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Qualificação da Entrada de Beneficiários em Planos de Saúde: Doenças ou Lesões Preexistentes Câmara Técnica – 4ª Reunião Diretoria de Normas e Habilitação de Produtos Gerência Geral de Estrutura e Operação de Produtos

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Qualificação da Entrada de Beneficiários em Planos de Saúde:  Doenças ou Lesões

Preexistentes

Câmara Técnica – 4ª Reunião

Diretoria de Normas e Habilitação de ProdutosGerência Geral de Estrutura e Operação de Produtos

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1ª parte:

Principais Cenários de Discussão

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CARACTERÍSTICAS DOS CENÁRIOS 1 E 2

CENÁRIO 1 CENÁRIO 2

1.  Planos individuais ou familiares:  consumidor solicita à OPERADORA a contratação do plano de saúde →  Operadora agendará a Entrevista Qualificada (EQ) e entregará um protocolo de atendimento ao consumidor.

Planos coletivos: após a assinatura do  contrato  entre  as  partes contratantes,  a  pessoa  física vinculada à PJ é orientada a entrar em contato com a pessoa jurídica ou administradora de benefícios para o agendamento da EQ.

1.  Consumidor assina a proposta de adesão (individuais  ou  familiares  e coletivos),  tendo  a  operadora  10 dias (planos individuais ou familiares) ou até 30 dias (coletivos) para  agendar  e realizar a Entrevista Qualificada (EQ).

2. Na assinatura da proposta de adesão, serão  indicados  ao  beneficiário  no mínimo 3 datas, locais e horários para realização da EQ, devendo pelo menos uma delas ser no mesmo MUNICÍPIO onde foi assinada a proposta de adesão.

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CARACTERÍSTICAS DOS CENÁRIOS 1 E 2

CENÁRIO 1 CENÁRIO 23.  A EQ deverá  ser  realizada:  a)  no prazo de 10  dias  a  partir  do recebimento  da  solicitação  do consumidor  (individuais) ou  em  até 30 dias  a  partir  da  solicitação  do pessoa  vinculada  à  PJ  contratante (coletivos);  e  b)  no  MUNICÍPIO designado  pela  operadora onde o produto está sendo comercializado.

4.  No  comparecimento  para  a  EQ,  o consumidor  pode  ser  encaminhado para a entrevista (receberá  a  Carta de  Orientação  para  Entrevista Qualificada)  ou dispensado da sua realização (receberá o Documento de Dispensa da Entrevista Qualificada

3.  Para os beneficiários dispensados da EQ: a)  planos individuais ou familiares →  o contrato entrará em vigor no 10º dia após a assinatura  da  proposta  de  adesão  sem imposição de CPT; ou b) planos coletivos → a adesão com o início das coberturas assistenciais terá início no máximo no 30º dia após a assinatura da proposta de adesão, sem imposição de CPT.

4.  Se  a EQ não for realizada nos  planos individuais por: a)  não comparecimento do beneficiário → assinatura de nova proposta de adesão; b) responsabilidade da operadora → o contrato entrará em vigor sem alegação de DLP.

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CARACTERÍSTICAS DOS CENÁRIOS 1 E 2

CENÁRIO 1 CENÁRIO 25.  Realizada  a  EQ,  o  consumidor poderá  assinar  a  proposta  de adesão  com ou sem imposição de CPT,  dando  início à vigência do contrato (planos individuais ou familiares) ou  à cobertura assistencial (planos coletivos). Neste  momento,  o  beneficiário receberá  o  Termo de Ciência do Plano de Saúde.

5.  Nos  planos  coletivos, a  operadora  ou  o beneficiário  somente poderá remarcar a EQ uma única vez,  o  que  poderá  ocorrer  em até 48 horas antes da data agendada, ou no prazo máximo de 5 dias após a EQ não realizada.

6.  Após  os  prazos,  tem  início a vigência do contrato (planos individuais ou familiares – 10 dias) ou  a  cobertura assistencial (planos coletivos – 30 dias), com ou sem imposição de CPT. Neste momento, o beneficiário receberá o Termo de Ciência do Plano de Saúde.

7. Os beneficiários podem desistir do contrato no prazo de 10 dias (individuais ou familiares) ou em até 30 dias (planos coletivos) a partir da assinatura da proposta de adesão.

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CARACTERÍSTICAS DOS CENÁRIOS 1 E 2

DURANTE A REALIZAÇÃO DA EQ

É  facultado ao beneficiário levar exames anteriores  para  a  EQ,  sendo vedado à operadora exigi-los para a realização da entrevista.

Ao final da EQ será assinada pelo beneficiário e pelo profissional de saúde a Declaração de Conhecimento de Doença ou Lesão Preexistente, onde serão informadas, se houver, as doenças ou lesões que o beneficiário relatou ter conhecimento.

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2ª parte:

Contribuições Recebidas

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CONTRIBUIÇÕES

• ENTIDADES QUE ENVIARAM CONTRIBUIÇÕES:

• ABRAMGE (Associação Brasileira de Medicina de Grupo)• ABRASO (Associação Brasileira de Ostomizados)• ANAB (Associação Nacional das Administradoras de Benefícios)• PROTESTE (Proteste Associação de Consumidores)• SENACON (Secretaria Nacional do Consumidor)• SINOG (Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo)• UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde) • UNIMED DO BRASIL – CONF. NACIONAL DAS COOPERATIVAS MÉDICAS• UNIMED-RIO COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO DO RIO DE JANEIRO

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CONTRIBUIÇÕES – Cenário 1

ABRAMGE/SINOG/UNIMED DO BRASILAumento da burocratização e custo do processo de ingresso do beneficiário → exige uma etapa adicionada ao início do processo, onde o beneficiário deverá entrar em contato com a Operadora indicando seu interesse no plano,  para  posteriormente, depois  de  tomadas  diversas  medidas  pela  Operadora,  o  beneficiário  vir  a  ser convocado para assinar a efetiva proposta de adesão ao plano. Aumento do custo da operadora  devido  à  necessidade  de  disponibilização  de  médicos,  antes  mesmo  do ingresso do beneficiário. 

“Incompatibilidade material desse processo com alguns dos principais formatos de venda de planos de saúde, tal como a venda por meio de corretores  →  já  que  o primeiro contato do interessado deverá ser diretamente na Operadora que deverá agendar  data  para  o  beneficiário  comparecer  a  EQ  para,  somente  após  a  EQ,  o beneficiário ser convocado para assinar a efetiva proposta de adesão”. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Cenários 1 e 2

Cenários 1 e 2 - UNIMED DO BRASILObrigatoriedade de realização da Entrevista Qualificada → “A  opção  de  se  fazê-la,  ou não,  deve  ser  uma  opção do consumidor, sob  pena  de  burocratização  do  processo  e aumento do custo inicial da operadora”. 

Cenários 1 e 2 - SINOG Falta de detalhamento desse cenário para as Operadoras exclusivamente odontológicas →  incompatibilidade  desse  cenário  com  essas  Operadoras,  que  por  não  aplicarem  as regras relacionadas a DLP, também não exigem entrevista qualificada.

Cenário 2 - ABRAMGEMarcação da EQ →  a Operadora ao receber a proposta de adesão do beneficiário deveria contatá-lo para agendar a EQ, ofertando os 03 locais, datas e horários disponíveis para realização da EQ dentro do prazo estabelecido para início da vigência do contrato. 

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CONTRIBUIÇÕES – Cenário 2

 UNIMED RIO

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CONTRIBUIÇÕES – Cenário 2

1. Assinatura da proposta de adesão com preenchimento da Declaração de Saúde;2.  Identificação de beneficiários a serem convocados para a EQ → possibilidade de realização da EQ pela Operadora e da DS preenchida pelo beneficiário:a) Beneficiário dispensado da EQ: a. 1) Aplicação de CPT baseada na DS com indicação de DLP → Início da vigência do contrato/inclusão do beneficiário (com aplicação de CPT) em até 30 dias; a.2) Não aplicação de CPT baseada na DS sem indicação de DLP → Início da vigência do contrato/inclusão do beneficiário (sem aplicação de CPT) em até 30 dias;b) Beneficiário encaminhado para a EQ:b.1)  Realização da EQ →  Aplicação de CPT baseada na DLP informada pelo beneficiário após EQ →  Início da vigência do contrato/inclusão do beneficiário  (com aplicação de CPT) em até 30 dias OU Não aplicação de CPT por não informação de DLP pelo beneficiário após EQ  →  Início  da  vigência  do  contrato/inclusão  do beneficiário (sem aplicação de CPT) em até 30 dias .b.2) Não Realização da EQ → Necessária assinatura de nova proposta de adesão.

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CONTRIBUIÇÕES – Lapso temporal prévio à vigência do contrato ou à inclusão do beneficiário no planoABRAMGE/SINOG – prazo de 10 dias “... estabelecido para planos individuais é muito 

exíguo,  não  sendo  suficiente  para  realização  de  todo  o  fluxo  proposto  e  necessário para qualificar o  ingresso do beneficiário no plano” → necessário fixar ao menos um prazo máximo de 30 dias, deixando a critério das Operadoras fixarem prazos inferiores caso possível.

ABRASO – “... recomendamos no máximo de 15 dias e no mínimo de 7 dias.” 

ANAB –  “...  deve-se  prever  um prazo de, pelo menos, 30 (trinta) dias contados da assinatura da proposta, para  início de vigência do plano, caso seja contratado” para análise e verificação da documentação de elegibilidade do proponente, cadastramento do beneficiário junto à operadora. (...) deve constar claramente na proposta de adesão a data de início de vigência do plano”. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Lapso temporal prévio à vigência do contrato ou à inclusão do beneficiário no plano

PROTESTE -  “... não há de se admitir os prazos propostos de 20, 30, 45, 60 dias para o lapso  temporal  prévio  à  vigência  do  contrato,  sob  pena  de  dificultar ainda mais o acesso aos consumidores a este serviço de caráter público”. 

SENACON – “Entende-se pertinente o estabelecimento de regras e prazos únicos para realização do processo de ingresso do consumidor no plano de saúde,  evitando-se novas e  injustificadas diferenciações de  tratamento entre planos de  saúde → “prazo único de 20 (vinte) dias, a partir do qual a Operadora analisará a Declaração de Saúde e decidirá pelo encaminhamento, ou não, do consumidor para a Entrevista Qualificada”.  A)  Não encaminhamento para EQ → o contrato restará implantado, com sua vigência iniciada, a  partir  da  decisão  tomada  pela  Operadora,  a  qual  não poderá exceder ao prazo estabelecido. B) Encaminhamento para EQ → a Operadora terá o mesmo prazo de 20 (vinte) dias para agendamento e realização da EQ.

O pagamento da primeira mensalidade deverá ocorrer SOMENTE a partir da vigência contratual. 

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CONTRIBUIÇÕES – Lapso temporal prévio à vigência do contrato ou à inclusão do beneficiário no planoUNIDAS –  “...  um  prazo  razoável  para  a  adesão  do  beneficiário  ao  plano  de  saúde, 

objetivando  o  correto preenchimento da Declaração de Saúde, realização de eventual perícia médica, esclarecimento de dúvidas sobre o funcionamento do plano e atividades correlatas; (...) de, no máximo, 60 (sessenta) dias”. 

UNIMED DO BRASIL –    “...  ser  fundamental  a  existência  de  um  prazo,  entre a assinatura da proposta contratual e o inicio de vigência contratual,  para  que  seja avaliada a existência de doenças e  lesões preexistentes,  ... a emissão de carteiras de atendimento, eventuais inclusões do beneficiário em programas de promoção à saúde e prevenção de doenças, entre outras questões entre outros esclarecimentos; ... de 30 dias”. 

UNIMED RIO – “O lapso temporal (tempo decorrido entre a assinatura da proposta de adesão e o  início da vigência do contrato/inclusão do beneficiário) deverá ser de até 30 dias para todos os Planos”. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Lapso temporal prévio à vigência do contrato ou à inclusão do beneficiário no plano de saúde nos casos de impossibilidade de alegação de DLP pela operadora ABRAMGE/SINOG-  Em  relação  a  ambos  Cenários  1  e  2,  “...  o  fluxo  apresentado  não levou em consideração os casos de total inexistência de discussão sobre DLP, como atualmente ocorre  em  planos odontológicos e coletivos empresariais para mais de 30 beneficiários quando o ingresso ocorre no ato da contratação ou em até 30 dias do vínculo.  (...)  embora não ocorra a marcação de EQ,  o  lapso temporal entre a manifestação do interesse do beneficiário em ingressar no plano e a sua vigência, é de fundamental importância para a qualificação do primeiro contato do beneficiário com a Operadora e da preparação das necessidades administrativas inerentes ao ingresso”.

UNIMED DO BRASIL“Também devem estar presentes os casos, já previstos na RN nº 195/09, em que a declaração de saúde sequer pode ser realizada  em contratos  coletivos empresariais e/ou adesão”. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Declaração de Saúde

1  –  Não condicionar o preenchimento da Declaração de Saúde à realização da Entrevista Qualificada ANAB “... as  informações da declaração de saúde podem, por exemplo, ser utilizadas para realização e desenvolvimento de programas de promoção à saúde e prevenção de doenças da população assistida.-  Caso  seja  dispensado o preenchimento da declaração de saúde nas  hipóteses  de não realização de entrevista qualificada:  a) perde-se a oportunidade de se investir em ações com foco na promoção da saúde e manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato”;  b)“...  criaria  uma  espécie  de  mecanismo de regulação obrigatório e oneroso, na medida em que a operadora teria que submeter todos os consumidores a esta etapa  ou,  ainda,  uma  situação  anti-seletiva  de  análise  de proposta com base exclusivamente na faixa etária do proponente”.- “Obrigá-los a realizar a entrevista qualificada para obtenção da declaração de saúde e  contratação do plano,  torna o processo moroso, burocrático e de elevado custo” (grifamos)- Preenchimento da DS para todos → DS positivada → Encaminhamento para EQ

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CONTRIBUIÇÕES – Declaração de Saúde

UNIMED DO BRASIL – “No preenchimento da declaração de saúde e após a leitura da Carta de Orientação ao Beneficiário,  se o beneficiário optar pela Entrevista Qualificada,  ele  terá  o  direito de ser orientado por médico da operadora.  É  uma opção dele,  (...)  e  a operadora deve garantir a Entrevista Qualificada com o profissional caso seja essa sua opção”.  A  operadora  não pode, contudo, obrigar o beneficiário a passar por Entrevista Qualificada se essa não for sua opção, sob pena de caracterização de constrangimento ilegal”. 

2  –  Obrigar o preenchimento da Declaração de Saúde (DS) para identificação dos beneficiários convocados ou isentados da entrevista médica qualificada (EQ)UNIMED RIO –  “No momento da assinatura da proposta de adesão todos os beneficiários deverão obrigatoriamente preencher a Declaração de Saúde (DS) que servirá de base para a convocação para Entrevista médica qualificada (EQ). (...)  o beneficiário deverá ser obrigatoriamente orientado pelo corretor da necessidade de informar em sua Declaração de Saúde (DS): a) as doenças que sabe ser portador assim como de seus beneficiários; e b) o seu peso e altura assim como de seus beneficiários.

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CONTRIBUIÇÕES – Declaração de Saúde

SENACON – “No momento da solicitação de ingresso no plano de saúde, o consumidor preenche  a  Declaração de Saúde. Nesse  sentido,  será a partir das informações constantes nesse documento que a Operadora poderá fazer uma breve análise se encaminhará o interessado para a realização da Entrevista Qualificada ou irá dispensá-lo de realizá-la, implantando o contrato, sem nenhuma possibilidade de alegação posterior de DLP”. (grifamos)

3 – Não padronizar a Declaração de Saúde UNIDAS –  “não  se  faz  mister  que  aludida  declaração  seja  padronizada  pela  ANS, ressalvando,  porém,  os cuidados e as cautelas que deverão ser exigidas no seu preenchimento constem da regulamentação da ANS;”

SENACON – “Considerando  que,  de  acordo  com  as  informações  prestadas  nesse documento,  a  Operadora  fará  a  sua  análise  inicial,  é pertinente que a Operadora elabore as perguntas da Declaração de Saúde de forma que através da análise desse documento, consiga identificar possíveis doenças ou lesões preexistentes”.

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CONTRIBUIÇÕES – Declaração de Saúde

4 – Disponibilizar o formulário da declaração de saúde para preenchimento por meio eletrônico ANAB – “Como alternativa para agilizar o processo de contratação de plano de saúde coletivo, sem perder de vista os aspectos normativos, propõe-se que o formulário da declaração de saúde seja disponibilizado e preenchido por meio eletrônico”. 

5 – Possibilitar a previsão de questionamentos sobre hábitos de vida, costumes e uso de medicamentosABRAMGE – “Ampliação  do  escopo  do  formulário  de  declaração  de  saúde  no  que tange  a  possibilitar questionamentos sobre hábitos de vida, sintomas ou uso de medicamentos,  pois  independente  de  identificação  de  DLP  também  tem  papel fundamental para as politicas de PROMOPREV”; ANAB –  “Que  o  profissional  de  saúde  possa formular perguntas sobre hábitos de vida, sintomas, uso de medicamentos, altura e peso,  revogando-se,  para  tanto,  o Artigo 10 da RN 162/2007” (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Declaração de Saúde

PROTESTE –  “ferem  o  inciso  X  do  artigo  5º  da  Constituição,  que  define  como invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas. Para evitar questionamentos como estes, deveria então a ANS padronizar a Declaração de Saúde”;SENACON –  “...  são razoáveis questionamentos quanto  ao  uso regular de medicamentos, se o interessado já foi submetido a alguma cirurgia, esteve internado e se tem conhecimento sobre estar com algum problema de saúde ou ser portador de alguma doença; ... entretanto, não parece razoável que sejam incorporadas, nesse documento, perguntas relacionadas a hábitos de vida, sintomas ou uso de medicamentos eventuais, sob  pena  de  que  eventuais  riscos,  ao  qual  o  consumidor esteja  submetido  sejam  interpretados  como  indícios  de  alguma  patologia  da  qual  o consumidor  não  seja,  comprovadamente,  portador,  naquele  momento  da  adesão contratual.UNIDAS –  “...  devem ser permitidos os questionamentos sobre hábitos de vida, sintomas ou uso de medicamentos na Declaração de Saúde,  até  mesmo  para eventual oferecimento de programas de promoção da saúde ou prevenção de doenças”;

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CONTRIBUIÇÕES – Declaração de Saúde

UNIMED DO BRASIL – “Sim, sem dúvida. Até porque a maior parte dos beneficiários não possui conhecimento técnico necessário para identificar doenças e lesões preexistentes.  Além  disso,  determinados hábitos de vida podem acarretar o surgimento de doenças que o beneficiário ainda não diagnosticou, até por não ter o conhecimento técnico para tanto. O cliente não é médico para fazer diagnóstico, mas muitas vezes possui sintomas e sinais importantes que são característicos de doenças. Por exemplo, tosse crônica, febre vespertina e emagrecimento, sugestivos de Tuberculose Pulmonar”. 

-  “Também deve haver previsão legal da possibilidade de constar na declaração de saúde peso e altura, com o objetivo de calcular o IMC – Índice de Massa Corporal” (grifamos) 

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CONTRIBUIÇÕES – Entrevista Qualificada

1 - Agendamento da EQ somente nas hipóteses de declaração de saúde positivadasANAB –  “Superada  a  desvinculação  da  Declaração  de  Saúde  somente  quando  da realização da entrevista qualificada, entendemos que nas hipóteses de declaração de saúde positivadas,  o  agendamento  da  entrevista  qualificada  seja  feito  mediante contato com o consumidor”.

2 – Remarcação da EQSENACON –  “O  consumidor  somente  poderá  remarcar  a  EQ  uma  única  vez,  o  que poderá ocorrer em até 48 horas antes da data agendada”.

3  –  Possibilidade de realização da EQ em local diverso, mediante acordo entre as partesSENACON - Na assinatura da proposta de adesão, serão  indicados ao beneficiário no mínimo 3 datas, locais e horários para realização da EQ, a qual deverá ser realizada no mesmo MUNICÍPIO onde  foi assinada a proposta de adesão, salvo acordo celebrado entre as partes para que a EQ ocorra em outro local. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Entrevista Qualificada

4 – Impossibilidade de inclusão no plano nos casos de recusa do consumidor em se submeter à EQANAB –  “...  Que  na  hipótese  do  consumidor  recusar-se  a  realizar  a  entrevista qualificada possa ser negada sua inclusão no plano”;UNIDAS -  “... eventual recusa do beneficiário seria motivo para a não aceitação de sua adesão ou de sua exclusão do plano de saúde”; UNIMED DO BRASIL – “... deve ser tratado como um direito do beneficiário realizar ou não  a  entrevista  qualificada” → A  recusa do beneficiário em se submeter à perícia deve ser tratada como presunção de culpa/má-fé, podendo a operadora recusar o seu ingresso no plano de saúde. Vale lembrar que nenhuma operadora realiza perícia em todas  as  inclusões,  até mesmos pelos  custos  inerentes.  Ela  somente é realizada em casos de dúvidas.-  Pode o beneficiário indicar um perito assistente para  acompanhar  a  perícia  e em caso de dúvida um terceiro perito escolhido de comum acordo entre as partes. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Entrevista Qualificada

5 – Possibilidade de realização da EQ via gravação telefônicaANAB – “... Que a entrevista qualificada deverá ser realizada com a participação de profissional da  saúde,  mediante atendimento pessoal ou por telefonema gravado,  garantindo-se  a segurança  da  informação  cria-se  uma  alternativa razoável para os consumidores idosos ou com dificuldade de locomoção”. 

UNIMED RIO – “Regulamentação da  realização da Entrevista médica qualificada por  telefone com  seu conteúdo obrigatoriamente gravado para os beneficiários impossibilitados de realizar entrevista médica presencial”→ Deverá ser enviada para o beneficiário titular a nova Declaração de Saúde preenchida de acordo com as informações passadas pelo próprio, por via telefônica gravada, em duas vias, para que date e assine,  sendo 01 via devolvida para a operadora e a outra permaneça em seu poder → as vias deverão ser assinadas e carimbadas pelo médico que realizou a EQ. O recebimento pela Operadora da nova Declaração de Saúde finalizará o processo de inclusão do beneficiário →  Deverá  ser  viabilizado um canal para envio da gravação, caso necessário, para provar a declaração do beneficiário. (grifamos)

 

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CONTRIBUIÇÕES – Entrevista Qualificada

6 - Possibilidade do beneficiário levar exames anteriores para a EQABRAMGE - a Operadora não está vinculada a esses exames podendo, a seu critério, realizar outros exames ou testes que julgar necessários para  a  identificação  de  DLP,  sempre observando o prazo para início da vigência do ingresso do beneficiário no plano.UNIMED DO BRASIL – “... deve estar prevista na legislação a possibilidade da operadora exigir a apresentação de exames prévios e recentes (defasagem de no máximo um mês) ou invés da realização da perícia (desde  que  os  exames  fossem  os  mesmos  que  eventualmente  seriam solicitados na perícia). 

7 – Assinatura da Declaração de Conhecimento de Doença ou Lesão Preexistente no final do processo de períciaABRAMGE – nos casos em que for necessária a realização de outros exames ou testes com o beneficiário (perícia) → tal declaração será assinada ao final do processo de perícia, antes do início da vigência do beneficiário no plano.  (grifamos)

 

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CONTRIBUIÇÕES – Entrevista Qualificada

8 - Desconhecimento ou discordância do consumidor em relação à DLP alegada pelo representante da OperadoraPROTESTE - Como será resolvido este impasse? (grifamos)SENACON – “... em caso de a Operadora decidir sob a possibilidade de imputação de eventual  DLP  e  não  tiver  a  concordância  do  interessado,  devem ser criados mecanismos de proteção,  a  fim  de  salvaguardar  a  possibilidade  de  ingresso  do consumidor no plano de saúde” → “É necessário proteger o consumidor de possíveis condutas abusivas quando da sua adesão contratual, a fim de que o beneficiário não seja forçado a aceitar uma DLP para ter o seu direito de ingresso no plano garantido.- Por solicitação do beneficiário → a criação de uma Junta Médica, para dissolução do impasse, a qual deverá ser agendada e realizada, no prazo máximo de 10 (dez) dias, a partir da solicitação. A Junta Médica será realizada às custas da Operadora e deverá contar com a participação de três médicos especialistas, sendo um escolhido (ou aceito) pelo próprio consumidor.

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CONTRIBUIÇÕES – Entrevista Qualificada

9. Orientar o consumidor sobre a necessidade de cumprimento da CPT após a EQ ANAB – “Que após o resultado da entrevista qualificada o consumidor seja orientado sobre a necessidade de cumprimento de Cobertura Parcial Temporária – CPT para que possa decidir sobre a contratação do plano”. 

10. Aplicação de CPT para o beneficiário isentado da (EQ)UNIMED RIO – “Os beneficiários que não forem convocados para Entrevista médica qualificada terão seu contrato implantado com ou sem CPT de acordo com as informações contidas na Declaração de Saúde preenchida no momento da assinatura da  proposta  de  adesão”  →“Caso  o  beneficiário  isentado  do  comparecimento  a Entrevista  médica  qualificada  (EQ):  a)  informe claramente ser portador de alguma doença...terá CPT aplicada exclusivamente para a doença declarada”, ou  b)  não informe qualquer doença em sua Declaração de Saúde terá seu contrato implantado sem CPT para qualquer doença já  que  negou  em  sua  Declaração  de  Saúde  ser conhecedor de qualquer patologia preexistente”. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Fim da possibilidade de perícia

ABRAMGE – “a vedação da realização de perícia seria, além de uma grave violação aos princípios constitucionais pátrios, especialmente ao contraditório e a ampla defesa, um retrocesso na transparência e boa-fé na relação entre a Operadora e seus beneficiários, ainda um dificultador desarrazoado na identificação de DLP”, uma vez que a perícia:•é um  instrumento de auxílio na identificação de doenças e lesões preexistentes,  é um  facilitador  que  em  certos  casos  se  mostra  de  fundamental  importância  para  a identificação de determinada DLP.•é  também  um  meio de segurança para o próprio beneficiário,  por  ser  um instrumento mais técnico, é também mais preciso na identificação de eventual doença ou lesão que o beneficiário possua.

PROTESTE –  “...  tornar obrigatória a realização ou apresentação de exames prévios ....  práticas  que  ferem o inciso X do artigo 5º da Constituição,  que define como invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Fim da possibilidade de perícia

UNIDAS – “... a perícia é  ...  importante, não somente para verificar eventual doença ou lesão preexistente, mas também como meio orientador para o desenvolvimento de ações de prevenção de doenças e promoção da saúde;    ... ela não deve possuir um caráter absoluto, ou seja, eventual realização de perícia afastaria a possibilidade de futura apuração de fraude,  pois  ela  não tem como aferir todas as doenças e lesões existentes no momento da adesão;  ...  seria  totalmente  impraticável a realização de todos os exames conhecidos do estado da técnica no momento de eventual perícia; ... ela deve ter um valor relativo; ... que a perícia possa ser realizada a qualquer tempo, a critério da operadora, que arcará com os ônus decorrentes”.

UNIMED DO BRASIL –  “A  realização  da  perícia  é  fundamental na identificação de algumas doenças ou lesões que o beneficiário possua.  “...não é suficiente para identificar toda e qualquer doença ou lesão preexistente,  ...  ferramenta capital em algumas situações,  especialmente  em  casos onde o beneficiário assegura já ter se curado de alguma patologia que recente foi acometido;  ... a perícia não pode é ser obrigatória,  ...  pode  ser  utilizada  quando necessário esclarecimento de dúvidas”. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Termo de Ciência do Tipo de Contratação ABRAMGE/SINOGInclusão de um campo específico, bem delimitado, individualizado e claro na própria proposta de adesão →  evitar  o  aumento  da  burocratização  do  ingresso  dos beneficiários no plano, com o aumento de mais um documento obrigatório além dos vários já exigidos.

SENACON-  “As  operadoras  devem incrementar a qualificação da entrada do consumidor no plano de saúde, buscando a redução da assimetria de informações. Nesse sentido, é fundamental  qualificar o ato da venda ao consumidor que  manifesta  interesse  de ingresso em um plano de saúde”. -  “É  dever de quem oferta e direito do consumidor receber informações claras e completas quanto à modalidade de plano de saúde que lhe está sendo ofertada, se o consumidor  está ingressando em um contrato de plano de saúde de natureza individual/familiar ou de natureza coletiva, entre outras informações que se mostram essenciais nessa relação de consumo”. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Termo de Ciência do Tipo de Contratação - “Pela obrigatoriedade de observância ao direito à informação, é imprescindível que o consumidor  seja claramente notificado do tipo e características do contrato oferecido, a fim de verificar não apenas a sua elegibilidade para ingresso, no caso de planos coletivos; como, também, confirmar o seu interesse de ingresso em eventual plano de natureza coletiva...”- “... cabe tanto à Operadora (no caso de venda direta por consultor próprio), como ao corretor e, também, à Adm. de Benefícios cuidar  para  que  o consumidor seja devidamente cientificado das características do contrato que está aderindo, devendo a  informação  quanto a natureza do contrato constar em destaque na proposta de adesão ...”-  “...  é  essencial  que  o  consumidor  receba antecipadamente todas as informações vinculadas àquela relação contratual, e isso somente é possível com a entrega prévia do contrato, ou de uma cópia do contrato que está aderindo, além de um sumário ou extrato com as principais informações  e,  ainda,  com  uma  entrevista  informativa  e esclarecedora para ambas as partes”. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Processo Administrativo de Alegação de Omissão do Conhecimento Prévio de DLP1  -  Extinção do processo administrativo para comprovação da fraude/omissão do beneficiário no preenchimento da declaração de saúdeABRAMGE – “a prova relativa à fraude do beneficiário independe do processo junto a ANS,  o  processo  é  apenas  para  o  reconhecimento  administrativo  da  prova  já identificada pela Operadora, portanto, extinguindo-se o processo administrativo junto a ANS as Operadoras poderiam proceder a suspensão do atendimento ao beneficiário tão logo obtenham as provas da fraude” (grifamos) - art. 171 do Código Civil (anulabilidade dos negócios jurídicos quando decorrentes de vícios resultados de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude), ensejando a possibilidade de:   •rescisão unilateral do contrato de plano individual/familiar em função da ocorrência de fraude por parte dos beneficiários (art. 13, parágrafo único, II, da Lei 9656, de 1998)•exclusão unilateral de beneficiários em contratos coletivos devido à ocorrência de fraude, a exemplo do que já ocorre em fraudes não relacionadas a DLP (como quando um beneficiário empresta a  carteira a outra pessoa não beneficiária para usufruir da assistência).

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CONTRIBUIÇÕES – Processo Administrativo de Alegação de Omissão do Conhecimento Prévio de DLPPROTESTE - Concorda com a proposta da ANS de estabelecer o fim da possível alegação de fraude por omissão de DLP pela Operadora, a qualquer momento:  “ ... restou claramente demonstrado que as Operadoras se satisfazem apenas com o preenchimento da declaração de saúde e o pagamento das mensalidades pelo fato de, posteriormente, se utilizarem da negativa de cobertura para não atender de forma devida e integral o consumidor, fugindo assim da sua responsabilidade em provar o prévio conhecimento da doença e eventual má-fé no preenchimento de seus dados no momento da contratação, conforme preconiza a Lei 9.656/98”. -  se não devidamente comprovada a má-fé do consumidor pela Operadora, não há que se falar em fraude e eventual suspensão da cobertura ou rescisão unilateral do contrato (grifamos)-  Critica a visão “...  dos  representantes das Operadoras  na  3ª  Reunião  da  Câmara Técnica,  de  que com a extinção do processo administrativo, caso suponham que houve omissão de DLP por parte do consumidor, ainda que tenha passado pela entrevista qualificada, a assistência será automaticamente suspensa e o contrato rescindido unilateralmente (grifamos), alegando  que:

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CONTRIBUIÇÕES – Processo Administrativo de Alegação de Omissão do Conhecimento Prévio de DLP“Esta prática deve ser veemente proibida pela Agência, já que as Operadoras têm todo o aparato jurídico para buscar seus direitos por meio das ações judiciais cabíveis em casos de comprovada má-fé do consumidor no momento do preenchimento da Declaração de Saúde”.- Os atores do sistema de saúde suplementar devem buscar atender as necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses  econômicos,  a  melhoria  de  sua  qualidade  de  vida,  bem  como  a transparência e harmonia nas relações de consumo (art. 4º Lei 8078/90), além disso, os  contratos de planos de saúde  não  podem  servir  apenas  aos  interesses  das Operadoras, mas deve estar em conformidade com sua função social.

UNIDAS - “...  considerando  que  o ônus da prova pertence a operadora,  não se justifica que ela ainda tenha que se submeter a um processo administrativo perante a ANS;  ademais,  o  art. 171, II, do Código Civil já  trata  da  anulabilidade  dos  atos firmados  com vícios de erro,  dolo,  coação,  estado de perigo,  lesão ou  fraude  contra credores” (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Processo Administrativo de Alegação de Omissão do Conhecimento Prévio de DLPUNIMED DO BRASIL - “... entende ser possível a extinção do processo administrativo para  a  comprovação  de  Doença  e  Lesão  Preexistente,  desde que diante de casos evidentes de omissão de DLP por parte dos beneficiários,  a operadora possa rescindir o contrato por fraude  tal  como  previsto  no  artigo 11 da Lei 9656/98.  Tal dispositivo, aliás, não exige qualquer processo administrativo”. - “Caberá à fiscalização da ANS checar, em casos de reclamação do beneficiário, se a exclusão foi irregular ou não, e aplicar sanções em caso de rescisão irregular. - Caso seja mantido o processo administrativo → que ele seja célere para não causar insegurança jurídica para a operadora e para o beneficiário. 

UNIMED RIO –  “A  alegação  da  possibilidade  de  fraude  através  de  processo administrativo  só é possível quando se trata de procedimento “eletivo” de alta complexidade.  Logo  não existe motivo para que o procedimento eletivo ligado à doença preexistente para a qual há indício de fraude seja obrigatoriamente liberado imediatamente sem que seja divulgado o resultado do processo administrativo”.(grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Processo Administrativo de Alegação de Omissão do Conhecimento Prévio de DLP-  Manutenção do processo administrativo → resultado  favorável  ao  beneficiário do processo administrativo → obrigatoriedade de autorização pela Operadora de Saúde do procedimento “eletivo” de alta complexidade para o qual há indícios de fraude”. 

2  -  Arquivamento do Processo relativo à DLP em função do cancelamento ou exclusão do beneficiário do contrato do plano (hipótese de não extinção do processo de DLP)

ABRAMGE – A ANS arquiva os processos sem resolução de mérito, pois, a partir do cancelamento do contrato ou saída do beneficiário do plano, não haveria interesse público que justificasse a movimentação da Administração Pública,  não podendo a ANS trabalhar tão somente para atender o interesse particular da Operadora em obter provas do enriquecimento sem causa do consumidor → essa prática atenta contra o sistema do mutualismo e a sustentabilidade de todo o sistema.

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CONTRIBUIÇÕES – Processo Administrativo de Alegação de Omissão do Conhecimento Prévio de DLP- O interesse público que fundamenta a atuação da ANS em processos relacionados a fraude/omissão  do  beneficiário  reside    na  necessidade de proteção coletiva dos demais beneficiários,  em  respeito  ao  princípio do mutualismo que  rege  todas  as relações  na  saúde  suplementar,  vez que sobre eles recairá o desequilíbrio causado pela fraude ocorrida (necessidade de reajustes nos contratos ou até na ocorrência de insolvência da Operadora), e indiretamente, na necessidade de proteção e segurança de todo o sistema de saúde suplementar, com combate das práticas a ele nocivas.

UNIMED DO BRASIL –  “...  é  contrária  a esse arquivamento.  Seria  a  legalização da fraude: o beneficiário omitiria a DLP, faria os procedimentos necessários no plano de saúde,  e depois  simplesmente  sairia do plano.  E  a operadora ficaria  com a despesa, sem contar sequer com o reconhecimento formal da ANS de que houve a fraude, para tentar se recuperar na justiça”. -  “Se existir o processo administrativo, que ele seja julgado até o fim. A operadora necessita  da  decisão da ANS para tentar recuperar os prejuízos decorrentes da fraude”.

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CONTRIBUIÇÕES – Outras contribuições

RESPONSABILIZAÇÃO DAS ADMINISTRADORAS DE BENEFÍCIOS NO INGRESSO DE BENEFICIÁRIOS

ABRAMGE

“Definição,  pela  Dipro,  do  papel das Administradoras de Benefícios no primeiro contato com o beneficiário,  considerando  as  vedações  de  atividades  definidas  pelo art. 3º da RN nº 196/09”;

UNIMED DO BRASIL

“A  legislação deve definir de forma clara qual a função que as administradoras de benefícios desempenham/desempenharão na admissão de beneficiários, especialmente em relação à sua elegibilidade e da condição de portadores de alguma DLP.    Hoje  não está claro na legislação, sequer, se a verificação das condições de saúde (Declaração de Saúde) pode ser transferida ou não para as administradoras de benefícios e, tampouco, as responsabilidades delas neste processo”.  (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Outras contribuições

UNIMED RIO - Possibilidade do beneficiário querer participar da Entrevista médica qualificada (EQ) mesmo tendo sido dispensado da mesma

- O beneficiário dispensado da Entrevista médica Qualificada (EQ), mas que deseja realizá-la deverá manifestar sua vontade solicitando agendamento da Entrevista médica qualificada (EQ) → A finalização do processo de inclusão no Plano de Saúde só será concluída após a realização da Entrevista médica qualificada (EQ).

UNIMED RIO – “Manutenção de oferecimento de CPT pelos meses restantes até completar o período máximo de 24 meses quando identificado indício de fraude”.

- “Tem que continuar a existir a possibilidade de convocarmos o beneficiário através do Termo de Comunicação caso observemos indícios de fraude para que possamos oferecer CPT pelos meses restantes até completar 24 meses → “... obrigatoriedade do comparecimento presencial ou por via telefônica à Entrevista médica de rerratificação → Não comparecimento do beneficiário → poderá ser solicitada pela Operadora a abertura de processo administrativo. (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Outras contribuições

-  “Torna-se  inviável para o modelo de saúde suplementar a não convocação para oferecimento de CPT pelos meses restantes até completar 24 meses do beneficiário que  não declarou doença preexistente da qual tinha conhecimento por  ter  sido isentado da Entrevista médica qualificada (EQ) ou  por  ter  omitido a informação mesmo tendo comparecido a Entrevista médica qualificada (EQ)”.

UNIMED RIO –  Atualização da redação referente à Cobertura Parcial Temporária (CPT) em todos os itens em que a mesma se faça presente

- “Cobertura Parcial Temporária (CPT) aquela que admite, por um período ininterrupto de  até  24  meses,  a  partir  da  data  da  contratação  ou  adesão  ao  plano  privado  de assistência  à  saúde,  a  suspensão  da  cobertura  de  Procedimentos  de  Alta Complexidade (PAC),  leitos de alta tecnologia e procedimentos cirúrgicos, desde que relacionados  exclusivamente  às  doenças  ou  lesões preexistentes eletivas declaradas pelo  beneficiário  ou  seu  representante  legal,  não configurada como situação de urgência e/ou emergência para o qual há cláusula de carência específica de 24 horas sem limitação de prazo de atendimento” (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Outras contribuições

UNIMED RIO - Retirada do oferecimento de agravo- “Deverá ser retirada a cláusula de agravo pela dificuldade de calcular um valor justo para o pagamento a ser efetuado”.

ABRAMGE/SINOG -  “Necessidade  de  desburocratização do processo de inclusão de beneficiários e a formatação para ingresso por meio eletrônico, permitindo que o início de vigência ocorra em prazo compatível com as necessidades administrativas prévias”.

ABRAMGE -“Restrição de atendimento por 24 meses em qualquer tipo de contratação, ante a omissão legislativa”.

-  “Não se configurar como violação à Súmula Normativa nº 19 os critérios definidos pela Operadora que serão considerados na população alvo que realizará a perícia”  (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Outras contribuições

UNIDAS - “Qualificação da entrada do beneficiário no plano de saúde – aludida atividade deve ser exercida pela Operadora em conjunto com os empregadores dos beneficiários, nas situações descritas no art. 2º., I e II, da RN n. 137,  haja  vista  que,  nas  autogestões,  a  maioria  dos  seus  beneficiários  estão  vinculados  ao  plano  de  saúde  em decorrência de vínculo empregatício ou estatutário”.

ABRASO  -  “A nova política de contratação de planos e  seguros de  saúde deve constar a  cláusula de existência de doença ou lesão prévia”.- “As despesas de comprovação deverão ser da operadora”.- “As operadoras devem qualificar seu quadro de vendedores de planos de saúde, afim de evitar qualquer omissão no ato da compra”.“Também deveriam aprovar “políticas de premiação” aos usuários de planos de saúde que realizam prevenção e cuidados evitando custos de internação e emergência na renovação de seu contrato”.-  “Jamais  diferenciar os preços de contratação de planos entre usuários com ou sem doença  previamente diagnosticada” (grifamos)

 

 

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CONTRIBUIÇÕES – Outras contribuições

REVISÃO DOS CRITÉRIOS DE COBERTURA PARA AS BENEFICIÁRIAS QUE INGRESSAM NOS PLANOS GRÁVIDAS

ABRAMGE“Necessidade  de  revisão dos critérios de cobertura para as beneficiárias que ingressam nos planos grávidas visando a cobertura obstétrica”

UNIMED DO BRASIL“A ANS terá uma oportunidade única de definir direitos, deveres e responsabilidades tanto das mulheres que ingressam grávidas no plano de saúde, quanto das operadoras que  as  recebem,  especialmente  em  relação  à  cobertura  obstétrica.  Também  de corrigir a falha existente hoje que permite a grávida mudar de plano de enfermaria para outro superior e ter somente 6 meses de carência. A cliente hoje pode comprar um plano enfermaria e ao saber que está em dois meses de gravidez fazer a mudança para um plano que dá direito a internação em apto de hospital de alto custo e cumprir somente  seis meses de carência,  ganhar e bebê e em seguida pedir para cancelar o plano ” (grifamos)

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CONTRIBUIÇÕES – Outras contribuições

TAXA DE ADESÃO

ABRAMGE/SINOG 

“Revisão da Nota nº 014/2013/GGEFP/DIPRO, relativo à taxa de adesão”;

UNIMED DO BRASIL  “... que a cobrança da taxa de cadastro possa ser exigida tanto pelas operadoras de plano de saúde, quanto pelas administradoras.  A  permissão  só  para  as administradoras de benefícios nos parece uma incoerência e ofensa à igualdade”.

Nos  casos  em  que  não há administradoras de beneficiários intermediando os contratos, como ocorre em todos os planos individuais e na maior parte dos contratos coletivos  empresariais,  a taxa de adesão poderia sim ser exigida pelas  operadoras, como  forma de remuneração pelos custos de emissão de carteirinhas, cadastro, entre outras despesas intrínsecas.  (grifamos)

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Câmara Técnica – 4ª Reunião

Próximos passos:

•Aprofundamento das discussões com o setor.

•Consulta Pública.

[email protected]

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QUALIFICAÇÃO DA ENTRADA DO BENEFICIÁRIO EM PLANOS DE SAÚDE: DOENÇAS OU LESÕES

PREEXISTENTES

Obrigado!

GEMOP/GGEOP/[email protected]

http://www.ans.gov.br/participacao-da-sociedade/camaras-e-grupos-tecnicos/2461-camara-tecnica-sobre-a-qualificacao-da-entrada-de-beneficiarios-em-planos-de-saude-doencas-ou-lesoes-preexistentes