quadro de distribuiÇÃo de trabalho

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3 INTRODUÇÃO Qualquer administração, seja de uma empresa, ou de um órgão, deve primar pela qualidade, pela eficiência e pela produtividade, para isso, o administrador se utiliza de ferramentas que vão proporcionar justamente a primazia administrativa. As ferramentas que vão organizar o funcionamento do trabalho e otimizar a produção. São os instrumentos metodológicos, que vão incidir nos processos realizados dentro da instituição. Dentre esses instrumentos metodológicos, podemos citar os fluxogramas, os arranjos físicos, os formulários e o quadro de distribuição de trabalho (QDT), que é o objeto do estudo. O quadro de distribuição de trabalho (QDT) analisa as tarefas efetuadas dentro de uma determinada área, especificando quanto tempo é gasto por cada um dos funcionários na atividade total e individual, visando aproveitar o tempo disponível dos empregados na instituição, assim como também o tempo dos gerentes, chefes e supervisores. Com o QDT o executivo pode tomar conhecimento da distribuição de seus subordinados, do tempo gasto nas tarefas realizadas por eles, do tempo gasto nas atividades coletivas, dos custos operacionais que são acumulados, da ociosidade ou sobrecarga dos funcionários, da necessidade de contratação de empregados, do excesso de empregados na instituição, enfim,

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quadro de distribuição de trabalho

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Page 1: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

3

INTRODUÇÃO

Qualquer administração, seja de uma empresa, ou de um órgão, deve primar

pela qualidade, pela eficiência e pela produtividade, para isso, o administrador se

utiliza de ferramentas que vão proporcionar justamente a primazia administrativa. As

ferramentas que vão organizar o funcionamento do trabalho e otimizar a produção.

São os instrumentos metodológicos, que vão incidir nos processos realizados dentro

da instituição. Dentre esses instrumentos metodológicos, podemos citar os

fluxogramas, os arranjos físicos, os formulários e o quadro de distribuição de

trabalho (QDT), que é o objeto do estudo.

O quadro de distribuição de trabalho (QDT) analisa as tarefas efetuadas

dentro de uma determinada área, especificando quanto tempo é gasto por cada um

dos funcionários na atividade total e individual, visando aproveitar o tempo

disponível dos empregados na instituição, assim como também o tempo dos

gerentes, chefes e supervisores.

Com o QDT o executivo pode tomar conhecimento da distribuição de seus

subordinados, do tempo gasto nas tarefas realizadas por eles, do tempo gasto nas

atividades coletivas, dos custos operacionais que são acumulados, da ociosidade ou

sobrecarga dos funcionários, da necessidade de contratação de empregados, do

excesso de empregados na instituição, enfim, através do QDT, se obtém uma série

de dados importantes para a instituição.

É normal um executivo de uma empresa particular utilizar o QDT e ter todas

as informações úteis que ele proporciona. Mas quando se fala em órgãos públicos,

isso não acontece de maneira geral. É bem verdade que isso acontece muito pouco

dentro do funcionalismo público. O administrador público não tem a mesma

preocupação que o particular, e acaba fazendo com que os órgãos públicos percam

eficiência, desperdicem tempo dos funcionários, e conseqüentemente dinheiro

público. Claro que esse não é o único problema, mas é um deles, a falta de

organização e preocupação com os órgãos públicos. E através de medidas

administrativas corretas, utilizando-se dos instrumentos metodológicos, bem como

Page 2: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

4

dos organizacionais, enfim, aproveitando-se das ferramentas que se tem à

disposição, é possível melhorar o serviço público consideravelmente.

É muito importante criar um QDT na instituição, mas não é tão simples,

devem ser seguidos alguns passos, alguns procedimentos, para que o resultado

seja satisfatório. Tais procedimentos incluem a delimitação das tarefas, a

organização do tempo necessário para ela, a divisão das tarefas e atividade por área

de compatibilidade, portanto, são várias peculiaridades que devem ser observadas

da elaboração do quadro de distribuição de trabalho.

O objetivo deste trabalho é justamente demonstrar todos os passos para

elaboração do QDT, bem como explicitar a importância deste na instituição. Para

tanto, se faz necessária uma abordagem ampla do tema, desde o estudo e análise

do trabalho até chegar ao QDT. Por fim é objeto também deste trabalho

contextualizar o uso do QDT na Polícia Militar, que é uma instituição que também

deve ser organizada, para uma maior efetividade nos serviços prestados.

Page 3: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

5

1 ESTUDO E ANÁLISE DO TRABALHO

1.1 INDICADORES DE PROBLEMAS

A insatisfação e a improdutividade no trabalho são resultantes de diversos

fatores, internos e externos à pessoa. Uma das causas da diminuição na

produtividade é a má distribuição do trabalho. Os problemas na distribuição são

diversos: volume de trabalho, capacidade profissional, tempo, custos, entre outros

erros que podem ocorrer ao se delegar tarefas para cada funcionário.

Quando o trabalho de uma empresa está mal distribuído em relação à

quantidade de trabalho, algum funcionário estará trabalhando a mais e algum outro

estará mais ocioso. Com a sobrecarga dos empregados a empresa perde por pagar

horas extras e desgastar desnecessariamente sua mão-de-obra. Quando os

empregados têm tempo ocioso, a perda da empresa está diretamente na produção,

que é reduzida.

Outro problema na distribuição do trabalho pode estar na capacitação

profissional. Numa empresa que não cuida de empregar os funcionários em

atividades de seus níveis também há perda. Um funcionário com nível superior que

executa tarefas de nível básico pode estar mal utilizado, poderia estar realizando

tarefas mais complexas. Assim como um funcionário de nível básico ao executar

tarefas de nível superior poderá perder em produtividade, pois muitas vezes a

capacidade profissional dele não é adequada àquela tarefa, que acaba não sendo

realizada da melhor forma possível. Vale lembrar que capacidade profissional nem

sempre está relacionada com nível de instrução, muitas vezes refere-se à aptidão

para determinada função.

Quanto ao tempo e ao custo, é fundamental, para a boa execução dos

trabalhos de uma empresa, que se dê preferência a algumas atividades de maior

relevância na produção. As mais expressivas devem ser valorizadas, empregando-

se mais tempo e mais dinheiro nelas. Quando são desperdiçados com atividades

mais supérfluas e desconsiderando as prioridades, perde-se produtividade de

maneira direta. O que se usa no menos importante, pode faltar ao que é

fundamental.

Page 4: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

6

Para que tais erros não ocorram, deve-se estudar e analisar o trabalho

daquela empresa. Esse estudo do trabalho, além de apontar falhas e acertos, vai

medir a eficiência da instituição em sua atividade, interpretando de forma sistemática

todo o processo laboral.

1.2 OBJETIVOS

O objetivo geral é possibilitar um diagnóstico, no qual se verifica a qualidade

do trabalho. Os objetivos específicos do estudo e análise do trabalho são:

Diagnosticar eventuais tempos mortos;

Identificar o equilíbrio entre a prioridade da tarefa e o seu tempo de

realização;

Controlar a correspondência entre treinamento dos empregados e as

suas tarefas;

Verificar o equilíbrio de distribuição de tarefas entre as áreas e entre as

pessoas.

1.3 ETAPAS

No estudo e análise do trabalho, para facilitar o entendimento, pode-se

dividir esse estudo em três partes ou etapas: análise da distribuição do trabalho,

análise do processamento do trabalho e análise das operações e postos de trabalho.

Essa divisão situa o estudo do trabalho em três dimensões bem definidas, que

juntas vão consagrar uma boa análise do trabalho de uma empresa.

Na análise da distribuição do trabalho se verifica e se critica a carga de

trabalho por empregado e por área, aferindo o nível de distribuição, a correção

desta, sem enfocar nas áreas da análise do processo de trabalho e da análise das

operações e postos de trabalho. Aqui o que realmente tem importância é a carga de

trabalho exercida em cada unidade da organização.

Page 5: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

7

A análise do processo de trabalho tem por finalidade verificar as várias fases

integrantes do trabalho, tanto analisando o conjunto, quanto os diversos fluxos de

trabalho. Nessa análise é que se compreende e se racionaliza o fluxo de trabalho.

Compreende a observação continuada e detalhada dos procedimentos, que quando

relacionados, constituem o processo de trabalho.

A análise final é a das operações e postos de trabalho que incide sobre a

execução das fases constituintes das operações, inclusive sobre todas as

particularidades elementares dessas operações. Analisa também os postos de

trabalho, em sua organização e disposição.

Para uma análise adequada do trabalho é necessário realizar uma

seqüência lógica de operações para se chegar em dados que serão

fundamentalmente úteis para a melhor distribuição do trabalho. Dados tais como: o

tempo gasto, por empregado, por tarefa, por atividade, num determinado período de

tempo; quais as atividades desenvolvidas em ordem de importância; qual a

distribuição das atividades em tarefas. A partir desses dados, é possível

compreender e sistematizar de forma mais precisa a organização do trabalho na

empresa.

1.4 CONCEITOS BÁSICOS

Para se analisar o trabalho é imprescindível definir conceitos básicos, e

nesses conceitos existem algumas divergências doutrinárias. Uns englobam no

processo a atividade, a tarefa e o passo. Outros incluem ainda a função como parte

do processo, acima das atividades. O conceito mais completo, que inclui a função é

mais adequado para a maioria das análises, por isso é visto como mais correto.

Primeiramente é preciso compreender e vislumbrar todas as funções

realizadas na empresa, ou seja, tudo o que ela faz, isto é, sua finalidade, como o

processo, composto de vários procedimentos pormenorizados os quais incidirão na

conclusão do trabalho, que seguem um rito administrativo, que, partindo dos passos,

executam-se as tarefas e se concentram nas atividades realizadas na geração de

resultados para o cliente, desde o início do pedido até a entrega do produto.

Page 6: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

8

Somando-se todas as atividades de uma empresa, chega-se às funções, que unidas

formam o processo.

Para uma melhor compreensão se torna necessário entender quatro

conceitos básicos: funções, atividades, tarefas e passos. O primeiro conceito que se

deve conhecer é o de função, que é o conjunto de atividades análogas e

independentes, que se ligam num único campo de trabalho. As funções ganham em

eficácia quando juntas em uma unidade especializada, sob uma direção única.

Como exemplo de função, pode-se citar as compras de material.

O conceito seguinte é o de atividade. Esta compreende o agrupamento de

tarefas similares ou complementares entre si, com o objetivo de definir a finalidade

do órgão em exame. Somadas todas as atividades da empresa se obtém a função.

A atividade é coletiva, por englobar as tarefas individuais de várias pessoas da

empresa. Numa empresa que tem como função as compras de material, um

exemplo de atividade a ser citado pode ser a licitação para tais compras.

O terceiro conceito, de tarefa, pode ser explicitado de maneira simples ao se

dizer que tarefa é o meio pelo qual se chega à atividade. É a obrigação que tem a

pessoa individualmente. Ela se subdivide em passos. Seguindo o mesmo exemplo,

dentro de uma atividade de licitação, um exemplo de tarefa é a elaboração do edital

O último conceito é o de passo, que se trata de uma parcela da tarefa, ou

seja, uma parte fundamental em que a tarefa pode ser dividida, onde quando

realizados todos os passos em que a obrigação individual foi subdividida, ter-se-á o

cumprimento tarefa. Na elaboração de edital como tarefa, pode-se exemplificar

como passos o ato de buscar a legislação, de redigir o edital, entre outros.

Função (órgão)

Atividades(órgão)

Tarefas(individual)

Passos(individual)

Compras LicitaçãoElaboração do edital

1)Reunir legislação2)Definir características do produto3)Redigir o Edital

Page 7: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

9

2 DISTRIBUIÇÃO DA CARGA DE TRABALHO

Carga de trabalho é o volume de trabalho atribuído a uma unidade

organizacional, durante uma unidade de tempo preestabelecida. A unidade

organizacional pode ser um departamento de uma empresa, uma seção do

departamento, etc. A carga de trabalho está diretamente ligada com a primeira etapa

do estudo e análise do trabalho: a análise da distribuição do trabalho, que trata

justamente do volume de trabalho.

O estudo do trabalho proporciona chegar a esta fase da distribuição da

carga de trabalho, que através de algumas fases vai colaborar com uma distribuição

adequada do trabalho na empresa, considerando o tempo, a capacidade

profissional, os custos, o volume de trabalho, a simplificação do trabalho, entre

outras variáveis.

2.1 CONCEITOS BÁSICOS

Para compreender de forma mais precisa toda a distribuição da carga de

trabalho, bem como todo o estudo e análise laboral, é preciso conhecer alguns

conceitos utilizados, que vão clarear o entendimento e facilitar o uso das

ferramentas de apoio administrativo, que vêm contribuir com a produtividade da

empresa. Entre os conceitos mais importantes, se destacam quatro: operação,

natureza da atividade, atividades complementares e atividades similares.

Operação é uma parte indivisível da execução de uma tarefa, e pode ser

realizada por intermédio de ferramentas, máquinas, instrumentos ou manualmente.

A operação é individual, assim como os passos que são os desdobramentos da

tarefa, porém a operação não se divide, o passo ainda pode ser fragmentado.

Natureza da atividade se refere a qual aspecto aquela atividade se encaixa.

A natureza pode assumir variadas espécies: natureza jurídica, quando assumir

aspecto legal, natureza financeira, quando o aspecto da atividade relacionar-se com

esse tipo de questões.

Page 8: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

10

Atividade complementar são as atividades que apresentam uma

característica de complementaridade. Quando para que um trabalho seja realizado a

atividade subseqüente dependa da antecedente, numa relação de encadeamento

necessário, servindo de complemento, tem-se uma atividade complementar.

Portanto complementaridade refere-se a atividades (inclui também passos e tarefas)

que se relacionam entre si, com dependência.

Atividade similar é o último conceito analisado nesta subseção, e se refere a

duas ou mais atividades que seguem o mesmo padrão de execução. Similaridade é,

então, a qualidade das atividades (ou tarefas e passos) que tem a mesma

característica na execução.

2.2 OBJETIVOS

O objetivo geral da distribuição da carga de trabalho é aperfeiçoar a

produção da empresa. Os objetivos específicos para que se alcance o geral são

vários:

Identificar as atividades que consomem o tempo de cada um dos

funcionários;

Definir quem faz o quê;

Definir quantas horas totais no período (dia/semana/mês) cada

funcionário dedica ao trabalho;

Definir as atividades mais importantes para a empresa;

Verificar a fluência e a continuidade da atividade principal;

Identificar sobreposições nas tarefas realizadas;

Detectar sobrecarga ou ociosidade nos postos de trabalho;

Verificar se as pessoas possuem as qualificações técnicas

necessárias para o bom desempenho de suas tarefas.

Page 9: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

11

2.3 FASES

As fases da distribuição da carga de trabalho resumem-se em quatro:

Registro das tarefas individuais;

Agrupamento das atividades do setor;

Elaboração do Quadro de Distribuição de Trabalho;

Análise do QDT.

2.3.1 Registro das tarefas individuais

Para se registrar as tarefas individuais de cada funcionário, deve-se

disponibilizar um formulário para que ele preencha. No formulário ele deve inserir

todas suas atribuições (independente de ser atividade ou tarefa, a distinção será

feita mais tarde, por um analista profissional), bem como o tempo desprendido na

execução de cada uma de suas atribuições. Deverá também constar a freqüência de

realização daquela tarefa, se é diária, semanal, mensal ou até esporádica. As

atribuições menos importantes podem ser alocadas num item: DIVERSOS, que

compreenderá todas as tarefas esparsas.

Ainda no registro das tarefas individuais, cabe ao analista agora verificar

cada um dos formulários, e filtrar aquilo que é tarefa e aquilo que é atividade, e

consolidar essa listagem com o grau de importância e o tempo semanal gasto do

desempenho de cada uma. Exemplo:

Nome: José Antônio da SilvaÓrgão: Setor de Compras Tempo Base: SemanaCargo: Comprador 12/03-16/03Nº TAREFAS FREQ

DIAFREQ

SEMANATEMPO

DIATEMPO

SEMANA1 Consultar cadastro de fornecedores 02 10 0h24min 2h00min2 Emitir pedido de cotação 02 10 1h00min 5h00min3 Executar tomada de preços 03 15 2h00min 10h00min4 Elaborar mapa comparativo 01 05 1h00min 5h00min5 Verificar autorização de fornecimento 02 10 0h24min 2h00min6 ... ... ... ... ...

Observações Total 7h24min 37h00min

Preparado por: Carlos RibeiroConferido por: Henrique CamposData: 19/042002

Page 10: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

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2.3.2 Agrupamento das atividades do setor

O passo seguinte ao registro das tarefas individuais é o agrupamento dessas

tarefas em atividades por setor, adotando os critérios de natureza,

complementaridade e similaridade. Nessa fase é que se define a finalidade do órgão

em questão, pois através do grupo homogêneo de tarefas, que são denominadas

atividades, é que se verificam as atribuições do órgão em estudo. Nessa fase, o

analista deverá organizar as atividades de acordo com o grau de importância, para

que o próximo passo, a elaboração do QDT, seja feito com a priorização das

atividades fundamentais da empresa no tocante ao tempo empregado a elas.

Exemplo:

Nº ATIVIDADES TAREFAS

1 Fazer Cotação de Preços

Consultar cadastro de fornecedoresEmitir pedido de cotaçãoDigitar pedido de cotaçãoExecutar tomada de preçoVerificar o pedido de cotação

2Fazer Mapa Comparativo de Cotação e Julgar Propostas

Elaborar mapa comparativo de cotação

Digitar mapa comparativo de cotaçãoJulgar propostas

3 ... ...

2.3.3 Elaboração do Quadro de Distribuição de Trabalho

A próxima fase é a elaboração do Quadro de Distribuição de Trabalho,

objeto de estudo em questão, onde o analista cria o quadro que vai distribuir o

tempo desprendido por cada funcionário em cada tarefa. O QDT poderá observar a

uma estrutura básica defendida por alguns autores. Ver anexo A.

2.3.4 Análise do QDT

É a última fase da distribuição da carga de trabalho. Esse passo é de grande

importância, pois irá verificar a funcionalidade do QDT, ou seja, vai analisar se o

Quadro de Distribuição de Trabalho foi realmente elaborado de acordo com a

realidade da empresa.

Page 11: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

13

3 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

O quadro de distribuição de trabalho é a ferramenta fundamental que vai dar

todo o suporte à análise e estudo do trabalho. Através dela é que esse estudo vai se

tornar prático e funcional para a empresa. Todo estudo de distribuição do trabalho

conduz à confecção de um QDT, é a efetivação da análise do trabalho.

Um QDT contém um grande número de informações relativas ao

desempenho laboral de uma instituição. Nele constam dados como:

As atividades realizadas e seu grau de importância;

As tarefas realizadas por cada funcionário, para que essas atividades

sejam executadas;

O tempo total referente às atividades e às tarefas, semanalmente;

Quais as funções de cada um dos funcionários.

O Quadro de Distribuição de Trabalho permite que a empresa trabalhe mais

próxima dos quatro “Es”, que são:

Eficiência;

Eficácia;

Efetividade;

Economicidade

Quem define cada um dos quatro “Es” é Chinelato Filho. Mas antes ele

define o que é empreendimento, que se refere ao projeto, ao sistema implantado,

define ainda o que é o personagem principal, o qual é o sujeito sobre a ação do

empreendimento (ex: gerente, proprietário), e por último define o que é o objetivo,

que trata do que o personagem principal espera alcançar com o empreendimento.

Eficiência é o bom desempenho do personagem principal frente ao

empreendimento; Eficácia refere-se aos bons resultados do empreendimento frente

ao objetivo; Efetividade refere-se à constância, à razão lógica do existir do

empreendimento; e Economicidade é a ausência de desperdícios significativos dos

recursos investidos no empreendimento.

Page 12: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

14

Utilizando o QDT, o gerente atinge esse quatro pontos da qualidade de um

empreendimento. Será eficiente, pois quem aplica o QDT tem conhecimento de suas

vantagens, e busca o melhor pra empresa. Será eficaz, pois os resultados do

empreendimento a partir do uso do QDT serão melhores. Será Efetivo, pois uma

empresa que utiliza o QDT é segura, não só porque utiliza, mas sim porque o fato de

utilizar demonstra a preocupação com a qualidade e com a produção. Será, por fim,

econômico, pois o empreendimento, com o uso do QDT, atingir maior economia de

tempo, trabalho, custos e recursos humanos.

Portanto, o QDT é uma grande ferramenta para a empresa, e contribui de

forma significativa para o maior volume de produção, e melhor administração dos

recursos humanos. Mas o Quadro de Distribuição de Trabalho só alcançará os

efeitos desejados se for montado de forma correta, e analisado minuciosamente em

diversos aspectos.

Exemplo de Quadro de Distribuição de Trabalho:

ATIVIDADESSérgio Alexandre VilmaChefe Comprador Secretária

DenominaçãoTempo Seman

aTarefas

Tempo Seman

aTarefas

Tempo Seman

aTarefas

Tempo Seman

a

1Fazer Cotação de Preços

32h

Verificar o pedido

de cotação

5h

Consultar cadastro de fornecedores

2h

Digitar pedido de cotação

10hEmitir pedido de cotação

5h

Executar tomada de preço

10h

2

Fazer Mapa Comparativo de Cotação e Julgar Propostas

19hJulgar Propostas

4h

Elaborar mapa comparativo de cotação

5h

Digitar mapa comparativo de cotação

10h

... ... ... ... ... ... ... ... ...TOTAL 147h   43h   37h   37h

Page 13: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

15

3.1 ANÁLISE SISTEMÁTICA DO QDT

A análise do QDT é fundamental para que o QDT da empresa seja preciso.

O analista deve verificar de forma crítica cada setor da empresa, além dos QDTs

individuais, criticando atividades e tarefas, a fim de identificar problemas com a

distribuição e possíveis melhoramentos que possam gerar uma maior eficiência da

empresa. Para uma análise adequada deve-se fazer uso de algumas variáveis ou

fatores importantes, que de fato, se mal organizados, podem prejudicar o

desempenho empresarial. Os principais fatores de análise são:

Tempo;

Capacidade profissional;

Volume de trabalho;

Custo;

Simplicidade;

Racionalização.

3.1.1 Tempo

A análise do QDT quanto ao tempo está relacionada com o tempo gasto na

execução de cada tarefa, devendo haver uma relação diretamente proporcional

entre o tempo utilizado para uma tarefa ou atividade e sua importância dentro das

finalidades da empresa. Caso isso não ocorra deve-se na análise buscar o motivo

pelo qual não ocorre. A análise quanto ao tempo visa verificar:

Quais atividades levam mais tempo em seu desempenho;

Quais atividades deveriam absorver mais tempo;

Se as tarefas mais urgentes tem prioridade na execução;

Se o tempo empregado é compatível com a importância da atividade;

Se tarefas pequenas, mesmo com pouco desprendimento de tempo,

são realizadas muitas vezes, levando a um uso maior de tempo.

Page 14: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

16

3.1.2 Capacidade profissional

A análise do QDT relativa à capacidade profissional, refere-se a adequação

da mão-de-obra empregada e a tarefa realizada. O correto é atribuir funções de

acordo com a capacidade de desempenhá-las. Além disso, para a execução de uma

tarefa o profissional deverá ter um treinamento mínimo, para que não deixe a

desejar. Quanto à capacidade profissional, a análise do QDT visa verificar se:

Há tarefas simples executadas por quem poderia realizar tarefas mais

complexas;

As aptidões dos empregados são utilizadas corretamente;

Há falta de treinamento;

Os empregados dominam o uso das máquinas e ferramentas;

Há empregados com dificuldades acima de seu preparo;

Há tarefas muito centralizadas ou descentralizadas;

Existe vantagem em agrupar tarefas de características operativas

semelhantes.

3.1.3 Volume de trabalho

A análise quanto ao volume de trabalho, tem fundamento na igual divisão

da quantidade de trabalho entre os funcionários. Não deixando ninguém

sobrecarregado ou ocioso. Quando uma tarefa é dividida, para que não haja

sobrecarga de volume de trabalho para um empregado, há a necessidade de um

bom sincronismo entre quem realiza aquela tarefa em conjunto, para que um não

acabe prejudicando o outro. Uma boa análise quanto ao volume de trabalho deve

verificar se:

Há acúmulo de trabalho, principalmente trabalho urgente;

O trabalho está distribuído de forma adequada;

Existe alguma tarefa realizada por vários empregados sem

necessidade;

Existe sobrecarga ou ociosidade de algum funcionário.

Page 15: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

17

3.1.4 Custo

Qualquer tarefa desempenhada na empresa gera um custo, seja na

elaboração, produção ou manutenção. Até o salário pago pela empresa aos

funcionários é alocado nos custos. Esse salário se converte em horas trabalhadas,

que serão inseridas no QDT. A análise dos custos deve verificar:

A quantidade de horas disponíveis reais e as que são utilizadas pelo

empregado no trabalho;

Se há o pagamento de horas-extras;

O custo em relação ao retorno;

Se as atividades mais importantes tem recebido maior quantidade

de verba para seu desempenho;

Se há tarefas mal executadas que levem a desperdício de material,

e em conseqüência de dinheiro.

3.1.5 Simplicidade

O fator simplicidade vai verificar se as tarefas realizadas têm visado a

simplicidade, ou seja, não são tarefas complexas ou complicadas para serem

realizadas. Essa análise deve ver também se o nível de especialização e

detalhamento no cumprimento das tarefas. Tal análise deve verificar:

A especialização do trabalho;

A existência de duplicidade no trabalho;

Se há a possibilidade de automatização;

Se há tarefas que se suprimidas não prejudicarão o serviço.

3.1.6 Racionalização

A racionalização é o pensamento chave do QDT, e tem por objetivo fazer

mais em menos tempo e com menos custo. A análise da racionalização verifica os

Page 16: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

18

fatores que podem contribuir para uma maior eficiência da empresa. Essa análise

deve se atentar:

Quanto à distribuição física;

Quanto à utilização de máquinas e equipamentos antigos, que já

não possuem a mesma eficiência;

Complexidade das rotinas.

Page 17: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

19

4 LOTACIONOGRAMA

Embora os lotacionogramas façam parte dos instrumentos organizacionais,

mais precisamente dos organogramas, seu uso no estudo da distribuição do trabalho

é importante, visto que a partir dele é que se lotam os funcionários nos órgãos, de

acordo com a necessidade ou disponibilidade.

Os lotacionogramas são utilizados principalmente quando ocorrem

alterações estruturais dos órgãos, pois acaba interferindo no quadro de pessoal.

Para se criar um lotacionograma deve-se fazer um estudo pormenorizado que

envolverá a distribuição do trabalho. O QDT e o lotacionograma caminham juntos e

interligados, para o funcionamento de cada um, há uma dependência do outro.

Ao formular um lotacionograma devem-se observar três coisas importantes:

No mínimo metade dos funcionários do setor deve ter qualificação

diretamente relacionada com a do setor;

Se ganha em produtividade ao agrupar funcionários com a mesma

qualificação num único setor;

Quando utilizando um número abaixo do previsto no lotacionograma e

mesmo assim as atribuições do setor são cumpridas

satisfatoriamente, o lotacionograma deve ser revisto, pois pode ter-se

feito uma subestimação dos empregados do setor.

Para representar o lotacionograma pode-se proceder de várias formas, uma

delas é indicando o número total de funcionários no setor. Outra forma, que é mais

precisa, e para alguns casos é fundamental, é indicando o número de empregados

de acordo com a qualificação ou profissão. Por exemplo:

DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTOSETOR

FUNÇÃO

Gabinete e assessoria

Divisão de O&M

Divisão de orçamento

Divisão de estudos

econômicos

Divisão de estudos

operacionais

Divisão de Estatística

Administrador 01 05 - - 01 -Economista 01 - 04 03 - -Engenheiro 01 01 - - 03 -Estatístico - - - 01 - 05Secretária 01 - - - - -

Page 18: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

20

5 QDT NO ÂMBITO DA POLÍCIA MILITAR

Todo o tempo, neste trabalho, o QDT foi referido como ferramenta de

empresas. De fato ele é. Mas não somente. O termo empresa foi utilizado por ser a

principal instituição que faz uso do QDT. As instituições públicas também podem

fazer uso desse instrumento metodológico.

5.1 ANÁLISE DO PROBLEMA

A Polícia Militar desempenha dois tipos de atividades, denominadas

atividade-meio e atividade-fim. Esta é justamente a principal função da Polícia

Militar, são as ações que a PM realiza para cumprir seu papel fundamental, pelo

qual foi instituída. Atividade-meio é o conjunto de ações que dão subsídio à atividade

fim da PM. A atividade-meio é garantidora da realização da atividade-fim. De

maneira mais simples, atividade-fim é a parte operacional e atividade meio é a parte

administrativa.

Como se sabe, é vantajoso utilizar o QDT na instituição, pois a organização

aumenta, assim como a produtividade. Implantar o QDT na área administrativa da

PM é altamente viável, visto que os policiais dessa área cumprem expediente de

trabalho e realizam tarefas diárias.

Mas para se utilizar o QDT na área operacional não é como se espera, pois

não há uma lista de tarefas diárias executadas por eles. Os policiais dessa área

desempenham o policiamento ostensivo, que é uma função da PM. As atividades

desse policiamento são a patrulha motorizada, o policiamento ostensivo a pé, etc.

Os policiais da área operacional normalmente executam a patrulha, mas nem

sempre efetuam prisões e abordagens. É uma área dinâmica, que depende da

ocorrência de fatores que levam à ação dos policiais.

Em ambientes de trabalho dinâmicos não se pode usar o QDT da maneira

esperada, pois há uma imprevisibilidade das ocorrências, não sendo possível

quantificar o tempo gasto em cada tarefa realizada pelos policiais. Eles podem tanto

estar um dia todo apenas patrulhando como pode no dia seguinte realizar diversas

abordagens ao longo do dia.

Page 19: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

21

5.2 USO DO QDT NA POLÍCIA MILITAR

O QDT, como instrumento metodológico tão útil deve ser utilizado onde

couber na Polícia Militar. Como foi visto, na área operacional, por ser altamente

dinâmica, o uso desta ferramenta fica prejudicado. Na área de atividade-meio, o uso

é perfeitamente possível.

O oficial da PM que coordena uma seção administrativa deve se atentar ao

uso do QDT para conseguir um aumento na produtividade do seu local de trabalho.

Cabe a ele se preocupar com o tempo gasto pelos subordinados, portanto, seria

interessante se todos esses oficiais administrativos elaborassem QDTs para seus

respectivos ambientes de trabalho. Um rápido exemplo de como funcionaria seria,

por exemplo, na Diretoria de Recursos Humanos, cuja função é organizar todo o

pessoal da PM. Cada policial indicaria suas tarefas individuais e o tempo gasto com

elas, por exemplo, verificar os dados pessoais daqueles que estão solicitando uma

identidade funcional. Depois o oficial agruparia essas tarefas em atividades, no caso

exemplificado seria a confecção de identidade funcional para os policiais da

corporação. Portanto, é perfeitamente possível o uso do QDT na atividade-meio da

PM.

No caso da atividade-fim, o uso é mais limitado. Contudo em algumas áreas

da atividade operacional, é possível utilizar o QDT, mesmo que parcialmente.

Algumas unidades da Polícia Militar utilizam um cartão programa, que define quanto

tempo o policial ficará num ponto determinado (ponto-base), define quanto tempo

fará policiamento a pé, quanto tempo fará policiamento motorizado, em locais

específicos. Além de uma ferramenta de fiscalização, o cartão programa contribui

para uma maior eficiência do policial, desde que esse cartão seja feito com base em

estudos profundos para a melhor contribuição do policial com a sociedade.

Outro exemplo é quando a Polícia Militar executa a atividade de barreiras ou

blitz, onde se dividem as tarefas entre os policiais componentes da equipe. Existe

uma distribuição das tarefas, um policial é o selecionador, que vai escolher quais

carros serão fiscalizados, outro faz a segurança dos membros da guarnição (equipe

de trabalho), outro faz a abordagem aos veículos, fazendo buscas, verificação de

documentos checagens, etc. O que não é possível nas blitz é verificar o tempo de

Page 20: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

22

execução de cada tarefa, pois depende uma série de fatores, tais como o fluxo de

veículos, a região onde foi montada a barreira, até mesmo do crivo íntimo de cada

policial que pode interpretar determinada atitude suspeita ou não.

Outra finalidade seria para um melhor controle do pessoal dessa área,

poder-se-ia analisar dados passados a fim de verificar se o número de policiais tem

sido condizente com as necessidades apresentadas, ou seja, se não tem sobrado

policiais ociosos, sem utilidade, ou se não tem faltado policiais para atender as

ocorrências que surgiram. Essa análise pretérita poderia fornecer um norte relativo

ao quantitativo de policiais. Vale ressaltar que um policial realizando patrulha não

está ocioso, pois a essência do policiamento ostensivo é a prevenção, então é

fundamental que a patrulha realizada transmita a sensação de segurança à

população. Não é de fato um objetivo do QDT, mas há uma relação íntima entre o

número de policiais e a eficácia operacional.

Portanto quando se trata de atividade operacional, o uso do QDT é limitado,

existindo algumas hipóteses de utilização parcial. Nessas situações deve-se utilizar

a distribuição do trabalho como meio de melhora na produção. Claro que o QDT não

é a única solução, é preciso inserir na vida policial as diversas ferramentas de apoio

organizacional.

Page 21: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

23

CONCLUSÃO

O estudo realizado acerca do Quadro de Distribuição de Trabalho pode

demonstrar sua importância na organização de uma instituição, trazendo maior

efetividade e produtividade para esta.

Algumas das vantagens do QDT estão na visão que o gerente passa a ter de

sua instituição, enxergando as atividades executadas e quem as executa. Outra

vantagem é que o QDT facilita a análise comparativa da participação de cada

integrante em relação ao todo. O QDT também aponta de maneira imediata

distúrbios na distribuição do trabalho e ainda é vantajoso pela sua fácil aplicabilidade

e uso dentro do ambiente laboral.

O QDT surge depois de um bom estudo do trabalho desempenhado na

instituição, é o resultado final desse estudo, que visa principalmente uma melhor

organização da empresa. Como resultado, é importante que o QDT seja muito bem

elaborado, por isso passa por uma análise minuciosa. É interessante que uma

pessoa especializada na área de OSM realize a confecção do QDT, para uma

melhor efetividade. Embora seja simples, sua elaboração exige conhecimento que

muitas vezes o gerente ou o proprietário não possui.

Quanto ao uso do QDT na Polícia Militar, sem dúvida é vantagem ter o

quadro nas áreas em que couberem que é principalmente na atividade-meio, a qual

de certa forma se assemelha ao papel desempenhado por empresas privadas. Em

se tratando da área operacional, deve-se utilizar o QDT no limite da possibilidade,

pois seu uso sem dúvida favorece o atendimento à população, além disso, é ideal

utilizar outros recursos, sempre com a finalidade de maior organização.

As ferramentas que podem ser utilizadas para dar maior produtividade são

muitas, o QDT é apenas uma delas, podem ser citados os fluxogramas,

organogramas, formulários, Sistema de Informação Gerencial (SIG), entre outras

ferramentas, todas com o intuito de aumentar a eficiência, a eficácia, a efetividade e

a economicidade.

Page 22: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

24

OBRAS CONSULTADAS

CHINELATO Filho, João. O&M integrado à informática. Rio de Janeiro:

LTC, 2004.

CRUZ, Tadeu. Organização sistemas e métodos. São Paulo: Atlas,

2005.

CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. 8. ed. São

Paulo: Atlas, 2006.

DOLINSKI, Marcos. Organização e métodos: um estudo de caso na empresa

Indústria e Comércio de Madeiras Madelei Ltda. Monografia, Curso de Ciências

Contábeis, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2008.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos:

uma abordagem gerencial. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

Page 23: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO

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ANEXO A - Estrutura Básica para a Montagem de um QDT

O QUÊ COMO POR QUÊ QUEM ONDE PARA QUÊEstá sendo feito?

Está sendo feito?

Fazer desta forma?

Faz? Faz? Faz?

Toma mais tempo?

Pode ser melhorado?

Devemos gastar menos tempo?

Gasta mais tempo?

Há mais perda de tempo?

Executa neste tempo?

É prioritário?Pode ser classificado?

Classificar?Classificou como tal?

É prioritária?Indicar o que é prioritário?

É mais importante?

Avaliar?É o mais importante?

IdemEm que parte?É mais importante?

Necessário?

Exige mais atenção?

Medir a atenção?

Exige tanta atenção?

Idem Em que área?Dar mais atenção?

Necessita de mais habilidade técnica?

Identificar?Exige mais habilidade técnica?

IdemHá necessidade?

É necessária mais habilidade?

Precisa de treinamento especial?

Acompanhar ou treinar?

É necessário treinar?

Julgou esta necessidade?

Deve ser treinado?

Treinar?

Está disperso?

Identificar?Ficou disperso?

Determinou?Em que parte?

Mudar?

Está concentrado

Saber?Ficou concentrado?

Informou? IdemDesconcentrar?

Está sem nenhuma relação com a unidade?

Comparar?Esta perda de relacionamento?

Concluiu? É disperso?Está disperso?

É vantajoso agrupar?

Padronizar?É vantajoso agrupar?

Sugeriu? Agrupar? Agrupar?

É vantajoso separar?

Comparar?É vantajoso separar?

Idem Separar? Separar?

É manual? Classificar?É considerado manual?

Classificou? É manual?Manter manual?

É intelectual? Classificar? É intelectual? Classificou? É intelectuall?Manter intelectual?

Pode ser mudado?

Verificar?Pode ser mudado?

Disse?Em que parte?

Mudar?

Está acumulado?

Verificar? Acumulou? Informou? Idem Acumular?