parar e ainda nos dá mais força para continuar a falar de Jesus Cristo. A dificuldade não está em anunciar Jesus, porque, se é algo que fazemos com gosto, não custa, mas o modo de abordarmos as pessoas na rua e o modo como estas nos respondiam e tratavam, …foi um pouco compli-cado…” Marta Félix, Moura

“... levo vontade de falar e de me abrir ao próximo, com uma maior capacidade de comunicar aquilo que me foi transmitido a mim, durante toda esta semana; levo um espírito aberto, uma mente alargada aos horizontes do coração, e ainda novas expectativas para a minha caminhada na fé, com uma vontade enorme de anunciar e falar aos outros do Evangelho de Jesus Cristo. Atrevo-me a dizer que todos estes dias foram, embora cansativos, muitíssimo gratificantes, tendo uma “rede” de organização por detrás capaz de assegurar e colocar-nos a todos num ambiente de fé… O irmos ao encontro das pessoas e tentarmos manter uma conversa, foi um pouco difícil…; foi difícil tomar consciência da realidade tal como ela é”… Joana, Moura

“... levo o amor fortalecido por Jesus, e um interesse aumentado pela vida, obra e carisma de Santa Paula; levo novos amigos, uma experiência de convivência e partilha em grupo, o “feed-back” positivo de algumas pessoas a quem distribuímos mensagens e nos marcaram, as orações na praia… A maior dificuldade foi o cansaço e a falta de algum conhecimento mais detalhado sobre Santa Paula e a Bíblia em geral”. Mariana, Oliveira de Azeméis

“Gostei de conhecer outras pessoas principalmente os descrentes em Cristo, pois fez-me ver que é realmente este o Cristo que quero seguir e anunciar. Também levo, como sinal mais, a inesgotável energia das três Irmãs e da Guida que, após 15 dias, continuam com capacidade para nos “empurrar” a continuar esta missão. Impressio-nou-me a falta de disponibilidade das pessoas mesmo em altura de férias”… Joel, Moura

“... levo tudo o que aprendi com as Irmãs, o convívio com o grupo, novos amigos e ter descoberto que tenho o dom de falar, e falar de Jesus. A principal dificuldade foi sentir que somos olhadas de lado quando anunciamos Jesus”… Solange, Loulé

“Levo novos amigos, revi outros, cresci na fé, aprendi coisas novas… levo como sinal mais a maneira como traba-lhámos em grupo, compreendendo-nos e ajudando-nos uns aos outros. Foi difícil o facto de as pessoas não acei-tarem a ideia de andarmos na rua a distribuir as mensagens… Achei que as pessoas não respeitam a religião de cada um”… Diana, Arrentela

Para aqueles que estavam a fazer férias a nossa presença foi, para uns uma oportunidade de avivar e fortalecer a fé, para outros um espaço que tira da solidão e gera uma oportunidade de se ser solidário. Ao nosso Deus, a nossa gratidão por tudo…

Pinhel - “Um Povo – uma Família”

Irmã Maria Alice Simões

Com este slogan, “Um Povo – uma Família”, e o logotipo do Ano Jubilar, um grupo de 10 jovens e 3 Irmãs Doroteias viveu uma experiência de serviço em diálogo com o povo de Pinhel entre os dias 31 de Julho e 9 de Agosto. Provenientes de Arrentela, Lisboa, Loulé, Porto e Recardães, fomo-nos constituindo como família, tornando-nos todos responsáveis por tudo e todos. As tarefas da casa estavam distribuídas, e o rodar por todas fez parte integran-te da experiência: cozinhar, rezar/animar e limpar. A oração da manhã e da noite, a oração antes e depois das refeições, o momento de reflexão em grupo para aprofundar o tema, e a avaliação, fizeram parte da nossa rotina diária.

A Comunidade de Pinhel, com a presença e trabalho que desenvolve, foi o ponto de partida, e é certeza de conti-nuidade da “semente” lançada à terra nestes poucos dias em que lá se esteve. O acolhimento foi por nós sentido desde a primeira hora, em que éramos anunciados como missionários, até às

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lágrimas de saudade com que todos (pessoas do povo e jovens) se manifestaram na “hora da partida” e o desejo fundo do regresso.

O dia 1 de Agosto foi destinado ao conhecimento da realidade com a presença do pároco, da parte da manhã, e dos responsáveis dos diferentes grupos paroquiais, à tarde. Neste dia tomámos consciência da imensa riqueza daquele povo e da sua dificuldade em construir comunhão, em ser uma Família com a diversidade de talentos que possui. Depois desta visão, feita através das pessoas que estão mais implicadas na vida paroquial, foi hora de reformular o programa, de o fotocopiar e distribuir em todas as casas.

Dia 2, na Eucaristia, de uma forma simples apresentámo-nos à comunidade paroquial e fomos entrando em rela-ção com as pessoas; neste dia tivemos o primeiro convívio na rua com todos.

De 3 a 8 o grupo foi-se integrando, dialogando e desenvolvendo várias actividades com as diferentes faixas etárias e com alguns grupos específicos da paróquia. As manhãs foram sempre reservadas ao grupo em serviço: oração da manhã, aprofundamento do tema, preparação das actividades a desenvolver à tarde e execução da tarefa de cada pequena equipa para aquele dia. As tardes foram passadas no contacto directo com a população: Crianças, Jovens e Idosos. Todas as noites o grupo teve contacto directo com todos, através dos convívios ou oração. Os encontros da noite visaram sempre convocar todos, chamar todos a constituir uma grande Família. Procurou entrar em diálogo com o povo, descobrir as suas potencialidades, pô-las em relevo e tomar consciência de que somos chamados a constituir uma grande Família a partir dos talentos de cada um e de cada grupo.

Esta experiência de serviço em diálogo com o povo de Pinhel terminou com uma grande festa, no dia 8 à noite; foi uma verdadeira festa de talentos, de comunhão! Nesta festa foi construído o freixo em ponto grande, onde cada “folha” era um dos grupos da paróquia. No dia seguinte, dia 9, fomos à Eucaristia e nela foi então a despedida. Foi com muita emoção que dissemos adeus, e o próprio pároco disse não saber se estava num momento festivo ou num funeral pelo choro que via na sua frente. Apesar de ser só uma semana criaram-se laços, valeu a pena!

Ao longo dos dias foram-nos chegando alimentos suficientes para que, com o contributo de cada um, pudéssemos fazer face às despesas inerentes a esta actividade. Apesar de Pinhel ter muitas casas brasonadas vive-se nesta cidade a crise do desemprego e o divórcio; muitas pessoas vivem com dificuldade, e mesmo assim nada nos faltou! Santa Paula um dia disse: “Se tendes pouco dai muito”; e foi isto mesmo que sentimos desde a primeira hora.

Um grupo que nos apoiou incondicionalmente foi sem dúvida o das Mães de Paula. Este grupo, com a grande Mãe Guia, foi excepcional. A presença de Santa Paula em Pinhel é evidente, diria que se respira Santa Paula, e aquele grupo de ‘mães’ é formidável; levaram-nos a sentirmo-nos em nossa casa.

As Irmãs da Comunidade estiveram connosco todos os dias; sentimos o seu apoio. No último dia presentearam-nos com um simpático almoço em casa, que bem que nos soube! Foi um momento de Família, da Família Doro-teia alargada.

Na tarde do dia 9 saímos de Pinhel rumo a Recardães ou a Lisboa - onde chegámos já bem tarde após umas 7 horas de viagem. No dia seguinte, 9 destes jovens participaram no acampamento e na festa de encerramento do Ano Jubilar.

Pinhel recebeu-nos de braços abertos e ficámos com saudades. Sentimos que o Povo do Norte é muito diferente do do Sul; experimentámos que temos maneiras bem diferentes de trabalhar e de conceber as coisas, mas é com essa diferença que somos chamadas a criar comunhão nesta hora, a gerar família, a família que Deus quer hoje.

A partir do tema e da experiência de relação que vive, o grupo faz sempre um hino/mensagem para o povo. O hino deste ano é o que se segue.

Sentimos no silêncio O sopro do amor de Jesus Chamar-nos em missão Para levar a sua Luz.

Caminhámos sem medo Para esta cidade Corremos contra a corrente Em busca da unidade.

De mãos dadas à descoberta

De um povo, uma família

De um coração aberto para amar

Em cada porta um sorriso

Em cada abraço um amigo

Em Pinhel laços vamos criar.

Juntos em serviço Entregues ao povo de Deus Para partilhar Um novo sentido da vida.

A alegria em servir Que nos convida a dar Todos os nossos dons Para cada vida mudar.

Com data de 29 de Junho de 2008, toda a Congregação recebeu a indicação da «Caminhada rumo ao Capítulo Geral XX»:

... queremos tornar-nos disponíveis para que Jesus transforme a nossa ‘água em vinho novo’. A ‘água’ que aparece com mais urgência de ser transformada diz respeito às nossas relações, como mulheres. É esta água que desejamos Jesus transforme em vinho novo. Para acolher este vinho que revitalize a nossa iden-tidade-missão serão necessários ‘odres novos’. A ‘reestruturação’ pedida com insistência pelas Províncias

responde a esta necessidade. (...). DISPONÍVEIS PARA QUE JESUS TRANSFORME A NOSSA ÁGUA EM VINHO NOVO

Desde o início foi pedida a colaboração de todas as Irmãs com as perguntas feitas pela Coordenadora Geral: Que espera deste Capítulo? Como gostaria de viver a sua Vida Religiosa? Sentindo-se “Paula hoje”, qual o aspecto que desejaria ver mais vivo na Congregação?

Constituiu-se uma Comissão Pré-Capitular com as Irmãs Teresa López, Lúcia Câmara, Maria Antónia Marques Guerreiro, Doris Zahra e Sílvia Oesterheld.

O Capítulo Geral começa no dia 7 de Outubro, prevendo-se o encerramento a 17 de Novembro. São 44 as Irmãs Capitulares, sendo convidadas (com direito a voz mas não a voto) a Coordenadora da Área dos Camarões e duas Irmãs da Comissão Preparatória que não são Capitulares. Na primeira fase do Capítulo estará a Clélia Fasciani, fundadora do Grupo de Oração Mães de Paula, grupo há já 23 anos reconhecido oficialmente como participante de nosso Carisma. Recordamos os nomes das Irmãs Capitulares das Províncias de Portugal: Província Norte - Fátima Ambrósio, Maria Antónia Marques Guerreiro e Maria da Conceição Ribeiro; Província Sul: Lúcia Soares, Maria da Conceição Amorim, Maria João Vieira Neves. As Irmãs partem para Roma no dia 5 de Outubro. Juntam-se-lhes as Irmãs Judith Mª Mateus e Mª Emília Nabuco, como tradutoras; e a Irmã Margarida Mª Ribeirinha, como secretária. A Irmã Maria Zilda Filipe, Regional de Moçambique, vai também no mesmo dia.

A Irmã Maria Antónia Marques Guerreiro parte mais cedo - 26 Setembro -, uma vez que pertence à Comissão Prepa-ratória do Capítulo Geral.

���� Dia 21 de Agosto - Chegou uma Irmã Brasilei-

ra, Irmã Lourdes Lima, da Província Sul, que se ofereceu para, durante 3 anos, trabalhar em Moçambique, para onde foi no dia 23. Está em Lichinga. Para não se confundir com a Irmã Lourdes Lima da Costa, chamam-lhe «Lourdinhas»...

���� Dia 30 de Agosto - Às 8.30 da manhã a Irmã Teresa Rodrigues saiu para o Aeroporto rumo a Moçambique. Graças a Deus chegou bem. Esperemos que a saúde se vá aguentando.

���� Dia 4 de Setembro - A Irmã Lúcia Soares orientou um Encontro às Comunidades Edu-cativas da ESE e do Colégio da Paz.

���� Dia 5 de Setembro - Reunião das Irmãs Capi-

tulares, em Fátima. Realiza-se outra a 22/23, também em Fátima.

���� Dia 5 de Setembro - Encontro da Equipa das IPSS, em Fátima.

���� Dia 9 de Setembro - Encontro das Comuni-dades de Inserção, em Fátima.

���� Dia 10 de Setembro - Reunião dos Governos Provinciais, no Porto, com um dos responsá-veis do projecto “Modelo de gestão da Escola Católica”, em ordem a dar continuidade à reflexão e discernimento sobre as nossas Obras e Serviços.

���� Dia 12 de Setembro - Votos Perpétuos da Irmã Lisete Gonçalves, às 10.30h, na igreja de Santo António dos Olivais, em Coimbra, com

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Vigília às 21.30h. Estará presente a Irmã Célia Cerveira, Assistente Geral, que acompanhou a Lisete, em Roma, na sua Terceira Provação.

���� Dia 13 de Setembro - Chega de Moçambique a Irmã Maria Zilda, que vai tomar parte no Capítulo Geral.

���� Dia 14 de Setembro - As Irmãs Maria Alice Simões e Ana Barrento seguem para o Brasil (S. Paulo) onde vão ficar durante este ano lectivo para uma valorização nos respectivos campos de trabalho.

���� Dia 15 de Setembro - A Irmã Lisete Gonçal-ves regressa a Roma, iniciando o Curso de Psicologia na Universidade Gregoriana.

���� Dia 15 de Setembro - Chega a Irmã Céu Sekelele Machado, Provincial de Angola. Irá a Espanha, na continuação do Curso que lá ini-ciou, e participa depois no Capítulo Geral.

���� Dia 17 de Setembro - A Irmã Isabel Guima-rães, realizando o seu oferecimento, parte para S. Tomé.

���� Dia 17 de Setembro - Encontro da Equipa das Escolas, em Fátima.

���� Dia 18 de Setembro - Encontro da Equipa das Irmãs de idade e doentes.

���� Dia 19 de Setembro - Às 17 horas, no Audi-tório Municipal de Gaia, inauguração da Exposição de Pintura da Irmã Gabriela, "Natureza - II Parte" - Aguarela e Pastel de Óleo. Prolongar-se-á até 5 de Outubro.

���� Dia 20 de Setembro - Encontro da Equipa de Pastoral Juvenil Vocacional.

���� Dia 22 de Setembro - Encontro da Equipa de Leigos (núcleo da Família Doroteia).

���� Dia 22 de Setembro - Chegam as Irmãs

Mariquinha (Angola) e Maria José (angolana, em Moçambique), que são Capitulares.

���� Dia 01 de Outubro - As Irmãs Capitulares de Angola e a Irmã Maria José vão para Roma.

���� A Irmã Rositta dá notícias: A ferida da perna está quase fechada, mas tem um edema na córnea da vista direita, problema que não foi detectado ao ir aqui ao oftalmologista; ape-nas lhe referiram as cataratas.

���� As pequenas reparações no novo Lar de Coimbra (antigo Noviciado) estão concluídas. As 3 Irmãs que constituem a Comunidade já estão na nova casa desde o dia 2 de Setem-bro. O Lar comporta 12 Universitárias. Para já vai havendo contactos, mas só mais tarde se concretizarão.

���� Na última Circular dos Governos Provinciais é comunicado que a Manuela Mendonça, nossa antiga, catedrática de História da Faculdade de Letras de Lisboa e presidente da Acade-mia de História, vai escrever a História da Congregação em Portugal, dando continui-dade ao trabalho da Irmã Mª do Céu Nogueira e à História da Dispersão.

���� A Casa Provincial Sul teve uma belíssima oferta: uma imagem de Santa Paula com duas crianças, imagem que tinha sido pro-metida pelo Brasil Sul a uma Irmã dessa Comunidade; a promessa foi concretizada no dia 3 deste mês. É branquinha (em resina) e tem 60 cm de altura. É das imagens mais perfeitas que se têm feito. Foi trazida por um grupo em peregrinação aos lugares de Paula, e a entrega foi em festa! Uma imagem idêntica peregrinou de Comunidade em Comunidade (Brasil Sul) com grande soleni-dade. Venham ver!

Também aconteceu...

Santa Paula visita as doentes de noite: Na noite de 8 para 9 de Julho deste ano 2009, na Residência de Vila do Conde, a Irmã Marieta ouviu a Irmã Leal-dina falar; levantou-se e foi dar-lhe um comprimido com um bocadinho de açúcar para ela ficar mais tranquila e dormir. A certa altura ouviu perguntar: “Que está a fazer?”. Pensou que era a Irmã Maria de Jesus e respondeu: “Estou a dar um comprimido à Irmã Lealdina para acalmar”. Saiu do quarto e no corredor ouviu a mesma voz: “Eu costumo visitar as doentes de noite”. Aqui sentiu um toque no coração a dizer-lhe que era Santa Paula a falar… Ficou muito impressionada. Bem sabia que Santa Paula “anda por aí”, como diz a Maria Maccarone, mas quer contar a toda a gente o que lhe aconteceu, para estarmos bem atentas e sabermos que Santa Paula nos visita. E, principalmente, que Santa Paula visita as doentes de noite.

Bodas de OuroBodas de OuroBodas de OuroBodas de Ouro:::: No dia 8 de Setembro iniciam-se as Bodas de Ouro das Irmãs do novo «grupo» («fes-

ta», como dizemos tradicionalmente...). A Irmã Diana Barbosa iniciou, e seguem-se, até final de 2009, as Irmãs

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Nasceu na Bodiosa (Viseu) a 17 de Junho de 1924. Entrou na Congregação a 19 de Março de 1948.

Faleceu em Viseu a 1 de Setembro de 2009

Arminda Oliveira (24 Setembro), Isabel Pires e Gracinda Henriques (29 Setembro), Fernanda Nogueira, Casimira Marques e Conceição Xavier (22 Outubro). A Comunidade da Casa Provincial, Lisboa, festejou, a 8 de Setembro, a Diana e a Fernanda Nogueira.

FaleceramFaleceramFaleceramFaleceram

Deus bateu à porta da Comunidade de Viseu com poucos dias de diferença: No dia 11 de Agosto, a Irmã Maria José Agostinho; no dia 1 de Setembro a Irmã Eugénia Augusta Lage.

Irmã Maria José Agostinho

Ia a Irmã São Paiva, Coordenadora da Comunidade, a caminho do Linhó, quando recebeu a comunicação de que a Irmã Agostinho, já tão mal, tinha falecido. Diz a São: No dia 11 de manhã pedi ao Padre Sílvio para lhe dar a Santa Unção, mas já não reagiu. Antes de eu ir para o Linhó, pois ia lá dormir, fui-me despedir dela. Sem dizer palavra, levantou o braço para me dar um abraço, e duas horas depois o Senhor vinha buscá-la. Apanhei um autocarro em Santarém, pois foi a saída mais próxima que encontrámos, e cá vim com as Irmãs Alcina Monteiro e Madalena Alves. A Eucaristia do funeral foi à mesma hora da do Linhó, para nos sentirmos em plena comunhão. Seguiu para Infias – Fornos de Algodres. No momento da homilia, o Padre pediu-me para falar da Ir. Agostinho. Comecei por dizer que, aos 14 anos, Infias deu uma Jovem à Congregação; e agora, aos 89 anos, a Congre-gação entregava a Irmã Agostinho novamente a Infias para continuarem a cuidar dela como nós cuidámos. O Padre Sílvio disse que podíamos dizer em Infias que lhes enviávamos uma Santa. A última fotografia que lhe tirei foi esta, junto da Senhora Branquinha.

Neste dia, em que toda a Família Doroteia se une ao Céu e à Terra para celebrar os 175 anos da Fundação da Congregação, também nós, Comuni-dade de Viseu, entregamos ao Senhor, para toda a eternidade, a nossa querida Irmã Maria José Agos-tinho, para se unir para sempre a Paula e a todas aquelas Irmãs que seguiram os seus passos num caminho de entrega ao serviço do Reino e numa busca constante da vontade de Deus. E louvámos o Senhor pelo espírito de oração que

transparecia na sua vida... pela fidelidade gene-rosa com que sempre se dedicou na sua missão de Enfermeira... pelo seu espírito apostólico, pela dedicação às Alunas internas, prestando-lhes todos os cuidados de saúde, sobretudo junto daque-las que eram filhas de emigrantes e não podiam receber o carinho dos seus pais... pela bondade que deixava transparecer, pelo exemplo que a todos procurou dar nos vários locais onde a Congregação lhe confiou uma Missão (Lar da Avenida Fontes, Bél-gica, Suíça, Évora) … e sobretudo nestes 45 anos de dedicação e amor na sua Comunidade de Viseu...

pelo amor que dedicou à sua família natural, de uma maneira muito especial aos seus irmãos, sobrinhos, de quem nos falava com tanto amor e carinho... pelo amor que dedicou à sua família Religiosa, sendo teste-munho de amor e de serviço, numa entrega sem limites... A Irmã Eugénia Lage veio

para Viseu já idosa e muito doente, quando a Comunidade da Póvoa encerrou. Há 4 anos foi ope-rada a um olho, que lhe foi extraído. Esta operação limitou-a muito, pois a visão ficou reduzida. Dentro das suas possibilidades, ia dando uma ajuda no Refeitório da Comunidade. No dia 22 de Agosto teve um AVC. Esteve hospitalizada cinco dias. Veio para Casa e, no dia 1 de Setembro, o Senhor veio buscá-la. Esteve lúcida até ao fim. Rezou e cantou con-nosco até aos últimos momentos da sua vida.

A Irmã Eugénia esteve nas Calvanas, em Angola, Vilar, Póvoa; aqui em Viseu, onde esteve mais que uma vez, fez o Postulantado, foi Sacristã e terminou os seus últimos anos tão cheios de sofrimento. A família quis levá-la para a sua ter-ra natal – Bodiosa.

Nasceu em Infias – Fornos de Algodres, a 5-02-1920. Entrou para Postulante a 11- 11 - 36

Faleceu em Viseu a 11- 08 - 2009

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Em três semanas, o Senhor levou-nos para junto de si estas duas Irmãs. Foram momentos difíceis para todas nós, mas acreditamos que, lá do Céu, continuam a olhar para a Comunidade terrena que deixaram, sendo nossas advogadas, como nos diz Santa Paula.

Quando passou por cá a Senhora Branquinha, as duas – Ir. Agostinho e Ir. Eugénia - tiraram uma fotografia em conjunto. Certamente a Senhora Branquinha lá lhes disse algum segredo: que as duas iriam encontrar-se muito em breve junto dela para sempre!

Faleceu também a Irmã Maria da Conceição Lopes Silva, a 17 de Agosto de 2009, na Comunidade do Coração de Jesus - Colégio do Sardão, com 89 anos de Idade e 70 de Vida Religiosa. Partiu para a Casa do Pai a nossa Irmã Maria da Conceição Lopes da Silva – a SACRISTÃ – como era conhecida e identificada. De facto, se há uma relação nome/missão, a Irmã Maria é disso um exemplo que ainda hoje fala. O olhar de ternura para o seu Senhor, o cuidado nos arranjos florais, a delicadeza em tudo o que se referia ao altar, ao sacrário, verdadeiro cen-tro da sua vida, eram notórios. Isso, porém, não lhe retirava a atenção às coisas, às circunstân-cias que observava e muitas vezes comentava com a ironia fina que lhe era característica.

Pouco a pouco a doença foi-a gastando e ela ia resistindo espantosamente, até que a última cri-se a venceu. Foi uma “doente feliz”, que acolhia com gosto quem a visitava, sobretudo os familia-res, que ela tanto amava. Nunca havia engano ao indicar o nome de cada um, mesmo quando as faculdades já estavam muito diminuídas. Aliás, para todos, se não falava, SORRIA. Quem poderá esquecer o SORRISO da Irmã Maria? Era qualquer coisa que sabia a Céu… Ela partiu, mas na “memória do coração” de todos nós ficou, junto com a saudade, esse dom de paz.

Ir. Maria Emília Diniz Familiares de Irmãs: Faleceram uma irmã da Irmã Marta (Recardães) e um cunhado da Irmã Cruz (Fátima).

Notícias da Bijuca (Maria de Jesus Santa Clara Gomes)

Lembrei-me de mandar para o”Doroteias” umas palavritas sobre mim. Em primeiro lugar quero dizer que estou em Queijas, graças à Irmã Maria João, depois de ter estado num Lar da Terceira Idade em Odivelas e em Carnaxide. No primeiro estive um ano e meio, mas era especificamente para doentes de Alzheimer; gostei de lá estar, embora a realidade dessa doença seja bastante impressionante e faça sofrer mais os familiares - que os visitavam quase diariamente - do que aos próprios doentes. Depois fui para Carnaxide por ter fisioterapia no próprio Lar, mas as refeições eram a umas horas fora de todos os hábitos, e passava-se uma fome razoável; por isso fui-me embora. Agora aqui em Queijas estou bastante satisfeita, pois tenho quarto individual, decorado ao meu gosto; o director, por coincidência, é irmão de duas antigas alunas minhas do Sardão e antigo aluno das Cal-dinhas. Tenho bastante liberdade e independência, o que muito me ajuda. Tenho a Igreja perto, mas não posso ir lá tanto quanto gostaria, pois, embora o médico me mande andar quando não tenha dores na perna, esta está quase sempre apanhada por uma ciática ou pela anca e fémur. Temos de aceitar as nossas limitações e viver com elas, esta é a grande sabedoria que vou aprendendo, e oferecer pelos que não sabem aceitar e se encontram pior. Somos ao todo 16 doentes, e 2 estão acamados. Procuro fazer o meu apostolado no meio deles, e uma vez por semana vem a Ministra da Comunhão. É uma alegria! Não me alongo mais, mas quero dizer que cada dia rezo especialmente pelas Doroteias e para que haja cada vez mais vocações. A minha alma de Doroteia assim o pede. Saudades a todas, que tenho no meu coração. A muito amiga, Bijuca A minha morada é: Maria de Jesus Santa Clara Gomes - Rua Camilo Pessanha, 18 - 2790-321 QUEIJAS. O meu telefone particular é 21 014 95 75.

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Neste ano de 2009-2010, o Boletim «Doroteias» recorda acontecimentos da nossa História ocorridos em cada mês.

Aconteceu em Setembro...

Setembro traz-nos à memória as duas irmãs - Maria José e Maria Filomena Ordaz - que, no dia 10 de Setembro de 1866, deixando a Covilhã, eram recebidas no Colégio do Quelhas, em Lisboa, para darem início ao seu Postulantado. Com elas vinha uma imagem de Nossa Senhora - a ‘Senhora Branqui-nha’-, que, neste Ano Jubilar de 2009, acaba de peregrinar por todas as nossas Casas de Portugal, enchendo de alegria não só as Irmãs mas também alunos, colaboradores, pessoas amigas... Elas foram as ‘primícias’ de uma grande cadeia... a futura Província Portuguesa, que poucos meses antes lançava as suas raízes em solo português, na pessoa de três Irmãs italianas: Giuseppina Bozzano, Lui-gia Guelfi e Maria Puliti... Recordando os inícios, louvamos a Deus por tantos frutos gerados na bonança e também na dor da perseguição e da dispersão... Quem semeia em lágrimas recolhe em alegria!

Setembro também nos recorda a primeira Congregação Geral (assim se chamava, à semelhan-ça da designação dada na Companhia de Jesus) realizada em Roma, de 29 de Setembro a 9 de Outubro de 1876, na sequência da visita da Madre Fundadora a todas as Casas de Itália e de Portugal (Lisboa, Covilhã e Porto). Bem desejaria ir ao Brasil, mas as circunstâncias não lho permitiram... Porém encon-trava-se em Roma a Irmã Giuseppina Pingiani, que no ano anterior tinha deixado o Recife. A finalidade da primeira Congregação Geral era consolidar o Instituto, dando-lhe estabilidade e vigor. Já contava 16 Casas, distribuídas por 4 Províncias (Roma, Bolonha, Génova e Portugal, em que se incluía a Casa do Recife). Quanto ao número de Irmãs: 59 Professas; 143 Aspirantes (= Juniores); 36 Noviças; 29 Postulantes. Ao todo, 267. Em carta de 6 de Maio de 1876, dirigida às Superioras das Casas do Instituto, a Madre Fundado-ra escrevia:

Por muitos e graves motivos, por nós cuidadosamente ponderados diante de Deus, a Quem implorámos luz e graça para conhecer e realizar a sua santíssima vontade, tomámos a resolu-ção de reunir em Congregação as Superioras das nossas Casas da Europa, com um certo número de Irmãs Professas, na medida em que a conjuntura dos tempos e as circunstâncias das pró-prias Casas o permitirem.

Este nosso propósito, que foi estudado com as nossas Consultoras [Assunção Pertici, Luísa Gia-nelli, Antónia Maurel e Isabel Cargioli] e em relação ao qual tivemos também o conselho de pessoas prudentes, foi plenamente aprovado pelo Em.mo Cardeal Vigário de S. Santidade o Papa Pio IX, que, com muita bondade, nos tinha sugerido este projecto de nos reunirmos em Congregação.

O último impulso para tomar tal resolução foi-nos dado pelo diligente exame das condições em que se encontra o nosso Instituto; esse conhecimento resulta do que observámos na Visita a todas as Casas da Europa e dos relatórios fidedignos das Superioras e das Consultoras, e do confronto do estado presente das coisas com aquilo que prescrevem e exigem as nossas Regras e Constituições (Carta 773, 1-3).

A cruz sempre projectou a sua sombra na vida da Madre Fundadora... Encontrando-se em Bolo-nha, foi atingida, em Agosto daquele ano, por uma paralisia no lado direito... Pensou então que a Congregação poderia realizar-se sem a sua presença... mas a Providência Divina permitiu que melho-rasse de modo a participar em tudo. A Congregação Geral foi precedida de Exercícios Espirituais (17-26 de Setembro) orientados pelo Padre Valentim Steccanella, sj, Reitor da Civiltà Cattolica. Presidiu à abertura e ao encerramento Mons. Júlio Lenti, Vice-Gerente de Roma, na qualidade de delegado do Cardeal Vigário Constantino Patrizi. Na primeira Sessão foi eleita Secretária da Congregação Geral a Irmã Elisabetta Cargioli. Reali-zaram-se ao todo nove Sessões. Atendendo ao número de membros do Instituto, foram eleitas apenas três Assistentes: Maria Elisa Vassallo, Elisabetta Cargioli e Assunta Pertici. A Madre Fundadora nomeou a Irmã Elisabetta Car-

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gioli Secretária e Ecónoma Geral. No dia 1 de Outubro, todas as participantes foram almoçar no Conservatorio da Divina Provi-dência, na Rua Ripetta, podendo assim conhecer esta outra Comunidade de Roma.

Outubro Missionário 2009 (www.opf.pt)

Tema para o Dia Mundial das Missões 2009 (18 de Outubro): “As nações caminharão à sua luz” (Ap 21, 24)

Igreja e Mundo Neste Setembro/Outubro de 2009, marcado por dois acontecimentos do mundo e de Portugal - os 70 anos do início da II guerra mundial (1 Setembro 1939) e as vésperas dos 100 anos da implantação da República em Portugal - a Igreja faz apelo à reconciliação:

Bispos da Alemanha e da Polónia apelam à reconciliação histórica entre os seus povos

As conferências episcopais da Alemanha e da Polónia assinalaram, com uma mensagem conjunta, a his-tórica troca de cartas, em 1965, apelando à reconciliação entre os seus povos após a II Guerra Mundial. A declaração comum reflecte sobre os desafios da sociedade moderna, desafiando alemães e polacos a lutar pelo bem comum e a reforçar a identidade cristã da Europa unida. Em 1965, 20 anos depois do final da Grande Guerra, os Bispos polacos dirigiram-se aos alemães com uma mensagem que convidava “ao diálogo, à reconciliação e à fraternidade”. “Perdoamos e pedimos perdão”, referia o documento a que responderam os Bispos alemães, então em Roma para o encerra-mento do Concílio Vaticano II: “acolhemos com respeito fraterno as mãos estendidas... que o espectro do ódio não mais divida as nossas mãos”. Hoje os dois episcopados voltaram a sublinhar que essas cartas foram um “passo decisivo”, um acto de coragem “ao qual nos devemos referir ainda hoje, porque não faltam motivos de preocupação”. “Alguns representantes do mundo da política e da vida pública laceram, continuamente, as chagas ainda dolorosas do passado das nossas nações”, acusam os prelados, condenando ainda os que procuram “aproveitar-se delas para fins pessoais e políticos. A declaração comum sublinha que, neste momento, “a Polónia e a Alemanha participam, em conjunto, no processo de integração europeia”. Essa colaboração é apresentada como “um testemunho eloquente de que a última palavra não pertence à guerra, nem ao ódio, nem à violência”. Bispos portugueses preparam centenário da implantação da República

Nas vésperas dos 100 anos da implantação da República em Portugal, o Centro Cultural de Lisboa Pedro Hispano (CCLPH) promove um curso livre sobre «A Igreja e a República - A legislação do Governo Provi-sório sobre a Igreja, de Outubro de 1910 a Abril de 1911». Esta iniciativa decorre de 9 a 31 de Outubro, e será no Palácio da Independência, em Lisboa. Também na América Latina se vai fazendo caminho de reconciliação:

Os Presidentes das Conferências Episcopais do Equador, Venezuela e Colômbia reúnem-se esta Sexta-feira, 4 de Setembro, em Bogotá, para procurar soluções para a situação difícil nas relações entre as três nações. “Trata-se de um encontro da Igreja, que vai analisar os problemas e ver propostas possíveis para facilitar os diálogos e diminuir a tensão entre os três países”. Estarão presentes o arcebispo de Guayaquil e presidente da Conferência Episcopal do Equador, o arcebispo de Maracaibo e presidente da Conferência Episcopal da Venezuela e, como anfitrião, o arcebispo de Barranquilla e presidente da Con-ferência Episcopal da Colômbia. Redacção/Zenit