queimada viva
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Queimada VivaSouad
Trabalho realizado por:
Tânia Plácido, 11º I
Índice
Introdução Passagens do livro Conclusão
IntroduçãoSouad era uma rapariga à qual foi incutida a doutrina Árabe. Esta,
como todas as outras mulheres, era mal tratada, espancada, abusada sem qualquer direito de resposta. Como qualquer mulher, Souad apaixonou-se e como consequência disso ficou grávida. Uma
gravidez que veio contestar todos os costumes. Como consequência a família jurou vingança pela sua honra. O cunhado, a mando dos pais, tenta queimá-la e, para sua infelicidade, não a
consegue matar.
Uma organização tenta salvá-la trazendo-a para a Europa, o que se
conseguia mais tarde.
Passagens do livro
"Sou uma rapariga, e uma rapariga … não deve erguer o olhar nem desviá-lo para a direita ou para a esquerda enquanto caminha, porque se
os seus olhos se cruzam com os de um homem, toda a aldeia lhe chamará charmuta."
"Uma rapariga tem de estar casada para poder olhar em
frente, entrar na loja do comerciante, depilar-se ou
usar jóias. Quando uma rapariga ainda não casou, a
partir dos catorze anos, como a minha mãe, a aldeia começa
a troçar dela. Mas, para poder casar, uma rapariga
tem de esperar pela sua vez na família. Primeiro a mais velha e depois as outras."
"…o único sonho de liberdade é o casamento. Abandonar a casa do pai em troca da casa do marido e não voltar nunca mais, mesmo que
seja espancada. Quando uma rapariga casada regressa à casa do pai é uma infâmia… e é dever da família levá-la de novo para o lar.
"Agarra-me pelos cabelos e arrasta-me pelo chão… bate-me enquanto estou de joelhos,
puxa-me pela trança como se a quisesse arrancar e corta-a com as enormes tesouras
da tosquia… gritar ou suplicar… só servirá para receber ainda mais pontapés…"
"O meu pai era o rei, o senhor todo-poderoso, aquele que possui, que decide, que bate e nos tortura… as suas mulheres fechadas, a quem trata pior que ao gado…
…o açúcar é precioso e caro, sei que se deixar cair uns grãos no chão, serei espancada…"
"Vejo a minha mãe deitada no chão em cima de uma pele de carneiro. Está a parir e a minha tia Salima está ao pé dela… Ouço gritos, os da minha mãe e os do bebé, e de repente a
minha mãe pega na pele de carneiro e sufoca o bebé… vejo o bebé agitar-se debaixo da coberta e depois acabou. Não sei o que se
passa em seguida… é só isso um medo terrível entorpece-me. Era uma menina que a minha
mãe sufocava à nascença."
"A minha mãe é espancada muitas vezes como nós… às
vezes tentava defender-nos quando ele batia com
demasiada violência e então ele agredia-a, atirava-a ao
chão, arrastava-a pelos cabelos… a nossa vida
quotidiana era uma morte possível, dia após dia…"
"…na minha aldeia nascer rapariga é maldição…"
Conclusão
Este tipo de leitura choca muito quem não conhece a cultura muçulmana. Durante todo o livro, o leitor fica preso às barbaridades a que as mulheres são sujeitas durante toda a sua
vida. Apesar de ser um livro chocante, é importante conhecermos culturas diferentes
das nossas.
FIM