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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E
ZOOTECNIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA EM FUNÇÃO DA
VARIABILIDADE DO SOLO
DANIELLE HELENA MÜLLER
C U I A B Á - MT
2016
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E
ZOOTECNIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA EM FUNÇÃO DA
VARIABILIDADE DO SOLO
DANIELLE HELENA MÜLLER
Engenheira Agrônoma
Orientadora: Profª. Drª. WALCYLENE L. M. P. SCARAMUZZA
Co-orientadora: Profª. Dra. ELISANGELA CLARETE CAMILI
Tese apresentada à Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, para obtenção do título de Doutora em Agricultura Tropical.
C U I A B Á - MT 2016
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E
ZOOTECNIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Título: Qualidade de sementes de soja em função da variabilidade do solo. Autora: Danielle Helena Müller Orientadora: Profª. Dra. Walcylene Lacerda Matos Pereira Scaramuzza Aprovada em 01 de fevereiro de 2016
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DEDICATÓRIA
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A Deus, pelo dom da vida. Ao Adilson, pelo amor e dedicação. Ao anjinho Gabriel, alegria e alento dos meus dias. Aos meus pais Hugo e Neuza, pelo exemplo de vida. Ao meu irmão Igor por todo apoio nessa caminhada.
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AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Mato Grosso, ao Programa de Pós-graduação em
Agricultura Tropical, à CAPES e à APROSOJA/FACS, pela oportunidade de
realização do doutorado, através da concessão da bolsa de estudos e
financiamento da pesquisa.
Ao Grupo Bom Futuro, especialmente à equipe da Fazenda Colibri, e ao
professor Eugênio, por conceder a área de estudo e estrutura de apoio para
a realização das coletas.
À minha orientadora Walcylene Lacerda Matos Pereira Scaramuzza, pela
atenção e críticas enriquecedoras ao trabalho.
À minha co-orientadora Elisangela Clarete Camili, pela amizade, orientação,
dedicação, paciência, ensinamentos transmitidos e, acima de tudo, pelo
exemplo como ser humano, cidadã, professora e pesquisadora.
À professora Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque, por idealizar e
apoiar a realização deste trabalho.
À técnica e companheira de laboratório Sidnéa Aparecida Fiori Caldeira, pela
constante colaboração e amizade.
Aos professores Ricardo dos Santos Amorim e Daniela Tiago da Silva
Campos pela ajuda nas análises estatísticas e laboratoriais.
Aos colaboradores de iniciação científica Gabriela, Gabrielly, Sanmara,
Jessyka, Hatily, Edvandison e Dalthon pelo auxílio, dedicação e companhia
durante a realização do trabalho.
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Aos colegas de estudo, amigos, alunos e familiares que me acompanharam e
auxiliaram em todas as viagens para coletas no campo e nas análises
laboratoriais, em especial ao meu esposo Adilson, ao meu irmão Igor e minha
cunhada Maisa.
Ao colega de profissão e amigo Rafael Noetzold, pelo auxílio nas análises
estatísticas.
Por fim, agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a
realização deste projeto. Suas contribuições foram imprescindíveis e
suavizaram o árduo trabalho desta conquista.
A todos meus sinceros agradecimentos!
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 11
2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................. 12
2.1 ASPECTOS ECONÔMICOS DA CULTURA DA SOJA .............................................................. 12 2.2 CADEIA PRODUTIVA DA SOJA: SEMENTES DE QUALIDADE ................................................. 13 2.3 A QUALIDADE DA SEMENTE NO CAMPO E A VARIABILIDADE ESPACIAL DE ATRIBUTOS DO
SOLO ................................................................................................................................... 15 2.4 GEOESTATÍSTICA ............................................................................................................ 18
2.4.1 Variável regionalizada .......................................................................................... 19 2.4.2 Semivariograma ................................................................................................... 20 2.4.3 Krigagem .............................................................................................................. 23 2.4.4 Validação Cruzada ............................................................................................... 23
3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................... 25
3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL ............................................ 25 3.2 AVALIAÇÕES .................................................................................................................. 29
3.2.1 Metodologia de coleta de solo e material vegetal ................................................ 31 3.2.2 Atributos do solo ................................................................................................... 33 3.2.2.1 Análise microbiológica ....................................................................................... 33 3.2.3 Atributos das sementes ........................................................................................ 34 3.2.3.1 Qualidade física ................................................................................................. 34
3.3 ANÁLISE DOS DADOS ...................................................................................................... 36 3.3.1 Estatística descritiva ............................................................................................. 36 3.3.2 Correlação de Pearson ........................................................................................ 36 3.3.3 Geoestatística....................................................................................................... 36
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 38
4.1 ANÁLISE DESCRITIVA ...................................................................................................... 38 4.2 ANÁLISE DE CORRELAÇÃO ............................................................................................... 49 4.3 ANÁLISE GEOESTATÍSTICA ............................................................................................... 51
5 CONCLUSÕES ................................................................................................................... 77
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 78
ANEXOS ................................................................................................................................ 95
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QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA EM FUNÇÃO DA VARIABILIDADE
DO SOLO
RESUMO – Neste trabalho objetivou-se verificar a qualidade de sementes de
soja em função da variabilidade do solo em um campo de produção. Os dados
do experimento foram coletados em 138 pontos georreferenciados em
propriedade produtora de sementes de soja localizada no município de Santo
Antônio de Leverger – MT. A coleta de solo para a caracterização química,
física e microbiológica foi realizada em novembro de 2013 e, a coleta de
sementes de soja do cultivar TMG 1179 foi realizada em janeiro de 2014, num
campo de produção contendo solo com gradiente de textura. No solo avaliou-
se os teores de macronutrientes (fósforo, potássio, cálcio e magnésio), pH,
teor de matéria orgânica (MO), capacidade de troca catiônica (CTC) e
saturação por bases (V%), granulometria, densidade, porosidade, umidade e
população de nematoides e fungos micorrízicos. Em relação às sementes
avaliou-se produtividade, massa de 1000 sementes, tamanho, sanidade e
potencial fisiológico por meio dos testes de germinação, emergência em
canteiros, condutividade elétrica, envelhecimento acelerado e tetrazólio. Os
dados foram submetidos à análise descritiva, correlação e geoestatística e, os
parâmetros dos semivariogramas ajustados foram utilizados para elaboração
de mapas de distribuição espacial das variáveis analisadas. Não há
correlação direta entre a qualidade das sementes de soja produzidas e os
atributos avaliados no solo. Há variabilidade espacial nos atributos avaliados
nas sementes e no solo, indicando que a área para produção de sementes de
soja pode ser dividida em zonas de manejo, que permite a definição de áreas
a serem colhidas e descartadas dentro de um campo de produção de
sementes.
Palavras-chave: Produção de sementes, Geoestatística, Variabilidade
espacial.
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QUALITY OF SOYBEAN SEEDS IN FUNCTION OF SOIL VARIABILITY
ABSTRACT – This study aimed to verify the quality of soybean seeds as a
function of soil variability in a production field. The experimental data were
collected at 138 points georeferenced in producing soybean property located
in Santo Antônio de Leverger - MT. The soil collection for chemical, physical
and microbiological was held in November 2013 and the collection of soybean
cultivar TMG 1179 was held in January 2014, a soil containing production field
with texture gradient. On the ground we evaluated the levels of macronutrients
(phosphorus, potassium, calcium and magnesium), pH, organic matter (OM),
cation exchange capacity (CEC) and base saturation (V%), grain size, density,
porosity , humidity and population of nematodes and mycorrhizal fungi. For the
seed was evaluated productivity, mass of 1000 seeds, size, health and
physiological potential through germination, emergency beds, electrical
conductivity, accelerated aging and tetrazolium. Data were submitted to
descriptive analysis, correlation and geostatistics and the parameters set
semivariograms were used for preparation of spatial distribution maps of the
variables analyzed. There is no direct correlation between the quality of soya
beans produced and attributes evaluated in the soil. There spatial variability of
the attributes evaluated in the seeds and in the soil, indicating that the area for
the production of soybean seeds can be divided into management areas,
which allows the definition of areas to be collected and disposed in a seed
production field.
Key-words: Seed production, Geostatistics, Spatial variability.
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1 INTRODUÇÃO
O conhecimento das possíveis relações existentes entre a
produtividade da cultura e as propriedades do solo, bem como outras
variáveis, é importante para estabelecer as principais influências desses
fatores sobre a qualidade de produção. O mapeamento dessas características
pode auxiliar na melhoria da gestão agronômica do cultivo (Khakural et al.,
1999; Kravchenko e Bullock, 2000; Mcbratney et al., 2006), e a estimativa das
variáveis em mapas de distribuição espacial, usada por exemplo, para avaliar
o solo, que mostra a grande variabilidade de ambiente que as plantas podem
encontrar em uma lavoura, tem se tornado ferramenta útil (Schlindwein e
Anghinoni, 2000, Mattioni et al., 2011).
Frente a isso, é importante conhecer a possível correlação da
qualidade das sementes e as características do solo no campo de produção
no momento da colheita (Mattioni et al., 2011). Considerando que existem
poucos trabalhos inferindo sobre fertilidade do solo e a qualidade das
sementes, pesquisas que busquem investigar essa correlação merecem
atenção especial. Assim, neste trabalho, o objetivo foi avaliar a qualidade de
sementes de soja em função da variabilidade do solo em campo de produção.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Aspectos Econômicos da Cultura da Soja
A produção mundial de soja [Glycine max (L.) Merrill] está estimada em
283,8 milhões de toneladas, com uma área plantada de 108,7 milhões de
hectares, ficando atrás apenas das culturas do milho, trigo e arroz em volume
de produção. Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de soja, com
103 milhões de toneladas em 30,7 milhões de hectares, seguido do Brasil
como segundo maior produtor e, em terceiro lugar, a Argentina (CONAB;
USDA, 2015).
Atualmente, o maior foco de desenvolvimento da soja encontra-se no
Centro-Oeste do país. O estado de Mato Grosso lidera a produção nacional
com um volume estimado em 28,1 milhões de toneladas, seguido do Paraná
e do Rio Grande do Sul (CONAB, 2015).
No Brasil, das culturas de verão, a soja é a que apresenta maior
crescimento em área de cultivo, com estimativa de aproximadamente 31,9
milhões de hectares (safra 2014/2015), correspondendo a um aumento de
área de quase 1,38 milhões de hectares em relação à safra de 2013/2014. O
incremento é observado em todas as unidades da federação que produzem a
oleaginosa, destacando-se o estado de Mato Grosso com 226,9 mil hectares
de área total produzida (CONAB, 2015).
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De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB,
2015), a produção brasileira de soja apresentou incremento de mais de 300%
nos últimos 16 anos, subindo de 26,4 milhões de toneladas em 1997 para 96,5
milhões de toneladas na safra 2014/2015. Nesta última safra, as participações
da região Centro-Oeste e do estado de Mato Grosso na produção de soja
foram da ordem de 46,7 e 28,9%, respectivamente, sendo cultivado em torno
de 27,7 milhões de hectares de soja, participando a região Centro-Oeste e o
estado de Mato Grosso com 46,1 e 28,2% da área plantada no país,
respectivamente.
Em âmbito mundial, o Brasil vem sendo considerado a grande
promessa no fornecimento de soja, cujo crescimento médio, nos últimos 40
anos, tem sido da ordem de cinco milhões de toneladas por ano. Os elevados
níveis de produção têm garantido a competitividade da soja brasileira no
mercado internacional, com valores acima de 3.100 kg ha-1, obtidos nas
principais regiões produtoras do Centro- Oeste do país (CONAB, 2015).
2.2 Cadeia Produtiva da Soja: Sementes de Qualidade
A soja é considerada uma das espécies de maior relevância para a
economia brasileira e possui participação significativa na pauta de exportação
do país, por características como facilidade de cultivo e adaptação a quase
todos os ecossistemas brasileiros (Cavalcante et al., 2011), alta produtividade
e grandes possibilidades de utilização dos produtos, tanto na alimentação
humana e animal, quanto na indústria (Rafiee et al., 2009).
Neste contexto, a base que sustenta toda a cadeia produtiva da soja é
a semente. O aumento da área cultivada e o incremento na produtividade e,
consequentemente na produção nacional só se viabilizam com o uso deste
importante insumo. Porém, produzir e disponibilizar sementes de soja com a
qualidade desejada pelo consumidor de sementes (agricultor) e nos volumes
demandados pela área cultivada é tarefa árdua, que requer infraestrutura e
pessoal capacitado, envolvendo elevado investimento (Meneghello e Peske,
2013).
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A grandeza de um negócio, em essência, é representada pelo
montante gerado pela comercialização do produto final. No caso da semente
de soja, considerando o atual sistema de sementes vigente no Brasil, e
segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Sementes
(ABRASEM, 2013), a taxa de utilização de sementes gira ao redor de 65%,
significando que 17,5 milhões de hectares são semeados anualmente com
sementes legais.
Para produzir sementes suficientes para semear uma safra, são
necessários mais de 900 mil hectares do total de área cultivada para a
produção deste insumo. O Brasil consome anualmente cerca de um milhão de
toneladas de sementes de soja, cujo setor movimenta mais de dois bilhões de
reais por ano, envolvendo em torno de 200.000 pessoas, 500 produtores de
sementes e 15 programas de melhoramento (Meneghello e Peske, 2013).
A produção de sementes tem por objetivo disponibilizar material de
multiplicação vegetal com garantia de identidade e qualidade, atendendo os
padrões e as normas específicas estabelecidas pelo MAPA (Brasil, 2007),
sendo a qualidade da semente definida pelos atributos que determinam seu
desempenho quando semeada ou armazenada. É um conceito que engloba
qualidade genética, sanitária, física e fisiológica da semente produzida
(George, 1999).
Neste contexto, o controle da qualidade de sementes é de fundamental
importância dentro das cadeias produtivas, pois, ou o produtor adota regras
claras de controle, ou provavelmente será eliminado da atividade (Costa et al.,
2003), uma vez que a baixa qualidade das sementes ocasiona severos
problemas para comercialização, acarretando prejuízos com a reprovação de
lotes e até mesmo dos campos de produção. Esse fato gera um desperdício
de recursos, visto que todo o manejo da lavoura é feito de maneira
diferenciada, com altos investimentos visando garantir a produção de
sementes de alta qualidade (Mattioni et al., 2011).
A obtenção de sementes de alta qualidade representa a meta prioritária
do processo de produção, e constitui um desafio para o setor sementeiro,
principalmente em regiões tropicais e subtropicais, onde a produção desse
15
insumo só é possível mediante a adoção de técnicas especiais, associadas a
um bom programa de controle de qualidade (França Neto et al., 2007).
Assim a avaliação da qualidade de sementes tem merecido
permanente atenção dos tecnologistas, produtores e pesquisadores,
refletindo o refinamento da demanda pela utilização de materiais que
proporcionam maior segurança para fins de semeadura, o que reflete
diretamente no resultado final da cultura, contribuindo decisivamente para o
estabelecimento do estande desejado, em termos de uniformidade da
população e maior produtividade (Andreoli et al., 2002; Lacerda, 2007;
Meneghello e Peske, 2013).
A semente é o produto final originado de uma série de processos, que
incluem condições climáticas, fertilidade do solo, sanidade do campo de
produção, colheita, beneficiamento, condições de armazenamento, entre
outros. Dessa forma, a obtenção de sementes de alta qualidade exige uma
atenção rigorosa durante a produção (Vasconcelos et al., 2008; Marcondes et
al., 2010; Meneghello e Peske, 2013).
2.3 A Qualidade da Semente no Campo e a Variabilidade Espacial de Atributos do Solo
A qualidade das sementes em um campo de produção não é uniforme,
e estes estão sujeitos a uma série de fatores, que influenciam na qualidade
final das mesmas. Neste contexto, há necessidade de um sistema produtivo
otimizado e de um produto de alta qualidade, e para atingir esses objetivos, é
necessário avaliar se as condições físicas, químicas e microbiológicas dos
solos, nem sempre férteis, tem correlação com a qualidade da semente
produzida (Carvalho e Nakagawa, 2012).
Considerando que o desenvolvimento da soja é influenciado por
inúmeros fatores, são necessários estudos que verifiquem o alcance destes
sobre a qualidade da semente produzida (Motta et al., 2000), e ferramentas
capazes de detectar a variabilidade existente no campo, podem auxiliar no
gerenciamento da cadeia produtora de sementes evitando desperdício de
recursos. Assim, as técnicas utilizadas para o estudo de tal variação devem
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apresentar condições para medir, registrar e analisar as informações obtidas
pelos levantamentos realizados nos campos de produção (Willers et al.,
2009).
A heterogeneidade dos atributos do solo em lavouras é comum,
afetando diferenciadamente o desenvolvimento e a produtividade das
culturas. Essa variabilidade do solo, muitas vezes não é aleatória, mas
apresenta dependência espacial ocasionada por diversos fatores (Reichert et
al., 2008).
A variabilidade espacial dos solos é decorrente de processos
pedogenéticos e pode ser demonstrada por resultados de levantamentos e
análises, bem como pelas diferenças encontradas nas produções das plantas
(Souza et al., 2008). A variabilidade das características do solo é preocupação
antiga e ainda hoje diversos autores se dedicam a estudar os efeitos dessa
variação (Faraco et al., 2008; Lima et al., 2010; Santos et al., 2012, Mondo et
al., 2012).
Através do uso das ferramentas da agricultura de precisão, podem ser
obtidos mapas de distribuição espacial das características do solo, que
mostram a grande variabilidade de ambiente que as plantas podem encontrar
em uma lavoura (Amado et al., 2006).
O uso de técnicas de agricultura de precisão com a finalidade de se
mapear e manejar a variabilidade de atributos do solo introduz um fato novo
nas lavouras, na medida em que se deixa de considerar determinadas áreas
agrícolas como uniformes para dividi-las em pequenos talhões ou zonas de
manejo, que, por possuírem características próprias e serem determinantes
sobre os índices de produtividades obtidas, passam a ser analisados
individualmente quanto ao tipo de práticas a serem realizadas (Saraiva et al.,
2000).
O estudo da variação espacial do solo cresceu em importância, em
discussões sobre manejo agrícola, uma vez que o tratamento uniforme das
áreas cultivadas proporciona resultados inconsistentes, capazes de alterar o
rendimento das culturas e, consequentemente, reduzir a sustentabilidade
ambiental e financeira dos produtores (Silva e Lima, 2012).
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Desta maneira a variabilidade espacial é importante para se conhecer
as correlações entre os atributos do solo e a qualidade das sementes, no
campo de produção (Mattioni et al., 2011) e o conhecimento da variabilidade
espacial dos atributos químicos do solo torna-se fundamental para otimizar as
aplicações localizadas de corretivos e fertilizantes em taxas variáveis e reduzir
a degradação ambiental provocada pelo excesso destes (Rocha e Lamparelli,
1998; Souza et al., 2004; Silva et al., 2007).
Em campos para produção de sementes de soja, experimentos
relacionados à adubação e à nutrição das plantas são escassos, de modo que
o emprego de fertilizantes é feito com base nos resultados obtidos para a
produção de grãos. Deste modo, são importantes trabalhos relacionando a
adubação e nutrição de plantas produtoras de sementes com a qualidade das
mesmas ou com a produção posterior. A correta utilização de corretivos e
fertilizantes é um dos mais importantes fatores para a produção de sementes
de soja de alta qualidade (Golo et al., 2009).
Os atributos físicos do solo também são variáveis e tem demonstrado
dependência espacial frequente. Trangmar et al. (1985) e Simões et al. (2006)
ressaltaram que os aspectos físicos influenciam diretamente o crescimento e
desenvolvimento das culturas.
Atributos como densidade e porosidade total são comumente utilizados
para diagnosticar quando um solo apresenta condições adequadas ao
desenvolvimento e à exploração das raízes, indicando se há problemas de
compactação (Ramirez-Lopez et al., 2008).
Grego e Vieira (2005), estudando atributos físicos de um Latossolo
Vermelho distroférrico, ressaltaram que a dependência espacial, bem como a
semelhança de comportamento entre elas, permitiu inferir que a amostragem
ao acaso resultaria em interpretações incorretas e falhas, pois encobriria a
variabilidade encontrada na área amostrada, evidenciando a importância do
estudo da variabilidade espacial no manejo dos solos.
Outro aspecto a ser considerado na grande variabilidade verificada nos
solos é referente ao componente biológico. O conhecimento dos padrões
espaciais na distribuição das espécies microbiológicas é fundamental para a
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compreensão dos processos ecológicos e evolutivos que moldam as
comunidades que mantêm relação direta com o desenvolvimento das culturas
(Bahram et al., 2015).
Na natureza os padrões espaciais documentados e a posterior
interpretação dos processos ecológicos podem variar significativamente de
estudo para estudo. Os resultados desta análise lançam luz sobre a
importância relativa de espaço, tempo e estrutura do solo na variabilidade das
comunidades biológicas (Morlon et al, 2008;. Dray et al., 2012).
As interações existentes no sistema solo são fundamentais para a sua
compreensão e decisivas para o desenvolvimento de culturas agrícolas, uma
vez que as relações entre os atributos químicos, físicos e biológicos do solo,
influenciam diretamente no crescimento e desenvolvimento das culturas
(Bottega et al., 2011).
Desta forma, a avaliação da variabilidade espacial destes atributos tem
se tornado importante ferramenta, na determinação de estratégias de manejo
do solo que buscam aumentar a produtividade agrícola (Minasny e McBratney,
2007).
2.4 Geoestatística
Desde o início do século XX, há grande interesse na determinação de
técnicas mais eficientes para a caracterização de uma determinada área, não
apenas nas ciências do solo, como também em outras áreas do conhecimento
(Wojciechowski et al., 2009). Souza et al. (2007) destacaram o estudo da
variabilidade espacial no âmbito da ciência do solo devido à heterogeneidade
de seus atributos.
A geoestatística surgiu na África do Sul quando Krige (1951),
trabalhando com dados referentes à concentração de ouro, não conseguia
encontrar sentido nas variâncias calculadas se não levasse em conta também
a distância entre as amostras (Vieira, 2000).
Matheron (1963, 1971), baseado nas observações de Krige,
desenvolveu a Teoria das Variáveis Regionalizadas, definida como uma
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função espacial numérica que varia de um local para outro, com uma
continuidade espacial aparente.
Assim, a geoestatística objetiva explicar fenômenos que têm em
comum aspectos característicos das variáveis estudadas e cuja distribuição
de valores está associada à sua posição no espaço. Neste contexto, uma
característica importante é a correlação espacial, ou seja, dado um valor da
variável numa determinada posição do espaço, a suposição básica da
correlação é que, em pontos próximos a essa posição, os valores sejam
similares, a menos que alguma ocorrência implique variação maior desses
valores mensurados para a variável.
Segundo Trangmar et al. (1985), Gonçalves (1997) e Fietz et al. (1999),
a estatística clássica assume que a variabilidade de uma propriedade do solo
ou planta em torno dos valores médios é aleatória e independente da posição
espacial. No entanto, Vieira et al. (1981) demonstraram que a variabilidade
das propriedades do solo é dependente de sua separação, ou seja, dentro de
certo domínio, as diferenças entre os valores de uma propriedade do solo
pode ser expressa em função da distância de separação entre elas.
Segundo Vieira (2000), se uma determinada propriedade varia de um
local para outro com algum grau de organização ou continuidade, expresso
pela dependência espacial, a estatística clássica não deve ser aplicada, sendo
recomendável adotar a geoestatística, e alguns dos seus principais conceitos
utilizados são a variável regionalizada, o semivariograma e a krigagem.
2.4.1 Variável regionalizada
O termo variável regionalizada corresponde a variáveis cujos valores
assumidos são tratados considerando-se a posição relativa entre os pontos
amostrados no espaço. Os valores que essa variável regionalizada assume
tem duas componentes: uma aleatória, intrínseca ao fenômeno estudado, e
outra espacial, pela qual esses valores não se distribuem espacialmente de
forma aleatória, mas com dependência dentro de certa distância e direção.
Assim sendo, o valor da variável regionalizada medido em determinado ponto
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sofre e exerce influência nos valores da mesma variável, medidos nos pontos
localizados na vizinhança (Quintanilha e Dozzi, 1989).
2.4.2 Semivariograma
O semivariograma caracteriza a autocorrelação espacial, dada uma
configuração de como os dados foram obtidos (amostra) e, permite investigar
se o fenômeno estudado é espacialmente autocorrelacionado. Se o
semivariograma é o mesmo em todas as direções (ângulos), significa que não
há autocorrelação espacial nessa amostra. O semivariograma pode ser
considerado uma decomposição espacial da variância da amostra (Journel e
Huijbregts, 1992).
A modelagem do semivariograma é realizada através do ajuste com
modelos teóricos conhecidos, como os modelos esférico, exponencial,
gaussiano e linear. O estimador da função semivariograma da variável
regionalizada z, entre dois pontos, xi e xj, separados a distância h é expresso
por:
sendo Nh o número de pares distintos de valores localizados em Ph (região
constituída de todos os pares de pontos distantes h entre si). Assim, o
semivariograma é considerado um “medidor” da dependência espacial entre
as amostras (Vieira et al., 1983).
A Figura 1 mostra um semivariograma típico com seus parâmetros.
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FIGURA 1. Semivariograma experimental e seus parâmetros. Fonte: Vieira et
al. (2008).
À medida que h tende para 0 (zero), γ(h) se aproxima de um valor
positivo chamado efeito pepita (C0). O valor de C0 revela a descontinuidade
do semivariograma para distâncias menores do que a menor distância entre
os pontos de coleta das amostras. Parte dessa descontinuidade pode também
ser devida a erros de medição (Delhomme, 1976), mas é impossível
quantificar qual componente contribui mais, se os erros de medição ou a
variabilidade em uma escala menor do que aquela amostrada (Vieira, 2000).
À medida que h aumenta a γ(h) também aumenta até um valor máximo
no qual ele se estabiliza. Este valor no qual γ(h) se estabiliza chama-se
patamar, é representado por (C0 + C1), e é aproximadamente igual à variância
dos dados, VAR(z). O C1 é chamado de variância estrutural, e representa o
valor da semivariância entre o efeito pepita e o patamar (Vieira, 2000).
A distância na qual γ(h) atinge o patamar é chamada de alcance (a) e
representa a distância limite da dependência espacial. Medições localizadas
em distâncias maiores que a estabelecida pelo alcance, tem distribuição
espacial aleatória, e por isso podem ser consideradas independentes entre si.
Neste caso, a Estatística Clássica pode ser aplicada sem restrições. Por outro
lado, amostras separadas por distâncias menores que o alcance são
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correlacionadas umas às outras, o que permite que se façam interpolações
para espaçamentos menores do que os amostrados (Vieira, 2000).
Se o semivariograma, ao invés de ser crescente e dependente de h
como o mostrado na Figura 1, for constante e igual ao patamar para qualquer
valor de h, se tem o que é conhecido como efeito pepita puro, ou seja, a
ausência total de dependência espacial. Isto significa que o alcance para os
dados em questão é menor do que o menor espaçamento entre amostras,
caracterizando-se assim uma distribuição espacial completamente aleatória
(Silva et al., 1989).
Uma vez calculada a semivariância, deve-se proceder ao ajuste de um
modelo matemático, uma vez que todos os cálculos da geoestatística
dependem do valor do modelo do semivariograma para cada distância
especificada (Vieira et al., 1981).
De acordo com Vieira (2000), para os estudos de variáveis de interesse
agronômico, tais como solo e planta, os principais modelos matemáticos
ajustados aos semivariogramas experimentais são: esférico, exponencial,
gaussiano e linear, além do modelo “holle effect”. Na Figura 2 estão
representados os principais modelos matemáticos.
FIGURA 2. Ajuste dos modelos matemáticos ao semivariograma
experimental. Fonte: Vieira et al. (2008).
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2.4.3 Krigagem
O semivariograma é uma ferramenta básica de suporte para a técnica
de krigagem, que é um método de interpolação que permite representar
quantitativamente a variação de um fenômeno regionalizado no espaço,
através da estimativa de valores para os locais não amostrados (Huijbregts,
1975).
A krigagem parte do mesmo princípio da variável regionalizada e as
equações de krigagem são derivadas a partir da suposição que os
semivariogramas são válidos (Isaaks e Srivastava, 1989).
A krigagem é considerada um método do tipo BLUE (Best Linear
Unbiased Estimator - Melhor Estimador Linear Não-Viciado). Linear porque as
estimativas são combinações lineares ponderadas dos dados existentes. Não
viciada, porque procura que a média dos erros (desvios entre o valor real e o
valor estimado) seja nula; sendo a mais indicada porque os erros de
estimação apresentam uma variância (variância de estimação) mínima
(Journel, 1988).
2.4.4 Validação Cruzada
A validação cruzada é um método de seleção do modelo
semivariográfico e permite selecionar o modelo matemático que melhor
descreve a dependência espacial das observações das variáveis em função
das distâncias (Faraco, 2006).
Para Hernández e Emery et al. (2009), a ideia da validação cruzada
consiste em validar a capacidade do modelo ajustado de semivariograma
associado à incerteza do atributo não amostrado. Na validação cruzada,
supõe-se que um elemento da amostra não tenha sido observado. Para isto,
retira-se o valor amostrado e se obtém a estimativa do mesmo pela krigagem,
usando os valores dos pontos vizinhos. Este processo é realizado para todos
os pontos amostrados. Ao final para cada ponto existirá o valor verdadeiro e
o valor estimado e, portanto, o erro de estimação.
24
O ajuste de modelos geoestatísticos através de técnicas de validação
cruzada podem ajudar a escolher um, entre os diferentes modelos de
semivariogramas, baseados na análise dos erros de estimação (Davis, 1987;
Faraco, 2006). Em várias situações práticas, é necessário verificar os
resultados de diferentes modelos e escolher o que mais se aproxima do
semivariograma experimental (Isaaks e Srivastava, 1989).
Os resultados de validação são comumente utilizados para comparar a
distribuição da estimação de erros, ou resíduos, que têm informações
importantes, e um estudo cuidadoso da sua distribuição pode prover indícios
de problemas em um procedimento de estimação. Assim, desde que tais
indícios possam conduzir ao melhoramento de procedimentos de estimação,
a validação é o passo preliminar útil antes que as estimações finais sejam
calculadas (Isaaks e Srivastava, 1989).
Na validação cruzada, conhecendo-se os valores amostrados e os
valores estimados, pode-se conhecer também a variância total estimada,
sendo, assim, possível avaliar a qualidade ou precisão do processo (Faraco,
2006).
25
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização e Caracterização da Área Experimental
As coletas de solo e material vegetal foram realizadas na Fazenda
Colibri, pertencente ao grupo Bom Futuro, situada no município de Santo
Antônio de Leverger/MT e localizada a 16° 14’ latitude Sul, 55° 24’ longitude
Oeste e altitude de 674 metros. A área de coleta foi composta por 80 ha, onde
foram georreferenciados 138 pontos, formando o “grid” amostral. Com auxílio
de um GPS de navegação, foi realizado o caminhamento, no sentido anti-
horário, para determinar o perímetro da área, e posteriormente os pontos
foram transferidos para um computador. Através do sistema Geo R (Diggle e
Ribeiro Junior, 2007), foi estabelecida a malha de amostragem do campo e os
pontos espacializados. Os pontos encontravam-se distantes 130 m na linha
(horizontal) e 50 m entre as linhas (vertical), conforme Figura 3.
26
FIGURA 3. Malha georeferenciada com os 138 pontos amostrais para coleta
de sementes de soja [Glycine max (L.) Merrill] e solo em campo
de produção. Fazenda Colibri - Santo Antônio de Leverger/MT.
Safra 2013/2014. Fonte: Google (2015).
O clima predominante da área experimental é do tipo Aw, segundo a
classificação de Köppen (1948), caracterizando-se por um período seco de
maio a setembro e outro chuvoso que se estende de outubro a abril. Apresenta
temperatura média anual de 23,1 oC e precipitação anual de 2.136 mm. O solo
é caracterizado como Latossolo Vermelho distrófico típico de textura
média/argilosa (Embrapa, 2006).
As temperaturas mínima, média e máxima local, além da precipitação
e umidade relativa do ar, apresentadas como médias mensais do plantio
(outubro) à colheita (janeiro), estão ilustradas nas Figuras 4 e 5.
27
FIGURA 4. Temperaturas média, máxima e mínima (oC) mensais observadas
durante o período de coletas de solo e sementes de soja [Glycine
max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri. Safra 2013/2014. Fonte: 9º
Distrito de Meteorologia-INMET/Estação Meteorológica do
Instituto Federal de Mato Grosso - Santo Antônio de Leverger/MT.
FIGURA 5. Médias mensais de umidade relativa do ar (%) e precipitação
pluviométrica (mm), observadas durante o período de coletas de
solo e sementes de soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda
Colibri. Safra 2013/2014. Fonte: 9º Distrito de Meteorologia-
INMET/Estação Meteorológica do Instituto Federal de Mato
Grosso - Santo Antônio de Leverger/MT.
0
5
10
15
20
25
30
35
out/13 nov/13 dez/13 jan/14
Tem
pe
ratu
ra (
ºC)
Tmédia Tmáxima Tmínima
0
100
200
300
400
500
0
20
40
60
80
100
out/13 nov/13 dez/13 jan/14
Pre
cip
itaç
ão (
mm
)
Um
idad
e r
ela
tiva
do
ar
(%)
UR % Precipitação (mm)
28
Utilizou-se o cultivar de soja [Glycine max (L.) Merrill] TMG 1179 RR,
planta transgênica, com gene de resistência ao herbicida glyphosato,
recomendada para cultivo na região Sul, de alta e baixa altitude, do estado de
Mato Grosso. Informações detalhadas sobre as características desse cultivar
estão na Tabela 1.
TABELA 1. Características do cultivar TMG 1179 RR.
Características TMG 1179 RR
Maturação relativa 7.9
Tipo de crescimento Determinado
Cor da flor Roxa
Cor da pubescência Cinza
Cor do hilo Marrom clara
Exigência em Fertilidade Alta
Acamamento Resistente
Ciclo 118 a 123 dias
Altura média da planta 54 cm
Altura média de inserção da primeira vagem 14 cm
Diâmetro médio do caule 5 mm
Reação às doenças
Cancro da haste (Diaporte sp.) Resistente
Mancha “olho-de-rã” (Cercospora sojina) Resistente
Ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) Suscetível
Oídio (Microsphaera difusa) Suscetível
Mancha alvo (Corynespora cassicola) Suscetível
Pústula bacteriana (Xanthomonas axonopodis) Resistente
Nematoide das galhas (Meloidogyne javanica) Suscetível
Nematoide das galhas (Meloidogyne incognita) Resistência moderada
Nematoide de cisto da soja (Heterodera glycines) Resistente às raças 1
e 3
Nematoide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus)
Resistência moderada
Fonte: TMG Tropical Melhoramento & Genética e Consultoria Agronômica, Pesquisa e Agricultura de Precisão, 2014.
29
A semeadura foi realizada em espaçamento de 0,45 m entre fileiras,
com densidade de 16 plantas m-1 linear e população final de 348.000 plantas
ha-1.
A área de cultivo mantém o sistema de plantio direto sobre palhada de
milho há 10 anos. As demais atividades e tratos culturais realizados na
fazenda durante a safra 2013/2014 encontram-se na Tabela 2.
TABELA 2. Atividades e tratos culturais realizados na cultura da soja [Glycine
max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri - Santo Antônio de Leverger,
MT. Safra 2013/2014.
Atividade Quantidade Data
Semeadura - 16/10/2013
Adubação de semeadura
120 kg de P2O5 (SS 18%) 80 kg de K2O (KCl
60%) 30 kg de N
2/3 do P e K aplicados a lanço 30 dias antes da
semeadura 1/3 de P e K e dose total
de N na semeadura
16/09/2013
16/10/2013
Adubação de cobertura 60 kg de K2O (KCl 60%) 04/12/2013
Fungicidas/Herbicidas/Inseticidas Tratamento de sementes
Manejo da propriedade -
Amostragem de solo - 15/11/2013
Colheita da soja - 24/01/2014
3.2 Avaliações
Na Tabela 3 está a relação de avaliações realizadas no decorrer do
trabalho e a seguir a descrição apenas das análises adaptadas.
30
TABELA 3. Relação das avaliações referentes à qualidade das sementes de
soja [Glycine max (L.) Merrill] e aos atributos do solo com
gradiente de textura após coleta em 138 pontos amostrais.
Fazenda Colibri - Santo Antônio de Leverger, MT. Safra
2013/2014.
Variáveis Unidades Referências
Solo
Análise química
Potássio e Fósforo Cálcio e Magnésio
mg dm-3 cmolc dm-3
EMBRAPA (2011) pH
Saturação por bases %
Matéria orgânica g dm-3
Capacidade de troca catiônica
cmolc dm-3
Análise física
Textura % EMBRAPA (2011) Densidade g dm-3
Porosidade m3 m-3
Umidade m3 m-3
Análise microbiológica
Nematoides fitopatogênicos Fungos micorrízicos arbusculares
população/50 cm3 de solo
Decantação e peneiramento úmido (Gerdemann e Nicolson, 1963); Centrifugação em água e sacarose 50% (Jenkins, 1964).
Sementes de Soja
Qualidade física
Teor de água % G800 (BRASIL, 2009)
Produtividade kg ha-1 Weber (2005)
Massa de mil sementes g RAS (BRASIL, 2009)
Tamanho das sementes % Mattioni et al. (2011)
Qualidade fisiológica
Teste padrão de germinação
% RAS (BRASIL, 2009)
Condutividade elétrica µS cm-1 g-1 Krzyzanowski et al. (1999)
Envelhecimento acelerado
%
Tetrazólio** %
* RAS – Regras para análise de sementes; ** Vigor nos níveis 1 a 3; danos por percevejo e deterioração por umidade.
31
3.2.1 Metodologia de coleta de solo e material vegetal
A coleta do solo foi realizada em cada ponto georeferenciado, na
profundidade de 0-20 cm, com auxílio de trado holandês, para avaliação dos
atributos químicos e microbiológicos (Figura 6A, B e C). Para avaliação do
atributo físico, fez-se a retirada de amostras indeformadas, nas profundidades
de 0-10 e 10-20 cm, com auxílio do amostrador de Kopeck e uso de anéis
volumétricos (Figura 6D, E e F).
Por ocasião da colheita, em cada ponto georreferenciado, retirou-se
todas as plantas presentes em três linhas de semeadura com 1 m de
comprimento cada (Figura 7A e B).
Após colhidas as plantas, as vagens foram retiradas e a debulha
ocorreu de forma manual, para obtenção da amostra de sementes (Figura 7C,
D e E).
As amostras de solo e sementes foram transportadas para o
Laboratório de Sementes da FAMEVZ/UFMT, onde permaneceram
armazenadas em embalagem de saco de plástico (solo) e saco de papel
(sementes), em câmara fria a 18 ± 2 ºC e 63 ± 4 % de umidade relativa,
durante o período de avaliação.
32
FIGURA 6. Coleta das amostras de solo para análises de textura, química e
microbiológica. Uso de trado holandês, e deposição da amostra
deformada em balde (A e B); amostra armazenada em saco
plástico (C); uso de amostrador de Kopeck e anel (D e E); e após
toalete, anel pronto para transporte (F). Fazenda Colibri - Santo
Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
A B C
D E F
33
FIGURA 7. Coleta das amostras de plantas de soja no campo (A e B),
secagem (C); debulha e obtenção da amostra de sementes (D e
E). Fazenda Colibri - Santo Antônio de Leverger e UFMT –
Cuiabá, MT. Safra 2013/2014.
3.2.2 Atributos do solo
3.2.2.1 Análises microbiológicas
As avaliações da densidade populacional de fungos micorrízicos
arbusculares e nematoides foram realizadas através da retirada de uma
amostra de solo por ponto amostral na profundidade de 0 a 20 cm.
Para viabilizar a extração simultânea de esporos e nematoides
adaptou-se a metodologia de Gerdemann e Nicolson (1963) e Jenkins (1964).
Cada repetição de 50 cm3 de terra destorroada foi adicionada em um litro de
água, e misturada por 15 segundos através do uso de liquidificador, para
homogeneização. Depois de decantada, a mistura foi passada em peneira de
A B
C D E
34
malha de 20 “meshs”, sendo o resíduo retido descartado e a suspensão
coletada em béquer e passada em peneiras de 42 e 400 “meshs”, recolhida
em tubo de centrífuga, com auxílio de piceta. Os tubos contendo a suspensão
foram pesados e balanceados com adição de água, e centrifugados durante
3 minutos a 3000 rpm. O sobrenadante foi eliminado, e se adicionou a solução
de sacarose 50%, os tubos foram pesados e balanceados com a adição da
solução de sacarose, e novamente centrifugados por 2 minutos a 2000 rpm.
Em seguida, o sobrenadante foi vertido numa peneira de 500 “meshs” e
enxaguado abundantemente com água destilada, e recolhido, com auxílio de
piceta, em potes de plástico com tampa de rosca, os quais foram mantidos
em câmara fria até o momento da contagem, que foi realizada em placa de
Petri canaletada, para esporos de fungos micorrízicos e, câmera de contagem
de Peters, para nematoides. Os resultados foram expressos em população
por 50 cm3 de solo.
3.2.3 Atributos das sementes
Para iniciar as análises da qualidade das sementes, a amostras foram
passadas pelo divisor de solo visando à homogeneização da amostra de
trabalho (BRASIL, 2009).
3.2.3.1 Qualidade física
A classificação das sementes por tamanho, chamado de teste de
retenção em peneiras, adaptada da metodologia de Mattioni et al. (2011), foi
realizada através de um conjunto de peneiras de crivo circular com aberturas
nos seguintes diâmetros, e ordem de disposição do conjunto de cima a baixo:
Peneira 1: 7,5 mm
Peneira 2: 7,0 mm
Peneira 3: 6,5 mm
Peneira 4: 6,0 mm
Peneira 5: 5,5 mm
35
Peneira 6: 5,0 mm
Peneira 7: fundo cego
Uma sub-amostra de 100 g de sementes foi retirada de cada uma das
138 amostras coletadas e passada através do conjunto de peneiras e, as
sementes retidas em cada peneira foram pesadas (Figura 8) e os resultados
expressos em porcentagem (%).
FIGURA 8. Conjunto de peneiras para classificação das amostras de
sementes de soja por tamanho (A e B); sementes de soja
[Glycine max (L.) Merrill] retidas na peneira de 5,5 mm (C);
amostra recolhida em copo de plástico e pesagem (D e E).
UFMT - Cuiabá, MT. Safra 2013/2014.
A B
C D E
36
3.3 Análise dos Dados
3.3.1 Estatística descritiva
Os parâmetros estatísticos de mínimo, máximo, média, desvio padrão
e coeficiente de variação, foram obtidos com o objetivo de verificar a
existência de tendência central e dispersão dos dados, utilizando para cálculo
o programa Excel® (2007).
3.3.2 Correlação de Pearson
Foi realizada a análise de correlação de Pearson (P≤0,05) entre as
variáveis avaliadas utilizando o programa Statistica 7.
3.3.3 Geoestatística
Para caracterizar a variabilidade espacial dos atributos do solo e das
sementes, os dados foram analisados utilizando semivariograma
experimental com o estimador clássico, de acordo com Burrough e McDonnell
(1998).
O modelo de semivariograma utilizado foi escolhido de acordo com a
estimação de erros, através da validação cruzada, e ajustado ao método
Quadrados Mínimos Ordinários (Ordinary Least Square – OLS).
O método da validação cruzada, por meio do erro médio (ME) e
quadrado médio do desvio padrão (MSDR) foi utilizado para escolha final do
modelo de semivariograma teórico (Cressie, 1993; Goovaerts, 1997).
ME = 1
N ∑ {z (xi)
Ni=1 - z (xi)};
MSDR = 1
N ∑ √
{𝑧 (𝑥𝑖) − �� (𝑥𝑖)}²
𝜎 ²(𝑥𝑖)
Ni=1
Em que z (xi) é o valor observado no ponto (xi); z (xi) é o valor estimado
pela krigagem para o ponto (xi) e σ (xi) é a variância da krigagem.
37
Para que o modelo do semivariograma seja considerado satisfatório, o
valor de ME deve ser próximo de 0 (Faraco et al., 2008) e o valor do MSDR
deve ser próximo de 1 (Webster e Oliver, 2007a, b).
A dependência espacial das variáveis foi estimada pela relação
(c0/c0+c1) x 100, de acordo com Cambardella et al. (1994), que utilizaram o
grau de dependência espacial (GDE) para classificar tal dependência em forte
(GDE < 25%), moderada (26%<GDE< 75%) e fraca (GDE > 75%).
Comprovada a dependência espacial realizou-se a interpolação pelo
método de krigagem ordinária para estimar valores em locais não medidos e
mapeamento.
A análise geoestatística foi efetuada com o uso do software R, pacote
geoR, versão 3.2.0. (Diggle e Ribeiro Junior, 2007).
38
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Análise descritiva
Os atributos avaliados no solo encontram-se na Tabela 4, e foram
discutidos aqueles que obtiveram homogeneidade de dados (CV menor que
20%), segundo Gomes e Garcia (2002).
As características químicas do solo foram interpretadas de acordo com
a classificação proposta por Souza e Lobato (2004), e as que apresentaram
homogeneidade de dados foram o pH (CaCl2) que variou de 4,20 a 6,00,
classificados como baixo e muito alto, respectivamente. A CTC variou de 4,60
a 9,70 cmolc dm-3, sendo classificada como baixa e alta, respectivamente, e
os teores de matéria orgânica variaram de 16,20 a 41,00 g dm-3, sendo
classificados como médio e alto, respectivamente. Tais condições comprovam
a grande variabilidade das características químicas dos Latossolos do
Cerrado (Eberhardt et al., 2008).
39
TABELA 4. Estatística descritiva dos atributos do solo com gradiente de
textura, coletado em 138 pontos amostrais de área cultivada com
soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri - Santo Antônio
de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Atributos Mínimo Máximo Média S CV%
P (mg dm-3) 1,10 28,00 5,80 4,31 74,24
K (mg dm-3) 20,00 131,00 43,01 20,77 48,30
Ca (cmolc dm-3) 0,70 3,50 1,83 0,52 28,50
Mg (cmolc dm-3) 0,30 1,20 0,69 0,18 26,03
pH CaCl2 4,20 6,00 4,73 0,29 6,10
V (%) 13,40 83,70 36,28 9,95 27,42
MO (g dm-3) 16,20 41,00 29,68 5,02 16,93
CTC (cmolc dm-3) 4,60 9,70 7,34 1,04 14,18
Altitude (m) 651,83 696,15 676,05 9,99 1,47
Argila (%) 10,86 65,31 37,06 13,92 37,55
Silte (%) 1,25 9,70 3,13 1,47 14,44
Areia (%) 31,18 84,46 59,80 14,44 24,15
D0-10 (g dm-3) 0,94 1,54 1,21 0,12 9,89
D10-20 (g dm-3) 0,93 1,62 1,28 0,15 11,55
PT0-10 (m3 m-3) 0,29 0,65 0,45 0,06 13,22
PT10-20 (m3 m-3) 0,30 0,59 0,43 0,06 13,79
Um0-10 (m3 m-3) 0,18 0,65 0,34 0,06 18,13
Um10-20 (m3 m-3) 0,19 0,54 0,33 0,06 18,19
Nematoides 0,00 278,00 50,00 45,00 90,00
FMAs 103,00 982,00 440,00 265,00 60,00
P – fósforo; K – potássio; Ca – cálcio; Mg – magnésio; V – saturação por bases; MO – matéria orgânica; CTC – capacidade de troca catiônica; D0-10 – densidade do solo na camada de 0-10 cm; D10-20 – densidade do solo na camada de 10-20 cm; PT0-10 – porosidade total do solo na camada de 0-10 cm; PT10-20 – porosidade total do solo na camada de 10-20 cm; Um0-10 – umidade volumétrica do solo na camada de 0-10 cm; Um10-20 – umidade volumétrica do solo na camada de 10-20 cm; S - desvio-padrão; CV - coeficiente de variação.
A amplitude dos valores observados para P, K, Ca, Mg e saturação por
bases pode estar relacionada com a variabilidade das características físico-
químicas, granulométricas e mineralógicas do solo avaliado. Fator comum,
verificado em outros estudos (Macêdo, 1996; Azevedo, 2004; Eberhardt et al.,
2008; Souza et al., 2008), levando-se em consideração que os Latossolos
representam aproximadamente 45,7% dos solos da região do Cerrado, sendo
descritos como muito intemperizados, profundos, não-hidromórficos, com teor
40
de argila entre 15 e 80% e pequena reserva de nutrientes para as plantas.
Mais de 95% são distróficos ou álicos e apresentam pH entre 4,0 e 5,5, baixa
capacidade de troca catiônica, alta capacidade de adsorção aniônica
(especialmente fosfato) e teores baixos de P disponível (Resende et al., 1995;
Eberhardt et al., 2008).
Os resultados observados, principalmente para fósforo (média de 5,80
mg dm-3) podem ser um indicativo de acidez elevada em determinadas regiões
da área, uma vez que este é muito influenciado pelo pH (Matiello et al., 2002),
o que se confirma pelo valor médio de 4,7 de pH observado para o solo em
estudo. Em solos ácidos, o P forma fosfatos com óxidos de ferro, alumínio e
manganês, compostos de baixa solubilidade, reduzindo sua disponibilidade,
como descrito por Matiello et al. (2002), no manual de recomendações para a
cultura do café no Brasil e, Silva e Lima (2013) que estudaram a relação
espacial entre o estoque de nutrientes e a densidade de solo cultivado com
cafeeiro.
Estudando a fertilidade de um solo manejado homogeneamente e
utilizando o coeficiente de variação como parâmetro de dispersão de valores,
Montezano et al. (2006) observaram variabilidade alta para os teores de
fósforo, cobre e zinco; média para matéria orgânica, teores de enxofre, cálcio
e magnésio, acidez potencial, soma de bases, CTC a pH 7,0, saturação por
bases, teores de boro, ferro e manganês e; baixa para acidez ativa e teores
de potássio.
Um fator relevante na amplitude verificada para os atributos físico-
químicos do solo em estudo é a condição de desnível do terreno. Observou-
se a diferença de aproximadamente 44 m entre o ponto mais alto (696,15 m)
e mais baixo (651,83 m) do talhão (Tabela 4). A variação de altitude e a
diversidade de formas de relevo influenciam na drenagem e na presença de
espécies vegetais, assim como nas possibilidades de uso das terras (Alves e
Ribeiro, 1995; Faria et al., 2010).
O estudo do solo em topossequência permite uma visão global e
integrada dos vários componentes da paisagem e tem sido utilizado para
compreender a pedogênese e o comportamento atual dos solos, sobretudo
41
por estabelecer relações entre atributos do solo e relevo, permitindo elucidar
as dinâmicas interna e externa do solo, a partir das suas variações (Alves e
Ribeiro, 1995).
Com base na análise granulométrica do solo (Tabela 4), pode-se
classificá-lo, segundo a Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (Santos et
al., 2005), como de classe textural argilosa a média, variação observada de
acordo com a amplitude da altitude local. O solo apresentou argila variando
entre 10 e 65%, silte de 1 a 9% e valores de areia entre 31 e 84%.
Na Tabela 4 verifica-se ainda as características físicas do solo que
apresentaram homogeneidade de dados (CV menor que 20%), destacando-
se a densidade, a porosidade total e a umidade volumétrica.
A densidade do solo apresentou médias (1,21 e 1,28 g cm-3, nas
camadas de 0-10 e 10-20 cm, respectivamente) dentro de valores esperados
para o tipo de solo estudado, da ordem de 1,00 a 1,45 g cm-3 (Faraco et al.,
2008).
Esses valores de densidade se encontram dentro da faixa prevista para
solos minerais, definida por Kiehl (1979) como sendo de 1,10 a 1,60 g cm-3, e
por se tratar de um solo com textura média/argilosa, pode ser considerado
não-compactado, com valores de densidade abaixo de 1,40 g cm-3. Torres e
Saraiva (1999) afirmaram que a densidade varia de 1,00 a 1,45 g cm-3 em
solos argilosos e de 1,25 a 1,70 g cm-3 para solos arenosos, quando
compactados. Camargo e Alleoni (1997) afirmaram ser crítica, para solos
argilosos e franco-argilosos, a densidade de 1,55 g cm-3.
Foi possível observar que os valores médios denotaram uma tendência
crescente da densidade, em relação ao aumento em profundidade do solo,
indicando que a camada inferior (10-20 cm) se encontrava com valores
maiores, similar aos resultados obtidos por Souza et al. (2001), Carvalho et
al. (2002) e Faraco et al. (2008), cujas densidades apresentaram aumentos
em profundidade do solo.
Da-Silva et al. (2012), estudando a melhoria da estrutura de um
Latossolo por sistemas de culturas em plantio direto nos campos gerais do
Paraná, verificaram que a densidade do solo na camada de 0–5 cm tendeu a
42
ser menor nos sistemas com plantas de cobertura. Essa tendência de
melhoria na condição estrutural da camada superficial está associada à ação
mecânica das raízes das espécies cultivadas, fato que explica parcialmente
os resultados obtidos nesse trabalho, uma vez que o sistema de plantio direto,
normalmente com sucessão soja-milho, praticado no talhão em estudo, pode
ter contribuído para que a densidade se tornasse maior na camada de 10-20
cm de profundidade.
Silva et al. (2008) estudaram a variação de atributos físico-hídricos em
Latossolo Vermelho-Amarelo do Cerrado Mato-grossense sob diferentes
formas de uso e verificaram que o valor médio de densidade do solo nas
camadas de 5-10 e 10–15 cm do solo sob plantio direto foi de 1,61 g cm-3; e
assim como nesse estudo, os autores verificaram ocorrência de valores
maiores de porosidade total, macro e micro porosidade na camada de 5-10
cm em comparação com a camada de 10-15 cm de profundidade.
Reichert et al. (2009) citaram que valores acima de 1,21 g dm-3
poderiam restringir a elongação radicular da soja e que valores entre 1,36 e
1,68 g dm-3 seriam capazes de afetar negativamente, tanto o crescimento,
quanto a produtividade da soja em solos argilosos tropicais. Observou-se,
entretanto, que não há consenso entre os pesquisadores quanto aos valores
críticos de densidade do solo.
A porosidade total (PT) foi maior na profundidade de 0-10 cm, com valor
médio de 0,45 m3 m-3, na referida camada e, de 0,43 m3 m-3 na profundidade
de 10-20 cm. Acompanhando o mesmo comportamento da porosidade total,
no estudo da umidade do solo, a umidade média encontrada foi de 0,34 e 0,33
m3 m-3, nas camadas de 0-10 e 10-20 cm de profundidade, respectivamente
(Tabela 4).
Valores similares aos obtidos por Faraco et al. (2008) e considerados
adequados para que um solo tenha boa infiltração e retenção de água,
aeração, crescimento radicular e desenvolvimento de atividade biológica
(Kiehl, 1979; Silva et al., 2000; Carneiro et al., 2009), mesmo nas regiões do
talhão em que predomina a ocorrência de solo com textura média, onde a
43
presença mais acentuada de areia facilita a perda de água em maior
quantidade.
A quantidade de água retida pelo solo, em equilíbrio com determinado
potencial, é função do tamanho e do volume dos poros e da superfície
específica das partículas da fase sólida (Baver, 1956). Desse modo, a maior
retenção de água nos solos com sistemas agrícolas deve-se ao aumento da
compactação, com redução de macroporos e aumento de microporos,
gerando poros com dimensões e geometria que favorecem a retenção de
água por capilaridade. Segundo Portugal et al. (2010), os maiores valores de
densidade do solo nos usos agrícolas indicam que há relação entre o aumento
da compactação pelo uso do solo e a retenção de água.
Ferreira et al. (1999), estudando a influência da mineralogia da fração
argila nas propriedades físicas de Latossolos da região sudeste do Brasil,
verificaram que o Latossolo classificado como de textura argilo-arenosa (50%
de argila) foi o que obteve maior densidade (1,55 g cm-3) em comparação ao
Latossolo classificado como de textura argilosa (59% de argila), que obteve a
densidade de 0,91 g cm-3. Os autores concluíram que Latossolos cauliníticos
(argilo-arenosos) apresentaram maior densidade, menor estabilidade de
agregados em água, menor macroporosidade e menor permeabilidade
quando comparados com Latossolos gibbsíticos (argilosos), e verificaram
ainda que a permeabilidade dos Latossolos estudados aumentou com o teor
de argila.
Valores de densidade do solo mais baixos para Latossolos argilosos e
mais altos para Latossolos argilo-arenosos têm sido reportados na literatura
(Silva et al., 1995, 1998; Muggler et al., 1996; Chagas et al., 1997; Resende
et al., 1999). Para Lima e Anderson (1997), a maior influência na gênese de
agregados menores deve ser atribuída à composição mineralógica do solo,
enquanto, para os agregados maiores, a matéria orgânica atua como principal
agente de formação desses agregados.
De acordo com Resende et al. (1999), subentende-se que, em solos de
textura mais leve, um pequeno acréscimo na densidade seria benéfico, por
promover maior capacidade de reter e de disponibilizar água. Kiehl (1979),
44
explicou que a diminuição da densidade aparente significa o predomínio de
partículas mais finas no solo, com maior capacidade de retenção de água.
Os coeficientes de variação observados para a quantificação da
população de nematoides (CV = 90%) e fungos micorrízicos (CV = 60%) são
de comum ocorrência uma vez que envolvem condições bióticas e, portanto,
de ampla variabilidade, no campo de produção (Tabela 4).
As informações da fertilidade do solo podem contribuir para melhor
entendimento da ocorrência de doenças (incidência e severidade), inclusive
as causadas por fitonematoides (Barbosa et al., 2010; Ferreira et al., 2012,
Santana-Gomes et al., 2013). De acordo com Zambolim e Ventura (1993), os
nutrientes exercem importantes funções no metabolismo vegetal,
influenciando não somente o crescimento e a produção das plantas, mas
também o aumento ou redução da resistência a determinados patógenos.
O valor médio da quantidade de nematoides foi de 50 indivíduos por 50
cm-3 de solo, população considerada como controlada, uma vez, que por se
tratar de um solo com textura média, facilita a disseminação destes pelo solo,
esperava-se maior concentração dessa população. Contudo é recomendado
que haja um monitoramento da população dos fitonematoides, pois, as
medidas preventivas resultam em menor impacto do que as curativas, devido
principalmente à baixa eficiência em curto prazo das estratégias utilizadas
para controlar populações com nível elevado.
Os atributos da qualidade das sementes encontram-se na Tabela 5. As
características que obtiveram homogeneidade de dados (CV menor que 20%),
segundo Gomes e Garcia (2002), foram a produtividade, com valor médio de
4.148,88 kg ha-1 do cultivar TMG 1179 RR e, apresentou coeficiente de
variação de 15,21%. O valor de produtividade foi superior à média alcançada
pelo grupo Bom Futuro na safra 2013/2014, que obteve 3.981 kg ha-1
utilizando esse mesmo cultivar no município de Campo Verde, em condições
climáticas semelhantes às que predominam no local desse estudo, além de
ser provável que o manejo praticado tenha sido similar, uma vez que as áreas
pertencem à mesma empresa (TMG, 2015), e a produtividade obtida foi
45
superior também se comparada à média nacional, safra 2013/2014, que foi de
2.923 kg ha-1 (CONAB, 2014).
Zambiazzi (2014), estudando aplicações da adubação potássica na
cultura da soja, verificou produtividade média de 4.293 kg ha-1 para este
cultivar. Assunção e Frasson (2013) avaliaram as características agronômicas
de 51 cultivares de soja semeadas em 2 épocas no município de Diamantino-
MT e obtiveram produtividade média de 3.904 kg ha-1 para o cultivar TMG
1179 RR.
Desta forma pode-se considerar que apesar das variações observadas
no ambiente, ou em função delas, ocorreu bom rendimento do referido
cultivar. Carvalho et al. (2013) consideraram que ambiente favorável é aquele
que permite média de produção dos genótipos acima da média geral de todos
os ensaios, resultando, em índices positivos.
TABELA 5. Estatística descritiva dos atributos de qualidade avaliados em
sementes de soja [Glycine max (L.) Merrill] colhidas em 138
pontos amostrais de área com gradiente de textura. Fazenda
Colibri - Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Atributos Mínimo Máximo Média S CV%
Prod (kg ha-1) 2.092,71 5.381,27 4.148,88 631,19 15,21
MMS (g) 105,58 141,63 125,56 6,50 5,18
P5,5 mm (%) 29,41 53,44 45,57 4,08 8,95
G (%) 26,50 99,50 86,00 13,08 15,28
EmC (%) 31,50 94,00 72,00 14,69 20,35
CE (µS cm-1 g-1) 41,48 116,41 58,66 13,06 22,26
EA (%) 25,00 99,00 81,00 14,93 18,34
TZvigor*(%) 31,00 100,00 81,00 13,74 16,88
DU1 (%) 0,00 19,00 7,00 4,19 61,76
DU2 (%) 0,00 17,00 3,00 2,88 84,25
DP1 (%) 0,00 17,00 5,00 3,63 75,60
DP2 (%) 0,00 10,00 1,00 1,65 143,36
Prod – produtividade; MMS – massa de mil sementes; P5,5 - peneira com furos de 5,5 mm de diâmetro; G – germinação; EmC – emergência em canteiros; CE – condutividade elétrica; EA – envelhecimento acelerado; TZvigor – vigor determinado pelo teste de tetrazólio; DU1 – deterioração por umidade nos níveis 1-8; DU2 – deterioração por umidade nos níveis 6-8; DP1 – dano por percevejo nos níveis 1-8; DP2 – dano por percevejo nos níveis 6-8; S - desvio-padrão; CV - coeficiente de variação.
46
A massa de 1000 sementes apresentou média de 125,56 g e
coeficiente de variação de 5,18%. Assunção e Frasson (2013), avaliando as
características agronômicas de 51 cultivares de soja semeadas em duas
épocas no município de Diamantino-MT, obtiveram massa de 1000 sementes
média de 110,58 g, para a cultivar TMG 1179.
Entre os tamanhos de sementes avaliados, a maior proporção
permaneceu retida na peneira de 5,5 mm de diâmetro e o valor médio das
sementes retidas foi de 45,57% (Tabela 5).
Estudo visando quantificar a preferência no tamanho de sementes de
soja foi realizado por Girardi (2002), no estado de Santa Catarina, avaliando-
se os tamanhos retidos nas peneiras 4,5 mm (pequena), 5,5 mm (médio
menor), 6,5 mm (médio maior) e 7,5 mm (grande), utilizando um grupo de 190
produtores de sementes. Verificou-se que 116 agricultores ou 61,05%
preferiram a semente de tamanho médio menor (peneira 5,5 mm); isso indica,
segundo o autor, uma possibilidade na economia com o uso de sementes
menores. Por outro lado, 88,42% dos produtores apontaram uma preferência
significativa por cultivares de soja que apresentem tamanho de sementes
menores, com segurança e nível de qualidade observada e, somente 11,58%
deles preferem utilizar sementes maiores, das peneiras 6,5 e 7,5 mm.
Dias (1992), em testes para avaliar o efeito do tamanho das sementes
de milheto sobre a germinação e o vigor, verificou a ocorrência de sementes
maiores compondo os lotes e, concluíram que estes obtiveram as massas de
1000 sementes superiores. Assim, pode-se constatar que os tamanhos das
sementes de milheto tinham diversidade de massa e eram provenientes de
lotes que apresentavam diferenças em algumas de suas características,
aspectos interessantes a serem conhecidos para o melhor entendimento dos
efeitos na qualidade fisiológica das sementes (Gaspar e Nakagawa, 2002).
A germinação média foi de 86%, permanecendo assim, acima da
porcentagem mínima de germinação exigida para a comercialização de
sementes de soja no Brasil, que atualmente é de 80% (BRASIL, 2009).
47
Em experimentos conduzidos por Assunção e Frasson (2013)
avaliando as características agronômicas de 51 cultivares de soja semeadas
em 2 épocas no município de Diamantino-MT, a germinação foi de 90%, para
o cultivar TMG 1179.
Costa et al. (2005), analisando o perfil dos aspectos físicos, fisiológicos
e químicos de sementes de soja produzidas em seis regiões do Brasil,
verificaram que, nos estados de Mato Grosso e Paraná, existem áreas com
potencial climático para produção de sementes com elevada qualidade
fisiológica, uma vez que no Mato Grosso as sementes obtiveram germinação
de 86%, seguido pela região sul do Paraná, com 83% de germinação.
Levando-se em conta que o padrão mínimo de germinação para
comercialização de sementes de soja é 80%, é possível distinguir as zonas
que apresentam qualidade fisiológica satisfatória, o que pode ser uma
informação importante, para definir o destino dessas sementes na unidade de
beneficiamento, ou até mesmo proceder ao descarte parcial do campo,
eliminando zonas de qualidade fisiológica inferior (Mattioni et al., 2011).
Fato que se relaciona diretamente com o estudo em questão, uma vez
que foi possível identificar, através das análises propostas, ferramentas que
possibilitam a distinção de locais específicos e a otimização no uso de
insumos e manejos que podem auxiliar na obtenção de lotes de sementes
com alto padrão de qualidade e consequentemente melhor desempenho no
campo.
Os dados médios de envelhecimento acelerado e vigor pelo teste de
tetrazólio foram de 81% para ambos, e os coeficientes de variação foram de
18,34 e 16,88%, respectivamente (Tabela 5), ratificando que as sementes
mantiveram as condições de germinação, mesmo após serem submetidas a
estresse, evidenciando a qualidade fisiológica.
Binotti et al. (2008), explicaram que é provável que a germinação seja
reduzida a partir de 72 horas de envelhecimento acelerado e, provavelmente,
a partir desse período a semente não apresente uma grande capacidade para
reorganizar e reparar danos provocados pelo estresse de alta temperatura e
umidade, indicando que o vigor já foi afetado, refletindo assim em uma queda
48
expressiva na germinação. No presente trabalho, o teste de envelhecimento
acelerado foi conduzido por 48 horas, o que pode estar relacionado à
manutenção do metabolismo ligado à integridade das membranas, não
afetando diretamente o processo germinativo.
As características das sementes que apresentaram amplitude de dados
(CV maior que 20%) foram a emergência em canteiros, que variou de 31,50 a
94,00%; a condutividade elétrica, que variou de 41,48 a 116,41 µS cm-1 g-1, a
deterioração causada por umidade, nos níveis 1-8 e 6-8, variando de 0 a 19%
e de 0 a 17%, respectivamente, e os danos por percevejo, nos níveis 1-8 e 6-
8, variando de 0 a 19% e de 0 a 10%, respectivamente.
Na maturidade fisiológica, os elevados teores de água das sementes,
das vagens e da planta impedem a realização da colheita mecânica; assim,
as sementes devem permanecer no campo até que atinjam o teor de água
adequado para a colheita. A fase compreendida entre a maturidade fisiológica
e o ponto adequado para a colheita, pode ser considerada como um período
de “armazenamento” e raramente as condições climáticas são favoráveis para
tal (França Neto e Henning, 1984). Nesse período, pode ocorrer deterioração
por umidade nas sementes, que é resultado da exposição dessas a ciclos
alternados de condições ambientais úmidas e secas na fase de pós-
maturidade. Esses danos apresentam uma maior magnitude, caso ocorram
em ambientes quentes, típicos de regiões tropicais e subtropicais (Forti et al.,
2010), aspectos que foram observados durante as coletas de solo e,
principalmente, no momento da colheita das sementes.
Em virtude, principalmente, dos ciclos alternados de condições
ambientais úmidas e secas na fase de pós-maturidade e de ambientes
quentes, entre outros aspectos, a qualidade das sementes de soja
provenientes da região tropical do Brasil tem sido comprometida pelos
elevados índices de danos, em especial aqueles relacionados à deterioração
por umidade, e as sementes de soja, devido as suas características
morfológicas e químicas, destacam-se por serem bastante sensíveis à ação
de fatores do ambiente (Marcos Filho, 1979; Forti et al., 2010).
49
4.2 Análise de correlação
Na Tabela 6, verifica-se que as correlações entre os atributos das
sementes de soja e do solo ocorreram de forma muito fraca ou fraca, com
exceção da correlação moderada e negativa entre a altitude e a condutividade
elétrica, segundo o critério adotado por Santos et al. (2012), onde deve-se
considerar a correlação entre características como muito fraca para 0,0≥ r
<0,2; fraca para 0,2> r <0,4; moderada para 0,4> r <0,6; forte para 0,6> r <
0,8; e muito forte para 0,8> r ≤1,0. Kitamura (2004) afirma que uma excelente
correlação linear entre duas variáveis deve possuir um coeficiente de
correlação com valor, no mínimo, superior a +0,60 (correlação positiva) e -
0,60 (correlação negativa).
As correlações avaliadas entre os atributos do solo e entre os atributos
das sementes encontram-se nos Anexos 1A, 2A e 3A e Anexo B,
respectivamente.
A variabilidade da produtividade nas culturas pode ser inerente ao solo,
ao clima ou ainda, induzido pelo manejo, interagindo com o genótipo das
plantas. Assim, diversas alterações que ocorrem nas propriedades do solo,
podem advir de ações causadas por práticas que tendem a modificar as
condições do ambiente de cultivo (Runge e Hons, 1998; Planta et al., 1999).
50
TABELA 6. Matriz de correlação linear entre os atributos de sementes de soja [Glycine max (L.) Merrill] e do solo com gradiente
de textura, coletados em 138 pontos amostrais. Fazenda Colibri, Santo Antônio de Leverger – MT, safra
2013/2014.
Atributos Prod MMS P5,5 G EmC CE EA TZvigor DU1 DU2 DP1 DP2
P -0,05 -0,05 -0,17* 0,01 -0,09 0,10 0,02 -0,09 0,02 0,02 0,12 0,01 K 0,00 0,14 0,13 -0,16 -0,17* 0,13 -0,16 -0,21* 0,03 0,09 0,15 0,07 Ca 0,22* 0,04 0,12 0,05 0,04 -0,07 0,03 0,01 -0,07 -0,03 0,07 0,00 Mg 0,21* 0,04 0,12 0,04 0,04 -0,08 0,02 -0,00 -0,06 -0,01 0,06 -0,00 pH CaCl2 0,11 0,00 0,10 0,10 0,10 -0,14 0,11 0,04 -0,06 -0,07 -0,00 -0,06 V 0,15 0,03 0,11 0,11 0,09 -0,15 0,11 0,05 -0,07 -0,08 0,00 -0,07 MO 0,10 0,02 0,04 -0,13 -0,09 0,15 -0,17* -0,10 -0,03 0,06 0,12 0,14 CTC 0,09 0,03 0,04 -0,14 -0,10 0,14 -0,17* -0,07 -0,01 0,10 0,13 0,14 Altitude -0,24* 0,01 -0,07 -0,07 0,15 -0,45* -0,07 0,24* -0,23* -0,23* -0,21* -0,09 Argila -0,04 0,01 0,02 -0,10 -0,02 0,01 -0,13 -0,01 -0,05 0,03 0,06 0,18* Silte -,013 0,04 -0,04 0,05 0,11 -0,12 0,02 0,13 0,03 -0,08 -0,09 -0,08 Areia 0,05 -0,02 -0,01 0,09 0,01 0,01 0,12 0,00 0,04 -0,02 -0,05 -0,16 D0-10 0,01 -0,04 0,02 0,10 -0,01 0,02 0,10 0,07 -0,01 -0,08 -0,06 -0,09 D10-20 -0,18* -0,06 0,06 0,11 0,03 0,05 0,10 0,06 -0,08 -0,06 -0,05 -0,21* PT0-10 -0,09 -0,01 0,02 0,08 0,22* -0,20* 0,05 0,15 -0,12 -0,02 -0,20* -0,05 PT10-20 0,12 0,03 -0,18* -0,16 -0,06 -0,06 -0,18* -0,06 0,11 0,03 0,07 0,19* Um0-10 0,10 -0,06 -0,02 0,08 0,20* 0,03 0,06 0,09 -0,01 0,07 -0,11 0,03 Um10-20 0,12 -0,05 -0,09 0,00 0,02 0,01 0,00 0,10 -0,04 -0,07 0,01 0,10 Nem -0,14 -0,12 -0,06 0,11 0,15 -0,23* 0,12 0,19* 0,04 0,01 0,01 0,09 FMAs 0,12 0,10 0,16 -0,08 -0,07 0,24* -0,07 -0,11 0,22* 0,23* 0,15 0,17
Prod – produtividade; MMS – massa de mil sementes; P5,5 - peneira com furos de 5,5 mm de diâmetro; G – germinação; EmC – emergência em canteiros; CE – condutividade elétrica; EA – envelhecimento acelerado; TZvigor – vigor determinado pelo teste de tetrazólio; DU1 – deterioração por umidade nos níveis 1-8; DU2 – deterioração por umidade nos níveis 6-8; DP1 – dano por percevejo nos níveis 1-8; DP2 – dano por percevejo nos níveis 6-8; P – fósforo; K – potássio; Ca – cálcio; Mg – magnésio; V – saturação por bases; MO – matéria orgânica; CTC – capacidade de troca catiônica; D0-10 – densidade do solo na camada de 0-10 cm; D10-20 – densidade do solo na camada de 10-20 cm; PT0-10 – porosidade total do solo na camada de 0-10 cm; PT10-20 – porosidade total do solo na camada de 10-20 cm; Um0-10 – umidade volumétrica do solo na camada de 0-10 cm; Um10-20 – umidade volumétrica do solo na camada de 10-20 cm; Nem – nematoides; FMAs – fungos micorrízicos arbusculares.*Significativo a 5% de probabilidade.
51
Vários estudos têm sido realizados com o objetivo de estabelecer
correlações entre a produtividade das culturas e propriedades físico-químicas
ou as características do relevo do solo, estabelecendo, assim, os principais
fatores de influência (Khakural et al, 1999;. Kravchenko e Bullock, 2000).
A análise de correlação realizada por Gazolla-Neto et al. (2015),
estudando a distribuição espacial da qualidade fisiológica de sementes de
soja em campo de produção com 39 hectares, por meio de técnicas de
agricultura de precisão, demonstrou reduzidas correlações entre os atributos
químicos do solo e o potencial fisiológico das sementes, exceto para o pH do
solo que se correlacionou negativamente com a germinação, a emergência e
a viabilidade.
Mondo et al. (2012), objetivaram avaliar as correlações entre atributos
químicos do solo e o potencial fisiológico de sementes de soja, em pontos
georreferenciados; verificaram que a análise de correlação linear de Pearson
mostrou baixas correlações entre os atributos químicos do solo e o potencial
fisiológico das sementes. Contudo, teores de matéria orgânica, Mn e Cu
apresentaram efeitos significativos sobre a germinação das sementes.
Portanto, a variabilidade espacial da fertilidade do solo e a possível
correlação com a qualidade das sementes merecem atenção especial, e uma
vez que a qualidade fisiológica não é uniforme, particularmente em relação ao
vigor, o mapeamento de características de qualidade pode ajudar na melhoria
da gestão de colheitas, agronomicamente proporcionando melhor diagnóstico
por meio de mapas de interpolação (McBratney et al., 2006).
4.3 Análise geoestatística
Os coeficientes de qualidade dos semivariogramas e modelos
ajustados e escolhidos de acordo com a validação cruzada encontram-se na
Tabela 7.
Observou-se que as estimativas do erro médio (ME) e do quadrado
médio do desvio padrão (MRSD), com valores positivos e negativos, estão
52
próximos aos valores indicados, em que ME deve aproximar-se de 0 e MRSD
deve aproximar-se de 1, fornecendo informações consistentes da ferramenta
empregada para o ajuste dos semivariogramas aos modelos testados.
TABELA 7. Coeficientes de qualidade dos semivariogramas e modelos
ajustados e escolhidos para atributos do solo com gradiente de
textura, coletado em 138 pontos amostrais de área cultivada
com soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri - Santo
Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Atributos Modelo ME1 MDRS2
Fósforo Esférico* 0,0074 1,2909
Exponencial 0,0080 1,2972
Gaussiano 0,0084 1,2879
Potássio Esférico* 0,0000 1,0346
Exponencial 0,0771 1,1591
Gaussiano 0,0002 1,0373
Cálcio Esférico -0,0003 0,9264
Exponencial -0,0001 0,9502
Gaussiano* -0,0003 0,9655
Magnésio Esférico -0,0000 0,9464
Exponencial -0,0000 0,9540
Gaussiano* -0,0000 0,9638
pH CaCl2 Esférico* 0,0000 0,9829
Exponencial 0,0004 0,9781
Gaussiano 0,0003 0,9909
Saturação por bases Esférico 0,0023 0,9428
Exponencial* 0,0190 0,9833
Gaussiano 0,0191 0,9739
Matéria orgânica Esférico -0,0360 1,0867
Exponencial -0,0386 1,0830
Gaussiano* -0,0274 1,0765
Capacidade de troca catiônica Esférico -0,0063 1,0508
Exponencial -0,0065 1,0326
Gaussiano* -0,0049 1,0484
Altitude Esférico - -
Exponencial - -
Gaussiano - -
53
Argila Esférico 0,1191 1,4094
Exponencial 0,1185 1,2395
Gaussiano* 0,0320 1,1409
Silte Esférico -0,0029 1,0542
Exponencial -0,0039 1,0446
Gaussiano* -0,0020 1,0684
Areia Esférico -0,0920 1,4046
Exponencial -0,0929 1,2544
Gaussiano* -0,0258 1,0669
Densidade 0-10 Esférico 0,0002 1,1343
Exponencial* 0,0001 1,1095
Gaussiano 0,0001 1,1327
Densidade 10-20 Esférico* 0,0000 1,0158
Exponencial 0,0003 1,3596
Gaussiano 0,0002 1,3223
Porosidade total 0-10 Esférico* 0,0000 1,0312
Exponencial 0,0001 1,6079
Gaussiano 0,0014 5,0088
Porosidade total 10-20 Esférico* -0,0000 1,1090
Exponencial -0,0001 2,1001
Gaussiano -0,0010 13,2730
Umidade 0-10 Esférico* 0,0000 1,1758
Exponencial 0,0000 1,2892
Gaussiano 0,0000 1,1785
Umidade 10-20 Esférico* -0,0000 1,0646
Exponencial -0,0004 2,0616
Gaussiano -0,0010 4,9725
Nematoides Esférico -0,0196 1,1899
Exponencial* -0,0000 1,0299
Gaussiano -0,0008 1,1540
Fungos micorrízicos arbusculares Esférico* -0,0053 1,0389
Exponencial 0,0000 1,0232
Gaussiano 0,0000 1,0232 1ME= erro médio; 2MSDR = quadrado médio do desvio padrão; * Modelo de semivariograma
escolhido após ajuste e de acordo com os valores mais adequados de ME e MSDR, exceto
para aqueles em que não houve ajuste de alcance.
Os semivariogramas ajustados para os atributos físicos, químicos e
microbiológicos do solo são apresentados nas Figuras 9, 10 e 11.
54
Analisando estas figuras e, seguindo o raciocínio de Castrignano et al.
(2000), percebe-se que a variabilidade espacial é imposta por processos que
diferem espacialmente em escala e ao longo do tempo, sendo que uns
dependem do manejo e uso do solo e outros, dependem de fenômenos
naturais relacionados à estrutura e frações granulométricas do solo.
Os resultados da análise geoestatística indicam que todos os atributos
apresentaram dependência espacial nas camadas estudadas (0-10 e 10-20
cm), ajustando-se aos modelos esférico, exponencial e gaussiano. Grande
parte dos trabalhos em geoestatística utilizam estes modelos para o ajuste
dos semivariogramas dos atributos do solo (Cambardella et al., 1994; Boyer
et al., 1996; Albuquerque et al., 1996; Tsegaye e Hill, 1998; Paz-González et
al., 2000; Reichert et al., 2008).
O grau de dependência espacial (GDE) variou de forte a moderado
para todos os atributos do solo. Souza et al. (2004) em Latossolo Vermelho
eutroférrico sob cultivo de cana-de-açúcar, Lima et al. (2007) em Latossolo
Vermelho Amarelo cultivado com pimenta-do-reino e, Silva et al. (2010) em
Latossolo Vermelho Amarelo cultivado com café, observaram dependência
espacial forte a moderada ao avaliarem os mesmos atributos do solo
estudados neste trabalho.
Os atributos do solo apresentaram variabilidade e seguiram padrões
espaciais bem definidos, com alcances entre 67,76 e 546,13 m, para a
umidade do solo, na camada de 10 a 20 cm de profundidade e, para o teor de
fósforo, respectivamente.
55
FIGURA 9. Semivariogramas ajustados, e seus respectivos parâmetros (C0= efeito pepita; C0+C1= patamar; a= alcance;
GDE= grau de dependência espacial), referentes ao P, K, Ca, Mg, pH, V%, MO e CTC do solo cultivado com
soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri - Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Sem
ivari
ância
Distância
P C0= 12,04
C0+C1= 24,39 a= 546,13 GDE= 33,05
K C0= 60,04
C0+C1= 417,08 a= 69,45 GDE= 12,58
Ca C0= 0,00
C0+C1= 0,28 a= 101,30 GDE= 0,00
Mg C0= 0,02
C0+C1= 0,03 a= 99,99 GDE= 45,61
pH C0= 0,01
C0+C1= 0,08 a= 99,99 GDE= 14,63
V% C0= 63,43
C0+C1= 110,57 a= 95,26 GDE= 36,45
MO C0= 13,52
C0+C1= 30,57 a= 438,81 GDE= 30,66
CTC C0= 0,61
C0+C1= 1,32 a= 455,74 GDE= 31,73
56
FIGURA 10. Semivariogramas ajustados, e seus respectivos parâmetros (C0=
efeito pepita; C0+C1= patamar; a= alcance; GDE= grau de
dependência espacial), referentes a altitude, argila, silte, areia e
densidades nas camadas de 0-10 e de 10-20 cm, do solo
cultivado com soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri -
Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Altitude C0= 2,46
C0+C1= 11,39 a= 91,71 GDE= 17,77
Argila C0= 31,15
C0+C1= 307,83 a= 504,13 GDE= 9,19
Silte C0= 1,53
C0+C1= 2,37 a= 371,31 GDE= 39,29
Densidade 0-10 cm C0= 0,00
C0+C1= 0,01 a= 290,00 GDE= 31,19
Areia C0= 37,85
C0+C1= 348,77 a= 530,15 GDE= 9,79
Densidade 10-20 cm C0= 0,00
C0+C1= 0,02 a= 97,76 GDE= 0,00
Distância
Sem
ivari
ância
57
FIGURA 11. Semivariogramas ajustados, e seus respectivos parâmetros (C0=
efeito pepita; C0+C1= patamar; a= alcance; GDE= grau de
dependência espacial), referentes a porosidade total nas
camadas de 0-10 e de 10-20 cm, umidade volumétrica nas
camadas de 0-10 e de 10-20 cm, nematoides e micorrizas do solo
cultivado com soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri -
Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Distância
Sem
ivari
ância
Porosidade 0-10 cm
C0= 0,00 C0+C1= 0,0034
a= 74,99 GDE= 0,00
Porosidade 10-20 cm
C0= 0,00 C0+C1= 0,0033
a= 100,00 GDE= 0,00
Umidade 0-10 cm
C0= 0,00 C0+C1= 0,0033
a= 70,11 GDE= 0,00
Umidade 10-20 cm
C0= 0,00 C0+C1= 0,0034
a= 67,76 GDE= 0,00
Nematoides
C0= 63,07 C0+C1= 63,07
a= 160,87 GDE= 49,99
Micorrizas
C0= 4252,41 C0+C1= 68504,83
a= 80,75 GDE= 5,84
58
Os mapas gerados após a interpolação dos dados referentes
aos atributos físicos, químicos e microbiológicos do solo estão
representados nas Figuras 12, 13 e 14.
Em relação ao comportamento do fósforo e potássio distribuídos no
campo de produção de sementes de soja, observa-se ocorrência inversa entre
eles em relação à maior concentração desses nutrientes. O fósforo ocorre em
maior concentração na região sudoeste do campo (com maior quantidade de
areia) e o potássio apresenta-se em maiores quantidades na região norte
(com maior quantidade de argila). Vale ressaltar que pela classificação de
Souza e Lobato (2004), o P é considerado em nível baixo, na maior parte do
campo, com média de 10 mg dm-3, e o K é considerado em nível adequado,
com aproximadamente 60 mg dm-3 na maior parte do talhão.
O comportamento do P em relação às frações granulométricas
indica maior disponibilidade associada a menores valores de argila,
uma vez que a concentração deste nutriente na solução, considerada
como disponível às plantas, depende, em grande parte, do processo
de adsorção na superfície e, solos de textura mais argilosa
apresentaram maior capacidade de adsorção de fósforo (Simbahan et
al., 2006).
Tal fato se deve à fração argila ter relação mais estreita com o
P presente no solo, devido à sua capacidade de retê-lo, deixando-o
indisponível para as plantas, influenciando a interdependência entre o
P-trocável ou lábil, denominado fator quantidade (Q), e o P-solução,
denominado fator intensidade (I), que varia de acordo com o teor e
qualidade dessa fração (Novais e Smyth, 1999).
A relação fósforo-areia, encontrada nesse trabalho, é resultado
da relação inversa existente entre argila e areia, uma vez que o que
imobiliza ou disponibiliza o fósforo é o tipo de argila e a natureza de
sua estrutura, se cristalina ou amorfa; assim o aumento na
disponibilidade não foi causado pelo aumento no teor de areia, e sim
pela diminuição no teor de argila.
59
A textura do solo pode ter influenciado na variabilidade e na quantidade
de K em alguns pontos da área estudada. Segundo Braga (1994), a deficiência
de K é maior em solos arenosos devido à grande mobilidade deste nutriente,
demonstrando incapacidade de suprimento de potássio para sustentar
cultivos por períodos prolongados, necessitando de reposição em espaço de
tempo menor.
Batistela Filho et al. (2013), em estudo sobre a adubação com fósforo
e potássio para produção e qualidade de sementes de soja, verificaram e
concluíram que a adubação fosfatada aumenta a produtividade e não afeta a
qualidade fisiológica das sementes de soja produzidas, mesmo em solo com
disponibilidade muito baixa de fósforo. Por sua vez, a adubação potássica não
afeta a produtividade nem altera o vigor das sementes de soja, mas pode
melhorar a germinação, em solo com nível médio de potássio.
A distribuição do cálcio e do magnésio foi similar (Figura 12), ocorrendo
de forma variada por toda a área. A variação no teor de Ca foi de 0,70 a 3,5
cmolc dm-3 e para o Mg foi de 0,30 a 1,20 cmolc dm-3. Os teores de Ca abaixo
de 1,5 cmolc dm-3 e Mg abaixo de 0,5 cmolc dm-3 são considerados baixos em
Latossolos, segundo Souza e Lobato (2004).
A saturação por bases (V%) apresentou grande descontinuidade,
seguindo tendência de distribuição espacial semelhante à verificada para o
Ca e o Mg, variando de baixa (< 20%) a muito alta (>71%), segundo a
classificação de Sousa e Lobato (2004). Portanto, os níveis de nutrientes não
têm os mesmos padrões espaciais, mostrando ausência de estabilidade na
área.
60
FIGURA 12. Mapas de krigagem referentes ao P, K, Ca, Mg, pH, V%, altitude e produtividade em solo cultivado com soja
[Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri- Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
61
Os valores de CTC (Figura 13) de um solo dependem da classe
textural, do tipo de mineral de argila e do teor de matéria orgânica. Dessa
forma, solos mais argilosos apresentam maior CTC do que solos arenosos
(Brady, 1989).
Este comportamento foi verificado no presente trabalho, com valores
de CTC, considerados como muito altos (>9 cmolc dm-3) em regiões do talhão
com teores mais acentuados de argila (região de maior altitude). Contudo é
necessário destacar que valores considerados como adequados para solos
de textura média (>7 cmolc dm-3) também foram verificados em regiões mais
arenosas do talhão (região de menor altitude). Semelhante a CTC, pode-se
observar que os teores de MO no solo, na maior parte do campo, inclusive na
região sul, se mantiveram dentro da faixa considerada como moderada a alta
(>29 g dm-3) para solos de textura variando entre argilosa e média.
No sistema de semeadura direta, a adoção de certas práticas de
manejo, como a aplicação superficial uniforme do calcário, ausência de
revolvimento do solo, adubações em superfície, a lanço ou nas linhas de
semeadura, bem como o acúmulo superficial dos resíduos das culturas
usadas em sucessão e/ou rotação ao longo dos anos, alteram a variabilidade
dos atributos químicos do solo (Zanão Júnior et al., 2010).
Sobre a distribuição das frações granulométricas do solo, observou-se
que o teor de argila decresce à medida que ocorre redução na altitude no
terreno, principalmente na parte sudoeste do talhão, sendo os maiores valores
observados nas porções de maiores altitudes da área, enquanto que os
valores de areia seguem comportamento inverso, com acréscimo na região
de menor altitude dentro do talhão, o que também é observado para os valores
de matéria orgânica e CTC (Figuras 12 e 13).
A produtividade da cultura de soja foi maior na região com menor
altitude e maior concentração de areia dentro do talhão em comparação com
a região de maior altitude e maior ocorrência de argila (Figura 12).
A relação entre textura do solo e produtividade de culturas é
contemplada em diversos trabalhos de pesquisa (Miranda e Volkweiss, 1981;
Van Laar, 1981; Gerhardt et al., 2001; Bedin et al., 2003; Santos et al., 2008),
62
que ressaltam a elevada correlação dessa característica física do solo
com a produtividade e sua importância para a avaliação da qualidade
do solo para uso agrícola.
Santos et al. (2008) objetivaram avaliar a produtividade e os
aspectos nutricionais de plantas de soja cultivadas em solos de
Cerrado com diferentes texturas, utilizando dois bancos de dados com
informações de plantas de soja e solos com diferentes teores de argila
(valores entre 30 e 840 g kg-1). Os autores verificaram elevada
produtividade média da cultura nos solos arenosos (3.090 kg ha-1),
muitas vezes já no primeiro ano de cultivo. A exemplo, existem
produtividades de mais de 4.200 kg ha-1, evidenciando o potencial
produtivo de solos arenosos semelhante ou mesmo, em alguns casos,
superior ao de solos mais argilosos, desde que adotado manejo
nutricional adequado.
O paradigma ainda vigente é de que a terra é dita “produtiva”
quando o solo é de textura argilosa. Entretanto, constatação comum
entre os sojicultores é a obtenção de produtividades semelhantes ou
até maiores em solos de Cerrado de textura média e arenosa,
comparativamente aos argilosos (Santos et al., 2008).
Lima (2004), utilizando dados de 293 talhões com cultivo de soja
comercial em Campo Novo do Parecis - MT, divididos em solos de
textura argilosa e arenosa média, evidenciou a sustentabilidade da
produção da cultura. A produtividade média de soja elevou-se, ao longo
de cerca de 10 anos de cultivo, de 3.100 e de 2.600 kg ha-1 para os
patamares de 3.500 e de 3.300 kg ha-1 nos solos argilosos e de textura
arenosa média, respectivamente, fato que também evidencia a maior
resposta da cultura, em solos arenosos, às técnicas empregadas no
processo produtivo.
É pertinente destacar que em solos arenosos o fator risco está
mais associado à atividade agrícola. As margens para erros no manejo
do solo e das plantas são menores e, em se fazendo tecnicamente tudo
certo, se houver déficit hídrico, o rendimento será mais prejudicado que
63
nos solos argilosos. Dessa forma, é importante conhecer o histórico de
pluviosidade local, de distribuição das chuvas, bem como o potencial de
de evapotranspiração, para avaliar a relação entre as variáveis, produtividade
e textura (Santos et al., 2008).
Constata-se que os valores de densidade (Figura 13), nas camadas de
0-10 e 10-20 cm, variaram de 0,94 a 1,54 g cm-3 e 0,93 a 1,62 g cm-3,
respectivamente, sendo que os maiores valores abrangem grande parte do
mapa, estendendo-se da parte central à quase totalidade da região sudoeste
da área. Os menores valores se concentram principalmente no extremo norte
do mapa (região mais alta do talhão).
FIGURA 13. Mapas de krigagem referentes a MO, CTC, argila, silte, areia,
densidade nas camadas de 0-10 e 10-20 cm, altitude e
produtividade em solo cultivado com soja [Glycine max (L.)
65
FIGURA 14. Mapas de krigagem referentes a porosidade total e umidade, nas camadas de 0-10 e 10-20 cm, nematoides,
micorrizas, altitude e produtividade em solo cultivado com soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri - Santo
Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
66
A porosidade do solo está correlacionada com o crescimento das
plantas e, alterações nos valores ótimos podem restringir a capacidade de
retenção de água do solo ou prejudicar o desenvolvimento das raízes, a
infiltração de água e aeração do solo (Kiehl, 1979).
A umidade do solo (Figura 13) apresentou valores bem distribuídos
pelo talhão na camada de 0-10 cm de profundidade, com valores superiores
a 0,40 m3 m-3, de 10-20 cm de profundidade, na região de menor altitude do
mapa, portanto, com maior concentração de areia. Fato que pode explicar a
boa condição de produtividade verificada nessa porção do talhão, atrelada
logicamente à presença de matéria orgânica.
Observou-se maior concentração da população de nematoides na
região mediana e oeste do campo de produção, variando de 100 a 270
indivíduos por 50 cm-3 de solo.
A variabilidade espacial dos nematoides do solo não é regular, sendo
tipicamente encontrados em agregados, manifestando sintomas em
reboleiras ou manchas (Ferris; Wilson, 1987; Goulart, 2009), indicando a
presença de dependência espacial entre as populações e os pontos
amostrados.
Diferentes fatores podem influenciar a distribuição de organismos,
como a disponibilidade de nutrientes, habitat apropriado para a reprodução e
sobrevivência, interação com outros organismos da mesma espécie ou
diferentes espécies (Goulart, 2010) e, o conhecimento prévio da distribuição
dos organismos é importante no estabelecimento de um plano de manejo
(Amorim, 1995).
A variabilidade na distribuição dos organismos se deve à natureza
heterogênea do solo, tanto em escalas espaciais quanto temporais (Ettema;
Wardle, 2002), influenciando a estrutura das comunidades de nematoides do
solo. Variações nos atributos físico-químicos dominantes em um determinado
solo (Bardgett, 2005) e, também, diversidade de plantas numa mesma área
são condicionantes importantes para a estrutura espacial da subsuperfície do
solo (Bardgett; Wardle, 2010).
67
A distribuição de nematoides é afetada pela presença de raízes,
umidade, tipo de solo e outros fatores físicos e biológicos, incluindo o
movimento de animais, enxurradas, máquinas e implementos (Norton, 1978;
Barker, 1985; Freitas et al., 2001; Goulart, 2010).
No Brasil há poucos trabalhos científicos publicados sobre a
variabilidade espacial e a ocorrência de diferentes gêneros de nematoides na
cultura da soja, sendo necessários estudos para verificar a localização
espacial, a patogenicidade e os prejuízos. Para Santos et al. (2011), os
problemas causados por nematoides têm sido frequentes no estado de Mato
Grosso, porém, não se sabe qual a real proporção dos danos.
Verificou-se que a distribuição das micorrizas no campo de produção
não foi uniforme. Observa-se que a maior concentração desses organismos
está na parte inferior do talhão.
O recente interesse em ecologia de micorrizas tem incidido sobre a
distribuição espacial de comunidades desses fungos, a especificidade e a
funcionalidade na interação fungo-planta (Martínez-García et al., 2012). Tem-
se chamado atenção para a capacidade desses fungos em influenciar as
relações interespecíficas das espécies vegetais na comunidade, como a
competição por nutrientes, quando estes são escassos, com consequente
alteração na diversidade e na estrutura de comunidades de plantas (O'connor
et al., 2002).
Nesse contexto é interessante observar que o comportamento de maior
concentração dos indivíduos ocorreu de forma similar nas regiões do talhão
em que se observou maior produtividade da soja. Os fungos micorrízicos são
componentes naturais dos sistemas de produção agrícola e, por meio da
micorriza arbuscular, podem aumentar a absorção de nutrientes do solo, como
o fósforo. Essa contribuição é particularmente importante nos solos ácidos e
de baixa fertilidade, como os do Cerrado (Siqueira e Moreira, 1997).
Sobre os atributos avaliados nas sementes de soja, os coeficientes de
qualidade dos semivarigramas e modelos ajustados e escolhidos de acordo
com a validação cruzada encontram-se na Tabela 8.
68
TABELA 8. Coeficientes de qualidade dos semivariogramas e modelos
ajustados e escolhidos para atributos das sementes de soja
[Glycine max (L.) Merrill] cultivada em solo com gradiente de
textura e coletadas em 138 pontos amostrais. Fazenda Colibri -
Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Atributos Modelo ME1 MDRS2
Produtividade Esférico* -0,0106 1,0070
Exponencial -0,5537 1,1022
Gaussiano -0,0000 1,0355
Massa de mil sementes Esférico* 0,0037 1,0792
Exponencial 0,0058 1,0660
Gaussiano 0,0031 1,0950
Peneira 5,5 Esférico* -0,0002 1,0044
Exponencial -0,0022 1,0881
Gaussiano -0,0025 1,0869
Germinação Esférico* 0,0000 0,9830
Exponencial 0,0004 1,0687
Gaussiano 0,0001 1,0562
Emergência em canteiros Esférico* 0,0051 1,0803
Exponencial -0,0001 1,1670
Gaussiano 0,0004 1,0385
Condutividade elétrica Esférico -0,0179 0,9972
Exponencial -0,0194 1,0109
Gaussiano* -0,0133 0,9889
Envelhecimento acelerado Esférico* 0,0008 0,9997
Exponencial 0,0020 1,0515
Gaussiano 0,0055 1,0422
Tetrazóliovigor Esférico -0,1464 0,7552
Exponencial* -0,1825 1,0275
Gaussiano -0,2720 1,1593
Deterioração por umidade1 Esférico* 0,0000 1,1250
Exponencial 0,0003 1,1295
Gaussiano 0,0000 1,0982
Deterioração por umidade2 Esférico* 0,0010 0,9809
Exponencial 0,0021 1,1492
Gaussiano 0,0013 1,1040
Danos por percevejo1 Esférico* 0,0056 1,4582
Exponencial 0,0016 1,4649
69
Gaussiano 0,0090 1,5162
Danos por percevejo2 Esférico* -0,0004 1,0307
Exponencial -0,0002 1,0434
Gaussiano -0,0000 0,9979 1ME= erro médio; 2MSDR = quadrado médio do desvio padrão; * Modelo de semivariograma
escolhido após ajuste e de acordo com os valores mais adequados de ME e MSDR, exceto
para aqueles em que não houve ajuste de alcance. Deterioração por umidade1 – deterioração
por umidade nos níveis 1-8; Deterioração por umidade2 – deterioração por umidade nos níveis
6-8; Danos por percevejo1 – danos por percevejo nos níveis 1-8; Danos por percevejo2 –
danos por percevejo nos níveis 6-8.
Os semivariogramas experimentais utilizados para avaliar a
dependência espacial das variáveis em estudo estão apresentados nas
Figuras 15 e 16.
A análise geoestatística evidenciou através dos semivariogramas de
todos os atributos pesquisados que os mesmos apresentaram grau de
dependência espacial (GDE) forte a moderado, seguindo a classificação como
forte (GDE< 25%), moderado (26%<GDE< 75%) e fraco (GDE> 75%) de
acordo com Cambardella (1994).
Dessa forma, há evidencias de que as distribuições não foram
aleatórias, uma vez que a classe de dependência espacial dos atributos das
sementes variou de 2,05% (forte), para a produtividade, a 43,04% (moderada)
para a retenção na peneira de 5,5 mm.
As características que apresentaram dependência espacial forte foram
a produtividade (2,05), a germinação (7,72%) e a emergência em canteiros
(18,89%) (Figura 15).
70
FIGURA 15. Semivariogramas ajustados, e seus respectivos parâmetros (C0=
efeito pepita; C0+C1= patamar; a= alcance; GDE= grau de
dependência espacial), referentes à produtividade, massa de mil
sementes, retenção na peneira de 5,5 mm, germinação,
emergência em canteiros e condutividade elétrica de sementes
de soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri - Santo
Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Distância
Sem
ivari
ância
Produtividade
C0= 8288,68 C0+C1= 395248,24
a= 70,01 GDE= 2,05
Massa de 1000
C0= 30,64 C0+C1= 44,47
a= 572,08 GDE= 40,79
Peneira 5,5 mm
C0= 12,58 C0+C1= 16,65
a= 95,87 GDE= 43,04
Germinação
C0= 14,55 C0+C1= 173,91
a= 63,50 GDE=7,72
Emergência
C0= 48,63 C0+C1= 208,80
a= 93,53 GDE= 18,89
Condutividade elétrica
C0= 118,20 C0+C1= 194,88
a= 434,72 GDE= 37,75
71
FIGURA 16. Semivariogramas ajustados, e seus respectivos parâmetros (C0=
efeito pepita; C0+C1= patamar; a= alcance; GDE= grau de
dependência espacial), referentes ao envelhecimento acelerado,
vigor obtido pelo teste de tetrazólio, deterioração por umidade e
danos por percevejo, nos níveis 1-8 e 6-8, em sementes de soja
[Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri - Santo Antônio de
Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Sem
ivari
ância
Distância
Envelhecimento acelerado
C0= 96,41 C0+C1= 223,01
a= 73,79 GDE= 30,18
Tetrazólio vigor
C0= 0,01 C0+C1= 0,04
a= 99,99 GDE= 26,64
Deterioração por umidade1
C0= 8,20 C0+C1= 16,05
a= 97,90 GDE= 33,80
Deterioração por umidade2
C0= 3,99 C0+C1= 8,50
a= 99,52 GDE= 31,94
Danos por percevejo1
C0= 4,96 C0+C1= 10,67
a= 153,30 GDE= 31,74
Danos por percevejo2
C0= 0,99 C0+C1= 2,74
a= 94,00 GDE= 26,54
72
Os atributos ajustaram-se aos modelos esférico e gaussiano com
alcances variando de 63,50 a 572,08 m, respectivamente, para a germinação
e a massa de 1000 sementes. O alcance representa a zona de influência de
uma observação, refletindo o grau de homogeneidade entre as amostras, de
forma que quanto maior o valor, mais homogêneo será o processo em estudo
(Andriotti, 2013). Neste contexto, valores de alcance são fundamentais no
planejamento de futuras amostragens, permitindo dimensionar grades e
estimar o número de pontos a serem amostrados (Souza et al., 2006).
A partir dos semivariogramas ajustados, realizou-se a interpolação pelo
método da krigagem ordinária por pontos, para a estimação de valores não
medidos e construção dos mapas temáticos para cada atributo que
apresentou dependência espacial (Figuras 17 e 18).
Ao analisar os mapas, consegue-se perceber tendências de
determinados atributos, na área de estudo, apresentando maiores e menores
concentrações em locais específicos. Segundo Azevedo (2004), os mapas de
dependência espacial permitem localizar as áreas com problemas e testar a
eficiência das práticas utilizadas para solucioná-las, indicando que podem
eficientemente ajudar na identificação e estabelecimento de zonas de manejo
na lavoura de soja, que possibilitem a adoção de tratamentos diferenciados,
de acordo com as necessidades específicas do solo e da planta.
Em relação ao comportamento da produtividade de sementes, a faixa
de maior produtividade concentra-se na parte inferior do talhão. É importante
lembrar que a maior parte da área concentrada na região de maior
produtividade dentro do talhão produziu sementes com germinação entre 80
e 90%.
Na prática, pode-se afirmar que existe grande desuniformidade da
produtividade na área estudada como um todo, variando de 2.092,71 a
5.381,27 kg ha-1. A variabilidade espacial de produtividade em lavouras de
soja já foi observada em outros estudos. Em um campo de produção de
sementes de soja de 60,6 ha, Mattioni et al. (2011) constataram diferença
maior do que 1.500 kg entre o ponto de maior e o de menor produtividade.
Além da variabilidade espacial, Amado et al. (2007) também observaram
73
variabilidade temporal quanto à produtividade, para a cultura da soja, ao longo
de três safras. Durante esse período, os autores obtiveram coeficientes de
variação de 12, 18 e 24% e produtividades médias de 3.209, 3.281 e 2.210 kg
ha-1.
FIGURA 17. Mapas de krigagem referentes à massa de mil sementes,
retenção na peneira de 5,5 mm, germinação, emergência em
canteiro, condutividade elétrica, envelhecimento acelerado,
vigor obtido pelo teste de tetrazólio, altitude e produtividade de
sementes de soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri -
Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
A variabilidade espacial da qualidade fisiológica das sementes de soja
colhidas apresentou diferentes intensidades no campo avaliado. No processo
de formação, a semente de soja depende de inúmeros fatores relacionados
ao clima, solo e até mesmo à própria planta. Estudos demonstraram que
74
esses fatores não exercem influência uniforme, submetendo as plantas a
condições distintas durante o ciclo produtivo, ainda que dentro do mesmo
campo (Mattioni et al., 2011).
Uma consequência disso é a heterogeneidade da qualidade fisiológica
de sementes de soja dentro de um lote, visto que as sementes que o
compõem, provém das mais diversas regiões do campo e às vezes de campos
diferentes. Com isso, a metodologia de amostragem pode se tornar
ineficiente, e comprometer a representatividade da amostra média, em lotes
de grande volume e consequentemente todos os resultados analíticos
gerados a partir dessa amostra. Uma forma de minimizar esse efeito pode ser
a redução do tamanho máximo dos lotes, que com auxílio do conhecimento
da variabilidade espacial da qualidade fisiológica no campo, permite a
formação de lotes mais homogêneos.
Os atributos das sementes como a germinação, emergência em
canteiros e vigor, verificado pelo teste de tetrazólio, mostram uma tendência
de maiores valores na parte média da área estudada, observando que na
parte superior, e principalmente, na parte inferior direita do talhão concentram-
se os pontos em que as sementes apresentaram menor vigor (<70%), obtido
pelo teste de tetrazólio, acompanhadas pelo comportamento esperado de
menor germinação (<80%) e consequentemente menor emergência dessas
sementes em campo (<70%) (Figura 17).
Vale lembrar que o teste de emergência de plântulas foi realizado em
ambiente sem controle da temperatura e umidade do solo, o que pode ter
influenciado na expressão do potencial da qualidade das sementes, estimado
pelo teste de germinação. Mattioni (2013), ao estudar a variabilidade espacial
da qualidade fisiológica de sementes de soja estimada pela condutividade
elétrica massal e individual.
A observação da emergência em canteiro ter ocorrido em menor
porcentagem na parte inferior, tendendo para a direita do talhão, se relaciona
diretamente com o comportamento observado para a condutividade elétrica,
que foi maior nesta faixa do campo de produção.
75
FIGURA 18. Mapas de krigagem referentes à deterioração por umidade e
danos por percevejo, nas classes 1 e 2, altitude e produtividade
em sementes de soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri
- Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Constatou-se que a deterioração causada em função da umidade foi
mais acentuada e ocorreu de forma mais distribuída ao longo da área, fato
76
que pode ser parcialmente explicado em função das condições de colheita e
obtenção das amostras de sementes, uma vez que o material foi coletado sob
condição de chuva e debulhado manualmente. Condições climáticas
desfavoráveis após a maturidade fisiológica em sementes de soja prejudicam
o potencial fisiológico, incluindo a ocorrência de deterioração por umidade.
Forti et al. (2010) objetivaram avaliar o efeito de diferentes condições
de armazenamento na evolução da deterioração por umidade em sementes
de soja utilizando o teste de raios X e testes de potencial fisiológico, e
observaram que houve evolução da deterioração por umidade e,
consequentemente, diminuição do potencial fisiológico durante o período de
armazenamento das sementes. A evolução da referida deterioração foi maior
nas sementes armazenadas em ambiente não controlado e menor para as
armazenadas em câmara fria.
Neste trabalho as sementes foram colhidas sob chuva, contudo em
seguida foram retiradas das vagens e mantidas por curto período
armazenadas em câmara fria, até realização das análises.
Observou-se pelo mapa de krigagem dos danos causados nas
sementes, que tanto a deterioração por umidade, quanto os danos por
percevejos, especialmente nos níveis de 6 a 8, ocorreram de forma controlada
em grande parte da área, havendo apenas alguns focos mais intensos, em
que a incidência foi superior a 5% de danos.
Segundo França Neto et al. (1998), as porcentagens de danos
mecânicos, deterioração por umidade e danos por percevejo nos níveis 6 a 8,
indicam a porcentagem de perda de viabilidade ocasionada pelos referidos
danos, sendo consideradas com relação à qualidade de semente como: sem
restrição: inferior a 6%; problema sério: entre 7 a 10%; problema muito sério:
superior a 10%
É importante observar que o vigor das sementes, obtido através do
teste de tetrazólio, se manteve, na maior parte do campo de produção, dentro
da faixa considerada como alto (entre 75 e 84%) e muito alto (superior a 85%)
(França Neto et al., 1998).
77
5 CONCLUSÕES
1. Não há correlação direta entre a qualidade das sementes de soja
produzidas e os atributos avaliados no solo.
2. Há variabilidade espacial para os atributos avaliados nas sementes
de soja e atributos químicos, físicos e microbiológicos do solo.
78
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ANEXO 1A. Matriz de correlação linear entre os atributos do solo cultivado com soja [Glycine max (L.) Merrill] Fazenda Colibri
- Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Atributos P K Ca Mg pH V MO CTC Altitude Argila
P 1
K 0,14 1
Ca -0,04 0,14 1
Mg -0,05 0,12 0,99* 1
pH 0,07 0,17 0,82* 0,81* 1
V 0,08 0,18* 0,84* 0,82* 0,98* 1
MO -0,23* 0,04 0,22* 0,23* -0,31* -0,32* 1
CTC -0,23* 0,04 0,23* 0,24* -0,31* -0,32* 0,99* 1
Altitude -0,08 -0,18* -0,04 0,04 0,01 -0,02 0,04 0,00 1
Argila -0,35* 0,27* 0,16 0,18* -0,10 -0,11 0,57* 0,57* 0,24* 1
P – fósforo; K – potássio; Ca – cálcio; Mg – magnésio; V – saturação por bases; MO – matéria orgânica; CTC – capacidade de troca catiônica. *Significativo a 5% de probabilidade.
97
ANEXO 2A. Matriz de correlação linear entre os atributos do solo cultivado com soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri
- Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Atributos Silte Areia D0-10 D10-20 PT0-10 PT10-20 Um0-10 Um10-20 Nem FMAs
Silte 1
Areia -0,40* 1
D0-10 -0,15 0,53* 1
D10-20 -0,13 0,18* 0,23* 1
PT0-10 0,10 -0,34* -0,64* -0,08 1
PT10-20 0,22* -0,21* -0,28* -0,76* 0,13 1
UmV0-10 -0,02 -0,10 -0,08 -0,16 0,41* 0,15 1
UmV10-20 0,11 -0,19* -0,15 -0,45* -0,02 0,63* 0,12 1
Nem 0,21* 0,12 0,08 0,08 0,19* 0,09 0,14 0,03 1
FMAs 0,12 0,11 0,12 0,09 -0,12 -0,02 0,07 0,10 -0,01 1
D0-10 – densidade do solo na camada de 0-10 cm; D10-20 – densidade do solo na camada de 10-20 cm; PT0-10 – porosidade total do solo na camada de 0-10 cm; PT10-20 – porosidade total do solo na camada de 10-20 cm; Um0-10 – umidade volumétrica do solo na camada de 0-10 cm; Um10-20 – umidade volumétrica do solo na camada de 10-20 cm; Nem – nematoides; FMAs – fungos micorrízicos arbusculares. *Significativo a 5% de probabilidade.
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ANEXO 3A. Matriz de correlação linear entre os atributos do solo cultivado com soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri
- Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Atributos Silte Areia D0-10 D10-20 PT0-10 PT10-20 Um0-10 Um10-20 Nem FMAs
P -0,13 -0,35* 0,25* 0,16 -0,16 -0,12 -0,15 -0,19* 0,19* -0,04
K -0,02 -0,26* -0,15 -0,02 0,15 0,06 -0,05 -0,05 0,06 -0,22*
Ca 0,22* -0,18* -0,16 -0,04 0,07 0,05 0,01 0,04 0,03 0,02
Mg 0,21* -0,19* -0,18* -0,06 0,07 0,06 0,04 -0,08 0,03 0,02
pH 0,12 0,09 0,04 -0,01 0,00 -0,04 0,04 -0,08 0,15 -0,05
V 0,09 0,10 0,01 0,00 0,02 -0,04 0,03 -0,07 0,17* -0,05
MO 0,22* -0,58* -0,32* -0,06 0,08 0,06 -0,06 0,18* -0,08 0,18*
CTC 0,21* 0,57* -0,32* -0,06 0,08 0,05 -0,06 0,19* -0,06 0,18*
Altitude 0,27* -0,26* -0,14 -0,19* 0,29* 0,31* 0,03 0,05 0,21* -0,23*
Argila 0,31* -1,00* -0,53* -0,37* 0,34* 0,19* 0,10 0,18* 0,02 -0,03
P – fósforo; K – potássio; Ca – cálcio; Mg – magnésio; V – saturação por bases; MO – matéria orgânica; CTC – capacidade de troca catiônica; D0-10 – densidade do solo na camada de 0-10 cm; D10-20 – densidade do solo na camada de 10-20 cm; PT0-10 – porosidade total do solo na camada de 0-10 cm; PT10-20 – porosidade total do solo na camada de 10-20 cm; Um0-10 – umidade volumétrica do solo na camada de 0-10 cm; Um10-20 – umidade volumétrica do solo na camada de 10-20 cm; Nem – nematoides; FMAs – fungos micorrízicos arbusculares. *Significativo a 5% de probabilidade.
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ANEXO B. Matriz de correlação linear entre os atributos das sementes de soja [Glycine max (L.) Merrill]. Fazenda Colibri -
Santo Antônio de Leverger, MT. Safra 2013/2014.
Atributos Prod MMS P5,5 G EmC CE EA TZvigor DU1 DU2 DP1
Prod 1
MMS 0,27* 1
P5,5 0,35* 0,34* 1
G -0,01 -0,31* 0,12 1
EmC -0,04 -0,25* 0,13 0,83* 1
CE 0,11 0,06 -0,14 -0,31* -0,65* 1
EA 0,01 -0,30* 0,17* 0,95* 0,84* -0,60* 1
TZ1-3 -0,08 -0,32* 0,05 0,71* 0,73* -0,63* 0,74* 1
DU1 0,04 0,15 -0,07 -0,34* -0,43* 0,42* -0,39* -0,71* 1
DU2 0,03 0,19* 0,03 -0,34* -0,37* 0,47* -0,39* -0,69* 0,79* 1
DP1 0,12 0,31* -0,08 -0,64* -0,65* 0,56* -0,68* -0,78* 0,44* 0,37* 1
DP2 0,12 0,12 -0,60* -0,57* 0,45* -0,62* -0,59* 0,36* 0,26* 0,26* 0,65*
Prod – produtividade; MMS – massa de mil sementes; P5,5 - peneira com furos de 5,5 mm de diâmetro; G – germinação; EmC – emergência em canteiros; CE – condutividade elétrica; EA – envelhecimento acelerado; TZvigor – vigor determinado pelo teste de tetrazólio; DU1 – deterioração por umidade nos níveis 1-8; DU2 – deterioração por umidade nos níveis 6-8; DP1 – danos por percevejo nos níveis 1-8; DP2 – danos por percevejo nos níveis 6-8. *Significativo a 5% de probabilidade.