questões execução fesudeperj

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  • 8/2/2019 Questes execuo FESUDEPERJ

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    Concurso XXII para Ingresso na Carreira de Defensoria Estadual

    do Rio de Janeiro:

    A) 6 questo:

    Aps a reforma legislativa do processo de execuo de ttulo

    extrajudicial possvel propor a chamada exceo de pr-

    executividade?

    O MEIO QUE O EXECUTADO DISPE, SEM NECESSIDADE DE

    GARANTIA DO JUZO E PAGAMENTO DE CUSTAS JUDICIAIS E

    HONORRIOS ADVOCATCIOS, DE FAZER ALEGAES EM

    DEFESA PERTINENTES:

    - S MATRIAS DE ORDEM PBLICA (QUE PODEM SER

    CONHECIDAS DE OFCIO), OU, AINDA,

    - CONFORME PRECEDENTES DO STJ, PARA QUESTIONAR O

    EXCESSO DE EXECUO, DESDE QUE NO HAJA NECESSIDADE

    DE DILAO PROBATRIA PARA TAL COMPROVAO.

    PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AUSNCIA

    DE PREQUESTIONAMENTO DE DIVERSOS DISPOSITIVOS

    LEGAIS. INCIDNCIA DA SMULA N. 282/STF.

    EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE. HIPTESES DE

    CABIMENTO. MATRIA COGNOSCVEL DE OFCIO E

    DESNECESSIDADE DE DILAO PROBATRIA.

    ENTENDIMENTO CONSOLIDADO PELA PRIMEIRA SEO

    DESTA CORTE NO JULGAMENTO DO RESP N.

    1.110.925/SP PELO REGIME DO ART. 543-C, DO CPC.

    HIPTESE EM QUE NO SE APLICA A MULTA PREVISTA

    NO 2 DO ART. 557, DO CPC.

    1. As matrias constantes dos arts. 113, 1, 2 e 3,

    114, 142, 173, I, e pargrafo nico, do CTN, 10, 23, I e

    II, do Decreto 170.235/72 no foram debatidas pelo

  • 8/2/2019 Questes execuo FESUDEPERJ

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    aresto hostilizado, de modo que no foi atendido o

    requisito inarredvel do prequestionamento. Alm

    disso, o ora agravante deixou de opor embargos de

    declarao na origem a fim de suscitar o

    pronunciamento a respeito dos temas.

    Incide, no particular, o Enunciado Sumular n. 282 do

    Supremo Tribunal Federal.

    2. A Primeira Seo desta Corte j se manifestou sobre

    o tema em debate quando do julgamento do REsp n.

    1.110.925/SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, sujeito

    ao regime do art. 543-C, do CPC, introduzido pela Lei

    dos Recursos Repetitivos, tendo consolidado

    entendimento no sentido de que "a exceo de pr-

    executividade cabvel quando atendidos

    simultaneamente dois requisitos, um de ordem

    material e outro de ordem formal, ou seja: (a)

    indispensvel que a matria invocada seja suscetvel

    de conhecimento de ofcio pelo juiz; e (b)

    indispensvel que a deciso possa ser tomada sem

    necessidade de dilao probatria".

    3. No de se cogitar que o juiz possa conhecer de

    ofcio, em sede de execuo fiscal, de nulidade do

    processo administrativo sob o qual constituiu-se o

    crdito exeqendo, mormente pelo fato de que aexecuo fiscal pressupe o encerramento daquele,

    possuindo, ainda, presuno de certeza e liquidez da

    CDA nos termos dos arts. 3 da Lei n. 6.830/80 e 204

    do CTN. Dessa forma, a exceo de pr-executividade

    se presta a provocar o magistrado a se pronunciar

    sobre questo que, a rigor, no necessita de alegao

    das partes, visto que somente pode versar sobrequestes cognoscveis de ofcio, o que efetivamente

  • 8/2/2019 Questes execuo FESUDEPERJ

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    no o caso dos autos, sendo certo que os embargos

    execuo so a via adequada para desconstituir a CDA

    com base em provas.

    4. Tendo em vista que o presente agravo regimentalfoi interposto em perodo anterior ao julgamento do

    recurso representativo da controvrsia, deixo de

    aplicar a multa prevista no art. 557, 2, do CPC.

    5. Agravo regimental no provido.

    (AgRg no REsp 712.041/RS, Rel. Ministro MAURO

    CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em20/10/2009, DJe 04/11/2009)

    Verso para impresso0004726-66.2010.8.19.0000 - AGRAVO DE

    INSTRUMENTO - 2 EmentaDES. JOSE CARLOS PAES - Julgamento: 10/03/2010 -

    DECIMA QUARTA CAMARA CIVEL

    AGRAVO INOMINADO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.

    OBJEO DE NO EXECUTIVIDADE. DILAOPROBATRIA. IMPOSSIBILIDADE. ATO ATENTATRIO

    DIGNIDADE DA JUSTIA. INOCORRNCIA.1. A exceo depr-executividade ou objeo de no-executividade o

    meio que o executado dispe, sem necessidade degarantia do juzo e pagamento de custas judiciais e

    honorrios advocatcios, de fazer alegaes em defesapertinentes s matrias de ordem pblica (que podem

    ser conhecidas de ofcio), ou, ainda, conformeprecedentes do STJ, para questionar o excesso de

    execuo, desde que no haja necessidade de dilaoprobatria para tal comprovao. Precedentes do STJ.2.

    A discusso acerca da origem do dbito constante dottulo executivo que embasa a execuo proposta, ou

    seja, se trata-se de ttulo dado em garantia paracelebrao de negcio jurdico no concretizado ou de

    honorrios advocatcios, pagos ou no, conformetrazido pelo recurso, necessariamente depende de

    dilao probatria, e, assim, no pode ser objeto deexceo. Precedentes do TJ/RJ.3. Ato atentatrio

    dignidade da justia. Inocorrncia. Excluso da multa

    aplicada.4. Recurso no provido. AGRAVO INOMINADO.AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBJEO DE NO

    http://abre%28%27/scripts/weblink.mgw?MGWLPN=JURIS&LAB=XJRPxWEB&PORTAL=1&PGM=WEBJRPIMP&FLAGCONTA=1&JOB=21154&PROCESSO=201000203396%27);http://www.tjrj.jus.br/scripts/weblink.mgw?MGWLPN=JURIS&LAB=CONxWEB&PORTAL=1&PORTAL=1&PGM=WEBPCNU88&N=201000203396&Consulta=&CNJ=0004726-66.2010.8.19.0000http://www.tjrj.jus.br/scripts/weblink.mgw?MGWLPN=JURIS&LAB=CONxWEB&PORTAL=1&PORTAL=1&PGM=WEBPCNU88&N=201000203396&Consulta=&CNJ=0004726-66.2010.8.19.0000http://abre%28%27/scripts/weblink.mgw?MGWLPN=JURIS&LAB=XJRPxWEB&PORTAL=1&PGM=WEBJRPIMP&FLAGCONTA=1&JOB=21154&PROCESSO=201000203396%27);
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    EXECUTIVIDADE. DILAO PROBATRIA.IMPOSSIBILIDADE. ATO ATENTATRIO DIGNIDADE DA

    JUSTIA. INOCORRNCIA.1. A exceo de pr-executividade ou objeo de no-executividade o

    meio que o executado dispe, sem necessidade degarantia do juzo e pagamento de custas judiciais ehonorrios advocatcios, de fazer alegaes em defesapertinentes s matrias de ordem pblica (que podem

    ser conhecidas de ofcio), ou, ainda, conformeprecedentes do STJ, para questionar o excesso de

    execuo, desde que no haja necessidade de dilaoprobatria para tal comprovao. Precedentes do STJ.2.

    A discusso acerca da origem do dbito constante dottulo executivo que embasa a execuo proposta, ou

    seja, se trata-se de ttulo dado em garantia paracelebrao de negcio jurdico no concretizado ou de

    honorrios advocatcios, pagos ou no, conformetrazido pelo recurso, necessariamente depende de

    dilao probatria, e, assim, no pode ser objeto deexceo. Precedentes do TJ/RJ.3. Ato atentatrio

    dignidade da justia. Inocorrncia. Excluso da multaaplicada.4. Recurso no provido.

    Concurso XXI para Ingresso na Carreira de Defensoria Estadual

    do Rio de Janeiro:

    B) 9 questo:

    Caio e Dionsia casados sob o regime da comunho parcial de bens,

    so co-titulares de conta-corrente bancria solidria. No dia 30 de maio

    de 2005, Caio emitiu cheque para pagamento de compra de vesturio

    pessoal. O cheque apresentado no prazo legal foi devolvido por

    insuficincia de fundos.

    Estando o casal separado de fato desde julho de 2005, Dionsia recebe

    uma correspondncia de cobrana contra seu nome do cheque emitido

    por Caio, pela qual informada que, depois de vrias tentativas para

    recebimento do valor, outra soluo no restou seno a cobrana da

    co-titular.

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    Dionsia procura rgo da Defensoria Pblica buscando orientao

    acerca da obrigatoriedade do pagamento do referido cheque.

    Na qualidade de Defensor Pblico, como voc orientaria Dionsia?

    CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AO

    DE INDENIZAO POR DANO MORAL. INCLUSO

    INDEVIDA DO NOME DO CO-TITULAR DE CONTA

    CONJUNTA EM REGISTRO DE PROTEO AO CRDITO.

    CHEQUE SEM PROVISO DE FUNDO EMITIDO PELA

    ESPOSA DO AUTOR. DANOS MORAIS CONFIGURADOS.

    FIXAO DA INDENIZAO.

    1. No pleito em questo, o recorrente mantinha conta

    conjunta com sua esposa, sendo que esta emitiu um

    cheque sem proviso de fundos, acarretando a

    incluso do nome do autor-recorrente no cadastro de

    inadimplentes - CCF/Serasa.

    2. A orientao jurisprudencial desta Corte nosentido de que, em se tratando de conta conjunta, o

    co-titular detm apenas solidariedade ativa dos

    crditos junto instituio financeira, sem

    responsabilidade pelos cheques emitidos pela outra

    correntista. "A co-titularidade da conta limita-se

    propriedade dos fundos comuns sua movimentao,

    porm no tem o condo de transformar o outrocorrentista em co-devedor pelas dvidas assumidas

    pela emitente, ainda que cnjuge, pelas quais ela deve

    responder escoteiramente" (Resp. 336.632/ES, Rel.

    Min. ALDIR PASSARINHO JNIOR, DJ. 31.03.2003).

    3. Precedentes: REsp. 602.401/RS, Rel. Min. CSAR

    ASFOR ROCHA, DJ.

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    28.06.2004; REsp. 13.680/SP, Rel. Min. ATHOS

    CARNEIRO, DJ. 15.09.1992; REsp. 3.507/ES, Rel. Min.

    WALDEMAR ZVEITER, DJ. 10.09.90 4. Destarte,

    constatada a conduta ilcita do banco-recorrido e

    configurado o dano moral sofrido pelo autor, em razo

    da indevida incluso de seu nome no rol de

    inadimplentes, deve-se fixar o valor do ressarcimento.

    Verifica-se, conforme comprovado nas instncias

    ordinrias, que o recorrente restou indevidamente

    inscrito no CCF/Serasa durante 21 dias, ou seja, entre

    20.12.00 a 09.01.01 (documentos de fls. 101/102).Quanto repercusso do fato danoso, esta se limita

    aos danos presumidos, vale dizer, in re ipsa,

    decorrentes do indevido registro.

    5. Assim, consideradas as peculiaridades do caso em

    questo, e em ateno aos princpios de

    proporcionalidade e moderao que informam os

    parmetros avaliadores desta Corte em casos

    assemelhados a este, fixo o valor indenizatrio a ttulo

    de danos morais em R$1.000,00 (um mil reais).

    6. Recurso especial conhecido e provido.

    (REsp 819.192/PR, Rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI,

    QUARTA TURMA, julgado em 28/03/2006, DJ 08/05/2006

    p. 238)

    0002539-44.2008.8.19.0004 (2009.001.38776) -APELACAO - 1 Ementa

    DES. MARIO ROBERT MANNHEIMER - Julgamento:15/12/2009 - DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL

    APELAO CVEL. AO DE OBRIGAO DE FAZER C/CINDENIZATRIA. CONTA CONJUNTA. NEGATIVAO DONOME DE CO-TITULAR.Ao ajuizada pela Apelada em

    face do Apelante, apresentando duas causas de pedir,quais sejam, a ilicitude da negativao do nome e CPF

    http://www.tjrj.jus.br/scripts/weblink.mgw?MGWLPN=JURIS&LAB=CONxWEB&PORTAL=1&PORTAL=1&PGM=WEBPCNU88&N=200900138776&Consulta=&CNJ=0002539-44.2008.8.19.0004http://www.tjrj.jus.br/scripts/weblink.mgw?MGWLPN=JURIS&LAB=CONxWEB&PORTAL=1&PORTAL=1&PGM=WEBPCNU88&N=200900138776&Consulta=&CNJ=0002539-44.2008.8.19.0004
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    da Autora em decorrncia da emisso de cheques semfundos pelo co-titular de conta-conjunta, no caso, seu

    ex-marido e a ausncia de notificao prvia daanotao de seu nome em cadastro restritivo de

    crdito.Desacolhimento de preliminar de ilegitimidadead causam passiva de acordo com a teoria da assero,segundo a qual as condies da ao so vistas in

    status assertionis, ou seja, de acordo com a narrativafeita pelo demandante na Inicial, constituindo a

    ilicitude ou no dos fatos atribudos ao Ru pela Autoramatria de mrito.A responsabilidade pelo

    cumprimento da obrigao estatuda no art. 43, 2 doCDC do rgo mantenedor do cadastro e no de quempromoveu a negativao.O co-titular de conta-correnteconjunta detm apenas solidariedade ativa dos crditos

    junto ao Banco, no se tornando responsvel peloscheques sem suficiente proviso de fundos emitidos

    pelo co-titular, sendo, portanto, ilcita sua negativaonessa hiptese.Circulares ou resolues do BancoCentral no podem servir de supedneo para criar

    hiptese de solidariedade no prevista em lei e afastaro direito fundamental dignidade do consumidor,especialmente por no haver ttulo a justificar a

    negativao.Indevida a incluso do nome daDemandante dos rgos restritivos de crdito, a ensejar

    a obrigao do Recorrente de indeniz-la pelos danosmorais da advindos. Dano moral "in re ipsa".Valor daindenizao corretamente fixado.Conhecimento e

    desprovimento do recurso.

    Concurso XX para Ingresso na Carreira de Defensoria Estadual

    do Rio de Janeiro:

    C) 3 questo:

    Em que hiptese a duplicata sem aceite considerada ttulo executivo

    extrajudicial?

    A duplicata sem aceite reclama:

    a) Protesto; e,

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    b) Prova da prestao do servio ou entrega de mercadoria

    para configurar ttulo executivo extrajudicial

    STJ Smula 248(SMULA)

    Comprovada a prestao dos servios, a duplicata no aceita, masprotestada, ttulo hbil para instruir pedido de falncia.

    DJ 05/06/2001 p. 132RSTJ vol. 144 p. 301RT vol. 789 p. 174

    PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. EXECUO

    CONTRA A FAZENDA PBLICA. TTULO EXTRAJUDICIAL

    DUPLICATA. AUSNCIA DE ACEITE.

    COMPROVANTE DE ENTREGA DAS MERCADORIAS OUPRESTAO DE SERVIOS.

    1. A duplicata sem aceite reclama protesto e prova da

    prestao do servio ou entrega de mercadoria para

    configurar ttulo executivo extrajudicial, ante a ratio

    essendi da Smula 248/STJ. Precedentes do STJ: REsp

    898852/SP, DJ 04.08.2008; REsp 448.627/GO, DJ

    03.10.2005; REsp 70.403/RS, DJ 15.05.2006 e REsp

    427.440/TO, DJ 16.12.2002.

    2. O Tribunal local assentou: "(...) Na espcie, ante a

    inopinada Resciso, a Construtora recorrida buscou do

    Estado do Maranho autorizao para prosseguir a

    obra, bem como receber os valores ditos devidos pelos

    trabalhos at ento realizados, isto em 27.01.1995,apontados no total de R$9.116.033,76 (nove milhes,

    cento e dezesseis mil, trinta e trs reais e setenta e

    seis centavos) cujo rgo competente poca-

    SINFRA- constitura Comisso para apurar o crdito,

    alcanando, pelos servios, o valor de R$7.135.712,00

    (sete milhes, cento e trinta e cinco mil setecentos e

    doze reais). que o Relatrio Conclusivo da Secretariade Infra Estrutura- SINFRA, (fls. 32/35 do Apenso

    http://www.stj.jus.br/SCON/sumulas/doc.jsp?livre=248&&b=SUMU&p=true&t=&l=10&i=1http://www.stj.jus.br/SCON/sumulas/doc.jsp?livre=248&&b=SUMU&p=true&t=&l=10&i=1http://www.stj.jus.br/SCON/sumulas/doc.jsp?livre=248&&b=SUMU&p=true&t=&l=10&i=1http://www.stj.jus.br/SCON/sumulas/doc.jsp?livre=248&&b=SUMU&p=true&t=&l=10&i=1
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    processo de Execuo) indica anlise e Parecer, sobre

    a pretenso da Construtora no processo

    Administrativo n 0141/95, submetido anlise

    superior.

    O Relatrio indica aquele total (R$7.135.712,00), onde

    aponta a certeza do valor da dvida at aquela data,

    em evidente confisso.

    Portanto, laborou corretamente a CONSTRUTORA

    ITAPO, arrimada nas manifestaes do Estado, por

    sua Procuradoria Geral do Estado e da Assessoria

    Jurdica da SINFRA, para, diante da ausncia de

    providncia administrativa para adimplir o suposto

    dbito, emitir Fatura/Duplicata n 01/99 para o

    pagamento do crdito, que, atualizado, ensejaria a

    monta de R$11.395.205,54 (onze milhes trezentos e

    noventa e cinco mil duzentos e cinco reais e cinqenta

    e quatro centavos), cobrados via Execuo interposta

    pela CONSTRUTORA ITAPO LTDA.(...)" (grifo nosso) 3.

    In casu, a duplicata desprovida de aceite, merc da

    ausncia de protesto e da prova da prestao do

    servio, no constitui ttulo extrajudicial hbil

    propositura de ao executiva.

    4. Recurso especial provido para reconhecer a

    inexigibilidade da duplicata in foco, restandoprejudicada a apreciao das demais questes

    suscitadas pelo Recorrente.

    (REsp 1014543/MA, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA

    TURMA, julgado em 04/11/2008, DJe 01/12/2008)

    Concurso XIX para Ingresso na Carreira de Defensoria Estadual

    do Rio de Janeiro:

  • 8/2/2019 Questes execuo FESUDEPERJ

    10/15

    D) ADOLFO celebrou contrato de abertura de conta corrente com limite

    de crdito (cheque especial), com o BANCO S DBITO S/A, assinando,

    no ato, uma nota promissria em branco. Passado algum tempo, em

    virtude de dificuldades financeiras, ADOLFO utilizou todo o limite de

    crdito, no conseguindo saldar o dbito.O Banco encerrou sua conta,

    lanou o valor do saldo devedor na nota promissria e ajuizou

    execuo de ttulo extrajudicial por quantia certa em face de ADOLFO.

    Efetivada a citao, ADOLFO permaneceu inerte, tendo sido,

    posteriormente penhorado seu automvel. No dia seguinte intimao

    da penhora, ADOLFO procura a Defensoria Pblica. Indique a medida

    processual cabvel e a fundamentao jurdica.

    OS CRDITOS CONSUBSTANCIADOS EM NOTAS PROMISSRIAS,

    EM REGRA, POSSUEM OS ATRIBUTOS DA AUTONOMIA E DA

    ABSTRAO EM RELAO CAUSA DEBENDI.

    ENTRETANTO, EXCEPCIONALMENTE, POSSVEL QUE ESTA

    ESPCIE DE TTULO NO SE DESVINCULE DO NEGCIO QUE LHE

    DEU ORIGEM, NO POSSUINDO LIQUIDEZ PARA EMBASAR AO

    DE EXECUO, MAS TO SOMENTE AO DE CONHECIMENTO

    PARA A COBRANA DO CRDITO. ESTE O ENTENDIMENTO DO

    STJ EXPRESSO NA SMULA DE N 258:

    A NOTA PROMISSRIA VINCULADA A CONTRATO DE

    ABERTURA DE CRDITO NO GOZA DE AUTONOMIA EM

    RAZO DA ILIQUIDEZ DO TTULO QUE A ORIGINOU.

    O TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    COMPARTILHA DESTE ENTENDIMENTO:

    EXECUO POR TTULO EXTRAJUDICIAL EMBARGOS

    CONTRATO DE ABERTURA DE CRDITO COM GARANTIA

    DE NOTA PROMISSRIA - EXTINO DO PROCESSO

    LIMINAR INDEFERIDA - QUESTO DE MRITO A

    DESAFIAR DILAO PROBATRIA.

  • 8/2/2019 Questes execuo FESUDEPERJ

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    (AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0050393-

    46.2008.8.19.0000, DES. JOS GERALDO ANTNIO,

    JULG. 19/11/2008, STIMA CMARA CVEL)

    AO CABVEL A MONITRIA:

    DCIMA PRIMEIRA CMARA CVELApelao Cvel n 2009.001.63641

    Relator: Desembargador JOS CARLOS DE FIGUEIREDOAPELAO CVEL. AO MONITRIA. NOTA PROMISSRIA

    VINCULADA A CONTRATO DE ABERTURA DE CRDITO.DOCUMENTO HBIL NOS TERMOS DO ART. 1102A DOCPC.PROCEDNCIA PARCIAL DO PEDIDO MONITRIO. BASE DE

    CLCULO PARA A APURAO DO QUANTUM. VALORES

    CONSTANTES DOS DOCUMENTOS APRESENTADOS.Em se tratando de ao monitria ajuizada com base em notas

    promissrias vinculadas acontrato de abertura de crdito devem ser considerados os

    valores constantes daquelesdocumentos e no de outros, cujos originais sequer constam

    dos autos.A verba honorria em ao condenatria deve observar o

    disposto no art. 20, 3 e suasalneas, do CPC, e deve ser majorado o percentual fixado

    abaixo do mnimo legal.PROVIMENTO PARCIAL DO PRIMEIRO APELO E PROVIMENTO DORECURSO ADESIVO.

    Concurso para Ingresso na Carreira de Defensoria Estadual do

    Mato Grosso do Sul 2008 (VUNESP) Prova Escrita:

    E) 05. O artigo 475-J do Cdigo de Processo Civil trata do prazo

    voluntrio para o devedor cumprir a obrigao, qual seja: 15 dias.

    Ultrapassado esse prazo, sobre a obrigao pecuniria incide multa de

    10%. Quanto ao termo inicial para o cumprimento voluntrio, h

    divergncia doutrinria e o STJ j se manifestou a respeito. Comente as

    posies doutrinrias a respeito do momento em que se inicia o prazo

    de 15 dias para cumprimento voluntrio da obrigao, bem como o

    posicionamento adotado pelo STJ.

    PRAZO 475-J MATERIAL

  • 8/2/2019 Questes execuo FESUDEPERJ

    12/15

    Concurso para Ingresso na Carreira de Defensoria Estadual de

    So Paulo 2009 (FCC):

    F) 51. Os menores Joo (12 anos), Maria (09 anos) e Jos (05 anos),obtiveram provimento judicial favorvel em ao de alimentos. O pai

    das crianas, no se conformando com a condenao de pagar penso

    alimentcia no valor mensal de 03 salrios mnimos, apelou

    tempestivamente. Os menores apelados postularam a extrao de

    carta de sentena e promoveram a execuo provisria dos alimentos

    vencidos desde a citao, inclusive dos alimentos provisrios. Citado

    para o procedimento do artigo 733 do Cdigo de Processo Civil, oexecutado ofertou justificativa e, simultaneamente, pretendendo elidir

    o risco de priso civil, efetuou o depsito integral do dbito apontado,

    atingindo o montante de R$ 20.520,00, requerendo que o valor ficasse

    retido nos autos at o julgamento do seu recurso. Os exequentes,

    demonstrando situao de necessidade, postularam o levantamento do

    depsito independentemente de cauo, pedido esse deferido pelo

    juzo da execuo na mesma deciso que no acolheu a justificao. Aliberao do dinheiro aos exequentes foi

    Art. 475-O. A execuo provisria da sentena far-se-, no que couber, do mesmo modo que a definitiva,observadas as seguintes normas: (Includo pela Lei n11.232, de 2005)

    III o levantamento de depsito em dinheiro e aprtica de atos que importem alienao depropriedade ou dos quais possa resultar grave dano aoexecutado dependem de cauo suficiente e idnea,arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos prpriosautos. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    2o A cauo a que se refere o inciso III do caputdeste artigo poder ser dispensada: (Includo pela Lein 11.232, de 2005)

    I quando, nos casos de crdito de natureza alimentar

    ou decorrente de ato ilcito, at o limite de sessentavezes o valor do salrio-mnimo, o exeqente

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    demonstrar situao de necessidade; (Includo pela Lein 11.232, de 2005)

    II nos casos de execuo provisria em que pendaagravo de instrumento junto ao Supremo Tribunal

    Federal ou ao Superior Tribunal de Justia (art. 544),salvo quando da dispensa possa manifestamenteresultar risco de grave dano, de difcil ou incertareparao. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    (A) incorreta, pois se trata apenas de execuo provisria e o artigo

    475-O, inciso III do C.P.C. prev expressamente que o levantamento de

    depsito em dinheiro depende de cauo suficiente e idnea, arbitrada

    de plano pelo juiz e prestada nos prprios autos.

    (B) correta, pois a cauo pode ser dispensada na execuo provisria

    de crdito de natureza alimentar at 60 vezes o valor do salrio

    mnimo, mediante demonstrao da situao de necessidade dos

    exequentes.

    (C) incorreta, pois se houver provimento ao recurso de apelao do

    executado, com sensvel diminuio do encargo alimentar, haver

    dano irreparvel ao devedor, pois os alimentos so irrepetveis.

    (D) correta, pois o juiz, em questes de famlia, est obrigado a decidir

    por equidade, aplicando seus critrios pessoais de justia e, no caso

    concreto, ele considerou que o julgamento do recurso de apelao

    poder demorar vrios meses, colocando em risco a subsistncia dos

    menores.

    (E) incorreta, pois ao conceder o levantamento o juiz deveria ter

    condicionado a liberao do dinheiro oportuna e circunstanciada

    prestao de contas pela representante legal dos menores, atento

    irrepetibilidade dos alimentos.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    Concurso para Ingresso na Carreira de Defensoria Estadual de

    Minas Gerais 2009 (FUMARC):

    G) QUESTO 01

    Juca Cip ingressa em juzo com ao de cobrana em desfavor de

    Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em

    consequncia, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a

    condenao do ru ao pagamento de R$80.000,00 (oitenta mil reais).

    Iniciado por Juca Cip o cumprimento de sentena, aps a segurana

    do juzo, Sinhozinho Malta oferece impugnao, na qual alega a

    nulidade de sua citao na fase cognitiva, porque, em se tratando de

    processo com natureza executria, obrigatria, nos termos do artigo

    222, d, do CPC, a modalidade por oficial de justia.

    O juiz, ento, acata a impugnao de Sinhozinho Malta. Elabore o

    recurso cabvel contra esta deciso judicial.

    APELAO, CITAO POSTAL DEU-SE NA FASE COGNITIVA.

    Concurso para Ingresso na Carreira de Defensoria Estadual do

    Cear 2009 (CESPE/UNB)

    H) A respeito do processo de execuo, julgue os itens que se seguem.

    86- Para configurar-se a fraude execuo necessrio que a

    execuo j tenha sido ajuizada e que haja a citao do devedor. Os

    atos praticados em fraude execuo so anulveis, cabendo ao

    credor requerer a anulao desses atos ao juzo da execuo.

    Errada

    Smula: 375O reconhecimento da fraude execuo depende do registroda penhora

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    do bem alienado ou da prova de m-f do terceiro adquirente.

    87- Na execuo por quantia certa, deve o credor instruir a petio

    inicial com a planilha demonstrativa do valor devido e os critrios

    utilizados na elaborao do clculo.

    certa