qualidade de vida dos cadetes do curso de formaÇÃo … · cadete o conhecimento dos seus direitos...
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ESTADO DA PARAÍBA
POLÍCIA MILITAR
CENTRO DE EDUCAÇÃO
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO CABO BRANCO
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
ANDERSON LINS DE LIMA
ERICK JORDAN LIBÂNIO DOS SANTOS
QUALIDADE DE VIDA DOS CADETES DO
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DO
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA
PARAÍBA
JOÃO PESSOA
2014
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ANDERSON LINS DE LIMA
ERICK JORDAN LIBÂNIO DOS SANTOS
QUALIDADE DE VIDA DOS CADETES DO
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DO
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA
PARAÍBA
Projeto de Conclusão de Curso apresentado
como pré-requisito para conclusão do Curso de
Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros
Militar da Paraíba.
.
Orientadora: Profª Ana Fabíola
JOÃO PESSOA
2014
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SUMÁRIO
1. DELIMITAÇÃO DO TEMA.................................................................. 4
2. PROBLEMA........................................................................................ 5
3. JUSTIFICATIVA.................................................................................. 6
4. OBJETIVOS....................................................................................... 7
4.1. Objetivo geral.................................................................................. 7
4.2. Objetivos específicos...................................................................... 7
5. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................. 7
6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................ 14
6.1. Tipo de Estudo................................................................................ 14
6.2. Local .............................................................................................. 15
6.3. População e Amostra...................................................................... 15
6.4. Procedimentos de Coleta de Dados............................................... 15
6.5. Análise dos Dados.......................................................................... 15
6.6. Aspectos Éticos.............................................................................. 16
7. CRONOGRAMA.................................................................................. 16
8. ORÇAMENTO...................................................................................... 17
REFERÊNCIAS......................................................................................... 18
APÊNDICE A............................................................................................. 20
APÊNDICE B............................................................................................. 21
ANEXO...................................................................................................... 22
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1. DELIMITAÇÃO DO TEMA
O Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba é uma instituição permanente, força
auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, organizado com base na hierarquia e na
disciplina, sendo a ele reservada a execução das atividades de defesa civil e das missões
específicas de bombeiros militares, além de, quando necessário, efetivação de ações de
defesa ambiental. São algumas das atribuições institucionais do Corpo de Bombeiros
Militar: prevenir e combater incêndios urbanos, rurais e florestais, assim como realizar
busca, resgate e salvamento; executar as atividades de defesa civil e de mobilização
previstas na Constituição Federal; realizar perícias técnicas, perícia de incêndio
explosão em local sinistro; prover socorro de urgência e atendimento pré-hospitalar;
estudar, analisar, planejar, exigir e fiscalizar todos os serviços de segurança contra
incêndio e pânico; desempenhar atividades educativas de prevenção e combate à
incêndios, pânico coletivo e de proteção ao meio ambiente e outras. (Lei Nº 8.443 de
2007).
O Curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar (CFO BM) se dá no Centro
de Educação da Polícia Militar do Estado da Paraíba (PMPB) – na Academia de
Bombeiro Militar Aristarco Pessoa - ABMAP, tendo uma duração de três anos letivos,
em tempo integral, regime de dedicação exclusiva. A ABMAP é Instituição de Ensino
Superior, credenciada junto ao Conselho Estadual de Educação (CEE), através da
Resolução Nº 081/2012 (EDITAL CFO, 2014).
Dentre as principais funções do cadete estão: exercer a atividade estudantil, em
regime de dedicação integral, e demais atividades internas e externas atreladas à sua
formação, conforme o Regimento do Centro de Educação da Polícia Militar do Estado
da Paraíba (EDITAL CFO, 2014).
Conforme o Manual do Cadete (2012), é primordial para a adaptação do novo
cadete o conhecimento dos seus direitos e deveres, assim como as regras de conduta
dentro de uma instituição de ensino militar. Sendo o militarismo um regime rígido,
organizado e regido por leis e regulamentos, deste modo exige uma adaptação unilateral
de seus membros a determinados preceitos e condutas.
A carreira do bombeiro inicia com o período de formação onde recebe as
informações técnicas e treinamento psicossocial necessário para o desempenho da
função (SILVEIRA, 1998). As ligações entre qualidade de vida e desempenho do
trabalho na rotina do cadete devem ser buscadas na existência de aspectos
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organizacionais e materiais, assim como na satisfação que o trabalho, a organização e as
relações sociais trazem ao profissional.
2. PROBLEMA
O contexto do exercício profissional do militar do Corpo de Bombeiros é
bastante diversificado e compreende o encargo de preservar a vida, o meio ambiente, o
patrimônio e a ordem pública; atuar em prevenção e extinção de incêndios, em proteção
e salvamento e em emergências pré-hospitalares de vítimas de afogamentos,
inundações, desabamentos, acidentes em geral, catástrofes e calamidades públicas. Tais
funções exigem deste profissional, respostas rápidas face à efetividade dos atendimentos
o que por sua vez, pode impactar negativamente no nível de qualidade de vida do
bombeiro e até mesmo expô-lo ao risco de morte (SILVA et. al, 2012).
A atividade bombeiro militar é considerada uma das mais perigosas, levando em
consideração a complexidade das operações, as quais exigem do militar a máxima
atenção e ação rápida e eficaz. Em situações de sinistros, um erro pode ser fatal; por
essa razão, o envolvimento humano e a responsabilidade com vidas alheias causam uma
constante tensão em serviço (PRADO, 2011).
Monteiro et. al (2007) salienta que os trabalhadores podem padecer não só
fisicamente em decorrência do trabalho como também apresentar sofrimento mental.
Este último é consequência da organização do trabalho, que consiste na “divisão do
trabalho, no conteúdo da tarefa, no sistema hierárquico, nas modalidades de comando,
nas relações de poder, nas questões de responsabilidade, etc.”.
Segundo Prado (2011), embora a decisão de trabalhar numa profissão de risco
seja uma escolha pessoal, os fatores de estresse que aparecem no dia a dia dessas
profissões independem da decisão inicial do sujeito. Todo o trabalho com urgências e
emergências é imprevisível, incomoda, desequilibra e silencia a onipotência do ser
humano. Nos últimos trinta anos, a preocupação sobre o bem-estar do homem em seu
ambiente de trabalho e a Qualidade de Vida (QV), termo utilizado para medir esse bem
estar, tornou-se popular, e, às vezes, banalizado em diversos contextos. Mas o que é
importante realmente são os estudos e interrogações sobre o assunto, o que tem levado a
muitas conclusões sobre o envolvimento do trabalhador com sua atividade.
Salienta ainda o autor que, na atividade de bombeiro militar o alto grau de
comprometimento físico e mental durante a atividade operacional faz com que a pessoa
transfira toda sua energia vital em prol do bem-estar do outro (população). E, na menor
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possibilidade de erro, vidas estão em risco, tanto do bombeiro militar quanto da vítima
(PRADO, 2011).
O estresse ocupacional constitui-se numa preocupação da Organização Mundial
de Saúde (OMS), considerando as suas consequências para a qualidade de vida do
indivíduo, bem como para o seu desempenho profissional. O ser humano está sujeito,
em todos os momentos de sua vida, a situações e ambientes que possam ser
considerados fontes de pressão desencadeadoras de estresse, não sendo excluído o seu
ambiente de trabalho. Atualmente, os estudos e as publicações sobre estresse e as suas
consequências, abordam não só os sinais do estresse no corpo ou na mente, senão
também, suas implicações para a QV de um modo geral, incluindo o desempenho
profissional (DALEASTE, 2011).
De acordo com os pontos encontrados na literatura acerca da qualidade de vida
de bombeiros militares fica evidente que o profissional bombeiro está facilmente
exposto a situações que propiciam algum tipo de sofrimento prejudicando, assim, sua
qualidade de vida.
3. JUSTIFICATIVA
Cabe mencionar aqui o quão importante e valorizada é o papel do bombeiro na
sociedade, mas que, por outro lado, passa por situações estressantes, inclusive de risco
de vida iminente no seu dia a dia, e, por isso, pode estar mais propenso a diminuir a sua
qualidade de vida.
Como sequência deste projeto, propomos uma pesquisa para analisar o nível de
qualidade de vida dos cadetes do Curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar
(CFO BM) da Academia de Bombeiro Militar Aristarco Pessoa - ABMAP, uma vez que
estes são submetidos a situações de emergências diferentes em sua rotina de trabalho,
além de ter o compromisso de estudar, estarem em período integral na Academia,
fazerem parte de escalas de serviço em dias fora do horário das aulas e pelo fato que não
há estudos envolvendo a qualidade de vida de cadetes na literatura. Por essa razão
houve uma preocupação com o nível de qualidade de vida desses militares e o interesse
pela pesquisa.
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4. OBJETIVOS
4.1. Objetivo geral
Avaliar o nível de qualidade de vida dos cadetes do Curso de Formação de
Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do estado da Paraíba (CFO - BM/PM).
4.2. Objetivos específicos
Conhecer a rotina de trabalho dos cadetes do CFO – BM/PM;
Associar os aspectos da rotina de trabalho dos cadetes com a qualidade de vida
destes;
Identificar os fatores associados à qualidade de vida dos cadetes do CFO –
BM/PM.
5. REFERENCIAL TEÓRICO
Qualidade de Vida (QV) é uma noção eminentemente humana, que tem sido
aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e
ambiental e à própria estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese
cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de
conforto e bem-estar (MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000). Já Barbanti (1990, citado por
Battisti, 2011) define QV como sendo o sentimento positivo geral e entusiasmo pela
vida, sem que haja fadiga nas atividades rotineiras, envolvendo um estado de bem-estar
como um modo de ser ou estar em perfeita satisfação física ou moral, que proporciona
conforto ao indivíduo.
Para Nahas (2003), o conceito de QV é diferente de pessoa para pessoa e tende a
mudar ao longo da vida de cada um. Existe, porém, consenso em torno de ideias de que
são múltiplos os fatores que determinam a QV de pessoas ou comunidades e a
combinação desses fatores que moldam e diferenciam o cotidiano do ser humano,
resulta numa rede de fenômenos e situações que, abstratamente, pode ser chamada de
QV. Em geral, associam-se a essa expressão fatores como: saúde, longevidade,
satisfação no trabalho, salário, lazer, relações familiares, disposição, prazer e até
espiritualidade. Num sentido mais amplo, QV pode ser uma medida da própria
dignidade humana, pois pressupõe o atendimento das necessidades humanas
fundamentais.
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QV é uma compreensão abrangente e comprometida das condições de trabalho,
o que inclui aspectos de bem-estar, garantia da saúde e segurança física, mental e social
e capacitação para realizar tarefas com segurança e bom uso da energia pessoal
(LIMONGI-FRANÇA, 2009, apud PRADO, 2011).
Em relação à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), esta parte do princípio de
que a saúde ocupacional é uma estratégia propiciadora da própria saúde dos
trabalhadores, bem como da motivação, da satisfação laboral, da produtividade e da
qualidade dos serviços e produtos. Apesar de se distinguir do conceito de qualidade de
vida geral, ambas se influenciam mutuamente haja vista que a insatisfação laboral pode
desencadear desajustes nas relações sociais fora do trabalho, inclusive na família, bem
como, insatisfações fora do trabalho podem desarmonizar a atividade laboral. Da mesma
forma, condições de trabalho que propiciem aspectos de bem-estar, de segurança, de
capacitação e que garantam a integridade da saúde podem impactar no nível de
qualidade de vida do sujeito (SILVA et. al, 2012).
A QVT está relacionada a preocupações com o estresse e à forma de evitá-lo, à
busca de satisfação no trabalho, à importância da saúde mental e à necessidade de
garanti-la no ambiente de trabalho. Ela visa a buscar possibilidades concretas de, no
trabalho, as pessoas serem compreendidas como sujeitos integrais e terem preenchidas
as suas expectativas, necessidades, desejos, prazeres, etc. (Goulart; Sampaio,1999,
citado por Monteiro et. al, 2007).
Para atender as necessidades de uma sociedade capitalista e globalizada, o
trabalhador vem constantemente mudando seu estilo de vida. Essas mudanças são
decorrentes da influência da competitividade e da busca por sobrevivência. As pessoas
são cada vez mais cobradas no ambiente de trabalho a fim de atender as necessidades do
sistema, devendo apresentar melhores resultados e desempenhos nas suas atividades
ocupacionais, essas alterações muitas vezes geram tensões emocionais e físicas que
podem levar ao surgimento de doenças, como o stress, este pode comprometer o bem-
estar psicológico e a qualidade de vida das pessoas (CARDOSO; FIGUEIRA, 2013).
Nesta perspectiva, evidencia-se o trabalho dos bombeiros militares, uma vez que
desenvolvem atividades submetidas a eventos situacionais inesperados, nos quais a
carga física e psíquica exigida vai ao encontro do estado de alerta. (VIEIRA;
GULARTE, 2010). Como acrescenta Daleaste (2014), os Bombeiros Militares são
submetidos a várias situações desgastantes e atuam em ambiente carregado de fatores
estressantes. Suas atividades diárias, lazer, convivência familiar, sono e repouso são
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prejudicados pelo esquema de trabalho detalhados pelos turnos alternados e longas
jornadas. Além de viverem sob constante alerta, sofrem cobranças e são continuamente
avaliados no cumprimento de suas funções, sendo que um dos que mais avaliam é a
própria comunidade, pois eles precisam estar sempre preparados para qualquer tipo de
ocorrência e são percebidos pelo imaginário social como heróis que encarnam a síntese
da coragem individual.
De acordo com Daleaste (2014), devido a muitas ocorrências, a carga horária, a
obrigação de terem habilidades e serem rápidos, a hierarquia e a busca do
perfeccionismo, os bombeiros vivem em um nível de alto estresse. Além disso, o clima
organizacional e o ambiente de trabalho levantam aspectos em relação a influência
negativa da rigidez da hierarquia e das normas organizacionais.
Em um estudo realizado em Santa Catarina foi possível compreender que,
devido aos Bombeiros Militares conviverem cotidianamente com o risco, com situações
de acidente e morte, a maioria demonstrou que a atividade profissional interfere em sua
qualidade de vida e em seu modo de agir. O estresse é uma realidade presente na vida
deste profissional, pois toda situação de emergência, resgate de pessoas presa às
ferragens, atendimento a vítimas de acidentes, necessariamente, produzirá tensão e
estresse (DALEASTE, 2014).
Os indivíduos que se enquadram em ocupações de exposição a situações de
grande perigo são chamados de grupo de risco para aquisição do estresse. Mediante essa
observação, pode-se dizer que o bombeiro militar faz parte desse grupo de risco ao
estresse, pois desempenham uma profissão em que, a qualquer momento, pode surgir
uma situação de perigo contra a própria vida, assim diminuindo a qualidade de vida
(PRADO, 2011).
Na profissão militar, existem diversos fatores que afetam a saúde, dentre eles:
fisiológicos, psicossociais e sociais. Neste contexto, as incapacidades resultantes de
dores acabam por causar a deterioração do rendimento dos colaboradores e consequente
diminuição da Qualidade de Vida no Trabalho (BATTISTI, 2011).
O indivíduo, quando ingressa na carreira militar, sofre um processo de
ressocialização, em que seu comportamento é modificado de acordo com as
necessidades da Instituição, com muita rigidez, levando-o a um afastamento do contexto
social externo à mesma (MAYER, 2006, apud PRADO, 2011). O critério de
comportamento, muitas vezes, sugere uma frieza frente a vários acontecimentos, que
muitas vezes são relatados como necessários, para não deixar transparecer as fraquezas
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e sentimentos de compadecimento e sofrimento psicológico em situações em que esses
profissionais necessitam estar prontos física e psicologicamente para realizar um bom
atendimento a sociedade (PRADO, 2011). Outra categoria de análise que representa o
sofrimento relacionado ao trabalho militar são as questões relacionadas à autoridade,
rebeldia e punições. (FRUTOS, 2007).
Uma das profissões onde mais se enfrenta mudanças constantes no ambiente de
trabalho além de situações de risco, é a de bombeiro. Eles colocam sua vida em risco
para salvar a vida de terceiros e defender bens públicos e privados da sociedade
(NATIVIDADE, 2009). Bombeiros Militares, assim como outros profissionais que
lidam com situações de emergência, como da saúde, tendem a ter maior probabilidade
ao desenvolvimento de stress ocupacional, ou seja, stress decorrente do ambiente de
trabalho. Para que os Bombeiros Militares possam desempenhar suas tarefas é
necessário que tenham uma boa qualidade de vida, que se relaciona consequentemente
com seu desempenho no trabalho, de modo que as situações vivenciadas não sejam
estressantes, visto que, o stress influencia negativamente na qualidade de vida
(CARDOSO; FIGUEIRA; 2013).
Entre os fatores que cooperam para o sofrimento do bombeiro, encontra-se
também, em nível individual, a imprevisibilidade de suas tarefas, que de certa forma
relaciona-se diretamente à questão dos riscos, apresentada anteriormente. Embora
recebendo treinamento para as possíveis situações emergenciais que deverá atender, o
indivíduo sofre a ansiedade de não haver padronização nos atendimentos, o que exige
criatividade e tranquilidade para as possíveis improvisações que se façam necessárias
(FRUTOS, 2007).
Além dos bombeiros estarem susceptíveis a riscos psicossociais, lidam também
com riscos biológicos, como exposição a sangue contaminado e privação de sono por
escala noturna de trabalho ou ciclos longos de trabalho-descanso. Há consenso na
literatura de que a privação de sono está entre os estressores associados à diminuição de
células do sistema de defesa imunológica (Cohen & Herbert, 1996; Kiecolt-Glaser,
1999; O’Leary, 1990, citados por Murta e Tróccoli, 2006), o que permite supor que esse
grupo ocupacional seja particularmente susceptível a problemas em imunidade e
conseqüente vulnerabilidade a doenças diversas. Adicionalmente, há evidências de que
bombeiros são particularmente expostos a fatores de risco para o desenvolvimento de
doenças cardíacas, stress pós-traumático e burnout (Corneil, 1995; Harris, Baloglu &
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Stacks, 2002; Haslam & Mallon, 2003; Regehr, Hill, Knott & Sault, 2003, citados por
Murta e Tróccoli, 2006).
Conforme citado anteriormente, a profissão de bombeiro, especificamente, é
classificada como de alta periculosidade, expondo seu ocupante a situações estressantes
e provocando elevados níveis de tensão pelo fato do trabalhador estar consciente de que
a mínima distração ou falha pode resultar em prejuízos econômicos e humanos. No caso
da profissão de bombeiro, são vários os riscos envolvidos, pois os mesmos precisam
atuar nas mais diversas situações como: incêndios de forma geral, acidentes com
veículos que transportam cargas perigosas dentro do município, busca de corpos por
motivo de afogamento, acidentes com vítimas, salvamentos, tentativas de suicídio,
atividades de defesa civil em caso de enchentes, vendavais, etc. (FRUTOS, 2007).
Em estudo realizado com bombeiros de Santa Catarina, os sujeitos afirmaram
que o trabalho é como uma segunda casa, eles pontuaram que esse fato interfere no
convívio familiar, pois muitas vezes trabalham em ocasiões em que toda a família está
de folga, como, por exemplo, no feriado de final de ano e finais de semana. Também
afirmam que o excesso de trabalho afeta o convívio familiar, a saúde (estresse,
esgotamento etc.) e também a própria produtividade durante seu trabalho. Por meio
desta pesquisa foi possível compreender que, devido aos Bombeiros Militares
conviverem cotidianamente com o risco, com situações de acidente e morte, a maioria
demonstrou que a atividade profissional interfere em sua qualidade de vida e em seu
modo de agir (NATIVIDADE, 2009).
Em uma pesquisa realizada com 22 bombeiros de um grupamento de resgate
pré-hospitalar (GRPH), do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás, a organização de
trabalho foi descrita como estressante em virtude da ocorrência de pressão de tempo e
controle (ex.: “tem punição para tudo, sem conferir se é verdade ou não”), seguidos de
demandas de produtividade, problemas quanto às regras (ex.: “ao tocar a sirene tem que
sair rápido e bem arrumado”) e características da tarefa (ex.: “imprevisibilidade vivida
no caminho entre o quartel e o local do socorro”). As condições de trabalho foram
relatadas como estressantes no que se refere predominantemente à ausência de suporte
organizacional (ex.: “a gente é como escravo, não tem direito a nada. A diferença é que
recebe dinheiro”), seguida de problemas quanto ao ambiente físico, à matéria-prima, ao
desenvolvimento pessoal, aos instrumentos, aos equipamentos e à remuneração
(MURTA; TRÓCCOLI, 2006).
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Já em um estudo realizado na Corporação de Bombeiros da Polícia Militar do
Paraná, um participante relatou sobre a importância da formação para a garantia da
disciplina: “Então você tem que ter disciplina... Isso é dado na inclusão... No curso de
formação... E o cara não pode ser tão frouxo assim... Não é? Então é o que a sociedade
espera! E o militarismo por esse lado ajuda na formação. Sempre dá isso... Espírito de
corpo que é o resultado que a gente colhe da formação baseada no meio militar...” Esta
mudança de comportamento, ou ainda esta formatação de hábitos e caráter, efetiva-se
com a disciplina aplicada pela corporação policial sobre o novato, por meio de um
conjunto de métodos que visam permitir o controle minucioso das operações do corpo e
assim, realizar a sujeição constante de suas forças e impor uma relação de utilidade e
docilidade. Para que o processo de “adestramento” seja eficiente, os novatos
permanecem sem contato com o mundo externo por um longo período, denominado
pelas organizações policiais de “Curso de Formação” (FRUTOS, 2007).
Foucault (2000, citado por Frutos, 2007) alerta que durante esse período inicial
há extrema severidade na aplicação das regras, sendo materializadas em intimidações e
degradações que têm como propósito fabricar indivíduos adequadamente adestrados e,
ainda, eliminar os corpos que não são capazes de se tornar dóceis aos propósitos
institucionais, o que foi retratado por um entrevistado: “Tem muita gente que desistiu no
primeiro ano... Era puxado... Muita pressão psicológica... Muita pegação no pé.. Tem
que agüentar, abaixar a cabeça e ir tocando. [...] É muita pegação no pé, nossa, um
exagero. Mas a formação é interessante, boa, puxada...”.
A formação é tida como responsável pela criação de um “espírito de corpo” a
partir da vivência da disciplina e da hierarquia. Este processo é objetivado como
“pesado”, “rígido”, “puxado” gerando “pressão psicológica” e levando o indivíduo a
ficar “bitolado”. Ainda em relação à formação, observou-se no estudo que o fato da
mesma ser centralizada na capital do Estado, também foi representado como fator de
sofrimento, pois em busca do desenvolvimento profissional, os profissionais são
obrigados a distanciarem-se de suas atividades diárias e de seus familiares por vários
meses. Tendo em vista que a importância da família para a manutenção do bem estar
emocional é bastante intensa (FRUTOS, 2007).
Estudo com bombeiros militares de Florianópolis – SC que teve como objetivo
avaliar a percepção do bombeiro a cerca da relação entre atividade profissional e
qualidade de vida identificou que para 49,9% da amostra a atividade profissional
interfere negativamente no nível de qualidade de vida. Para os bombeiros que
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afirmaram tal relação sua justificativa fundamenta-se na relação entre trabalho e vida
pessoal; na baixa remuneração; no desânimo, esgotamento e estresse; no melhor
condicionamento físico; no comprometimento da saúde física e dos aspectos
emocionais, dentre outras. (NATIVIDADE, 2009).
Já em uma pesquisa em um Corpo de Bombeiros em Minas Gerais, a análise dos
dados referentes ao WHOQOL (The World Health Organization Quality of Life
Assessment) geral bem como dos domínios do WHOQOL-Abreviado permitiu aferir
que com exceção dos domínios físico e social, a maioria dos sujeitos foram
categorizados com “nível médio” de qualidade de vida. No domínio físico constituído
pelas facetas: dor e desconforto, energia e fadiga, sono e repouso, mobilidade,
atividades da vida cotidiana, dependência de medicação ou de tratamentos e capacidade
de trabalho identificou maior frequência de sujeitos categorizados na classe
correspondente a “bom nível” de qualidade de vida (SILVA et. al, 2012).
Outra informação obtida pelo estudo com militares cariocas e que se associa à
baixa qualidade de vida, se refere ao acometimento de sofrimento psíquico (sintomas
psicossomáticos, depressivos e de ansiedade). Tal sofrimento expressa-se em “sentir-se
cansado o tempo todo”, em “cansar-se com facilidade”, em “dormir mal”, e em
“dificuldade para realizar com satisfação suas atividades diárias” dentre outras.
Condições essas que podem impactar negativamente no domínio físico (MINAYO;
ASSIS; OLIVEIRA, 2011).
De acordo com Cardoso e Figueira (2013), em sua pesquisa com bombeiros
militares da cidade de Paranavaí/Paraná constatou-se que a qualidade de vida mostra-se
comprometida, pois a existência do stress a influencia negativamente, nesta área os
sintomas físicos foram os que apresentaram maior incidência (57,1%).
No estudo de Natividade (2009), quando os participantes foram questionados
sobre a existência ou não de uma interferência da atividade profissional na qualidade de
vida, o resultado dos dados coletados ficou praticamente no mesmo nível, apresentando
uma pequena tendência para considerar que não há interferência (50,6%). Teoricamente,
conforme já pontuado, considera-se uma relação direta entre o trabalho e a qualidade de
vida geral do sujeito. No entanto, quase a metade dos sujeitos de pesquisa afirmou que
não há esta interferência. Mesmo assim, pela análise global, pode-se supor certa
interferência da atividade profissional na qualidade de vida.
Ainda sobre o estudo acima citado, os sujeitos que afirmaram existir
interferência (49,4%) descreveram de que forma isso acontece, sendo que estas
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respostas foram agrupadas em categorias. Os sujeitos consideraram que a atividade
profissional interfere em sua qualidade de vida porque: o trabalho é a segunda casa
(11,3%); há relação entre seu trabalho e sua vida pessoal (9,0%); há satisfação em
ajudar o próximo (7,7%); há satisfação em exercer a profissão (6,0%); a remuneração é
baixa (6,8%); há desânimo, esgotamento, estresse (4,8%); afetou a saúde física, para
alguns proporcionando melhor condicionamento físico e para outros um grande
desgaste físico (3,5%) e interfere no aspecto emocional (8,3%). Em relação à qualidade
de vida, os itens com maiores índices foram “viver bem com sua família” e “boas
condições físicas no ambiente de trabalho”. Nisso percebe-se que qualidade de vida
deve ser analisada em toda a abrangência da vida do sujeito, e não só enfocando
aspectos de âmbito profissional (NATIVIDADE, 2009).
Baseando-se na jornada de trabalho semanal e na perspectiva de completar os 30
anos de serviço ativo, pode-se afirmar que boa parte da vida do bombeiro é passada no
local de trabalho, sugerindo ser uma das razões que vincula sua percepção de qualidade
de vida ao ambiente de trabalho (SILVEIRA, 1998).
Observa-se que as organizações buscam resultados com qualidade, mas para que
tais resultados possam acontecer, faz-se necessário que os seus integrantes estejam
vivenciando um ambiente de trabalho permeado de satisfação e qualidade de vida
(ALVARENGA, 2011). Desse modo, como acrescenta Battisti (2011), desenvolver
ações de promoção da saúde e da qualidade de vida para os trabalhadores representa um
investimento com retorno garantido. Trabalhadores bem informados e conscientes de
que seus comportamentos podem determinar o risco maior ou menor de adoecer (ou
mesmo de ficar incapacitado ou morrer precocemente) são, certamente, mais saudáveis,
e consequentemente mais produtivos.
6. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
6.1. Tipo de Estudo
Trata-se de uma pesquisa quantitativa que de acordo com Silva (2005), tudo
pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para
classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas
(percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise
de regressão, etc.).
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6.2. Local
O cenário do estudo será nas dependências do Centro de Ensino da Polícia
Militar da Paraíba localizado na cidade de João Pessoa-PB.
6.3 População e Amostra
O público alvo desta pesquisa serão os cadetes do Curso de Formação de
Oficiais da Paraíba – Bombeiro Militar e a amostra será composta por todos os cadetes
matriculados do primeiro ao terceiro ano de curso (55 cadetes). Como critérios de
inclusão serão: presença na sala de aula durante a coleta dos dados, faixa etária igual ou
maior de 18 anos, aceitação em participar da pesquisa e assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A).
6.4. Procedimentos de Coleta de Dados
A coleta de dados será realizada após a aprovação do projeto no Comitê de
Ética, através de um questionário para levantamento sociodemográfico (APÊNDICE B)
desenvolvido pelos pesquisadores contendo as variáveis como sexo, idade, estado civil,
satisfação com renda e outras. Além do WHOQOL- breve (ANEXO), questionário
abreviado sobre qualidade de vida, onde os domínios e características a serem avaliadas
serão: o domínio físico, que avalia dor e desconforto, energia e fadiga, sono e descanso,
atividades da vida cotidiana, dependência de medicação e de tratamentos e capacidade
de trabalho; o domínio psicológico, que possui as facetas, sentimentos positivos, pensar,
aprender, memória e concentração autoestima, imagem corporal, sentimentos negativos,
crenças pessoais; o domínio relações sociais, relações pessoais, apoio social, atividade
sexual; e o domínio meio ambiente, que aborda segurança física e proteção, ambiente no
lar, recursos financeiros, cuidado de saúde e sociais.
Os questionários serão explicados e posteriormente aplicados individualmente
aos cadetes nas dependências do Centro de Ensino.
6.5. Análise dos Dados
Os dados serão registrados por meio de planilhas editadas no programa
Microsoft Office Excel 2010 e analisados por meio da Estatística Descritiva simples que
tem o objetivo de descrever e sumarizar um conjunto de dados. Portanto, a análise
envolverá três fases: coleta dos dados, apresentação e caracterização dos dados.
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6.6. Aspectos Éticos
O estudo seguirá as recomendações da Resolução N° 466/12 do Conselho
Nacional de Saúde que aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas
envolvendo seres humanos, a qual incorpora referenciais de bioética, tais como,
autonomia, não maleficência, justiça e equidade, dentre outros, e visa assegurar os
direitos e deveres que dizem respeito aos participantes da pesquisa, à comunidade e ao
Estado. Desse modo, os pesquisadores se identificarão e solicitarão aos participantes do
estudo que assinem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido conforme
determinação da Resolução.
Em seguida o projeto deverá ser enviado para análise do Comitê de Ética para
aprovação do mesmo.
7. CRONOGRAMA
ETAPA/MÊS SET OUT NOV DEZ JAN
Levantamento
bibliográfico
Revisão da
literatura
Apresentação do
projeto
Coleta de dados
Análise dos dados
Revisão da
pesquisa
Relatório final da
pesquisa
17
8. ORÇAMENTO
Especificações Quantidade Valor Unitário
R$
Valor Total
R$
Material de
Consumo
Notebook 1 1000,00 1000,00
Papel (resma) 1 15,00 15,00
Cartucho para
impressão
4 10,00 40,00
Serviços de
Terceiros
Cópias xerográficas 440 0,05 22,00
Encadernação simples 1 1,50 1,50
TOTAL 1078,50
18
REFERÊNCIAS
ALVARENGA; R. P. M. Qualidade de vida no ambiente do Curso de Formação de
Oficiais na Escola de Formação Complementar do Exército. Escola de Formação
Complementar do Exército e Colégio Militar de salvador. 2011.
BATTISTI, H. H. A ginástica laboral como ferramenta para a melhoria da
qualidade de vida no trabalho dos bombeiros militares do Estado de Santa
Catarina – Florianópolis : CEBM, 2011.
CARDOSO, J. C.; FIGUEIRA, M. R. da S. A influência do stress ocupacional na
qualidade de vida de bombeiros militares da cidade de Paranavaí-PR com enfoque
do exercício físico como estratégia de enfrentamento. 2013. Disponível em
http://www.mmssolution.com/def/cipe2013/hotsite/trabalhos/88438d875c1fae5d842688
ebfb7d67d0.pdf. Acesso em 27 de setembro de 2014.
DALEASTE; D. da R. Stresse ocupacional no corpo de bombeiros militar:
influência na qualidade de vida do efetivo. Livros acadêmicos 2014. Disponível em
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Livros-Academicos-2014/60141156.html.
Acessado em 29 de setembro de 2014.
Edital n.º 001/2013 CFO BM - 2014. Corpo de Bombeiros Militar. Quartel do
Comando Geral. Comissão coordenadora. Concurso CFO-2014. Estado da Paraíba.
2013. Disponível em:
http://comvest.uepb.edu.br/concursos/cfo/bombeiros2014/Edital_CFO_2014.pdf Acesso
em 04 de outubro de 2014.
FRUTOS, F. P. P. Vivenciando o bem estar, enfrentando o sofrimento: estudo da
representação social do bombeiro sobre o significado de seu trabalho. Londrina.
2007.
MANUAL DO CADETE. Centro de Educação. Academia de Polícia Militar do Cabo
Branco. Curso de Formação de Oficiais. João Pessoa. 2012.
MINAYO M.C. de S.; ASSIS S.G., OLIVEIRA R.V.C. Impacto das atividades
profissionais na saúde física e mental dos policiais civis e militares do Rio de
Janeiro (RJ, Brasil). Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 4, p. 2199-2209,
2011.
MINAYO, M. C. de S.; HARTZ, Z. M. de A.; BUSS, P. M. Qualidade de Vida e
saúde: um debate necessário. Revista Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, p. 7-
18, 2000.
MONTEIRO, J. K. et al. Bombeiros: um olhar sobre a qualidade de vida no
trabalho. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, DF, v. 27, n. 3, p. 554-565, 2007.
MURTA, S. G.; TROCCOLI, B. T. Stress ocupacional em bombeiros: efeitos de
intervenção baseada em avaliação de necessidades. Estud. psicol. (Campinas),
Campinas , v. 24, n. 1, Mar. 2007.
19
NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e Qualidade de Vida: conceitos e sugestões
para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2003.
NATIVIDADE, M. R. Vidas em risco: a identidade profissional dos Bombeiros
Militares. Psicologia e Sociedade. Florianópolis: UNISUL, 2009.
Paraíba. Lei Nº 8.443, de 28 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o Corpo de
Bombeiros Militar da Paraíba, fixa o seu efetivo e dá outras providências. Estado da
Paraíba. 2007. Disponível em
http://www.pm.pb.gov.br/arquivos/legislacao/Leis_Ordinarias/2007.pdf. Acesso em 05
de outubro de 2014.
PRADO J. S. Estresse e qualidade de vida de bombeiros militares. 2011. 79 f.
Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Católica Dom Bosco, Campina
Grande, Mato Grosso do Sul, 2011.
SILVA, E. L.; M. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4. ed.
ver. atual. Florianópolis: UFSC, 2005. 138p. Cap. 2
SILVA et al. Qualidade de vida entre bombeiros militares: estudo epidemiológico.
Associação Educativa do Brasil, SOEBRAS. Montes Claros, MG. 2012.
SILVEIRA J. L. G. Aptidão física, índice de capacidade de trabalho e qualidade de
vida de bombeiros de diferentes faixas etárias em Florianópolis, SC. 1998. 75 f.
Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 1998.
VIEIRA, P. R.; GULARTE, D. V. A qualidade de vida de bombeiros militares de
Cachoeira do Sul. 2010. Disponível em
http://www.sieduca.com.br/2010/admin/upload/88.doc. Acesso em 29 de setembro de
2014.
20
APÊNDICE A
CENTRO DE ENSINO DA POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS – BOMBEIRO MILITAR
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) Senhor (a),
Esta pesquisa intitula-se “Qualidade de vida dos cadetes do Curso de Formação de Oficiais do
Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba” e está sendo desenvolvido por Anderson Lins de Lima e Erick
Jordan Libânio dos Santos, cadetes do Curso de Formação de Oficiais – Bombeiro Militar do Centro de
Ensino da Polícia Militar da Paraíba, sob orientação da professora Ana Fabíola.
O objetivo do estudo é avaliar o nível de qualidade de vida dos cadetes do Curso de Formação de
Oficiais do Corpo de Bombeiros do estado da Paraíba.
Os benefícios previstos, é que os resultados desta pesquisa poderão construir subsídios para
elaboração de normas efetivas para melhorar a qualidade de vida dos cadetes do Centro de Ensino da
PM/PB.
Solicitamos a sua colaboração para responder o questionário, como também sua autorização para
apresentar os resultados deste estudo em eventos da área. Por ocasião da publicação dos resultados, seu
nome será mantido em sigilo. Informamos que essa pesquisa não oferece riscos, previsíveis, para a sua
saúde.
Esclarecemos que sua participação no estudo é voluntária e, portanto, o(a) senhor(a) não é
obrigado(a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo pesquisador.
Caso decida não participar do estudo, ou resolver a qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá
nenhum dano.
Os pesquisadores estarão a sua disposição para qualquer esclarecimento que considere necessário
em qualquer etapa da pesquisa.
Diante do exposto, declaro que fui devidamente esclarecido(a) e dou o meu consentimento para
participar da pesquisa e para publicação dos resultados. Estou ciente que receberei uma cópia desse
documento.
______________________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa
Caso necessite de maiores informações sobre o presente estudo, entre em contato com:
Anderson Lins de Lima – pesquisador:
Rua Dom Bosco, 465, Cristo, João Pessoa – PB.
E-mail: [email protected] / Tel: (83) 8828-0272
Erick Jordan Libânio dos Santos – pesquisador:
Rua Jociara Telino, 370
Condomínio Água Azul, Bl 18, Apto 202, Bancários, João Pessoa – PB.
E-mail: [email protected] / Tel: (83) 9933-4430
Atenciosamente,
_______________________________ _________________________________
Pesquisador responsável Pesquisador responsável
21
APÊNDICE B
QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO
Caro(a) Colega(a),
Solicitamos um pouco do seu precioso tempo para responder as questões que segue.
Informamos que os dados coletados serão confidenciais e serão usados única e exclusivamente
para a presente pesquisa.
1) Ano de curso: [ ] 1º ano [ ] 2º ano [ ] 3º ano
2) Idade: _____
3) Sexo: [ ] masculino [ ] feminino.
4) Estado civil:
[ ] solteiro (a) [ ] casado (a)
[ ] separado (a) [ ] viúvo (a)
[ ] divorciado (a) [ ] união estável (a)
5) Com quem você mora?
[ ] Sozinho(a) [ ]Com meus pais [ ] Com familiares [ ] Com amigos
[ ] Cônjuge
4) Grau de escolaridade:
[ ] ensino superior Se sim, qual curso?___________________________
[ ] ensino médio [ ] outro _________________________
5)Sua renda mensal está sendo suficiente? [ ] sim [ ] não
6) Sente satisfação no trabalho?
[ ] sim [ ] não
Por quê?
_________________________________________________________
Data: ____/____/____
22
ANEXO
WHOQOL - ABREVIADO
Instruções
Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e outras
áreas de sua vida. Por favor responda a todas as questões. Se você não tem certeza sobre que
resposta dar em uma questão, por favor, escolha entre as alternativas a que lhe parece mais
apropriada. Esta, muitas vezes, poderá ser sua primeira escolha.
Por favor, tenha em mente seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós estamos
perguntando o que você acha de sua vida, tomando como como referência as duas últimas
semanas. Por exemplo, pensando nas últimas duas semanas, uma questão poderia ser:
nada
Muito
pouco médio muito completamente
Você recebe dos outros o
apoio de que necessita? 1 2 3 4 5
Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos
outros o apoio de que necessita nestas últimas duas semanas.
Portanto, você deve circular o número 4 se você recebeu "muito" apoio como abaixo.
nada Muito pouco médio muito completamente
Você recebe
dos outros o
apoio de que
necessita?
1 2 3
5
Você deve circular o número 1 se você não recebeu "nada" de apoio.
Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor
resposta.
muito
ruim Ruim
nem
ruim
nem boa
boa muito boa
1
Como você
avaliaria sua
qualidade de
vida?
1 2 3 4 5
muito
insatisfeito Insatisfeito
nem
satisfeito
nem
satisfeito muito satisfeito
23
insatisfeito
2
Quão
satisfeito(a)
você está com
a sua saúde?
1 2 3 4 5
As questões seguintes são sobre o quanto você
tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas.
nada
muito
pouco
mais
ou
menos
bastante extremamente
3
Em que medida você acha
que sua dor (física)
impede você de fazer o
que você precisa?
1 2 3 4 5
4
O quanto você precisa de
algum tratamento médico
para levar sua vida diária?
1 2 3 4 5
5 O quanto você aproveita a
vida? 1 2 3 4 5
6
Em que medida você acha
que a sua vida tem
sentido?
1 2 3 4 5
7 O quanto você consegue
se concentrar? 1 2 3 4 5
8 Quão seguro(a) você se
sente em sua vida diária? 1 2 3 4 5
9
Quão saudável é o seu
ambiente físico (clima,
barulho, poluição,
atrativos)?
1 2 3 4 5
As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer
certas coisas nestas últimas duas semanas.
nada
muito
pouco médio muito completamente
24
10 Você tem energia suficiente
para seu dia-a- dia? 1 2 3 4 5
11 Você é capaz de aceitar sua
aparência física? 1 2 3 4 5
12
Você tem dinheiro
suficiente para satisfazer
suas necessidades?
1 2 3 4 5
13
Quão disponíveis para você
estão as informações que
precisa no seu dia-a-dia?
1 2 3 4 5
14
Em que medida você tem
oportunidades de atividade
de lazer?
1 2 3 4 5
As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários
aspectos de sua vida nas últimas duas semanas.
muito
ruim ruim
nem ruim
nem bom bom
muito
bom
15
Quão bem você é
capaz de se
locomover?
1 2 3 4 5
muito
insatisfeito Insatisfeito
nem
satisfeito
nem
insatisfeito
satisfeito Muito
satisfeito
16
Quão satisfeito(a)
você está com o seu
sono?
1 2 3 4 5
17
Quão satisfeito(a)
você está com sua
capacidade de
desempenhar as
atividades do seu dia-
a-dia?
1 2 3 4 5
18
Quão satisfeito(a)
você está com sua
capacidade para o
trabalho?
1 2 3 4 5
19 Quão satisfeito(a) 1 2 3 4 5
25
você está consigo
mesmo?
20
Quão satisfeito(a)
você está com suas
relações pessoais
(amigos, parentes,
conhecidos, colegas)?
1 2 3 4 5
21
Quão satisfeito(a)
você está com sua
vida sexual?
1 2 3 4 5
22
Quão satisfeito(a)
você está com
o apoio que você
recebe de seus
amigos?
1 2 3 4 5
23
Quão satisfeito(a)
você está com
as condições do local
onde mora?
1 2 3 4 5
24
Quão satisfeito(a)
você está com o
seu acesso aos
serviços de saúde?
1 2 3 4 5
25
Quão satisfeito(a)
você está com
o seu meio de
transporte?
1 2 3 4 5
As questões seguintes referem-se a com que frequência você sentiu ou experimentou certas coisas nas
últimas duas semanas.
nunca
Algumas
vezes freqüentemente
muito
freqüentemente sempre
26
Com que
freqüência você
tem
sentimentos
negativos tais
como mau
humor,
desespero,
ansiedade,
depressão?
1 2 3 4 5