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Qualidade do Gesso em Instalação de Dessulfuração pelo
processo Calcário/Gesso
João Pedro de Matos Rebelo
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em
Engenharia Química
Orientadores: Eng.º Hélder Faia
Prof. Dr. Moisés Luzia Pinto
Júri
Presidente: Prof. Sebastião Alves
Orientador: Prof. Dr. Moisés Luzia Pinto
Vogal: Prof.ª Maria de Lourdes Serrano
Novembro 2016
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Agradecimentos
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao Eng.º João Amaral, director da Central Termoeléctrica de
Sines, por me ter dado a oportunidade de desenvolver este trabalho na Central de Sines.
Gostaria de agradecer aos meus orientadores, Eng.º Hélder Faia e Prof. Dr. Moisés Luzia Pinto, pelo
apoio, orientação, partilha de conhecimentos e disponibilidade para me ajudar ao longo desta
dissertação.
Quero também agradecer a todos os trabalhadores da EDP com quem contactei e que contribuíram para
o meu sucesso e em particular às pessoas do departamento de Ambiente e Química, pela sua
disponibilidade e toda a informação disponibilizada.
Gostaria de agradecer a todos os que me ajudaram no meu percurso académico, sem os quais nunca
teria sido possível chegar a este ponto.
Por fim, agradeço às pessoas que estiveram e estarão sempre lá, a minha família e em especial os meus
pais, pois sem o seu apoio todo este percurso seria impossível.
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Resumo
Nas centrais termoeléctricas a carvão, associada à produção de energia eléctrica encontra-se a emissão
de gases provenientes da combustão do carvão, sendo esses efluentes gasosos nocivos para o
Ambiente. Estes gases, entre os quais se encontra o dióxido de enxofre (SO2), exigiram a introdução de
tecnologias de remoção, tais como a dessulfuração. Da operação das instalações de dessulfuração pelo
processo calcário/gesso resulta a obtenção de gesso, que pode ser vendido como matéria-prima para
outras indústrias.
Como tal, é do interesse da EDP obter gesso que respeite os critérios de qualidade definidos na norma
Eurogypsum, de forma a poder vender esse mesmo gesso. O problema apresentado é que nem sempre
o gesso atinge os níveis de qualidade pretendidos na norma Eurogypsum, o que inviabiliza a sua venda.
Portanto, o objectivo deste trabalho é identificar quais os critérios de qualidade que mais vezes
apresentam valores inferiores aos pretendidos, quais as causas para esses desvios e de que forma
poderão esses problemas de qualidade ser evitados, obtendo gesso conforme com a norma.
Este trabalho pretende contribuir para melhorar a qualidade do gesso obtido na instalação de
dessulfuração da Central Termoeléctrica de Sines.
Palavras-chave: Ambiente, Central Termoeléctrica de Sines (EDP), SO2, Dessulfuração, Gesso,
Qualidade, Norma Eurogypsum
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Abstract
In coal-fired thermoelectric power plants, flue gases emission is associated to the electrical energy
production from coal combustion, being those gaseous effluents harmful for the Environment. These
gases, among which is Sulphur dioxide (SO2), required the introduction of removal technologies, such as
desulphurization. From the operation of desulphurization installations by the limestone/gypsum process
results the production of gypsum, which can be sold as a feedstock for other industries.
As such, it is in the interest of EDP to obtain gypsum that respects the quality criteria defined by the
Eurogypsum standard, in order to be able to sell that gypsum. The problem presented is that not always
the gypsum reaches the quality levels in the Eurogypsum standards, which impairs its sale. Therefore, the
aim of this work is to identify which quality criteria that most often presents lower values than intended,
what are the causes to such deviations and in which way can those quality problems be avoided,
obtaining gypsum according to the standard.
This work aims to contribute to improve the quality of the gypsum obtained in the desulphurization
installation at Sines thermoelectric power plant.
Keywords: Environment, Sines Thermoelectric Power Plant (EDP), SO2, Desulphurization,
Gypsum, Quality, Eurogypsum Standard
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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................................................ 1
1.1. Âmbito e Motivação ........................................................................................................................................ 3
1.2. Objectivos ......................................................................................................................................................... 4
1.3. Estrutura do trabalho ...................................................................................................................................... 5
2. Enquadramento da Empresa ................................................................................................................................ 6
2.1. História da Central Termoeléctrica de Sines............................................................................................... 6
3. Descrição do Processo .......................................................................................................................................... 8
3.1. Grupos Geradores de Vapor (GGV) ............................................................................................................. 8
3.2. Precipitadores Electrostáticos ....................................................................................................................... 9
3.3. Dessulfuração .................................................................................................................................................. 9
3.4. Desnitrificação ............................................................................................................................................... 13
3.5. Grupos Turbo/Alternador (GTA) ................................................................................................................. 14
3.6. Transformadores – Parque de Linhas........................................................................................................ 15
3.7. Abastecimento e Armazenamento de Carvão .......................................................................................... 15
3.8. Circuito de Água de Refrigeração ............................................................................................................... 16
3.9. Instalação de Tratamento de Água (ITA) .................................................................................................. 16
4. O Gesso ................................................................................................................................................................. 18
4.1. Norma Eurogypsum ...................................................................................................................................... 20
5. Resultados ............................................................................................................................................................. 22
5.1. Análises do Gesso ........................................................................................................................................ 22
5.2. Água recuperada da ITEL ............................................................................................................................ 26
5.3. Calcário ........................................................................................................................................................... 31
5.4. Moinhos de Calcário ..................................................................................................................................... 34
5.5. Absorvedores ................................................................................................................................................. 38
5.6. Carvão ............................................................................................................................................................ 42
5.7. Substituição das telas dos filtros de vácuo ............................................................................................... 48
6. Conclusões ............................................................................................................................................................ 50
7. Bibliografia ............................................................................................................................................................. 53
Anexos ........................................................................................................................................................................ 55
Anexo 1 - Análises do Carvão de consumo ...................................................................................................... 55
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Índice de Figuras
FIGURA 1 - PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA EM PORTUGAL POR FONTE ............................................................... 1
FIGURA 2 - CONSUMO DE CARVÃO EM PORTUGAL POR SECTOR (MTON) .................................................................... 2
FIGURA 3 - EMISSÕES ANUAIS DE SO2 EM PORTUGAL (KTON) ..................................................................................... 3
FIGURA 4 - ESQUEMA DO ABSORVEDOR DO PROCESSO DE DESSULFURAÇÃO .......................................................... 10
FIGURA 5 - ESQUEMA DAS REACÇÕES NO ABSORVEDOR ........................................................................................... 11
FIGURA 6 - ESQUEMA SIMPLIFICADO DO PROCESSO DE DESSULFURAÇÃO ................................................................ 12
FIGURA 7 - ABSORVEDOR DO PROCESSO DE DESSULFURAÇÃO EM DETALHE ............................................................ 12
FIGURA 8 - REACTOR SCR ......................................................................................................................................... 13
FIGURA 9 - MÓDULO DO CATALISADOR ....................................................................................................................... 14
FIGURA 10 - PARQUE DE CARVÃO ............................................................................................................................... 15
FIGURA 11 - ESQUEMA SIMPLIFICADO DO FUNCIONAMENTO DA CENTRAL ................................................................. 17
FIGURA 12 - ANÁLISES DE PUREZA DO GESSO EM 2014 ............................................................................................ 22
FIGURA 13 - ANÁLISES DE PUREZA DO GESSO EM 2015 ............................................................................................ 23
FIGURA 14 - ANÁLISES DE HUMIDADE DO GESSO EM 2014 ........................................................................................ 24
FIGURA 15 - ANÁLISES DE HUMIDADE DO GESSO EM 2015 ........................................................................................ 24
FIGURA 16 - ANÁLISES DE CLORETOS NO GESSO EM 2014 ........................................................................................ 25
FIGURA 17 - ANÁLISES DE CLORETOS NO GESSO EM 2015 ........................................................................................ 25
FIGURA 18 - ANÁLISES DE CLORETOS NA ÁGUA RECUPERADA DA ITEL EM 2014 ..................................................... 26
FIGURA 19 - ANÁLISES DE CLORETOS NA ÁGUA RECUPERADA DA ITEL EM 2015 ..................................................... 27
FIGURA 20 - VOLUME DE ÁGUA RECUPERADA DA ITEL EM 2014 ............................................................................... 28
FIGURA 21 - VOLUME DE ÁGUA RECUPERADA DA ITEL EM 2015 ............................................................................... 28
FIGURA 22 - ANÁLISE DOS CLORETOS NO GESSO E VOLUME DE ÁGUA RECUPERADA DA ITEL EM 2014 ................. 29
FIGURA 23 - ANÁLISE DOS CLORETOS NO GESSO E VOLUME DE ÁGUA RECUPERADA DA ITEL EM 2015 ................. 29
FIGURA 24 - ANÁLISES DE CACO3 NO CALCÁRIO DE DOIS FORNECEDORES.............................................................. 32
FIGURA 25 - ANÁLISES DE MGCO3 NO CALCÁRIO DE DOIS FORNECEDORES ............................................................. 33
FIGURA 26 - FUNCIONAMENTO DE UM HIDROCICLONE ................................................................................................ 34
FIGURA 27 - ANÁLISE DOS CLORETOS NO GESSO E INTENSIDADE DOS MOINHOS EM 2014 ...................................... 35
FIGURA 28 - ANÁLISE DOS CLORETOS NO GESSO E INTENSIDADE DOS MOINHOS EM 2015 ...................................... 35
FIGURA 29 - GRANULOMETRIA DAS PARTÍCULAS À SAÍDA DOS HIDROCICLONES EM 2015 ........................................ 36
FIGURA 30 - INTENSIDADE DOS MOINHOS DE CALCÁRIO E GRANULOMETRIA DO CALCÁRIO À SAÍDA DOS
HIDROCICLONES EM 2015 ................................................................................................................................... 37
FIGURA 31 - ANÁLISE DO PH NOS ABSORVEDORES EM 2014 .................................................................................... 39
FIGURA 32 - ANÁLISE DO PH NOS ABSORVEDORES EM 2015 .................................................................................... 39
FIGURA 33 - CONCENTRAÇÃO DE PARTÍCULAS REGISTADAS NOS ABSORVEDORES EM 2014 ................................... 40
FIGURA 34 - CONCENTRAÇÃO DE PARTÍCULAS REGISTADAS NOS ABSORVEDORES EM 2015 ................................... 41
FIGURA 35 - EFEITO DA HUMIDADE DO CARVÃO NAS EMISSÕES MÁSSICAS DE CO2 E SO2 ....................................... 42
FIGURA 36 - ANÁLISES DE HUMIDADE DO CARVÃO EM 2014 ...................................................................................... 43
FIGURA 37 - ANÁLISES DE HUMIDADE DO CARVÃO EM 2015 ...................................................................................... 43
FIGURA 38 - RELAÇÃO ENTRE PODER CALORÍFICO E HUMIDADE DO CARVÃO ............................................................ 44
FIGURA 39 - ANÁLISES DO PODER CALORÍFICO DO CARVÃO EM 2014 ....................................................................... 44
FIGURA 40 - ANÁLISES DO PODER CALORÍFICO DO CARVÃO EM 2015 ....................................................................... 45
FIGURA 41 - VALOR ESPERADO DE PODER CALORÍFICO DE CARVÃO COM 11,65% DE HUMIDADE ............................ 45
FIGURA 42 - ANÁLISES DE ENXOFRE NO CARVÃO EM 2014 ........................................................................................ 46
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FIGURA 43 - ANÁLISES DE ENXOFRE NO CARVÃO EM 2015 ........................................................................................ 46
FIGURA 44- ANÁLISE DOS CLORETOS NO GESSO E DATAS DAS SUBSTITUIÇÕES DAS TELAS EM 2015...................... 49
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Índice de Tabelas
TABELA 1 - QUALIDADE DO GESSO PRODUZIDO NA INSTALAÇÃO DE DESSULFURAÇÃO DA CENTRAL DE SINES....... 19
TABELA 2 - CRITÉRIOS DE QUALIDADE DO GESSO PROVENIENTE DE FGD ................................................................ 21
TABELA 3 – DATAS DA SUBSTITUIÇÃO DE TELAS DOS FILTROS DE VÁCUO ................................................................. 48
TABELA 4 - ANÁLISES DO CARVÃO DE CONSUMO ........................................................................................................ 55
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Nomenclatura
AdSA – Águas de Santo André
BOFA - Boosted Over Fire Air
DL – Decreto-Lei
EDP – Energias de Portugal
ESP – Electrostatic Precipitators
FGD – Flue Gas Desulphurization
GIC – Grande Instalação de Combustão
GGV – Grupos Geradores de Vapor
GTA – Grupos Turbo/Alternador
IEA – International Energy Agency
ITA – Instalação de Tratamento de Água
ITEL – Instalação de Tratamento de Efluentes Líquidos
LA – Licença Ambiental
PCI – Poder Calorífico Inferior
PCS – Poder Calorífico Superior
PNRE – Plano Nacional de Redução de Emissões
SCR – Selective Catalytic Reduction
VLE – Valor Limite de Emissões
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1. Introdução
Em Portugal, a energia eléctrica é obtida por diversas fontes, e segundo dados da International Energy
Agency (IEA) as principais fontes são a energia hídrica (30%), a energia eólica (23,3%) e a queima do
carvão (23%). É ainda consumido gás natural (12,5%), biocombustíveis e resíduos (6,4%), petróleo
(3,2%), energia solar (1,2%) e energia geotérmica (0,4%), para produção de energia eléctrica (Figura 1).
[1]
Figura 1 - Produção de energia eléctrica em Portugal por fonte
Dados: Energy policies of IEA Countries – Portugal 2016 Review, International Energy Agency [1]
Na última década a geração de energia eléctrica a partir do vento cresceu exponencialmente, desde
1,8% em 2004 até representar praticamente ¼ da energia eléctrica gerada em 2014 (23,3%). Por outro
lado, tanto o carvão como o gás natural têm visto a sua quota a diminuir, representando 33,1% e 26,1%
em 2004 para representar apenas 23,3% e 12,5% em 2014. [1]
A geração de electricidade nas barragens apresenta bastantes flutuações de ano para ano pois é
bastante dependente das condições climáticas, tendo sido responsável no mínimo por 10,2% da energia
eléctrica gerada em 2005 e no máximo por 31% em 2014. [1]
Apesar da aposta em Portugal ser nas energias renováveis, o carvão ainda representa uma grande fatia
na geração de electricidade. O consumo de carvão em Portugal é actualmente quase exclusivamente
para a produção de energia e em 2014 foram consumidas 4,4 Mton de carvão em Portugal para este
mesmo fim. [1]
2
Figura 2 - Consumo de carvão em Portugal por sector (Mton)
Dados: Energy policies of IEA Countries – Portugal 2016 Review, International Energy Agency [1]
Outro factor a ter em conta é o facto de Portugal estar dependente das importações para satisfazer as
suas necessidades energéticas. As importações são maioritariamente provenientes da Colômbia (88,1%),
sendo também obtido carvão dos Estados Unidos (6,6%), África do Sul (3,5%) e Ucrânia (1,8%).
3
1.1. Âmbito e Motivação
A aposta em Portugal tem sido claramente nas energias renováveis, o que é bastante importante em
termos ambientais, mas ainda existe um grande consumo de carvão o que obriga a serem tomadas
medidas concretas que permitam a protecção do ambiente.
À queima do carvão está associada a libertação de gases nocivos para o ambiente, tais como o dióxido
de enxofre (SO2), para os quais estão definidos valores limites de emissão total na legislação nacional. O
valor limite é de 160 kton. [2]
As emissões estimadas de SO2 no ano de 2009 foram de 81,5 kton na totalidade do território nacional.
Desde o início dos anos 90 até 2009 verifica-se uma redução significativa (-74,8%) nas emissões deste
gás, para a qual contribuiu em particular o Decreto-Lei nº193/2003 que estabeleceu tectos nacionais de
emissões para SO2, NO2, NH3 e compostos orgânicos voláteis não metânicos. [2]
Para além deste Decreto-Lei, sendo a Central uma GIC, ou seja, Grande Instalação de Combustão,
existe legislação específica mais recente em relação ao Decreto-Lei acima mencionado. Nomeadamente
o DL nº178/2003 e o Despacho Conjunto nº509/2006 do PNRE (Plano Nacional de Redução de
Emissões), à luz dos quais foram realizados investimentos na Central em unidades de dessulfuração e
desnitrificação (neste caso, em antecipação aos prazos definidos legalmente). Este Despacho define 206
kton de emissões de SO2 como tecto máximo e que deviam ser alcançadas reduções significativas de
emissões até 1 de Janeiro de 2008. Na Figura 3 observa-se o efeito da entrada em vigor dos DL em 2003
que definiram limites de emissões nacionais de SO2.
Figura 3 - Emissões anuais de SO2 em Portugal (kton)
Dados: Emissões de poluentes atmosféricos por Concelho 2009, Agência Portuguesa do Ambiente, Novembro de 2011 [2]
4
A dessulfuração de gases de combustão tem a grande função de permitir “limpar” os gases antes destes
serem libertados para a atmosfera e tendo em conta o seu processo (explicado adiante) ainda permite a
obtenção como produto o gesso (CaSO4.2H2O), que tem diversas aplicações noutras indústrias, pelo que
pode ser uma mais-valia para a empresa, caso o consiga vender. É este o caso na EDP, que vende o
gesso que é obtido. Mas para tal existem normas que regulam a qualidade do gesso (ver Capítulo 4.1.
Norma Eurogypsum) e que definem se o gesso tem a qualidade necessária para ser usado como
matéria-prima na construção civil. E é neste ponto que surge o tema desta dissertação.
Esta dissertação surge com o intuito de analisar e compreender o processo da dessulfuração dos gases
e estudar quais as variáveis do processo que influenciam a qualidade do gesso que é obtido, de forma a
este produto estar de acordo com a norma que define os critérios de qualidade para poder ser vendido
para outras indústrias.
1.2. Objectivos
O primeiro objectivo passa por avaliar as análises efectuadas ao gesso nos últimos anos e verificar qual
(ou quais) os critérios de qualidade estabelecidos na norma Eurogypsum que são cumpridos, ou seja, em
que casos as análises estão dentro dos limites definidos pela norma e em que casos acontece o oposto.
Esta dissertação consiste também na identificação das origens da contaminação do gesso proveniente
do processo de dessulfuração que provocam os desvios à norma Eurogypsum. Este estudo compreende
a identificação de variáveis do processo que permitam antecipar possíveis problemas de contaminação e
de que forma se podem prevenir os desvios à norma.
Também as relações entre os desvios à norma Eurogypsum e as condições de exploração, como o tipo
de carvão utilizado, a origem do calcário (qualidade e propriedades químicas), recuperação de água da
ITEL, as condições operatórias dos absorvedores e as condições de moagem dos moinhos de calcário
serão abordadas nesta dissertação.
5
1.3. Estrutura do trabalho
A presente dissertação está dividida em seis secções distintas:
A primeira secção é dedicada a explicar o âmbito e motivação deste trabalho, explicitando o
problema em estudo e os objectivos do mesmo, já acima apresentada;
Na segunda secção é feito o enquadramento da empresa e uma breve referência à história da
Central termoeléctrica de Sines;
A terceira secção é dedicada à descrição processual, com especial foco na instalação de
dessulfuração e nos equipamentos associados;
A quarta secção deste trabalho apresenta o produto em estudo e quais as características com
que pode ser obtido na Central;
No quinto capítulo são apresentados os resultados obtidos das análises dos dados dos últimos
dois anos a várias variáveis e condicionantes do processo de dessulfuração de gases e
consequente obtenção do gesso;
Por fim, na sexta secção são apresentadas as conclusões que podem ser retiradas com a
realização desta dissertação, tal como algumas propostas de trabalho futuro nas áreas que
revelaram maior importância de forma a melhorar a qualidade do gesso obtido.
6
2. Enquadramento da Empresa
A EDP foi criada no ano de 1976, após a fusão de 13 empresas que tinham sido nacionalizadas no ano
anterior. Quatro décadas depois, a empresa cresceu, conquistou mercados, alargou a sua actividade e
expandiu negócios. [3]
A EDP divide os seus negócios em 3 segmentos:
Produção de Electricidade: é neste segmento que a EDP se encontra mais dispersa a nível
mundial, estando presente nos E.U.A., Canadá, México, Brasil, Angola, China, Bélgica, França,
Polónia, Roménia, Itália, Reino Unido, Portugal e Espanha.
Distribuição de Electricidade e Gás: presente na península Ibérica e no Brasil.
Comercialização e Trading de Electricidade e Gás: esta actividade é desenvolvida em Portugal,
Espanha e Brasil. [4]
Actualmente, a EDP ocupa o 280º lugar no ranking das marcas mais valiosas do mundo. De acordo com
o estudo da consultora "Brand Finance" divulgado em Março de 2011, a empresa valia cerca de 2.775
milhões de euros. [3]
2.1. História da Central Termoeléctrica de Sines
A Central Termoeléctrica de Sines é uma Central convencional que utiliza como combustível o carvão
fóssil importado. Está localizada na costa Alentejana, a cerca de 6 km a sudeste do porto de Sines e é a
Central de maior potência instalada no país, tendo sido a primeira a queimar carvão betuminoso
importado.
A sua localização está associada à decisão de construção do complexo portuário-industrial de Sines,
baseada na proximidade de um porto de águas profundas, situado na confluência das rotas
internacionais e equipado com terminais petrolífero e mineraleiro. Este é o porto carvoeiro nacional para
abastecimento às Centrais de Sines e do Pego.
A decisão da sua construção insere-se na estratégia de diversificação de fontes de energia primária para
a produção de energia eléctrica, após as crises petrolíferas de 1973 e 1979 que provocaram um enorme
aumento nos custos dos produtos petrolíferos.
Foi iniciada a sua construção em 1979 e obtida a Licença de Estabelecimento em Março de 1981, sendo
a construção concluída em 1989, 10 anos após o início dos trabalhos. O primeiro grupo entrou ao serviço
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em 1985, enquanto os restantes grupos entraram em serviço industrial nos anos de 1986, 1987 e 1989. A
Central é então constituída por quatro grupos, cada um dos quais formando uma unidade produtora
autónoma com gerador de vapor, turbina, alternador e transformador.
A potência total instalada é de 1256 MW, contando com 4 grupos de 314 MW, tendo cada um consumo
de 116 t/h de carvão à carga nominal utilizando carvão com um poder calorífico de 27600 kJ/kg, o que
em situação de laboração permanente pode atingir um consumo total diário de cerca de 11000 toneladas
de carvão. [5]
8
3. Descrição do Processo
3.1. Grupos Geradores de Vapor (GGV)
Na Central Termoeléctrica de Sines, a produção de vapor é assegurada por caldeiras Mague/Foster
Wheeler, de circulação natural, que produzem vapor sobreaquecido à temperatura de 535 ºC, à pressão
de 167 bar e reaquecido à mesma temperatura e à pressão de 44 bar, com um caudal de vaporização de
950 t/h. [5]
O arranque dos GGV é efectuado por dois circuitos de combustível auxiliares:
Fuelóleo - para o arranque das caldeiras;
Gás propano - comum aos quatro grupos, para acendimento do fuelóleo.
Cada GGV é provido de 20 queimadores de duplo escoamento de ar secundário dispostos em 5 filas
horizontais de 4 queimadores. Os queimadores são de baixa emissão de óxidos de azoto (NOx) e a
regulação da queima é concebida de modo a garantir uma combustão com excesso de ar, minimizando
as perdas por ocorrência de não queimados nas cinzas e perdas pelos gases de combustão. Por cima
dos queimadores encontram-se as entradas de Boosted Over Fire Air (BOFA), uma medida primária que
permite a redução das emissões de NOx. A câmara de combustão funciona com uma ligeira depressão
mantida por meio de ventiladores de tiragem induzida situados entre os precipitadores e a chaminé. [6]
A Central possui também um gerador de vapor auxiliar do tipo gás tubular, que consome gasóleo e
permite produzir vapor na fase de arranque dos grupos e quando estes estão todos fora de serviço. Este
vapor destina-se ao aquecimento e atomização do fuelóleo, pré-aquecimento dos tanques de água de
alimentação, produção de vácuo para os ejectores de arranque (formação de vácuo no condensador),
extinção de incêndio nos moinhos e pré-aquecimento de ar a vapor. [6]
9
3.2. Precipitadores Electrostáticos
Os precipitadores electrostáticos são dispositivos de despoeiramento de elevado rendimento que têm
como função minimizar as emissões de poeiras para a atmosfera, neste caso, as cinzas volantes
transportadas pelos gases de combustão. [5]
Cada grupo está equipado com precipitadores electrostáticos constituídos por eléctrodos emissores de
carga eléctrica negativa e por placas colectoras de carga eléctrica positiva, instalados à saída dos
aquecedores de ar e antes da chaminé. [6]
As partículas transportadas pelos gases são ionizadas pelo campo eléctrico e a maioria adere à placa
colectora, onde ficam retidas. Por actuação de um sistema de batimento que provoca vibração nas placas
e nos eléctrodos, as partículas retidas caem nas tremonhas, sendo transportadas por via pneumática
para o silo onde são armazenadas até serem conduzidas ao local de destino. Os precipitadores possuem
uma eficiência superior a 99,5%. [6] [7]
3.3. Dessulfuração
Os gases de combustão emitidos pela Central são previamente tratados em unidades de dessulfuração
para reduzir o teor de dióxido de enxofre (SO2). Os gases passam em contracorrente por um leito húmido
de calcário finamente moído que permite a absorção do dióxido de enxofre. [6]
Um dos fluxos de saída desta unidade é o efluente gasoso com baixo teor em SO2 (eficiência de
tratamento mínima de 95%) que é encaminhado para a chaminé. O outro fluxo de saída é o produto da
reacção do calcário com o SO2, o sulfato de cálcio bi-hidratado (CaSO4.2H2O), comumente denominado
por gesso. Por se tratar de um processo de lavagem de gases húmido, ocorre ainda a redução da
emissão de partículas e de outros elementos presentes nos gases como os compostos fluorados e
clorados. [6]
Em termos gerais, as reacções no absorvedor podem ser divididas em três categorias:
Absorção de SO2;
Oxidação (com ar);
Neutralização com Calcário (CaCO3).
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Como mostra a Figura 4, o absorvedor pode ser dividido em duas secções no que toca às reacções, a
zona de pulverização (“spray zone”) e a zona do tanque.
Como pode ser observado no esquema da Figura 4, a zona de pulverização consiste em 4 andares de
pulverizadores, com 106 bicos de pulverização por cada tubo principal. A suspensão absorvente é
bombeada pelas bombas de recirculação do absorvedor e pulverizada acima na zona de pulverização.
Os gases de combustão passam por esta zona e o SO2 presente nos mesmos é removido. Nesta zona o
SO2 passa da fase gasosa para a fase líquida, onde se forma o ácido sulfuroso (Reacção 1; Figura 5). O
ácido formado reage com o CaCO3 dissolvido, dando origem ao ião bissulfito (Reacção 2; Figura 5).
As gotas pulverizadas são recolhidas no tanque do absorvedor, onde é alimentada continuamente a
suspensão de calcário e onde é injectado o ar de oxidação. Dentro do tanque do absorvedor o ião
bissulfito reage com o oxigénio dissolvido e é oxidado a ião sulfato (SO42-
) e/ou ácido sulfúrico. (Reacção
3; Figura 5). O ácido sulfúrico formado reage com o calcário e é neutralizado a ião sulfato (Reacção 4;
Figura 5). Os iões sulfato provenientes das reacções 3 e 4 quando combinados com os iões cálcio dão
origem ao sulfato de cálcio (gesso), que, por ser muito insolúvel, tende a precipitar.
CaCO3: Suspensão de Calcário
O2: Ar de Oxidação
SO2: Gases de
Combustão
CaSO4・2H2O: Para
Sistema de Desidratação
Zona de
Pulverização
Tanque do
Absorvedor
Gases Limpos
Bomba de Recirculação do
Absorvedor
Figura 4 - Esquema do absorvedor do processo de dessulfuração
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Parte da suspensão absorvente é removida e alimentada ao sistema de desidratação do gesso de forma
a manter a concentração da suspensão constante.
Ar de Oxidação
Suspensão de Calcário
Reacções na Zona de Pulverização:
𝑆𝑂2(𝑔) + 𝐻2𝑂(𝑙) → 𝐻2𝑆𝑂3(𝑎𝑞) (1)
𝐶𝑎𝐶𝑂3(𝑎𝑞) + 2𝐻2𝑆𝑂3(𝑎𝑞) → 𝐶𝑎(𝐻𝑆𝑂3)2(𝑎𝑞) + 𝐶𝑂2(𝑔) + 𝐻2𝑂(𝑙) (2)
Reacções no Tanque do Absorvedor:
𝐶𝑎(𝐻𝑆𝑂3)2(𝑎𝑞) + 𝑂2(𝑔) → 𝐶𝑎𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 𝐻2𝑆𝑂4(𝑎𝑞) (3)
𝐶𝑎𝐶𝑂3(𝑎𝑞) + 𝐻2𝑆𝑂4(𝑎𝑞) → 𝐶𝑎𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 𝐶𝑂2(𝑔) + 𝐻2𝑂(𝑔) (4)
𝐶𝑎𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 2𝐻2𝑂(𝑙) → 𝐶𝑎𝑆𝑂4. 2𝐻2𝑂(𝑎𝑞) (5)
Nas Figuras 6 e 7 apresentam-se o diagrama simplificado do processo de dessulfuração e o absorvedor
usado, respectivamente.
CaCO3
SO2 H2SO3 Ca2+
(HSO3-)2 H2SO4 Ca2+
SO42-
CaSO4・2H2O
H2O
CaCO3 CO2 O2
Ca2+SO4
2+
CaCO3 CO2
Zona de Pulverização Tanque do Absorvedor
O2
(1) (2) (3) (4)
(5)
Para Sistema de
Desidratação do
Gesso
Figura 5 - Esquema das reacções no absorvedor
12
Figura 6 - Esquema simplificado do processo de dessulfuração
Figura 7 - Absorvedor do processo de dessulfuração em detalhe
13
3.4. Desnitrificação
A instalação de desnitrificação (Figura 8) funciona com um processo de Redução Catalítica Selectiva
(SCR – Selective Catalytic Reduction), que permite reduzir significativamente (acima de 80%) as
emissões de óxidos de azoto (NOx). Os sistemas estão localizados a montante dos precipitadores
electrostáticos. [8]
Figura 8 - Reactor SCR
Este processo consiste em fazer passar os gases de combustão por um catalisador que reduz
selectivamente os componentes existentes nos gases, como o monóxido de azoto (NO) e o dióxido de
azoto (NO2) a azoto molecular (N2) e a vapor de água (H2O), pela acção do agente redutor amoníaco
(NH3) que é adicionado na corrente gasosa antes do reactor. O amoníaco utilizado é preparado numa
estação dedicada (uma por grupo), onde a solução de amónia (solução diluída de amoníaco) é
evaporada, sendo o amoníaco produzido diluído com ar e injectado nos gases de combustão. [8]
Na superfície do agente catalítico, ocorrem as primeiras reacções químicas:
4 𝑁𝑂(𝑔) + 4 𝑁𝐻3(𝑔) + 𝑂2(𝑔) 4 𝑁2(𝑔) + 6 𝐻2𝑂(𝑔) (6)
𝑁𝑂(𝑔) + 𝑁𝑂2(𝑔) + 2 𝑁𝐻3(𝑔) 2 𝑁2 (𝑔) + 3 𝐻2𝑂(𝑔) (7)
14
Os principais componentes produzidos são o azoto e a água, ambos componentes inofensivos. [5]
O principal componente do sistema é o catalisador. O catalisador é composto por módulos (Figura 9),
sendo cada um deles constituído por uma fase activa de pentóxido de vanádio sobre um material de
suporte, além de dióxido de titânio. Em baixo encontra-se a representação de um módulo do catalisador.
Figura 9 - Módulo do catalisador
3.5. Grupos Turbo/Alternador (GTA)
Cada grupo turbo/alternador, tal como o nome indica, é constituído por uma turbina e um alternador. A
energia térmica contida no vapor produzido nos GGV é transformada em energia mecânica através da
expansão do vapor que promove a rotação da turbina. Cada turbina tem um corpo de alta pressão que
recebe o vapor sobreaquecido, um corpo de média pressão que recebe o vapor reaquecido e dois corpos
de baixa pressão que recebem o vapor evacuado do corpo de média pressão. [6]
O vapor evacuado dos corpos de baixa pressão da turbina é condensado no condensador do qual, já no
estado líquido, é extraído e enviado, por meio de bombas, através de pré-aquecedores de baixa pressão,
para o tanque de água de alimentação. A água de alimentação é enviada para o GGV por meio de uma
turbo/bomba accionada por turbina a vapor (100%), ou por duas electrobombas (50% cada). [6]
Ao longo dos quatro corpos da turbina saem sete extracções de vapor destinadas a aquecer o
condensado em quatro pré-aquecedores de baixa pressão, no tanque de água de alimentação, em dois
pré-aquecedores de alta pressão e ainda para realizar o accionamento da turbina auxiliar da bomba de
água de alimentação. A turbina encontra-se acoplada por um rotor ao alternador que gera energia
eléctrica a uma tensão de 18 kV, controlada instantaneamente por um sistema de excitação tipo estático.
[6]
15
3.6. Transformadores – Parque de Linhas
O parque de alta tensão, ligado à subestação de Sines por linhas aéreas, está equipado com quatro
transformadores principais de 340 MVA cada e com os respectivos quatro transformadores auxiliares de
grupo de 50 MVA. [6]
O transformador do grupo 1 eleva a tensão de 18 kV para 150 kV, destinando-se essencialmente ao
abastecimento da zona sul do país. Os restantes elevam a tensão para 400 kV. A Central está também
ligada à subestação de Sines por uma linha de 60 kV destinada a receber energia para os serviços
auxiliares na situação de todos os grupos parados. [6]
3.7. Abastecimento e Armazenamento de Carvão
O abastecimento de carvão é efectuado a partir da descarga de navios no cais mineraleiro do porto de
Sines. O transporte até ao parque de carvão é efectuado por meio de um conjunto de telas
transportadores e de torres de transferência. Uma vez no parque de carvão, por meio de duas máquinas
de empilhamento, são formadas quatro pilhas activas de 150 kt cada e, por meio de pás carregadoras e
camiões de transporte, uma pilha passiva de 700 kt, como mostrado na Figura 10. A capacidade total de
carvão em parque confere à Central uma autonomia de cinco meses de funcionamento a plena carga. [6]
Figura 10 - Parque de carvão
16
Através de máquinas de retoma e de um conjunto de telas transportadoras e torres de transferência, o
carvão é enviado para os silos metálicos, situados junto do gerador de vapor. Os silos, em número de
cinco, descarregam sobre os alimentadores respectivos. De cada alimentador, o carvão é enviado para o
moinho, onde é seco, finamente pulverizado e transportado, por uma corrente de ar aquecido, para a
fachada da caldeira onde, através de queimadores (quatro por moinho), é assegurada uma combustão
completa na câmara de combustão. [6]
3.8. Circuito de Água de Refrigeração
Para a captação da água do Oceano Atlântico, foram construídos dois molhes, numa solução tipo porto
para dissipação da energia das ondas e para sedimentação das matérias em suspensão. A bacia de
decantação construída no interior dos molhes permite a deposição dos sedimentos e, mesmo na baixa-
mar, a existência de um caudal suficiente de água para as necessidades dos quatro grupos. Na estação
de circulação, a água passa através de grelhas e tambores filtrantes antes de chegar à admissão da
electrobomba (uma por grupo), com um caudal de cerca de 10 m3/s, que a envia para o condensador.
[8]
Paralelamente, e com o objectivo de controlar o crescimento de organismos marinhos na água do circuito
de refrigeração principal, a Central utiliza a água do mar para produzir, por electrólise, uma solução de
hipoclorito de sódio que é injectada directamente no circuito de refrigeração. A água captada é
descarregada para os canais de rejeição depois de realizar a permuta de temperatura com o vapor,
descarregado pelas turbinas de baixa pressão, ao circular pelo interior do condensador através de tubos
de titânio, com parede muito fina. Na água do circuito de refrigeração principal rejeitada é monitorizada a
temperatura e analisado periodicamente o cloro residual. Antes da restituição ao Oceano, e aproveitando
o elevado caudal e o desnível existente entre o condensador e o local da rejeição, foi instalado em cada
grupo uma turbina de recuperação (mini-hídrica) que permitem recuperar parte da energia necessária à
captação da água para a condensação do vapor. [8]
3.9. Instalação de Tratamento de Água (ITA)
A água consumida na Central, nomeadamente para a compensação dos GGV, é fornecida pela empresa
Águas de Santo André (AdSA) e é tratada numa instalação por permuta iónica (ITA). Esta instalação é
constituída por 4 linhas de tratamento primário que compreendem um processo de filtração com carvão
activado e um processo de desmineralização por resinas catiónicas e posteriormente aniónicas e por 3
linhas de tratamento final, constituídas por um leito misto de resinas catiónicas e aniónicas.
17
Após desmineralização, a água é armazenada em reservatórios. A regeneração das resinas é realizada
com injecção de ácido clorídrico (catiónicas) e hidróxido de sódio (aniónicas). A água fornecida pela
AdSA é ainda utilizada em quantidade considerável na instalação de dessulfuração. [8]
Na Figura 11 é apresentado um esquema bastante simplificado do funcionamento da Central de Sines.
Figura 11 - Esquema simplificado do funcionamento da central
18
4. O Gesso
Do ponto de vista da química o gesso é sulfato de cálcio bi-hidratado (CaSO4.2H2O). O gesso mineral
pode ser encontrado no leito marinho em camadas sedimentares, que podem ter vários metros de
espessura. [9]
O gesso encontra actualmente várias aplicações, que variam desde a indústria dos cimentos, fonte de
cálcio e de enxofre na agricultura, utilização como retardante de fogo em plásticos entre muitas outras
aplicações. [9]
O uso de gesso como material de construção foi descoberto em 1888 quando Augustine Sackett inventou
uma máquina capaz de produzir placas de gesso laminadas compostas por várias camadas de papel
intercaladas com gesso. A primeira fábrica dedicada ao fabrico de placas de gesso laminado foi
construída em 1901 nos Estados Unidos da América. [10]
Na Europa, apenas em 1917 foi construída a primeira fábrica situada em Londres e a segunda apenas 9
anos depois, igualmente em Londres. Hoje em dia, o fabrico de placas de gesso está a aumentar à
escala mundial. Só na Europa existem actualmente mais de 200 fábricas em laboração. [10]
O gesso é uma matéria-prima indefinidamente reciclável, pois a composição química da matéria-prima
mantém-se inalterada nos produtos. É também um dos poucos produtos de construção que permite uma
reciclagem em “ciclo fechado”, isto é, os resíduos são utilizados para fazer o mesmo produto novamente.
[9]
O principal substituto químico do gesso natural é o gesso proveniente da dessulfuração de gases de
combustão. É obtido de centrais que operam a partir da queima de carvão. O gesso é um produto do
processo de purificação dos gases com o recurso a calcário. [9]
Actualmente a procura de gesso é servida por gesso de origem natural em primeiro lugar, e em seguida
por gesso obtido pelo processo de dessulfuração de gases. A procura do gesso é impulsionada
principalmente pelo sector da construção civil, e com a procura por habitações novas e remodeladas a
aumentar, tal como a necessidade de construir novas escolas, hospitais, escritórios ou lojas, é provável
que a procura por gesso continue a aumentar num futuro próximo a nível europeu e mundial. [11]
A qualidade do gesso produzido na instalação de dessulfuração na Central de Sines depende de vários
factores, entre eles o teor de enxofre no carvão, o teor de partículas à saída dos precipitadores
electrostáticos e da pureza do calcário utilizado. A Tabela 1 contém informação sobre a qualidade do
gesso que pode ser obtido na Central de Sines consoante os três parâmetros mencionados.
19
Tabela 1 - Qualidade do gesso produzido na Instalação de Dessulfuração da Central de Sines
No caso de carvões de consumo com um teor de enxofre superior a 1%, a obtenção de gesso com
pureza superior a 90% implica a utilização de calcário com uma pureza superior a 90%. Por exemplo,
para obter gesso com pureza de 95% é necessário utilizar calcário com pureza superior a 96%. Caso o
teor de enxofre no carvão seja inferior a 1% (como é o caso na Central de Sines), a pureza do calcário
terá de ser ainda superior. De referir que na Alemanha grande parte das centrais que produzem gesso
para “wallboard” utilizam como reagente cal em substituição do calcário.
A cor do gesso obtido depende essencialmente da cor do calcário utilizado, e também, do teor em
partículas dos gases de combustão. Por exemplo, se o calcário tiver mais ferro, o gesso terá uma
coloração mais alaranjada. Para obter gesso com um índice de brancura ao nível do obtido pelas
eléctricas alemãs que fornecem gesso para a indústria de construção, seria necessária a utilização de cal
ao invés de calcário, sendo que em Portugal a cal é 4 a 5 vezes mais cara que o calcário, o que
inviabiliza a sua utilização.
Quanto aos cloretos e óxidos solúveis (tais como MgO, Na2O, SO2), a obtenção dos valores inferiores
das gamas indicadas implica maiores custos de operação da instalação de dessulfuração,
nomeadamente maior consumo de água, que corresponderá a um aumento da produção de efluentes
líquidos a tratar, que por sua vez acarreta um maior consumo de reagentes químicos e uma maior
produção de lamas que terão de ser depositadas em aterro.
Parâmetro Unidade Valor
Teor de Enxofre no carvão %mássica (seco) 0,4 0,8 >1
Teor de partículas à saída dos ESP mg/Nm3 a 6% O2 (seco) 45 45 45
Pureza mínima do calcário (teor em CaCO3) %mássica >90 >90 >90
Humidade Livre %mássica <10 <10 <10
Pureza do gesso (teor em CaSO4.2H2O) %mássica >87 >89,5 >90
Óxido de Magnésio solúvel em água (MgO) %mássica (seco) <0,1 - 2
Óxido de sódio (Na2O) %mássica (seco) <0,06 – 0,5
Cloretos (Cl-) %mássica (seco) <0,01 – 0,3
Dióxido de enxofre (SO2) %mássica (seco) <0,25 – 2,5
Carbonato de cálcio (CaCO3) %mássica (seco) <1,5 – 2,5
pH 5 – 9
Odor Neutro
Toxicidade Não tóxico
20
Por fim, quanto ao teor em carbonato de cálcio (CaCO3), a obtenção do valor inferior da gama
apresentada implica a utilização de um maior número de bombas de recirculação, ou seja, levaria a um
acréscimo do consumo eléctrico da instalação de dessulfuração.
4.1. Norma Eurogypsum
Estando a indústria do gesso em franco crescimento desde há largos anos, foi fundada no ano de 1961 a
Eurogypsum, que é uma federação europeia de associações nacionais de fabricantes de produtos
baseados no gesso. [12]
A principal tarefa da Eurogypsum consiste na promoção de um ambiente sustentável na Europa, graças
às credenciais ambientais, sociais e económicas dos produtos de gesso. [12]
Para atingir os objectivos a Eurogypsum tenta formatar a opinião através de “position papers” e das
melhores práticas e iniciativas na indústria, apoiar a legislação da União Europeia com projectos
financiados pela UE e desenvolve redes de cooperação com todas as partes interessadas. [12]
Para um sector como a construção civil é indispensável uma construção sustentável e renovação para
um crescimento “verde”, para permitir o bem-estar dos cidadãos. Este sector é bastante significativo em
termos de emprego e crescimento na Europa, com 14 a 15 milhões de pessoas a trabalhar nesta área só
na Europa. Desde 2008 que o sector sofreu um impacto devido à crise económica (desde fabricantes de
produtos, designers, empreiteiros, demolidores, etc.) [13]
Tendo em conta a situação, era muito importante pensar num crescimento sustentável para o sector e
desenvolver todas as suas potencialidades. Para tal, e para garantir materiais da melhor qualidade a
Eurogypsum criou uma norma para o gesso proveniente da dessulfuração de gases, norma que será
respeitada pelos produtores de gesso que estejam inseridos nesta federação. [13]
Estando a EDP inserida nesta federação e produzindo gesso no seu processo de dessulfuração, tem de
cumprir os critérios de qualidade da norma.
Os critérios de qualidade presentes na norma Eurogypsum estão relacionados com as propriedades
químicas do gesso, tais como a humidade, pureza, tipo de impurezas, pH e são os apresentados na
Tabela 2.
21
Tabela 2 - Critérios de qualidade do gesso proveniente de FGD
Parâmetros de Qualidade Unidade Critério de
Qualidade
Humidade (H2O) % mássica <10
Sulfato de Cálcio bi-hidratado (CaSO4.2H2O) % mássica >95
Sais de Magnésio, solúveis em água % mássica <0,10
Sais de Sódio, solúveis em água % mássica <0,06
Cloretos (Cl-) % mássica <0,01
Sulfito de Cálcio hemi-hidratado (CaSO3.1/2H2O) % mássica <0,5
pH 5 - 9
Cor Branco
Odor Neutro
Toxicidade Não tóxico
Os critérios de qualidade apresentados na Tabela 2 são definidos pela VGB Instruction Sheet “Analysis of
FGD Gypsum” (VGB-M701e, 1991). [14]
As análises dos sais solúveis, em água, de sódio, de magnésio, de potássio ou de manganês (Na2O,
MgO, K2O ou MnO), devem ser realizadas de acordo com os métodos analíticos referidos em VGB-M
701e Part I, 1991. [14]
Quanto à toxicidade, esta é determinada de acordo com o estudo de J. Beckert, H. J. Einbrodt e M.
Fischer, Comparison of Natural Gypsum and FGD Gypsum (1990). [15]
Para a determinação dos parâmetros de qualidade de gesso proveniente de instalações de
dessulfuração, podem ser também utilizados outros métodos de análise, mas terá de se verificar
previamente que produzem os mesmos resultados que os métodos mencionados ou que diferem apenas
de um factor de correlação constante.
22
5. Resultados
5.1. Análises do Gesso
De entre os vários parâmetros de qualidade presentes na norma Eurogypsum, são analisados na Central
Termoeléctrica de Sines, a pureza (teor em sulfato de cálcio), humidade e concentração de cloretos no
gesso proveniente da dessulfuração. Para além destes parâmetros são ainda analisados o teor em
carbonato de cálcio (CaCO3) e o teor de sulfitos (SO32-
).
Apesar da análise destes dois últimos teores (CaCO3 e SO32-
), torna-se sobretudo relevante analisar a
pureza em termos de sulfato de cálcio, pois um aumento em um ou em ambos os teores referidos, leva a
uma diminuição da pureza em termos de sulfato de cálcio.
Neste trabalho a base temporal sobre a qual recaem os estudos das diversas variáveis de processo e
condições de exploração foram os últimos 2 anos completos, isto é, 2014 e 2015.
Em seguida são apresentados nas Figuras 12 a 17 os resultados das análises referentes ao período
acima mencionado, para os 3 parâmetros estudados.
Figura 12 - Análises de pureza do gesso em 2014
93
94
95
96
97
98
99
100
01-01-2014 02-03-2014 01-05-2014 30-06-2014 29-08-2014 28-10-2014 27-12-2014
Pu
reza
(%)
Pureza do Gesso (CaSO4)
23
Figura 13 - Análises de pureza do gesso em 2015
Da observação das Figuras 13 e 14 é possível constatar que os níveis de pureza obtidos no gesso
proveniente da dessulfuração estão, salvo raras excepções em Dezembro de 2014, sempre acima dos
95% de CaSO4.2H2O estabelecidos como critério de qualidade pela norma Eurogypsum. Ou seja, este
não é um parâmetro que tenha trazido complicações no que concerne a cumprir com os critérios de
qualidade estabelecidos pela norma Eurogypsum.
De seguida são apresentados os registos da humidade do gesso neste mesmo período.
93
94
95
96
97
98
99
100
01-01-2015 02-03-2015 01-05-2015 30-06-2015 29-08-2015 28-10-2015 27-12-2015
Pu
reza
(%)
Pureza do Gesso (CaSO4)
24
Figura 14 - Análises de humidade do gesso em 2014
Figura 15 - Análises de humidade do gesso em 2015
Quanto à humidade do gesso no período em análise (Figura 14 e 15), verificam-se níveis de humidade
superiores a 10% no final de 2014 e em Junho de 2015, com ocorrências pontuais e em
Agosto/Setembro de 2015 o gesso apresentou uma humidade superior à desejada com alguma
frequência.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
01-01-2014 02-03-2014 01-05-2014 30-06-2014 29-08-2014 28-10-2014 27-12-2014
Hu
mid
ad
e (
%)
Humidade do Gesso
0
2
4
6
8
10
12
14
16
01-01-2015 02-03-2015 01-05-2015 30-06-2015 29-08-2015 28-10-2015 27-12-2015
Hu
mid
ad
e (
%)
Humidade do Gesso
25
Figura 16 - Análises de cloretos no gesso em 2014
Figura 17 - Análises de cloretos no gesso em 2015
Por fim, a composição em cloretos (Figuras 16 e 17) apresenta com bastante frequência valores
superiores ao limite definido na norma Eurogypsum (%mássica de cloretos <0,01%). De entre os três
parâmetros analisados na Central referentes aos critérios de qualidade do gesso (Pureza, Humidade e
%Cloretos), o nível de cloretos é que aquele que apresentou mais incumprimentos dos valores limite
definidos na norma e por consequência aquele que será alvo de um estudo mais aprofundado, visto que
o número de ocorrências fora de especificação é muito superior ao dos outros dois parâmetros.
0
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
0,08
01-01-2014 02-03-2014 01-05-2014 30-06-2014 29-08-2014 28-10-2014 27-12-2014
Clo
reto
s
(%)
Cloretos no Gesso
0
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
01-01-2015 02-03-2015 01-05-2015 30-06-2015 29-08-2015 28-10-2015 27-12-2015
Clo
reto
s
(%)
Cloretos no Gesso
26
5.2. Água recuperada da ITEL
Uma condicionante que terá influência na qualidade do gesso obtido no que toca ao seu teor em cloretos
é a qualidade e quantidade da água recuperada na ITEL da Central. Esta água é utilizada no processo de
dessulfuração nos absorvedores e também na fase de lavagem do gesso nos filtros de vácuo, onde
poderá ter especial influência, visto ser nessa fase que se opera a lavagem do gesso e caso a lavagem
seja realizada com água de pior qualidade, pior qualidade terá o gesso.
Em primeiro lugar analisou-se a qualidade da água recuperada no que toca ao seu teor em Cl- e, de
seguida, em que períodos essa água esteve a ser recuperada e reutilizada no processo (Figuras 18 e
19). O limite máximo estabelecido para o teor de cloretos na água tratada pela ITEL é de 1800 mg/L (ou
0,18%).
Este valor limite foi definido na fase de projecto da instalação de dessulfuração a partir dos balanços de
massa efectuados pelo tecnólogo responsável, neste caso da HITACHI. À data do projecto da instalação,
a qualidade média do efluente rejeitado em termos de cloretos rondava precisamente 1800 mg/L,
podendo também ter sido este um factor para definir o valor máximo como 1800 mg/L.
Figura 18 - Análises de cloretos na água recuperada da ITEL em 2014
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
01-01-2014 02-03-2014 01-05-2014 30-06-2014 29-08-2014 28-10-2014 27-12-2014
Clo
reto
s
(%)
Cloretos na Água Recuperada da ITEL
27
Figura 19 - Análises de cloretos na água recuperada da ITEL em 2015
Da análise das Figuras 18 e 19 apresentadas acima pode verificar-se que a concentração de cloretos na
água recuperada na Instalação de Tratamento de Efluentes Líquidos se encontrou em grande parte dos
últimos dois anos com valores acima do limite estabelecido de 0,18%, sendo que em 2015 raras foram as
ocasiões em que as análises mostraram valores inferiores ao valor limite.
Uma das razões para as análises se encontrarem constantemente acima dos valor limite de 1800 mg/L
definido na fase de projecto prende-se com o facto de à data do projecto existirem outros consumidores
de água industrial, como por exemplo os cinzeiros húmidos de recolha das escórias da caldeira
(partículas pesadas que caem na base da caldeira aquando da queima do carvão), que enviavam
grandes quantidades desta água para tratamento, o que originava um maior volume de água a tratar e
melhor qualidade. Com a introdução dos cinzeiros secos e com a aplicação de novas medidas de
aproveitamento de purgas das caldeiras (água desmineralizada), o efluente que actualmente chega à
ITEL é bastante menor em volume e pior em qualidade.
Apesar destes valores, é de notar que nem sempre esta água está a ser recuperada ao processo, e
mesmo nos períodos em que existe esta reciclagem ao processo, existe sempre uma diluição elevada o
que reduz este teor elevado em cloretos. Então, para se poder ter uma melhor compreensão da influência
desta recuperação de água no teor de cloretos no gesso, tem que se saber em que períodos existiu
efectivamente a recuperação desta água.
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
01-01-2015 02-03-2015 01-05-2015 30-06-2015 29-08-2015 28-10-2015 27-12-2015
Clo
reto
s
(%)
Cloretos na Água Recuperada da ITEL
28
Figura 20 - Volume de água recuperada da ITEL em 2014
Figura 21 - Volume de água recuperada da ITEL em 2015
Nas Figuras 20 e 21 estão representados os volumes de água que foi recuperada diariamente nos anos
2014 e 2015, sendo a informação importante a retirar destes 2 gráficos que entre a 2ª metade de Março
de 2014 e Setembro de 2014 e também entre Setembro de 2015 e o final desse ano, não existiu
recuperação de água proveniente da ITEL.
0
500
1000
1500
2000
2500
01-01-2014 02-03-2014 01-05-2014 30-06-2014 29-08-2014 28-10-2014 27-12-2014
Vo
lum
e (
m3)
Volume Aproveitamento Efluente ITEL
0
400
800
1200
1600
2000
2400
2800
01-01-2015 02-03-2015 01-05-2015 30-06-2015 29-08-2015 28-10-2015 27-12-2015
Vo
lum
e (
m3)
Volume Aproveitamento Efluente ITEL
29
Para uma melhor noção da influência desta recuperação no teor de cloretos cruzaram-se os valores do
volume de água recuperada com a concentração de cloretos no gesso. Esse cruzamento de dados
encontra-se em gráfico nas Figuras 22 e 23.
Figura 22 - Análise dos cloretos no gesso e volume de água recuperada da ITEL em 2014
Figura 23 - Análise dos cloretos no gesso e volume de água recuperada da ITEL em 2015
Analisando as Figuras 22 e 23, onde é possível fazer uma comparação entre os períodos em que ocorreu
recuperação de água da ITEL e os períodos em que se verificaram concentrações de cloretos superiores
a 100 ppm, valor limite estabelecido na norma Eurogypsum, existe uma tendência para, nos períodos em
0
250
500
750
1000
1250
1500
1750
2000
2250
2500
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
0,18
0,20
01-01-2014 02-03-2014 01-05-2014 30-06-2014 29-08-2014 28-10-2014 27-12-2014
Vo
lum
e (
m3)
Clo
reto
s
(%)
Cloretos no Gesso e Volume Aproveitamento Efluente ITEL
Cloretos Gesso
Limites Cloretos Gesso
Volume Aproveitamento ITEL
0
280
560
840
1120
1400
1680
1960
2240
2520
2800
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
0,18
0,20
01-01-2015 02-03-2015 01-05-2015 30-06-2015 29-08-2015 28-10-2015 27-12-2015
Vo
lum
e (
m3)
Clo
reto
s
(%)
Cloretos no Gesso e Volume Aproveitamento Efluente ITEL
Cloretos Gesso
Limite Cloretos Gesso
Volume Aproveitamento ITEL
30
que existe recuperação de água da ITEL, se verifique um teor de cloretos no gesso superior ao limite
estabelecido.
Esta observação torna-se especialmente evidente no ano de 2015, em que se recuperou água da ITEL
até Setembro, sendo que nestes 8 meses de 2015 se verificam níveis de cloretos no gesso superiores a
100 ppm com bastante frequência. A partir do momento em que deixa de ser realizada essa recuperação,
as análises dos cloretos no gesso passam a estar dentro do limite estabelecido pela norma Eurogypsum.
É também de realçar que entre Maio e final de Agosto de 2014, apesar de não existir aproveitamento de
efluente da ITEL, os teores de cloretos no gesso continuam altos. Uma explicação possível para esta
observação está relacionada com o tempo que é necessário para "descontaminar" todo o processo após
a utilização de água recuperada da ITEL. Outra explicação para tal é que a recuperação de água da ITEL
não será a única causa para o nível elevado de cloretos no gesso, havendo possivelmente outras
contribuições para esse teor elevado. No entanto, no início de 2015 verifica-se exactamente o contrário, o
teor em cloretos no gesso é baixo e continua-se a aproveitar efluente.
Uma análise que poderá ser feita é cruzar a qualidade da água aproveitada com a quantidade e
qualidade do gesso, tudo em termos de cloretos. Isto porque em teoria no Inverno com as chuvas existirá
mais efluente a chegar à ITEL proveniente das bacias do parque de carvão e de cinzas, com melhor
qualidade em termos de condutividade, ou seja, menor teor em cloretos. (Esta informação carece de
validação na prática, possivelmente com a realização de um estudo nesse sentido)
Estas observações confirmam algumas suspeitas de que a recuperação de água da ITEL poderia ser
uma das causas dos níveis elevados de cloretos no gesso, mas não assegura que esta seja a causa
única dos problemas, sendo provável que outras condições operatórias também tenham contribuído para
o teor de cloretos ser superior ao pretendido.
31
5.3. Calcário
No processo da dessulfuração de gases pelo método utilizado na Central de Sines, o principal reagente
utilizado no processo é o CaCO3. Para a utilização do calcário foram definidos a priori características
químicas e físicas que o calcário fornecido teria de cumprir.
As características químicas do calcário devem respeitar as seguintes condições (todos os valores
apresentados estão expressos em %mássica):
CaCO3 > 90%;
MgCO3 < 1,5%;
SiO2 < 2,0%;
Al2O3 < 1,0%;
Fe2O3 < 0,5%;
Teor de Humidade Livre < 5,0%.
De referir que o teor máximo de Mg apresentado é inferior ao valor para o qual a instalação de
dessulfuração em estudo foi dimensionada. Esta situação deve-se ao facto de se ter dimensionado a
instalação para o calcário que apresentava o teor mais elevado de Mg no conjunto das amostras
analisadas aquando dos estudos para o dimensionamento da instalação. No entanto, é importante referir
que, apesar deste sobredimensionamento, quanto mais elevado for o teor de Mg no calcário utilizado,
maiores serão os custos de operação da instalação de dessulfuração, nomeadamente devido à maior
produção de lamas originada pelo teor mais elevado de Mg.
É também de salientar que no Caderno de Encargos o teor máximo de SiO2 indicado era de 4,0% e não
2,0%. Contudo, a utilização de calcário com um teor de SiO2 mais elevado origina um maior desgaste,
por erosão, dos equipamentos mecânicos em contacto com o “slurry” de calcário e de gesso, como
bombas, tubagens, moinhos de calcário, etc. Por estes motivos a utilização de calcário com teores de
SiO2 mais elevados que 2,0% só será considerada caso existam claras vantagens comerciais associadas
à sua aquisição.
Quanto às características físicas do calcário, este deve respeitar uma determinada granulometria e
dureza. É exigida uma granulometria entre os 0 e 20 mm, para a qual foram dimensionados os moinhos
de calcário e uma dureza de 10 kWh/t. Aos eventuais fornecedores foi questionado quais os ensaios de
medição de dureza do calcário que efectuam para averiguar a facilidade de moagem do mesmo, e se o
valor é equivalente ao exigido.
32
Outra característica que é bastante importante ser averiguada neste caso é a reactividade. Para a
definição deste parâmetro teve de ser acordado previamente com o fornecedor qual seria o método a
utilizar para a medição da reactividade, e eventualmente, qual a entidade que procede à realização
destes testes. Os valores obtidos variam de método para método e a comparação de valores por
métodos distintos não será linear. Uma das empresas a quem a EDP encomendou estas análises foi a
Elsam, que segundo o método utilizado tem como valores de referência de reactividade:
Após 10 minutos > 55,3%;
Após 30 minutos > 87,8%.
Em 2015 foi estudada a alteração do fornecedor de calcário. Tendo em conta as análises do calcário
disponibilizadas pelo fornecedor contratualizado (fornecedor A) e por outro fornecedor concorrente
(fornecedor B), decidir-se-ia pela continuidade ou alteração do fornecedor.
As duas características químicas tidas em conta para tomar esta decisão foram a composição mássica
em CaCO3 e MgCO3. As análises disponibilizadas pelos fornecedores encontram-se nas figuras 24 e 25.
( Fornecedor A Fornecedor B)
Figura 24 - Análises de CaCO3 no calcário de dois fornecedores
98,0
98,2
98,4
98,6
98,8
99,0
99,2
99,4
99,6
99,8
100,0
18-09-2014 07-11-2014 27-12-2014 15-02-2015 06-04-2015 26-05-2015 15-07-2015 03-09-2015
% C
aC
O3
CaCO3 no Calcário
33
Figura 25 - Análises de MgCO3 no calcário de dois fornecedores
Ao comparar as análises efectuadas ao calcário dos dois fornecedores verificou-se que em termos de
composição em CaCO3 não se encontram diferenças significativas, sendo os valores médios da
percentagem mássica de CaCO3 de 98,6% para o fornecedor B e 98,5% para o fornecedor A.
O mesmo já não se aplica quando nos referimos ao MgCO3. A diferença no teor de MgCO3 é visível na
figura 25, tendo o fornecedor contratualizado, fornecedor A, um valor médio de 0,65% e o fornecedor
concorrente, fornecedor B, uma composição em MgCO3 de 0,45%. Esta diferença representa uma
redução do teor de Mg em 30,8%, o que tendo em conta o acima explicado acerca do teor de Mg e a sua
influência nos custos da instalação de dessulfuração, é bastante significativo.
Decidiu-se então pela mudança de fornecedor de calcário do fornecedor A para o fornecedor B.
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
18-09-2014 07-11-2014 27-12-2014 15-02-2015 06-04-2015 26-05-2015 15-07-2015 03-09-2015
% M
gC
O3
MgCO3 no Calcário
34
5.4. Moinhos de Calcário
Após analisar qual o efeito da recuperação de água da ITEL no nível de cloretos, seguiu-se a avaliação
de qual o impacto das condições operatórias dos moinhos de calcário na concentração de cloretos, caso
exista. As variáveis controladas e com dados passíveis de ser analisadas nesta fase seriam a intensidade
a que operam os moinhos e o tamanho da partícula tanto à saída dos moinhos, como dos hidrociclones.
Destas três variáveis, o tamanho da partícula à saída dos moinhos não tem importância para esta análise
tendo em conta a função do hidrociclone, que se apresenta a jusante no processo e que tem como
função “seleccionar” as partículas provenientes dos moinhos de calcário de acordo com as suas
dimensões, sendo então importante analisar a granulometria das partículas à saída dos hidrociclones.
Um hidrociclone é uma peça de bastante útil para
separar sólidos de diferentes dimensões através da
força centrífuga. Para tal, a alimentação do mesmo é
feita de forma tangencial na parte cilíndrica do
equipamento. Forma-se então um movimento em
espiral descendente que arrasta as partículas de
maiores dimensões para a saída inferior do
hidrociclone, denominada underflow. As partículas de
menores dimensões são arrastadas até ao centro do
hidrociclone, onde se forma um movimento espiral
ascendente que as leva a sair por um orifício no topo,
denominado overflow. A regulação do tamanho de
partícula no underflow e overflow é estabelecida pela
pressão a que o equipamento é operado, estabelecida
por uma bomba centrífuga.
Figura 26 - Funcionamento de um hidrociclone
35
Iniciou-se a avaliação das condições operatórias dos moinhos de calcário pela intensidade a que operam.
Figura 27 - Análise dos cloretos no gesso e intensidade dos moinhos em 2014
Figura 28 - Análise dos cloretos no gesso e intensidade dos moinhos em 2015
24
26
28
30
32
34
36
38
40
42
44
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
0,08
0,09
0,10
01-01-2014 02-03-2014 01-05-2014 30-06-2014 29-08-2014 28-10-2014 27-12-2014
Inte
nsid
ad
e (
A)
Clo
reto
s
(%)
Cloretos no Gesso e Intensidade dos Moinhos
Cloretos Gesso
Limites Cloretos Gesso
Intensidade Moinhos
24
26
28
30
32
34
36
38
40
42
44
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
0,08
0,09
0,10
01-01-2015 02-03-2015 01-05-2015 30-06-2015 29-08-2015 28-10-2015 27-12-2015
Inte
nsid
ad
e (
A)
Clo
reto
s
(%)
Cloretos no Gesso e Intensidade dos Moinhos
Cloretos Gesso
Limite Cloretos Gesso
Intensidade Moinhos
36
A intensidade dos moinhos de calcário nos anos de 2014 e 2015 variou entre os 38 e os 43 A. Pela
observação das figuras 27 e 28 não se podem tirar conclusões sobre a influência desta variável no nível
de cloretos, sendo observáveis oscilações na intensidade que não se reflectem nos teores de cloretos.
Apesar da intensidade dos moinhos de calcário não ser uma variável com impacto directo no processo,
está associada ao tamanho da partícula à saída dos moinhos e consequentemente do hidrociclone,
tamanho este que tem um efeito directo no processo.
Em teoria, a menor intensidade dos moinhos levará a um tamanho superior de partícula, o que é
desfavorável para o processo, sendo preferível uma partícula de menores dimensões, pois terá uma
maior área superficial e permitirá uma maior eficiência na reacção dentro dos absorvedores.
Portanto, o passo seguinte foi verificar qual a granulometria obtida à saída dos hidrociclones e verificar se
a intensidade dos moinhos estava a influenciar o tamanho da partícula nesta fase, ou se pelo contrário os
hidrociclones apenas deixavam passar as partículas de menores dimensões.
Figura 29 - Granulometria das partículas à saída dos hidrociclones em 2015
3
8
13
18
23
28
33
38
43
01-01-2015 02-03-2015 01-05-2015 30-06-2015 29-08-2015 28-10-2015 27-12-2015
d (
µm
)
Granulometria saída Hidrociclones
d (50%) Hidrociclones
d (90%) Hidrociclones
37
Ao avaliar os dados de granulometria das partículas à saída dos hidrociclones (apresentados na figura 29
acima em formato gráfico para melhor visualização) verificou-se que o tamanho da partícula média foi de
5,02 µm e apresentava um desvio padrão de 0,75 µm no ano de 2015. Quanto à granulometria à qual
90% das partículas são inferiores o valor médio sobe para 28,05 µm e o desvio padrão aumenta
consideravelmente, sendo de 9,59 µm. O limite definido aponta que 90% do calcário moído deve ser
inferior a 40 µm, o que está a ser cumprido.
Figura 30 - Intensidade dos moinhos de calcário e granulometria do calcário à saída dos hidrociclones em 2015
Observando a figura 30, verifica-se que apesar das constantes variações na intensidade de
funcionamento dos moinhos de calcário, as dimensões da partícula média se mantêm praticamente
constantes ao longo do ano. No que concerne à dimensão à qual 90% das partículas são inferiores, a
variação da granulometria é muito mais significativa ao longo do ano, mas não aparenta ter qualquer
relação directa com a intensidade dos moinhos. Esta seria a observação esperada visto que o objectivo
dos hidrociclones é “corrigir” a granulometria à saída dos moinhos, permitindo a passagem das partículas
de menores dimensões.
Constata-se que as condições operatórias dos moinhos de calcário não têm qualquer influência negativa
na concentração de cloretos do gesso.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
01-01-2015 02-03-2015 01-05-2015 30-06-2015 29-08-2015 28-10-2015 27-12-2015
d (
µm
)
Inte
nsid
ad
e
(A)
Intensidade Moinhos de Calcário e Granulometria saída Hidrociclones
Intensidade Moinhos
d (50%) Hidrociclones
d (90%) Hidrociclones
38
5.5. Absorvedores
A eficiência da dessulfuração pelo processo calcário/gesso depende bastante da tecnologia utilizada e
dos parâmetros cinéticos, em particular o valor de pH do absorvente, que é neste caso a suspensão de
calcário. [16]
Existem vários parâmetros que afectam o pH da suspensão de calcário, como o diâmetro médio das
partículas de calcário, a qualidade do calcário (em termos de conteúdo de CaCO3), o tempo de retenção
da suspensão nos absorvedores, a concentração de iões cloreto na suspensão entre outros. O impacto
destes parâmetros no pH já foi alvo de diversos estudos, de forma a manter o valor de pH dentro dos
limites pretendidos. [16]
O pH da suspensão de calcário é de tal forma importante, que é considerada a variável de processo mais
importante de ser controlada num sistema de dessulfuração de gases, que deve ser sujeita a controlo
contínuo e com verificação diária em laboratório. [17]
A importância do pH não se resume apenas à pureza do gesso obtido como produto secundário, pois se
o valor de pH estiver abaixo do limite, a eficiência de remoção de SO2 estará abaixo da desejada, mas
caso o pH se encontre acima da gama de valores desejada, a remoção de SO2 estará a um nível superior
e a pureza do gesso obtida será mais reduzida. Portanto é importante manter o pH dentro dos limites
estabelecidos. [17]
A gama de valores para o pH mais frequentemente utilizada e sugerida na literatura [20]
é entre 5 e 6,
apesar de alguns manuais de operação de sistema deste tipo sugerirem gamas mais apertadas, como
valores entre 5,3 e 5,8. [17]
No caso da Central de Sines a gama de valores considerada é a de 5 a 6.
Portanto, o 1º passo no que toca aos absorvedores foi verificar se o pH da suspensão de calcário se
encontrava dentro dos limites previstos.
39
Figura 31 - Análise do pH nos absorvedores em 2014
Figura 32 - Análise do pH nos absorvedores em 2015
Verifica-se que o pH nos absorvedores (cf. Figuras 31 e 32) se encontra dentro da gama de valores
pretendida, entre 5 e 6, tendo apenas algumas excepções momentâneas e não prolongadas no tempo,
que por si só não terão um impacto significativo na pureza do gesso, mas que ocorrendo em simultâneo
com outros factores pode contribuir para a obtenção de gesso fora de especificação.
2
3
4
5
6
7
8
01-01-2014 20-02-2014 11-04-2014 31-05-2014 20-07-2014 08-09-2014 28-10-2014 17-12-2014
pH
pH Absorvedores
pH Absorvedor 1
pH Absorvedor 2
pH Absorvedor 3
pH Absorvedor 4
Limite Inferior pH
Limite Superior pH
2
3
4
5
6
7
8
01-01-2015 20-02-2015 11-04-2015 31-05-2015 20-07-2015 08-09-2015 28-10-2015 17-12-2015
pH
pH Absorvedores
pH Absorvedor 1
pH Absorvedor 2
pH Absorvedor 3
pH Absorvedor 4
Limite Inferior pH
Limite Superior pH
40
Ou seja, o problema que se apresenta aqui não tem apenas uma origem, mas é originado por uma
conjugação de vários factores (mais ou menos importantes), que contribuem para a obtenção de gesso
que não está de acordo com a norma Eurogypsum.
Outro aspecto importante relativo aos absorvedores é a concentração de partículas provenientes dos
gases de combustão que passam pelos precipitadores electrostáticos e chegam aos absorvedores. Tal
como foi referido no Capítulo 4. O Gesso, um maior teor em partículas dará origem a um gesso com
menor pureza.
Na instalação de dessulfuração, e em concreto nos absorvedores, é medido o teor em partículas nos
gases de combustão quando estes atingem este equipamento. Em seguida, são apresentados os
resultados do teor em partículas nos absorvedores para os anos de 2014 e 2015 (Figuras 33 e 34).
Figura 33 - Concentração de partículas registadas nos absorvedores em 2014
0
50
100
150
200
250
300
01-01-2014 20-02-2014 11-04-2014 31-05-2014 20-07-2014 08-09-2014 28-10-2014 17-12-2014
Part
ícu
las (
mg
/Nm
3 a
6%
O2)
Partículas nos Absorvedores
PartículasAbsorvedor 1
PartículasAbsorvedor 2
PartículasAbsorvedor 3
PartículasAbsorvedor 4
LimitePartículas
41
Figura 34 - Concentração de partículas registadas nos absorvedores em 2015
Apesar dos registos do teor de partículas nos absorvedores não serem propriamente satisfatórios,
estando regularmente acima do limite estabelecido de 50 mg/Nm3 a 6% O2, a realidade é que apesar do
teor em partículas nos gases de combustão ser elevado, este valor excessivo de partículas acaba por
não se reflectir na pureza do gesso obtido.
Assim sendo, uma possível origem de problemas para a qualidade do gesso, em concreto para a pureza,
que seria o teor demasiado elevado de partículas nos gases de combustão após a passagem pelos
precipitadores electrostáticos, acaba por se tornar pouco relevante, pois as análises do gesso revelaram
níveis de pureza abaixo do desejado (95%) por apenas 3 vezes nas análises diárias nos últimos dois
anos, o que podem ser consideradas ocorrências insignificantes quando comparadas ao número de
ocorrências de outros problemas relacionados com a qualidade do gesso.
0
50
100
150
200
250
01-01-2015 20-02-2015 11-04-2015 31-05-2015 20-07-2015 08-09-2015 28-10-2015 17-12-2015
Part
ícu
las (
mg
/Nm
3 a
6%
O2)
Partículas nos Absorvedores
PartículasAbsorvedor 1
PartículasAbsorvedor 2
PartículasAbsorvedor 3
PartículasAbsorvedor 4
LimitePartículas
42
5.6. Carvão
O carvão consumido na Central Termoeléctrica de Sines é todo proveniente de importação, visto que em
Portugal já não existe produção de carvão, com um consumo anual superior a 3 milhões de toneladas. [19]
Sendo o tema desta dissertação a dessulfuração dos gases provenientes da combustão do carvão é
importante analisar qual o impacto da qualidade do carvão consumido na emissão dos gases, isto é, qual
o impacto das características químicas do carvão na composição dos gases emitidos na sua queima.
De acordo com a literatura [21]
um parâmetro que influencia as emissões de CO2 (não é objecto de estudo
nesta dissertação) e SO2 é a humidade do carvão. Segundo o estudo do Energy Research Center from
Lehigh University [21]
as emissões destes dois gases diminuem com a diminuição da humidade do carvão.
O gráfico apresentado na figura 35 faz parte das conclusões do estudo mencionado.
Figura 35 - Efeito da humidade do carvão nas emissões mássicas de CO2 e SO2
43
Figura 36 - Análises de humidade do carvão em 2014
Figura 37 - Análises de humidade do carvão em 2015
Nos anos de 2014 e 2015 a humidade média do carvão de consumo foi de 11,7% e 11,6%
respectivamente, o que é um valor dentro dos valores comuns dentro da indústria segundo a International
Energy Agency, que apresenta também estudos que usando um grande conjunto de dados que sugerem
que o poder calorífico do carvão é inversamente proporcional à humidade do carvão (Figura 38), ou seja,
quanto mais seco o carvão, maior será o seu poder calorífico. [22]
4
6
8
10
12
14
16
18
01-01-2014 20-02-2014 11-04-2014 31-05-2014 20-07-2014 08-09-2014 28-10-2014 17-12-2014
% H
um
idad
e
Humidade do Carvão
4
6
8
10
12
14
16
18
20
01-01-2015 20-02-2015 11-04-2015 31-05-2015 20-07-2015 08-09-2015 28-10-2015 17-12-2015
% H
um
idad
e
Humidade do Carvão
44
Figura 38 - Relação entre poder calorífico e humidade do carvão
Deste estudo constata-se que o carvão consumido na Central de Sines está a par da qualidade do carvão
consumido na indústria, encontrando-se com valores de abaixo de 12% no que à humidade diz respeito,
e com valores de poder calorífico da mesma ordem de grandeza dos obtidos neste estudo. As análises
realizadas ao carvão nos laboratórios de análise química da Central de Sines contemplam o poder
calorífico, superior e inferior (designados PCS e PCI respectivamente, apresentados nas figuras 39 e 40),
pelo que podemos comparar os valores obtidos na Central com os do estudo da International Energy
Agency.
Figura 39 - Análises do poder calorífico do carvão em 2014
20000
21000
22000
23000
24000
25000
26000
27000
28000
29000
30000
01-01-2014 20-02-2014 11-04-2014 31-05-2014 20-07-2014 08-09-2014 28-10-2014 17-12-2014
PC
(kJ/k
g)
Poder calorífico do Carvão
PCS
PCI
45
Figura 40 - Análises do poder calorífico do carvão em 2015
Comparando as análises relativas ao poder calorífico realizadas no laboratório de análises químicas da
Central de Sines, com os valores do estudo referido anteriormente, representados na figura 41, verifica-
se que os valores de poder calorífico obtidos nas análises na Central estão de acordo com o que seria
esperado para carvão com humidade de 11,65% (valor médio de 2014 e 2015), valores na ordem dos
26000 kJ/kg, como se verifica pela figura 41.
Figura 41 - Valor esperado de poder calorífico de carvão com 11,65% de humidade
20000
21000
22000
23000
24000
25000
26000
27000
28000
29000
30000
01-01-2015 20-02-2015 11-04-2015 31-05-2015 20-07-2015 08-09-2015 28-10-2015 17-12-2015
PC
(kJ/k
g)
Poder calorífico do Carvão
PCS
PCI
46
Nas figuras 42 e 43 apresentam-se as análises a carvão de consumo para o parâmetro do enxofre.
Figura 42 - Análises de enxofre no carvão em 2014
Figura 43 - Análises de enxofre no carvão em 2015
Segundo as análises do carvão (apresentadas em anexo e em formato gráfico nas figuras 42 e 43) e os
valores apresentados nas declarações ambientais anuais da EDP para as centrais termoeléctricas, o
carvão consumido na Central de Sines apresentou nos últimos anos para o parâmetro do enxofre valores
inferiores a 1,2% (0,76% e 0,73% em 2014 e 2015 respectivamente), cumprindo assim o Valor Limite de
Emissões (VLE) estabelecido na Licença Ambiental (LA 300/2009).
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
01-01-2014 20-02-2014 11-04-2014 31-05-2014 20-07-2014 08-09-2014 28-10-2014 17-12-2014
% S
Enxofre no Carvão
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
01-01-2015 20-02-2015 11-04-2015 31-05-2015 20-07-2015 08-09-2015 28-10-2015 17-12-2015
% S
Enxofre no Carvão
47
Assim sendo, o carvão consumido na Central está dentro dos rígidos padrões de qualidade exigidos para
a queima deste combustível fóssil, o que limita as emissões gasosas de dióxido de enxofre nos gases de
combustão, que têm de ser sujeitos a tratamento na unidade de dessulfuração, antes da sua libertação
para a atmosfera.
Ao analisar a humidade, poder calorífico e teor de enxofre no carvão constatou-se que não existe uma
relação negativa entre estes parâmetros e a não conformidade do gesso. Confirma-se então que estes
três parâmetros estão dentro dos valores expectáveis, não tendo qualquer contribuição negativa para a
qualidade do gesso.
Apenas de salientar que o teor de enxofre está abaixo do valor limite de 1,2%, e que sendo na ordem dos
0,7% permite a obtenção de gesso com a pureza pretendida, tendo em conta os valores apresentados na
Tabela 1.
48
5.7. Substituição das telas dos filtros de vácuo
Um aspecto que não é exactamente uma variável do processo, mas que se suspeita ser bastante
importante para obtenção de gesso de melhor qualidade, é o ciclo de vida das telas dos filtros de vácuo,
utilizadas na filtração da suspensão de gesso.
Para verificar a importância da substituição das telas na obtenção de gesso dentro das especificações
procuraram-se as datas das substituições das telas, que estão resumidas na Tabela 3.
Tabela 3 – Datas da substituição de telas dos filtros de vácuo
Data Local Instalação
05/01/2011 Tela 1
09/02/2011 Tela 2
12/11/2013 Tela 2
10/02/2015 Tela 2
18/09/2015 Tela 3
01/10/2015 Tela 2
02/10/2015 Tela 1
Encontravam-se registadas no sistema as datas apresentadas acima, mas ressalva-se o facto de
possivelmente terem sido efectuadas outras operações de manutenção e até mesmo de substituição das
telas que não foram devidamente registadas no sistema aquando da sua realização, e como tal não é
possível saber se (e quantas) operações de manutenção/substituição faltam na lista acima. Não existiam
registos de substituições nos anos de 2012 e 2014, o que é bastante improvável e também é de
estranhar que existam registos de 4 substituições das telas no tapete 2 e apenas 1 e 2 substituições nos
tapetes 3 e 1, respectivamente.
Ainda existiria outro detalhe que seria importante de analisar, que seria a porosidade das telas, pois
sabe-se que nem sempre foram usadas telas com a mesma porosidade, mas os registos das
substituições das telas não contêm informações sobre qual a malha retirada e qual foi a colocada em
termos de porosidade.
Apenas existe a informação que as telas colocadas em Setembro e Outubro de 2015 foram de
porosidade igual às de projecto, pois anteriormente (em data não determinada) foram colocadas à
experiência telas de menor porosidade para diminuição dos sólidos em suspensão na água do filtrado do
gesso, para melhor tratamento do efluente na ITEL da instalação de dessulfuração e sobretudo para
reduzir a produção de lamas.
49
Este objectivo foi alcançado na altura, mas porventura, houve um impacto negativo ao levar a uma
colmatação mais rápida das telas.
Figura 44- Análise dos cloretos no gesso e datas das substituições das telas em 2015
Com a falta de alguns dados de anos anteriores analisou-se o impacto da substituição das telas
desgastadas apenas no ano de 2015, para o qual existem mais dados. De facto, verifica-se que nos
períodos que se seguem à substituição das telas a qualidade do gesso em termos de níveis de cloretos
melhorou substancialmente.
Esta melhoria significativa, logo após a substituição das telas, deve-se principalmente à degradação e à
colmatação das telas que se vai acentuando ao longo do tempo, com a formação de caminhos
preferências de escorrimento. Ao ser colocada uma tela totalmente nova deixa de existir esta obstrução
dos poros da tela com suspensão de gesso, que não permitia que a lavagem e respectiva filtração da
suspensão fossem efectuadas com o rendimento desejado, o que dava origem à obtenção de gesso com
qualidade abaixo da desejada.
0
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
01-01-2015 20-02-2015 11-04-2015 31-05-2015 20-07-2015 08-09-2015 28-10-2015 17-12-2015
Clo
reto
s
(%)
Cloretos no Gesso e Substituição das Telas
Cloretos
Tela 2
Tela 3
Tela 2
Tela 1
50
6. Conclusões
O estudo do funcionamento da instalação de dessulfuração pelo processo calcário/gesso tinha como
primeiro objectivo verificar quais os critérios de qualidade do gesso presentes na norma Eurogypsum
eram respeitados, e caso não o fossem, qual a origem dessa não conformidade. Na Central de Sines são
testados três dos parâmetros presentes na norma Eurogypsum: pureza, humidade e cloretos.
O gesso é submetido a testes de pureza (que segundo a norma deve ser superior a 95%) e os valores
obtidos foram, salvo raras excepções pontuais, sempre superiores ao exigido. É também testada a
humidade no gesso (que para cumprir com a norma tem de ser inferior a 10%), para a qual se verificaram
alguns curtos períodos no final de 2014 e em 2015 em que a norma não era respeitada. Excluindo esses
períodos a humidade no gesso esteve sempre de acordo com os critérios de qualidade. Por fim, o gesso
é também testado ao nível da composição em cloretos (que não deve exceder os 0,01% em percentagem
mássica) e é neste aspecto que surgem os incumprimentos constantes à norma. Conclui-se então que
dos três parâmetros medidos na Central de Sines, aquele que apresenta frequentes incumprimentos dos
critérios de qualidade é a composição em cloretos.
Em seguida foram estudadas várias hipóteses que permitissem identificar quais as razões para a
ocorrência do nível elevado de cloretos no gesso obtido no processo da dessulfuração de gases. Uma
das suspeitas principais que contribuiria para o nível de cloretos no gesso prendia-se com a recuperação
de água proveniente da ITEL. Verificou-se que existe uma vasta coincidência temporal entre os períodos
em que existe a recuperação da água da instalação de tratamento de efluentes líquidos e os períodos em
que o gesso é obtido com um nível de cloretos superior ao exigido pela norma. Pelo contrário, nos
períodos em que não é efectuada a recuperação desta água a obtenção de gesso com níveis de cloretos
dentro do critério de qualidade é mais comum. É de salientar que esta análise não é exacta pois é
apenas uma associação lógica entre uma possível causa e um efeito, mas que não tem em conta todas
as variáveis que se alteram durante este período.
Tendo em conta a conclusão anterior, gostaria de sugerir um trabalho futuro em que seriam feitos testes
em que se manteriam as outras condições operatórias constantes de forma a poder estudar com maior
rigor qual a real influência da recuperação de água da ITEL.
Uma sugestão de um estudo futuro seria analisar o efluente que chega ao ITEL no Inverno, que em teoria
será de melhor qualidade devido à água das chuvas proveniente das bacias do parque de carvão e das
cinzas, e comparar com o restante do ano, com o intuito de validar a hipótese de que será mais fácil
recuperar água da ITEL no Inverno sem influenciar negativamente a qualidade do gesso, que no restante
ano.
51
Quanto ao calcário utilizado no processo, verificou-se uma alteração de fornecedor no ano de 2015 e
analisaram-se as razões para essa alteração. Da comparação das análises ao calcário dos fornecedores
constatou-se que, em termos de composição em CaCO3-, a diferença era insignificante, mas pelo
contrário, em termos de composição em MgCO3, o fornecedor concorrente apresentava valores 30%
inferiores, o que tendo em conta que um maior teor em Mg leva a maiores custos de operação da
instalação de dessulfuração, permitiu uma redução na produção de lamas e consequentemente uma
redução de custos. Logo, a alteração do fornecedor justificava-se.
Foram também estudadas as condições operatórias nos moinhos de calcário, que não deveriam ter
impacto no nível de cloretos, mas que têm influência nas reacções no interior do absorvedor e
consequentemente na eficiência do processo. Teoricamente, quanto menor a dimensão das partículas
provenientes do moinho, maior a área superficial das mesmas e maior a eficiência reaccional nos
absorvedores. Concluiu-se que apesar da intensidade a que operam os moinhos ser bastante variável ao
longo de cada ano, a utilização dos hidrociclones a jusante dos moinhos contribui para manter a
granulometria da partícula média de calcário praticamente constante, o que é pretendido para que não
exista uma influência na remoção do SO2 causada pela eficiência das reacções nos absorvedores.
Conclui-se também que as condições operatórias dos moinhos de calcário não têm qualquer influência
negativa na concentração de cloretos no gesso.
O pH nos absorvedores foi também alvo de estudo, pois tem influência em dois aspectos bastante
importantes: a remoção de SO2 e a pureza do gesso. Se o pH estiver abaixo da gama pretendida diminui
a eficiência de remoção de SO2 e se estiver acima a pureza do gesso será inferior à obtida em condições
de pH ideais (entre 5 e 6). Como se verificou no início deste trabalho a pureza do gesso está acima do
valor exigido na norma Eurogypsum, o que sugeria desde logo que o pH nos absorvedores estaria na
gama pretendida. Ao verificar as medições efectuadas confirmou-se que o pH se encontra na gama
pretendida, o que contribuiu para a obtenção de gesso com a pureza desejada.
Sendo o processo de dessulfuração aplicado para minimizar as emissões de SO2 proveniente da queima
de carvão, esta matéria-prima foi também analisada. De entre os vários parâmetros medidos na
composição do carvão de consumo, dois surgem como especialmente relevantes: a humidade e a
composição em enxofre. A humidade do carvão tem influência na sua queima, pois quanto mais elevada
for, mais elevadas serão as emissões de CO2 e SO2. Quanto à composição em enxofre do carvão é clara
a sua influência, pois será este teor que levará a uma maior ou menor concentração de SOx nos gases de
combustão. Concluiu-se que o valor médio de 11,7% de humidade do carvão nos últimos anos está
dentro dos padrões em centrais termoeléctricas segundo a International Energy Agency, o que deixa as
emissões a um nível normal segundos os padrões deste tipo de centrais. Quanto ao teor em enxofre, a
legislação em Portugal estabelece um VLE (valor limite de emissões) no qual está definido um teor
máximo de 1,2% de enxofre no carvão, o que de acordo com as declarações ambientais anuais emitidas
pela EDP é respeitado, apresentando sempre teores inferiores a 1,2%. Ou seja, a composição do carvão
52
consumido não contribui para um aumento das emissões de SOx que têm de ser tratados na unidade de
dessulfuração antes da sua libertação para a atmosfera. Confirmou-se então que estes parâmetros estão
dentro dos valores expectáveis, não tendo qualquer contribuição negativa para a qualidade do gesso. O
teor de enxofre está na ordem dos 0,7% o que permite a obtenção de gesso com a pureza pretendida.
Um aspecto que foi estudado e que tem influência directa no nível de cloretos é o ciclo de vida das telas
utilizadas na filtração a vácuo da suspensão de gesso. Concluiu-se que aquando das substituições das
telas se verificava uma melhoria clara na qualidade do gesso obtido após a filtração, passando de gesso
em não conformidade a estar conforme a norma. Esta conclusão leva a sugerir a realização de algum
trabalho futuro de forma a confirmar a formação de caminhos de escorrimento preferencial nas telas dos
filtros de vácuo (a partir de por exemplo medições da permeabilidade das telas) e se tal se vier a verificar
fazer um estudo de forma a optimizar o período máximo que uma tela deve estar em operação, isto é,
qual o ciclo de vida útil de cada tela.
Como se tornou claro ao longo da realização deste trabalho, a obtenção de gesso com um nível de
cloretos acima do permitido não se deve apenas a um factor, como a água recuperada ou a utilização
das telas possivelmente mais tempo do que o ideal, mas sim a uma conjugação de vários factores. Como
tal é sugerido a realização de trabalho futuro nesta área de forma a optimizar este processo.
53
7. Bibliografia
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[6] Declaração Ambiental 2009, Central Termoeléctrica de Sines, Direcção de Produção Térmica
[7] https://www.neundorfer.com/knowledge_base/electrostatic_precipitators.aspx, consultado em
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[8] Declaração Ambiental 2011, Central Termoeléctrica de Sines, Direcção de Produção Térmica
[9] http://www.eurogypsum.org/about-gypsum/what-is-gypsum/, consultado a 14/09/2016
[10] http://www.eurogypsum.org/about-gypsum/living-with-gypsum/, consultado a 14/09/2016
[11] http://www.eurogypsum.org/wp-content/uploads/2015/04/whatisgypsum.pdf, consultado a 14/09/2016
[12] http://www.eurogypsum.org/about-eurogypsum/eurogypsum-mission/, consultado a 7/06/2016
[13] http://www.eurogypsum.org/about-eurogypsum/european-parliament-gypsum-forum/, consultado a
07/06/2016
[14] VGB Instruction Sheet “Analysis of FGD Gypsum” (VGB-M701e), 1991
[15] BECKERT, J., EINBRODT, H. J., FISCHER, M., Comparison of Natural Gypsum and FGD Gypsum,
1990
[16] GLOMBA, Michał (2010) Technical Description of Parameters Influencing the pH Value of
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Management Association, 60:8, 1009-1016, DOI: 10.3155/1047-3289.60.8.1009 [Online]:
http://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.3155/1047-3289.60.8.1009
[17] GANSLEY, Ray, Wet FGD System Overview and Operation, WPCA Wet FGD Seminar Power Gen
International, December 2008 [Online]: http://wpca.info/pdf/presentations/Orlando_Dec2008/3-
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54
[18] YAN, Jinyue, Handbook of Clean Energy Systems, 6 Volume Set, Volume 5, page 1638, John Wiley
& Sons, 2015 [Online]: https://books.google.pt/books?id=In_hCgAAQBAJ&dq
[19] https://infoeuropa.eurocid.pt/files/database/000040001-000041000/000040768.pdf, consultado a
07/09/2016
[20] http://www.a-nossa-energia.edp.pt/pdf/desempenho_ambiental/da_76_2014_cen_term.pdf,
consultado a 07/09/2016.
[21] http://www.lehigh.edu/energy/research/PDF/Coal%20Drying_Paper%201.pdf, consultado a
12/05/2016
[22] https://www.iea.org/ciab/papers/power_generation_from_coal.pdf, consultado a 07/09/2016
55
Anexos
Anexo 1 - Análises do Carvão de consumo
Tabela 4 - Análises do carvão de consumo
PILHA PERIODO DE AMOSTRAGEM HT (%)
CINZ. (%)
M.V. (%)
C F. (%)
S (%)
C (%)
H (%) C/HOX
H (%) S/HOX
N (%)
O2 (%) C/HOX
O2 (%) S/HOX
PCS (Kcal/Kg)
PCI (Kcal/Kg)
3 D 06-01-2014 11,3 11,7 31,4 45,6 0,67 62,4 5,42 4,16 1,36 18,4 8,4 6127 5819
4 CD 06-01-2014 11,4 8,2 32,6 47,8 0,61 65,0 5,59 4,31 1,41 19,2 9,1 6388 6066
3 D 31-12-2013 e 01;02;03;04;05-01-2014 15,6 12,0 29,3 43,1 0,52 58,0 5,59 3,85 1,27 22,6 8,7 5708 5388
3 D 07-01-2014 10,2 8,1 33,1 48,6 0,54 66,4 5,56 4,43 1,43 18,0 9,0 6590 6267
2 CD 03;07;08-01-2014 13,2 4,6 34,4 47,8 0,56 65,0 5,88 4,40 1,43 22,6 10,8 6323 5964
4 CD 09-01-2014 10,8 10,9 31,4 47,0 0,58 63,5 5,40 4,18 1,48 18,2 8,6 6203 5889
4 CD 10-01-2014 10,1 12,1 31,6 46,3 0,60 62,7 5,30 4,17 1,46 17,8 8,9 6150 5845
4 CD 11-01-2014 10,2 13,8 29,9 46,1 0,66 61,4 5,12 3,98 1,46 17,6 8,5 5991 5698
1 AB 12;13;14;15;16-01-2014 13,9 6,2 33,5 46,5 0,60 63,5 5,80 4,25 1,25 22,7 10,4 6220 5877
4 AB 14;15;16-01-2014 12,8 9,7 32,0 45,5 0,63 62,4 5,61 4,18 1,24 20,5 9,1 6135 5809
4 AB 17-01-2014 14,6 12,5 30,5 42,4 0,53 58,0 5,53 3,91 1,17 22,2 9,3 5704 5384
4 AB 18-01-2014 13,8 9,6 31,3 45,2 0,60 62,1 5,68 4,13 1,25 20,7 8,4 6040 5710
4 CD 12;13;14-01-2014 10,7 5,2 33,7 50,3 0,49 68,5 5,76 4,56 1,33 18,7 9,1 6715 6381
4 AB 19;20-01-2014 12,0 11,9 31,2 45,0 0,85 60,8 5,43 4,10 1,22 19,9 9,3 5978 5662
1 AB 17;18;20-01-2014 14,6 10,0 32,0 43,4 0,65 59,1 5,64 4,00 1,16 23,5 10,5 5783 5445
4 AB 21;22-01-2014 12,4 13,3 30,4 44,0 0,62 58,8 5,29 3,91 1,19 20,8 9,8 5795 5484
1 CD 20;21;22;23;24;25;26-01-2014 12,1 5,4 34,4 48,1 0,73 65,3 5,76 4,41 1,30 21,6 10,8 6379 6035
3 CD 25;26-01-2014 13,4 11,2 31,1 44,3 0,66 60,0 5,51 4,02 1,25 21,4 9,5 5842 5520
3 AB 27-01-2014 14,5 7,1 32,8 45,6 0,58 61,9 5,78 4,16 1,25 23,4 10,5 6059 5724
4 AB 23;24-01-2014 10,3 7,3 32,9 49,5 0,71 66,5 5,54 4,39 1,38 18,6 9,4 6492 6177
3 CD 29-01-2014 14,4 6,8 32,6 46,2 0,59 63,3 5,76 4,15 1,29 22,3 9,5 6104 5768
1 AB 26-01-2014 9,9 9,8 32,1 48,2 1,74 65,9 5,41 4,30 1,30 15,8 7,1 6492 6195
1 CD 27;28;29;30;31-01-2014 e 01;02-02-2014 13,0 6,6 33,6 46,8 0,89 64,2 5,65 4,20 1,28 21,4 9,9 6266 5933
3 CD 27-01-2014 14,7 8,6 31,5 45,2 0,59 61,1 5,71 4,07 1,27 22,8 9,7 5943 5609
3 AB 28-01-2014 14,5 8,5 31,8 45,1 0,53 61,1 5,73 4,11 1,25 22,8 9,9 5980 5647
3 AB 29-01-2014 15,2 9,1 31,5 44,1 0,58 59,7 5,69 3,99 1,23 23,7 10,2 5829 5507
3 CD 30-01-2014 12,8 6,4 33,3 47,5 0,65 64,6 5,64 4,21 1,32 21,4 10,1 6258 5925
3 AB 31-01-2014 13,0 6,8 33,4 46,7 0,59 63,9 5,64 4,19 1,29 21,7 10,2 6191 5855
3 AB 01;02;03;04;05;06;07-02-2014 11,3 18,9 28,9 40,9 0,50 55,9 4,81 3,54 1,17 18,8 8,7 5372 5088
1 CD 03;04;05;06-02-2014 14,0 6,6 33,6 45,8 0,83 63,1 5,69 4,13 1,27 22,5 10,1 6151 5813
2 CD 06;07;08,09;10;11;12-02-2014 15,1 12,2 30,8 41,9 0,71 57,9 5,49 3,80 1,21 22,5 9,1 5616 5287
3 AB 08;09,10;11;12;13;14-02-2014 14,7 7,1 32,3 45,8 0,62 62,5 5,76 4,11 1,34 22,6 9,5 6019 5677
1 AB 11-02-2014 11,1 7,4 32,6 48,8 2,00 67,8 5,75 4,50 1,38 15,6 5,8 6757 6451
2 CD 13;14;15;16;17;18;19-02-2014 12,7 7,4 33,1 46,8 1,01 63,9 5,67 4,26 1,29 20,8 9,5 6233 5902
3 AB 15;16;17;18;19;20-02-2014 12,8 11,2 31,9 44,1 0,68 60,5 5,46 4,03 1,25 20,9 9,6 5863 5538
2 CD 20;21;22;24;25;26-02-2014 12,8 5,7 33,9 47,6 0,95 64,9 5,85 4,42 1,42 21,2 9,8 6339 5998
3 AB 21;22-02-2014 11,1 7,7 34,2 47,0 0,62 64,5 5,68 4,44 1,44 20,0 10,2 6283 5945
3 CD 22;23;24;25;26;27;28-02-2014 12,7 6,9 33,1 47,3 0,71 64,3 5,72 4,30 1,46 20,9 9,7 6227 5888
2 CD 27-02-2014 e 05-03-2014 9,0 9,1 33,6 48,3 1,74 66,5 5,54 4,50 1,46 15,7 7,7 6581 6276
3 CD 01;02;03;04,05-03-2014 12,6 8,3 32,7 46,4 0,66 62,9 5,60 4,19 1,41 21,1 10,0 6114 5783
3 CD 06;07;08-03-2014 11,7 7,9 32,8 47,6 0,70 63,9 5,54 4,24 1,44 20,5 10,2 6209 5883
1 CD 07;10;11;12;13-03-2014 8,2 8,0 33,6 50,2 1,89 68,4 5,49 4,58 1,48 14,8 7,5 6775 6474
4 AB 11;12-03-2014 12,2 10,2 31,0 46,5 0,53 62,5 5,42 4,05 1,45 19,9 9,0 6079 5764
2 CD 06;07-03-2014 7,6 8,8 33,3 50,4 1,86 68,4 5,36 4,51 1,47 14,2 7,5 6750 6454
3 CD 09;10-03-2014 8,2 12,4 30,2 49,3 1,11 65,4 4,97 4,05 1,40 14,7 7,5 6301 6018
4 AB 13;14-03-2014 10,7 8,1 33,1 48,1 0,89 65,7 5,54 4,34 1,47 18,3 8,8 6415 6098
5 B 10-03-2014 14,7 7,5 32,2 45,7 0,76 62,2 5,74 4,09 1,39 22,4 9,3 6065 5730
4 CD 11-03-2014 13,8 9,6 31,2 45,3 0,60 61,6 5,56 4,01 1,41 21,2 8,9 6011 5688
4 AB 17-03-2014 12,2 8,6 32,7 46,5 0,60 63,5 5,52 4,16 1,45 20,4 9,6 6182 5859
4 AB 15;16-03-2014 11,0 12,5 31,7 44,8 0,67 61,3 5,27 4,04 1,24 19,0 9,2 6004 5695
4 AB 18-03-2014 8,5 10,6 31,9 48,9 0,54 65,5 5,09 4,15 1,36 16,9 9,4 6328 6034
1 AB 14;17-03-2014 4,8 8,3 34,9 52,0 2,35 72,0 5,35 4,81 1,37 10,7 6,4 7165 6879
4 AB 19-03-2014 10,2 4,3 34,0 51,5 0,52 69,5 5,65 4,51 1,39 18,6 9,5 6779 6449
4 CD 19-03-2014 12,9 8,0 32,0 47,0 0,55 63,8 5,66 4,21 1,27 20,7 9,2 6239 5910
4 CD 20-03-2014 13,0 9,2 31,2 46,5 0,59 62,2 5,54 4,09 1,27 21,1 9,6 6084 5761
4 CD 21;22;23;24-03-2014 11,3 9,5 31,9 47,3 0,76 63,2 5,39 4,13 1,44 19,7 9,7 6242 5930
4 CD 25;26;27-03-2014 11,2 14,0 30,6 44,2 0,61 59,7 5,13 3,88 1,32 19,3 9,3 5829 5526
3 CD 28;29-03-2014 13,5 12,1 31,4 42,9 0,63 59,2 5,48 3,97 1,27 21,3 9,3 5888 5564
4 CD 28-03-2014 11,4 6,9 33,7 48,0 0,49 65,4 5,60 4,32 1,36 20,3 10,1 6396 6064
1 AB 28-03-2014 e 01;02;03-04-2014 12,1 9,7 32,4 45,9 0,85 62,1 5,34 3,99 1,30 20,8 10,1 6034 5716
3 AB 29;30;31-03-2014 e 01;02;03;04-04-2014 13,3 10,2 31,4 45,2 0,79 62,7 5,58 4,10 1,30 19,4 7,7 6143 5820
3 AB 05;06;07;08;09-04-2014 11,7 11,1 31,9 45,3 0,78 62,5 5,41 4,10 1,32 18,9 8,5 6106 5792
3 AB 10;11;12;13;14-04-2014 10,7 12,4 30,9 46,1 0,79 63,5 5,36 4,17 1,43 16,5 7,0 6196 5883
1 AB 11;14;15;16;17-04-2014 9,7 13,6 30,8 45,9 1,03 61,3 5,06 3,98 1,33 17,7 9,1 6051 5758
3 CD 14;15-04-2014 13,2 11,6 31,5 43,7 0,71 61,2 5,61 4,13 1,34 19,5 7,8 6005 5679
4 CD 15;16;17;18;19-04-2014 12,1 8,9 32,6 46,4 0,79 64,2 5,58 4,23 1,36 19,2 8,5 6309 5981
4 CD 20;21;22-04-2014 13,5 9,1 32,0 45,4 0,68 62,7 5,69 4,18 1,37 20,5 8,5 6140 5813
1 AB 21;22;23;24-04-2014 7,7 8,0 34,0 50,3 1,91 68,9 5,45 4,58 1,49 14,3 7,5 6854 6555
5 H-A 17-04-2014 14,4 9,7 32,2 43,7 0,99 62,4 5,81 4,20 1,22 19,9 7,1 6225 5892
4 CD 23-04-2014 12,4 6,6 33,8 47,2 0,73 65,8 5,77 4,39 1,40 19,7 8,7 6517 6183
56
PILHA PERIODO DE AMOSTRAGEM HT (%)
CINZ. (%)
M.V. (%)
C F. (%)
S (%)
C (%)
H (%) C/HOX
H (%) S/HOX
N (%)
O2 (%) C/HOX
O2 (%) S/HOX
PCS (Kcal/Kg)
PCI (Kcal/Kg)
4 AB 24;25;26;27;28-04-2014 12,4 9,2 32,2 46,2 0,81 62,9 5,53 4,14 1,32 20,3 9,2 6176 5859
1 AB 28;29;30-04-2014 e 02-05-2014 7,8 9,6 33,6 49,0 1,68 67,3 5,26 4,39 1,40 14,8 7,9 6690 6394
4 AB 29;30-04-2014 e 01;02-05-2014 11,4 11,1 32,5 45,0 0,87 62,9 5,38 4,11 1,30 18,5 8,3 6250 5935
3 CD 06;07-05-2014 12,4 8,8 32,9 45,9 0,70 63,8 5,65 4,27 1,40 19,7 8,7 6282 5952
4 AB 03;04-05-2014 11,0 10,5 32,6 45,9 0,78 63,3 5,59 4,36 1,38 18,5 8,7 6199 5874
4 AB 05-05-2014 11,9 7,8 33,2 47,1 0,68 65,3 5,67 4,33 1,25 19,3 8,7 6419 6084
4 CD 05;06-05-2014 11,0 8,8 33,6 46,7 0,65 64,7 5,58 4,35 1,26 19,1 9,3 6368 6057
1 AB 05;07-05-2014 10,1 12,2 31,5 46,2 1,58 62,6 5,19 4,05 1,19 17,3 8,3 6151 5859
3 CD 08-05-2014 10,0 13,1 32,3 44,7 0,78 62,3 5,35 4,24 1,26 17,3 8,4 6086 5811
3 CD 09-05-2014 11,6 9,7 32,6 46,0 0,82 63,4 5,44 4,15 1,20 19,4 9,1 6255 5933
3 CD 10;11-05-2014 11,1 9,8 33,0 46,0 0,74 63,9 5,45 4,21 1,21 18,9 9,0 6305 5983
5 B 06;07-05-2014 13,8 15,8 30,8 39,6 0,95 55,6 5,12 3,58 1,07 21,4 9,2 5420 5116
5 HB 12;13;14;15;16-05-2014 10,7 8,6 33,3 47,4 1,36 60,6 5,34 4,14 1,23 22,8 13,3 6333 6022
3 AB 15;16-05-2014 10,4 10,2 33,0 46,3 0,77 63,7 5,44 4,27 1,31 18,6 9,3 6290 5971
4 CD 17;18-05-2014 12,7 10,7 32,3 44,3 0,75 61,4 5,61 4,19 1,26 20,3 9,0 6027 5696
3 AB 11;12-05-2014 10,5 9,8 33,0 46,6 0,74 64,5 5,51 4,33 1,31 18,1 8,7 6320 5997
3 AB 13;14-05-2014 10,9 13,2 31,7 44,2 0,94 64,2 5,51 4,29 1,34 14,8 5,1 5951 5630
4 CD 19;20-05-2014 12,8 11,5 32,2 43,6 0,67 60,5 5,54 4,11 1,28 20,6 9,2 5978 5652
3 AB 17-05-2014 11,3 6,3 34,1 48,3 0,58 66,5 5,79 4,52 1,37 19,4 9,4 6563 6225
3 CD 17-05-2014 8,7 9,0 34,8 47,5 0,80 65,9 5,37 4,40 1,34 17,5 9,7 6511 6201
5 B 17-05-2014 11,2 10,0 33,1 45,6 0,92 62,4 5,32 4,06 1,32 20,0 10,1 6116 5804
5 HB 19;20;21;22;23;24-05-2014 10,6 7,9 33,8 47,7 1,47 65,4 5,54 4,35 1,41 18,4 8,9 6480 6161
4 CD 21;22;23;24-05-2014 11,2 5,8 34,1 48,9 0,61 66,9 5,74 4,49 1,45 19,4 9,5 6605 6311
4 AB 24-05-2014 11,4 10,1 32,3 46,2 0,59 63,5 5,56 4,28 1,43 20,6 9,2 6228 5943
4 AB 25-05-2014 11,4 12,1 32,2 44,4 0,59 61,8 5,44 4,17 1,39 18,7 8,6 6047 5768
4 AB 26;27-05-2014 11,6 12,2 32,1 44,0 0,57 61,4 5,40 4,10 1,37 19,1 8,7 6079 5802
5 HB 26;27;28;29-05-2014 10,1 8,4 33,3 48,2 1,58 65,4 5,52 4,39 1,38 17,7 8,8 6498 6197
3 CD 30;31-05-2014 12,3 10,7 32,4 44,7 0,63 62,0 5,59 4,22 1,29 19,9 9,0 6049 5727
3 CD 01;02-06-2014 10,8 12,6 32,4 44,2 0,64 61,2 5,37 4,16 1,27 19,1 9,4 6025 5728
4 AB 28;29,30-05-2014 11,0 8,1 33,7 47,2 0,56 65,5 5,67 4,43 1,36 18,8 9,0 6414 6086
5 B 29;30-05-2014 12,7 11,8 32,3 43,2 0,80 60,4 5,41 3,99 1,21 20,4 9,1 5833 5544
5 HB 02;03;04;05;06-06-2014 9,6 7,2 33,2 49,9 1,60 67,2 5,51 4,44 1,46 17,0 8,5 6649 6352
3 AB 05;06-06-2014 10,5 9,2 34,7 45,6 0,88 63,5 5,55 4,37 1,35 19,4 10,1 6289 5981
3 AB 07-06-2014 11,3 11,4 33,1 44,1 0,87 61,2 5,38 4,12 1,26 19,9 9,8 6018 5709
3 CD 03;04;05-06-2014 10,3 8,4 34,0 47,4 0,56 65,1 5,57 4,42 1,35 19,0 9,9 6434 6134
3 AB 08;09-06-2014 11,7 9,6 34,3 44,4 0,81 62,4 5,57 4,26 1,31 20,3 9,9 6156 5841
5 HB 09;11;12-06-2014 9,2 9,0 33,9 47,9 1,57 65,5 5,42 4,39 1,39 17,1 9,0 6512 6228
4 CD 11;12-06-2014 12,1 6,8 35,0 46,1 0,70 63,8 5,63 4,28 1,28 21,8 11,1 6295 5992
4 CD 13-06-2014 12,3 7,3 34,7 45,8 0,67 63,4 5,63 4,26 1,28 21,7 10,8 6224 5927
5B 11-06-2014 12,3 14,3 31,0 42,4 0,82 58,2 5,25 3,87 1,22 20,3 9,4 5639 5369
4 CD 16;17-06-2014 11,7 5,3 35,5 47,4 0,52 65,6 5,77 4,45 1,38 21,4 11,0 6406 6109
4 AB 18;19-06-2014 12,9 5,7 34,9 46,5 0,58 64,0 5,76 4,31 1,34 22,7 11,2 6285 5989
3 AB 10;11-06-2014 10,4 7,0 35,1 47,5 0,81 64,5 5,58 4,42 1,41 20,7 11,5 6386 6100
4 CD 14;15-06-2014 11,7 11,0 33,3 43,9 0,61 60,6 5,42 4,11 1,28 21,1 10,7 5961 5683
5 H A 13;17;18;19-06-2014 6,8 9,5 34,0 49,7 2,17 68,8 5,38 4,62 1,36 12,8 6,8 6866 6591
4 AB 20;21-06-2014 12,8 7,7 34,1 45,4 0,56 62,3 5,62 4,19 1,28 22,5 11,1 6116 5827
3 CD 23;24-06-2014 13,1 8,5 33,7 44,8 0,60 61,6 5,61 4,15 1,28 22,5 10,9 6021 5733
5 H A 20;24-06-2014 9,3 11,4 32,1 47,2 1,70 64,9 5,32 4,28 1,27 15,4 7,1 6471 6198
4 AB 22;23-06-2014 11,6 8,3 33,9 46,3 0,68 62,8 5,48 4,18 1,32 21,4 11,2 6156 5874
1 AB 23-06-2014 13,7 3,3 35,0 48,0 0,40 65,2 5,85 4,31 1,33 23,9 11,8 6363 6062
5 B 23-06-2014 12,7 8,6 32,8 46,0 0,73 62,4 5,54 4,12 1,31 21,4 10,2 6165 5880
3 CD 27;28-06-2014 10,9 8,4 31,4 49,3 0,64 65,3 5,36 4,14 1,36 18,9 9,3 6405 6130
3 CD 25-06-2014 14,0 7,9 33,2 44,9 0,59 61,3 5,63 4,07 1,28 23,3 10,9 6022 5732
3 CD 26-06-2014 14,4 7,2 33,5 44,9 0,59 61,6 5,68 4,07 1,27 23,7 10,9 6057 5765
5 25;26;27;30-06-2014 e 01-07-2014 9,1 8,7 32,7 49,6 1,76 66,7 5,35 4,33 1,36 16,2 8,1 6552 6278
3 AB 29;30-06-2014 13,9 6,9 33,4 45,8 0,51 62,5 5,71 4,15 1,30 23,1 10,8 6074 5780
3 AB 01-07-2014 13,5 6,7 34,0 45,8 0,50 63,0 5,70 4,20 1,32 22,8 10,8 6128 5835
3 AB 02;03-07-2014 13,2 7,3 33,7 45,8 0,56 62,9 5,63 4,15 1,32 22,2 10,5 6148 5859
3 CD 29-06-2014 11,8 5,7 34,9 47,6 0,57 65,4 5,65 4,33 1,37 21,3 10,8 6353 6063
3 CD 05;06-07-2014 13,8 5,1 34,6 46,5 0,58 64,2 5,86 4,32 1,34 22,9 10,6 6233 5931
5 02;03-07-2014 11,4 18,1 29,2 41,4 1,11 55,2 4,84 3,56 1,06 19,7 9,6 5390 5142
3 CD 07;08-07-2014 13,9 7,0 33,4 45,7 0,68 62,5 5,73 4,17 1,19 23,0 10,6 6064 5770
3 AB 04;05-07-2014 12,1 4,7 35,2 47,9 0,58 65,7 5,77 4,42 1,25 22,0 11,2 6410 6113
3 CD 09;10-07-2014 13,2 6,7 34,1 46,0 0,72 62,9 5,63 4,15 1,18 22,9 11,1 6140 5850
5 F 07;08;09;10-07-2014 7,5 17,3 26,9 48,4 0,61 61,6 4,50 3,66 1,35 14,6 8,0 5886 5656
4 CD 11;12-07-2014 12,8 7,9 34,0 45,4 0,58 62,8 5,64 4,21 1,19 21,9 10,6 6116 5826
5B 11-07-2014 10,0 12,8 31,9 45,3 0,82 61,2 5,22 4,10 1,24 18,7 9,9 5978 5710
3CD 11-07-2014 11,7 6,8 34,3 47,3 0,63 64,4 5,67 4,37 1,28 21,2 10,8 6318 6026
4CD 13-07-2014 12,9 8,9 33,1 45,2 0,62 61,1 5,59 4,15 1,25 22,5 11,1 6011 5723
4CD 14-07-2014 9,5 6,5 33,6 45,9 0,60 62,4 5,79 4,22 1,25 23,5 11,1 6118 5820
4CD 15;16-07-2014 11,9 6,4 34,6 47,0 0,64 64,0 5,63 4,30 1,26 22,0 11,4 6268 5979
4CD 17-07-2014 11,0 2,3 36,9 49,8 0,63 68,6 5,79 4,56 1,35 21,3 11,5 6722 6425
4AB 17;18;19-07-14 13,6 5,5 34,5 46,5 0,5 63,4 5,75 4,23 1,27 23,6 11,5 6175 5879
4AB 20;21-07-2014 13,5 11,8 31,0 43,7 0,6 59,3 5,39 3,88 1,22 21,6 9,7 5777 5499
4AB 22;23-07-14 12,8 9,1 33,2 44,9 0,7 61,0 5,51 4,08 1,20 22,5 11,1 6009 5726
5F 14;15;16;17;18;19;20-07-2014 9,9 15,9 28,4 45,8 0,8 59,9 4,79 3,69 1,33 17,2 8,4 5788 5542
5F 21;22;23;24;25-07-14 9,0 15,9 27,1 57,9 0,79 61,6 4,75 3,74 1,41 15,6 7,6 5886 5642
3CD 26-07-2014 12,5 8,5 33,4 45,6 0,57 63,1 5,7 4,3 1,3 20,8 9,7 6132 5839
3CD 27-07-2014 12,3 8,9 33,1 45,6 0,55 63,1 5,67 4,29 1,29 20,5 9,5 6111 5820
3CD 28-07-2014 12,6 12,2 32,4 42,8 0,6 58,5 5,42 4,01 1,2 22,2 11 5740 5461
3CD 29-07-2014 12,2 7,9 33,5 46,4 0,53 64 5,68 4,32 1,31 20,5 9,7 6216 5924
57
PILHA PERIODO DE AMOSTRAGEM HT (%)
CINZ. (%)
M.V. (%)
C F. (%)
S (%)
C (%)
H (%) C/HOX
H (%) S/HOX
N (%)
O2 (%) C/HOX
O2 (%) S/HOX
PCS (Kcal/Kg)
PCI (Kcal/Kg)
3CD 30;31-07-2014 11,0 5,2 35,2 48,6 0,52 67,2 5,76 4,53 1,36 19,9 10,1 6509 6213
4AB 24;25-07-2014 13,3 5,5 34,7 46,5 0,58 63,9 5,81 4,33 1,29 22,9 11,1 6196 5897
5B 25-07-2014 12,9 9,3 32,4 45,4 0,72 61,9 5,58 4,14 1,26 21,2 9,7 6043 5756
3AB 31;01-08-2014 7,8 14,4 30,9 46,9 0,71 63,6 5,1 4,23 1,28 14,9 8 6271 6010
3AB 02-08-2014 10,6 13,6 30,7 45,2 0,62 61,9 5,34 4,16 1,26 17,3 7,9 6092 5817
3AB 03-08-2014 9,5 12,9 31,3 46,3 0,62 63,5 5,31 4,24 1,28 16,4 7,9 6423 5971
3AB 04;05-08-2014 8,5 8,3 33,4 49,9 0,59 68,3 5,53 4,58 1,39 16,0 8,4 6708 6425
4CD 06-08-2014 8,9 13,2 31,5 46,4 0,64 63,0 5,24 4,24 1,28 16,6 8,8 6119 5850
4CD 07-08-2014 7,7 13,2 31,2 47,9 0,71 65,2 5,20 4,33 1,28 14,4 7,6 6441 6175
4CD 08-08-2014 8,6 18,0 30,6 42,8 0,57 59,3 4,96 4,00 1,21 16,0 8,3 5828 5574
4CD 09-08-2014 9,9 12,5 31,4 46,2 0,60 62,9 5,38 4,28 1,29 17,3 8,5 6214 5938
5B 05;06-08-2014 11,8 11,5 31,5 45,2 0,82 60,7 5,29 3,97 1,26 20,4 9,9 5905 5633
4 CD 10;11-08-2014 9,2 12,5 32,3 46,0 0,57 63,6 5,33 4,30 1,33 16,7 8,5 6261 5988
4 AB 13-08-2014 8,2 17,1 31,0 43,7 0,63 60,6 5,02 4,10 1,27 15,4 8,1 5983 5726
4 AB 11;12-08-2014 7,4 10,8 32,7 49,1 0,59 66,8 5,30 4,48 1,39 15,1 8,6 6554 6282
4 AB 14-08-2014 7,2 10,8 33,1 48,9 0,65 67,5 5,31 4,50 1,39 14,4 7,9 6624 6352
3 CD 17-08-2014 5,9 14,3 30,4 49,3 0,77 66,2 5,02 4,36 1,28 12,4 7,1 6477 6220
3 CD 19-08-2014 9,5 13,3 31,3 45,9 0,65 62,2 5,19 4,13 1,24 17,4 9,0 6184 5918
3 CD 20-08-2014 7,1 11,9 32,8 48,1 0,62 66,1 5,25 4,45 1,36 14,8 8,4 6528 6260
4 AB 15;16-08-2014 7,1 10,6 32,6 49,6 0,65 66,8 5,24 4,44 1,36 15,4 9,0 6652 6383
3 CD 18-08-2014 9,8 15,3 30,4 44,4 0,61 61,3 5,24 4,14 1,30 16,2 7,5 6015 5746
5B 16;17-08-2014 7,4 11,9 31,0 49,7 0,65 66,1 5,10 4,27 1,41 14,9 8,3 6421 6160
3 CD 21;22-08-2014 9,0 8,3 33,3 49,3 0,58 68,0 5,63 4,62 1,40 16,0 8,0 6682 6394
3 AB 22;23-08-2014 9,0 9,8 32,9 48,2 0,62 66,2 5,45 4,45 1,36 16,5 8,6 6448 6168
3 AB 24-08-2014 10,4 10,3 32,5 46,8 0,62 64,2 5,48 4,32 1,32 18,1 8,8 6249 5968
3 AB 25-08-2014 10,4 13,2 31,6 44,8 0,63 61,9 5,39 4,22 1,29 17,6 8,3 6050 5774
3 AB 26;27-08-2014 9,2 12,1 32,1 46,6 0,68 63,6 5,25 4,23 1,29 17,0 8,9 6257 5987
4 CD 28-08-2014 8,0 12,0 32,3 47,7 0,67 65,1 5,22 4,33 1,32 15,7 8,6 6375 6108
4 CD 29-08-2014 8,1 12,0 31,8 48,0 0,73 65,1 5,22 4,30 1,31 15,6 8,4 6355 6088
4 CD 30-08-2014 11,5 10,7 32,5 45,3 0,60 62,1 5,46 4,17 1,29 19,8 9,6 6074 5794
4 CD 31-08-2014 12,6 9,3 32,8 45,3 0,58 62,4 5,61 4,20 1,30 20,8 9,7 6089 5801
5 B 27-08-2014 9,6 11,9 31,4 47,0 0,70 62,8 5,15 4,07 1,35 18,0 9,5 6152 5888
4 AB 02;03-09-2014 11,1 6,0 35,5 47,4 0,67 65,0 5,65 4,41 1,39 21,2 11,4 6344 6054
4 AB 04-09-2014 12,8 9,9 33,5 43,8 0,92 60,7 5,59 4,15 1,31 21,6 10,2 5934 5646
4 AB 05-09-2014 11,8 12,1 32,6 43,4 0,73 60,1 5,36 4,03 1,25 20,5 10,0 5838 5563
4 CD 01;02;07-09-2014 7,3 10,3 33,5 48,9 0,73 67,8 5,26 4,44 1,35 14,7 8,1 6566 6297
4 CD 08-09-2014 12,8 8,6 33,8 44,9 0,72 62,3 5,56 4,13 1,29 21,6 10,2 6059 5774
4 CD 09-09-2014 11,6 7,5 34,4 46,4 0,96 64,3 5,57 4,27 1,33 20,3 9,9 6230 5944
4 CD 10-09-2014 11,6 6,7 35,7 46,0 0,74 65,3 5,63 4,32 1,35 20,3 9,9 6315 6022
4 AB 06;07-09-2014 11,6 7,3 34,4 46,7 0,83 64,2 5,58 4,28 1,33 20,8 10,5 6227 5940
4 CD 11-09-2014 13,1 10,1 32,9 43,9 0,80 60,8 5,52 4,06 1,25 21,6 9,9 5915 5631
3 CD 13-09-2014 11,6 8,7 34,0 45,7 0,77 63,9 5,57 4,27 1,32 19,8 9,5 6178 5892
3 CD 15-09-2014 12,2 10,7 34,1 43,0 0,77 60,9 5,46 4,10 1,25 20,9 10,1 5951 5670
3 CD 14-09-2014 12,7 8,1 33,5 45,6 0,80 62,7 5,63 4,21 1,31 21,4 10,1 6116 5827
4 CD 12;13-09-2014 10,7 5,3 35,3 48,6 0,72 67,4 5,66 4,47 1,41 19,5 10,0 6548 6257
3 CD 16;17-09-2014 13,8 8,4 33,5 44,3 0,75 62,1 5,69 4,15 1,31 21,7 9,5 6021 5728
3 AB 19;20-09-2014 14,3 7,6 33,4 44,7 0,90 62,0 5,77 4,17 1,31 22,4 9,8 6017 5721
3 CD 18;19-09-2014 12,2 6,9 34,7 46,2 0,72 63,6 5,72 4,35 1,38 21,7 10,8 6252 5958
3 AB 23;24-09-2014 12,7 8,1 33,6 45,6 0,74 62,5 5,63 4,20 1,33 21,7 10,4 6116 5827
4 AB 27-09-2014 11,0 12,6 30,8 45,6 0,62 61,1 4,98 3,75 1,36 19,3 9,5 5935 5679
3 AB 21;22-09-2014 14,1 7,7 33,2 45,0 0,77 61,7 5,78 4,20 1,33 22,7 10,2 6033 5736
4 AB 26-09-2014 11,6 10,5 30,7 47,2 0,60 62,7 5,27 3,97 1,41 19,5 9,2 6050 5780
4 AB 28-09-2014 13,6 11,7 29,7 45,0 0,89 59,6 5,42 3,90 1,33 21,1 9,0 5780 5501
5B 24-09-2014 15,0 8,2 32,0 44,8 0,77 60,6 5,81 4,13 1,25 23,4 10,1 5904 5606
5C 24;25-09-2014 13,0 12,4 32,1 42,5 0,77 59,2 5,48 4,03 1,18 20,9 9,4 5838 5556
3 AB 25-09-2014 11,3 5,7 35,0 48,0 0,70 65,6 5,73 4,47 1,36 20,8 10,8 6448 6154
3 CD 25-09-2014 9,4 16,9 23,8 49,9 0,46 60,4 4,41 3,36 1,45 16,4 8,1 5803 5576
4 CD 02-10-2014 10,5 5,0 35,4 49,0 0,65 66,2 5,63 4,45 1,36 21,1 11,8 6540 6251
4 CD 03-10-2014 10,8 6,2 34,2 48,8 0,69 65,6 5,56 4,35 1,34 20,7 11,1 6437 6151
4 CD 30-09-2014 e 01-10-2014 11,2 8,4 32,4 48,1 0,66 64,0 5,35 4,10 1,38 20,2 10,3 6233 5959
4 AB 29;30-09-2014 13,3 13,3 30,3 43,1 0,59 58,1 5,29 3,80 1,21 21,5 9,7 5672 5400
4 CD 04;05-10-2014 10,8 7,7 33,2 48,2 0,61 64,7 5,50 4,28 1,38 20,1 10,5 6323 6041
3 CD 06;07-10-2014 11,8 8,9 32,1 47,2 0,63 62,8 5,48 4,16 1,39 20,8 10,3 6130 5848
5C 06-10-2014 13,3 11,1 31,7 44,0 0,71 60,5 5,69 4,21 1,29 20,7 8,9 5991 5699
3 CD 08-10-2014 11,5 9,2 33,0 46,3 0,67 63,1 5,49 4,20 1,44 20,1 9,9 6167 5885
4 CD 06-10-2014 10,2 6,6 33,9 49,4 0,61 66,1 5,59 4,45 1,49 19,7 10,6 6473 6186
3 CD 09-10-2014 12,8 8,6 32,1 46,5 0,62 62,5 5,60 4,17 1,26 21,4 10,1 6072 5784
3 CD 10-10-2014 12,8 9,8 31,7 45,7 0,62 61,3 5,57 4,14 1,30 21,4 10,0 5989 5703
3 AB 12;13-10-2014 16,1 6,2 33,6 44,0 1,08 60,4 5,97 4,17 1,21 25,0 10,7 5967 5660
3 AB 14-10-2014 13,7 7,6 33,5 45,2 0,70 61,7 5,84 4,31 1,26 23,0 10,8 6073 5772
3 CD 11;12-10-2014 12,1 7,5 32,8 47,6 0,57 63,6 5,58 4,22 1,35 21,4 10,7 6087 5801
3 AB 15;16-10-2014 13,0 6,1 34,4 46,6 0,70 63,5 5,88 4,43 1,33 22,6 11,0 6090 5788
4 AB 19;20-10-2014 13,0 6,0 34,5 46,5 0,76 63,3 5,87 4,42 1,31 22,7 11,2 6264 5962
4 AB 21-10-2014 11,9 4,5 35,7 47,9 0,59 66,7 5,86 4,53 1,34 21,0 10,4 6434 6133
4 AB 22-10-2014 13,1 6,6 34,3 46,1 0,70 64,3 5,81 4,34 1,27 21,4 9,8 6200 5902
3 AB 17;18-10-2014 11,8 6,2 34,6 47,5 0,73 65,2 5,74 4,42 1,31 20,9 10,4 6326 6031
5 C 18;19-10-2014 13,7 13,0 30,3 43,0 0,71 59,6 5,47 3,94 1,23 20,0 7,9 5747 5466
4 AB 23-10-2014 13,2 5,8 34,3 46,7 0,66 64,0 5,83 4,35 1,27 22,5 10,7 6184 5884
4 AB 24;25-10-2014 11,5 4,8 35,1 48,6 0,56 66,4 5,94 4,65 1,37 20,9 10,7 6468 6163
4 CD 25;26-10-2014 12,9 9,0 31,3 46,9 0,49 62,6 5,58 4,14 1,32 21,0 9,6 6031 5745
4 CD 27-10-2014 12,3 9,4 31,1 47,2 0,51 62,9 5,56 4,18 1,36 20,3 9,4 6070 5784
58
PILHA PERIODO DE AMOSTRAGEM HT (%)
CINZ. (%)
M.V. (%)
C F. (%)
S (%)
C (%)
H (%) C/HOX
H (%) S/HOX
N (%)
O2 (%) C/HOX
O2 (%) S/HOX
PCS (Kcal/Kg)
PCI (Kcal/Kg)
4 CD 28-10-2014 12,6 9,4 31,3 46,7 0,51 62,6 5,56 4,15 1,33 20,6 9,4 6020 5735
4 CD 29-10-2014 13,2 9,3 31,8 45,7 0,63 61,9 5,68 4,21 1,31 21,2 9,4 5991 5699
3 CD 31-10-2014 e 01-11-2014 11,0 11,3 31,0 46,7 0,62 62,3 5,35 4,12 1,32 19,1 9,3 6041 5766
4 CD 30;31-10-2014 12,4 7,7 32,9 47,0 0,60 63,8 5,75 4,36 1,31 20,8 9,8 6153 5858
3 CD 02-11-2014 10,8 9,8 32,2 47,2 0,72 63,8 5,49 4,29 1,33 18,9 9,3 6152 5870
3 CD 03-11-2014 11,7 11,0 31,4 45,9 0,68 62,2 5,34 4,03 1,36 19,4 9,0 6010 5735
3 CD 04;05-11-2014 11,5 10,4 33,2 44,9 0,72 62,5 5,41 4,12 1,34 19,6 9,4 6093 5815
3 AB 05;06-11-2014 11,9 7,3 33,4 47,4 0,68 65,3 5,67 4,34 1,36 19,6 9,1 6387 6096
3 AB 07-11-2014 12,8 9,7 31,6 45,8 0,58 62,4 5,51 4,08 1,36 20,4 9,1 6062 5779
3 AB 08-11-2014 12,9 11,6 31,1 44,5 0,57 60,8 5,46 4,01 1,32 20,3 8,9 5905 5625
3 AB 09-11-2014 12,6 12,4 31,5 43,6 0,61 60,7 5,42 4,01 1,33 19,6 8,4 5893 5615
5 C 05-11-2014 14,7 17,3 28,2 39,8 0,72 53,8 5,21 3,56 1,17 21,8 8,7 5219 4951
3 AB 10;11-11-2014 13,3 8,7 32,9 45,1 0,58 62,3 5,74 4,25 1,36 21,4 9,6 6082 5787
1 CD 09;10;11;12-11-2014 16,5 9,4 31,6 42,4 0,74 58,4 5,78 3,94 1,27 24,4 9,7 5628 5330
4 AB 12;13-11-2014 12,3 12,4 30,9 44,4 0,62 61,2 5,53 4,15 1,35 18,9 8,0 6002 5718
4 CD 11;12-11-2014 17,2 9,7 30,5 42,6 0,59 58,9 5,97 4,05 1,26 23,6 8,4 5777 5470
4 AB 14;15;16-11-2014 10,9 15,1 31,0 43,0 0,67 59,7 5,29 4,07 1,33 17,9 8,2 5840 5568
4 AB 17-11-2014 11,6 12,1 32,0 44,3 0,64 61,9 5,57 4,27 1,34 18,5 8,2 6066 5780
4 AB 18;19-11-2014 9,6 12,8 30,3 47,3 0,60 64,1 5,23 4,16 1,49 15,8 7,3 6193 5924
2 AB 19;20;21-11-2014 16,9 6,2 33,0 43,8 0,64 61,0 6,09 4,19 1,30 24,7 9,7 5922 5609
4 CD 20;21;22-11-2014 11,0 11,2 31,3 46,5 0,84 64,4 5,61 4,39 1,35 16,6 6,8 6281 5993
2 AB 23;24-11-2014 14,8 6,0 33,5 45,6 0,64 63,0 5,82 4,16 1,38 23,2 10,0 6112 5812
4 CD 23;25;26;27-11-2014 12,2 8,6 32,6 46,6 1,05 64,9 5,65 4,28 1,34 18,5 7,6 6395 6105
2 CD 27;28-11-2014 14,7 10,9 31,3 43,1 0,75 59,9 5,59 3,95 1,27 21,6 8,5 5855 5567
2 AB 25;26-11-2014 14,4 6,1 33,9 45,6 0,63 62,4 5,73 4,12 1,33 23,7 10,9 6092 5797
5 C 25-11-2014 14,3 15,2 29,9 40,6 0,61 56,6 5,33 3,73 1,22 21,0 8,3 5523 5249
2 CD 29;30-11-2014 e 02-12-2014 14,7 5,7 33,7 45,9 0,64 63,1 5,77 4,13 1,41 23,4 10,3 6133 5836
4 CD 30-11-2014 e 01;02-12-2014 9,9 10,8 32,3 46,9 0,77 65,4 5,38 4,27 1,39 16,3 7,5 6432 6156
3 CD 02;03-12-2014 10,2 13,2 31,8 44,8 1,01 62,2 5,14 4,00 1,36 17,1 8,0 6111 5847
3 CD 04-12-2014 10,9 10,8 31,2 47,2 1,04 64,1 5,30 4,08 1,40 17,4 7,7 6250 5978
3 CD 05-12-2014 8,9 11,0 32,1 48,1 0,99 65,7 5,19 4,19 1,42 15,8 7,9 6440 6173
3 AB 07;08-12-2014 10,4 10,6 32,2 46,8 0,77 63,9 5,25 4,09 1,43 18,1 8,9 6233 5963
1 CD 09;10-12-2014 11,4 14,3 30,4 43,9 0,84 60,4 5,23 3,95 1,35 17,8 7,7 5949 5681
3 CD 06;07-12-2014 9,3 7,5 34,1 49,1 0,85 67,2 5,42 4,38 1,51 17,5 9,2 6603 6325
1 CD 11-12-2014 13,9 12,6 29,7 43,7 0,89 59,9 5,51 3,95 1,30 19,7 7,3 5863 5580
3 AB 09;11;13;14-12-2014 11,3 10,6 32,2 45,9 0,95 63,3 5,43 4,16 1,40 18,3 8,3 6157 5878
1 CD 12-12-2014 9,0 12,6 32,0 46,3 0,94 64,3 5,17 4,15 1,40 15,5 7,5 6302 6037
3 AB 15;16-12-2014 10,2 9,5 32,7 47,6 1,08 65,5 5,52 4,38 1,41 17,1 8,0 6382 6099
1 CD 13;14;17;18-12-2014 9,9 15,2 29,9 45,1 1,06 61,5 5,25 4,14 1,28 15,7 6,9 6065 5796
5 C 16-12-2014 15,9 13,3 29,6 41,3 0,60 57,1 5,74 3,96 1,21 22,1 8,0 5584 5289
3 AB 17-12-2014 9,1 8,9 33,6 48,5 1,19 66,7 5,45 4,43 1,48 16,3 8,2 6527 6248
3 CD 18;19;20-12-2014 13,4 6,1 33,7 46,8 0,83 64,2 5,77 4,28 1,33 21,7 9,9 6263 5966
1 CD 19;20-12-2014 10,8 9,7 32,1 47,3 1,05 64,8 5,47 4,26 1,38 17,6 8,0 6387 6107
1 AB 20,21-12-2014 9,2 13,8 30,5 46,5 0,91 63,4 5,19 4,16 1,30 15,4 7,3 6232 5966
1 AB 22-12-2014 10,3 11,4 31,6 46,7 1,01 63,9 5,38 4,23 1,37 16,9 7,8 6311 6035
1 AB 23-12-2014 10,3 14,8 29,8 45,1 0,89 61,2 5,14 3,99 1,30 16,7 7,6 6039 5775
3 CD 25;26-12-2014 13,8 6,1 33,2 47,0 0,77 63,4 5,68 4,13 1,29 22,9 10,6 6211 5918
1 AB 24;30-12-2014 14,4 10,6 30,4 44,6 1,01 61,1 5,65 4,04 1,36 20,3 7,5 6027 5736
3 CD 27;28;29;30-12-2014 13,8 5,3 33,9 47,1 0,83 63,8 5,75 4,21 1,35 23,0 10,7 6244 5948
1 AB 31-12-2014 10,0 10,5 31,1 48,4 0,78 65,0 5,35 4,23 1,43 16,9 8,1 6363 6089
4 CD 31-12-2014 e 01-01-2015 14,3 7,4 32,3 45,9 0,59 61,7 5,58 3,97 1,34 23,3 10,6 6033 5746
4 CD 02-01-2015 12,7 7,4 33,4 46,5 0,85 63,6 5,53 4,11 1,36 21,3 10,0 6217 5933
4 CD 03;04-01-2015 13,6 7,9 35,9 42,6 0,81 62,1 5,69 4,17 1,31 22,2 10,1 6067 5774
2 CD 04;05;07-01-2015 12,9 7,5 32,7 46,9 0,75 63,1 5,53 4,08 1,34 21,8 10,3 6154 5870
4 CD 05;06;07-01-2015 11,6 9,6 33,2 45,6 0,75 62,2 5,41 4,11 1,31 20,8 10,5 6118 5839
2 CD 08;09-01-2015 14,0 7,8 32,0 46,1 0,74 62,3 5,57 4,00 1,32 22,2 9,8 6092 5806
2 CD 10-01-2015 13,1 8,8 31,8 46,3 0,76 62,1 5,45 3,99 1,33 21,5 9,9 6082 5802
2 CD 11;12-01-2015 12,1 7,2 32,9 47,8 0,83 64,2 5,58 4,22 1,38 20,8 10,1 6297 6010
2 AB 12;13-01-2015 13,3 10,1 32,6 44,0 0,71 60,3 5,57 4,07 1,26 22,0 10,2 5936 5649
2 AB 14-01-2015 13,7 8,9 33,1 44,3 0,69 61,2 5,62 4,09 1,27 22,3 10,2 6004 5714
2 AB 15-01-2015 13,0 7,2 33,1 46,8 0,78 63,3 5,65 4,20 1,33 21,7 10,2 6211 5920
4 AB 12;18-01-2015 13,0 6,1 33,5 47,4 0,74 64,2 5,70 4,24 1,34 21,9 10,4 6261 5968
2 AB 16-01-2015 14,9 7,3 32,5 45,3 0,72 61,7 5,81 4,14 1,30 23,2 10,0 6036 5736
2 AB 17;19-01-2015 13,2 4,6 34,1 48,1 0,74 65,4 5,90 4,42 1,35 22,0 10,3 6375 6072
4 AB 19;20-01-2015 14,0 7,9 32,6 45,5 0,92 62,5 5,73 4,17 1,32 21,6 9,2 6081 5786
4 AB 21-01-2015 13,0 7,7 33,0 46,2 0,83 63,2 5,65 4,20 1,34 21,3 9,7 6179 5889
1 AB 21;23-01-2015 12,8 6,3 33,6 47,3 0,87 64,8 5,81 4,37 1,31 20,9 9,5 6360 6062
1 AB 24-01-2015 12,7 7,6 33,4 46,2 0,80 63,6 5,72 4,30 1,33 20,9 9,6 6225 5931
1 AB 25-01-2015 12,8 8,7 33,0 45,5 0,81 62,7 5,63 4,20 1,31 20,9 9,5 6165 5876
1 AB 26-01-2015 13,0 8,4 33,0 45,7 0,92 63,1 5,70 4,25 1,31 20,6 9,1 6213 5920
4 AB 22;23-01-2015 14,1 4,6 33,9 47,4 0,54 64,3 5,84 4,26 1,35 23,4 10,9 6263 5963
4 CD 28;29-01-2015 11,9 6,6 34,8 46,6 0,92 65,5 5,72 4,39 1,38 19,9 9,3 6416 6122
1 AB 27;28-01-2015 12,1 6,4 34,4 47,1 0,64 65,4 5,74 4,39 1,35 20,4 9,7 6392 6097
4 CD 30;31-01-2015 e 01-02-2015 12,5 7,1 33,4 47,0 1,17 64,7 5,74 4,35 1,30 20,0 8,9 6380 6085
4 CD 02;03-02-2015 11,5 6,3 34,2 48,0 0,96 65,9 5,71 4,42 1,36 19,7 9,5 6486 6193
1 CD 04;05-02-2015 14,2 12,3 31,1 42,4 0,69 58,7 5,47 3,89 1,25 21,5 9,0 5769 5487
3 CD 07-02-2015 13,2 7,8 32,9 46,1 0,87 62,9 5,75 4,27 1,36 21,3 9,5 6177 5882
3 CD 08-02-2015 12,8 8,7 32,8 45,7 1,01 62,6 5,60 4,16 1,31 20,8 9,4 6161 5873
3 CD 09-02-2015 12,9 8,5 32,7 45,9 0,95 62,7 5,63 4,19 1,31 21,0 9,6 6179 5889
4 CD 04-02-2015 10,5 2,2 36,0 51,3 0,72 69,7 5,82 4,65 1,46 20,1 10,8 6853 6553
3 CD 10-02-2015 12,7 8,0 33,2 46,1 1,15 63,1 5,58 4,16 1,32 20,9 9,6 6206 5919
59
PILHA PERIODO DE AMOSTRAGEM HT (%)
CINZ. (%)
M.V. (%)
C F. (%)
S (%)
C (%)
H (%) C/HOX
H (%) S/HOX
N (%)
O2 (%) C/HOX
O2 (%) S/HOX
PCS (Kcal/Kg)
PCI (Kcal/Kg)
1 CD 06;11;12-02-2015 13,3 9,7 32,6 44,4 0,71 61,3 5,59 4,10 1,30 21,4 9,6 6017 5730
1 CD 13-02-2015 12,8 9,4 32,9 45,0 0,68 61,8 5,52 4,09 1,29 21,4 10,0 6064 5780
3 CD 11;12-02-2015 12,0 6,7 34,3 47,0 0,75 64,6 5,60 4,26 1,38 21,0 10,4 6329 6041
3 AB 12;15-02-2015 14,8 10,4 31,9 42,9 0,64 59,4 5,61 3,95 1,31 22,7 9,5 5832 5544
1 CD 14;15-02-2015 12,3 8,7 33,2 45,7 0,65 62,8 5,51 4,13 1,37 20,9 9,9 6174 5891
2 CD 16;17-02-2015 12,7 7,3 33,5 46,5 0,60 63,8 5,57 4,14 1,35 21,4 10,1 6234 5947
2 CD 18;19;20;21-02-2015 12,3 8,2 33,6 45,9 0,78 63,4 5,49 4,12 1,38 20,7 9,8 6197 5915
3 AB 18;19;20-02-2015 10,3 8,9 33,9 46,9 1,36 65,0 5,38 4,23 1,35 18,0 8,9 6436 6159
2 CD 22;23;24;25-02-2015 13,1 9,2 32,3 45,4 1,04 61,7 5,53 4,07 1,30 21,2 9,5 6034 5749
3 AB 23;24;25;26;27-02-2015 10,9 8,4 33,6 47,1 1,12 64,9 5,50 4,28 1,34 18,7 9,0 6408 6126
2 AB 27;28-02-2015 e 01;02-03-2015 10,3 9,2 33,7 46,8 1,14 64,5 5,58 4,43 1,38 18,2 9,0 6374 6088
2 CD 26;27-02-2015 11,9 5,5 34,2 48,4 0,62 65,9 5,76 4,43 1,46 20,8 10,2 6432 6136
2 AB 03;04-03-2015 12,1 11,5 32,3 44,1 0,65 60,6 5,51 4,15 1,35 20,4 9,6 5949 5665
5 09-03-2015 9,4 14,9 31,5 44,2 0,83 60,0 5,04 3,99 1,34 17,9 9,5 5866 5607
3 AB 28-02-2015 e 01;02-03-2015 11,1 4,9 35,1 48,9 0,79 67,0 5,84 4,60 1,52 20,0 10,1 6578 6278
4 CD 05;06-03-2015 12,9 9,9 32,8 44,4 0,62 61,0 5,61 4,17 1,38 21,6 10,1 5968 5680
4 CD 07-03-2015 12,7 10,4 32,5 44,3 0,60 61,0 5,57 4,15 1,36 21,1 9,8 5955 5668
2 AB 05;06;09-03-2015 11,8 9,8 33,1 45,3 0,88 62,2 5,56 4,23 1,31 20,3 9,8 6112 5826
4 CD 08;09-03-2015 10,2 9,6 33,8 46,3 0,80 64,0 5,51 4,36 1,34 18,7 9,7 6287 6004
4 CD 10-03-2015 10,1 12,8 32,7 44,4 0,82 61,6 5,31 4,19 1,29 18,1 9,2 6050 5777
4 CD 11;12-03-2015 11,4 9,0 33,7 45,9 1,01 63,1 5,56 4,29 1,29 20,1 10,0 6185 5899
4 AB 13;14-03-2015 11,5 10,0 33,1 45,4 0,75 62,2 5,52 4,23 1,30 20,2 10,0 6117 5834
4 AB 15-03-2015 13,0 11,6 31,9 43,5 0,75 60,0 5,53 4,08 1,22 20,9 9,4 5904 5619
2 AB 12;13-03-2015 9,4 10,8 33,8 46,0 0,65 63,4 5,29 4,24 1,34 18,6 10,2 6213 5941
4 AB 16-03-2015 13,3 9,3 32,8 44,6 0,76 61,3 5,55 4,06 1,27 21,8 10,0 6023 5737
4 AB 17;18-03-2015 12,0 8,1 33,9 46,1 0,67 63,5 5,55 4,21 1,34 20,8 10,2 6253 5968
4 CD 18;19-03-2015 16,1 4,7 33,8 45,4 0,51 62,1 6,00 4,20 1,29 25,3 11,1 6077 5768
4 CD 20-03-2015 13,6 5,8 34,2 46,4 0,49 63,3 5,66 4,14 1,31 23,4 11,3 6183 5892
1 AB 20;21;22;23-03-2015 14,2 7,6 33,4 44,9 0,59 61,3 5,75 4,17 1,18 23,6 11,0 6002 5706
4 CD 21;22;23-03-2015 13,0 5,1 34,8 47,1 0,48 64,5 5,90 4,45 1,23 22,8 11,2 6303 6000
1 AB 24;25-03-2015 13,5 7,5 33,4 45,6 0,95 62,8 5,83 4,33 1,16 21,8 9,8 6148 5848
5 C 22-03-2015 18,1 11,2 29,3 41,4 0,64 56,2 5,85 3,83 1,09 25,0 8,9 5507 5206
4 CD 24;25;26;27;28-03-2015 12,5 5,4 35,5 46,6 0,53 64,6 5,88 4,48 1,24 22,4 11,2 6320 6017
1 AB 26;27;28-03-2015 12,6 7,3 34,1 46,0 0,73 63,1 5,77 4,36 1,32 21,8 10,6 6176 5880
4 AB 29;30;31-03-2015 10,1 11,0 32,9 46,0 0,72 63,4 5,55 4,42 1,34 17,9 9,0 6230 5945
4 AB 01;02-04-2015 9,1 11,1 33,1 46,7 0,79 64,7 5,54 4,52 1,35 16,5 8,5 6380 6096
4 AB 03;04;05-04-2015 9,8 11,8 33,3 45,1 0,79 63,0 5,42 4,32 1,28 17,6 8,9 6206 5929
1 AB 05;06;07-04-2015 11,8 7,8 33,5 46,9 0,89 64,2 5,67 4,35 1,35 20,1 9,6 6266 5975
4 AB 06;07-04-2015 10,5 2,8 35,3 51,4 0,51 70,1 5,92 4,75 1,42 19,3 10,0 6901 6597
1 CD 07;08;09;10-04-2015 10,4 7,6 35,0 47,0 0,74 65,2 5,73 4,57 1,36 19,3 10,1 6405 6110
4 CD 08;09;10-04-2015 10,1 8,3 35,2 46,4 0,70 64,8 5,70 4,57 1,35 19,2 10,2 6352 6059
4 CD 11;12;13-04-2015 11,2 8,7 34,3 45,7 0,79 63,5 5,60 4,35 1,33 20,1 10,1 6183 5895
1 CD 11;12;13;14-04-2015 10,7 9,9 34,5 44,9 0,88 62,7 5,60 4,40 1,34 19,5 10,0 6189 5902
4 CD 14;15;16-04-2015 10,9 7,2 35,1 46,8 0,82 64,6 5,69 4,47 1,33 20,3 10,6 6333 6041
1 CD 15;16-04-2015 12,8 10,1 33,2 43,8 0,77 60,9 5,61 4,18 1,27 21,4 10,0 5960 5671
3 CD 16;17-04-2015 12,2 13,6 32,2 42,0 0,91 58,9 5,39 4,03 1,20 20,0 9,2 5758 5481
3 CD 18-04-2015 10,3 9,4 34,2 46,1 0,75 63,9 5,57 4,41 1,29 19,1 9,9 6293 6007
3 CD 19-04-2015 10,8 10,8 33,7 44,7 0,79 62,0 5,50 4,28 1,28 19,7 10,1 6087 5805
3 CD 20-04-2015 11,3 10,2 33,6 44,9 0,81 62,5 5,44 4,17 1,25 19,8 9,8 6128 5849
3 CD 21;22-04-2015 9,3 6,4 35,9 48,4 0,69 67,4 5,49 4,45 1,21 18,8 10,6 6599 6317
3 AB 22;23-04-2015 11,0 12,9 32,5 43,7 0,72 61,3 5,32 4,09 1,14 18,6 8,9 6013 5740
3 AB 24-04-2015 10,0 8,9 33,9 47,2 0,72 65,4 5,42 4,30 1,18 18,4 9,5 6407 6128
3 AB 25-04-2015 10,9 8,5 33,8 46,8 0,74 65,2 5,55 4,33 1,19 18,8 9,1 6418 6133
3 AB 26;27;28;29-04-2015 10,8 8,0 34,4 46,8 0,64 65,5 5,56 4,36 1,19 19,1 9,5 6476 6190
1 CD 26;27;28-04-2015 11,6 8,5 34,5 45,4 0,75 63,6 5,56 4,26 1,17 20,5 10,1 6198 5912
3 CD 29;30-04-2015 11,8 5,7 35,0 47,5 0,72 65,7 5,65 4,33 1,18 21,0 10,6 6411 6121
3 CD 01-05-2015 12,5 5,7 34,6 47,2 0,62 65,0 5,67 4,27 1,15 21,9 10,8 6374 6083
3 CD 02-05-2015 13,6 7,0 33,8 45,6 0,80 62,7 5,59 4,07 1,09 22,8 10,7 6072 5785
1 CD 29-04-2015 9,0 7,7 36,1 47,2 0,95 66,2 5,51 4,50 1,26 18,4 10,4 6508 6225
3 CD 03;04-05-2015 11,9 5,9 35,0 47,2 0,69 64,7 5,70 4,37 1,25 21,8 11,2 6306 6013
3 CD 05-05-2015 12,2 2,1 37,1 48,6 0,60 67,7 5,88 4,52 1,27 22,4 11,5 6623 6321
1 AB 04;05;10-05-2015 11,2 5,8 35,0 48,0 0,68 65,6 5,61 4,36 1,22 21,1 11,2 6400 6111
4 CD 05;06-05-2015 13,1 7,5 33,9 45,4 0,68 62,7 5,70 4,23 1,19 22,2 10,6 6129 5836
4 CD 07-05-2015 14,0 7,5 33,7 44,9 0,64 61,8 5,67 4,11 1,12 23,2 10,8 6046 5754
4 CD 08-05-2015 13,5 6,7 33,8 46,0 0,72 62,8 5,65 4,13 1,22 23,0 11,0 6110 5819
1 AB 11;12-05-2015 10,5 5,3 34,8 49,4 0,59 66,6 5,68 4,50 1,29 20,6 11,3 6483 6191
4 CD 09;10;11;12-05-2015 10,7 6,3 35,9 47,1 0,78 65,3 5,62 4,42 1,29 20,7 11,2 6393 6103
4 AB 12;13;14-05-2015 9,9 12,2 33,4 44,5 0,78 61,6 5,29 4,18 1,20 18,9 10,1 6045 5773
4 AB 15-05-2015 13,6 6,5 34,1 45,9 0,64 62,6 5,75 4,23 1,18 23,4 11,3 6137 5841
4 AB 16;17-05-2015 12,1 9,1 33,5 45,3 0,66 61,9 5,51 4,17 1,17 21,6 10,9 6030 5746
1 AB 13;14;17;18-05-2015 7,8 9,5 33,3 49,4 0,83 66,5 5,09 4,21 1,28 16,9 9,9 6403 6142
4 AB 18;19;20-05-2015 7,4 18,6 32,4 41,6 1,07 58,0 4,78 3,95 1,09 16,5 10,0 5681 5436
1 AB 19;20;21;22-05-2015 9,3 6,7 34,6 49,4 0,54 66,8 5,39 4,34 1,26 19,3 11,0 6480 6203
3 AB 20;21;22-05-2015 10,3 7,5 35,4 46,9 0,81 65,0 5,58 4,43 1,19 19,9 10,7 6353 6066
2 AB 23;24-05-2015 11,3 8,7 34,0 46,0 0,61 63,8 5,56 4,29 1,17 20,2 10,1 6242 5956
3 AB 23;26-05-2015 12,2 8,7 33,6 45,5 0,78 62,1 5,78 4,41 1,16 21,5 10,6 6083 5786
2 AB 25;26;29-05-2015 12,1 6,9 34,0 47,0 0,57 64,6 5,92 4,57 1,22 20,8 10,1 6323 6019
3 AB 27;28-05-2015 11,4 7,5 34,6 46,4 0,63 64,3 5,88 4,60 1,20 20,4 10,3 6273 5971
3 CD 28;29-05-2015 9,6 6,5 34,7 49,2 0,66 68,2 5,95 4,87 1,31 17,4 8,9 6756 6451
3 CD 30-05-2015 7,9 6,7 35,6 49,7 0,61 69,1 5,83 4,94 1,34 16,4 9,4 6824 6526
3 CD 31-05-2015 e 01-06-2015 10,0 10,7 33,5 45,8 0,68 64,0 5,70 4,58 1,27 17,6 8,7 6319 6027
60
PILHA PERIODO DE AMOSTRAGEM HT (%)
CINZ. (%)
M.V. (%)
C F. (%)
S (%)
C (%)
H (%) C/HOX
H (%) S/HOX
N (%)
O2 (%) C/HOX
O2 (%) S/HOX
PCS (Kcal/Kg)
PCI (Kcal/Kg)
3 CD 02-06-2015 11,2 10,6 33,1 45,1 0,67 62,8 5,75 4,49 1,26 19,0 9,0 6177 5882
2 AB 01;02;05-06-2015 9,2 13,7 32,8 44,2 0,71 62,0 5,32 4,29 1,23 17,0 8,8 6068 5795
3 AB 04-06-2015 10,9 5,7 35,6 47,8 0,56 67,3 5,79 4,57 1,32 19,3 9,6 6608 6310
3 CD 03-06-2015 9,3 4,9 35,4 50,4 0,57 69,7 5,92 4,89 1,36 17,5 9,3 6895 6591
3 AB 05-06-2015 10,4 8,4 35,0 46,2 0,67 65,1 5,74 4,57 1,31 18,8 9,5 6386 6091
3 AB 06-06-2015 12,3 5,9 35,5 46,3 0,59 64,9 5,91 4,53 1,26 21,5 10,5 6329 6025
3 AB 07;08-06-2015 10,6 5,7 35,9 47,8 0,65 66,5 5,84 4,66 1,30 20,0 10,6 6508 6208
2 AB 08;09;10-06-2015 10,8 8,3 35,3 45,5 0,69 64,1 5,70 4,49 1,26 19,9 10,3 6256 5963
3 AB 10;11-06-2015 10,6 5,9 36,0 47,5 0,67 66,9 5,89 4,71 1,32 19,2 9,9 6571 6268
2 CD 10;11;12;13-06-2015 7,9 7,2 36,3 48,6 0,56 68,3 5,66 4,78 1,36 17,0 9,9 6689 6399
3 CD 11;12;14-06-2015 12,6 4,9 36,1 46,4 0,60 65,0 5,95 4,54 1,27 22,3 11,1 6332 6026
2 CD 14;15-06-2015 11,6 10,5 33,2 44,7 0,68 62,6 5,67 4,38 1,27 19,3 9,0 6137 5845
2 CD 16-06-2015 11,8 9,8 33,4 45,0 0,70 62,6 5,73 4,41 1,26 20,0 9,5 6125 5830
3 CD 15;18;19-06-2015 12,1 4,4 36,5 47,0 0,59 65,8 6,01 4,65 1,32 21,9 11,1 6413 6104
2 CD 17;18-06-2015 10,2 8,1 35,0 46,7 0,56 65,4 5,76 4,61 1,31 18,9 9,8 6432 6136
1 CD 19;20-06-2015 12,3 7,3 34,8 45,5 0,63 63,7 5,83 4,45 1,27 21,3 10,3 6264 5964
1 CD 21-06-2015 10,5 9,5 34,8 45,2 0,60 63,3 5,64 4,46 1,26 19,7 10,3 6173 5883
1 CD 22-06-2015 12,4 7,4 34,8 45,3 0,61 62,8 5,64 4,25 1,28 22,3 11,2 6130 5840
1 AB 19-06-2015 12,1 11,3 33,4 43,2 0,74 60,5 5,54 4,19 1,28 20,7 10,0 5954 5669
3 CD 24;25-06-2015 9,3 6,3 36,8 47,6 0,66 66,1 5,54 4,50 1,37 20,0 11,8 6460 6175
1 CD 23;24;25-06-2015 11,1 4,8 36,4 47,7 0,60 67,1 5,81 4,57 1,38 20,3 10,4 6594 6295
1 AB 26;27;28-06-2015 10,2 10,5 34,4 44,9 0,64 63,0 5,48 4,33 1,31 19,1 10,1 6155 5873
1 AB 29-06-2015 11,1 9,7 34,6 44,6 0,62 62,1 5,52 4,28 1,30 20,7 10,8 6112 5828
3 CD 26-06-2015 11,3 7,1 35,8 45,7 0,78 64,1 5,69 4,43 1,36 21,0 10,9 6318 6026
1 AB 30-06-2015 11,1 10,7 33,4 44,7 0,72 62,1 5,54 4,30 1,32 19,6 9,7 6131 5846
3 AB 28-06-2015 e 02-07-2015 11,0 8,1 35,3 45,6 0,58 63,8 5,65 4,42 1,33 20,6 10,8 6274 5984
3 AB 03-07-2015 11,3 9,7 34,0 45,0 0,57 62,6 5,63 4,37 1,33 20,2 10,1 6208 5918
3 AB 04-07-2015 11,0 6,9 35,3 46,8 0,57 64,9 5,73 4,50 1,35 20,5 10,7 6437 6142
1 AB 01;02-07-2015 9,3 9,9 34,8 46,0 0,64 64,6 5,59 4,55 1,41 17,8 9,6 6320 6034
2 AB 08-07-2015 12,9 6,5 35,1 45,5 0,65 63,8 5,87 4,43 1,30 21,8 10,4 6218 5917
3 AB 05;06;07-07-2015 9,5 6,0 36,8 47,7 0,51 68,1 5,76 4,70 1,40 18,2 9,7 6686 6391
1 CD 06;07-07-2015 8,5 8,1 36,1 47,4 0,68 66,2 5,52 4,57 1,34 18,2 10,7 6438 6155
2 AB 09-07-2015 11,2 6,8 35,9 46,1 0,57 65,0 5,69 4,44 1,31 20,7 10,8 6326 6033
4 CD 07;13-07-2015 7,1 4,5 39,1 49,3 0,69 69,6 5,61 4,82 1,40 18,2 11,9 6790 6502
2 AB 10;11-07-2015 12,4 6,9 35,2 45,6 0,60 64,1 5,73 4,35 1,27 21,5 10,5 6225 5930
2 AB 12;13;14;15;16-07-2015 9,7 4,1 37,4 48,7 0,69 68,4 5,85 4,77 1,48 19,4 10,8 6672 6371
4 CD 14;15;16;17-07-2015 9,2 3,8 37,8 49,2 0,61 68,7 5,76 4,73 1,46 19,7 11,5 6681 6385
2 CD 16;17;18;19-07-2015 8,7 8,9 35,8 46,6 0,72 65,2 5,47 4,50 1,40 18,3 10,6 6365 6085
4 AB 17;18-07-2015 8,6 4,5 37,9 49,0 0,63 68,4 5,68 4,72 1,48 19,3 11,7 6651 6359
2 CD 20;21-07-2015 11,9 5,9 35,4 46,8 0,63 64,8 5,77 4,44 1,39 21,5 10,9 6325 6028
2 CD 22;23-07-2015 13,8 11,0 32,6 42,7 0,58 59,3 5,61 4,07 1,26 22,3 10,0 5789 5500
4 CD 21;22;23;24-07-2015 8,9 4,0 37,8 49,2 0,66 68,5 5,67 4,67 1,47 19,7 11,8 6662 6371
4 AB 26;27-07-2015 10,7 5,3 36,4 47,5 0,62 65,9 5,77 4,56 1,41 21,0 11,4 6442 6146
2 CD 24-07-2015 10,2 2,5 37,9 49,4 0,49 69,2 5,94 4,79 1,47 20,4 11,3 6794 6489
4 AB 28-07-2015 12,0 5,9 35,5 46,6 0,51 64,5 5,80 4,45 1,37 22,0 11,3 6315 6017
4 CD 25;26-07-2015 12,8 5,9 35,5 45,8 0,57 63,8 5,96 4,53 1,36 22,4 11,0 6233 5927
1 CD 30;31-07-2015 8,7 8,9 35,7 46,8 0,66 65,8 5,52 4,55 1,42 17,7 10,0 6472 6189
4 AB 29;30-07-2015 11,2 7,5 35,5 45,9 0,63 63,8 5,60 4,35 1,40 21,1 11,2 6259 5971
1 CD 01-08-2015 13,4 7,8 34,0 44,8 0,59 62,2 5,79 4,29 1,33 22,4 10,4 6084 5786
5 B 01-08-2015 11,6 4,6 36,3 47,5 0,65 66,2 5,69 4,39 1,37 21,5 11,2 6456 6163
1 CD 02-08-2015 11,1 8,2 34,9 45,8 0,65 63,7 5,66 4,43 1,36 20,5 10,6 6233 5942
1 CD 03-08-2015 11,0 6,3 35,9 46,8 0,62 64,9 5,65 4,43 1,40 21,1 11,4 6374 6083
1 CD 04;05-08-2015 9,6 5,7 36,9 47,8 0,57 66,6 5,54 4,46 1,42 20,2 11,7 6560 6276
1 AB 05;06-08-2015 9,1 8,8 35,1 46,9 0,57 65,9 5,58 4,56 1,43 17,7 9,6 6512 6226
1 AB 07-08-2015 9,8 11,9 33,3 45,0 0,65 62,6 5,45 4,36 1,38 18,0 9,3 6195 5915
1 AB 08-08-2015 9,1 7,8 35,6 47,6 0,57 66,1 5,56 4,54 1,43 18,6 10,5 6503 6218
1 AB 09-08-2015 10,1 5,6 36,7 47,6 0,70 66,0 5,63 4,50 1,41 20,7 11,8 6466 6177
5 D 07-08-2015 6,9 7,4 36,2 49,4 0,64 67,8 5,40 4,63 1,50 17,2 11,1 6677 6400
2 CD 11;12-08-2015 12,7 5,0 36,0 46,3 0,71 64,4 5,75 4,33 1,37 22,7 11,5 6352 6056
1 AB 10;11-08-2015 9,7 6,3 35,8 48,2 0,54 67,2 5,65 4,57 1,44 18,9 10,3 6663 6373
5 B 11-08-2015 10,0 10,4 34,3 45,2 0,61 63,0 5,40 4,27 1,33 19,3 10,4 6229 5952
2 CD 13;14-08-2015 12,1 5,3 35,8 46,8 0,67 64,8 5,66 4,31 1,36 22,2 11,5 6364 6072
2 CD 15-08-2015 9,6 4,4 37,1 48,9 0,76 67,3 5,49 4,41 1,43 20,6 12,1 6617 6335
2 CD 16-08-2015 9,3 4,6 37,6 48,5 0,89 67,6 5,60 4,56 1,43 19,8 11,6 6611 6323
2 CD 17;18-08-2015 12,0 4,3 36,1 47,6 0,57 65,5 5,71 4,36 1,41 22,5 11,8 6444 6150
2 AB 18;19-08-2015 10,8 5,8 35,8 47,6 0,67 65,3 5,54 4,33 1,42 21,2 11,7 6416 6131
2 AB 20-08-2015 13,4 5,4 35,2 46,0 0,64 63,4 5,73 4,23 1,36 23,4 11,5 6253 5958
2 AB 21-08-2015 13,8 5,8 34,9 45,4 0,73 62,6 5,71 4,17 1,36 23,8 11,5 6190 5896
2 AB 22;23-08-2015 13,2 5,6 35,2 46,0 0,67 63,5 5,72 4,25 1,37 23,1 11,4 6245 5950
5 B 19-08-2015 9,2 9,3 34,2 47,3 0,64 65,4 5,56 4,53 1,20 18,0 9,8 6521 6235
2 AB 24;25-08-2015 9,4 7,9 34,9 47,8 0,70 66,2 5,58 4,53 1,26 18,4 10,0 6606 6319
2 CD 25;26-08-2015 10,7 5,0 36,2 48,1 0,78 66,1 5,63 4,43 1,22 21,2 11,7 6519 6230
2 CD 27;28-08-2015 8,8 9,9 34,5 46,8 0,69 65,3 5,49 4,50 1,23 17,5 9,6 6486 6205
2 CD 29;30-08-2015 9,7 12,1 33,1 45,1 0,67 62,9 5,43 4,35 1,19 17,8 9,2 6260 5981
2 CD 31-08-2015 e 01-09-2015 8,6 6,0 36,1 49,3 0,53 68,7 5,63 4,66 1,33 17,8 10,1 6847 6558
1 CD 01;02-09-2015 11,4 6,7 35,7 46,2 0,59 64,2 5,62 4,35 1,27 21,6 11,5 6350 6061
5 F 31-08-2015 e 01;04;05;06-09-2015 10,7 6,1 35,7 47,5 0,63 66,1 5,76 4,56 1,29 20,1 10,6 6541 6245
1 AB 04;05-09-2015 10,4 8,0 34,7 46,9 0,59 64,6 5,51 4,35 1,25 20,0 10,8 6408 6125
1 CD 03;04-09-2015 10,5 7,9 36,0 45,6 0,71 64,7 5,56 4,39 1,27 19,8 10,5 6330 6044
1 AB 06;07-09-2015 11,8 8,1 34,2 46,0 0,57 63,7 5,56 4,24 1,25 20,8 10,3 6228 5942
1 AB 08;09-09-2015 12,6 6,8 34,8 45,7 0,48 63,6 5,68 4,27 1,23 22,2 11,0 6230 5938
61
PILHA PERIODO DE AMOSTRAGEM HT (%)
CINZ. (%)
M.V. (%)
C F. (%)
S (%)
C (%)
H (%) C/HOX
H (%) S/HOX
N (%)
O2 (%) C/HOX
O2 (%) S/HOX
PCS (Kcal/Kg)
PCI (Kcal/Kg)
5 F 07;08-09-2015 10,0 6,7 36,8 46,5 0,63 66,7 5,66 4,55 1,31 19,0 10,2 6560 6269
5 C 07;08;09;10;11;12;13-09-2015 12,5 12,5 31,8 43,1 0,58 60,0 5,41 4,01 1,20 20,2 9,1 5885 5607
1 CD 11;12;13-09-2015 10,8 7,0 35,9 46,3 0,65 65,0 5,58 4,37 1,28 20,5 10,9 6365 6078
1 AB 10;11-09-2015 11,8 6,1 35,6 46,6 0,55 65,1 5,76 4,44 1,32 21,3 10,8 6366 6070
1 CD 14;15-09-2015 10,9 10,5 34,1 44,5 0,72 62,0 5,37 4,15 1,26 20,1 10,5 6089 5813
5 C 15-09-2015 12,5 12,4 30,3 44,9 0,64 59,9 5,32 3,93 1,29 20,5 9,4 5842 5568
5 D 16-09-2015 9,7 12,6 33,0 44,7 0,66 61,3 5,00 3,92 1,30 19,2 10,6 6033 5775
2 CD 16-09-2015 14,0 9,4 33,0 43,6 0,66 60,6 5,66 4,10 1,25 22,4 10,0 5987 5687
2 CD 17-09-2015 11,1 7,3 35,4 46,2 0,69 65,3 5,72 4,47 1,35 19,7 9,9 6431 6137
2 CD 18-09-2015 11,8 6,7 35,7 45,8 0,77 64,2 5,74 4,42 1,34 21,2 10,8 6324 6029
2 CD 19-09-2015 12,1 9,2 34,0 44,7 0,65 62,5 5,61 4,26 1,27 20,8 10,1 6124 5836
2 CD 20;21-09-2015 10,7 5,8 36,4 47,0 0,63 66,0 5,44 4,24 1,42 20,7 11,2 6486 6206
2 AB 21;22-09-2015 11,4 11,0 33,4 44,2 0,73 61,5 5,27 3,99 1,31 20,1 10,0 6076 5805
2 AB 23-09-2015 11,2 8,5 34,8 45,5 0,70 63,6 5,26 4,01 1,20 20,8 10,8 6226 5955
2 AB 24-09-2015 10,7 7,9 35,0 46,5 0,62 64,9 5,41 4,22 1,38 19,8 10,3 6401 6123
2 AB 25-09-2015 9,5 3,8 37,5 49,2 0,61 68,8 5,50 4,44 1,47 19,9 11,4 6789 6506
2 AB 26;27-09-2015 11,0 10,3 33,7 45,0 0,64 63,1 5,54 4,31 1,25 19,1 9,4 6190 5906
2 CD 27-09-2015 11,8 8,0 34,5 45,8 0,53 63,9 5,39 4,08 1,34 20,8 10,3 6302 6025
2 CD 28-09-2015 12,7 7,8 34,2 45,3 0,59 63,2 5,73 4,31 1,24 21,5 10,2 6186 5891
2 CD 29-09-2015 12,8 8,6 33,8 44,7 0,55 62,8 5,73 4,29 1,23 21,0 9,6 6156 5862
2 CD 30-09-2015 10,7 11,6 33,6 44,1 0,66 62,2 5,50 4,31 1,24 18,7 9,2 6146 5863
2 CD 01;02-10-2015 9,5 5,8 36,0 48,7 0,53 67,6 5,68 4,62 1,36 19,0 10,6 6694 6402
1 CD 02;03-10-2015 7,3 5,6 36,8 50,3 0,52 70,5 5,66 4,84 1,41 16,3 9,8 6972 6682
1 CD 04-10-2015 11,5 10,6 33,3 44,5 0,65 62,2 5,56 4,27 1,25 19,7 9,5 6128 5842
1 CD 05-10-2015 10,8 9,4 33,8 46,0 0,56 64,2 5,61 4,40 1,31 18,8 9,2 6329 6041
1 CD 06;07-10-2015 10,3 9,0 34,2 46,6 0,63 64,7 5,43 4,28 1,30 19,0 9,8 6325 6046
2 AB 08;09-10-2015 7,4 8,4 34,1 50,1 1,92 69,6 5,52 4,69 1,31 13,2 6,7 6919 6636
2 AB 10-10-2015 10,5 9,3 33,7 46,4 0,90 64,6 5,54 4,37 1,29 18,3 9,0 6391 6106
2 AB 11;12-10-2015 10,6 9,8 33,7 45,9 0,97 64,1 5,53 4,35 1,28 18,3 8,9 6312 6028
1 AB 07;08-10-2015 10,4 5,5 36,1 48,0 0,63 67,0 5,67 4,51 1,37 19,8 10,6 6537 6246
5 B 08;14-10-2015 11,4 8,6 33,5 46,4 0,52 64,2 5,59 4,31 1,33 19,7 9,5 6294 6007
1 AB 15-10-2015 12,0 14,9 31,2 41,9 0,70 58,6 5,31 3,97 1,22 19,2 8,6 5741 5468
1 AB 16-10-2015 11,0 5,2 35,7 48,1 0,58 67,1 5,73 4,50 1,35 20,0 10,3 6572 6278
1 AB 17-10-2015 12,7 12,8 31,9 42,6 0,57 59,7 5,44 4,02 1,24 20,3 9,0 5842 5562
1 AB 18-10-2015 12,1 12,6 32,4 42,9 0,68 60,2 5,41 4,06 1,27 19,8 9,1 5899 5621
2 AB 13;14-10-2015 10,8 7,7 34,1 47,5 0,96 65,9 5,58 4,37 1,33 18,5 9,0 6483 6196
5 B 15;20-10-2015 13,2 8,0 33,9 44,9 0,53 62,7 5,77 4,29 1,27 21,7 10,0 6127 5830
1 AB 19-10-2015 13,3 12,3 32,1 42,3 0,72 59,2 5,60 4,11 1,22 20,9 9,1 5853 5565
2 CD 20;21-10-2015 12,3 6,1 35,0 46,6 1,13 64,7 5,75 4,37 1,29 21,0 10,1 6416 6121
2 CD 22-10-2015 12,1 6,9 34,7 46,3 1,11 64,4 5,74 4,39 1,27 20,5 9,8 6360 6065
2 CD 23-10-2015 12,4 6,9 34,5 46,2 1,03 64,0 5,75 4,36 1,26 21,0 10,0 6296 6001
2 AB 25;26-10-2015 15,8 8,9 32,1 43,3 0,73 59,7 5,83 4,07 1,27 23,6 9,6 5849 5549
2 AB 27-10-2015 14,3 7,4 33,5 44,8 0,74 62,0 5,76 4,17 1,31 22,8 10,1 6057 5760
2 CD 24;25-10-2015 13,2 6,5 34,0 46,3 1,14 64,0 5,82 4,34 1,34 21,2 9,4 6311 6012
2 AB 28;29-10-2015 15,2 7,5 33,2 44,1 0,63 60,9 5,80 4,09 1,28 23,9 10,4 5949 5650
2 AB 30;31-10-2015 e 01-11-2015 14,5 7,7 33,5 44,2 0,56 61,6 5,77 4,15 1,31 23,1 10,2 6012 5715
5 B 29;30;31-10-2015 e 01;02;03-11-2015 14,7 8,8 32,4 44,1 0,60 60,3 5,71 4,07 1,29 23,4 10,3 5914 5620
1 CD 01;02;03-11-2015 17,4 8,4 31,5 42,7 0,50 58,3 5,83 3,89 1,25 25,7 10,2 5693 5392
1 CD 04;05-11-2015 15,8 6,3 33,2 44,8 0,51 61,3 5,81 4,05 1,30 24,8 10,8 5995 5696
5 B 04;05;06-11-2015 15,4 8,2 32,7 43,7 0,58 60,5 5,81 4,08 1,11 23,8 10,1 5912 5613
1 AB 08;09-11-2015 9,9 9,4 32,2 48,5 1,30 66,2 5,50 4,38 1,22 16,5 7,6 6565 6283
1 CD 06;07-11-2015 14,7 4,7 35,0 45,6 0,56 63,5 5,87 4,23 1,16 24,3 11,2 6182 5880
1 AB 10;11-11-2015 9,7 9,2 32,7 48,4 1,29 66,6 5,56 4,47 1,24 16,1 7,5 6606 6322
2 CD 12;13-11-2015 10,5 11,3 32,0 46,2 1,17 63,9 5,49 4,32 1,19 17,0 7,6 6332 6050
2 CD 14-11-2015 9,8 8,6 33,9 47,7 0,82 66,5 5,57 4,47 1,23 17,3 8,6 6577 6291
1 AB 12-11-2015 9,2 4,4 35,9 50,6 0,93 70,7 5,81 4,78 1,36 16,8 8,6 6977 6679
5 B 12-11-2015 13,0 7,0 34,4 45,6 0,62 64,3 5,75 4,29 1,25 21,0 9,5 6244 5949
2 AB 16;17-11-2015 10,9 8,8 33,1 47,3 0,93 65,8 5,65 4,44 1,29 17,6 8,0 6502 6212
2 CD 15;16-11-2015 9,9 12,1 32,8 45,2 0,73 63,3 5,35 4,24 1,25 17,3 8,4 6213 5938
2 AB 18;19-11-2015 10,9 11,2 32,3 45,7 1,16 63,8 5,47 4,24 1,22 17,1 7,4 6303 6023
2 AB 20;21;22-11-2015 10,5 10,4 33,0 46,1 0,89 64,4 5,45 4,27 1,23 17,7 8,3 6361 6081
5 B 19;20-11-2015 13,8 9,5 32,1 44,5 0,64 60,8 5,49 3,94 1,19 22,3 10,0 5958 5676
5 E 20;22-11-2015 14,5 6,7 33,8 45,1 0,65 62,2 5,64 4,02 1,22 23,7 10,8 6090 5800
1 CD 23;24-11-2015 13,2 8,1 34,8 43,9 0,61 62,0 5,49 4,01 1,19 22,7 10,9 6050 5768
1 CD 25;26-11-2015 11,6 9,5 33,8 45,0 0,91 63,2 5,42 4,12 1,21 19,7 9,4 6244 5966
1 CD 27;28-11-2015 9,9 10,1 33,7 46,4 1,28 64,9 5,33 4,22 1,24 17,2 8,4 6392 6119
1 AB 28;29-11-2015 11,7 9,1 33,3 45,9 0,95 63,9 5,52 4,21 1,24 19,3 8,9 6308 6025
1 AB 30-11-2015 11,5 9,4 33,7 45,4 0,94 63,4 5,63 4,34 1,33 19,3 9,1 6258 5969
1 AB 01-12-2015 11,8 9,0 33,5 45,6 0,96 63,3 5,64 4,31 1,31 19,8 9,3 6253 5963
1 AB 02-12-2015 11,6 8,8 33,9 45,7 0,92 63,9 5,60 4,31 1,33 19,4 9,1 6296 6008
5 E 30-11-2015 9,0 9,0 33,8 48,2 1,45 66,7 5,47 4,46 1,37 16,0 8,0 6619 6339
2 CD 04;05-12-2015 12,8 11,6 32,1 43,5 0,80 60,6 5,56 4,13 1,28 20,1 8,8 5967 5681
1 AB 03;04-12-2015 11,2 9,8 33,5 45,5 0,78 63,2 5,52 4,27 1,32 19,3 9,3 6249 5965
2 CD 06;07-12-2015 10,7 9,1 34,2 46,0 0,87 64,1 5,51 4,31 1,34 19,1 9,6 6337 6053
2 AB 09;10-12-2015 9,3 8,5 34,3 47,8 1,25 66,5 5,56 4,51 1,37 16,8 8,6 6599 6314
2 CD 08;09-12-2015 11,1 6,5 35,2 47,1 0,80 66,4 5,76 4,51 1,38 19,2 9,3 6524 6228
2 AB 11;12-12-2015 11,9 11,3 32,4 44,4 0,96 61,6 5,47 4,14 1,29 19,4 8,8 6072 5790
2 AB 13;14-12-2015 14,0 9,3 32,9 43,8 0,65 61,0 5,73 4,16 1,26 22,0 9,6 5960 5666
5 D 11;12;13;14;15;16;17-12-2015 13,8 10,2 33,0 43,0 0,87 60,5 5,68 4,13 1,26 21,5 9,3 5931 5639
2 AB 15;16-12-2015 11,1 6,9 34,7 47,4 0,69 65,7 5,67 4,44 1,36 19,6 9,8 6424 6132
1 CD 16;17;18-12-2015 12,2 7,2 35,8 44,8 0,87 63,6 5,79 4,42 1,36 21,2 10,3 6240 5942
62
PILHA PERIODO DE AMOSTRAGEM HT (%)
CINZ. (%)
M.V. (%)
C F. (%)
S (%)
C (%)
H (%) C/HOX
H (%) S/HOX
N (%)
O2 (%) C/HOX
O2 (%) S/HOX
PCS (Kcal/Kg)
PCI (Kcal/Kg)
1 CD 19;20-12-2015 12,2 8,1 35,5 44,2 0,77 63,0 5,73 4,37 1,36 21,0 10,2 6206 5911
5 D 18-12-2015 14,8 6,5 34,4 44,3 0,62 61,9 6,00 4,35 1,33 23,6 10,5 6067 5758
1 CD 21-12-2015 13,8 8,7 33,9 43,6 0,94 60,8 5,87 4,32 1,36 22,3 10,0 5992 5690
1 CD 22;23-12-2015 12,5 7,4 35,3 44,8 0,86 63,3 5,85 4,45 1,39 21,2 10,1 6241 5940
1 AB 23;24-12-2015 13,5 10,2 33,3 43,0 0,84 60,0 5,74 4,22 1,32 21,9 9,9 5918 5623
1 AB 25-12-2015 13,6 10,4 33,5 42,5 0,88 59,9 5,78 4,26 1,32 21,8 9,7 5902 5605
1 AB 26;27-12-2015 13,3 9,5 33,5 43,7 0,91 60,5 5,75 4,26 1,34 22,0 10,1 5953 5657
1 AB 28;29-12-2015 15,2 6,5 34,4 44,0 0,77 61,7 6,00 4,30 1,32 23,7 10,2 6070 5761
5 D 29-12-2015 13,0 11,8 32,2 43,0 0,91 60,2 5,60 4,15 1,25 20,2 8,7 5930 5642
2 CD 29;30-12-2015 12,8 11,6 31,9 43,7 0,68 60,9 5,68 4,25 1,28 19,8 8,4 6031 5739
2 CD 31-12-2015 12,7 11,5 32,0 43,8 0,74 61,3 5,70 4,28 1,31 19,5 8,2 6069 5776