questÕes de direito previdenciÁrio - cespe unb - 02.pdf

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na internet, sem autorização do alfaCon Concursos Públicos. QUESTÕES DA BANCA CESPE/UnB MATÉRIA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO TRT 21ª REGIÃO TÉCNICO JUDICIÁRIO CESPE 2010 Julgue os itens seguintes, que versam sobre a seguridade social e o regime geral da previdência social (RGPS). (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRT 21ª REGIÃO CESPE 2010) 1. Para fazer jus a qualquer prestação do RGPS, o beneficiário deve preencher o período de carência, assim entendido como o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: A proposição não está correta. Como regra, de fato, é necessário um número mínimo de contribuições para a previdência social, isto é carência, para a obtenção de um benefício. A carência do segurado empregado, avulso e individual que presta serviços a pessoa jurídica é presumida pois o responsável pela retenção das contribuições é o empregador ou o tomador de serviços. Por outro lado, o segurado individual que não presta serviços a pessoa jurídica, o segurado facultativo e a empregada doméstica deverão demonstrar recolhimento das contribuições sem atraso. Trata-se de instituto típico dos seguros e visa evitar que as pessoas procurem se filiar ao sistema apenas para obter benefícios previsíveis. Por outro lado, há muitos benefícios para os quais não há exigência de carência, tais como os acidentários e a pensão por morte. Trata-se de benefícios não programáveis que afastam a exigência da carência. “Lei nº 8213/91 – artigo 26 Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei; IV - serviço social; V - reabilitação profissional. VI salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica”.

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na internet, sem autorização do alfaCon Concursos Públicos.

QUESTÕES DA BANCA CESPE/UnB MATÉRIA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO TRT 21ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE – 2010 Julgue os itens seguintes, que versam sobre a seguridade social e o regime geral da previdência social (RGPS). (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 21ª REGIÃO – CESPE – 2010) 1. Para fazer jus a qualquer prestação do RGPS, o beneficiário deve preencher o período de carência, assim entendido como o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: A proposição não está correta. Como regra, de fato, é necessário um número mínimo de contribuições para a previdência social, isto é carência, para a obtenção de um benefício. A carência do segurado empregado, avulso e individual que presta serviços a pessoa jurídica é presumida pois o responsável pela retenção das contribuições é o empregador ou o tomador de serviços. Por outro lado, o segurado individual que não presta serviços a pessoa jurídica, o segurado facultativo e a empregada doméstica deverão demonstrar recolhimento das contribuições sem atraso. Trata-se de instituto típico dos seguros e visa evitar que as pessoas procurem se filiar ao sistema apenas para obter benefícios previsíveis. Por outro lado, há muitos benefícios para os quais não há exigência de carência, tais como os acidentários e a pensão por morte. Trata-se de benefícios não programáveis que afastam a exigência da carência. “Lei nº 8213/91 – artigo 26 Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei; IV - serviço social; V - reabilitação profissional. VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica”.

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Ainda sobre o instituto da carência, vale citar as reflexões do professor Fábio Zambitte Ibrahim (2008, 6:580): “O exagero legal na disciplina da carência é criticável (...) Ainda que a exigência dos pagamentos mensais possa ser defendida, a necessidade do primeiro pagamento em dia é totalmente absurda, excluindo injustamente o direito de vários segurados. Por exemplo, contribuinte individual que faça recolhimentos durante toda a vida sempre no dia 20 de cada mês (ao invés do dia 15) – ainda que possua anos de contribuição, nada terá de carência” (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 21ª REGIÃO – CESPE – 2010) 2. A previdência social, por seu caráter necessariamente contributivo, não está inserida no sistema constitucional da seguridade social. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A seguridade social é um amplo sistema de proteção social que coordena as ações de três subsistemas: previdência social, assistência social e saúde. De fato, a assistência social e a saúde não exigem contribuição. Por outro lado, a previdência social é um subsistema contributivo, mas essa característica não a afasta da seguridade social. Portanto, é possível afirmar que a gratuidade não é da essência da seguridade social, em nosso sistema. Há sistemas, tais como o inglês e o dos países do norte da Europa nos quais não há, ou é mais flexível, a previsão de contribuição dos segurados. Porém, nosso sistema previdenciário, praticamente desde sua origem optou pela contribuição dos trabalhadores, dos empregadores e do Estado. “CF/88 – caput do artigo 194: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 21ª REGIÃO – CESPE – 2010) 3. A despeito do princípio constitucional da universalidade da cobertura e do atendimento, os menores de dezesseis anos não podem ser segurados do RGPS. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O princípio da universalidade não pode ser traduzido como a possibilidade de qualquer pessoa ser filiada a previdência social. Tendo em vista que a previdência é uma espécie de seguro social é razoável que haja idade mínima para a filiação. Por outro lado, embora seja exceção, é possível a filiação antes dos

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16 anos no caso do segurado aprendiz. Outra hipótese, embora controversa, diz respeito ao trabalho infantil. A doutrina, regra geral, entende que o trabalho proibido - desde que não caraterize crime ou contravenção penal - realizado por menor de 16 anos gera filiação ao regime geral de previdência social pois não é razoável que o menor que já foi vítima do trabalho infantil, seja duplamente prejudicado ao não ter contado referido tempo como de contribuição. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 21ª REGIÃO – CESPE – 2010) 4. A seguridade social é financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios e de contribuições sociais. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Trata-se da transcrição literal do disposto no caput do artigo 195 da Constituição da República. Percebe-se que o financiamento se dá de forma direta (contribuições sociais) e indireta (parcelas do orçamento dos entes federativos). A responsabilidade de toda a sociedade é denominada pela doutrina de princípio da solidariedade no custeio. A título de exemplo, a jurisprudência entende como constitucional a cobrança de contribuição previdenciária sobre o salário de aposentados do regime geral que permanecem exercendo atividade profissional, com fundamento nesse princípio. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 21ª REGIÃO – CESPE – 2010) 5. A aposentadoria por tempo de serviço, os pecúlios e o abono de permanência em serviço são exemplos de prestações mantidas pelo RGPS. ( ) Certo ( X ) Errado

Comentário: As prestações do regime geral de previdência social se dividem em benefícios e serviços. As prestações atualmente mantidas pelo RGPS são os seguintes (Lei nº 8213/91 – artigo 18, incisos I e II): aposentadoria por invalidez; aposentadoria por idade; aposentadoria por tempo de contribuição; aposentadoria especial; auxílio-doença; salário-família; salário-maternidade; auxílio-acidente; pensão por morte; auxílio-reclusão; serviço social e reabilitação profissional. Portanto, a proposição está errada pois apenas a aposentadoria por tempo de contribuição permanece como benefício previdenciário. O pecúlio e o abono de permanência em serviço foram extintos há muitos anos.

Acerca da seguridade social do servidor público, da relação que a União, os estados, o DF e os municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas mantêm com suas respectivas

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entidades fechadas de previdência complementar, e da previdência complementar, julgue os itens a seguir. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 21ª REGIÃO – CESPE – 2010) 6. A União, os estados, o DF e os municípios podem instituir regime de previdência complementar para seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, mediante a criação, por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, de entidades fechadas de previdência complementar de natureza pública. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Trata-se de inovação constitucional trazida pela Emenda Constitucional nº 41/03. Existe forte tendência no sentido de unificar os regimes previdenciários, em nosso país. Atualmente, há o regime geral de previdência social, que abrange basicamente os trabalhadores do setor privado e cerca de 2000 regimes próprios de servidores públicos criados pela União Federal, estados, Distrito Federal e alguns municípios para seus servidores. A idéia é que haja tratamento, ao menos, semelhante entre os vários trabalhadores do setor público e privado, no que diz respeito aos benefícios previdenciários. Para tanto, o ente federativo deverá criar fundo de pensão de natureza pública para seus servidores. A partir desse momento, pagará benefícios limitados ao teto do RGPS (CF/88 – artigo 40, parágrafos 14º a 16º). CF/88 – artigo 40: (...) §14º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. §15º. O regime de previdência complementar de que trata o § 14º será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. §16º - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14º e 15º poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar”. Por ora, não há notícias de que algum regime próprio de previdência social tenha instituído o referido fundo de pensão. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 21ª REGIÃO – CESPE – 2010)

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7. As entidades abertas e fechadas de previdência complementar somente podem instituir e operar planos de benefícios para os quais tenham autorização específica. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O artigo 202 da Constituição Federal traz a moldura constitucional da previdência privada listando os principais objetivos e princípios a serem seguidos. Um deles é a segurança do sistema para evitar a quebra de instituições de previdência privada e, por conseqüência, que os participantes deixem de receber seus benefícios (CF/88 – artigo 202, caput), como ocorreu com várias instituições principalmente na década de 1970, em nosso país. As leis complementares 108 e 109 de 2001 regulamentaram o dispositivo constitucional. Especificamente a LC 109 traz inúmeras regras visando concretizar a necessidade de segurança do sistema previdenciário privado. Uma delas corresponde ao texto da questão e encontra-se prevista no artigo 6º da citada lei complementar: “Artigo 6º - As entidades de previdência complementar somente poderão instituir e operar planos de benefícios para os quais tenham autorização específica, segundo as normas aprovadas pelo órgão regulador e fiscalizador, conforme disposto nesta Lei Complementar.” (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 21ª REGIÃO – CESPE – 2010) 8. No regime de seguridade social do servidor público, o terço constitucional de férias pode sofrer a incidência da contribuição previdenciária. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal é, hoje, pacífica no sentido de que não é possível a incidência de contribuição previdenciária sobre essa verba, tendo em vista que referida verba não se incorporará aos benefícios pagos pelos regimes próprios de previdência social. Nesse sentido, vale citar: “STJ - EAg 1200208/RS - Ministro Benedito Gonçalves - Primeira Seção - DJe 20/10/2010 (...) Tributário. Embargos de divergência. Contribuição previdenciária sobre o adicional de férias (1/3). Inexigibilidade da exação. Novo entendimento adotado pela primeira seção. 1. A Primeira Seção, na assentada de 28/10/2009, por ocasião do julgamento do EREsp 956.289/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, reviu o entendimento anteriormente existente para reconhecer a inexigibilidade da contribuição previdenciária sobre o terço constitucional de férias, adotando como razões de decidir a posição já sedimentada pelo STF sobre a matéria, no sentido de

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que essa verba não se incorpora à remuneração do servidor para fins de aposentadoria. 2. Embargos de divergência providos” (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 21ª REGIÃO – CESPE – 2010) 9. A União, os estados, o DF e os municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas podem fazer aporte de recursos a entidades de previdência privada de caráter complementar, mesmo que não sejam seus patrocinadores. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A afirmação está em sentido totalmente oposto ao expressamente estipulado na Constituição Federal que, proíbe o aporte de recursos estatais para as entidades de previdência privada, salvo na condição de patrocinador e, mesmo nessa hipótese, com restrições, isto é, a contribuição estatal não poderá ser superior ao do participante. CF/88 – artigo 202, § 3º: É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008 DIREITO PREVIDENCIÁRIO Acerca dos princípios da seguridade social, julgue os itens a seguir. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 10. O Conselho Nacional da Previdência Social é um dos órgãos de deliberação coletiva da estrutura do Ministério da Previdência Social, cuja composição, obrigatoriamente, deve incluir pessoas indicadas pelo governo, pelos empregadores, pelos trabalhadores e pelos aposentados. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. De início, está de acordo com o disposto no artigo 194, inciso sétimo, da Constituição que determina que os órgãos colegiados da seguridade social terão representantes dos trabalhadores em atividade, dos aposentados, do governo e dos empresários (represetanção quadripartíte). No mais, consta do artigo 3º, incisos I e II da Lei nº 8213/91 que referido órgão contará com seis representantes do governo, três dos trabalhadores em atividade, três dos

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aposentados e três dos empregadores. Referidos membros e suplentes serão nomeados pelo presidente da república tendo os representantes dos trabalhadores, aposentados e empresariado, um mandato de dois anos sendo admitida uma recondução. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 11. Um dos objetivos da seguridade social é a universalidade da cobertura e do atendimento, meta cumprida em relação à assistência social e à saúde, mas não à previdência. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Sem dúvida que a universalidade é um dos principais princípios informadores da seguridade social. A idéia consiste em buscar, cada vez mais, aumentar a cobertura quanto aos sujeitos protegidos (universalidade subjetiva) e também quanto aos riscos sociais (universalidade objetiva). No âmbito previdenciário existe uma limitação pois o Brasil optou por um sistema de seguro social, ou seja, quem não for filiado ao sistema não poderá ser atendido. No que se refere à assistência social há também uma natural limitação. Referido subsistema da seguridade social atinge apenas aqueles que dela necessitam que são as pessoas mais pobres da sociedade. Por fim, no que se refere a saúde temos um exemplo acabado de perfeita aplicação dos princípio da universalidade. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 12. A seguridade social, em respeito ao princípio da solidariedade, permite a incidência de contribuição previdenciária sobre os valores pagos a título de aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Ao contrário do previsto para os regimes próprios de previdência social, nos quais há possibilidade de incidência de contribuição previdenciária sobre os proventos de aposentadoria e sobre as pensões superiores ao teto do RGPS, no regime geral de previdência social está expressamente proibida pela Constituição Federal, a referida incidência. Trata-se de imunidade prevista no artigo 195, inciso II, da Constituição Federal: “Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (...) II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201”.

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Não se deve confundir com a incidência de contribuição previdenciária sobre o salário de um aposentado que permanece no mercado de trabalho. Nessa hipótese há incidência e o fundamento de constitucionalidade dessa exigência é, exatamente, o princípio da solidariedade. Acerca da seguridade social no Brasil, de suas características, contribuições e atuação, julgue os itens a seguir. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 13. Em que pesem os inúmeros avanços alcançados após a promulgação da Constituição Federal de 1988, especialmente com a estruturação do modelo de seguridade social, o Brasil mantém, ainda, resquícios de desigualdade, que podem ser observados, por exemplo, pela existência de benefícios distintos para os trabalhadores urbanos em detrimento dos rurais. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A Constituição de 1988 trouxe um enorme avanço na estruturação da seguridade social e entre várias novidades incluiu um rol de princípios listados em artigo 194 entre os quais consta o princípio da uniformidade entre o segurado urbano e rural. Referido princípio proíbe qualquer distinção na concessão de benefícios entre o trabalhador urbano e rural. Vale frisar que antes da constituição de 1988, o trabalhador rural estava praticamente alijado de qualquer proteção previdenciária. Havia um sistema denominado FUNRURAL de natureza assistencial e bastante precário quanto a cobertura. A título de exemplo, a Lei Complementar nº 11/71que instituiu o Programa de Assistência do Trabalhador Rural (PRORURAL) tinha, por principal benefício, aposentadoria por idade no valor correspondente a 50% de um salário mínimo. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 14. A seguridade social brasileira, apesar de ser fortemente influenciada pelo modelo do Estado do bem-estar social, não abrange todas as políticas sociais do Estado brasileiro. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Certa. Na verdade, observa-se que houve forte influência do modelo do denominado welfare state não apenas na seguridade social mas em praticamente todo texto original da Constituição de 1988. Em face das inúmeras alterações pelas quais passou o texto constitucional, não é mais possível manter essa afirmação, atualmente. De qualquer forma, mesmo no texto original a seguridade social sempre foi a junção de políticas sociais relativas à previdência social, assistência social e

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saúde. Outros temas sociais essenciais para o Estado brasileiro, nunca compuseram a seguridade social. É o caso, por exemplo, da educação ou da proteção à criança e adolescente. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 15. A instituição de alíquotas ou bases de cálculos diferentes, em razão da atividade econômica ou do porte da empresa, entre outras situações, apesar de, aparentemente, infringir o princípio tributário da isonomia, de fato atende ao comando constitucional da eqüidade na forma de participação no custeio da seguridade social. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Referida afirmativa já estava correta antes da Emenda Constitucional nº 47, pois o princípio da equidade no custeio autoriza tratamento diferenciado entre os contribuintes. No mais, atualmente, em face do disposto no parágrafo nono do artigo 195 da constituição já não há dúvidas sobre a questão: “CF/88 – artigo 195, parágrafo nono: As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho”. Vale frisar que referido dispositivo concretiza prática que se torna, cada dia, mais comum no direito tributário moderno, ou seja, a extrafiscalidade pela qual se utiliza o direito tributário não mais primordialmente para arrecadar receitas, mas para incentivar ou desestimular comportamentos. No caso, em foco, claramente procura-se privilegiar o pleno emprego e a empresa de pequeno e médio porte. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 16. A grande preocupação com os hipossuficientes tem sido característica marcante da seguridade social brasileira, como pode ser demonstrado pela recente alteração, no texto constitucional, de garantias para inclusão dos trabalhadores de baixa renda, bem como daqueles que se dediquem, exclusivamente, ao trabalho doméstico, sendo-lhes oferecido tempo de contribuição, alíquotas e prazos de carência inferiores. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. De fato, na busca de inclusão previdenciária dos trabalhadores de baixa renda e das donas de casa, introduziu-se, recentemente, alteração na Constituição Federal. Hoje, esses indivíduos podem se filiar, ao regime geral de previdência social, com alíquotas e prazos de carência inferiores a dos demais

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segurados (CF/88 – artigo 201, parágrafos décimo-segundo e décimo-terceiro). Por outro lado, não há previsão de tempo de contribuição reduzido. No mais, em conformidade com a regulamentação desse dispositivo constitucional esses segurados renunciam à possibilidade de se aposentar por tempo de contribuição Lei nº 8213/91 - artigo 18, parágrafo terceiro. O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, e o segurado facultativo que contribuam na forma do § 2o do art. 21 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, não farão jus à aposentadoria por tempo de contribuição. Em relação ao Instituto Nacional do Seguro Social, a seu histórico e estrutura, julgue os itens a seguir. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 17. As gerências executivas são órgãos descentralizados da estrutura administrativa do INSS; entretanto a escolha e a nomeação dos gerentes executivos são feitas diretamente pelo ministro da Previdência Social sem necessidade de observação a critérios especiais de seleção. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Existem critérios a serem observados. Atualmente, a estrutura do INSS encontra-se regulamentada pelo Decreto nº 5.870/06 que em seu artigo 3º, parágrafo primeiro estipula: “Os Gerentes-Executivos serão escolhidos, exclusivamente, em lista quíntupla composta a partir de processo de seleção interna, que priorize o mérito profissional, na forma e condições definidas em portaria ministerial, promovido mediante adesão espontânea dos servidores ocupantes de cargos efetivos, pertencentes ao quadro de pessoal do INSS ou do Ministério da Previdência Social, e dos procuradores federais em exercício na Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 18. A fusão da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciária centralizou em apenas um órgão a arrecadação da maioria dos tributos federais. Contudo, a fiscalização e a arrecadação das contribuições sociais destinadas aos chamados terceiros - SESC, SENAC, SESI, SENAI e outros - permanecem a cargo do INSS. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A Lei nº 11.457/07, mais conhecida como Lei da Super Receita, unificou a cobrança e a administração tributária das contribuições incidentes

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sobre a folha de salários e demais verbas remuneratórias, em órgãos da administração pública direta, ou seja, União Federal. A Secretaria da Receita Federal do Brasil passou a fiscalizar e cobrar administrativamente as contribuições previdenciárias, inclusive as denominadas contribuições de terceiros ou do sistema “S”. Por outro lado, cabe a Procuradoria da Fazenda Nacional inscrever em dívida ativa e cobrar, judicialmente, esses créditos. Disposição legal nesse sentido encontra-se no artigo 3º da Lei nº 11.457/07. “Artigo 2º - Além das competências atribuídas pela legislação vigente à Secretaria da Receita Federal, cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas a tributação, fiscalização, arrecadação, cobrança e recolhimento das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do artigo 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e das contribuições instituídas a título de substituição. (...) Artigo 3º As atribuições de que trata o artigo 2º desta Lei se estendem às contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, na forma da legislação em vigor, aplicando-se em relação a essas contribuições, no que couber, as disposições desta Lei”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 19. O Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia federal atualmente vinculada ao Ministério da Previdência Social, surgiu, em 1990, como resultado da fusão do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) e o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS). ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Com o advento da Constituição Federal de 1988 a saúde que estava vinculada à previdência social por meio do INAMPS foi transferida para a União Federal e esta atualmente estruturada por meio do SUS (sistema único de saúde) com participação de todos os entes federativos. Por outro lado, o IAPAS que cuidava da administração tributária das contribuições previdenciárias e o INPS, cuja principal atribuição era a concessão e manutenção de benefícios previdenciários, se fundiram, por meio da Lei nº 8029/90, criando o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “Lei nº 8029/90: Artigo 17 - É o Poder Executivo autorizado a instituir o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, como autarquia federal, mediante fusão do Instituto de Administração da Previdência e Assistência Social - IAPAS, com o Instituto Nacional de Previdência Social - INPS, observado o disposto nos §§ 2° e 4° do art. 2° desta lei”.

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Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma situação hipotética acerca da identificação dos segurados da previdência social, seguida de uma assertiva a ser julgada. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 20. Otávio, contador, é aposentado por regime próprio de previdência social e começou a prestar serviços de contabilidade em sua residência. Dada a qualidade de seus serviços, logo foi contratado para dar expediente em uma grande empresa da cidade. Nessa situação, Otávio não é segurado do regime geral, tanto por ter pertencido a um regime próprio, quanto por ser aposentado. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Otávio desenvolve atividade laboral remunerada no setor privado razão pela qual, obrigatoriamente e de forma automática, está filiado ao regime geral de previdência social. O fato de ter pertencido a regime próprio de servidores públicos ou de estar aposentado é irrelevante. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 21. Miguel, civil, brasileiro nato que mora há muito tempo na Suíça, foi contratado em Genebra para trabalhar na Organização Mundial de Saúde. Seu objetivo é trabalhar nessa entidade por alguns anos e retornar ao Brasil, razão pela qual optou por não se filiar ao regime próprio daquela organização. Nessa situação, Miguel é segurado obrigatório da previdência social brasileira na qualidade de contribuinte individual. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A situação de Miguel se encaixa no disposto no artigo 11, inciso V, alínea ‘e’ da Lei nº 8213/91: “Artigo 11 - São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas (...) V - como contribuinte individual: (...) e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social.” (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 22. Claudionor tem uma pequena lavoura de feijão em seu sítio e exerce sua atividade rural apenas com o auxílio da família. Dos seus filhos, somente Aparecida trabalha fora do sítio. Embora ajude diariamente na manutenção da plantação, Aparecida também exerce atividade remunerada no grupo escolar

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próximo à propriedade da família. Nessa situação, Claudionor e toda a sua família são segurados especiais da previdência social. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. De início, é importante alertar para o fato de que o segurado especial tem sua contribuição para a previdência social bastante subsidiada, razão pela qual é importante que não se inclua nessa modalidade de segurados aqueles que não atendem aos requisitos legais, pois terão sua contribuição subsidiada pelo sistema sem necessitarem de tratamento diferenciado. No caso em foco, Aparecida não é considerada segurada especial pois exerce atividade externa de forma permanente, ou seja, fora das hipóteses expressamente autorizadas em lei que são o exercício de atividade externa na entressafra ou durante o defeso, no máximo, por 120 dias por ano; exercício de vereança; direção de sindicato ou direção de cooperativa agrícola (Lei nº 8213/91 – artigo 11, parágrafo nono, da Lei nº 8213/91). (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 23. Beatriz trabalha, em Brasília, na sucursal da Organização das Nações Unidas e não tem vinculação com regime de previdência estrangeiro. Nessa situação, Beatriz é segurada da previdência social brasileira na condição de contribuinte individual. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Beatriz é segurada empregada, nos termos do disposto no artigo 9º, inciso I, alínea ‘e’, do Decreto nº 3048/99: “Artigo 9º: São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: I - como empregado: (...) e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular”. Ainda em relação à identificação dos segurados da previdência social, julgue os itens a seguir. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 24. Para a previdência social, uma pessoa que administra a construção de uma casa, contratando pedreiros e auxiliares para edificação da obra, é considerada contribuinte individual.

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( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Referida pessoa pode se enquadrar como empresário ou simplesmente como autônomo que contrata outro autônomo ou empregado para trabalhar na construção civil. O Decreto nº 3048/99, artigo 9º, parágrafo décimo-quinto, inciso IX arrola, como exemplo de segurado individual, a pessoa física que edifica obra de construção civil. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 25. Um síndico de condomínio que resida no condomínio que administra e receba remuneração por essa atividade é segurado da previdência social na qualidade de empregado. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Efetivamente, o síndico de condomínio é segurado obrigatório do regime geral de previdência social, mas não na condição de empregado e sim de segurado individual e ainda desde que receba remuneração ou deixe de pagar a taxa condominial, que é um modo de receber, de forma indireta, remuneração do condomínio (Decreto nº 3048/99 – artigo 9º, inciso V, alínea ‘i’). (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 26. Um cidadão belga que seja domiciliado e contratado no Brasil por empresa nacional para trabalhar como engenheiro na construção de uma rodovia em Moçambique é segurado da previdência social brasileira na qualidade de empregado. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Qualquer brasileiro ou estrangeiro, contratado no Brasil, para trabalhar em filial de empresa brasileira, no exterior, é considerado segurado obrigatório do regime geral de previdência social, na modalidade de segurado empregado (Decreto nº 3048/99 – artigo 9º, inciso I, alínea ‘c’). Sobre o tema vale citar: “A lei também protege o trabalhador que venha a laborar no exterior. É muito comum certo trabalhador ser contratado no Brasil e sofrer transferência para o exterior, ainda que temporária, como, por exemplo, no caso de uma obra de construção civil, realizada no Oriente Médio”.(Fábio Zambitte Ibrahim - 2008, 6:198). (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 27. Um adolescente de 14 anos de idade, menor aprendiz, contratado de acordo com a Lei n.o 10.097/2000, apesar de ter menos de 16 anos de idade, que é o

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piso para inscrição na previdência social, é segurado empregado do regime geral. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Trata-se de exceção a regra de que os trabalhadores e segurados do RGPS devem ter, no mínimo, 16 anos. Nesse sentido, vale citar: “IN RFB nº 971/09 (...) Artigo 6º: Deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de segurado empregado: (...) II - o aprendiz, maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos, ressalvado o portador de deficiência, ao qual não se aplica o limite máximo de idade, sujeito à formação técnico-profissional metódica, sob a orientação de entidade qualificada, conforme disposto nos arts. 410 e 433 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, com a redação dada pela Lei nº 11.180, de 23 de setembro de 2005”. Não se deve, por outro lado, confundir o aprendiz com o estagiário que não é segurado obrigatório do regime geral de previdência social. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 28. Um tabelião que seja titular do cartório de registro de imóveis em determinado município é vinculado ao respectivo regime de previdência estadual, pois a atividade que exerce é controlada pelo Poder Judiciário. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Embora a função de titular de cartório de registro de imóveis caracterize função delegada do Estado e esteja sob a fiscalização do Poder Judiciário Estadual, não há que se falar em vínculo efetivo com o serviço público. Por esse motivo, esse profissional é segurado obrigatório do RGPS na modalidade de segurado individual, pois se assemelha a atividade de empresário ou autônomo (IN RFB nº 971/09 – artigo 9º, inciso XXV). Acerca de princípios da seguridade social, julgue os itens a seguir. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 29. De acordo com recentes alterações constitucionais, as contribuições sociais que financiam a seguridade social somente poderão ser exigidas depois de decorridos noventa dias da publicação da lei que as houver instituído ou modificado. Essas alterações também acrescentaram, no que concerne a esse assunto, a exigência da anterioridade do exercício financeiro.

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( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Tendo em vista que a instituição de novo tributo sempre gera a necessidade do contribuinte de ter um tempo para se organizar financeiramente, existe o princípio da anterioridade que se fundamenta nos princípios implícitos da segurança jurídica e da não-surpresa. Desde o advento da Constituição da República de 1988, o artigo 195, parágrafo sexto, determina que a criação ou majoração de contribuição social para o financiamento da seguridade social deverá atender ao princípio da noventena ou anterioridade nonagessimal, ou seja, só poderá ser exigido depois de 90 dias da data da publicação da lei. No mais, não se aplica a anterioridade genérica (anterioridade do exercício financeiro) prevista no artigo 150, inciso III, alínea ‘b’, para as contribuições sociais. Em cada um dos itens que se seguem, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 30. Ronaldo, afastado de suas atividades laborais, tem recebido auxílio doença. Nessa situação, a condição de segurado de Ronaldo será mantida sem limite de prazo, enquanto estiver no gozo do benefício, independentemente de contribuição para a previdência social. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Tendo em vista que o regime geral de previdência social é uma espécie de seguro social, possui um instituto que não existe no seguro privado, denominado período de graça, no qual o segurado mesmo sem verter contribuições permanece com qualidade de segurado. Uma das hipóteses consiste no gozo de benefício pelo segurado. É razoável o segurado, principalmente em face de recebimento de benefício por incapacidade, não pode contribuir pois não está auferindo renda (Lei nº 8213/91 – artigo 15, inciso I). Fábio Zambitte Ibrahim explica melhor esse instituto (2008, 6:564/565): “O tema proposto é afeto à questão da desfiliação previdenciária. Aqui a lógica do seguro é bastante evidente: enquanto a pessoa está vinculada a determinada seguradora, como, por exemplo, no caso de um seguro de veículos, pode-se dizer que a mesma está segurada, isto é, tem qualidade de segurada. Se, no ano seguinte, esta pessoa não renova o seguro de seu veículo, não detém mais a condição de segurada, e caso seu carro venha a ser furtado, nada poderá demandar da seguradora, pois não mais haverá qualquer liame entre eles. (...) O período de graça, em regra, não tem duração indefinida. Somente haverá a cobertura previdenciária durante determinado tempo, sob pena de inviabilidade financeira e

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atuarial do sistema. Caso o segurado não tenha retomado suas atividades laborais no período, deve vincular-se como facultativo para evitar a perda da filiação previdenciária”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 31. Célia, professora de uma universidade, eventualmente, presta serviços de consultoria na área de educação. Por isso, Célia é segurada empregada pela atividade de docência e contribuinte individual quando presta consultoria. Nessa situação, Célia tem uma filiação para cada atividade. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O segurado que possui mais de uma atividade laborativa, vinculada ao regime geral de previdência social, será inscrito e filiado em relação a cada uma delas e, como conseqüência deverá contribuir sobre cada uma das atividades, respeitado na somatória, o teto do regime geral de previdência social, hoje em R$. 3691,00. “Lei nº 8213/91 – artigo 11, parágrafo segundo: Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 32. Fernanda foi casada com Lucas, ambos segurados da previdência social. Há muito tempo separados, resolveram formalizar o divórcio e, pelo fato de ambos trabalharem, não foi necessária a prestação de alimentos entre eles. Nessa situação, Fernanda e Lucas, após o divórcio, deixarão de ser dependentes um do outro junto à previdência social. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O divórcio coloca fim na relação matrimonial e a ausência de prestação de alimentos faz supor que ambos não possuem, entre si, dependência econômica. No sentido da proposição: Decreto nº 3048/99 – artigo 17: “A perda da qualidade de dependente ocorre: I - para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado”. Vale, porém, destacar a súmula 336 do Superior Tribunal de Justiça que estipula:

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“A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 33. Osvaldo cumpriu pena de reclusão devido à prática de crime de fraude contra a empresa em que trabalhava. No período em que esteve na empresa, Osvaldo era segurado da previdência social. Nessa situação, Osvaldo tem direito de continuar como segurado da previdência social por até dezoito meses após o seu livramento. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O preso que, na data da prisão, possuía qualidade de segurado permanecerá com qualidade de segurado pelo prazo de 12 meses, após ser solto. Trata-se do denominado período de graça. Lei nº 8213/91 – artigo 15 “Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: (...) IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 34. Alzira, estudante, filiou-se facultativamente ao regime geral de previdência social, passando a contribuir regularmente. Em razão de dificuldades financeiras, Alzira deixou de efetuar esse recolhimento por oito meses. Nessa situação, Alzira não deixou de ser segurada, uma vez que a condição de segurado permanece por até doze meses após a cessação das contribuições. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O regime geral de previdência social, por ter características de seguro social, possui alguns institutos que usualmente não são encontrados nos contratos de seguro privado. Um desses institutos é o período de graça pelo qual o segurado, mesmo sem efetivar recolhimentos, permanece por um determinado período filiado à previdência. Os prazos para o período de graça estão listados no artigo 15 da lei de benefícios e variam dependendo do segurado ou da situação em que se encontra. Especificamente, o segurado facultativo possui 6 meses de período de graça (Lei nº 8213/91 – artigo 15, inciso VI). Em cada um dos itens seguintes, apresenta-se uma situação hipotética referente à aplicação do conceito de salário-de-contribuição, seguida de uma assertiva a ser julgada.

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(TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 35. Rodrigo trabalha na gerência comercial de uma grande rede de supermercados e visita regularmente cada uma das lojas da rede. Para atendimento a necessidades do trabalho que faz durante as viagens, Rodrigo recebe diárias que excedem, todos os meses, 50% de sua remuneração normal. Nessa situação, não incide contribuição previdenciária sobre os valores recebidos por Rodrigo a título dessas diárias. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A Constituição Federal autoriza a incidência de contribuição social para o financiamento da seguridade social sobre várias materialidades econômicas expressamente previstas em seu artigo 195, tais como o lucro, a receita ou faturamento e a folha de salários e remuneração. Portanto, as contribuições previdenciárias só podem incidir sobre salário ou remuneração por expressa autorização constitucional, o que afasta a possibilidade de sua incidência sobre verbas de natureza indenizatória. O recebimento de diárias não pressupõe documentação fiscal que demonstre que as despesas ocorreram em razão de viagens dos empregados. Portanto a legislação de regência previu a regra no sentido de que se a totalidade das diárias, durante o mês, superar 50% da remuneração do empregado, presume-se sua natureza salarial e, por conseqüência, deve haver incidência da contribuição previdenciária (Lei nº 8212/91 – artigo 28, artigo 8º, alínea ‘a’). Por exemplo, caso um empregado cuja remuneração mensal corresponde a R$. 2000,00 receba em determinado mês, R$. 1500,00 de diárias terá por salário de contribuição o valor correspondente, naquele mês, a R$. 3500,00. Por outro lado, caso, no mesmo exemplo, receba R$. 900,00 de diárias, seu salário de contribuição será de R$. 2000,00. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 36. Maria, segurada empregada da previdência social, encontra-se afastada de suas atividades profissionais devido ao nascimento de seu filho, mas recebe salário-maternidade. Nessa situação, apesar de ser um benefício previdenciário, o salário-maternidade que Maria recebe é considerado salário-de-contribuição para efeito de incidência. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Certa. O salário maternidade é o único benefício da previdência social que compõe o salário-de-contribuição da segurada (Lei nº 8212/91 – artigo 28, parágrafo segundo). Portanto sobre os valores recebidos a título de salário-maternidade há incidência de contribuição para a previdência social. A jurisprudência não destoa desse entendimento:

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“STJ - REsp 1232238 / PR - DJe 16/03/2011 (...) É pacífico no STJ o entendimento de que o salário-maternidade não tem natureza indenizatória, mas sim remuneratória, razão pela qual integra a base de cálculo da Contribuição Previdenciária”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 37. Mateus trabalha em uma empresa de informática e recebe o vale-transporte junto às demais rubricas que compõem sua remuneração, que é devidamente depositada em sua conta bancária. Nessa situação, incide contribuição previdenciária sobre os valores recebidos por Mateus a título de vale-transporte. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Certa. De acordo com o disposto na Lei nº 8212/91 artigo 28, parágrafo nono, alínea ‘d’, o vale transporte, desde que pago de acordo com a legislação de regência, não integra o salário-de-contribuição. Por outro lado, ao se pagar em dinheiro não se respeitou a legislação que regula o vale-transporte. Portanto, o vale transporte pago em pecúnia descaracteriza sua natureza indenizatória e passa ser tributado (STJ – Recurso Especial nº 508583). Vale destacar que há recentes precedentes do Supremo Tribunal Federal em sentido contrário o que torna a questão, sob a ótica jurisprudencial, controvertida (STF – Recurso Extraordinário nº 478410 – Tribunal Pleno – j. em 10.03.2010): RECURSO EXTRORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA. VALE-TRANSPORTE. MOEDA. CURSO LEGAL E CURSO FORÇADO. CARÁTER NÃO SALARIAL DO BENEFÍCIO. ARTIGO 150, I, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. CONSTITUIÇÃO COMO TOTALIDADE NORMATIVA. 1. Pago o benefício de que se cuida neste recurso extraordinário em vale-transporte ou em moeda, isso não afeta o caráter não salarial do benefício. 2. A admitirmos não possa esse benefício ser pago em dinheiro sem que seu caráter seja afetado, estaríamos a relativizar o curso legal da moeda nacional. 3. A funcionalidade do conceito de moeda revela-se em sua utilização no plano das relações jurídicas. O instrumento monetário válido é padrão de valor, enquanto instrumento de pagamento sendo dotado de poder liberatório: sua entrega ao credor libera o devedor. Poder liberatório é qualidade, da moeda enquanto instrumento de pagamento, que se manifesta exclusivamente no plano jurídico: somente ela permite essa liberação indiscriminada, a todo sujeito de direito, no que tange a débitos de caráter patrimonial. 4. A aptidão da moeda para o cumprimento dessas funções decorre da circunstância de ser ela tocada pelos atributos do curso legal e do curso forçado. 5. A exclusividade de circulação da moeda está relacionada ao curso legal, que respeita ao instrumento monetário enquanto em circulação; não decorre do curso forçado, dado que este atinge o instrumento monetário enquanto valor e a sua instituição [do curso forçado] importa

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apenas em que não possa ser exigida do poder emissor sua conversão em outro valor. 6. A cobrança de contribuição previdenciária sobre o valor pago, em dinheiro, a título de vales-transporte, pelo recorrente aos seus empregados afronta a Constituição, sim, em sua totalidade normativa. Recurso Extraordinário a que se dá provimento. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 38. Luís é vendedor em uma grande empresa que comercializa eletrodomésticos. A título de incentivo, essa empresa oferece aos empregados do setor de vendas um plano de previdência privada. Nessa situação, incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos, pela empresa, a título de contribuição para a previdência privada, a Luís. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Certa. Objetivando incentivar as empresas a concederem planos de previdência privada para os seus empregados, o legislador exclui essa verba da incidência de contribuição previdenciária, quer da parte do empregado, quer da cota patronal. Todavia, exige que esse benefício seja ofertado a todos os empregados da empresa o que não ocorre no caso em foco, razão pela qual deve haver a tributação (Lei nº 8212/91 – artigo 28, parágrafo nono, alínea ‘p’). Tribunal Regional Federal da 4ª Região - APELREEX 200872010013069 – segunda turma - D.E. 16/09/2009 (...) Tributário. Contribuições Previdenciárias. Participação nos lucros. Diretores. Plano de previdência privada. 1- Inexiste base legal para a não incidência das contribuições previdenciárias sobre os valores pagos à título de participação nos lucros paga aos administradores não empregados. 2- Para que as contribuições pagas pela empresa a programa de previdência complementar não integrem o salário-de-contribuição, é imperativo que tal programa seja disponibilizado à totalidade de seus empregados e dirigentes. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 39. Tendo sido demitido sem justa causa da empresa em que trabalhava, Vagner recebeu o aviso prévio indenizado, entre outras rubricas. Nessa situação, não incide contribuição previdenciária sobre o valor da indenização paga, pela empresa, a Vagner. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Certa. Embora pessoalmente entenda que incide contribuição previdenciária sobre o aviso prévio indenizado pois não possui natureza indenizatória, apesar da denominação, a jurisprudência entende de forma contrária.

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“STJ – REsp nº 1218797 - Segunda Turma - DJe 04/02/2011 (...) A Segunda Turma do STJ consolidou o entendimento de que o valor pago ao trabalhador a título de aviso prévio indenizado, por não se destinar a retribuir o trabalho e possuir cunho indenizatório, não está sujeito à incidência da contribuição previdenciária sobre a folha de salários”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 40. Claudionor recebe da empresa onde trabalha alguns valores a título de décimo-terceiro salário. Nessa situação, os valores recebidos por Claudionor não são considerados para efeito do cálculo do salário-benefício, integrando-se apenas o cálculo do salário-de-contribuição. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Incide contribuição previdenciária sobre o décimo-terceiro salário, conforme previsto no artigo 28, parágrafo sétimo da Lei nº 8212/91 e súmula 688 do Supremo Tribunal Federal. Por outro lado, conforme expressamente previsto na legislação de regência, o décimo-terceiro será excluído do cálculo do salário-de-benefício. “Lei nº 8213/91 – artigo 29 - O salário-de-benefício consiste: (...)§3º - Serão considerados para cálculo do salário-de-benefício os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer título, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuições previdenciárias, exceto o décimo-terceiro salário (gratificação natalina)”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 41. A empresa em que Maurício trabalha paga a ele, a cada mês, um valor referente à participação nos lucros, que é apurado mensalmente. Nessa situação, incide contribuição previdenciária sobre o valor recebido mensalmente por Maurício a título de participação nos lucros. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Certa. A verba recebida a título de participação nos lucros, embora possua natureza salarial, restará excluída do salário-de-contribuição se for paga nos termos da legislação de regência (Lei nº 8212/91 – artigo 28, parágrafo nono, alínea ‘j’). Nos termos da legislação de regência da distribuição dos lucros e resultados, no máximo, é possível parcelar em duas vezes ao ano a referida verba. Não sendo pago o benefício de acordo com a lei, deve integrar o salário-de-contribuição. “STJ – Recurso Especial nº 496949: (...) O art. 3º, § 2º, da Lei 10.101/2000 (conversão da MP 860/1995) fixou critério básico para a não-incidência da

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contribuição previdenciária, qual seja a impossibilidade de distribuição de lucros ou resultados em periodicidade inferior a seis meses. 5. Caso realizada ao arrepio da legislação federal, a distribuição de lucros e resultados submete-se à tributação. Precedentes do STJ. 6. A norma do art. 3º, § 2º, da Lei 10.101/2000 (conversão da MP 860/1995), que veda a distribuição de lucros ou resultados em periodicidade inferior a seis meses, tem finalidade evidente: impedir aumento salarial disfarçado cujo intuito tenha sido afastar ilegitimamente a tributação previdenciária. (...)”. Com relação a período de carência, julgue os itens a seguir. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 42. Se uma empregada doméstica estiver devidamente inscrita na previdência social, será considerado, para efeito do início da contagem do período de carência dessa segurada, o dia em que sua carteira de trabalho tenha sido assinada. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O início da contagem da carência, para o segurado empregado doméstico se inicia com o primeiro recolhimento, conforme está previsto no artigo 28 do Decreto nº 3048/99: “O período de carência é contado: I - para o segurado empregado e trabalhador avulso, da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social; e II - para o segurado empregado doméstico, contribuinte individual, observado o disposto no § 4º do art. 26, e facultativo, inclusive o segurado especial que contribui na forma do § 2º do art. 200, da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, observado, quanto ao segurado facultativo, o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 11”. Pessoalmente, juntamente com parte da jurisprudência, entendo que a carência da segurada empregada doméstica é presumida pois cabe ao empregador doméstico a responsabilidade pela retenção de valores e recolhimento para a previdência social. Portanto, segundo os que esposam esse entendimento, a legislação citada feriria o princípio da isonomia, tendo em vista que para o segurado empregado e avulso a carência é presumida. Tribunal Regional Federal da 4ª Região - AC 200272040136593 – Quinta Turma - D.E. 08/09/2009 (...)Tratando-se de empregada doméstica as contribuições recolhidas em atraso são consideradas para fins de carência uma vez que a responsabilidade pelo recolhimento é do empregador. 2. Comprovada a existência de incapacidade para o trabalho e havendo prova do recolhimento das contribuições

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previdenciárias em número suficiente ao implemento da carência exigida, deve ser concedido o benefício de aposentadoria por invalidez à segurada (...). (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 43. Uma profissional liberal que seja segurada contribuinte individual da previdência social há três meses e esteja grávida de seis meses terá direito ao salário-maternidade, caso recolha antecipadamente as sete contribuições que faltam para completar a carência. ( ) Certo ( X ) Errado

Comentário: Errada. Apenas estão dispensadas do cumprimento de carência para recebimento do salário-maternidade as seguradas empregada, avulsa e doméstica. As seguradas individual, facultativa e especial devem ter contribuído por, ao menos, dez meses antes do fato gerador do benefício (Lei nº 8213/91 – artigo 25, inciso III c/c artigo 26, inciso IV). No mais, a indenização de contribuições previdenciárias, embora prevista em lei, não vale para carência sob pena de descaracterizar totalmente quer o instituto da carência, quer o sistema previdenciário que é uma espécie de seguro social:

“Lei nº 8.213/91 – artigo 27, II: Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições: (...) II - realizadas a contar da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados empregado doméstico, contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos II, V e VII do art. 11 e no art. 13”.

(TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 44. Uma segurada empregada do regime de previdência social que tenha conseguido seu primeiro emprego e, logo na primeira semana, sofra um grave acidente que determine seu afastamento do trabalho por quatro meses não terá direito ao auxílio-doença pelo fato de não ter cumprido a carência de doze contribuições. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A regra básica consiste na desnecessidade de carência para benefícios não programáveis (cujo fato gerador é imprevisível) e na exigência de carência de 180 meses para benefícios programáveis, ou seja, previsíveis. O artigo 26 da lei de benefícios traz o rol de benefícios nos quais não há necessidade de carência, entre os quais constam os acidentes do trabalho e de qualquer natureza, ou seja, cuja origem não tem relação com o trabalho. Portanto, o benefício por

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incapacidade, inclusive o auxílio-doença, originado de acidente nunca exigirá carência. “Lei nº 8213/91 – artigo 26: Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei; IV - serviço social; V - reabilitação profissional. VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica”. Ainda sobre o instituto da carência, vale citar as críticas que Fábio Zambitte Ibrahim faz ao instituto(2008, 6:580): “Tem razão Wagner Balera ao impor a necessidade de maior reflexão sobre a carência no contexto atual da seguridade social. Embora esse autor defenda a extinção deste instituto (substituída pela idéia de período aquisitivo) o fato é que ele precisa ser, de fato, repensado a luz dos ideais da Constituição de 1988, que visa alcançar o bem-estar e a justiça sociais” É apresentada, em cada um dos itens que se seguem, uma situação hipotética relacionada a dependentes e a período de carência, seguida de uma assertiva a ser julgada. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 45. Como ficou desempregado por mais de quatro anos, Mauro perdeu a qualidade de segurado. Recentemente, conseguiu emprego em um supermercado, mas ficou impossibilitado de receber o salário-família pelo fato de não poder contar com as contribuições anteriores para efeito de contagem do tempo de carência, que, para este benefício, é de doze meses. Nessa situação, Mauro poderá contar o prazo anterior à perda da qualidade de segurado depois de contribuir por quatro meses no novo emprego, prazo exigido pela legislação. ( ) Certo ( X ) Errado

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Comentário: Errada. A proposição parte do princípio de que o salário-família exige carência de 12 meses. Todavia, nos termos do disposto no artigo 26, inciso I, da Lei nº 8213/91 não há que se falar em carência para o recebimento do salário-família. Mauro terá direito ao benefício desde o primeiro mês de trabalho, atendidos os demais requisitos legais que basicamente são ter filho menor de 14 anos ou inválido; caso a criança tenha até 7 anos demonstrar que tomou as vacinas obrigatórias ou, caso tenha de 7 a 14 anos, que freqüenta o ensino fundamental; ser segurado empregado ou avulso e que seu salário-de-contribuição não supera, hoje, R$. 862,00. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 46. Célio, segurado empregado da previdência social, tem um filho, com 28 anos de idade, que sofre de doença degenerativa em estágio avançado, sendo, portanto, inválido. Nessa condição, o filho de Célio é considerado seu dependente, mesmo tendo idade superior a dezoito anos. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A dependência para fins previdenciários tem correlação com dependência econômica. A lei presume que aos 21 anos o filho possa trabalhar e deixar de depender, economicamente, de seus pais. Por outro lado, presume que o filho inválido, ou seja, incapaz para o trabalho, permanece com dependência econômica, razão pela qual o filho de Célio permanece como dependente (Lei nº 8213/91, artigo 16, inciso I). (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 47. Paulo é, de forma comprovada, dependente economicamente de seu filho, Juliano, que, em viagem a trabalho, sofreu um acidente e veio a falecer. Juliano à época do acidente era casado com Raquel. Nessa situação, Paulo e Raquel poderão requerer o benefício de pensão por morte, que deverá ser rateado entre ambos. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. No regime geral de previdência social, os dependentes são separados em três classes, sendo que uma classe de dependentes exclui a outra. A título de exemplo, da classe 1 fazem parte, entre outros, o cônjuge, companheiro (a) e filhos, não emancipados, menores de 21 anos ou inválidos. Por outro lado, na classe 2 constam os pais. Com a aplicação da referida regra ao caso em foco observa-se que o segurado era casado. Portanto, apenas os dependentes da classe 1 terão direito de receber a pensão por morte. No caso, apenas Raquel, a esposa de Paulo e não o pai do segurado que não terá direito a benefício algum.

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“Lei nº 8213/91 - Artigo 16 - São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido; § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes”. É apresentada, em cada um dos itens que se seguem, uma situação hipotética relacionada a dependentes e a período de carência, seguida de uma assertiva a ser julgada. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 48. César, segurado da previdência social, vive com seus pais e com seu irmão, Getúlio, de 15 anos idade. Nessa situação, o falecimento de César somente determina o pagamento de benefícios previdenciários a seus pais e a seu irmão se estes comprovarem dependência econômica com relação a César. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Como já explicado o regime geral de previdência social regulamenta o tema dos dependentes no artigo 16 da lei de benefícios. Esse dispositivo estipula que há três classes de dependentes e que uma classe exclui a outra. No caso, os pais, que compõe a classe 2 poderão receber a pensão por morte em decorrência do falecimento de César. O mesmo não ocorrerá com Getúlio pois os irmãos fazem parte do rol da classe 3 e só terão direito a benefício previdenciário caso não haja dependentes na classe 1 e 2 (Lei 8213/91, artigo 16, parágrafo primeiro). (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 49. Edson é menor de idade sob guarda de Coutinho, segurado da previdência social. Nessa situação, Coutinho não pode requerer o pagamento do salário-família em relação a Edson, já que este não é seu dependente. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O artigo 65 da lei de benefícios estipula: “O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, exceto ao doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados nos termos do § 2º do art. 16 desta Lei, observado o disposto no art. 66”.

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Equiparados, segundo prevê o parágrafo segundo do artigo 16 da Lei nº 8213/91 são o enteado e o menor tutelado. Portanto, Coutinho não tem direito de receber o benefício. Vale frisar que há quem defenda que o menor sob guarda, com fundamento no Estatuto da Criança e do Adolescente, é dependente de segurado do RGPS. Porém, referida tese não é majoritária na jurisprudência. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 50. Gilmar, inválido, e Solange são comprovadamente dependentes econômicos do filho Gilberto, segurado da previdência social, que, por sua vez, tem um filho. Nessa situação, Gilmar e Solange concorrem em igualdade de condições com o filho de Gilberto para efeito de recebimento eventual de benefícios. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O artigo 16 da Lei nº 8213/91 é expresso no sentido de que há três classes de dependentes e que uma classe exclui a outra. No caso em foco, apenas o filho de Gilberto é dependente, tendo em vista que se enquadra na classe 1. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 51. Roberto, produtor rural, é segurado especial e não faz recolhimento para a previdência social como contribuinte individual. Nessa situação, para recebimento dos benefícios a que Roberto tem direito, não é necessário o recolhimento para a contagem dos prazos de carência, sendo suficiente a comprovação da atividade rural por igual período. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Certa. A carência, para o segurado especial, não corresponde a um número mínimo de contribuições previstas em lei, mas sim a comprovação de atividade rural em número de meses correspondentes ao exigido para a carência. Nesse sentido vale citar: “Decreto nº 3048/99 – artigo 26: Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências. § 1º Para o segurado especial, considera-se período de carência o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão do benefício requerido”.

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Tribunal Regional Federal da 4ª Região – AC 200972990004579 – 5ª Turma - D.E. 14/06/2010 (...) PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. SEGURADO ESPECIAL (TRABALHADOR RURAL). COMPROVAÇÃO DE INCAPACIDADE PARCIAL. AUXÍLIO-DOENÇA. TERMO INICIAL. AUSÊNCIA DE PROVA DO INÍCIO DA INCAPACIDADE LABORAL. ADOÇÃO DA DATA DO EXAME DA PERÍCIA JUDICIAL. EFICÁCIA MANTAMENTAL. A teor do que dispõem os arts. 42 e 59, combinados com os arts. 11, inc. VII, 26, inc. III e 39, inc. I, todos da Lei n.º 8.213/1991, em se tratando de segurado especial, a concessão de aposentadoria por invalidez ou de auxílio-doença, independe de carência mas pressupõe a demonstração da qualidade de segurado e de incapacidade laboral. Comprovado o exercício de atividade rural no período de 12 meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício - ainda que de forma descontínua - e evidenciada, a partir do conjunto probatório constante dos autos, a existência de incapacidade laboral parcial da parte autora, impõe-se a concessão de auxílio-doença. (...) Julgue a assertiva que se segue a cada uma das situações hipotéticas referentes ao salário-família apresentadas em cada um dos itens subseqüentes. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 52. Rubens e sua esposa Amélia têm, juntos, dois filhos, trabalham e são segurados do regime geral da previdência social, além de serem considerados trabalhadores de baixa renda. Nessa situação, o salário-família somente será pago a um dos cônjuges. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Atendidos os demais requisitos legais, principalmente salário-de-contribuição inferior a R$. 862,00, ambos terão direito a uma cota do benefício. Nesse sentido vale citar o disposto no artigo 82 do Decreto nº 3048/99: “O salário-família será pago mensalmente: (...) §3º Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 53. Dalila, que é empregada doméstica e segurada do regime geral da previdência social, tem três filhos, mas não recebe salário-família. Nessa situação, apesar de ser considerada trabalhadora de baixa renda, Dalila não tem o direito de receber esse benefício. ( X ) Certo ( ) Errado

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Comentário: Correta. O segurado empregado doméstico não tem direito ao salário-família, mas apenas o segurado empregado, avulso e o aposentado por invalidez, por idade e, nas demais modalidades de aposentadoria, desde que o beneficiário tenha, ao menos, 65 anos se homem e 60 anos, se mulher (Lei nº 8213/91 – artigo 65). Interessante notar que o constituinte, no artigo 7º, excluiu a obrigatoriedade da concessão desse direito aos empregados domésticos. Todavia, tendo em vista que o artigo 7º trata de direitos mínimos e não máximos, parece-nos que seria justa previsão legislativa nesse sentido. Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma situação hipotética a respeito da aposentadoria por tempo de contribuição, seguida de uma assertiva a ser julgada. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 54. Firmino foi professor do ensino fundamental durante vinte anos e trabalhou mais doze anos como gerente financeiro em uma empresa de exportação. Nessa situação, excluindo-se as regras de transição, Firmino pode requerer o benefício integral de aposentadoria por tempo de contribuição, haja vista a possibilidade de computar o tempo em sala de aula em quantidade superior ao efetivamente trabalhado, dada a natureza especial da prestação de serviço. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A redução em cinco anos, para a aposentadoria por tempo de contribuição do professor do ensino infantil, fundamental e médio exige tempo integral no exercício da docência em sala de aula ou atividade de direção ou assessoramento pedagógico (CF/88 – artigo 201, parágrafo oitavo). Não existe previsão legal que autorize a conversão de tempo de professor para tempo comum, como ocorre nas regras que regulamentam a aposentadoria especial. Embora seja comum denominar a aposentadoria do professor como aposentadoria especial, ela não é regrada pelos artigos 57 e 58 da Lei nº 8213/91. Portanto, Firmino possui apenas 32 anos de contribuição o que é insuficiente para obter a aposentadoria integral por tempo de contribuição que exige, para o homem, 35 anos de contribuição. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 55. Renato era servidor municipal vinculado a regime próprio de previdência social havia 16 anos, quando resolveu trabalhar na iniciativa privada, em 1999. Nessa situação, o tempo de serviço prestado por Renato em outro regime é contado como tempo de contribuição, desde que haja a devida comprovação, certificada pelo ente público instituidor do regime próprio. ( X ) Certo ( ) Errado

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Comentário: Correta. Nos termos do disposto no artigo 201, parágrafo nono, da Constituição Federal: “§ 9º - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei”. Portanto, o tempo de contribuição será sempre contado para todos os fins em outro regime desde que devidamente provado por meio de documento denominado certidão de tempo de contribuição (CTC) emitido pelo regime próprio de previdência social ao qual o servidor esteve vinculado. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 56. Durval, inscrito na previdência social na qualidade de contribuinte individual, trabalha por conta própria, recolhendo 11% do valor mínimo mensal do salário de contribuição. Nessa situação, para Durval fazer jus ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, deverá recolher mais 9% daquele valor, acrescidos de juros. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Um dos maiores problemas da previdência social é a informalidade nas relações de trabalho. Por esse motivo, o artigo 201, parágrafo décimo-segundo e décimo-terceiro, prevê um sistema especial de inclusão previdenciária que visa trazer cerca de quarenta milhões de trabalhadores do setor informal da economia para a previdência social. Para tanto autoriza o recolhimento das contribuições por meio de alíquotas menores. O segurado facultativo e o segurado individual que trabalhe por conta própria ou ainda o empresário cujo faturamento anual seja inferior a R$. 36.000,00 poderão recolher 11% sobre um salário mínimo. Todavia, nesse caso, renunciará à possibilidade de se aposentar por tempo de contribuição. Caso, a qualquer tempo, queira requerer aposentadoria por tempo de contribuição deve recolher a diferença, isto é, 9%, acrescido de juros correspondentes a variação da taxa SELIC. “Lei nº 8212/91 - Artigo 21 - (...) §2º É de 11% (onze por cento) sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição a alíquota de contribuição do segurado contribuinte individual que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, e do segurado facultativo que optarem pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição. §3º O segurado que tenha contribuído na forma do §2º deste artigo e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de

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contribuição a que se refere o art. 94 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal mediante o recolhimento de mais 9% (nove por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3º do art. 61 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996 (...)”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 57. Mário, segurado inscrito na previdência social desde 1972, requereu sua aposentadoria por tempo de contribuição. Nessa situação, a renda inicial da aposentadoria de Mário corresponderá à média aritmética simples dos salários-de-contribuição desde 1972, multiplicada pelo fator previdenciário. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A renda mensal inicial da aposentadoria por tempo de contribuição corresponde a 100% do salário-de-benefício (base de cálculo da quase totalidade dos benefícios previdenciários). O salário-de-benefício, por sua vez, consiste na média aritmética atualizada dos 80% maiores salários-de-contribuição desde julho de 1994, multiplicado pelo fator previdenciário. O período básico de cálculo, portanto, se inicia a partir de julho de 1994 (Plano Real). Vale frisar que, por muitos anos, a partir da edição da atual constituição até o ano de 1999 o salário-de-benefício correspondia a média aritmética dos trinta e seis últimos salários-de-contribuição, alcançados dentro de um período máximo de 48 meses. Porém, hoje corresponde praticamente a toda vida laboral do segurado, a partir de julho de1994, tendo em vista que foi o mês em que entrou em vigor o Plano Real de estabilização da economia. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 58. Leonardo, segurado empregado, trabalhou em uma empresa cujo prédio foi destruído por um incêndio na década de 80 do século XX, situação evidenciada por meio de registro junto à autoridade policial que acompanhou os fatos. Nessa situação, Leonardo poderá comprovar, com auxílio de testemunhas, o tempo trabalhado na empresa cujo prédio foi destruído, averbando esse período em pedido de aposentadoria por tempo de contribuição. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Trata-se de exceção a regra segundo a qual para se provar tempo de serviço é necessário apresentar início de prova material (documental) acompanhada de prova testemunhal. A justificação administrativa consiste em procedimento no qual serão ouvidas testemunhas perante um servidor do INSS, objetivando provar tempo de serviço no qual não haja elementos, de prova documental, suficientes para sua aceitação pela autarquia. O procedimento é admitido caso se comprove ocorrência de força maior, tal como incêndio ou

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inundação da empresa, que impossibilite a produção de prova por meio documental. O artigo 108 da lei de benefícios e o Decreto nº 3048/99 regulamentam o instituto: Lei nº 8213/91 - Artigo 108: Mediante justificação processada perante a Previdência Social, observado o disposto no § 3º do art. 55 e na forma estabelecida no Regulamento, poderá ser suprida a falta de documento ou provado ato do interesse de beneficiário ou empresa, salvo no que se refere a registro público. Decreto nº 3048/99 “artigo 142. A justificação administrativa constitui recurso utilizado para suprir a falta ou insuficiência de documento ou produzir prova de fato ou circunstância de interesse dos beneficiários, perante a previdência social. (...) artigo 143 (...) § 2º Caracteriza motivo de força maior ou caso fortuito a verificação de ocorrência notória, tais como incêndio, inundação ou desmoronamento, que tenha atingido a empresa na qual o segurado alegue ter trabalhado, devendo ser comprovada mediante registro da ocorrência policial feito em época própria ou apresentação de documentos contemporâneos dos fatos, e verificada a correlação entre a atividade da empresa e a profissão do segurado. (...)”. Em cada um dos próximos itens, é apresentada uma situação hipotética a respeito do auxílio-acidente, seguida de uma assertiva a ser julgada. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 59. Marcela, empregada doméstica, após ter sofrido grave acidente enquanto limpava a vidraça da casa de sua patroa, recebeu auxílio-doença por três meses. Depois desse período, foi comprovadamente constatada a redução de sua capacidade laborativa. Nessa situação, Marcela terá direito ao auxílio-acidente correspondente a 50% do valor que recebia a título de auxílio-doença. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Nos termos do artigo 18, parágrafo primeiro, da lei de benefícios apenas terá direito ao auxílio-acidente o segurado empregado, o segurado avulso e o segurado especial. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 60. Tomás, segurado empregado do regime geral da previdência social, teve sua capacidade laborativa reduzida por seqüelas decorrentes de grave acidente. Nessa situação, se não tiver cumprido a carência de doze meses, Tomás não poderá receber o auxílio-acidente. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O auxílio-acidente não exige carência.

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“Decreto nº 3048/99 – artigo 30 - Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza; II - salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa; III - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; IV - aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão por morte aos segurados especiais, desde que comprovem o exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses correspondente à carência do benefício requerido; e V - reabilitação profissional”. Em cada um dos itens seguintes, é apresentada uma situação hipotética acerca do salário-maternidade, seguida de uma assertiva a ser julgada. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 61. Rute, professora em uma escola particular, impossibilitada de ter filhos, adotou gêmeas recém-nascidas cuja mãe falecera logo após o parto e que não tinham parentes que pudessem cuidar delas. Nessa situação, Rute terá direito a dois salários-maternidade. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Rute terá direito apenas a um benefício, conforme expressamente estipulado no artigo 93-A, parágrafo quarto, do Decreto nº 3048/99. “§ 4º Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido um único salário-maternidade relativo à criança de menor idade, observado o disposto no art. 98”. Vale frisar que, nessa hipótese, tendo em vista que as crianças são recém-nascidas o período de benefício corresponderá a 120 dias, no mínimo, ou 180 dias, caso haja anuência da segurada e da escola. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 62. Helena, grávida de nove meses de seu primeiro filho, trabalha em duas empresas de telemarketing. Nessa situação, Helena terá direito ao salário-maternidade em relação a cada uma das empresas, mesmo que a soma desses valores seja superior ao teto dos benefícios da previdência social.

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( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Para a segurada empregada e avulsa é possível receber o salário-maternidade em valores superiores ao teto do regime geral de previdência social. Importante registrar que essa exceção nasce da leitura da legislação ordinária, feita pelo Supremo Tribunal Federal a partir do disposto no artigo 7º, inciso XXVIII, da Constituição Federal que garante a segurada empregada e avulsa, licença à gestante, sem prejuízo do salário e do emprego. O único limite, com fundamento no artigo 248 da Constituição, é o teto do serviço público, hoje em cerca de R$. 26.000,00. No mais, tendo mais de um vínculo empregatício, receberá o benefício em relação a cada um desses vínculos (Decreto nº 3048/99 – artigo 98). (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 63. Há oito meses, Edna, profissional liberal, fez sua inscrição na previdência social, na qualidade de contribuinte individual, passando a recolher regularmente as suas contribuições mensais. Dois meses depois da inscrição, descobriu que estava grávida de 1 mês, vindo seu filho a nascer, prematuramente, com sete meses. Nessa situação, não há nada que impeça Edna de receber o salário-maternidade, pois a carência do benefício será reduzida na quantidade de meses em que o parto foi antecipado. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A carência, da segurada individual, para o recebimento do salário-maternidade é de dez meses. Todavia, na hipótese de parto antecipado este prazo é proporcionalmente reduzido. Trata-se de regra justa tendo em vista que, nesse caso, o prazo de carência visa apenas evitar que a segurada se filie ao Regime Geral de Previdência Social, apenas para ter direito a benefícios. Nesse sentido: Lei nº 8213/91 - artigo 25: A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: (...) III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei. Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 64. Cláudia está grávida e exerce atividade rural, sendo segurada especial da previdência. Nessa situação, ela tem direito ao salário-maternidade desde que

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comprove o exercício da atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, quando solicitado antes do parto, mesmo que a atividade tenha sido realizada de forma descontínua. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A aplicação do instituto da carência para o segurado especial é diferente da aplicação para os demais segurados. Em regra, carência é número mínimo de contribuições para o segurado ter direito a benefício previdenciário. Todavia, o segurado especial contribui apenas com um percentual sobre a comercialização de sua produção, o que, muitas vezes gera uma contribuição por ano ou nem isso. Portanto, não há que se falar em contribuição mensal, razão pela qual a carência do segurado especial corresponde a tempo de serviço, mesmo descontínuo. No caso em foco, a segurado especial necessita provar dez meses de tempo de serviço para ter direito ao salário-maternidade (Lei nº 8213/91 – artigo 25, inciso III). (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 65. Adriana, segurada da previdência, adotou Paula, uma menina de 9 anos de idade. Nessa situação, Adriana não tem direito ao salário-maternidade. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A segurada adotante somente terá direito de receber o salário-maternidade se o adotado tiver até oito anos de idade. “Lei nº 8213/91 – artigo 71-A: À segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver até 1(um) ano de idade, de 60 (sessenta) dias, se a criança tiver entre 1 (um) e 4 (quatro) anos de idade, e de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade”. Trata-se de regra bastante questionável, inclusive sob a ótica de sua constitucionalidade, tendo em vista que afasta do recebimento do benefício, segurada adotante exclusivamente por aspectos biológicos, esquecendo que a questão afetiva é, ao menos, igualmente importante em sede de adoção. Parece-nos, embora desconheçamos jurisprudência nesse sentido, que restou ferido o princípio da isonomia. Em cada um dos itens que se seguem, apresenta-se uma situação hipotética relacionada à aposentadoria por invalidez, seguida de uma assertiva a ser julgada.

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(TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 66. Moacir, aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recusa-se a submeter-se a tratamento cirúrgico por meio do qual poderá recuperar sua capacidade laborativa. Nessa situação, devido à recusa, Moacir terá seu benefício cancelado imediatamente. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. De fato, como regra o aposentado por invalidez deve participar de processo de reabilitação e de novas perícias, caso sejam designadas pelo INSS. Porém, não está obrigado a se submeter à transfusão de sangue ou cirurgia. “Lei nº 8213/91 – artigo 101: O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos”. Conforme ensinamento da juíza federal Marina Vasques (2010, 2:232): “Afora as hipóteses de invalidade do ato de concessão por ilegalidade ou erro da administração, trata-se de benefício de natureza precária, que deve ser mantido enquanto permanecer nessa condição. Constatada a cessação da invalidez, o segurado perde o direito ao benefício. Por isso deve ser periodicamente reavaliado, submetendo-se a exames médicos custeados pela Previdência Social (...). Atualmente, não há mais limite de idade para obrigação de avaliação clínica do segurado, que tinha sido mantida até a Lei nº 9032/95 (55 anos)”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 67. Daniel, aposentado por invalidez, retornou à sua atividade laboral voluntariamente. Nessa situação, o benefício da aposentadoria por invalidez será cassado a partir da data desse retorno. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta pois de acordo com o disposto no artigo 46 da Lei nº 8213/91. Vale frisar que deverá devolver os valores eventualmente recebidos a título de aposentadoria, após o retorno ao trabalho. A título de ilustração, vale citar que a única hipótese, aceita pela jurisprudência, na qual o aposentado por invalidez pode exercer atividade sem perder a aposentadoria é o exercício de cargo eletivo. “STJ - AgRg no Ag 1027802 - SEXTA TURMA - DJe 28/09/2009 (...)PREVIDENCIÁRIO. VEREADOR. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE. 1. É possível a percepção conjunta dos subsídios

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da atividade de vereança com os proventos de aposentadoria por invalidez, por se tratar de vínculos de natureza diversa, uma vez que, a incapacidade para o trabalho não significa, necessariamente, invalidez para os atos da vida política. (...)”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 68. Rui sofreu grave acidente que o deixou incapaz para o trabalho, não havendo qualquer condição de reabilitação, conforme exame médico pericial realizado pela previdência social. Nessa situação, Rui não poderá receber imediatamente o benefício de aposentadoria por invalidez, pois esta somente lhe será concedida após o período de doze meses relativo ao auxílio-doença que Rui já esteja recebendo. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A aposentadoria por invalidez tem por fato gerador a incapacidade total e permanente para o exercício das atividades profissionais habituais do segurado ou de outra a que ele pudesse ser reabilitado para exercer. Em regra, afasta-se o segurado temporariamente para verificação de eventual possibilidade de recuperação da capacidade laboral. Por esse motivo, geralmente a aposentadoria por invalidez é precedida do recebimento de auxílio-doença. Todavia, nada impede que já na primeira perícia médica, o INSS conceda a aposentadoria para o segurado. “Lei nº 8213/91 – artigo 43: A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença, ressalvado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo. § 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida: a) ao segurado empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias; b) ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 69. Tomé já havia contribuído para a previdência social durante 28 anos quando foi acometido de uma doença profissional que determinou sua aposentadoria por invalidez, após ter recebido o auxílio-doença por quatro anos. Nessa situação, depois de receber por três anos a aposentadoria por invalidez, Tomé poderá requerer a conversão do beneficio em aposentadoria por tempo de contribuição.

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( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O tempo em que o segurado esteve recebendo benefício por incapacidade decorrente de acidente do trabalho, intercalado ou não com atividade profissional, conta como tempo de contribuição (Decreto nº 3048/99 – artigo 60, inciso IX). Há dúvidas se, administrativamente, o INSS admitiria a conversão. De qualquer forma, parece que o segurado tem esse direito pois poderia, a título de exemplo, voltar ao mercado de trabalho forçando o cancelamento da aposentadoria por invalidez e requerer, logo após, a aposentadoria por tempo de contribuição. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 70. José perdeu a mão direita em grave acidente ocorrido na fábrica em que trabalhava, e, por isso, foi aposentado por invalidez. Nessa situação, José não tem o direito de receber o adicional de 25% pago aos segurados que necessitam de assistência permanente, já que ele pode cuidar de si apenas com uma das mãos. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A aposentadoria por grande invalidez somente é devida nas hipóteses em que a invalidez é de tal monta que o segurado necessita, permanentemente, de outra pessoa para poder realizar as atividades de sua vida diária, tais como tomar banho ou se alimentar. De fato, não atinge a situação de José que terá mais dificuldades, mas poderá viver com autonomia. Caso se tratasse de uma situação real, o INSS ou o juiz teriam o apoio de um parecer médico pericial para poder aplicar a lei ao caso concreto. Em cada um dos itens que se seguem, é apresentada uma situação hipotética acerca da aposentadoria especial, seguida de uma assertiva a ser julgada. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 71. Getúlio julga-se na condição de requerer aposentadoria especial. Nessa situação, ele deverá instruir seu pedido com o perfil profissiográfico previdenciário, documento emitido pela empresa em que trabalha e embasado no laudo técnico das condições ambientais do trabalho que comprove as condições para habilitação de benefícios previdenciários especiais. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A aposentadoria especial é uma modalidade de aposentadoria por tempo reduzido de contribuição (25, 20 ou 15 anos), devida aos segurados empregado, avulso e cooperado de cooperativas de trabalho ou produção que

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trabalhem, de forma não eventual, em contato com agentes insalubres que potencialmente lhe prejudiquem a saúde. Deverão naturalmente provar o contato com os referidos agentes. A prova, até a Lei nº 9032/95 era, exceção feita a ruído, realizada por meio de declaração da empresa. Posteriormente, o legislador entendeu necessário que fosse demonstrado o contato efetivo com agente insalubre, por meio de laudos técnicos. O PPP (perfil profissiográfico previdenciário) é um documento individual que o empregado recebe na rescisão do contrato de trabalho e que traz todas as informações relativas a seu meio ambiente de trabalho fundamentadas em laudos técnicos. Decreto nº 3048/99 – artigo 68: (...) § 2º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. § 3º Do laudo técnico referido no § 2o deverá constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva, de medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho, ou de tecnologia de proteção individual, que elimine, minimize ou controle a exposição a agentes nocivos aos limites de tolerância, respeitado o estabelecido na legislação trabalhista. (...) § 6º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico previdenciário, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho ou do desligamento do cooperado, cópia autêntica deste documento, sob pena da multa prevista no art. 283. § 7º O laudo técnico de que tratam os §§ 2o e 3o deverá ser elaborado com observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e dos atos normativos expedidos pelo INSS. § 8º Considera-se perfil profissiográfico previdenciário, para os efeitos do § 6º, o documento histórico-laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo Instituto Nacional do Seguro Social, que, entre outras informações, deve conter registros ambientais, resultados de monitoração biológica e dados administrativos. (...) (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 72 Leandro, segurado da previdência social, recebe adicional de periculosidade da empresa em que trabalha. Nessa situação, a condição de Leandro é suficiente para que ele esteja habilitado ao recebimento de aposentadoria especial, cujo tempo de contribuição é mitigado. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. De início, o INSS não aceita que atividades periculosas tenham o condão de possibilitar a aposentadoria especial. De qualquer forma, mesmo para

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aqueles, como eu, que entendem que ainda hoje é possível se aposentar, com tempo de contribuição reduzida, em face do exercício de atividades perigosas, será necessário apresentar PPP (perfil profissiográfico previdenciário) ou, ao menos, laudo técnico que demonstre a efetiva periculosidade da atividade exercida pelo segurado. Nesse sentido importa transcrever: Lei nº 8213/91 – artigo 58 (...) § 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista. § 2º Do laudo técnico referido no parágrafo anterior deverão constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento respectivo. (...) § 4º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica desse documento”. A jurisprudência não se afasta desse entendimento: “STJ - EDcl no AgRg no REsp 1005028 / RS - SEXTA TURMA - DJe 02/03/2009 (...) O percebimento de adicional de insalubridade, por si só, não é prova conclusiva das circunstâncias especiais do labor e do conseqüente direito à conversão do tempo de serviço especial para comum, tendo em vista serem diversas as sistemáticas do direito trabalhista e previdenciário”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 73. João trabalha, há dez anos, exposto, de forma não-ocasional nem intermitente, a agentes químicos nocivos. Nessa situação, João terá direito a requerer, no futuro, aposentadoria especial, sendo-lhe possível, a fim de completar a carência, converter tempo comum trabalhado anteriormente, isto é, tempo em que não esteve exposto aos agentes nocivos, em tempo de contribuição para a aposentadoria do tipo especial. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Está autorizada a conversão de tempo especial em comum, isto é, caso um segurado não atinja o número mínimo de anos para requerer a aposentadoria especial poderá utilizar o tempo, após a conversão, para se aposentar por tempo de contribuição. Por exemplo, um segurado do sexo masculino, trabalhador de “chão de fábrica”, que laborou, por dez anos, em atividade cujo ruído era, comprovadamente, superior a 85 decibéis, poderá converter esses dez anos em

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quatorze anos. Em regra, o segurado, nessa situação, multiplicará o tempo insalubre por 1,4. Já a segurada, multiplicará por 1,2 (Decreto nº 3048/99 – artigo 70). Porém, não está mais autorizada a conversão de tempo comum em especial, como traz a questão. Em cada um dos itens seguintes, é apresentada uma situação hipotética relacionada à pensão por morte, seguida de uma assertiva a ser julgada. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 74. Alexandre, caminhoneiro, sempre trabalhou por conta própria e jamais se inscreveu no regime geral da previdência social. Após sofrer um grave acidente, resolveu filiar-se à previdência. Seis meses depois, sofreu novo acidente e veio a falecer, deixando esposa e três filhos. Nessa situação, os filhos e a esposa de Alexandre não receberão a pensão por morte pelo fato de não ter sido cumprida a carência de doze meses. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A regra básica consiste na desnecessidade de carência para benefícios não programáveis (cujo fato gerador é imprevisível) e na exigência de carência de 180 meses para benefícios programáveis, ou seja, previsíveis, tais como a aposentadoria por idade ou tempo de contribuição. O artigo 26 da lei de benefícios traz o rol de benefícios nos quais não há necessidade de carência, entre os quais se encontra a pensão por morte: “Lei nº 8213/91 – artigo 26 - Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente (...)”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 75. Ernani, segurado do regime geral da previdência social, faleceu, e sua esposa requereu pensão 60 dias após o óbito. Nessa situação, esse benefício será iniciado na data do requerimento apresentado pela esposa de Ernani, visto que o pedido foi feito após o prazo definido pela legislação que dá direito a esse benefício. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Correta. A pensão por morte será devida da partir do óbito caso o dependente requeira o benefício no prazo de 30 dias da data do fato gerador, sob pena de ser devida apenas a partir da data do requerimento administrativo. A proposição está de acordo com o disposto no artigo 74, incisos I e II, da Lei nº 8213/91 razão pela qual o gabarito, a meu ver, está errado, salvo se considerou a

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possibilidade de referido prazo não valer para os absolutamente incapazes. Todavia, a questão não traz essa informação razão pela qual entendemos que a proposição está correta. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 76. José tem 20 anos de idade e recebe a pensão decorrente do falecimento de seu pai, Silas, de quem é filho único. Nessa situação, quando José completar a idade de 21 anos, o benefício será extinto, haja vista a inexistência de outros dependentes da mesma classe. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Certa. De acordo com o disposto no artigo 16 da Lei nº 8213/91, podem ser dependentes do segurado: cônjuge ou companheiro; filho menor de 21 anos, não emancipado ou inválido; enteado ou tutelado menor de 21 anos ou inválido; os pais e os irmãos menores de 21 anos, não emancipados ou inválidos para o trabalho. Com relação ao auxílio-doença, julgue os próximos itens. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 77. Um segurado empregado do regime geral que tenha sofrido acidente no trajeto de sua casa para o trabalho tem direito ao recebimento do auxílio-doença pela previdência social a partir do primeiro dia de afastamento do trabalho. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O acidente de trajeto é equiparado a acidente do trabalho (Lei nº 8213/91 – artigo 21, inciso IV, alínea ‘d’). Por outro lado, para o segurado empregado a data de início do auxílio-doença é o décimo-sexto dia de afastamento. Os quinze primeiros dias são pagos pela empresa (Lei nº 8213/91 – caput do artigo 60), independentemente de se tratar de auxílio-doença acidentário ou previdenciário. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 78. Uma segurada empregada que tenha ficado afastada do serviço durante dezoito meses em virtude de um acidente de trabalho não pode ser demitida durante os primeiros doze meses após seu retorno às atividades laborais. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Embora no gabarito conste a proposição como errada, pessoalmente entendo que está correta. A estabilidade do segurado empregado que sofre acidente

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do trabalho é de, no mínimo, doze meses a contar da alta do auxílio-doença acidentário. Presume-se que a segurada recebeu o auxílio-doença e por esse motivo tinha direito a estabilidade. Nesse sentido vale citar: “Lei nº 8213/91 – artigo 118: O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente”. Vale frisar que a jurisprudência mais recente do TST tem flexibilizado essa norma em situações nas quais restar devidamente provado que a doença ocupacional teve nexo de causalidade com o trabalho. “TST - súmula nº 378 - (...) II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego”. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 79. Uma segurada da previdência que esteja recebendo auxílio-doença é obrigada a submeter-se a exame pelo médico perito da previdência social e a realizar o processo de reabilitação profissional para desenvolver novas competências. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta pois de acordo com o texto literal do artigo 101 da Lei nº 8213/91. Por outro lado, vale lembrar que o segurado que está em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez não poderá ser obrigado a realizar cirurgia ou transfusão de sangue. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 80. Uma segurada contribuinte individual que tenha sofrido algum acidente que tenha determinado sua incapacidade temporária para a atividade laboral tem direito a receber auxílio-doença, cujo termo inicial deve corresponder à data do início da incapacidade, desde que o requerimento seja apresentado junto à previdência antes de se esgotar o prazo de 30 dias. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Exceção feita ao segurado empregado que apenas terá direito ao auxílio-doença a partir do 16º dia de afastamento, a data de início do benefício é a data da incapacidade desde que o segurado requeira o benefício no prazo de 30

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dias. Após o trigésimo dia o benefício será devido desde a data do requerimento administrativo (Lei nº 8213/91, caput do artigo 60). Em cada um dos itens seguintes, é apresentada uma situação hipotética acerca do auxílio-reclusão, seguida de uma assertiva a ser julgada. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 81. Fabiano, segurado do regime geral de previdência, encontra-se preso e participa de atividades laborais na prisão, fato que lhe permite manter suas contribuições para a previdência social na qualidade de contribuinte individual. Sua esposa, Catarina, recebe auxílio-reclusão, por serem, Fabiano e ela, considerados, respectivamente, segurado e dependente de baixa renda. Nessa situação, enquanto Catarina receber o auxílio-reclusão, Fabiano não terá direito a nenhum tipo de aposentadoria nem a auxílio-doença. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Não é possível receber de forma cumulativa auxílio-reclusão e aposentadoria ou auxílio-doença ou ainda abono de permanência em serviço, conforme expressamente proibido no caput do artigo 80 da Lei nº 8213/91. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 82. Hugo, segurado do regime geral de previdência há menos de 10 anos, desempregado há seis meses, envolveu-se em atividades ilícitas, o que determinou sua prisão em flagrante. Nessa condição, caso Hugo seja casado, sua esposa faz jus ao auxílio-reclusão junto à previdência social. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O auxílio-reclusão desde a emenda constitucional nº 20/98 é devido exclusivamente para os dependentes de segurados de baixa renda (salário-de-contribuição de, no máximo, R$. 862,00) e não para qualquer segurado como parecer indicar o texto da questão.

A renda a ser considerada para a concessão do auxílio-reclusão (CF, art. 201, inciso IV, com redação dada pela EC nº 20/98) é a do segurado preso e não a de seus dependentes. Precedentes do Supremo Tribunal Federal (RExt 587365 e RExt 486413 - Informativo nº 540/STF). Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma situação hipotética que trata de cumulação de benefícios, seguida de uma assertiva a ser julgada. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008)

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83. Pedro recebe auxílio-acidente decorrente da consolidação de lesões que o deixaram com seqüelas definitivas. Nessa condição, Pedro não poderá cumular o benefício que atualmente recebe com o de aposentadoria por invalidez que eventualmente venha a receber. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta pois de acordo com a legislação de regência do auxílio-acidente. “Lei nº 8213/91 – artigo 86 (...) O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. §1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. § 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. (...)”. Vale frisar que, por muitos anos o auxílio-acidente foi um benefício vitalício, mas nos últimos anos passou a se encerrar com a concessão de qualquer espécie de aposentadoria. (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 84. Tereza encontra-se afastada de suas atividades laborais e recebe o auxílio-doença. Nessa situação, caso engravide e tenha um filho, Tereza não poderá receber, ao mesmo tempo, o auxílio-doença e o salário-maternidade. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O auxílio-doença será suspenso enquanto Teresa receber o salário-maternidade e depois, se for o caso, será restabelecido, pois não é possível receber de forma cumulativa os citados benefícios. Lei nº 8213/91 – artigo 124: Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: (...) IV - salário-maternidade e auxílio-doença (...) (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 85. Sofia, pensionista da previdência social em decorrência da morte de seu primeiro marido, João, resolveu casar-se com Eduardo, segurado empregado.

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Seis meses após o casamento, Eduardo faleceu em trágico acidente. Nessa situação, Sofia poderá acumular as duas pensões, caso o total recebido não ultrapasse o teto determinado pela previdência social. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Não é permitido cumular mais de uma pensão por morte do regime geral de previdência social, de cônjuge ou companheiro. Todavia, o beneficiário poderá optar pela mais vantajosa. Lei nº 8213/91 – artigo 124: Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: (...) VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. (...) (TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 86. Fábio recebe auxílio-acidente decorrente da consolidação de lesões que o deixaram com seqüelas definitivas. Nessa situação, Fábio poderá cumular o benefício que atualmente recebe com o auxílio-doença decorrente de outro evento. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Não existe proibição expressa, na legislação previdenciária, de recebimento cumulativo de auxílio-acidente e auxílio-doença decorrente de outra causa, razão pela qual é permitida a cumulação. (PROCURADOR FEDERAL DE 2ª CATEGORIA – AGU – CESPE – 2007) O contribuinte individual que trabalha por conta própria, sem relação de emprego, não faz jus à aposentadoria por tempo de contribuição. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errada. Somente o segurado individual que trabalha por conta própria, isto é o trabalhador autônomo, e opta por contribuir com 11% sobre um salário mínimo ou ainda com a alíquota de 5% (caso do microempreendedor individual), sobre um salário mínimo não terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição. O segurado individual por conta própria que contribuir com 20% sobre seu salário-de-contribuição terá direito a esse benefício.

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(PROCURADOR FEDERAL DE 2ª CATEGORIA – AGU – CESPE – 2007) 189. O contribuinte individual e o empregado doméstico não fazem jus ao benefício de auxílio-acidente. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Serão beneficiários do auxílio-acidente somente o segurado empregado, o segurado avulso e o segurado especial (Lei nº 8213/91 – artigo 18, parágrafo primeiro). Em breve, provavelmente, o empregado doméstico será incluído nesse rol, tendo em vista que o empregador doméstico deverá recolher o SAT (seguro de acidentes do trabalho). (PROCURADOR FEDERAL DE 2ª CATEGORIA – AGU – CESPE – 2007) 190. Considere a seguinte situação hipotética. Lucas foi empregado pelo período de 15 anos, após o qual ingressou no serviço público, no qual exerceu atividades durante 10 anos. Com o intuito de se aposentar, requereu o pagamento das contribuições devidas como contribuinte individual durante o período pretérito, para fins de carência. Nessa situação, mesmo não sendo contribuinte obrigatório no referido período, Lucas poderá contar com esse tempo de contribuição, desde que faça, agora, o referido pagamento das prestações em atraso, com juros e correção monetária. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errada. Não é possível fazer a indenização de períodos pretéritos nos quais o indivíduo não era segurado obrigatório do regime geral de previdência social. Para o segurado individual poder indenizar período pretérito ele deverá demonstrar que exerceu atividade laborativa que o tornava filiado à previdência social. De qualquer forma, mesmo nessa hipótese, referida indenização não contaria para fins de carência, mas apenas como tempo de contribuição. (PROCURADOR FEDERAL DE 2ª CATEGORIA – AGU – CESPE – 2007) 191. A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria se todos os requisitos para a sua concessão já tiverem sido preenchidos e estiverem de acordo com a legislação em vigor à época em que esses requisitos foram atendidos. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O segurado, nessa hipótese, incorpora o direito à aposentadoria a seu patrimônio jurídico. Passa a ter direito adquirido ao recebimento do benefício mesmo que venha a requerê-lo muito tempo depois (Lei nº 8213/91 – artigo 102, parágrafo primeiro).

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(PROCURADOR FEDERAL DE 2ª CATEGORIA – AGU – CESPE – 2007) 192. Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verifica nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID). ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Recente alteração na legislação previdenciária criou o nexo técnico previdenciário por meio do qual haverá um rol de doenças e um rol de atividades profissionais. Havendo correlação direta entre as citadas listas haverá presunção relativa de que a doença do segurado possui nexo de causalidade com sua atividade profissional. O artigo 21-A da Lei nº 8213/91 prevê: “A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o que dispuser o regulamento. § 1º A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo. § 2º A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social”. O nexo técnico é questionado na ação direta de inconstitucionalidade nº 3931, ainda pendente de julgamento no Supremo Tribunal Federal. (ADVOGADO JÚNIOR – CEF – CESPE – 2006) 221. José ajuizou ação de revisão de benefício previdenciário, perante o juizado especial federal, contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia federal. O juízo competente julgou totalmente procedente o pedido do autor. Nessa situação, o INSS terá prazo em dobro para apresentar recurso de apelação, ou seja, 20 dias. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errada. O rito dos Juizados Especiais Federais, mormente em respeito ao princípio da celeridade, não admite prazos diferenciados ou privilégios processuais fazendários. Nesse sentido, vale citar a legislação que rege os Juizados Federais:

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“Lei 10.259/01 – artigo 9o - Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de trinta dias”. Portanto, o INSS teria 10 dias para recorrer, tendo em vista que é esse o prazo para a apresentação de recurso inominado, nos Juizados Federais. (IGEPREV/PA – PROCURADOR – CESPE – 2005) 222. Acerca do benefício da pensão por morte concedido aos dependentes dos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal (DF), assinale a opção incorreta. a) Aos dependentes do servidor ativo que faleceu em 3/2/2005 será concedido o benefício da pensão por morte igual ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social (RGPS) de que trata o art. 201 da Constituição Federal, acrescido de 70% da parcela excedente a esse limite. Comentário: Correta pois de acordo com o disposto no artigo 40, parágrafo sétimo, da Constituição Federal. b) Os pensionistas dos estados-membros, em gozo do benefício de pensão por morte, desde 25/5/2002, contribuirão para o custeio do regime próprio de previdência estadual com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. Comentário: Correta. De acordo com o disposto no artigo 4º da EC nº 41/03: “Os servidores inativos e os pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, em gozo de benefícios na data de publicação desta Emenda, bem como os alcançados pelo disposto no seu art. 3º, contribuirão para o custeio do regime de que trata o art. 40 da Constituição Federal com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos”. *c) O benefício da pensão por morte dos dependentes do servidor inativo que faleceu em 20/11/2003 será igual à totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS de que trata o art. 201 da Constituição Federal, acrescido de 70% da parcela excedente a esse limite.

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Comentário: Errada. Referida regra se aplica apenas para os dependentes dos servidores que faleceram após a regulamentação do artigo 40, parágrafo sétimo, da Constituição Federal, na redação dada pela EC nº 41/03. Na situação prevista no texto os dependentes terão direito a integralidade dos vencimentos do servidor. d) Incidirá contribuição previdenciária sobre a pensão concedida em 8/5/2005, pelo regime de que trata o art. 40 da Constituição Federal, que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS de que trata o art. 201 da Constituição Federal, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. Comentário: A proposição está correta pois de acordo com o previsto no artigo 40, parágrafo sétimo, da CF/88 c/c o artigo 5º da Lei nº 10887/04. e) Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a contribuição previdenciária dos servidores inativos e dos pensionistas da União, dos estados-membros, do DF e dos municípios, incluídas suas autarquias e fundações, em gozo de benefício na data da publicação da Emenda n.º 41/2003, incidirá sobre os proventos de aposentadoria e pensões que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS de que trata o artigo 201 da Constituição Federal. Comentário: Correta. O Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional a regra que determinava que a incidência teria por base de cálculo, 50% e 60% do valor que superasse o citado teto (STF – ADIN 3105). (IGEPREV/PA – PROCURADOR – CESPE – 2005) 223. A servidora que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo no serviço público a) após a publicação da Emenda Constitucional n.º 41/2003 poderá se aposentar voluntariamente, com proventos integrais, desde que cumpra tempo mínimo de 10 anos de efetivo serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria e que tenha 35 anos de contribuição e 50 anos de idade. Comentário: Errada. Após a EC nº 41 os novos servidores não possuem mais direito a integralidade. No mais, o tempo de contribuição e idade para a servidora são, respectivamente, 30 e 55 anos. b) em 20/10/1998 poderá se aposentar voluntariamente, desde que tenha 40 anos de idade e 20 anos de contribuição. Comentário: Errada. Nessa época, ou seja, antes das alterações trazidas pela EC nº 20/98 de 15 de dezembro de 1998, a servidora poderia se aposentar

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proporcionalmente por tempo de contribuição a partir dos 25 anos de contribuição. Nessa época, não havia idade mínima como requisito para se aposentar. c) após a Emenda Constitucional n.º 20/1998 e antes da publicação da Emenda Constitucional n.º 41/2003 poderá se aposentar voluntariamente, desde que tenha 55 anos de idade e 25 anos de contribuição. Comentário: Errada. Embora seja possível após a emenda constitucional nº 20/98 se aposentar com 25 anos de contribuição deverá cumprir alguns outros requisitos não previstos na questão, tal como tempo de pedágio de 40% do tempo que faltava para se aposentar (artigo 8º da EC nº 20/98, atualmente revogado). Não havia, na época, idade mínima. d) após a publicação da Emenda Constitucional n.º 41/2003 poderá se aposentar voluntariamente, com proventos integrais, desde que tenha 48 anos de idade e 30 anos de contribuição. Comentário: Errada. Após, a citada emenda a integralidade para novos servidores não existe mais. Para os que estão abarcados por regras de transição deverão cumprir outros requisitos não citados no texto, tais como tempo mínimo na carreira e no cargo em que vai se aposentar. *e) após a publicação da Emenda n.º 41/2003 e que complete 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria e que tenha 60 anos de idade poderá se aposentar voluntariamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Comentário: Correta pois de acordo com o disposto no artigo 40, parágrafo primeiro, inciso III, alínea ‘b’, da Constituição da República. (IGEPREV/PA – PROCURADOR – CESPE – 2005) 224. Acerca do abono de permanência, assinale a opção correta. *a) O servidor titular de cargo efetivo da União, de estados, de municípios ou do DF que ingressou no serviço público após a publicação da Emenda Constitucional n.º 41/2003, ao completar todos os requisitos para aposentadoria voluntária integral, poderá optar por permanecer em atividade e, nessa hipótese, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor de sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória. Comentário: Correta. Está de acordo com o estipulado no parágrafo 19 do artigo 40 da Constituição Federal.

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b) O servidor que tenha completado, até a data da publicação da Emenda Constitucional n.º 41/2003, todos os requisitos para a obtenção do benefício da aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em atividade, e que conte com, no mínimo, 20 anos de contribuição, se mulher, ou 25 anos de contribuição, se homem, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor de sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória. Comentário: Errada. O tempo de contribuição mínimo é de 25 anos para a mulher e 30 para o homem, nessa situação (EC nº 41/03 – artigo 3º, parágrafo primeiro). c) O servidor do sexo masculino que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo em autarquia do estado do Pará, até a data da publicação da Emenda Constitucional n.º 20/1998, e que tenha 53 anos de idade, 30 anos de contribuição, e que opte por permanecer em atividade, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor de sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória. Comentário: Errada. O tempo mínimo de contribuição, nessa situação, para o homem é de 35 anos (EC nº 41/03, artigo 2º, parágrafo quinto). d) A servidora que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo na administração pública direta, até a data da publicação da Emenda Constitucional n.º 20/1998, e que tenha 48 anos de idade, 25 anos de contribuição, e que opte por permanecer em atividade, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor de sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria voluntária integral. Comentário: Errada. O tempo mínimo de contribuição, nesse caso, corresponde a 30 anos (EC nº 41/03, artigo 2º, parágrafo quinto). e) O servidor que completar 70 anos de idade e optar por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor de sua contribuição previdenciária. Comentário: Errada. Com a aposentadoria compulsória, ao completar 70 anos, o servidor não pode mais permanecer em atividade. (IGEPREV/PA – PROCURADOR – CESPE – 2005) 225. Assinale a opção incorreta.

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a) Os benefícios concedidos pelo regime próprio dos estados-membros não podem ser distintos daqueles concedidos pelo RGPS, salvo disposição em contrário da Constituição Federal. Comentário: Correta pois de acordo com o disposto no caput do artigo 5º da Lei nº 9717/98. b) A contribuição dos estados-membros aos respectivos regimes próprios de previdência social não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo nem superior ao dobro dessa contribuição. Comentário: Correta. Nesse sentido vale citar: “Lei nº 9717/98 - Artigo 2o: A contribuição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, aos regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição.” c) Os estados-membros são responsáveis pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras dos respectivos regimes próprios, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários. Comentário: Correta pois nos termos do disposto artigo 2º, parágrafo primeiro, da Lei nº 9717/98. d) As alíquotas dos servidores ativos dos estados-membros para os respectivos regimes próprios de previdência social não poderão ser inferiores a 11%. Comentário: Correta. Conforme disposto no artigo 3º da Lei nº 9717/98, as alíquotas de contribuição dos servidores dos estados, não serão inferiores a dos servidores da União Federal. Tendo em vista que a contribuição dos servidores da União corresponde a alíquota de 11%, a proposição está correta. *e) Nas contribuições sobre os proventos dos servidores inativos dos estados-membros, poderão ser aplicadas alíquotas inferiores àquelas aplicadas às remunerações dos servidores em atividade do respectivo ente estatal. Comentário: Errada pois em desacordo com a legislação de regência. Lei nº 9717/98 – Artigo 3o - As alíquotas de contribuição dos servidores ativos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para os respectivos regimes próprios de previdência social não serão inferiores às dos servidores titulares de cargos efetivos da União, devendo ainda ser observadas, no caso das contribuições sobre

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os proventos dos inativos e sobre as pensões, as mesmas alíquotas aplicadas às remunerações dos servidores em atividade do respectivo ente estatal. (ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA ADMINISTRATIVA – TRT 21ª REGIÃO – CESPE - 2010) 226. Apesar de serem pessoas jurídicas de direito público, os estados que não tiverem regime próprio de previdência social devem contribuir para o RGPS. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Não existe trabalhador sem regime previdenciário, em nosso país. Os entes federativos podem instituir regimes próprios (CF/88 – artigo 40) para seus servidores. Todavia, há inúmeras exigências para se instituir um regime próprio que não podem ser cumpridas pela maioria dos municípios. Muitos também simplesmente não se interessam em instituir regime próprio. Nessas hipóteses, o servidor público, mesmo estatutário, estará vinculado ao regime geral de previdência social, na condição de segurado empregado (Decreto nº 3048/99 – artigo 9º, inciso I, alínea ‘j’). Atualmente, todos os estados e o Distrito Federal possuem regime próprio para os seus servidores, mas se não tivessem o servidor e o estado deveria contribuir com o RGPS. (ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA ADMINISTRATIVA – TRT 21ª REGIÃO – CESPE - 2010) 227. Um servidor efetivo de determinado município que esteja em pleno exercício de seu cargo será obrigatoriamente filiado a pelo menos um regime previdenciário, quer seja o geral se não houver regime próprio, quer seja o dos servidores daquele município, se houver. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta pelas razões expostas na questão anterior. Julgue os itens subsequentes, relativos ao regime previdenciário do servidor público que exerce cargo em comissão. (ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA ADMINISTRATIVA – TRT 21ª REGIÃO – CESPE - 2010) 228. O servidor estadual que ocupa apenas um cargo em comissão em órgão estatal deve ser obrigatoriamente contribuinte do RGPS se o estado no qual é servidor não lhe oferecer cobertura previdenciária.

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( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Servidor com cargo de comissão é considerado segurado do regime geral de previdência social, na modalidade de segurado empregado, salvo se for também servidor efetivo com regime próprio (Lei nº 8213/91 – artigo 11, inciso I, alínea ‘g’). . (ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA ADMINISTRATIVA – TRT 21ª REGIÃO – CESPE - 2010) 229. Se uma pessoa que exerce cargo em comissão for também servidor efetivo do mesmo órgão federal, deve contribuir para o regime do servidor federal com base no total de sua remuneração. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Nos termos do disposto no artigo 4º, parágrafo primeiro, inciso VIII, da Lei nº 10887/04 a parcela relativa ao cargo em comissão está excluída da base de cálculo da contribuição previdenciária do servidor público federal. No que concerne à previdência privada e à relação entre os sistemas públicos de previdência, julgue os itens subsequentes. (ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA ADMINISTRATIVA – TRT 21ª REGIÃO – CESPE - 2010) 230. É vedado aos planos de benefício de instituições de previdência privada de órgãos federais receber recursos da União. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. A Constituição Federal, em seu artigo 202, parágrafo terceiro, é clara no sentido de que não é possível aos entes federativos fazer aportes de recursos para entidades de previdência privada, salvo na condição de patrocinador. Portanto, existe uma possibilidade de aporte de recursos. Vale trazer a definição de patrocinador segundo Fábio Z. Ibrahim (2008, 6:808): “É patrocinador a empresa ou grupo de empresas, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas que instituam para os seus empregados ou servidores plano de benefício de caráter previdenciário, por intermédio de entidade fechada, enquanto instituidor é a pessoa jurídica de caráter profissional, classista ou setorial que institua para seus associados ou membros plano de benefício de caráter previdenciário”.

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(ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA ADMINISTRATIVA – TRT 21ª REGIÃO – CESPE - 2010) 231. O regime de previdência privada tem como características ser facultativo e de natureza complementar. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Uma das principais características da previdência privada em nosso país é sua facultatividade. Há países nas quais é obrigatória, mas no Brasil nunca foi assim. Da mesma forma, é complementar e autônoma em relação aos regimes públicos de previdência (CF/88 – caput do artigo 202 e artigo 1º da LC nº 109/01). (ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA ADMINISTRATIVA – TRT 21ª REGIÃO – CESPE - 2010) 232. A ação do Estado em relação aos planos de previdência privada tem, entre outras, a função de fiscalizar as entidades de previdência complementar e as suas operações e, ainda, a função de proteger os interesses dos participantes e assistidos dos planos de benefícios. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A ação do Estado basicamente é regulatória e fiscalizatória com o objetivo de evitar a quebra das referidas entidades e prejuízo para os participantes (LC 109/01, artigo 3º, incisos V e VI). LC 109/01 - Art. 3º: A ação do Estado será exercida com o objetivo de: I - formular a política de previdência complementar; II - disciplinar, coordenar e supervisionar as atividades reguladas por esta Lei Complementar, compatibilizando-as com as políticas previdenciária e de desenvolvimento social e econômico-financeiro; III - determinar padrões mínimos de segurança econômico-financeira e atuarial, com fins específicos de preservar a liquidez, a solvência e o equilíbrio dos planos de benefícios, isoladamente, e de cada entidade de previdência complementar, no conjunto de suas atividades; IV - assegurar aos participantes e assistidos o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos de benefícios; V - fiscalizar as entidades de previdência complementar, suas operações e aplicar penalidades; e VI - proteger os interesses dos participantes e assistidos dos planos de benefícios.

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(TÉC.: PLANEJAMENTO E FINANCEIRA – MPS – CESPE – 2010) 233. O reajustamento das aposentadorias e pensões ocorre anualmente na mesma data e pelo mesmo índice do reajuste do salário mínimo. () Certo (x) Errado Comentário: Errada. O caput do artigo 41-A afirma que os benefícios previdenciários serão reajustados na mesma data do reajuste do salário mínimo, mas não necessariamente pelos mesmos índices de reajuste do salário mínimo. Salvo lei expressa em sentido contrário, o índice de reajuste, atualmente, é o INPC (IBGE). (TÉC.: PLANEJAMENTO E FINANCEIRA – MPS – CESPE – 2010) 234. A atual legislação previdenciária permite o recebimento cumulativo de duas aposentadorias, mas não permite o recebimento cumulativo de duas pensões. () Certo (x) Errado Comentário: Errada. Salvo direito adquirido, não é permitido receber mais de uma aposentadoria do RGPS. O mesmo acontece com a pensão por morte, de cônjuge ou companheiro, embora o beneficiário possa escolher a maior (Lei 8213/91 – artigo 124, incisos II e VI). (TÉC.: PLANEJAMENTO E FINANCEIRA – MPS – CESPE – 2010) 235. O início do vínculo jurídico com o RGPS ocorre com a filiação, que, para o segurado facultativo, decorre da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição. (x) Certo () Errado Comentário: Correta. A filiação é a relação jurídica de natureza obrigacional que nasce entre o segurado e o INSS em face do trabalho remunerado ou, no caso do segurado facultativo, com a inscrição e recolhimento da primeira contribuição sem atraso (Decreto nº 3048/99 – artigo 20, parágrafo primeiro). (TÉC.: PLANEJAMENTO E FINANCEIRA – MPS – CESPE – 2010) 236. Carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que se tenha direito ao benefício previdenciário. A concessão de pensão por morte independe de carência. (x) Certo () Errado

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Comentário: Correta. A regra básica consiste na desnecessidade de carência para benefícios não programáveis (cujo fato gerador é imprevisível) e na exigência de carência de 180 meses para benefícios programáveis, ou seja, previsíveis. O artigo 26 da lei de benefícios traz o rol de benefícios nos quais não há necessidade de carência, entre as quais se encontra a pensão por morte. (TÉC.: PLANEJAMENTO E FINANCEIRA – MPS – CESPE – 2010.) 237. A aposentadoria por invalidez só pode ser concedida após o trabalhador passar por um período mínimo em gozo de auxílio-doença e desde que não ocorra o restabelecimento de sua capacidade laborativa. () Certo (x) Errado Comentário: Errada. Embora, em regra, a aposentadoria por invalidez seja precedida do recebimento de auxílio-doença, nada impede que a primeira perícia do INSS já indique a incapacidade total e permanente para o trabalho. O caput do artigo 42 da Lei nº 8213/91 rege a matéria: “A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição” Sobre a questão terminológica vale citar o magistério de Daniel Pulino (2001,11: 113): “É oportuno observar, desde logo, que somente por aproximação poderíamos dizer que o evento desencadeador do benefício em estudo é a incapacidade total e definitiva do segurado. A rigor, tais expressões, com as quais não infrequentemente tem sido designada à invalidez, tornam-se imprecisas quando utilizadas à luz de nosso regime jurídico-previdenciário, de forma que preferimos não adotá-las, empregando, em substituição, as palavras substanciais (ou ampla) e permanente para nos referirmos, na exposição da matéria, àquilo que, ordinária e respectivamente se designa com os vocábulos total e definitiva”. (TÉC.: ANÁLISE DE COMPROVANTES DE REPASSE – MPS – CESPE – 2010.) 238. A Constituição vigente consagra a previdência social como um direito individual inserido em uma realidade mais ampla denominada seguridade social. () Certo (x) Errado

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Comentário: Errada. O artigo 6º da Constituição Federal ao listar os direitos sociais inclui a previdência social. CF/88 - Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (TÉC.: ANÁLISE DE COMPROVANTES DE REPASSE – MPS – CESPE – 2010.) 239. O princípio da universalidade implica a exigência da disponibilização de planos de benefícios com natureza homogênea aos segurados e beneficiários dos sistemas existentes no Brasil. () Certo (x) Errado Comentário: Errada. A idéia da universalidade, oriunda dos sistemas previdenciários que se desenvolveram sob a égide do Welfare State, é a busca, com certo caráter utópico, por suprir todas as necessidades básicas de todas as pessoas. Segundo Fábio Zambitte Ibrahim (2008, 6:71): “Esse princípio possui dimensões objetivas e subjetivas, sendo a primeira voltada a alcançar todos os riscos sociais que possam gerar o estado de necessidade (universalidade da coertura), enquanto a segunda busca tutelar toda a pessoa pertencente ao sistema protetivo (universalidade de atendimento). Por outro lado, não impede a existência de regimes próprios de previdência social para servidores públicos efetivos tendo em vista que a própria Constituição Federal, em seus artigos 40 e 201, prevê a diferenciação de regimes previdenciários. (TÉC.: ANÁLISE DE COMPROVANTES DE REPASSE – MPS – CESPE – 2010.) 240. Apesar de a Constituição de 1891 fazer menção à aposentadoria por invalidez dos servidores públicos, foi a Constituição de 1934 que trouxe um primeiro modelo de proteção social, autorizando assistência médica e sanitária aos trabalhadores e instituindo a previdência, entre outros institutos. () Certo (x) Errado Comentário: No gabarito constou como errada. O artigo 121, alínea ‘h’ da Constituição de 1934 estipulava: “assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, assegurando a esta descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e instituição de previdência, mediante contribuição igual da União, do empregador e do

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empregado, a favor da velhice, da invalidez, da maternidade e nos casos de acidentes de trabalho ou de morte”. Portanto, entendo que a proposição estava correta. É possível que o examinador tenha entendido que já havia a Lei Eloy Chaves,m de 1923. Porém, parece-nos que há indicação de primeiro modelo constitucional e este, de fato, foi o de 1934. (TÉC.: ANÁLISE DE COMPROVANTES DE REPASSE – MPS – CESPE – 2010.) 241. Embora não conste entre os princípios expressos no título da ordem social da Constituição Federal de 1988 (CF), a solidariedade, por ser o elo que liga as pessoas em busca do amparo nas situações de risco social, é considerada um princípio elementar da seguridade social. (x) Certo () Errado Comentário: Correta. É fundamento do sistema de seguridade social. Sem a solidariedade, pela qual aqueles que mais possuem contribuem com um quinhão maior para reduzir as conseqüências dos riscos sociais dos menos afortunados, não haveria como sobreviver um sistema de seguridade social com a grandeza do previsto em nossa Constituição. (TÉC.: ANÁLISE DE COMPROVANTES DE REPASSE – MPS – CESPE – 2010.) 242. A criação de qualquer benefício previdenciário depende somente da sua caracterização como evento sujeito às contingências sociais. () Certo (x) Errado Comentário: Errada. A Constituição traz os mínimos que o sistema deve prover. Caso a legislação ordinária preveja a proteção de outros riscos sociais estará prestigiando o princípio da universalidade, desde que haja previsão prévia de fonte de custeio, em respeito ao princípio da contrapartida, insculpido no artigo 195, parágrafo quinto, da Constituição Federal. Uendel Domingues Ugatti, Procurador da República, em obra monográfica sobre o referido princípio afirma (2003,14: 84): “Como visto, o princípio da contrapartida é um verdadeiro axioma da seguridade social, consagrado em nosso ordenamento jurídico constitucional. Apenas admite a instituição de benefícios ou serviços da seguridade social, bem como a instituição de fontes de custeio do sistema protetivo, desde que haja correlação entre a prestação instituída e a respectiva fonte de custeio”. (TÉC.: ANÁLISE DE COMPROVANTES DE REPASSE – MPS – CESPE – 2010.) 243. A CF prevê os seguintes tipos de aposentadoria para o serviço público: por invalidez permanente, compulsória, voluntária e especiais (servidores

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portadores de deficiência, os que exercem atividades de risco e os que trabalham sob condições que lhes prejudiquem a saúde ou a integridade física). (x) Certo () Errado Comentário: Correta pois respectivamente reguladas pelo artigo 40, parágrafo primeiro, incisos I, II, III e parágrafo quarto, da Constituição da República. (TÉC.: ANÁLISE DE COMPROVANTES DE REPASSE – MPS – CESPE – 2010.) 244. Diferentemente do que exigia a Emenda Constitucional n.º 20/1998, o regime de previdência complementar dos servidores públicos, atualmente, deve ser instituído por lei ordinária e de iniciativa do Poder Executivo mantenedor. Entre outros requisitos, as entidades que oferecem esse tipo de previdência devem ser fechadas, ter natureza pública e oferecer somente planos de benefícios na modalidade de contribuição definida. (x) Certo () Errado Comentário: Certa. Em face da emenda constitucional nº 41/03, houve inúmeras alterações nos regimes próprios de previdência social. Uma das novidades foi a possibilidade dos regimes próprios pagarem benefícios previdenciários tendo por limite o teto do regime geral de previdência social. Para tanto, deverão, por meio de lei de iniciativa do Poder Executivo, criar fundo de pensão de natureza pública que só poderá oferecer planos de contribuição definida (o participante sabe quanto deve pagar mas não tem garantido um determinado valor ao se aposentar). Após a criação do fundo de pensão os novos servidores que tomarem posse após a criação do fundo receberão os benefícios no teto do RGPS e, se quiserem, poderão aderir ao fundo de pensão. Os antigos servidores poderão aderir às novas regras desde que, expressamente, as aceitem. A lei instituidora pode ser lei ordinária. (TÉC.: ANÁLISE DE COMPROVANTES DE REPASSE – MPS – CESPE – 2010.) 245. A Emenda Constitucional n.º 41/2003 promoveu a substituição do tempo de serviço pelo tempo de contribuição, o que impossibilitou a contagem de tempos fictícios para o cálculo das aposentadorias, resguardando-se os direitos adquiridos. () Certo (x) Errado Comentário: Errada. A alteração aconteceu com a emenda constitucional nº 20/98 (EC nº 20/98 – artigo 1º c/c artigo 4º). (TÉC.: ANÁLISE DE COMPROVANTES DE REPASSE – MPS – CESPE – 2010.)

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246. Se servidor da ativa falecer, a pensão a ser paga a seus dependentes será equivalente ao valor da totalidade da remuneração do cargo efetivo por ele ocupado à época do falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral da previdência social (RGPS), acrescido de 70% da parcela excedente a este limite. (x) Certo () Errado Comentário: Correta. Trata-se de texto praticamente literal do artigo 40, parágrafo sétimo, inciso II, da Constituição Federal. (TÉC.: ANÁLISE DE COMPROVANTES DE REPASSE – MPS – CESPE – 2010.) 247. A integralidade, critério de cálculo da aposentadoria que toma por base a remuneração integral, e a paridade, tratamento igualitário nos reajustes dos servidores ativos aos inativos, foram extintas com a Emenda Constitucional n.º 20/1998. () Certo (x) Errado Comentário: Errada. Foram extintas, salvo regras de transição, com a Emenda Constitucional nº 41/03. (TÉC.: ANÁLISE DE COMPROVANTES DE REPASSE – MPS – CESPE – 2010.) 248. A regra de aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade com proventos integrais não foi alterada pelas emendas constitucionais que promoveram a reforma previdenciária. () Certo (x) Errado Comentário: Errada. Referida regra nunca existiu. Desde o texto original da Constituição, aposentadoria compulsória somente dava direito a proventos proporcionais ao tempo de serviço. (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 249. Entre os benefícios que podem constar do RPPS, inclui-se o pecúlio por morte, pago aos dependentes do segurado falecido, com a finalidade de auxiliar nas despesas do núcleo familiar enquanto não tem início o recebimento da pensão. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errada. Não podem ser previstos benefícios que não constem do rol de benefícios do regime geral de previdência social ou da Constituição Federal (Lei nº

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9717/98, caput do artigo 5º). O pecúlio não tem, hoje, previsão em qualquer desses textos normativos. (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 250. As unidades gestoras dos RPPSs, com o objetivo de prestar melhores serviços aos segurados, podem organizar planos de assistência médica e odontológica. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errada. Nos termos do artigo 1º, inciso III da Lei nº 9717/98, as contribuições do ente federativo e dos servidores ativos e inativos somente poderão ser utilizadas para pagamento de benefícios previdenciários e despesas administrativas. Não há espaço para assistência médica e odontológica. (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 251. O servidor titular de cargo efetivo em município instituidor de RPPS que for cedido ao governo estadual, também este instituidor de regime próprio, enquanto estiver cedido, permanecerá vinculado ao regime previdenciário estadual. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errada. Permanecerá vinculado ao regime de origem (Lei nº 9717/98 – artigo 1º-A). (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 252. Entende-se por RPPS o regime de previdência instituído no âmbito dos entes federativos que assegura, por lei, a seus servidores titulares de cargos efetivos pelo menos os benefícios de aposentadoria e pensão por morte. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. De acordo com o artigo 10, parágrafo terceiro, do Decreto nº 3048/99: § 3º Entende-se por regime próprio de previdência social o que assegura pelo menos as aposentadorias e pensão por morte previstas no artigo 40 da Constituição Federal. (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 253. Ente federativo que deixar de sujeitar-se às inspeções e auditorias de natureza atuarial, contábil, financeira, orçamentária e patrimonial executadas

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pelo MPS, invocando autonomia federativa, estará sujeito a sanções, entre elas a suspensão de empréstimos e financiamentos por instituições financeiras federais. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta Lei nº 9717/98 – Artigo 1º - Os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal deverão ser organizados, baseados em normas gerais de contabilidade e atuária, de modo a garantir o seu equilíbrio financeiro e atuarial, observados os seguintes critérios: (...) IX - sujeição às inspeções e auditorias de natureza atuarial, contábil, financeira, orçamentária e patrimonial dos órgãos de controle interno e externo. (...) Artigo 7º - O descumprimento do disposto nesta Lei pelos Estados, Distrito Federal e Municípios e pelos respectivos fundos, implicará, a partir de 1º de julho de 1999: (...) III - suspensão de empréstimos e financiamentos por instituições financeiras federais. (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 254. No âmbito de cada ente estatal, pode existir apenas um RPPS para os servidores titulares de cargos efetivos, além de uma unidade gestora do respectivo regime, ressalvadas as forças armadas no caso da União. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. De acordo com o artigo 40, parágrafo vinte, da Constituição: “§ 20 - Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º”. Vale frisar que o artigo 142 trata dos militares da União. (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 255. O ente federativo que deixar de repassar o montante das contribuições arrecadadas, tornando-se inadimplente com o regime próprio de previdência social (RPPS), poderá amortizar o débito mediante pagamento com bens móveis e imóveis de qualquer natureza, ações ou quaisquer outros títulos. ( ) Certo ( x ) Errado

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Comentário: Errada. Não existe essa possibilidade na legislação de regência (Lei nº 10887/04 – artigo 8º-A). Frise-se que abrir essa possibilidade, tendo em vista o histórico dos regimes próprios de previdência social no Brasil, seria tornar inviável financeiramente o regime próprio, em poucos anos. (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 256. Unidade gestora do RPPS é a entidade ou órgão integrante da estrutura da administração pública de cada ente federativo que administra, gerencia e operacionaliza o RPPS, incluindo-se a arrecadação e gestão de recursos e fundos previdenciários, a concessão, o pagamento e a manutenção dos benefícios. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta (artigo 2º, inciso V, da Orientação Normativa MPS/SPS nº 02/ 2009) (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 257. Município que, ao instituir RPPS para seus servidores, inclui entre os segurados os ocupantes de cargo em comissão, assim compreendidos os de livre nomeação e exoneração, cujo vínculo com a administração não ocorreu mediante concurso público, age em desacordo com as normas gerais que organizam o funcionamento dos RPPSs. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O artigo 40, §13º, da Constituição da República estipula: “Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social”. Portanto, caso não seja servidor concursado não poderá ser incluído no regime próprio. Acerca da aplicação dos recursos arrecadados pelos RPPSs, bem como da compensação financeira com o RGPS, julgue os itens que se seguem. (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 258. A compensação financeira entre o RGPS e os RPPSs, decorrente da contagem recíproca de tempo de contribuição prevista na CF, não se aplica aos RPPSs que não atendam aos critérios e limites constantes nas normas gerais dos regimes próprios.

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( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Trata-se de uma das sanções decorrentes do descumprimento das normas previstas na legislação que rege as normas gerais dos regimes próprios. Lei nº 9.717/98 – artigo 7º- O descumprimento do disposto nesta Lei pelos Estados, Distrito Federal e Municípios e pelos respectivos fundos, implicará, a partir de 1º de julho de 1999: (...) IV - suspensão do pagamento dos valores devidos pelo Regime Geral de Previdência Social em razão da Lei no 9.796, de 5 de maio de 1999. (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 259. Com os recursos arrecadados pelos RPPSs, as unidades gestoras podem efetuar empréstimos aos seus segurados, de acordo com o que fazem as entidades de previdência complementar como forma de obter melhores retornos dos recursos acumulados. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errada. Conforme se observa do texto da Lei nº 9717/98, qualquer espécie de empréstimo, inclusive para os segurados, é proibido: “Artigo 6º - Fica facultada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a constituição de fundos integrados de bens, direitos e ativos, com finalidade previdenciária, desde que observados os critérios de que trata o artigo 1º e, adicionalmente, os seguintes preceitos: (...) V - vedação da utilização de recursos do fundo de bens, direitos e ativos para empréstimos de qualquer natureza, inclusive à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a entidades da administração indireta e aos respectivos segurados”. (TÉC.: ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 260. RPPS que aplique recursos em títulos públicos emitidos por governo estadual estará sujeito a sanções como suspensão das transferências voluntárias de recursos pela União. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta pois em conformidade com o disposto no artigo 6º, inciso VI c/c artigo 7º, inciso I, da Lei nº 9717/98. A idéia é evitar que os regimes próprios terminem por financiar a fundo perdido os estados e municípios que se encontram muitas vezes, em difícil situação econômica. Lei nº 9717/98 – Artigo 6º - Fica facultada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a constituição de fundos integrados de bens, direitos e ativos, com

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finalidade previdenciária, desde que observados os critérios de que trata o artigo 1º e, adicionalmente, os seguintes preceitos: (...) VI - vedação à aplicação de recursos em títulos públicos, com exceção de títulos do Governo Federal. Artigo 7º - O descumprimento do disposto nesta Lei pelos Estados, Distrito Federal e Municípios e pelos respectivos fundos, implicará, a partir de 1º de julho de 1999: I - suspensão das transferências voluntárias de recursos pela União. (TÉC. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – MPS – CESPE – 2010) 261. Os recursos disponíveis pertencentes aos RPPSs devem ser alocados e distribuídos apenas nos segmentos de renda fixa, de renda variável e de imóveis. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Dessa forma dispõe o artigo 2º da Resolução nº 3922/2010 do Banco Central do Brasil. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ ÁREA DE DIREITO – ABIN – CESPE – 2010) 262. A renda mensal inicial do salário-maternidade é calculada com base no salário de benefício. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errada. Essa é a regra da quase totalidade dos benefícios, mas não do salário-maternidade. A renda mensal inicial do salário-maternidade da segurada empregada e avulsa corresponderá ao seu salário respeitado o teto do serviço público, ou seja, atualmente cerca de R$. 26.000,00. Por outro lado, a renda mensal para a segurada empregada doméstica é seu último salário consignado na carteira de trabalho, limitado ao teto do regime geral de previdência social. A segurada especial e de baixa renda (facultativa e individual que recolhe 11% sobre um salário mínimo) receberá um salário mínimo. Por fim, a segurada individual e facultativa receberá o correspondente a média aritmética dos últimos doze salários-de-contribuição, também limitado ao teto do regime geral. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ ÁREA DE DIREITO – ABIN – CESPE – 2010) 263. Compete ao Conselho Nacional de Previdência Social, órgão superior de deliberação colegiada, apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da previdência social, antes de sua consolidação na proposta orçamentária da seguridade social.

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( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Assim dispõe o artigo 4º da Lei nº 8213/91: “Compete ao Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS: (...) IV - apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da Previdência Social, antes de sua consolidação na proposta orçamentária da Seguridade Social (...)”. Considerando a jurisprudência do STJ e a legislação acerca do RGPS, julgue os itens seguintes. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ ÁREA DE DIREITO – ABIN – CESPE – 2010) 264. Caso uma senhora requeira, em agência da previdência social, aposentadoria por idade, mas apresente documentação incompleta, o servidor do INSS deverá recusar o protocolo do requerimento do benefício. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errada. O servidor não pode recusar o requerimento administrativo por esse motivo, conforme prevê expressamente o artigo 105 da Lei nº 8213/91. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ ÁREA DE DIREITO – ABIN – CESPE – 2010) 265. Para efeito de ampliação do período de graça, a ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho e Emprego não impede a comprovação do desemprego por outros meios admitidos em direito. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Tendo em vista a dificuldade, principalmente em cidades nas quais não há atuação de órgãos do Ministério do Trabalho para conseguir a inserção em banco de dados de desempregados, a jurisprudência evoluiu para o referido entendimento que atualmente é objeto da súmula nº 27 da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais: “A ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho não impede a comprovação do desemprego por outros meios admitidos em Direito”. Em relação ao regime previdenciário dos servidores públicos federais, julgue os itens que se seguem.

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(OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ ÁREA DE DIREITO – ABIN – CESPE – 2010) 266. O servidor que, preenchendo os requisitos para a aposentadoria voluntária por idade com proventos proporcionais em 2008, opte por permanecer em atividade tem direito ao abono de permanência. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errada. O artigo 40, parágrafo 19 da Constituição Federal estipula: “O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II”. Portanto é devido o abono de permanência em serviço para o servidor que possa requerer aposentadoria integral por tempo de contribuição. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ ÁREA DE DIREITO – ABIN – CESPE – 2010) 267. Servidor público ex-celetista que tenha exercido atividade insalubre e passado para o regime estatutário por força da CF tem direito adquirido, para fins de aposentadoria estatutária, a contar o tempo de serviço com o acréscimo legal até a mudança do regime. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A resposta está correta desde que fundamentada na jurisprudência pacífica dos Tribunais. “Superior Tribunal de Justiça - AgRg no REsp 799771 - Quinta Turma - DJe 07/04/2008 (...) O servidor público, ex-celetista, que exerceu atividade perigosa, insalubre ou penosa, assim considerada em lei vigente à época, tem direito adquirido à contagem de tempo de serviço com o devido acréscimo legal, para fins de aposentadoria estatutária”. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ ÁREA DE DIREITO – ABIN – CESPE – 2010) 268. Aplica-se à aposentadoria compulsória o requisito de tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público. ( ) Certo ( x ) Errado

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Comentário: Errada. Não há requisito algum para a concessão de aposentadoria compulsória por idade, exceção feita, naturalmente, a idade de 70 anos (CF/88 – artigo 40, parágrafo primeiro, inciso II). (ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO - TCE/RN – CESPE – 2009) - 269. A previdência privada aberta é acessível a uma clientela específica, como, por exemplo, empregados de certas empresas ou grupos econômicos que contribuem para seus fundos de pensão. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Referida definição se encaixa no conceito de entidade de previdência privada fechada ou, também denominada, fundos de pensão. A entidade aberta é aquele na qual pode aderir qualquer pessoa, independentemente de vínculos associativos ou profissionais. (ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO - TCE/RN – CESPE – 2009) - Regimes de Previdência Social 270. A previdência pública é gerida pelo Estado, dividindo-se em regime geral da previdência social e regimes próprios de previdência social. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Os regimes próprios são aqueles criados pelos entes federativos para atender, nos termos do artigo 40 da Constituição Federal, seus servidores. Por outro lado, o regime geral de previdência social abrange, principalmente, os trabalhadores do setor privado. Sua matriz constitucional é o artigo 201. A gestão, nos dois casos, é do Estado. Julgue os itens a seguir, acerca dos princípios aplicáveis aos regimes próprios previdenciários. (ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO - TCE/RN – CESPE – 2009) - Contribuições sociais 271. Segundo o STF, contribuição social incidente sobre o abono de incentivo à participação em reuniões pedagógicas de professores da rede pública de ensino é indevida, pois somente as parcelas incorporáveis ao salário do servidor sofrem a incidência da contribuição previdenciária. ( X ) Certo ( ) Errado

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Comentário: Correta. Há forte tendência jurisprudencial nos Tribunais superiores em considerar indevida a contribuição previdenciária incidente sobre qualquer verba que não venha a ser incorporada ao salário do servidor. Supremo Tribunal Federal - Agravo regimental no recurso extraordinário. Contribuição social incidente sobre o abono de incentivo à participação em reuniões pedagógicas. Impossibilidade. Somente as parcelas incorporáveis ao salário do servidor sofrem a incidência da contribuição previdenciária.” (RE 589.441-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 9-12-2008, Segunda Turma, DJE de 6-2-2009.) (ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO - TCE/RN – CESPE – 2009) - Regimes de Previdência Social 272. Segundo a CF, é assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. Pela jurisprudência do STF, essa norma constitucional não assegura a extensão a servidores inativos de vantagem condicionada ao exercício de determinada função. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem afirmado que as vantagens precárias e provisórias que exigem o desempenho de determinada contraprestação pelo servidor não são estendidas aos servidores inativos. “Supremo Tribunal Federal - AI 496.526-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso (...) Constitucional. Administrativo. Servidor público: Estado de São Paulo. Vantagem de caráter "Pro labore faciendo": Não inclusão nos proventos. C.F., art. 40, § 8º. I. - O Tribunal do Estado-membro, interpretando normas locais, entendeu que a vantagem objeto da causa não tem caráter genérico. Sendo assim, não integra os proventos do aposentado. A interpretação de normas locais, pelo Tribunal local, é feita de forma soberana. (ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO - TCE/RN – CESPE – 2009) - Regimes de Previdência Social 273. Segundo o STF, o servidor público faz jus à contagem especial de tempo de serviço prestado como celetista, antes de sua transformação em estatutário, uma vez que possui direito adquirido, para todos os efeitos, desde que comprovado o efetivo exercício de atividade considerada insalubre, perigosa ou penosa. ( X ) Certo ( ) Errado

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Comentário: Certa. Os Tribunais superiores pacificaram esse entendimento. “STF - Primeira Turma, RE 367314 - AgR/SC - Relator Min. Sepúlveda Pertence - DJ de 14-05-2004 (...) Servidor público federal: contagem especial de tempo de serviço prestado enquanto celetista, antes, portanto, de sua transformação em estatutário: direito adquirido, para todos os efeitos, desde que comprovado o efetivo exercício de atividade considerada insalubre, perigosa ou penosa. (...) 2. Agravo Regimental provido, em parte, para, alterando-se a parte dispositiva da decisão agravada, dar parcial provimento ao extraordinário e reconhecer ao agravado o direito à contagem especial do tempo de serviço prestado sob efetivas condições insalubres no período anterior à L 8.112/90.” (ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO - TCE/RN – CESPE – 2009) - Regimes de Previdência Social 274. Permanece filiado ao RPPS/RN, na qualidade de segurado, o servidor titular de cargo efetivo ou o militar estadual que estiver afastado do cargo efetivo, ou, se militar estadual, do respectivo posto ou graduação, para o exercício de mandato eletivo. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O servidor público efetivo civil ou militar que estiver afastado para o exercício de mandato eletivo permanece vinculado ao respectivo regime próprio. No caso do militar deve-se observar as regras previstas no artigo 14, parágrafo oitavo, da Constituição Federal. (ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO - TCE/RN – CESPE – 2009) - Regimes de Previdência Social 275. São segurados do RPPS/RN, entre outros, o servidor público ocupante, exclusivamente, de cargo público de provimento em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração, bem como de outro cargo temporário ou emprego público, ainda que aposentado. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O artigo 40, §13º, da Constituição da República estipula: “Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social”.

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Da mesma forma o empregado público e ao servidor temporário. Todos os trabalhadores citados nessa questão são segurados obrigatórios do regime geral de previdência social, na condição de segurados empregados. (ANALISTA DE TRANSPORTES URBANOS/ ESPECIALIDADE: DIREITO- SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DFTRANS – CESPE - 2008) 276. Maria vivia em regime de união estável com João, tendo sido incluída como dependente de seu companheiro perante a previdência social. Em virtude de problemas pessoais, Maria e João decidiram extinguir a união estável e propuseram ação de dissolução e reconhecimento de união estável, com partilha de bens e pedido de alimentos. Nessa situação, tendo sido estabelecida judicialmente a obrigação de João prestar alimentos à sua companheira, Maria não perderá a qualidade de dependente de João para fins da previdência social. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O artigo 17 do Decreto nº 3048/99 regulamenta a matéria: “A perda da qualidade de dependente ocorre: I - para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado; II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos”. (ANALISTA DE TRANSPORTES URBANOS/ ESPECIALIDADE: DIREITO- SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DFTRANS – CESPE - 2008) 277. Em convenção coletiva de trabalho, foi fixado em R$ 630,00 o piso salarial da categoria dos motoristas de ônibus coletivos, no âmbito do DF. Nessa situação, considerando-se o que dispõe o regulamento da previdência social, é correto concluir que, independentemente do valor fixado para o piso salarial dos motoristas de ônibus coletivos, o valor do limite mínimo do salário-de-contribuição corresponderá ao valor do salário mínimo. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errada. O salário-de-contribuição corresponde basicamente às verbas de natureza salarial recebidas pelo segurado. O piso do salário-de-contribuição corresponde ao salário mínimo ou salário normativo da categoria. Nesse sentido vale citar:

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“Lei nº 8212/91 – artigo 28: Entende-se por salário-de-contribuição: (...) § 3º O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde ao piso salarial, legal ou normativo, da categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês”. (ANALISTA DE TRANSPORTES URBANOS/ ESPECIALIDADE: DIREITO- SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DFTRANS – CESPE - 2008) 278. Determinada empresa pública instituiu a fundação Alfa, entidade fechada de previdência complementar, acessível exclusivamente aos seus empregados. Em deliberação realizada pela empresa instituidora, foi aprovada a fusão entre Alfa e Beta, sendo esta uma entidade fechada de previdência complementar instituída por outra empresa pública. Nessa situação, a efetivação dessa fusão dependerá de prévia e expressa autorização do órgão regulador e fiscalizador. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta (LC nº 109/01 – artigo 33, inciso II). (ANALISTA DE TRANSPORTES URBANOS/ ESPECIALIDADE: DIREITO- SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DFTRANS – CESPE - 2008) 279. A instituição financeira Delta constituiu entidade aberta de previdência complementar. Nessa situação, considerando-se o que dispõe a legislação pertinente, esta entidade deverá ser obrigatoriamente constituída sob a forma de sociedade anônima. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. As entidades abertas de previdência privada obrigatoriamente devem ser constituídas sob a forma de sociedades anônimas. Nesse sentido: “LC nº 109/01 - artigo 36: As entidades abertas são constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas”. (ANALISTA DE TRANSPORTES URBANOS/ ESPECIALIDADE: DIREITO- SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DFTRANS – CESPE - 2008) 280. Marcos trabalha para a pessoa jurídica X, em Brasília – DF. Para suprir necessidade permanente da empregadora, Marcos foi transferido, passou a residir em determinado município da região Norte do Brasil e, em virtude dessa

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transferência, foi acometido de doença endêmica daquela região. Nessa situação, a referida enfermidade somente será considerada doença do trabalho se tiver sido resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho desenvolvido por Marcos. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Certa. A Lei nº 8213/91 é clara nesse sentido: “Artigo 20 (...) §1º - Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho”. (ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 281. A importância da proteção social justifica a ampla diversidade da base de financiamento da seguridade social. Com o objetivo de expandir ou de garantir a seguridade social, a lei poderá instituir outras fontes de financiamento, de acordo com o texto constitucional. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Novas fontes de financiamento da seguridade social, cuja base de cálculo ou materialidade econômica não constam expressamente do artigo 195 da Constituição, podem ser criadas desde que sejam veiculadas por meio de lei complementar (CF/88 – artigo 195, parágrafo quarto). (ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 282. O princípio da distributividade na prestação de benefícios e serviços tem sua expressão maior na área de saúde, dado o amplo alcance conferido pela intensa utilização do Sistema Único de Saúde. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Incorreta. A distributividade nos recorda que é também missão da seguridade social auxiliar na redistribuição de renda no país e reduzir a miséria e as desigualdades sociais e regionais. Embora a eficácia do sistema público de saúde auxilie esse objetivo, ele se concretiza de forma mais intensa na previdência social e principalmente na assistência social.

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(ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 283. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, que constitui um sistema único, organizado de acordo com as diretrizes de descentralização, atendimento integral e participação da comunidade. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O texto está de acordo com o artigo 198, incisos I, II e III da Constituição Federal. CF/88 – Artigo 198: As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. (...) (ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 284. De acordo com o princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais, uma das condições para a aposentadoria por idade do trabalhador rural é a exigência de que atinja 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos de idade, se mulher. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Referidos princípios significam que os segurados rurais têm que ser tratados com isonomia em relação aos segurados urbanos. De qualquer forma, por expressa autorização constitucional e também como forma de concretização do princípio da isonomia material, os trabalhadores rurais, em regra, se aposentam por idade após os homens completarem 60 anos e as mulheres completarem 60 anos, atendidos os demais requisitos legais. Julgue os itens a seguir, relacionados à seguridade social brasileira, suas perspectivas e desafios (ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 285. Uma das causas da rápida alteração do perfil demográfico brasileiro é a melhoria das condições de saúde e dos índices de qualidade de vida, assim como a diminuição da mortalidade infantil, o que determina maior longevidade. Esses fatores não influenciam o sistema previdenciário brasileiro, haja vista

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sua organização em um sistema solidário, embasado em regime financeiro de repartição. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Exatamente por se tratar de regime financeiro de repartição é que a maior longevidade da população influencia o sistema previdenciário brasileiro. Referido sistema de financiamento faz com que os atuais segurados custeiem os benefícios dos inativos. Naturalmente, com maior longevidade aliada a queda da natalidade há menos recursos para financiar a previdência pois há menos ingressos e mais despesas. (ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 286. As técnicas de financiamento dos gastos previdenciários podem ser classificadas em regime de repartição simples (benefício definido), regime de capitalização (contribuição definida) e regime de repartição de capitais. ( X ) Certo ( ) Errado

Comentário: Correta. No sistema de repartição simples o segurado tem direito de receber determinado valor para o seu benefício independentemente das contribuições que tiver feito ao longo da vida. Não existe uma correlação direta entre valor pago e valor recebido. Por outro lado, no sistema de capitalização o segurado sabe, de antemão, o valor das contribuições, mas o valor do benefício dependerá de como foram aplicados e geridos os recursos ao longo dos anos. Por fim, no regime de repartição de capitais as contribuições dos segurados devem ser suficientes para financiar os benefícios cujos fatos geradores ocorrerem naquele período, embora o pagamento se prolongue no tempo.

(ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 287. O trabalho informal é fenômeno evidente nas grandes metrópoles brasileiras e a inserção previdenciária das pessoas nessa situação é um dos fatores que desequilibram as contas da previdência social. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Pelo contrário. Nos últimos anos, a grande preocupação dos estudiosos da previdência social é exatamente como trazer o contingente de cerca de 40 milhões de brasileiros para a previdência social. Afinal, estão sem proteção social para si e para os seus familiares e, em muitos casos, terminarão por ser atendidos pela assistência social, caso não passem a contribuir para a previdência. O disposto no artigo 201, parágrafos décimo-segundo e décimo-terceiro, da Constituição Federal prova o equívoco da proposição.

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CF/88 – Artigo 201 (...) § 12 - Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. § 13 - O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social. (ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 288. A Lei n.º 9.876/1999, ao restringir a concessão de aposentadorias com a aplicação do fator previdenciário, pode ter contribuído para o aumento de requerimentos de benefícios por incapacidade. Corrobora essa conclusão a evolução da quantidade de pedidos de auxílio-doença, que, no período de 1993 a 1999, manteve-se nos níveis históricos e, a partir de 2000, cresceu sensivelmente. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O fator previdenciário, segundo Marina Vasquez, consiste (2010, 2:133): “ (...) em uma fórmula utilizada para cálculo de aposentadoria por tempo de contribuição, obrigatoriamente, e aposentadoria por idade, facultativamente. Essa fórmula somente será aplicada aos benefícios concedidos após 29.11.99, que a data da entrada em vigor da lei 9876, de 26.11.99. A regra do parágrafo sétimo do artigo 29 da LB determina ser ele calculado levando-se em consideração a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar (...)”. Trata-se, na verdade, de instrumento de natureza atuarial que gera, na maioria das vezes, redução no valor da aposentadoria do segurado. Tendo em vista que a aposentadoria por invalidez tem por renda mensal inicial o correspondente a 100% do salário-de-benefício mas no cálculo do salário-de-benefício não se aplica o fator previdenciário, o texto da questão é bastante plausível. Cada um dos itens que se seguem apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca da legislação previdenciária brasileira. (ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 289. Pedro trabalha em empresa que, anualmente, paga a seus empregados participação nos lucros, de acordo com lei específica. Em fevereiro de 2008, Pedro recebeu, por participação nos lucros de sua empresa referentes ao ano

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que passou, o equivalente a 10% de sua remuneração no mês de dezembro de 2007, incluindo 13.o salário e férias. Nessa situação, o montante recebido a título de participação nos lucros integrará a base de cálculo do salário-de-contribuição de Pedro, deduzidos os valores referentes a 13.o salário e férias ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Tendo em vista que a Constituição Federal apenas autoriza a incidência de contribuição previdenciária sobre verbas de natureza salarial (CF/88 – artigo 195, inciso I, alínea ‘a’) pode-se afirmar que as parcelas de natureza indenizatória não integram o salário-de-contribuição. A participação nos lucros tem natureza salarial mas por expressa previsão legal também não integra (Lei nº 8212/91, artigo 28, parágrafo nono, alínea ‘j’). (ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 290. Germano, segurado especial do regime geral, contribui para o sistema na proporção do resultado da comercialização de sua produção. Nessa situação, Germano somente terá direito à aposentadoria por contribuição caso promova, pelo prazo legal, os devidos recolhimentos na qualidade de contribuinte individual. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Deverá comprovar que recolheu, concomitantemente, como segurado facultativo ou individual, como preferem alguns doutrinadores. Esse, aliás, é o conteúdo da súmula nº 272 do Superior Tribunal de Justiça: “O trabalhador rural, na condição de segurado especial, sujeito à contribuição obrigatória sobre a produção rural comercializada, somente faz jus à aposentadoria por tempo de serviço, se recolher contribuições facultativas”. (ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 291. Regina é servidora pública, titular de cargo efetivo municipal. Nessa situação, caso deseje melhorar sua renda quando chegar o momento de se aposentar, Regina poderá filiar-se ao regime geral da previdência social. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O servidor público com regime próprio e que não exerce atividade vinculada ao RGPS não pode se filiar como facultativo CF/88 – artigo 201: A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que

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preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (...) §5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

(ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 292. Sérgio, segurado aposentado do regime geral, voltou à atividade depois de conseguir um emprego de vendedor, tendo passado a recolher novamente para a previdência. Nessa situação, caso sofra acidente de qualquer natureza e fique afastado do trabalho, Sérgio deverá receber auxílio-doença. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Não é possível receber de forma cumulativa qualquer espécie de aposentadoria e auxílio-doença. Portanto, após o 15º dia de afastamento, Sérgio receberá apenas o valor de sua aposentadoria. Lei nº 8213/91 – Artigo 124: Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: I - aposentadoria e auxílio-doença; (...) (ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 293. Para fins de obtenção de salário-maternidade, Lúcia, segurada especial, comprovou o exercício de atividade rural, de forma descontínua, nos dez meses anteriores ao início do benefício. Nessa situação, Lúcia tem direito ao salário-maternidade no valor de um salário mínimo. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A carência do segurado especial consiste em contagem de tempo de serviço e não de tempo de contribuição, em face das peculiaridades da forma de contribuição desse segurado. CF/88 – artigo 195, parágrafo oitavo: O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. No mais, a renda mensal inicial dos benefícios devidos aos segurados especiais será sempre no valor de um salário mínimo, salvo se ele contribuir, de forma concomitante, com contribuições facultativas (Decreto nº 3048/99 – artigo 29, inciso III: c/c artigo 93, parágrafo segundo c/c artigo 101, inciso II).

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(ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 294. Antônio, segurado aposentado do regime geral, retornou ao trabalho, visto que pretendia aumentar seus rendimentos mensais. Trabalhando como vendedor, passou a recolher novamente para a previdência. Nessa situação, caso seja demitido injustamente do novo emprego, Antônio fará jus ao recebimento do seguro-desemprego cumulativamente à sua aposentadoria. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Não é permitido receber de forma cumulativa o seguro-desemprego e qualquer espécie de aposentadoria. Nesse sentido vale transcrever a regra do artigo 124, parágrafo único, da Lei nº 8213/91: “Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.”. (ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS – CESPE - 2008) 295. Lucas é beneficiário de aposentadoria especial em razão de ter trabalhado exposto a agentes nocivos durante um período que, de acordo com a lei pertinente, lhe garantiu o referido direito. Nessa situação, as despesas relativas ao pagamento da aposentadoria de Lucas devem ser custeadas com recursos arrecadados pela cobrança do seguro de acidente de trabalho. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Atualmente, a aposentadoria especial é especificamente financiada por uma contribuição patronal incidente sobre o salário-de-contribuição de cada segurado que, potencialmente, possa vir a requerer aposentadoria especial. Trata-se de alíquota suplementar correspondente a 6% (aposentadoria após 25 anos); 9% (aposentadoria após 20 anos) e 12% (aposentadoria após 15 anos). (SECRETÁRIO EXECUTIVO – FUB – CESPE – 2008.) 296. Uma pessoa que nunca contribuiu com a previdência social, ao procurar atendimento médico em hospital público de seu município, pode ter esse atendimento negado em função disso. () Certo (x) Errado

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Comentário: Errada. A saúde, subsistema de proteção social que integra o sistema de seguridade social, caracteriza-se exatamente por ser não contributivo, universal e igualitário, razão pela qual a pessoa receberia o atendimento médico, mesmo que nunca tivesse sido filiada ou contribuinte do regime geral de previdência social CF/88, artigo 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (SECRETÁRIO EXECUTIVO – FUB – CESPE – 2008.) 297. Considere que Joana, há seis meses trabalhando no seu primeiro emprego com carteira assinada, sem nunca antes haver contribuído com a previdência social, acaba de dar à luz a sua primeira filha. Nessa situação, Joana não terá direito ao salário-maternidade, uma vez que a carência para usufruir desse benefício é de, no mínimo, doze contribuições mensais ao regime geral de previdência social. () Certo (x) Errado Comentário: Errada. De fato, algumas seguradas devem cumprir carência para a obtenção do salário-maternidade. É o caso da segurada individual, da segurada facultativa e da segurada especial. Nesse caso, o período de carência previsto em lei é de dez meses, sendo que a segurada especial cumpre esse requisito com a comprovação de tempo de serviço. Por outro lado, a segurada empregada, caso de Joana, a segurada doméstica e a segurada avulsa estão dispensadas do cumprimento da carência (Lei nº 8213/91 – artigo 25, inciso III c/c artigo 26, inciso VI). (SECRETÁRIO EXECUTIVO – FUB – CESPE – 2008.) 298. A seguridade social é financiada por toda a sociedade, ou seja, com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, além das contribuições sociais dos empregadores, das empresas e dos trabalhadores, entre outros. (x) Certo () Errado Comentário: Correta. Trata-se do princípio da solidariedade no financiamento da seguridade social, pelo qual toda a sociedade é responsável pelo custeio da seguridade quer por meio de parcela do orçamento fiscal dos entes federativos (forma indireta), quer por meio das contribuições sociais previstas no artigo 195 da Constituição (forma direta).

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316. (PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS – TCE/ES – CESPE – 2009) A respeito do regime previdenciário, assinale a opção correta. a) O servidor público, por ter regime próprio de previdência social, terá direito, em qualquer hipótese, à aposentadoria por invalidez, com proventos integrais. Comentário: Incorreta. Atualmente, não terá direito, em nenhuma hipótese, a aposentadoria com proventos integrais, ou seja, iguais aos que recebia quando em atividade. Por outro lado, terá direito a 100% do salário-de-benefício caso a invalidez seja decorrente de acidente do trabalho, doença profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, prevista em lei. Nas demais hipóteses a alíquota do salário-de-benefício será proporcional ao tempo de contribuição (CF/88 – artigo 40, parágrafo primeiro, inciso I c/c artigo 1º da Lei nº 10.887/04). *b) Servidor público detentor de cargo efetivo, com regime próprio de previdência social, que vier a ser beneficiado por uma licença sem remuneração, conforme a legislação de regência, poderá se inscrever no RGPS, como contribuinte facultativo, embora a CF tenha dispositivo que vede, de maneira geral, essa filiação ao RGPS. Comentário: O artigo 201, parágrafo quinto da Constituição estipula: É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. Por outro lado, o Decreto nº 3048/99, em norma de duvidosa constitucionalidade, abre exceção a situação colocada no texto: Artigo 11 (...) § 2º É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio. c) O benefício de pensão por morte, a partir do advento da Emenda Constitucional n.º 41/2003, no âmbito do regime próprio de previdência social, deve corresponder à totalidade da remuneração do falecido. Comentário: Incorreta. O artigo 40, parágrafo sétimo, da Constituição da República é claro em sentido contrário ao do texto: § 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso

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aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. d) Servidor público detentor de cargo efetivo, com regime próprio de previdência social, que seja também professor de escola privada não deverá contribuir para o RGPS. Comentário: Errado. Servidor efetivo que também exerce atividade concomitante no setor privado será filiado aos dois regimes (Lei nº 8212/91 – artigo 13, parágrafo primeiro). e) Suponha que determinado servidor público que possua regime próprio de previdência social venha a ser demitido do serviço público quando já possuía todos os requisitos para se aposentar. Nessa situação, o tempo de contribuição no regime próprio não poderá ser utilizado para lograr um benefício previdenciário do RGPS. Comentário: Errado. A contagem recíproca de tempo de contribuição expressamente prevista na Constituição Federal, no artigo 201, parágrafo nono, não prevê referida exceção. 317. (PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS – TCE/ES – CESPE – 2009) - Em relação à pensão por morte, assinale a opção correta. a) No caso de morte presumida, a pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data do requerimento. Comentário: Errada. Na hipótese de morte presumida a pensão por morte, no RGPS, será devida a contar da data da sentença que declarar a ausência ou, no caso de acidente ou desastre no qual não haja a possibilidade de se encontrar o corpo mas haja certeza da presença do segurado no acidente será devido desde a data do evento. *b) Os dependentes têm direito ao recebimento desse benefício se o segurado, à época do seu falecimento, já possuir os requisitos necessários para obter qualquer das aposentadorias do RGPS, mesmo que tenha perdido a condição de segurado. Comentário: Correta. O artigo 102 da Lei nº 8213/91 estipula:

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“A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade. § 1º A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que estes requisitos foram atendidos. §2º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta Lei, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria na forma do parágrafo anterior.” No mesmo sentido vale citar a súmula 416 do Superior Tribunal de Justiça: “É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito”. c) A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente; no entanto, qualquer inscrição ou habilitação legítima posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente produzirá efeito retroativo, sendo de responsabilidade do primeiro beneficiário arcar com os valores pretéritos em favor da parte legitimamente habilitada. Comentário: Errada. A concessão da pensão por morte não será protelada pela ausência de requerimento de outro eventual dependente, mas a habilitação que importe em exclusão ou inclusão de dependente não terá efeitos retroativos (Decreto nº 3048/99 – artigo 107). d) Mediante prova do desaparecimento do segurado em consequência de acidente, desastre ou catástrofe, seus dependentes farão jus a pensão provisória. Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessará imediatamente, ficando os dependentes obrigados à reposição dos valores recebidos, mesmo na hipótese de boa-fé. Comentário: Errada. Somente será necessária a devolução dos valores recebidos na hipótese de má-fé dos dependentes (Decreto nº 3048/99 – artigo 112, parágrafo único). e) Ainda que comprovada a necessidade econômica superveniente, a mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial não tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, conforme entendimento do STJ. Comentário: Errada. O entendimento do STJ, consignado em sua súmula nº 336 é exatamente o contrário do texto. 318. (PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS – TCE/ES – CESPE – 2009)

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Acerca dos segurados da previdência social e de seus dependentes, assinale a opção correta. a) O brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência, é segurado obrigatório da previdência social, na qualidade de empregado. Comentário: Errada. Trata-se de segurado individual (Decreto nº 3048/99 artigo 9º, inciso V, alínea ‘d’). b) Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. Comentário: Errada. O segurado facultativo tem seis meses de período de graça (Lei nº 8213/91 – artigo 15, inciso VI). c) A dependência econômica do cônjuge, da companheira, do companheiro, dos pais e do filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos de idade ou inválido, em relação ao segurado, é presumida. Comentário: Errada. A dependência econômica é presumida apenas para o cônjuge, o companheiro (a), os filhos não emancipados, menores de 21 anos ou inválidos. Para os demais dependentes, entre os quais os pais, a dependência deve ser demonstrada (Lei nº 8213/91 – artigo 16, parágrafo quarto). *d) O ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, é segurado obrigatório da previdência social, na qualidade de contribuinte individual. Comentário: Correta. São exemplos de segurados individuais (Lei nº 8213/91 – artigo 11, inciso V, alínea ‘c’). e) Todos aqueles que prestam serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego, são segurados obrigatórios da previdência social, na qualidade de trabalhadores avulsos. Comentário: Errado. O eventual, tal como um encanador que presta serviços sem habitualidade a pessoa física ou jurídica, é segurado individual (Decreto nº 3048/99 – artigo 9º, inciso V, alínea ‘j’). 319. (PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS – TCE/ES – CESPE – 2009)

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Em relação às disposições constitucionais relativas à previdência social, assinale a opção correta. a) É assegurada aposentadoria por idade no RGPS aos 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os professores de ambos os sexos. Comentário: Está errada. A redução da idade em cinco anos inclui os trabalhadores rurais, os pescadores e os garimpeiros, esses dois últimos desde que trabalhem em regime de economia familiar, ou seja, de sobrevivência (CF/88 – artigo 201, parágrafo sétimo, inciso II). Não beneficia os professores. CF/88 – Artigo 201 (...) § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. § 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. b) É assegurada aposentadoria por tempo de contribuição no RGPS aos 35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos de contribuição, se mulher, reduzido tal prazo em cinco anos para os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar. Comentário: Errada. Apenas os professores que trabalhem por todo o período dentro de sala de aula ou em atividade de direção ou coordenação pedagógica podem se aposentar cinco anos antes por tempo de contribuição. *c) O sistema de inclusão previdenciária dos trabalhadores de baixa renda deve ter alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do RGPS. Comentário: Correta. CF/88 – artigo 201 §12: Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde

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que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. §13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social d) Segundo previsão constitucional, exceto na hipótese de profissionais da saúde, é vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. Comentário: Errada. A questão vem regulamentada no parágrafo quinto do artigo 201 da constituição que não traz exceção alguma. Portanto, sequer o profissional de saúde poderá se filiar como segurado facultativo. CF/88 – Artigo 201, parágrafo quinto: É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. e) As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada integram o contrato de trabalho e a remuneração dos participantes. Comentário: O artigo 202, parágrafo segundo, da Constituição Federal afirma o contrário. Buscou desvincular a previdência privada e as relações de emprego para incentivar os empregadores a beneficiarem seus empregados com esse sistema. 320. (PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS – TCE/ES – CESPE – 2009) Em relação ao custeio da seguridade social, assinale a opção correta. *a) O contribuinte individual que pretenda contar como tempo de contribuição, para fins de obtenção de benefício no RGPS ou de contagem recíproca do tempo de contribuição, período de atividade remunerada alcançada pela decadência deverá indenizar o INSS. Comentário: Correta. O artigo 45-A da Lei nº 8212/91 traz a referida regra: Art. 45-A. O contribuinte individual que pretenda contar como tempo de contribuição, para fins de obtenção de benefício no Regime Geral de Previdência Social ou de contagem recíproca do tempo de contribuição, período de atividade remunerada alcançada pela decadência deverá indenizar o INSS.

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§ 1º O valor da indenização a que se refere o caput deste artigo e o § 1º do art. 55 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, corresponderá a 20% (vinte por cento): I – da média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, reajustados, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994; ou II – da remuneração sobre a qual incidem as contribuições para o regime próprio de previdência social a que estiver filiado o interessado, no caso de indenização para fins da contagem recíproca de que tratam os arts. 94 a 99 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, observados o limite máximo previsto no art. 28 e o disposto em regulamento. § 2º Sobre os valores apurados na forma do § 1º deste artigo incidirão juros moratórios de 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês, capitalizados anualmente, limitados ao percentual máximo de 50% (cinqüenta por cento), e multa de 10% (dez por cento). § 3o O disposto no § 1o deste artigo não se aplica aos casos de contribuições em atraso não alcançadas pela decadência do direito de a Previdência constituir o respectivo crédito, obedecendo-se, em relação a elas, as disposições aplicadas às empresas em geral. b) O direito da seguridade social de apurar e constituir seus créditos extingue-se após dez anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído. Comentário: Errada. O ora revogado artigo 45 da lei de custeio previa esse prazo. Porém, o Supremo Tribunal Federal (súmula vinculante nº 8) declarou inconstitucional esse dispositivo legal e o prazo passou a ser regulamentado pelos artigos 150, parágrafo quarto e 173 do Código Tributário Nacional. Portanto, hoje, o prazo para a Secretaria da Receita Federal do Brasil constituir os créditos tributários relacionados a contribuições para o financiamento da seguridade social é de cinco anos. CTN Artigo 150: O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. §4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

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CTN – Artigo 173: O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. c) Por se inserir na hipótese constitucional de competência residual da União, a instituição de contribuição para o seguro de acidente do trabalho dar-se-á por lei complementar. Comentário: Errada. Trata-se de contribuição incidente sobre folha de salários e demais rendimentos do trabalho. Tendo em vista que essa materialidade econômica consta expressamente do artigo 195 da Constituição Federal, a contribuição pode ser instituída por meio de lei ordinária.

STF – Recurso Extraordinário - Agravo Regimental nº 455817 (...) EMENTA: - CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO: SEGURO DE ACIDENTE DO TRABALHO - SAT. Lei 7.787/89, arts. 3º e 4º; Lei 8.212/91, art. 22, II, redação da Lei 9.732/98. Decretos 612/92, 2.173/97 e 3.048/99. C.F., artigo 195, § 4º; art. 154, II; art. 5º, II; art. 150, I. I. - Contribuição para o custeio do Seguro de Acidente do Trabalho - SAT: Lei 7.787/89, art. 3º, II; Lei 8.212/91, art. 22, II: alegação no sentido de que são ofensivos ao art. 195, § 4º, c/c art. 154, I, da Constituição Federal: improcedência. Desnecessidade de observância da técnica da competência residual da União, C.F., art. 154, I. Desnecessidade de lei complementar para a instituição da contribuição para o SAT. II. - O art. 3º, II, da Lei 7.787/89 não é ofensivo ao princípio da igualdade, por isso que o art. 4º da mencionada Lei 7.787/89 cuidou de tratar desigualmente os desiguais. III. - As Leis 7.787/89, art. 3º, II, e 8.212/91, art. 22, II, definem, satisfatoriamente, todos os elementos capazes de fazer nascer a obrigação tributária válida. O fato de a lei deixar para o regulamento a complementação dos conceitos de "atividade preponderante" e "grau de risco leve, médio e grave" não implica ofensa ao princípio da legalidade genérica, C.F., art. 5º, II, e da legalidade tributária, C.F., art. 150, I. IV. - Se o regulamento vai além do conteúdo da lei, a questão não é de inconstitucionalidade, mas de ilegalidade, matéria que não integra o contencioso constitucional. (...) d) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária se sujeita ao princípio da anterioridade.

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Comentário: Errada. O Supremo Tribunal Federal não enxerga no prazo para recolhimento de tributo, elemento essencial da norma de incidência tributária razão pela qual não exige que a norma que o altere respeite o princípio da anterioridade. e) Nas ações trabalhistas de que resultar o pagamento de direitos sujeitos à incidência de contribuição previdenciária, as sentenças judiciais ou os acordos homologados em que não figurarem, discriminadamente, as parcelas legais relativas às contribuições sociais só poderão ser exigidas em nova ação judicial autônoma a ser ajuizada pela fazenda nacional. Comentário: Errada. A Fazenda Nacional poderá impugnar, em sede de execução de sentença, o acordo ou sentença em relação as contribuições. Nessa hipótese, as contribuições previdenciárias incidirão sobre o valor total do acordo. 321. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) O princípio constitucional que estabelece a uniformidade e a equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais representou um avanço na proteção social do trabalhador rural, que, até a CF, era mais restrita quando comparada à do trabalhador urbano. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Segundo Ricardo Cunha Chimenti (2007, 1:553): “A uniformidade indica que urbanos e rurícolas têm direito às mesmas prestações de seguridade social. Nem sempre foi assim. Até 1955, no Brasil os trabalhadores rurais não tinham proteção previdenciária, e os urbanos já a tinham, embora ainda não muito abrangente, desde 1919. A Lei Complementar n. 11, de 1971, instituiu o PRORURAL – Programa de Assistência ao Trabalhador Rural, que fornecia proteção meramente assistencial e dava ao rurícola aposentadoria no valor de meio salário mínimo. Até 1991, o trabalhador rural também não tinha cobertura em caso de acidente do trabalho“. 322. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) Na evolução da previdência social brasileira, o modelo dos institutos de aposentadoria e pensão, que abrangiam determinadas categorias profissionais, foi posteriormente substituído pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensão, que eram criadas na estrutura de cada empresa. ( ) Certo ( x ) Errado

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Comentário: Errada. O modelo se iniciou nos anos 20, com a Lei Eloy Chaves, estruturado por empresas. A partir da década de trinta, por influência do pensamento de Getúlio Vargas, passou a se estruturar por categoria profissional e assim permaneceu até a criação, em 1966, do INPS (Instituto Nacional da Previdência Social) que unificou os institutos representativos das várias categorias profissionais. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) 323. O conceito de seguridade social compreende a saúde, a previdência e a assistência social e está positivado expressamente no ordenamento jurídico brasileiro, tanto no texto constitucional quanto na legislação infraconstitucional. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correto. O caput do artigo 194 assim a define e também, por exemplo, o artigo 1º da Lei nº 8212/91. Lei nº 8212/91 – Artigo 1º: A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social. Julgue os itens que se seguem, relativos ao regime geral de previdência social. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) 324. Se um empregado de uma fábrica tivesse cumprido todos os requisitos para a aposentadoria por tempo de contribuição em setembro de 2009, ele teria direito ao abono de permanência em serviço a contar da data do requerimento. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Não existe mais, no regime geral de previdência social, abono de permanência em serviço. Tem direito adquirido ao referido abono apenas aqueles que se poderiam se aposentar antes de 1994, ano em que foi revogada a legislação que regulamentava esse benefício. Vale frisar que se algum segurado já tivesse condições de se aposentar antes da revogação do benefício e permaneceu trabalhando, ainda poderá receber os valores devidos ao abono até a data de sua extinção desde que os pleiteiem dentro do prazo prescricional de cinco anos a contar da data do afastamento do trabalho.

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(PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) 325. Consoante jurisprudência do STJ, as contribuições previdenciárias descontadas dos salários dos empregados, pelo falido, e não repassadas aos cofres previdenciários devem ser restituidas antes do pagamento de qualquer crédito, ainda que trabalhista. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - REsp 1183383 - PRIMEIRA TURMA - DJe 18/10/2010 (...) PROCESSUAL CIVIL. FALÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DESCONTADA DOS EMPREGADOS E NÃO REPASSADA À SEGURIDADE SOCIAL. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO MOVIDA PELO INSS. CONCURSO DE CREDORES. PREFERÊNCIA. SÚMULA 417 DO STF. 1. "Pode ser objeto de restituição, na falência, dinheiro em poder do falido, recebido em nome de outrem, ou do qual, por lei ou contrato, não tivesse ele a disponibilidade." (Súmula 417 do STF) 2. As contribuições previdenciárias descontadas pela massa falida, dos salários dos empregados, e não repassadas aos cofres previdenciários, devem ser restituídas antes do pagamento de qualquer crédito, ainda que trabalhista, porque se trata de bens que não integram o patrimônio do falido. Incidência da Súmula nº 417 do STF (...). 326. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) De acordo com a jurisprudência do STF, o beneficiário que recebe aposentadoria por tempo de contribuição do INSS e complementação de aposentadoria de entidade de previdência privada não tem interesse processual para ajuizar ação contra o INSS pleiteando a revisão de sua aposentadoria. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errado. A jurisprudência dos Tribunais entende que existe interesse de agir pois se trata de regimes autônomos e independentes. Pessoalmente, tenho ressalvas quanto a esse posicionamento pois o autor da ação não obterá vantagem econômica alguma. 327. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010)

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Segundo entendimento do STF, lei nova mais benéfica que altere a forma de cálculo da renda mensal inicial da pensão por morte, aumentando seu percentual, não se aplicará aos benefícios previdenciários concedidos antes de sua vigência. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Há cerca de cinco anos, havia grande discussão jurisprudencial e doutrinária sobre esse tema. Antes da edição da Lei nº 9032/95, a renda mensal inicial da pensão por morte dependia do número de dependentes. A partir da edição da referida lei, houve uma unificação das alíquotas que passaram a ser, em qualquer situação, correspondente a 100% do salário-de-benefício ou 100% do valor da aposentadoria que o segurado falecido recebia. Muitos pensionistas pleitearam, com fundamento no princípio da isonomia, a revisão de suas pensões, mas o Supremo Tribunal Federal entendeu que a legislação aplicável à pensão por morte é sempre a do fato gerador. Não há pois possibilidade de retroação da lei mais benéfica ao pensionista. Nesse sentido, vale citar: STJ – Súmula 340: “A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado”. Acerca da previdência pública do estado da Bahia e da previdência complementar, julgue os itens subsequentes. 328. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) Embora a Previ seja a entidade fechada de previdência privada dos empregados do Banco do Brasil S.A., o fato de este ser uma sociedade de economia mista o impede de aportar recursos àquela entidade, salvo na condição de patrocinador. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. O artigo 202, parágrafo 3º, da Constituição Federal estipula: “É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado”.

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Referida regra denomina-se, na doutrina, de regra da paridade. 329. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) O resultado superavitário dos planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar, ao final do exercício, deve ser destinado, em partes iguais, ao aumento do valor dos benefícios e à formação de reserva de contingência para garantia de benefícios. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: A Lei Complementar nº 109/01 que regulamenta o artigo 202 da Constituição em seu artigo 20 trata dessa matéria: “O resultado superavitário dos planos de benefícios das entidades fechadas, ao final do exercício, satisfeitas as exigências regulamentares relativas aos mencionados planos, será destinado à constituição de reserva de contingência, para garantia de benefícios, até o limite de vinte e cinco por cento do valor das reservas matemáticas. §1º Constituída a reserva de contingência, com os valores excedentes será constituída reserva especial para revisão do plano de benefícios. §2º A não utilização da reserva especial por três exercícios consecutivos determinará a revisão obrigatória do plano de benefícios da entidade. § 3º Se a revisão do plano de benefícios implicar redução de contribuições, deverá ser levada em consideração a proporção existente entre as contribuições dos patrocinadores e dos participantes, inclusive dos assistidos”. Tendo como base a jurisprudência do STF e o que dispõe a CF, julgue os itens a seguir, relativos à seguridade social do servidor público. 330. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) A CF admite que o estado institua três regimes próprios de previdência social para seus servidores titulares de cargos efetivos: um para os servidores do Poder Executivo, outro para os servidores do Poder Legislativo e um terceiro para os servidores do Poder Judiciário. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: A Constituição Federal, por meio de seu artigo 40, parágrafo vinte, proíbe a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos do mesmo ente federativo.

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331. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) É ilegítima a incidência de contribuição previdenciária sobre o terço constitucional de férias. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: O Supremo Tribunal Federal entende que não há incidência quer para os segurados do regime geral de previdência social por ausência de natureza salarial da verba, quer para os regimes próprios de previdência social pois não há repercussão nos proventos de aposentadoria do servidor (STF - AI-AgR 710361). No mesmo sentido vale citar: Superior Tribunal de Justiça - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1358108 – Primeira Turma - DJE DATA:11/02/2011 (...)TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. NÃO INCIDÊNCIA. ENTENDIMENTO DA PRIMEIRA SEÇÃO DO STJ. 1. A Primeira Seção, ao apreciar a Petição 7.296/PE (Rel. Min. Eliana Calmon), acolheu o Incidente de Uniformização de Jurisprudência para afastar a cobrança de Contribuição Previdenciária sobre o terço constitucional de férias. 2. Entendimento que se aplica inclusive aos empregados celetistas contratados por empresas privadas. (AgRg no EREsp 957.719/SC, Rel. Min. César Asfor Rocha, DJ de 16/11/2010). 3. Agravo Regimental não provido 332. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) Considere a seguinte situação hipotética. Jorge, servidor militar, graduou-se no curso de direito no ano de 1980. Após sua reforma, em 1982, exerceu a advocacia até ingressar no cargo de juiz do trabalho. Jorge investiu-se nesse cargo em 1985, aposentando-se em 1995, ou seja, antes da Emenda Constitucional n.º 20/1998. Nessa situação, seria legítima a acumulação de provento militar com o provento civil. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correto. Antes da Emenda Constitucional nº 20/98 não havia proibição, como regra, de cumulação de proventos de aposentadoria de regimes próprios de previdência social. Referida proibição foi incluída pelo artigo 1º da emenda. EC nº 20/98 - Artigo 1º - A Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações:

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Artigo 37 – (...) § 10 - É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. Antônio, filho de agricultores, trabalhou na atividade rural em regime de economia familiar e foi para a cidade, onde se tornou servidor público do MAPA, vindo a se aposentar em 2000. O TCU, analisando sua aposentadoria para fins de registro em 2009, considerou ilegal sua concessão, visto ter constatado que não houve o recolhimento das contribuições previdenciárias referentes ao período de atividade rural. Diante disso, o TCU determinou ao MAPA que providenciasse o cancelamento da aposentadoria de Antônio e o seu retorno ao serviço público. Com referência a essa situação hipotética e considerando a jurisprudência do STF acerca dessa questão, julgue os itens que se seguem. 333. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) Como transcorreram mais de cinco anos, contados do ato concessório de aposentadoria até a análise de sua legalidade, a intimação de Antônio para participar do processo, assegurando-lhe o contraditório e a ampla defesa, é pressuposto de legitimidade da decisão do TCU. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correto. Trata-se de jurisprudência antiga que se aplica para os regimes próprios e também para o regime geral de previdência social, ou seja, a necessidade de respeitar o contraditório e ampla defesa antes de suspender ou cancelar uma aposentadoria ou pensão (Súmula 160 do extinto Tribunal Federal de Recursos). 334. (PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA – TCE/BA – CESPE – 2010) O tempo de atividade rural de Antônio deveria ter sido computado para efeito de aposentadoria no serviço público, sem a necessidade de recolhimento da respectiva contribuição previdenciária. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Errado. A matéria é objeto, por exemplo, da súmula 10 da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais:

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“O tempo de serviço rural anterior à vigência da Lei nº. 8.213/91 pode ser utilizado para fins de contagem recíproca, assim entendida aquela que soma tempo de atividade privada, rural ou urbana, ao de serviço público estatutário, desde que sejam recolhidas as respectivas contribuições previdenciárias”. No mesmo sentido: Superior Tribunal de Justiça - RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA – 17603 – 5ª Quinta Turma - DJ DATA:18/10/2004 PG:00301 (...) RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO E PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA. CASSAÇÃO. CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO RECÍPROCA. RURAL. PERÍODO ANTERIOR À VIGÊNCIA DA LEI 8213/91. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DO RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES. Nos termos do firme posicionamento jurisprudencial desta Corte, para fins de contagem recíproca de tempo de serviço, o tempo rural anterior à vigência da Lei nº 8.213/91 somente poderá ser utilizado mediante a comprovação do recolhimento das contribuições respectivas. A certidão fornecida não se presta a tanto. Recurso desprovido. 335. (ANALISTA MUNICIPAL/ ESPECIALIDADE PROCURADOR MUNICIPAL – PGM DE BOA VISTA/ RR – CESPE – 2010) É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da previdência social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A regra está de acordo com o que dispõe o artigo 124, parágrafo único, da Lei nº 8213/91: “Artigo 124 - Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.” 336. (ANALISTA MUNICIPAL/ ESPECIALIDADE PROCURADOR MUNICIPAL – PGM DE BOA VISTA/ RR – CESPE – 2010) No que tange à organização da assistência social, compete aos municípios atender às ações assistenciais de caráter emergencial e efetuar o pagamento do auxílio-natalidade e do auxílio-funeral. ( x ) Certo ( ) Errado

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Comentário: A assistência social é um subsistema da seguridade social que tem por diretriz a descentralização político-administrativa para os estados e municípios e comando único de ações em cada esfera de governo. Trata-se de regime semelhante ao sistema único de saúde (SUS), isto é, com participação de todos os entes federativos, sob a coordenação da União Federal, a gestão é dos estados e municípios e a fiscalização é encargo principalmente dos conselhos de assistência social com participação de representantes da comunidade. Denomina-se SUAS (Sistema Único de Assistência Social). Segundo dispõe o artigo 15, inciso II, da Lei nº 8742/93, compete especificamente ao município efetuar o pagamento dos auxílios funeral e natalidade. 337. (ANALISTA MUNICIPAL/ ESPECIALIDADE PROCURADOR MUNICIPAL – PGM DE BOA VISTA/ RR – CESPE – 2010) A equidade na forma de participação no custeio é princípio constitucional atinente à seguridade social, no entanto, as entidades beneficentes de assistência social que atenderem às exigências estabelecidas em lei serão isentas de contribuição para a seguridade social. ( x ) Certo ( ) Errado Comentário: Trata-se de regra de imunidade prevista no parágrafo sétimo do artigo 195 da constituição que atualmente está regulamentada pela Lei nº 12.101/09, que revogou o artigo 55 da Lei nº 8212/91 que regia a matéria. Vale observar que a jurisprudência tem entendido que apesar da Constituição se referir a isenção o instituto em foco seria o da imunidade. Afinal, regra de exoneração tributária prevista no texto constitucional tem natureza de imunidade e não de isenção.

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA TERCEIRA REGIÃO – APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA – 262184 - DESEMBARGADORA FEDERAL REGINA COSTA - SEXTA TURMA - DJF3 CJ1 DATA:10/08/2010 PÁGINA: 666 (...) II- O art. 195, § 7º, da Constituição da República, embora utilize a expressão "isenção", veicula norma de exoneração tributária, expressa no próprio texto constitucional, estabelecendo verdadeira imunidade subjetiva às entidades beneficentes de assistência social, que atendam as exigências estabelecidas em lei, em relação às contribuições para a Seguridade Social.

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338. (ANALISTA MUNICIPAL/ ESPECIALIDADE PROCURADOR MUNICIPAL – PGM DE BOA VISTA/ RR – CESPE – 2010) O exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal é segurado obrigatório da previdência social como empregado, ainda que seja vinculado a regime próprio de previdência social. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: Aquele que exerce mandato eletivo, por qualquer ente federativo, é segurado obrigatório do regime geral de previdência social, como segurado empregado, salvo se já for vinculado a regime próprio de servidor público (Lei nº 8213/91 – artigo 11, inciso I, alínea ‘h’). 339. (ANALISTA MUNICIPAL/ ESPECIALIDADE PROCURADOR MUNICIPAL – PGM DE BOA VISTA/ RR – CESPE – 2010) Se, durante seu intervalo para refeição, um empregado lesionar um dos seus joelhos enquanto joga futebol nas dependências da empresa, ficando impossibilitado de andar, tal evento, nos termos da legislação previdenciária, não poderá ser considerado como acidente de trabalho. ( ) Certo ( x ) Errado Comentário: O conceito aplicável aos acidentes do trabalho, no Brasil, nos é dado pela lei de regência. O caput do artigo 19 da Lei de benefícios da previdência social define acidente do trabalho como aquele que possui nexo de causalidade com o exercício do trabalho prestado para uma empresa ou em razão do labor do segurado especial. Acrescenta a necessidade da ocorrência de lesão. Portanto, consiste no evento relacionado com o trabalho dos sujeitos referidos no parágrafo primeiro do artigo 18 dessa lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, que tenha por conseqüência a morte ou a incapacidade total ou parcial e permanente ou temporária para o trabalho. Segundo o artigo 20 do referido estatuto, equipara-se a acidente do trabalho, a doença profissional e a doença do trabalho. No caso em foco, referido evento é considerado acidente do trabalho pois possui nexo de causalidade com o trabalho. Afinal, o segurado só sofreu o acidente porque estava no ambiente de trabalho, jogando bola com seus colegas. No mais, expressamente a lei de benefícios prevê a hipótese. Lei nº 8213/91 – artigo 21: Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: (...) § 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

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350. (PROCURADOR DO MUNICÍPIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU - CESPE - 2007) Considere que Maria José presta serviços habituais e contínuos para Cláudia, no ambiente residencial desta, sendo certo que as atividades desenvolvidas não têm fins lucrativos. Nessa situação hipotética, Maria José é empregada doméstica e responsável pelo recolhimento de sua própria contribuição para a previdência social. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Efetivamente Maria José é segurada empregada doméstica, mas o recolhimento das contribuições previdenciárias é de responsabilidade do empregador doméstico, na fonte (Lei nº 8212/91 – artigo 30, inciso V). Lei nº 8212/91 - Artigo 12: São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: (...) II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos. 351. (PROCURADOR DO MUNICÍPIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU - CESPE - 2007) A previdência social brasileira está organizada em dois sistemas independentes. O denominado regime geral, cuja filiação é obrigatória, abrange todas as atividades remuneradas exercidas por pessoas físicas, ressalvadas as que estejam vinculadas aos regimes instituídos pelos entes federativos em favor de seus servidores titulares de cargos efetivos, denominados regimes próprios ou especiais. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. Existem vários regimes previdenciários em nosso país. Para servidores públicos cujo ente federativo institua o referido regime (CF/88 - artigo 40), denominado regime próprio de previdência social e para os demais trabalhadores, principalmente do setor privado (CF/88 – artigo 201), o chamado regime geral de previdência social. 352. (PROCURADOR DO MUNICÍPIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU - CESPE - 2007) Considere a seguinte situação hipotética. Por ser professor concursado da rede estadual de ensino, José Dantas, deputado estadual de Sergipe, é vinculado ao regime próprio de previdência do estado. Tendo em vista a compatibilidade de horário entre o mandato eleitoral e o exercício do magistério, José Dantas continuou a lecionar. Nessa situação,

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José Dantas deve vincular-se também ao regime geral de previdência social (RGPS), em decorrência do exercício do mandato eletivo. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. Aquele que é detentor de mandato eletivo e vinculado a regime próprio de previdência social, permanece filiado apenas ao regime próprio. 353. (PROCURADOR DO MUNICÍPIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU - CESPE - 2007) Considere que Célia mantenha união estável com João, segurado da previdência social. Nessa situação, Célia é considerada, para fins previdenciários, dependente, sendo-lhe dispensada a comprovação da dependência econômica, mas exigida a comprovação da situação conjugal. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correta. A companheira e o companheiro são dependentes do segurado para o regime geral de previdência social e a dependência econômica é presumida. Apenas é necessário provar que existe a união estável (Lei nº 8213/91 – artigo 16, parágrafo quarto). 354. (PROCURADOR DO MUNICÍPIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU - CESPE - 2007) Considere que Carlos, segurado do RGPS, após sofrer acidente de trabalho, tenha sido, naquele momento, considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade profissional que lhe garanta a subsistência. Nessa situação, Carlos não terá seu benefício revertido ou suspenso, dada a natureza permanente de sua incapacidade. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O benefício da aposentadoria por invalidez exige incapacidade permanente que não se confunde com incapacidade definitiva, razão pela qual deve o beneficiário se submeter, periodicamente, a perícias médicas do INSS e mesmo a procedimento de reabilitação. Apenas não precisa se submeter a cirurgias ou transfusão de sangue. Lei nº 8213/91 – artigo 101: O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo

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de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. 355. (PROCURADOR DO MUNICÍPIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU - CESPE - 2007) O segurado contribuinte individual do RGPS que sofrer acidente que o impeça de trabalhar por vários dias tem direito ao benefício de auxílio-doença com início a partir do dia da incapacidade, desde que o auxílio tenha sido requerido até trinta dias após a ocorrência do infortúnio. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: Correto. Todos os segurados do regime geral de previdência social podem receber o auxílio-doença. Especificamente o segurado empregado o receberá a partir do 16º dia de afastamento de suas atividades, desde que o requerimento administrativo seja protocolizado no prazo de 30 dias do afastamento. Por outro lado, os demais segurados receberão o benefício desde o dia da incapacidade desde que requereram o auxílio-doença no prazo de 30 dias (Lei nº 8213/91 – artigo 60). 356. (PROCURADOR DO MUNICÍPIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU - CESPE - 2007) Considere que Pedro, com 62 anos de idade, perdeu o emprego há seis anos e não conseguiu retornar ao mercado de trabalho, perdendo, por isso, a qualidade de segurado do RGPS, apesar de ter contribuído por mais de vinte anos. Nessa situação hipotética, Pedro poderá requerer o benefício de aposentadoria por idade pelo fato de ter contribuído por tempo superior à carência. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Em face das informações trazidas no texto é possível presumir que Pedro seja segurado urbano. A regra, para o segurado urbano, é que deverá ter, no mínimo, 65 anos para ter direito a aposentadoria por idade (Lei nº 8213/91 – artigo 48, caput). Lei nº 8213/91 - Art. 48: A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. 357. (PROCURADOR DO MUNICÍPIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU - CESPE - 2007) O trabalhador de empresa de conservação e limpeza que presta serviços a diversos hospitais e que recebe adicional de insalubridade, por,

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eventualmente, manter contato com lixo hospitalar de natureza tóxica, tem direito a aposentar-se com tempo reduzido de contribuição, já que trabalha em condições especiais prejudiciais a sua saúde. ( ) Certo ( X ) Errado Comentário: Errada. O adicional de insalubridade, por si só, não confere direito ao recebimento de aposentadoria especial, isto é por tempo reduzido de contribuição, ao segurado, mormente se o contato com o agente insalubre, como no caso em foco, for apenas eventual. STJ - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - 1005028 - SEXTA TURMA - DJE:02/03/2009 RIOBTP VOL.:00238 PG:00155 (...) 4. O percebimento de adicional de insalubridade, por si só, não é prova conclusiva das circunstâncias especiais do labor e do conseqüente direito à conversão do tempo de serviço especial para comum, tendo em vista serem diversas as sistemáticas do direito trabalhista e previdenciário. 5. No presente caso, hipótese em que o Tribunal a quo não reconheceu a atividade de servente como insalubre, seu enquadramento como atividade especial encontra óbice na Súmula 7/STJ. 358. (PROCURADOR DO MUNICÍPIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU - CESPE - 2007) O auxílio-acidente, antes das mudanças promovidas pela Constituição de 1988, tinha natureza de seguro privado. Atualmente, consiste em um benefício concedido a título de indenização ao segurado, quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultem seqüelas que impliquem a redução da capacidade para o trabalho que era exercido anteriormente. ( X ) Certo ( ) Errado Comentário: O auxílio-acidente é benefício por incapacidade parcial (o segurado pode trabalhar mas o faz com maior dificuldade ou maior esforço ou ainda tendo de mudar de atividade profissional) e tem natureza indenizatória, por exemplo, sobre os valores recebidos não incide imposto de renda pessoa física (Decreto nº 3000 – Regulamento do Imposto de Renda – artigo 39, inciso XLII). Tendo em vista que não é um benefício substitutivo do salário do segurado, ou seja, pode ser recebido junto com o salário e pode ser inferior a um salário mínimo (Lei nº 8213/91 – artigo 86, parágrafo primeiro). A questão poderia ter sido anulada ou a proposição considerada incorreta pois o auxílio-acidente deixou de ser vinculado ao setor privado muitos anos antes da Constituição Federal de 1988.

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359. (PROCURADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PGE/PE – CESPE – 2009) Em relação ao sistema de aposentadoria do servidor público, assinale a opção correta. a) O STJ firmou a compreensão de que não é exigível a indenização, ao regime geral de previdência social, do período exercido na atividade rural, anterior à filiação obrigatória, para cômputo em regime estatutário. *b) Tratando-se de cargos de professor, é possível a acumulação de proventos oriundos de uma aposentadoria com duas remunerações quando o servidor foi aprovado em concurso público antes do advento da Emenda Constitucional n.º 20. c) A jurisprudência do STF pacificou-se no sentido de que o direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos, e de que é devida a incidência de contribuição previdenciária sobre o terço constitucional de férias. d) A CF assegura o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. Com fundamento nessa norma, a jurisprudência do STF pacificou-se no sentido de ser viável estender aos servidores inativos as vantagens pecuniárias decorrentes de reposicionamento, na carreira, de servidores ativos. e) É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, permitindo-se, no entanto, a criação de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal. Comentário: Alternativa ‘a’: Segundo o STJ, é necessário indenizar o período rural anterior a 24.07.1991, para poder contá-lo para se aposentar em regime próprio de previdência social de servidor público. Nesse sentido vale citar o Agravo Regimental no Recurso Especial nº 958.190. Alternativa ‘b’: Correto. Antes da emenda constitucional nº 20/98 não havia proibição de se acumular o recebimento de aposentadoria de regime próprio e vencimentos de cargo efetivo de servidor público. Alternativa ‘c’: O STF entende que o 1/3 de férias não possui natureza salarial, razão pela qual sobre esse valor não incide contribuição previdenciária. Da mesma forma, de acordo com a súmula 680 do STF o auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos.

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Supremo Tribunal Federal – Agravo de Instrumento no Agravo Regimental nº 586615 – j. em 08.08.2006 (...)AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. VALE-REFEIÇÃO E AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. BENEFÍCIO CONCEDIDO AOS SERVIDORES EM ATIVIDADE. NATUREZA INDENIZATÓRIA. EXTENSÃO AOS INATIVOS E PENSIONISTAS. IMPOSSIBILIDADE. O direito ao vale-refeição e ao auxílio-alimentação não se estende aos inativos e pensionistas, vez que se trata de verba indenizatória destinada a cobrir os custos de refeição devida exclusivamente ao servidor que se encontrar no exercício de suas funções, não se incorporando à remuneração nem aos proventos de aposentadoria. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. Alternativa ‘d’: Exceção feita ao servidor inativo que possui direito adquirido a paridade com os ativos, não se estendem, aos inativos, as vantagens concedidas aos servidores em atividade, desde a emenda constitucional nº 41/03. Alternativa‘e’: Errada. Também é vedada a existência de mais de uma unidade gestora de regime próprio em cada ente estatal. 360. (PROCURADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PGE/PE – CESPE – 2009) Assinale a opção correta acerca da organização e do funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos estados, do DF e dos municípios, dos militares dos estados e do DF. a) As alíquotas de contribuição dos servidores ativos dos estados, do DF e dos municípios para os respectivos regimes próprios de previdência social serão proporcionalmente inferiores às dos servidores titulares de cargos efetivos da União, devendo, ainda, ser observadas, no caso das contribuições sobre os proventos dos inativos e sobre as pensões, as mesmas alíquotas aplicadas às remunerações dos servidores em atividade do respectivo ente estatal. b) A União, os estados e o DF são responsáveis pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do respectivo regime próprio, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários, sendo certo que, em relação aos municípios, a responsabilidade cabe ao estado-membro em que estejam localizados. c) O servidor público titular de cargo efetivo da União, dos estados, do DF e dos municípios, exceto o militar dos estados e do DF, filiado a regime próprio de previdência social, quando cedido a órgão ou entidade de outro ente da Federação, com ou sem ônus para o cessionário, permanecerá vinculado ao regime de origem.

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d) A União, os estados, o DF e os municípios publicarão, até sessenta dias após o encerramento de cada trimestre, demonstrativo financeiro e orçamentário da receita e despesa previdenciárias acumuladas no exercício financeiro em curso. *e) A contribuição da União, dos estados, do DF e dos municípios, incluídas suas autarquias e fundações, aos regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro dessa contribuição. Comentário: Alternativa ‘a’: Errada. As contribuições previdenciárias dos servidores ativos dos municípios, Distrito Federal e estados serão, ao menos, iguais a dos servidores ativos da União Federal. Os inativos recolherão, em regra, 11% sobre o valor que superar o teto do regime geral de previdência social. Alternativa ‘b’: Errada. Cada ente federativo, inclusive o município, é responsável pelo pagamento dos benefícios, em caso de déficit orçamentário do plano. Lei nº 9717/98 – Artigo 1º A (...) §1º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são responsáveis pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do respectivo regime próprio, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários. Alternativa ‘c’: Errada. A regra citada se aplica, inclusive, para o militar dos estados e do Distrito Federal (Lei nº 9717/98 – artigo 1º-A). Alternativa ‘d’: Errada. O prazo legal é de trinta dias e não de sessenta. Alternativa ‘e’: Correta. A título de exemplo, a União Federal optou por recolher 22% sobre o salário-de-contribuição de cada um de seus servidores (Lei nº 9717/98 – artigo 2º). (PROCURADOR DO ESTADO DE ALAGOAS – PGE/AL – CESPE – 2009) 378. Após lenta evolução do sentimento de responsabilidade social pelo infortúnio alheio, e em face das preocupantes convulsões que afetavam o tecido social, o Estado restou obrigado a abandonar a postura de mero espectador da atividade econômica e social, com o objetivo de restabelecer um equilíbrio mínimo nas relações sociais. Essa situação é realizada mediante a edição de leis que alteram a disciplina geral do direito privado, reduzindo o espaço até então ilimitado da autonomia da vontade, e pela instituição de políticas de inclusão social, as quais geram obrigações jurídicas para o Estado

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no atendimento aos mais necessitados. Surgiu o estado de bem-estar social ou welfare state, que, propiciando uma integração mais efetiva entre o Estado e a sociedade, acabou com o predomínio do direito privado. Em um contexto no qual o trabalho é a pedra angular da ordem social, exsurgiu a seguridade social como elemento de relevância nuclear para o desenvolvimento e a manutenção da dignidade da pessoa humana, sendo-lhe atribuída a tarefa hercúlea — ideal quase inatingível, mas que deve ser incessantemente perseguido — de garantir a todos um mínimo de bem-estar nas situações geradoras de necessidade social. Daniel Machado da Rocha, José Paulo Baltazer Júnior e Andrei Ptten Velloso. Comentários à lei do custeio da seguridade social. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2005, p. 23-4 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial, assinale a opção incorreta. a) A formação de um sistema de proteção social no Brasil, a exemplo do que se verificou na Europa, se deu por um lento processo de reconhecimento da necessidade de que o Estado intervenha para suprir deficiências da liberdade absoluta — postulado fundamental do liberalismo clássico —, partindo do assistencialismo para o seguro social, e deste para a formação da seguridade social. Comentário: Correta. Não há dúvidas que o sistema de seguridade social, em nosso país, decorre de lenta construção que se inicia na assistência social, privada e depois pública, passando pelo seguro social a partir das primeiras normas protetivas até alcançarmos o atual patamar instituído pela Constituição de 1988, que delineou um amplo sistema de proteção social que coordena as ações de três subsistemas: a previdência social, a assistência social e a saúde. b) O Brasil só veio a conhecer verdadeiras regras de caráter geral em matéria de previdência social no século XX. Antes, apesar de haver previsão constitucional a respeito do tema, apenas em diplomas isolados aparecia alguma forma de proteção contra infortúnios. Comentário: Correta. Antes das primeiras décadas do século XX, o Brasil possuía economia primordialmente fundada na agricultura e pecuária, motivo pelo qual somente com a substituição do trabalho escravo pela mão de obra livre européia, iniciará o processo de industrialização em nosso país e, por conseqüência, as demandas pela institucionalização do seguro social. Todavia, antes do século XX, nosso país conheceu experiências localizadas de assistência privada, como a fundação, em 1543, da primeira Santa Casa de Misericórdia.

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No âmbito legislativo, vale citar a Constituição de 1824. Previa 'socorros públicos', ou seja, assistência social pública para os indigentes e casas de trabalho para os desempregados. A Carta Política de 1891 instituiu aposentadoria por invalidez decorrente de acidentes oriundos do trabalho, para os funcionários públicos. Previu, também, uma pensão vitalícia para D. Pedro II. As primeiras normas que abordam de forma mais detalhada o tema são a primeira lei de acidentes do trabalho, em 1919 e a Lei Eloy Chaves, em 1923. *c) A doutrina majoritária considera como marco inicial da previdência social brasileira a publicação do Decreto Legislativo n.º 4.682/1923, mais conhecido como Lei Eloy Chaves, que criou as caixas de aposentadoria e pensões nas empresas de estradas de ferro existentes, sistema mantido e administrado pelo Estado, sendo certo que, antes da referida norma, não havia no Brasil diploma legislativo instituidor de aposentadorias e pensões. Comentário: Incorreto. A primeira legislação propriamente previdenciária, Decreto nº 4.682, foi promulgada em 1923, fruto do projeto do Deputado Eloy Chaves. Abrangia todos os empregados de estradas de ferro do país. Esses trabalhadores foram privilegiados em face de sua importância, à época, pois o transporte de mercadorias, praticamente, era restrito às ferrovias. Criou a primeira Caixa de Aposentadorias e Pensões abrangendo as seguintes prestações: aposentadoria por invalidez, por tempo de serviço, pensão por morte e assistência médica. Ainda na década de 20, outras categorias foram abarcadas pelos benefícios da Lei Eloy Chaves, entre elas os portuários e marítimos em 1926 e os trabalhadores das empresas de telégrafos em 1928. Nessa fase inicial do seguro social no Brasil, vale destacar, o sistema fundamentava-se na criação de caixas de aposentadorias e pensões estruturadas por empresa. A proposição está incorreta pois, conforme exposto na mesma questão, a própria Constituição de 1891 previa, de forma bastante incipiente é verdade, a concessão de aposentadoria e pensão. d) A Constituição de 1934 foi a primeira a estabelecer, em texto constitucional, a forma tripartite de custeio: contribuição dos trabalhadores, dos empregadores e do poder público. Comentário: Correta. O artigo 121 da Constituição de 1934 era explícito sobre a tríplice contribuição. Artigo 121: A lei promoverá o amparo da produção e estabelecerá as condições do trabalho, na cidade e nos campos, tendo em vista a proteção social do trabalhador e os interesses econômicos do País. (...) h) assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, assegurando a esta descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e instituição de previdência, mediante contribuição

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igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da maternidade e nos casos de acidentes de trabalho ou de morte. e) O RGPS, nos temos da CF atual, não abriga a totalidade da população economicamente ativa, mas somente aqueles que, mediante contribuição e nos termos da lei, fizerem jus aos benefícios, não sendo abrangidos por outros regimes específicos de seguro social. Comentário: Correta. O sistema do regime geral de previdência social é uma espécie de seguro social, no qual os segurados fazem contribuições ao longo dos anos e, em face da ocorrência do fato gerador de benefício previsto em lei, terá direito à concessão de benefício. Portanto, não se trata de um sistema de natureza assistencialista e, por esse motivo, não abrange a toda a população economicamente ativa. Bibliografia 1. CHIMENTI, Ricardo Cunha e outros. Curso de direito constitucional. 4ª ed. Saraiva, São Paulo, 2007. 2. DUARTE, Marina Vasques. Direito Previdenciário. 7ª ed. Verbo jurídico, Porto Alegre, 2010 3. FREITAS, Wladimir Passos de et al. Direito previdenciário - aspectos materiais, processuais e penais. 2ª ed. Livraria do Advogado, Porto Alegre, 1999. 4. GONÇALVES CORREIA, Marcus Orione & BARCHA CORREIA, Érica Paula. Curso de direito da seguridade social. 3ª ed. Saraiva, São Paulo, 2007. 5. HORVARTH JÚNIOR, Miguel. Direito previdenciário. 3ª ed. Quartier Latin, São Paulo, 2003 6. IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de direito previdenciário. 15ª ed. Impetus, Niterói, 2008 7. LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 14ª ed. Saraiva, São Paulo, 2010 8. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da seguridade social. 13ª ed. Atlas, São Paulo, 2000. 9. NASCIMENTO, Sérgio. Interpretação do direito previdenciário. 1ª ed. Quartier Latin, São Paulo, 2007

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10. PEREIRA DE CASTRO, Carlos Alberto & LAZZARI, João Batista. Manual de direito previdenciário. 10ª ed. Conceito Editorial , Florianópolis, 2008 11. PULINO, Daniel. Aposentadoria por invalidez no direito positivo brasileiro. 1ª ed. Ltr, São Paulo, 2001. 12. SANTOS, Marisa Ferreira. Direito Previdenciário. 1ªed. Saraiva, São Paulo, 2005. 13. TAVARES, Marcelo Leonardo e outros. Comentário à reforma da previdência. 2ª ed. Impetus, Rio de Janeiro, 2004. 14. UGATTI. Uendel Domingues. O princípio constitucional da contrapartida na seguridade social. 1ª ed. Ltr, São Paulo, 2003.