química geral i vol 1

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  • 8/12/2019 Qumica Geral I Vol 1

    1/16

    Prefcio XVII

    1 Matria e Medio 1

    1.1 Substncias Elementares e tomos 3

    1.2 Compostos e Molculas 4

    1.3 Propriedades Fsicas 6

    Densidade 6

    Temperatura 8

    Dependncia das Propriedades Fsicas coma Temperatura 9

    Propriedades Extensivas e Intensivas 10

    1.4 Mudanas Fsicas e Qumicas 10

    1.5 Classificao da Matria 12

    Estados da Matria e a TeoriaCintico-molecular 12

    A Matria nos NveisMacroscpicoe Particulado 13

    Substncias Puras 14

    Misturas:Homogneas e Heterogneas 15

    1.6 Unidades de Medida 161.7 Utilizando a Informao Numrica 17

    Comprimento 17

    Volume 19

    Massa 20

    Fazendo Medies: Preciso, Exatido e ErroExperimental 22

    Algarismos Significativos 24

    1.8 Soluo de Problemas 26

    2 tomos e Elementos 35

    2.1 Prtons, Eltrons e Nutrons: Desenvolvimentoda Estrutura Atmica 37

    Eletricidade 37

    Radioatividade 37

    Eltrons 38

    Prtons 39

    Nutrons 40

    O Ncleo do tomo 40

    2.2 Nmero Atmico e Massa Atmica 41

    Sumrio

    As Ferramentas Bsicas da Qumica

    Nmero Atmico 41

    Massa Atmica Relativa e a Unidade de Massa

    Atmica 41 Nmero de Massa 42

    2.3 Istopos 43

    Abundncia Isotpica 43

    Determinando a Massa Atmica Exata e aAbundncia Isotpica 44

    2.4 Massa Atmica 46

    2.5 tomos e o Mol 47

    A Massa Molar 48

    2.6 A Tabela Peridica 51

    Caractersticas da Tabela Peridica 51

    O Desenvolvimento da Tabela Peridica 53

    2.7 Uma Viso Geral dos Elementos, de Sua Qumicae da Tabela Peridica 54

    2.8 Elementos Essenciais 60

    3Molculas, ons e Seus Compostos 65

    3.1 Molculas, Compostos e Frmulas 67

    Frmulas 68

    3.2 Modelos Moleculares 693.3 Compostos Inicos: Frmulas, Nomes

    e Propriedades 71

    ons 71

    Ctions 72

    nions 72

    ons Monoatmicos 73

    Cargas dos ons e a Tabela Peridica 74

    ons Poliatmicos 74

    Frmulas dos Compostos Inicos 75

    Nomes dos ons 76 Nomes dos Compostos Inicos 78

    Propriedades dos Compostos Inicos 79

    3.4 Compostos Moleculares: Frmulas, Nomese Propriedades 81

    3.5 Frmulas, Compostos e o Mol 83

    Massa Molar e Molecular 83

    3.6 Determinando a Frmula de Compostos 86

    Composio Percentual 86

    Frmulas Emprica e Molecular a Partir

    da Composio Percentual 87

  • 8/12/2019 Qumica Geral I Vol 1

    2/16

    XII Qumica Geral e Reaes Qumicas EDITORATHOMSON

    Determinando uma Frmula a Partir de Dadosde Massa 90

    Determinando uma Frmula por Espectrometriade Massa 92

    3.7 Compostos Hidratados 93

    4 Equaes Qumicas e Estequiometria 101

    4.1 Equaes Qumicas 103

    4.2 Balanceamento de Equaes Qumicas 104

    4.3 Relaes de Massa em Reaes Qumicas:Estequiometria 107

    4.4 Reaes em Que um Reagente Est Presente emQuantidade Limitada 110

    4.5 Rendimento Percentual 115

    4.6 Equaes Qumicas e Anlise Qumica 116 Anlise Quantitativa deuma Mistura 116

    Determinando a Frmula de um Compostopor Combusto 120

    5 Reaes em Soluo Aquosa 127

    5.1 Propriedades dos Compostos em SoluoAquosa 129

    ons em Soluo Aquosa: Eletrlitos 129

    Tipos de Eletrlitos 130

    Solubilidade de Compostos Inicosem gua 131

    5.2 Reaes de Precipitao 132

    Equaes Inicas Lquidas 135

    5.3 cidos e Bases 136

    cidos 136

    Bases 137

    xidos Metlicos e No-metlicos 139

    5.4 Reaes de cidos e Bases 140

    5.5 Reaes Que Formam Gazes 143

    5.6 Classificao das Reaes em SoluoAquosa 144

    Reaes com Formao Favorecida de Produtosou Reagentes 145

    Resumo das Foras Motrizes das Reaes 146

    5.7 Reaes de Oxirreduo 147

    Reaes Redox e Transferncia de Eltrons 148

    Nmeros de Oxidao 149

    Reconhecendo Reaes de Oxirreduo 151

    5.8 Medindo a Concentrao de Compostos

    em Soluo 155

    Concentrao de Solues: Molaridade 155

    Preparando Solues de ConcentraoConhecida 158

    5.9 pH: Uma Escala de Concentrao para cidos e

    Bases 1605.10 Estequiometria das Reaes em

    Soluo Aquosa 162

    Soluo Geral de Estequiometria 162

    Titulao: Um Mtodo de Anlise Qumica 164

    6 Princpios de Reatividade: Energia e ReaesQumicas 177

    6.1 Energia: Alguns Princpios Bsicos 179

    Conservao da Energia 180

    Temperatura e Calor 181 Sistemas e Vizinhanas 182

    Direcionalidade da Transferncia de Calor:Equilbrio Trmico 182

    Unidades de Energia 184

    6.2 Capacidade Calorfica Especfica e Transfernciade Calor 184

    Aspectos Quantitativos da Transfernciade Calor 187

    6.3 Energia e Mudanas de Estado 189

    6.4 A Primeira Lei da Termodinmica 192 Entalpia 195

    Funes de Estado 196

    6.5. Variaes de Entalpia para ReaesQumicas 196

    6.6 Calorimetria 199

    Calorimetria a Presso Constante:Medindo H 199

    Calorimetria a Volume Constante:Medindo E 200

    6.7 A Lei de Hess 202 Diagramas de Nveis de Energia 203

    6.8 Entalpias Padro de Formao 206

    Variao de Entalpia para uma Reao 210

    6.9 Reaes com Formao Favorecida deProdutos ou Reagentes e aTermoqumica 211

    6.10 Recursos Energticos 212

    Combustveis Fsseis: O Que H de Novo? 212

    Energia Solar 213

    A Economia do Hidrognio 215

  • 8/12/2019 Qumica Geral I Vol 1

    3/16

    XIIIKOTZETREICHEL Sumrio

    7

    Estrutura Atmica 2237.1 Radiao Eletromagntica 225

    Propriedades das Ondas 225

    Ondas Estacionrias 226

    O Espectro Visvel da Luz 228

    7.2 Planck, Einstein, Energia e Ftons 229

    Equao de Planck 229

    Einstein e o Efeito Fotoeltrico 231

    Energia e Qumica: Usando a Equaode Planck 232

    7.3 Espectros de Linhas Atmicas e Niels Bohr 233 Espectros de Linhas Atmicas 233

    O Modelo de Bohr do tomode Hidrognio 234

    7.4 Propriedades Ondulatrias do Eltron 241

    7.5 Uma Viso Mecnico-quntica do tomo 242

    O Princpio da Incerteza 242

    O Modelo de Schrdinger para o tomode Hidrognio e as Funes de Onda 243

    Nmeros Qunticos 243

    Informao til a Partir dos NmerosQunticos 244

    7.6 O Formato dos Orbitais Atmicos 246

    Orbitaiss 246

    Orbitaisp 248

    Orbitaisd 249

    Orbitaisf 249

    7.7 Orbitais Atmicos e a Qumica 249

    8 Configuraes Eletrnicas dos tomos

    e Periodicidade Qumica 2578.1 Spin Eletrnico 259

    Magnetismo 259

    Paramagnetismo e EltronsDesemparelhados 260

    8.2 O Princpio da Excluso de Pauli 261

    8.3 Energias das Subcamadas Atmicase Atribuio dos Eltrons 263

    Ordem de Energia das Subcamadas e Atribuiodos Eltrons 263

    A Carga Nuclear Efetiva, Z* 264

    8.4 Configuraes Eletrnicas dos tomos 266

    Configuraes Eletrnicas dos Elementosdo Grupo Principal 266

    Configuraes Eletrnicas dos Elementos

    de Transio 2728.5 Configuraes Eletrnicas dos ons 274

    8.6 Propriedades Atmicas e TendnciasPeridicas 275

    Tamanho Atmico 275

    Energia de Ionizao 277

    Afinidade Eletrnica 279

    Tamanho dos ons 282

    8.7 Tendncias Peridicas e PropriedadesQumicas 283

    9 Ligaes e Estrutura Molecular: ConceitosFundamentais 289

    9.1 Eltrons de Valncia 291

    Smbolos de Lewis para os tomos 292

    9.2 Formao de Ligaes Qumicas 292

    9.3 Ligao em Compostos Inicos 294

    Atrao entre ons e Energia 294

    Energia de Retculo (ou Reticular) 296

    Por Que Compostos Como NaCl2

    e NaNe No Existem 2989.4 Ligaes Covalentes e Estruturas de Lewis 299

    Estruturas Eletrnicas de Lewis 299

    A Regra do Octeto 300

    Prevendo Estruturas de Lewis 302

    9.5 Ressonncia 306

    9.6 Excees Regra do Octeto 310

    Compostos em Que um tomo Possui Menosde Oito Eltrons de Valncia 310

    Compostos em Que um tomo Possui Mais de

    Oito Eltrons de Valncia 311 Molculas com um Nmero mpar de

    Eltrons 312

    9.7 Distribuio de Cargas em Ligaes Covalentese Molculas 313

    Cargas Formais em tomos 314

    Polaridade da Ligao e Eletronegatividade 316

    Combinando a Carga Formal e a Polaridadeda Ligao 319

    9.8 Propriedades das Ligaes 321

    Ordem de Ligao 321

    A Estrutura dos tomos e das Molculas

  • 8/12/2019 Qumica Geral I Vol 1

    4/16

    XIV Qumica Geral e Reaes Qumicas EDITORATHOMSON

    Comprimento de Ligao 321

    Energia de Ligao 323

    9.9 As Formas das Molculas 326

    tomos Centrais Cercados Somente por Paresde Ligaes Simples 327

    tomos Centrais com Pares de LigaoSimples e Pares Isolados 327

    Ligaes Mltiplas e GeometriaMolecular 331

    9.10 Polaridade Molecular 333

    9.11 A Histria do DNA 337

    10Ligaes e Estrutura Molecular: Hibridizaode Orbitais e Orbitais Moleculares 345

    10.1 Orbitais e Teorias de Ligao 347

    10.2 Teoria da Ligao de Valncia 347

    O Modelo de Ligao da Sobreposiode Orbitais 347

    Hibridizao dos Orbitais Atmicos 350

    Ligaes Mltiplas 357

    Isomeria Cis-Trans: Uma Conseqnciadas Ligaes 361

    Benzeno: Um Exemplo Especial daLigao 362

    10.3 Teoria do Orbital Molecular 363

    Princpios da Teoria do Orbital Molecular 363

    Ordem de Ligao 365

    Orbitais Moleculares de Li2e Be2 365

    Orbitais Moleculares a Partir de OrbitaisAtmicosp 366

    Ressonncia e a Teoria do OrbitalMolecular 369

    10.4 Metais e Semicondutores 372

    Condutores, Isolantes e a Teoria de Bandas 372

    Semicondutores 373

    11Carbono: Mais do Que Apenas Mais UmElemento 381

    11.1 Por Que o Carbono? 383

    Diversidade Estrutural 383

    Ismeros 385

    Estabilidade dos Compostos de Carbono 386

    11.2 Hidrocarbonetos 388

    Alcanos 388

    Ismeros Estruturais 388

    Alcenos e Alcinos 393

    Compostos Aromticos 398

    11.3 Alcois, teres e Aminas 401

    Alcois e teres 402

    Aminas 406

    11.4 Compostos com um Grupo Carbonila 408

    Aldedos e Cetonas 409

    cidos Carboxlicos 410

    steres 413

    Amidas 415

    11.5 Polmeros 416

    Classificao dos Polmeros 416

    Polmeros de Adio 419 Polmeros de Condensao 422

    Novos Materiais Polimricos 426

    12Os Gases e Suas Propriedades 431

    12.1 Propriedades dos Gases 433

    Presso do Gs 433

    12.2 As Leis dos Gases: Uma baseExperimental 436

    A Compressibilidade dos Gases: Leide Boyle 436

    Efeito da Temperatura no Volume de umGs: Lei de Charles 438

    Combinando as Leis de Boyle e de Charles:Lei Geral dos Gases 440

    A Hiptese de Avogadro 441

    12.3 A Lei dos Gases Ideais 442

    Densidade dos Gases 444 Calculando a Massa Molar a Partir de Dados

    deP,Ve T 445

    12.4 As Leis dos Gases e as Reaes Qumicas 447

    12.5 Misturas de Gases e Presses Parciais 450

    12.6 Teoria Cintico-molecular dos Gases 452

    Velocidade Molecular e Energia Cintica 452

    Teoria Cintico-molecular e as Leis dos Gases 454

    12.7 Difuso e Efuso 455

    12.8 Algumas Aplicaes das Leis dos Gases e

    da Teoria Cintico-molecular 457

    Estados da Matria

  • 8/12/2019 Qumica Geral I Vol 1

    5/16

    XVKOTZETREICHEL Sumrio

    Bales de Ar Quente 457

    Mergulho Submarino Profundo 457

    12.9 Comportamento No-ideal: Gases Reais 458

    13Foras Intermoleculares, Lquidos e Slidos 467

    13.1. Estados da Matria e a TeoriaCintico-molecular 469

    13.2. Foras Intermoleculares 470

    Interaes entre Molculas com DipolosPermanentes 470

    Interaes entre Molculas Apolares 472

    13.3 A Ligao de Hidrognio 475

    A Ligao de Hidrognio e as Propriedades

    Incomuns da gua 47713.4 Resumo das Foras Intermoleculares 479

    13.5 As Propriedades dos Lquidos 480

    Vaporizao 481

    Presso de Vapor 484

    Ponto de Ebulio 486

    Temperatura e Presso Crticas 486

    Tenso Superficial, Ao Capilare Viscosidade 488

    13.6 Qumica do Estado Slido: Metais 490

    Retculos Cristalinos e Celas Unitrias 49013.7 Qumica do Estado Slido: Estruturas

    e Frmulas de Slidos Inicos 496

    13.8 Outros Tipos de Materiais Slidos 498

    Slidos Moleculares 498

    Slidos Reticulares 500

    Slidos Amorfos 500

    13.9 As Propriedades Fsicas dos Slidos 501

    13.10 Diagramas de Fase 504

    14As Solues e Seu Comportamento 511

    14.1 Unidades de Concentrao 513

    14.2 O Processo de Dissoluo 516

    Lquidos Dissolvendo-se em Lquidos 517

    Slidos Dissolvendo-se em Lquidos 519

    Calor de Dissoluo 519

    14.3 Fatores Que Afetam a Solubilidade: Pressoe Temperatura 525

    Dissolvendo Gases em Lquidos: A Leide Henry 525

    14.4 Propriedades Coligativas 528

    Mudanas na Presso de Vapor: A Lei

    de Raoult 528 Elevao do Ponto de Ebulio 531

    Depresso do Ponto de Congelamento 532

    Propriedades Coligativas e a Determinaoda Massa Molar 533

    Propriedades Coligativas de SoluesQue Contm ons 534

    Osmose 536

    14.5 Colides 540

    Tipos de colides 541

    Surfactantes 542

    A Algumas Operaes Matemticas 552

    B Alguns Conceitos Fsicos Importantes 560

    C Abreviaturas e Fatores de Converso teis 563

    D Constantes Fsicas 567

    E Nomenclatura de Compostos Orgnicos 569

    F Valores das Energias de Ionizao e AfinidadesEletrnicas dos Elementos 573

    G Presso de Vapor da gua em DiversasTemperaturas 574

    H Constantes de Ionizao de cidos Fracosa 25 C 575

    I Constantes de Ionizao de Bases Fracas a 25 C 577

    J Constantes de Produto de Solubilidade de AlgunsCompostos Inorgnicos a 25 C 578

    K Constantes de Formao de Alguns ons Complexosem Soluo Aquosa 580

    L Valores Termodinmicos Selecionados 581

    M Potenciais Padro de Reduo em SoluoAquosa a 25 C 587

    N Respostas dos Exerccios 590

    O Respostas das Questes de Estudo 601

    ndice Remissivo / Glossrio 629

    Caderno Colorido* 657

    Apndices

    *NE: Por questes de ordem pedaggica, estamos repetindo algumas ilustraes no caderno colorido ao final deste livro.

  • 8/12/2019 Qumica Geral I Vol 1

    6/16

    XVIIKOTZETREICHEL Sumrio

    FILOSOFIA E ABORDAGEM DO LIVRO

    Desde a primeira edio em ingls, este livro teve dois objetivos principais, porm interdependentes. O primeiro con-

    sistia em elaborar uma obra que os estudantes gostassem de ler e que oferecesse, com razovel nvel de rigor, qumica e

    princpios qumicos em formato e organizao tpicos dos cursos universitrios atuais. O segundo consistia em transmitir

    a utilidade e a importncia da qumica pela introduo das propriedades dos elementos, de seus compostos e de suas

    reaes o mais cedo possvel e pela focalizao da discusso nesses assuntos.

    Uma observao dos textos introdutrios de qumica disponveis atualmente revela que h um ordenamento

    comum utilizado pelos educadores no tratamento de princpios qumicos. Com algumas pequenas variaes, neste livro

    seguiu-se essa ordem tambm, o que no significa que os captulos no possam ser usados em ordem diversa.1Por exem-

    plo, o Captulo 12, sobre as propriedades dos gases, foi disposto junto com captulos sobre lquidos, slidos e solues,

    porque logicamente se encaixa nesses tpicos. Esse captulo, no entanto, pode tambm ser facilmente lido e compreen-

    dido mesmo aps a leitura dos primeiros quatro ou cinco captulos.

    Em livros de qumica, a discusso sobre qumica orgnica (Captulo 11) normalmente disposta nos captulos

    finais. A importncia dos compostos orgnicos na bioqumica e na indstria qumica levou-nos a apresent-lo antes na

    seqncia dos captulos. Assim, ele foi colocado depois dos captulos sobre estrutura e ligao, porque a qumica org-

    nica ilustra a aplicao dos modelos de ligao qumica e de estrutura molecular.

    A ordem dos tpicos no texto foi tambm planejada de modo a introduzir, to cedo quanto possvel, os conheci-

    mentos necessrios s experincias de laboratrio feitas em cursos de qumica geral. Por esse motivo, os captulos sobre

    propriedades qumicas e fsicas, os tipos comuns de reao e a estequiometria encontram-se no incio do volume 1.

    Alm disso, em razo da importncia de se compreender a energia no estudo da qumica, a termoqumica introduzida

    no Captulo 6.

    A American Chemical Society (Associao Norte-americana de Qumica) tem incitado educadores a recolocar

    a qumica nos cursos introdutrios dessa matria. Como qumicos inorgnicos, concordamos plenamente. Por conse-

    qncia, freqentemente tentamos descrever os elementos, seus compostos e suas reaes o mais cedo possvel, de diver-

    sas maneiras. Primeiro, h numerosas fotografias das reaes que ocorrem, dos elementos e dos compostos comuns, de

    operaes comuns no laboratrio e de processos industriais. Segundo, procuramos introduzir os assuntos relacionados s

    propriedades dos elementos e dos compostos o quanto antes nos Exerccios e nas Questes de Estudo e apresentar

    novos princpios usando situaes qumicas reais. Por fim, assuntos relevantes so apresentados nos captulos 21 e 22

    como complemento aos princpios descritos previamente.Finalmente, textos intitulados Um Exame Mais Detalhado descrevem idias que fornecem o pano de fundo

    para o assunto em discusso ou uma abordagem diferente dele. Por exemplo, no Captulo 11 sobre qumica orgnica

    os textos intitulados Um Exame Mais Detalhado so voltados discusso dos aspectos estruturais de molculas de

    importncia bioqumica, como aminocidos e protenas. Em outros captulos mergulhamos em modelagem molecular e

    em espectrometria de massa.

    Prefcio

    1

    NE: Esta edio em portugus est organizada em dois volumes (captulos 1 a 14, vol. 1, e captulos 15 a 23, vol. 2).

  • 8/12/2019 Qumica Geral I Vol 1

    7/16

    XVIII Qumica Geral e Reaes Qumicas EDITORATHOMSONXVIII Qumica Geral e Reaes Qumicas EDITORATHOMSON

    ORGANIZAO DO LIVRO

    Qumica Geral e Reaes Qumicasapresenta dois temas que se sobrepem: Reatividade Qumica e Ligao e

    Estrutura Molecular. Os captulos que tratam dos Princpios de Reatividade (vol. 2) apresentam ao leitor fatores que con-duzem a reaes qumicas bem-sucedidas na formao de produtos. Assim, neste tpico o leitor estudar tipos comuns

    de reaes, a energia nelas envolvida e os fatores que afetam a velocidade de uma reao. Um dos fatores responsveis

    pelos enormes avanos em qumica e em biologia molecular nas ltimas dcadas foi a compreenso da estrutura mole-

    cular. Assim, as sees do livro sobrePrincpios deLigao e da Estrutura Molecular fornecem as bases que permitem

    compreender esses desenvolvimentos. Uma ateno especial dada compreenso dos aspectos estruturais de molculas

    biologicamente importantes como o DNA.

    Os captulos que tratam dosPrincpios de Reatividadeso organizados em cinco sees, e cada uma delas agrupa

    um tema em comum.

    Parte 1: As Ferramentas Bsicas da Qumica

    Certos mtodos e certas idias bsicas que formam a espinha dorsal da qumica so introduzidos na Parte 1 (vol. 1),

    em que se definem termos importantes, alm de apresentar uma reviso das unidades e dos mtodos matemticos. Os

    captulos 2 e 3 trazem idias bsicas sobre os tomos, as molculas e os ons, e no Captulo 2 se introduz um dos dis-

    positivos organizacionais mais importantes da qumica: a Tabela Peridica. Nos captulos 4 e 5 comea-se a discutir os

    princpios da reatividade qumica e a se introduzir os mtodos numricos usados pelos qumicos para extrair informao

    quantitativa das reaes qumicas. O Captulo 6 uma introduo energia envolvida em processos qumicos.

    Parte 2: A Estrutura dos tomos e das Molculas

    O objetivo desta parte fornecer um esboo das teorias atuais que tratam do arranjo dos eltrons nos tomos e

    alguns dos desenvolvimentos histricos que conduziram a essas idias (captulos 7 e 8). Com essa base, pode-se com-

    preender por que os tomos e seus ons tm propriedades qumicas e fsicas diferentes. Essa discusso est ligada ao

    arranjo dos elementos na Tabela Peridica, de modo que essas propriedades possam ser relembradas e predies possam

    ser feitas. No Captulo 9, discute-se pela primeira vez como os eltrons dos tomos em uma molcula levam formao

    de ligaes qumicas e as propriedades dessas ligaes. Alm disso, mostra-se como derivar a estrutura tridimensio-

    nal de molculas simples. Finalmente, o Captulo 10 considera de forma mais detalhada as principais teorias de liga-o qumica.

    Ao final desta parte h uma discusso sobre qumica orgnica (Captulo 11), inicialmente de um ponto de vista

    estrutural. A qumica orgnica uma rea extensa da qumica que no se pode abranger em detalhe neste livro. Conseqente-

    mente, focalizam-se os compostos de especial importncia, incluindo polmeros sintticos, e as estruturas desses materiais.

    Parte 3: Estados da Matria

    O comportamento dos trs estados da matria gases, lquidos e slidos descrito nessa ordem nos captu-

    los 12 e 13. A discusso dos lquidos e dos slidos est vinculada aos gases por meio da descrio das foras intermole-

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    XIXKOTZETREICHEL Sumrio XIXKOTZETREICHEL Prefcio

    culares, com ateno especial dada gua lquida e slida. O Captulo 13 considera tambm o estado slido, uma rea da

    qumica que atualmente atravessa um processo de renascimento. No Captulo 14, trata-se das propriedades das solues,

    misturas ntimas de gases, lquidos e slidos.

    Parte 4: O Controle de Reaes Qumicas

    Esta parte se concentra exclusivamente nos Princpios de Reatividade. No Captulo 15, examina-se a importante

    questo das velocidades dos processos qumicos e dos fatores que as controlam. Com isso em mente, avana-se para os

    captulos 16 a 18, conjunto de captulos que descreve as reaes qumicas no equilbrio. Aps uma introduo ao equil-

    brio no Captulo 16, destacam-se as reaes que envolvem cidos e bases em gua (captulos 17 e 18) e as reaes que

    formam sais insolveis (Captulo 18). Para alinhavar a discusso sobre os equilbrios qumicos, explora-se novamente a

    termodinmica no Captulo 19. Como tpico final desta parte descreve-se no Captulo 20 a classe principal de reaes

    qumicas, aquelas que envolvem a transferncia de eltrons e o uso dessas reaes em clulas eletroqumicas.

    Parte 5: A Qumica dos Elementos

    Embora a qumica dos vrios elementos seja descrita durante todo o livro at esta parte, aqui se considera este

    tpico de forma mais sistemtica. O Captulo 21 est voltado qumica dos elementos representativos, enquanto o

    Captulo 22 apresenta uma discusso dos elementos de transio e de seus compostos. Finalmente, no Captulo 23 h

    uma breve discusso da qumica nuclear.

    Objetivos do Captulo

    Uma lista de quatro a seis objetivos para cada captulo apresentada no incio de cada um deles.

    Disposio dos Problemas-exemplo

    Todos os problemas-exemplo no livro so divididos em trs ou quatro sees. A questo formulada to

    sucintamente quanto possvel na apresentao do Problem. Em seguida, a seo Estratgia descreve de maneira geral

    como a questo deve ser abordada, quais dados so relevantes e em que parte do texto o estudante pode conseguir ajuda.

    A terceira seo esboa a Soluo do problema. Finalmente, caso seja necessrio, h um Comentrio sobre a natureza dasoluo. Isso representa a maneira de abordagem das questes que colocamos aos estudantes.

    Organizao das Questes de Estudo

    As questes de estudo ao final de cada captulo so divididas basicamente em questes de reviso, em questes

    organizadas de acordo com a seo relevante do captulo e em uma lista de questes gerais sem nenhuma indicao de

    tipo. Entretanto, mais informao fornecida para as questes organizadas de acordo com a seo do captulo. Para

    questes em uma seo ou em uma dada subseo do captulo, destacamos quais as questes ou os exerccios do exemplo

    so relevantes.

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    XX Qumica Geral e Reaes Qumicas EDITORATHOMSON

    Apresentao Adiantada do pH

    Em muitas universidades, os estudantes cursam qumica geral apenas no primeiro semestre. Um tpico inicialmente

    estudado na parte final do volume 2, mas que til a esses estudantes, o pH. Conseqentemente, a definio do pH e osexemplos de seu uso so apresentados no Captulo 5 como parte da discusso sobre a concentrao das solues.

    Equilbrios Qumicos

    Este assunto apresentado em trs captulos, reduzindo ligeiramente o estudo de compostos insolveis e incor-

    porando o tpico no Captulo 18, volume 2. Este captulo apresenta solues-tampo, titulaes cido-base e a solubili-

    dade dos compostos.

    Agradecimentos

    Queramos agradecer nossas famlias, amigos, colegas e estudantes pelo apoio e encorajamento.

    Publicar um livro um processo complexo, exigindo uma grande equipe para realizar a tarefa. Ao menos um dos

    membros de nossa equipe merece agradecimentos especiais: Katie Kotz.

    O sucesso deste livro se deve, em grande parte, qualidade dos revisores do manuscrito. Queremos expressar

    nossa gratido aos esforos de todos aqueles listados a seguir. Entretanto, merecem meno especial: Gary Riley e Steve

    Lnaders, que resolveram todos os problemas surgidos. Os revisores de provas Susan Young, Larry Fishel e Marie Nguyen

    foram inestimveis. Em razo dos milhares de palavras e de nmeros a serem verificados, leitores de provas cuidadosose competentes so fundamentais.

    David W. Ball, Cleveland State University

    Roger Barth, West Chester University

    John G. Berberian, Saint Josephs University

    Don A. Berkowitz, University of Maryland

    Simon Bott, University of Houston

    Wendy Clevenger Cory, University of Tennessee atChattanooga

    Richard Cornelius, Lebanon Valley College

    James S. Falcone, West Chester University

    Martin Fossett, Tabor Academy

    Michelle Fossum, Laney College

    Sandro Gambarotta, University of Ottawa

    Robert Garber, California State University, Long Beach

    Michael D. Hampton, University of Central Florida

    Paul Hunter, Michigan State University

    Michael E. Lipschutz, Purdue University

    Shelley D. Minteer, Saint Louis University

    Jessica N. Orvis, Georgia Southern UniversityDavid Spurgeon, University of Arizona

    Stephen P. Tanner, University of West Florida

    John Townsend, West Chester University

    John A. Weyh, Western Washington University

    Marcy Whitney, The University of Alabama

    Sheila Woodgate, The University of Auckland

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    1Matria e Medio

    Reconhecer elementos, substncias elementares, tomos, compostos emolculas.

    Identificar propriedades e mudanas fsicas e qumicas. Aplicar a teoria cintico-molecular s propriedades da matria.

    Usar unidades mtricas e algarismos significativos de forma correta.

    A s F e r r a m e n t a s B s i c a s d a Q u m i c a

    O b j e t i v o s d o C a p t u l o

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    1F o c o d o C a p t u l oPensando sobre a Matria.A qumica o estudo danatureza da matria e de suas interaes. A matria essen-cialmente composta por elementos qumicos e seus compostose sua maior parte pode existir em um dos trs estados: slido,lquido e gs.

    Embora os qumicos faam observaes em nvel ma-croscpicos, ns nos preocupamos com as propriedades da mat-ria nas escalas microscpica e submicroscpica.

    Fe

    rro,

    pirita

    de

    ferro,

    bromos

    lido,

    bromogasosoe

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    Charles

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    Science,

    vol.

    258

    ,1992

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    788

    .

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    3KOTZETREICHEL Captulo 1 Matria e Medio

    Imagine um copo alto cheio de um lquido lmpido. A luz solar de uma janela prxima fazcom que o lquido cintile, e o copo est fresco ao toque. Um gole de gua seria bom, masser que voc deve arriscar? Se o copo estivesse em sua cozinha, voc poderia responderque sim. E se essa cena ocorresse em um laboratrio qumico? Como voc poderia saberque o copo contm gua pura? Formulando a pergunta de forma mais qumica: como vocdemonstraria que o lquido realmente gua?

    Em geral, consideramos a gua que bebemos como pura, mas isso no estrita-mente verdade. Em alguns casos, matria pode estar suspensa nela ou bolhas de algum gs,como o oxignio, podem ser visveis. s vezes, a gua da torneira pode apresentar umaligeira colorao, em razo do ferro dissolvido. Na verdade, a gua potvel quase sempreuma mistura de substncias, algumas dissolvidas e outras no. Para qualquer mistura, po-deramos fazer muitas perguntas: quais so seus componentes (partculas de poeira, bolhasdo oxignio, sais dissolvidos de sdio, clcio ou ferro) e quais so suas quantias relativas?Como podem essas substncias ser separadas umas das outras, e como as propriedades deuma substncia variam quando ela misturada com outra?

    Este captulo o incio de nossa discusso de como os qumicos pensam sobre a

    matria. Exploraremos algumas idias bsicas a respeito dos elementos, tomos, compos-tos e molculas, o foco da qumica. Em seguida, perguntaremos como os qumicos caracte-rizam esses blocos de construo da matria e comearemos a ver como podemos utilizara informao numrica.

    1.1 SUBSTNCIASELEMENTARESETOMOSA passagem de uma corrente eltrica atravs da gua pura pode provocar sua decomposi-o em hidrognio e oxignio gasosos (veja a Figura 1.1a). Substncias como o hidrognioe o oxignio, que so compostas por apenas um tipo de tomo, so classificadas comosubstncias elementares1.Cerca de 113 elementos so atualmente conhecidos, e, desses,

    Pensando sobre a matria. Isto umcopo de gua pura? Como se pode provarque a gua realmente pura? (CharlesD. Winters)

    Figura 1.1 Substncias elementares. (a) A passagem de uma corrente eltrica atravs da gua produz as substncias elementares hidrognio (tubo deensaio direita) e oxignio ( esquerda). (b)Substncias elementares podem freqentemente ser identificadas por sua cor e pelo estado fsico temperaturaambiente. (Charles D. Winters)

    (a) (b)

    1 NTT: No original: elements. Na lngua inglesa, essa palavra define uma substncia constituda por apenas um tipo de tomo (uma substncia elementar) etambm serve para designar um determinado tipo de tomo. Em portugus, elemento e substncia elementar tm significados diferentes. O elemento o

    tipo de tomo, enquanto a substncia elementar aquela formada por apenas um tipo de elemento.

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    4 Qumica Geral e Reaes Qumicas EDITORATHOMSON

    aproximadamente 90 so encontrados na natureza; o restante foi criado por cientistas. O nomee o smbolo de cada elemento esto listados ao final do livro. O carbono (C), o enxofre (S), oferro (Fe), o cobre (Cu), a prata (Ag), o estanho (Sn), o ouro (Au), o mercrio (Hg) e o chumbo(Pb) eram conhecidos em formas relativamente puras na Antiguidade pelos gregos e romanose pelos alquimistas da China antiga, do mundo rabe e da Europa medieval. Entretanto, muitosoutros como o alumnio (Al), o silcio (Si), o iodo (I) e o hlio (He) no eram conhecidosat os sculos XVII e XVIII (algumas dessas substncias elementares so mostradas na Figura1.1b). Finalmente, os elementos artificiais, como o tecncio (Tc), o plutnio (Pu) e o amercio(Am), foram criados no sculo XX utilizando-se tcnicas da fsica moderna.

    Muitos elementos tm nomes e smbolos com origens no latim ou no grego al-guns exemplos incluem o hlio (He), cujo nome vem da palavra grega que significa sol,helios, e o chumbo, cujo smbolo, Pb, vem da palavra em latim plumbum, que significapesado. Os elementos recentemente descobertos, porm, foram nomeados em homenagema seu lugar de descoberta ou a uma pessoa ou um lugar importante alguns exemplos soo amercio (Am), o califrnio (Cf) e o crio (Cm).

    A tabela ao final deste livro, em que o smbolo e outras informaes sobre todos

    os elementos, com exceo dos mais recentes, so includos em um boxe, chamada deTabela Peridica. Descreveremos essa ferramenta importante da qumica de forma maisdetalhada no Captulo 2.

    Um tomo a menor partcula de um elemento que retm as propriedades carac-tersticas desse elemento. A qumica moderna se baseia na compreenso e na exploraoda natureza em nvel atmico. Muito mais ser dito sobre os tomos e as propriedadesatmicas nos captulos 2, 7 e 8 (especialmente).

    Elementos

    Usando a Tabela Peridica ao final deste livro:

    (a) encontre os nomes dos elementos que tm os smbolos Na, Cl e Cr.(b) encontre os smbolos dos elementos zinco, nquel e potssio.

    1.2 COMPOSTOSEMOLCULAS

    Uma substncia pura como acar, sal ou gua, que composta por duas ou mais subs-tncias elementares diferentes, chamada de composto qumico.Apesar de conhecermosapenas 113 elementos, parece no haver nenhum limite para o nmero dos compostosconstitudos a partir desses elementos. Mais de 20 milhes de compostos so atualmente

    conhecidos, e aproximadamente 500 mil so adicionados lista a cada ano. Quando os elementos tornam-se parte de um composto, suas propriedades ori-ginais, como a cor, a dureza e o ponto de fuso, so substitudas pelas propriedades ca-ractersticas do composto. Considere o sal de cozinha comum (cloreto de sdio), que composto por duas substncias elementares (veja a Figura 1.2).

    O sdio um metal brilhante que interage violentamente com a gua. compos- to por tomos de sdio arranjados de forma compacta.

    O cloro um gs amarelo-claro que tem um odor caracterstico sufocante e um forte irritante dos pulmes e de outros tecidos. A substncia elementar com- posta por unidades de Cl2, em que dois tomos de cloro so fortemente ligados.

    O cloreto de sdio, ou o sal de cozinha, um slido cristalino com propriedades

    completamente diferentes das duas substncias elementares que o compem

    Escrevendo os Smbolos dosElementos

    Note que apenas a primeira letra dosmbolo de uma substncia elementar maiscula. Por exemplo, cobalto Coe no CO. A notao CO representa ocomposto monxido de carbono.

    Resposta aos Exerccios

    Em cada captulo do livro voc encon-trar um ou mais exerccios ao final decada seo, ou dentro de uma seo.O objetivo desses exerccios ajud-loa verificar o seu conhecimento do as-sunto discutido naquela seo. As solu-es desses exerccios encontram-se noApndice N.

    A pirita de ferro um composto qu-mico formado por ferro e enxofre. freqentemente encontrada na naturezana forma de cubos dourados perfeitos.(Charles D. Winters)

    Exerccio 1.1

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    5KOTZETREICHEL Captulo 1 Matria e Medio

    (veja a Figura 1.2). O sal composto por sdio e cloro intimamente ligados umao outro. (O significado de frmulas qumicas do tipo NaCl explorado nas

    sees 3.3 e 3.4.)

    importante fazer uma distino cuidadosa entre uma mistura de substnciaselementares (veja a Seo 1.5) e um composto qumico de dois ou mais elementos. O ferrometlico puro e o enxofre amarelo em p (veja a Figura 1.1b) podem ser misturados empropores variadas. No composto qumico conhecido como pirita de ferro, entretanto,esse tipo de variao no pode ocorrer. A pirita de ferro no somente exibe propriedadesespecficas e diferentes daquelas do ferro ou do enxofre, ou uma mistura dessas substnciaselementares, como tambm apresenta uma composio percentual em massa invarivel(46,55% de Fe e 53,45% de S, ou 46,55 g de Fe e 53,45 g de S em 100,00 g de amostra).Assim, existem duas principais diferenas entre misturas e compostos qumicos: os com-postos tm caractersticas diferentes de seus elementos de origem e tm uma composio

    percentual fixa (em massa) de seus elementos constituintes. Alguns compostos como o sal, NaCI so constitudos porons, que so to-mos ou grupos de tomos eletricamente carregados [ Captulo 3]. Outros compostos como a gua e o acar consistem emmolculas, as menores unidades discretas queretm as caractersticas qumica e de composio do composto.

    A composio do composto pode ser representada por suafrmula qumica. Nafrmula para a gua, H2O, por exemplo, o smbolo para o hidrognio, H, seguido por um2 subscrito, que indica que dois tomos de hidrognio ocorrem em uma nica molculade gua. O smbolo para o oxignio aparece sem algarismo subscrito, o que indica quesomente um tomo de oxignio ocorre na molcula de gua.

    Conforme ser visto durante todo este livro, as molculas podem ser represen-tadas por modelos que descrevem sua composio e sua estrutura. A Figura 1.3 ilustra os

    nomes, as frmulas e os modelos das estruturas de algumas molculas comuns.

    Figura 1.2 Formao de um composto qumico. Cloreto de sdio, o sal de cozinha, pode ser preparado pelacombinao de sdio metlico (Na) e do gs amarelo cloro (Cl2). O resultado um slido cristalino. (Charles D.Winters)

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    6 Qumica Geral e Reaes Qumicas EDITORATHOMSON

    1.3 PROPRIEDADESFSICASVoc reconhece seus amigos pela aparncia fsica: altura, peso e cor dos olhos e dos cabe-los. O mesmo vale para as substncias qumicas. Pode-se diferenciar entre um cubo de geloe um cubo de chumbo de mesmo tamanho no apenas por sua aparncia (um transparentee incolor, o outro um metal lustroso), mas tambm por um deles ser muito mais pesado(chumbo) do que o outro (gelo) (veja a Figura 1.4). Propriedades como essas, que podemser observadas e medidas sem alterar a composio de uma substncia, so chamadas de propriedades fsicas. As substncias qumicas elementares nas figuras 1.1 e 1.2, por exem-

    plo, diferem claramente na cor, na aparncia e no seu estado, isto , se so slidas, lquidasou gs. As propriedades fsicas permitem que classifiquemos e identifiquemos substnciasdo mundo da matria. Na Tabela 1.1 listam-se algumas propriedades fsicas da matria queos qumicos geralmente utilizam.

    Identifique, na Tabela 1.1, o mximo de propriedades fsicas que puder para as seguintessubstncias comuns: (a) ferro, (b) gua, (c) sal de cozinha (cujo nome qumico cloreto desdio) e (d) oxignio.

    Propriedade Utilizao da Propriedade para Diferenciar Substncias

    Cor A substncia colorida ou incolor?Qual a cor e qual sua intensidade?

    Estado da matria um slido, um lquido ou um gs?Se um slido, qual a forma das partculas?

    Ponto de fuso A que temperatura o slido se funde?

    Ponto de ebulio A que temperatura o lquido ferve?

    Densidade Qual sua densidade (massa por unidade de volume)?

    Solubilidade Que massa da substncia pode ser dissolvida em umdeterminado volume de gua ou em outro solvente?

    Condutividade eltrica Trata-se de um condutor eltrico ou de um isolante?

    Maleabilidade Qual a facilidade de se deformar o slido?

    Ductibilidade Com que facilidade o slido pode ser transformado em um fio?

    Viscosidade Qual a suscetibilidade de um lquido ao escoamento?

    DensidadeA densidade, razo entre a massa de um objeto e seu volume, uma propriedade fsica til

    para identificar as substncias.

    Figura 1.3Nomes, frmulas e modelosdas estruturas de algumas molculas co-muns. Modelos de molculas so ampla-mente utilizados, e muitos aparecem aolongo de todo o livro. Nesses modelos,

    os tomos de C so representados em corcinza, os tomos de H, em branco, os deN, em azul, e os de O, em vermelho. Esseesquema de cores geralmente usadoem qumica. (Veja o caderno colorido aofinal do livro.)

    Figura 1.4 Propriedades fsicas. Umcubo de gelo e um pedao de chumbopodem ser facilmente diferenciadospor meio de suas propriedades fsicas(como densidade, cor e ponto de fuso).(Charles D. Winters)

    Propriedades Fsicas

    Algumas Propriedades Fsicas

    Exerccio 1.2

    Tabela 1.1

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    16/16

    7KOTZETREICHEL Captulo 1 Matria e Medio

    (1.1)

    Seu crebro usa inconscientemente a densidade de um objeto que voc queira levantar

    estimando o volume visualmente e preparando seus msculos para levantar a massa pre-vista. Por exemplo, pode-se instantaneamente dizer a diferena entre um cubo do gelo e umcubo de chumbo de tamanhos idnticos (veja a Figura 1.4). O chumbo tem uma densidadeelevada, 11,35 g/cm3(11,35 gramas por centmetro cbico), ao passo que a densidade dogelo ligeiramente menor que 0,917 g/cm3. Um cubo de gelo com um volume de 16,0 cm3tem uma massa de 14,7 g, enquanto um cubo de chumbo com o mesmo volume tem umamassa de 180 g.

    A densidade de uma substncia relaciona sua massa e seu volume. Se duas dastrs grandezas massa, volume e densidade forem conhecidas para uma amostra dematria, a terceira pode ser calculada. Por exemplo, a massa de um objeto o produtode sua densidade por seu volume:

    Essa abordagem usada para encontrar a massa de 24 cm3[ou 24 mL (mililitros)] de mer-crio na proveta na foto ao lado. Um manual2de qumica lista a densidade do mercriocomo 13,534 g/cm3(a 20 C).

    Usando a Densidade

    Densidade =massavolume

    Massa (g) = volume densidade = volume (cm ) massa (g)v

    3

    oolume (cm )3

    Qual a massa de 24 mL de mercrio?Veja o texto para a resposta. (CharlesD. Winters)

    Massa (g) = 24 cmg

    cmg

    3

    3 =

    13 534

    1325

    ,

    56 0001 11

    162 000

    3.

    ,.cm

    g

    cmg

    3 =

    ExemploExemplo 1 11.1

    Exerccio 1.3

    Problema O etilenoglicol, C2H6O2, largamente usado em fluidos anticonge-lantes para radiadores de automveis. Ele possui uma densidade de 1,11 g/cm3(ou 1,11 g/mL). Qual a massa, em gramas, de 56 litros (56.000 mL = 56.000cm3) de etilenoglicol?

    Estratgia Voc conhece a densidade e o volume da amostra. J que a den-sidade a relao entre a massa de uma amostra e seu volume, ento massa =volume densidade. Conseqentemente, para encontrar a massa da amostra,multiplique o volume pela densidade.

    Soluo

    Comentrio Observe que unidades de cm3cancelam-se no clculo.

    Densidade

    2NTT: No Brasil, geralmente nos referimos a esses compndios de informao por seu nome em ingls:Handbook.

    A densidade do ar seco 1,18 103g/cm3(= 0,00118 g/cm3; veja o Apndice A sobrecomo usar a notao cientfica). Que volume do ar, em centmetros cbicos, tem uma massade 15,5 g?