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QUADRO COMPARATIVO DAS ALTERAÇÕES DA LEI DE PLANOS DE SAÚDE Proposta da Comissão Especial Redação atual da Lei n. 9.656/98 Observações Art. 1º-A. A atenção à saúde prestada no âmbito dos planos privados de assistência à saúde obedecerá aos seguintes princípios: I – respeito à segmentação contratada; II atenção multiprofissional; III – incorporação de ações de promoção da saúde e de prevenção de riscos e de doenças, desde que os meios utilizados sejam certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e os procedimentos sejam aprovados pelos conselhos profissionais na área da saúde; IV – uso da epidemiologia para o monitoramento da qualidade das ações e para a gestão em saúde; V – respeito à autonomia e à integridade física e moral das pessoas assistidas; VI – garantia do direito das pessoas assistidas à informação sobre sua saúde; VII – estímulo ao parto normal. § Os princípios estabelecidos no caput deverão ser observados em todos os níveis de complexidade da atenção, respeitando-se as segmentações contratadas, visando à promoção da saúde, à prevenção de riscos e doenças, ao diagnóstico, ao tratamento, à recuperação e à reabilitação. Inexistente. O “respeito à segmentação contratada” está elencado como princípio e ao mesmo tempo o § 1º dispõe que “Os princípios estabelecidos no caput deverão ser observados em todos os níveis de complexidade da atenção, respeitando-se as segmentações contratadas”. Além disso, a segmentação é uma característica dos produtos comercializados (como a abrangência, a modalidade contratual, etc.) e não um princípio norteador da saúde suplementar. Da perspectiva assistencial, a segmentação como princípio vai contra a ideia de integralidade, característica essencial de serviços de saúde de qualidade. Por fim, verificamos que ao longo do substitutivo, o respeito à segmentação é reiterado em diversos momentos (no art. 35-G) o que pode, em termos práticos, levar à redução da incidência do Código de Defesa do Consumidor na solução de conflitos envolvendo planos de saúde. Ou seja, o que se pretende com a inserção do termo “respeito à segmentação contratada”, é afastar a aplicação do Código de Defesa do Consumidor e tornar o Rol de procedimentos um rol taxativo, na contramão do atual entendimento jurisprudencial no qual a

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QUADRO COMPARATIVO DAS ALTERAÇÕES DA LEI DE PLANOS DE SAÚDE

Proposta da Comissão Especial

Redação atual da Lei n. 9.656/98

Observações

Art. 1º-A. A atenção à saúde prestada no âmbito dos planos privados de assistência à saúde obedecerá aos seguintes princípios: I – respeito à segmentação contratada; II – atenção multiprofissional; III – incorporação de ações de promoção da saúde e de prevenção de riscos e de doenças, desde que os meios utilizados sejam certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e os procedimentos sejam aprovados pelos conselhos profissionais na área da saúde; IV – uso da epidemiologia para o monitoramento da qualidade das ações e para a gestão em saúde; V – respeito à autonomia e à integridade física e moral das pessoas assistidas; VI – garantia do direito das pessoas assistidas à informação sobre sua saúde; VII – estímulo ao parto normal. § 1º Os princípios estabelecidos no caput deverão ser observados em todos os níveis de complexidade da atenção, respeitando-se as segmentações contratadas, visando à promoção da saúde, à prevenção de riscos e doenças, ao diagnóstico, ao tratamento, à recuperação e à reabilitação.

Inexistente. O “respeito à segmentação contratada” está elencado como princípio e ao mesmo tempo o § 1º dispõe que “Os princípios estabelecidos no caput deverão ser observados em todos os níveis de complexidade da atenção, respeitando-se as segmentações contratadas”. Além disso, a segmentação é uma característica dos produtos comercializados (como a abrangência, a modalidade contratual, etc.) e não um princípio norteador da saúde suplementar. Da perspectiva assistencial, a segmentação como princípio vai contra a ideia de integralidade, característica essencial de serviços de saúde de qualidade. Por fim, verificamos que ao longo do substitutivo, o respeito à segmentação é reiterado em diversos momentos (no art. 35-G) o que pode, em termos práticos, levar à redução da incidência do Código de Defesa do Consumidor na solução de conflitos envolvendo planos de saúde. Ou seja, o que se pretende com a inserção do termo “respeito à segmentação contratada”, é afastar a aplicação do Código de Defesa do Consumidor e tornar o Rol de procedimentos um rol taxativo, na contramão do atual entendimento jurisprudencial no qual a

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operadora deve custear o tratamento da doença, independentemente de a indicação médica constar ou não rol, sendo esse apenas indicativo. Assim, entre princípios de mesma hierarquia, a necessidade de saúde do consumidor permanece preservada.

Art. 1º-A (...) § 2º As operadoras de produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei são obrigadas a realizar programas de promoção à saúde e de prevenção de riscos e de doenças, inclusive de epidemias que estejam em curso no País, e apresentar relatórios à ANS sobre os resultados desses programas, nos termos de regulamento.

Inexistente.

“Art. 1º-B. As pessoas jurídicas que cumprirem os requisitos para a contratação de plano privado de assistência à saúde coletivo poderão contratá-lo diretamente com a operadora ou com a participação de administradora de benefícios, nos termos de regulamento.”

Inexistente

Art. 10. É instituído o plano-referência de assistência à saúde, com cobertura assistencial médico-ambulatorial e hospitalar, compreendendo procedimentos preventivos, partos e tratamentos, realizados exclusivamente no Brasil, com padrão de enfermaria, centro de terapia intensiva, ou similar, quando necessária a internação hospitalar, das doenças listadas na Classificação

Art. 10. É instituído o plano-referência de assistência à saúde, com cobertura assistencial médico-ambulatorial e hospitalar, compreendendo partos e tratamentos, realizados exclusivamente no Brasil, com padrão de enfermaria, centro de terapia intensiva, ou similar, quando necessária a internação hospitalar, das doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e

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Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial de Saúde, respeitadas as exigências mínimas estabelecidas no art. 12 desta Lei, exceto:

Problemas Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial de Saúde, respeitadas as exigências mínimas estabelecidas no art. 12 desta Lei, exceto:

Art. 10.... § 5º Na revisão do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, a ANS terá como diretrizes a inclusão de tecnologias com evidência de segurança, eficácia e efetividade, além da avaliação do impacto econômico-financeiro das novas inclusões, de forma a preservar o equilíbrio econômico financeiro dos contratos e garantir a modicidade dos reajustes.

Art. 10. (...) I - tratamento clínico ou cirúrgico experimental; II - procedimentos clínicos ou cirúrgicos para fins estéticos, bem como órteses e próteses para o mesmo fim; III - inseminação artificial; IV - tratamento de rejuvenescimento ou de emagrecimento com finalidade estética; V - fornecimento de medicamentos importados não nacionalizados; VI - fornecimento de medicamentos para tratamento domiciliar, ressalvado o disposto nas alíneas ‘c’ do inciso I e ‘g’ do inciso II do art. 12; VII - fornecimento de próteses, órteses e seus acessórios não ligados ao ato cirúrgico; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001). VIII - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001). IX - tratamentos ilícitos ou antiéticos, assim definidos sob o aspecto médico, ou não reconhecidos pelas autoridades competentes; X - casos de cataclismos, guerras e comoções internas, quando declarados pela autoridade competente. §1º As exceções constantes dos incisos deste artigo

Esses critérios de segurança, eficácia, efetividade e impacto econômico-financeiro já são levados em conta pela ANS1. Ressaltamos que o §5º não pode se transformar em fundamento para restrição de procedimentos. O modelo de rol deve ser indicativo mínimo dos melhores procedimentos a serem utilizados considerando a média das necessidades populacionais, mas deve levar em conta que a ciência médica é dinâmica de modo que a cada dia surgem novos procedimentos mais eficazes para tratamento das mesmas patologias. O rol deve ter como prioridade a garantia da manutenção da saúde, e não tão somente as questões econômicas-financeiras.

1 1 Isso pode ser verificado nos documentos da Consulta Pública deste ano:

http://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/sociedade/3961-ans-inicia-consulta-publica-para-revisao-do-rol-

de-cobertura-dos-planos-de-saude

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serão objeto de regulamentação pela ANS. §2º As pessoas jurídicas que comercializam produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei oferecerão, obrigatoriamente, a partir de 3 de dezembro de 1999, o plano-referência de que trata este artigo a todos os seus atuais e futuros consumidores. § 3º Excluem-se da obrigatoriedade a que se refere o § 2o deste artigo as pessoas jurídicas que mantêm sistemas de assistência à saúde pela modalidade de autogestão e as pessoas jurídicas que operem exclusivamente planos odontológicos. § 4º A amplitude das coberturas, inclusive de transplantes e de procedimentos de alta complexidade, será definida por normas editadas pela ANS

“Art. 10-C. Cabe às operadoras dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, por meio de sua rede de unidades conveniadas, reparar lesões decorrentes de atos cirúrgicos realizados sob a cobertura dos seus planos, quando a reparação não for obrigação do médico que realizou o procedimento cirúrgico, utilizando-se de todos os meios, procedimentos técnicos e produtos para a saúde necessários para o restabelecimento da área lesionada, independentemente da sua previsão no plano de saúde contratado.”

Inexistente na lei dos planos.

Sugerimos a supressão deste dispositivo por ser desnecessário eis que tal responsabilidade das operadoras já é um corolário do ordenamento jurídico vigente, notadamente do artigo 16 do CDC. Ale m disso, a redaça o deste artigo retira a responsabilidade da operadora em caso de erro me dico, sob a alegaça o de que a obrigaça o de reparar pertence ao me dico que realizou o procedimento ciru rgico que resultou em lesa o. Segundo esta redação, apenas quando o médico não for responsável o plano de saúde assume. Isso vulnera o consumidor, porque restringe o espectro de responsáveis por

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problemas decorrentes do atendimento médico.

“Art. 10-D. Cabe às operadoras dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º, por meio de rede própria, credenciada, contratada ou referenciada, indicar, por escrito, ao profissional médico, clínica ou estabelecimento hospitalar, até três modelos de órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs), com comprovação técnica, referenciada em práticas baseadas em evidências e autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Parágrafo único. A indicação de que trata o caput deste artigo não vincula o profissional médico e outros estabelecimentos de saúde responsáveis pelo atendimento e procedimento ao paciente, que deverá justificar clinicamente, por escrito, a não aceitação.”

Inexistente.

Art. 12 (...) a) cobertura de consultas médicas, em número ilimitado, em clínicas básicas e especializadas, de caráter preventivo ou curativo, reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina; b) cobertura de serviços de apoio diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais, de caráter preventivo ou curativo, solicitados pelo médico assistente;

Art. 12. São facultadas a oferta, a contratação e a vigência dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, nas segmentações previstas nos incisos I a IV deste artigo, respeitadas as respectivas amplitudes de cobertura definidas no plano-referência de que trata o art. 10, segundo as seguintes exigências mínimas: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) I - quando incluir atendimento ambulatorial: a) cobertura de consultas médicas, em número ilimitado, em clínicas básicas e

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especializadas, reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina; b) cobertura de serviços de apoio diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais, solicitados pelo médico assistente

d) cobertura de vacinas solicitadas pelo médico assistente, desde que devidamente registradas pela autoridade sanitária, quando essas vacinas não constarem do calendário nacional de imunização vigente do Ministério da Saúde ou da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde, ou, se constarem, quando forem restritas a determinado grupo de pessoas.

Sem equivalente

“Art. 12. (...) II – (...) f) cobertura de despesas de acompanhante, no caso de pacientes menores de dezoito anos, pessoas idosas, parturientes e pessoas com deficiência;

Art. 12. (...) II – (...) f) cobertura de despesas de acompanhante, no caso de pacientes menores de dezoito anos.

Conforme determina o art. 22 da Resolução Normativa ANS/DC nº 338 de 21/10/2013 (parturiente) e o art. 16 do Estatuto do Idoso.

Art. 12. (...) VII - inscrição de filho adotivo, adotando e criança ou adolescente sob guarda, aproveitando os períodos de carência já cumpridos pelo consumidor adotante ou guardião.

Art. 12. (...) VII - inscrição de filho adotivo, menor de doze anos de idade, aproveitando os períodos de carência já cumpridos pelo consumidor adotante.

Incluir todas as hipóteses previstas na sumula normativa n. 25 de 2012 da ANS: “VII - inscrição de filho adotivo, adotando, em reconhecimento de paternidade judicial ou extrajudicial e criança ou adolescente sob guarda provisória ou definitiva e sob tutela provisória ou definitiva, aproveitando os períodos de carência já cumpridos pelo consumidor adotante, guardião ou tutor.”

Art. 12. (...) § 6º Tanto para o plano-referência a que alude o art. 10, como para as segmentações previstas

Art. 12. (...) Inexistente

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neste artigo, é facultada a inscrição de enteados do beneficiário, menores de idade, desde que comprovada a dependência financeira.” “Art. 13 (...) § 1º. (...) § 2º Nos planos exclusivamente odontológicos, a notificação do consumidor inadimplente poderá ser feita por qualquer meio que garanta a ciência da suspensão ou rescisão unilateral do contrato por não-pagamento da mensalidade, inclusive o meio eletrônico, na forma de regulamento

Art. 13. Os contratos de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei têm renovação automática a partir do vencimento do prazo inicial de vigência, não cabendo a cobrança de taxas ou qualquer outro valor no ato da renovação. Parágrafo único. Os produtos de que trata o caput, contratados individualmente, terão vigência mínima de um ano, sendo vedadas: I - a recontagem de carências; II - a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato, salvo por fraude ou não-pagamento da mensalidade por período superior a sessenta dias, consecutivos ou não, nos últimos doze meses de vigência do contrato, desde que o consumidor seja comprovadamente notificado até o qüinquagésimo dia de inadimplência; e III - a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato, em qualquer hipótese, durante a ocorrência de internação do titular.

Na o ha mença o ao prazo de 60 dias de inadimple ncia que ocorre para os individuais. Ale m disso, o dispositivo retira do consumidor a possibilidade de contestar o ato, tendo em vista que o meio utilizado para notifica -lo pode na o ser passí vel de efetiva comprovaça o. Ha a necessidade de se demonstrar a notificaça o do consumidor a respeito da suspensa o ou rescisa o unilateral, de modo a possibilita -lo a adotar as medidas corretas, caso haja interesse, em restabelecer o plano odontolo gico.

“Art. 13-A. O beneficiário de plano de contratação individual ou familiar ou coletiva fica dispensado do cumprimento de novos períodos de carência e de cobertura parcial temporária exigíveis e já cumpridos no plano de

Inexistente na lei, mas dialoga com o art. 12, V: Art. 12. São facultadas a oferta, a contratação e a vigência dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, nas segmentações previstas nos

Essas regras foram sugeridas pela ANS2 em uma consulta pu blica ainda este ano. O artigo e uma reproduça o (com redaça o confusa no caput): “Art. 3ª – Altera redação do art. 6º da RN 186/2004 (...)

2 Fonte:< http://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/sociedade/4015-ans-coloca-em-consulta-publica-

resolucao-para-aprimorar-portabilidade-de-carencias>

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origem na contratação de novo plano de contratação individual ou familiar ou coletivo, na mesma ou em outra operadora de plano de assistência à saúde, desde que sejam atendidos simultaneamente os seguintes requisitos: § 1º O plano de destino poderá possuir segmentação assistencial mais abrangente do que o plano a que o beneficiário está vinculado, podendo ser exigido, neste caso, o cumprimento de carência no plano de destino somente para as coberturas não previstas na segmentação assistencial do plano de origem, observando-se o disposto no inciso V do artigo 12 desta Lei, fixando os seguintes períodos de carência: I - prazo máximo de trezentos dias para partos a termo em cobertura obstétrica; II - prazo máximo de cento e oitenta dias para cobertura odontológica; III - prazo máximo de cento e oitenta dias para cobertura ambulatorial; IV - prazo máximo de cento e oitenta dias para cobertura hospitalar; V - prazo máximo de vinte e quatro horas para casos de urgência e emergência em cobertura hospitalar.

incisos I a IV deste artigo, respeitadas as respectivas amplitudes de cobertura definidas no plano-referência de que trata o art. 10, segundo as seguintes exigências mínimas: (...) V - quando fixar períodos de carência: a) prazo máximo de trezentos dias para partos a termo; b) prazo máximo de cento e oitenta dias para os demais casos; c) prazo máximo de vinte e quatro horas para a cobertura dos casos de urgência e emergência;

§10 O plano de destino poderá possuir segmentação assistencial mais abrangente do que o plano em que o beneficiário está vinculado, podendo ser exigido, nesse caso, o cumprimento de carência no plano de destino somente para as coberturas não previstas na segmentação assistencial do plano de origem, observando-se o disposto no inciso V do artigo 12 da Lei no 9.656, de 1998, fixando os seguintes períodos de carência: I- prazo máximo de trezentos dias para partos a termo em cobertura obstétrica; II- prazo máximo de cento e oitenta dias para cobertura odontológica; III- prazo máximo de cento e oitenta dias para cobertura ambulatorial; IV- prazo máximo de cento e oitenta dias para cobertura hospitalar; V- prazo máximo de vinte e quatro horas para casos de urgência e emergência em cobertura hospitalar.” O art. 12, V, da lei fixa limite de 24 horas para carências

em atendimentos de urgência e emergência sem especificar a segmentação.

Mesmo que a migraça o ocorra no sentido de cobertura hospitalar, sugere-se, para evitar confusa o de sentidos, que a redaça o repita o conteu do da lei 9.656/98. O risco de a alteraça o na o ser realizada e abrir margem para interpretaço es que retirem a obrigatoriedade de atendimento de urge ncia e emerge ncia na segmentaça o

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de planos ambulatoriais, fixando que somente os planos com cobertura hospitalar tera o direito a esse tipo de atendimento. A modificaça o proposta representa mais um retrocesso na sau de suplementar, com a supressa o de um direito sedimentado ha quase 20 anos pela na CONSU 15/1999, colocando em risco a sau de de todos consumidores com planos ambulatoriais, uma vez que retira desses planos a garantia de um atendimento essencial, em algumas situaço es, para a sobrevive ncia ou na o do consumidor. Nesse cena rio, o consumidor do plano ambulatorial ficara com um atendimento extremamente restrito, que na o representara efetivamente a segurança que se espera ao contratar um plano de sau de.

Art. 13-B. A operadora dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei, contratados coletivamente, que almejar rescindir, imotivadamente, o contrato, terá de disponibilizar plano de assistência à saúde compatível na modalidade individual ou familiar aos beneficiários idosos, sem necessidade de cumprimento de novos prazos de carência

Inexistente Ao na o estabelecer para metros para eventuais valores a serem cobrados nesses planos, abre-se margem para a inefica cia da medida, uma vez que havera exclusa o por falta de capacidade de pagamento. A redaça o deve prever a modicidade dos valores cobrados, com base nos valores praticados historicamente pelas operadoras, considerando que ainda que seja ofertado plano de assiste ncia a sau de compatí vel na modalidade individual ou familiar aos beneficia rios idosos, o valor podera inviabilizar a contrataça o pelo consumidor.

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“Art. 15. (...) § 1º É vedada a variação a que alude o caput para consumidores com mais de sessenta anos de idade, sendo a variação da última faixa etária necessariamente aplicada em parcelas quinquenais, de acordo com o disposto neste artigo. §2º Para aplicação do reajuste da última faixa etária a operadora, no momento em que o beneficiário completar 59 (cinquenta e nove) anos, calculará o valor nominal do reajuste dividindo-o em cinco parcelas, de no máximo 20% (vinte por cento) cada uma, que serão aplicadas a cada cinco anos. §3º O valor fixado para a última faixa etária não poderá ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa. §4º O percentual de aumento previsto no caput deve ser distribuído de forma equitativa e equilibrada entre as faixas.” (NR) Art. 3º O art. 15 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art.15. (...) § 3º É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade, sendo permitida a aplicação parcelada do reajuste da última faixa etária após os sessenta anos”. (NR)

Art. 15. A variação das contraprestações pecuniárias estabelecidas nos contratos de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, em razão da idade do consumidor, somente poderá ocorrer caso estejam previstas no contrato inicial as faixas etárias e os percentuais de reajustes incidentes em cada uma delas, conforme normas expedidas pela ANS, ressalvado o disposto no art. 35-E. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) Parágrafo único. É vedada a variação a que alude o caput para consumidores com mais de sessenta anos de idade, que participarem dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o, ou sucessores, há mais de dez anos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001). Art. 15, § 3º do Estatuto do Idoso.

Essa medida, da forma como está, exige reflexão profunda e amadurecimento da discussão. A alteração do Estatuto do Idosos é um marco importante para o consumidor idoso. Sua revisão exige reflexão mais madura.

Art. 16. (...) § 2º A todo consumidor de plano coletivo será

Art. 16. (...) Parágrafo único. A todo consumidor titular de plano

O consumidor de planos coletivos deve receber co pia do contrato assinado entre

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obrigatoriamente entregue, no ato da assinatura do contrato, cópia do regulamento ou condições gerais do plano, além de material explicativo que descreva, em linguagem simples e precisa, todas as características, direitos e obrigações. § 3º Em caso de descumprimento do previsto nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, aplicam-se as penalidades previstas no art. 25 desta Lei. ” (NR)

individual ou familiar será obrigatoriamente entregue, quando de sua inscrição, cópia do contrato, do regulamento ou das condições gerais dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o, além de material explicativo que descreva, em linguagem simples e precisa, todas as suas características, direitos e obrigações.

pessoa jurí dica e operadora de plano de sau de, co pia do termo de adesa o e um manual explicando em linguagem clara e precisa as caracterí sticas do plano.

“Art. 16-A. As operadoras dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei podem oferecer aos consumidores descontos relacionados à adesão a programas de prevenção oferecidos pela operadora, nos termos de regulamento.”

Inexistente Ha conexa o com o problema maior dos dados pessoais. Necessa rio tratamento do tema dentro deste panorama.

“Art. 17. (...) § 5o A ANS terá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para analisar o pedido de redimensionamento da rede hospitalar a que se refere o § 4o deste artigo. § 6o Presume-se concedida a autorização do pedido de redimensionamento da rede hospitalar se a ANS não o analisar no prazo ao qual alude o § 5o deste artigo.”

Art. 17. A inclusa o de qualquer prestador de

serviço de sau de como contratado, referenciado ou credenciado dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei

implica compromisso com os consumidores quanto a sua manutença o ao longo da vige ncia dos contratos,

permitindo-se sua substituiça o, desde que seja por outro prestador equivalente e mediante comunicaça o aos

consumidores com 30 (trinta) dias de

antecede ncia.

§ 1o E facultada a

substituiça o de entidade hospitalar, a que se refere o caput deste artigo, desde que por outro equivalente e mediante comunicaça o aos consumidores e a ANS com trinta dias de antecede ncia, ressalvados desse prazo

O art. 6º reverte a lo gica da autorizaça o. O agente regulador e o u nico o rga o competente para avaliar a qualidade e a suficie ncia da rede assistencial. A eventual demora no tratamento da questa o deve ser contornada atrave s de controle de efetividade do ente regulador, e na o por meio de aceitaça o arriscada e sem embasamento do remanejamento da rede assistencial. O disposto no §6º e contradito rio com os termos do §4º, uma vez que se trata de redimensionamento da rede por reduça o, fato que pode prejudicar os beneficia rios do plano, tendo em vista a supressa o de unidade da rede, motivo pelo qual tal assertiva so pode ser concedida por AUTORIZAÇA O EXPRESSA, na o havendo em se falar de presunça o de anue ncia por

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mí nimo os casos decorrentes de rescisa o por fraude ou infraça o das normas sanita rias e fiscais

em vigor.

§ 2o Na hipo tese de a substituiça o do estabelecimento hospitalar a que se refere o § 1o ocorrer por vontade da operadora durante perí odo de internaça o do consumidor, o estabelecimento obriga-se a manter a internaça o e a

operadora, a pagar as despesas ate a alta hospitalar, a crite rio me dico,

na forma do contrato.

§ 3o Excetuam-se do previsto no § 2o os casos de substituiça o do estabelecimento hospitalar por infraça o a s normas sanita rias em vigor, durante perí odo de internaça o, quando a operadora arcara com a responsabilidade pela transfere ncia imediata para outro estabelecimento equivalente, garantindo a continuaça o da assiste ncia, sem o nus adicional para o

consumidor.

§ 4o Em caso de redimensionamento da rede hospitalar por reduça o, as empresas devera o solicitar a ANS autorizaça o expressa para tanto, informando:

I - nome da entidade a ser

excluí da;

II - capacidade operacional a ser reduzida com a exclusa o;

III - impacto sobre a massa assistida, a partir de para metros definidos pela ANS, correlacionando a necessidade de leitos e a

omissa o.

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capacidade operacional restante; e

IV - justificativa para a decisa o, observando a

obrigatoriedade de manter cobertura com padro es de qualidade equivalente e sem o nus adicional para o consumidor.

Art. 17. (...) §7º As operadoras de planos privados de assistência à saúde deverão divulgar as tabelas com os valores pagos pelas consultas e procedimentos contratados nos seus portais corporativos na rede mundial de computadores. § 8º Os estabelecimentos de saúde prestadores de serviço que compõem a rede assistencial deverão divulgar os valores dos insumos, produtos, diárias e taxas que utilizam na rede mundial de computadores e atualizar esses valores com periodicidade no mínimo semestral.” (NR)

Inexistente. Medida que visa a transpare ncia sobre os preços praticados pelo setor, tendo em vista a necessidade de informaça o clara, precisa e ostensiva dos valores praticados seja em relaça o a consultas e/ou procedimentos, como tambe m de materiais e serviços.

Art. 22. (...) § 1º-A O parecer da auditoria independente a que se refere o caput deste artigo deverá indicar o índice de sinistralidade da operadora

Art. 22. As operadoras de planos privados de assiste ncia a sau de submetera o suas contas a auditores independentes, registrados no respectivo Conselho Regional de

Contabilidade e na Comissa o de Valores Mobilia rios - CVM, publicando, anualmente, o

parecer respectivo, juntamente com as demonstraço es financeiras determinadas pela Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

§ 1o A auditoria independente tambe m

podera ser exigida quanto aos ca lculos atuariais,

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elaborados segundo diretrizes gerais definidas pelo CONSU. (Renumerado pela Medida Proviso ria nº

2.177-44, de 2001)

§ 2o As operadoras com nu mero de beneficia rios inferior a vinte mil usua rios ficam dispensadas da publicaça o do parecer do auditor e das demonstraço es financeiras, devendo, a ANS, dar-lhes publicidade. (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-

44, de 2001)

Art. 23. (...) § 7º As operadoras de planos privados de assistência à saúde que não tenham tido sua liquidação extrajudicial decretada poderão firmar acordos com, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos seus credores para: I – suspender a exigibilidade das obrigações vencidas; II – suspender a fluência do prazo das obrigações vincendas anteriormente contraídas; III – não fluência de juros; IV – renegociação de contratos; V – imposição de obrigações positivas e negativas à operadora. § 8º O acordo a que se refere o § 7º deste artigo suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções movidas em face da operadora e terá prazo de, no máximo, 12 (doze) meses.” (NR)

Art. 23. As operadoras de planos privados de assiste ncia a sau de na o

podem requerer concordata e na o esta o sujeitas a fale ncia ou insolve ncia civil, mas ta o-somente ao regime de liquidaça o extrajudicial. (Redaça o dada pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

§ 1o As operadoras sujeitar-se-a o ao regime de fale ncia ou insolve ncia civil

quando, no curso da liquidaça o extrajudicial, forem verificadas uma das

seguintes hipo teses: (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

I - o ativo da massa liquidanda na o for suficiente para o pagamento

de pelo menos a metade dos cre ditos quirografa rios; (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

II - o ativo realiza vel da massa liquidanda na o for

suficiente, sequer, para o pagamento das despesas administrativas e

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operacionais inerentes ao regular processamento da liquidaça o extrajudicial; ou (Incluí do pela Medida

Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

III - nas hipo teses de fundados indí cios de condutas previstas nos arts. 186 a 189 do Decreto-Lei no 7.661, de 21 de junho de 1945. (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

§ 2o Para efeito desta Lei, define-se ativo realiza vel como sendo todo ativo que possa ser convertido em

moeda corrente em prazo compatí vel para o pagamento das despesas administrativas e operacionais da massa liquidanda. (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

§ 3o A vista do relato rio do liquidante extrajudicial, e

em se verificando qualquer uma das hipo teses previstas nos incisos I, II ou III do §

1o deste artigo, a ANS podera autoriza -lo a

requerer a fale ncia ou insolve ncia civil da operadora. (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

§ 4o A distribuiça o do requerimento produzira

imediatamente os seguintes

efeitos: (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

I - a manutença o da suspensa o dos prazos judiciais em relaça o a massa liquidanda; (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

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II - a suspensa o dos procedimentos administrativos de liquidaça o extrajudicial,

salvo os relativos a guarda e a proteça o dos bens e imo veis da massa; (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

III - a manutença o da indisponibilidade dos bens dos administradores, gerentes, conselheiros e assemelhados, ate posterior determinaça o judicial; e

(Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

IV - prevença o do juí zo que emitir o primeiro despacho em relaça o ao pedido de conversa o do regime. (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

§ 5o A ANS, no caso

previsto no inciso II do § 1o deste artigo, podera , no

perí odo compreendido entre a distribuiça o do requerimento e a

decretaça o da fale ncia ou insolve ncia civil, apoiar a

proteça o dos bens mo veis e imo veis da massa liquidanda. (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

§ 6o O liquidante enviara ao juí zo prevento o rol das

aço es judiciais em curso

cujo andamento ficara suspenso ate que o juiz competente nomeie o sí ndico da massa falida ou o liquidante da massa insolvente. (Incluí do pela Medida Proviso ria nº 2.177-44, de 2001)

“Art. 24. (...) § 6º A alienação das

Art. 24. Sempre que detectadas nas operadoras

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carteiras das operadoras de planos de saúde, determinadas pela ANS ou realizadas voluntariamente, não implicam sucessão de créditos de qualquer espécie, inclusive os trabalhistas, que não estejam expressamente compreendidos no ato de alienação. § 7º Na alienação de carteiras, sejam elas determinadas pela ANS ou realizadas de forma voluntária, a definição dos ativos a serem transferidos para o adquirente deve considerar todos os fatores importantes para a manutenção de seu equilíbrio financeiro e atuarial, inclusive a inexistência de carência para os clientes transferidos da operadora alienante para a adquirente.” (NR)

sujeitas à disciplina desta Lei insuficiência das garantias do equilíbrio financeiro, anormalidades

econômico-financeiras ou administrativas graves que coloquem em risco a continuidade ou a qualidade do atendimento à saúde, a ANS poderá determinar a

alienação da carteira, o regime de direção fiscal ou técnica, por prazo não superior a trezentos e sessenta e cinco dias, ou a

liquidação extrajudicial, conforme a gravidade do caso. (Redação dada pela

Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) § 1o O descumprimento das determinações do diretor-fiscal ou técnico, e do

liquidante, por dirigentes, administradores, conselheiros ou

empregados da operadora de planos privados de assistência à saúde

acarretará o imediato afastamento do infrator, por

decisão da ANS, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, assegurado o direito ao contraditório, sem que isto implique efeito suspensivo da decisão administrativa que

determinou o afastamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) § 2o A ANS, ex officio ou

por recomendação do diretor técnico ou fiscal ou do liquidante, poderá, em ato administrativo devidamente motivado, determinar o afastamento dos diretores,

administradores, gerentes e membros do conselho fiscal da operadora sob regime de

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direção ou em liquidação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)

§ 3o No prazo que lhe for designado, o diretor-fiscal ou técnico procederá à análise da organização administrativa e da situação econômico-financeira da

operadora, bem assim da qualidade do atendimento aos consumidores, e proporá à ANS as medidas cabíveis. (Redação dada

pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) § 4o O diretor-fiscal ou

técnico poderá propor a transformação do regime de direção em liquidação extrajudicial. (Redação dada pela Medida Provisória nº

2.177-44, de 2001) § 5o A ANS promoverá, no prazo máximo de noventa

dias, a alienação da carteira das operadoras de planos privados de assistência à

saúde, no caso de não surtirem efeito as medidas

por ela determinadas para sanar as irregularidades ou nas situações que impliquem risco para os consumidores participantes da carteira. (Redação dada pela Medida Provisória nº

2.177-44, de 2001)

“Art. 25. (...) § 1º. A ANS aplicará as penalidades descritas neste artigo, de forma isolada ou cumulativamente, considerando a gravidade, as consequências do caso e o porte econômico das operadoras e demais parâmetros estabelecidos nesta Lei e em regulamento.

Inexistente.

“Art. 25. (...) § 3º A aplicação de penalidade pecuniária deverá guardar

Art. 25. As infrações dos dispositivos desta Lei e de seus regulamentos, bem como aos dispositivos dos

A proporcionalidade com a infraça o na o se confunde com a proporcionalidade com o custo do

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proporcionalidade com a infração cometida. § 4º Qualquer penalidade pecuniária fundamentada na negativa injustificada de oferta de procedimento ou produto aos clientes da operadora não poderá superar em mais de dez vezes o valor do procedimento ou do produto a que se refere.

contratos firmados, a qualquer tempo, entre operadoras e usuários de planos privados de assistência à saúde, sujeitam a operadora dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, seus administradores, membros de conselhos administrativos, deliberativos, consultivos, fiscais e assemelhados às seguintes penalidades, sem prejuízo de outras estabelecidas na legislação vigente: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) (Vigência) I - advertência; II - multa pecuniária; III - suspensão do exercício do cargo; IV - inabilitação temporária para exercício de cargos em operadoras de planos de assistência à saúde; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) V - inabilitação permanente para exercício de cargos de direção ou em conselhos das operadoras a que se refere esta Lei, bem como em entidades de previdência privada, sociedades seguradoras, corretoras de seguros e instituições financeiras. VI - cancelamento da autorização de funcionamento e alienação da carteira da operadora. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)

procedimento negado. A negativa injustificada de atendimento e infraça o grave, independentemente do custo do procedimento. Dessa forma, o valor do procedimento na o deve ser para metro de fixaça o da multa. A dosimetria da penalidade devera levar em consideraça o um fator multiplicador em seu ca lculo, proporcional ao nu mero de consumidores prejudicados pela negativa de cobertura. Tal medida visa desestimular situaço es em que o pagamento da eventual multa seja mais vantajoso a operadora, do que ofertar o procedimento ou produto, dependendo do universo de beneficia rios envolvidos. Ale m do mais, as penalidades aplicadas pelo o rga o regulador te m como propo sito o cara ter pedago gico, ale m de desestimular a conduta praticada pela operadora, o que em tese, ao se estabelecer para metros fechados para toda e qualquer pra tica adotada pela operadora quanto a penalidade pecunia ria, estimulara o descumprimento da prestaça o de serviço de sau de. A pro pria sociedade tem cobrado uma postura efetiva por parte da Age ncia Nacional de Sau de, diante das condutas reiteradas de negativa de procedimentos, demora na marcaça o de consultas, diminuiça o da rede credenciada,

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descumprimento do rol de procedimentos por parte das operadoras, o que em 2013 levou a ANS a adotar crite rios de suspensa o da comercializaça o de produtos. No segundo semestre de 2017, foram suspensos: - 10 operadoras de planos de sau de; - 41 planos. Ou seja, 175.071 beneficia rios diretamente protegidos. Nota-se que, mesmo utilizando esse mecanismo, bem como o adotado na Notificaça o de Investigaça o Preliminar (NIP), onde se obte m desconto na multa aplicada de 80% do valor original em caso de resoluça o da questa o em ate 10 dias u teis, a contar do fim do prazo da mediaça o de conflitos, as operadoras persistem em no descumprimento dos serviços de sau de contratados.

“Art. 27. A multa de que trata o art. 25 será fixada e aplicada pela ANS no âmbito de suas atribuições, com valor não superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), de acordo com o porte econômico da operadora ou prestadora de serviço e a gravidade da infração, ressalvado o disposto no § 6º do art. 19.” (NR)

Art. 27. A multa de que trata o art. 25 será fixada e aplicada pela ANS no âmbito de suas atribuições, com valor não inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e não superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) de acordo com o porte econômico da operadora ou prestadora de serviço e a gravidade da infração, ressalvado o disposto no § 6o do art. 19.

A retirada do piso, combinada com atrelamento do valor da multa por negativa de atendimento no artigo anterior se combinam para proporcionar abrandamento das penalidades por descumprimento de deveres de atendimento.

Art. 31. Ao aposentado que contribuir para produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei, em decorrência de vínculo empregatício, pelo prazo mínimo de cinco anos, é assegurado o direito de

Art. 31. Ao aposentado que contribuir para produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, em decorrência de vínculo empregatício, pelo prazo mínimo de dez anos, é assegurado o direito de

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manutenção como beneficiário, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assuma o seu pagamento integral.

manutenção como beneficiário, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assuma o seu pagamento integral. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) § 1o Ao aposentado que contribuir para planos coletivos de assistência à saúde por período inferior ao estabelecido no caput é assegurado o direito de manutenção como beneficiário, à razão de um ano para cada ano de contribuição, desde que assuma o pagamento integral do mesmo. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) § 2o Para gozo do direito assegurado neste artigo, observar-se-ão as mesmas condições estabelecidas nos §§ 2o, 3o, 4o, 5o e 6o do art. 30. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) § 3o Para gozo do direito assegurado neste artigo, observar-se-ão as mesmas condições estabelecidas nos §§ 2o e 4o do art. 30.

“Art. 32. (...) § 1º O ressarcimento a que se refere o caput será efetuado pelas operadoras ao ente federativo a que esteja vinculado o estabelecimento de saúde responsável pela prestação do serviço, com base em regra de valoração aprovada e divulgada pela ANS. § 2º-A O ente federativo a que esteja vinculado o estabelecimento de saúde

Art. 32. Serão ressarcidos pelas operadoras dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, de acordo com normas a serem definidas pela ANS, os serviços de atendimento à saúde previstos nos respectivos contratos, prestados a seus consumidores e respectivos dependentes, em instituições públicas ou privadas, conveniadas ou contratadas, integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS. (Redação dada pela

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responsável pela prestação do serviço deverá comunicar a operadora de planos de saúde sobre o atendimento de paciente por ela segurado no prazo de 24 horas da sua entrada. § 2º-B Após a comunicação de que trata o § 2º-A, caso o paciente permaneça internado, a operadora poderá: I – solicitar a transferência do paciente para hospital credenciado, quando não houver riscos para a sua saúde, conforme laudo do médico responsável; ou II – manter o paciente no estabelecimento de saúde, desde que pague o valor dos procedimentos a serem ressarcidos, com um acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento). § 2º-C O acréscimo de que trata o § 2º-B, inciso II, não será aplicado quando: I - o atendimento não exigir a internação do paciente, ou, no caso de internação, quando a transferência do paciente para hospital credenciado resultar em riscos para a sua saúde; II – o ente federativo ao qual couber o ressarcimento descumprir o prazo elencado no § 2º-A. § 3º A operadora efetuará o ressarcimento até o décimo quinto dia após a apresentação da cobrança pela ANS, creditando os valores ao fundo de saúde do respectivo ente federativo. § 3º-A Os entes federativos deverão fornecer mensalmente à ANS informações sobre as contas correntes pelas quais as operadoras farão o

Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) § 1o O ressarcimento será efetuado pelas operadoras ao SUS com base em regra de valoração aprovada e divulgada pela ANS, mediante crédito ao Fundo Nacional de Saúde - FNS. (Redação dada pela Lei nº 12.469, de 2011) § 2o Para a efetivação do ressarcimento, a ANS disponibilizará às operadoras a discriminação dos procedimentos realizados para cada § 1º - O ressarcimento será efetuado pelas operadoras ao SUS com base em regra de valoração aprovada e divulgada pela ANS, mediante crédito ao Fundo Nacional de Saúde - FNS

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ressarcimento referido no caput deste artigo. § 3º-B As operadoras de planos de saúde deverão informar à ANS mensalmente os dados sobre os seus clientes segurados que forem necessárias ao ressarcimento de que trata o caput deste artigo, na forma do regulamento. (...) § 6º O produto da arrecadação dos juros será revertido ao ente federativo credor do ressarcimento e o produto da arrecadação da multa de mora será revertido ao Fundo Nacional de Saúde.” “Art. 32-A. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização sobre o Ressarcimento ao SUS – TCFR, cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para controle e fiscalização do ressarcimento ao SUS de que trata o art. 32 desta Lei.” “Art. 32-B. É sujeito passivo da TCFR a operadora do plano de saúde, quando seus consumidores e respectivos dependentes tiverem sido atendidos pelos serviços de atendimento à saúde previstos nos respectivos contratos, em instituições públicas ou privadas, conveniadas ou contratadas, integrantes do Sistema Único de Saúde – SUS.” “Art. 32-C. A base de cálculo da TCFR é o valor total a ser ressarcido pela operadora aos entes federativos de que

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trata o § 1º do art. 32.” “Art. 32-D. A alíquota da TCFR é de 5% (cinco por cento) sobre a base de cálculo.” “Art. 32-E. A TCFR será devida no último dia útil de cada trimestre do ano civil e o recolhimento será efetuado à Conta Única do Tesouro Nacional, até o quinto dia útil do mês subsequente.” “Art. 32-F. A TCFR não recolhida nos prazos e nas condições estabelecidas no artigo anterior será cobrada com os seguintes acréscimos: I – juros de mora, na via administrativa ou judicial, contados do mês seguinte ao do vencimento, à razão de um por cento; II – multa de mora de vinte por cento, reduzida a dez por cento se o pagamento for efetuado até o último dia útil do mês subsequente ao do vencimento; III – encargo de vinte por cento, substitutivo da condenação do devedor em honorários de advogado, calculado sobre o total do débito inscrito como Dívida Ativa, reduzido para dez por cento se o pagamento for efetuado antes do ajuizamento da execução.” “Art. 32-G. A TCFR se destinará à ANS para ao custeio e manutenção dos procedimentos e dos sistemas informatizados para ressarcimento ao SUS. “Art. 35-G. (...) Parágrafo único. O cumprimento ao disposto no caput não pode resultar em desconsideração da segmentação contratada, do Rol de Procedimentos e Eventos cobertos pelo plano

Art. 35-G. Aplicam-se subsidiariamente aos contratos entre usuários e operadoras de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei as disposições da Lei no 8.078, de 1990

Este dispositivo coloca empecilhos a incide ncia do CDC aos contratos de planos de sau de. O que se pretende com a inserça o do para grafo u nico e afastar a aplicaça o do Co digo de Defesa do Consumidor e tornar o Rol

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de assistência à saúde, nem determinar a realização de procedimentos que não sejam aprovados pelos conselhos profissionais na área da saúde ou o fornecimento de medicamentos ou produtos para a saúde que não sejam certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

de procedimentos um rol taxativo, na contrama o do atual entendimento jurisprudencial no qual a operadora deve custear o tratamento da doença, independentemente de a indicaça o me dica constar ou na o rol, sendo esse apenas indicativo. Esta medida se mostra prejudicial aos consumidores, na medida que tenta afastar uma garantia constitucional externada pelos dispositivos da Lei nº 8078/90. Ademais, ale m do desrespeito a uma das Garantias Fundamentais, inserida no artigo 5º e 197 da Constituiça o Federal, a proposta colide com os Princí pios Gerais da Ordem Econo mica, dentre os quais esta a defesa do consumidor. O consumidor leigo contrata Plano de Sau de com o intuito de se precaver contra possí veis imprevistos que venham ocorrer em sua vida e de seus familiares sem cogitar qual procedimento especí fico venha a necessitar. Tais restriço es contidas no § u nico em ana lise ofendem na o so a legislaça o consumerista, como tambe m o “Princí pio da Dignidade da Pessoa Humana” que nada mais e que o princí pio estruturante da Constituiça o Brasileira. A medida tambe m cria empecilhos ao reconhecimento da sau de como um direito fundamental conforme

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definido na Constituiça o Federal de 1988 (arts. 6º, 196 e 197), sendo sua realizaça o dada atrave s do exercí cio prestacional Estado, ou por agentes privados.

Art. 35-L. (...) § 1º Quando a garantia recair em bem imóvel, será obrigatoriamente inscrita no competente Cartório do Registro Geral de Imóveis, mediante requerimento firmado pela operadora de plano de assistência à saúde e pela ANS. § 2º Setenta e cinco por cento do valor constituído das provisões técnicas deverá, obrigatoriamente, ser lastreado por ativos garantidores

Art. 35-L. Os bens garantidores das provisões técnicas, fundos e provisões deverão ser registrados na ANS e não poderão ser alienados, prometidos a alienar ou, de qualquer forma, gravados sem prévia e expressa autorização, sendo nulas, de pleno direito, as alienações realizadas ou os gravames constituídos com violação deste artigo.

Essas regras da o maior liberdade para que operadoras de maneira geral empreguem seu patrimo nio. Se de um lado, as operadoras va o ficar com mais dinheiro livre (lí quido) para aplicar no mercado financeiro, de outro, o risco de quebrar e maior, deixando consumidores e prestadores sem pagamento ou atendimento.

“Art. 35-N. Em demandas nas quais se pleiteie a realização de procedimento em saúde ou o fornecimento de produto para saúde ou medicamento, o juiz deverá, antes de conceder a tutela de urgência, requisitar parecer de profissional da saúde, integrante de núcleo de apoio técnico de que disponha o tribunal ou de entidade conveniada. § 1º Caso o tribunal não haja instalado núcleo de apoio técnico nem haja celebrado convênio, o juiz ouvirá perito de sua confiança. § 2º Em situações de grave e iminente risco à saúde ou à vida do autor, poderá o juiz, motivadamente, conceder a tutela de urgência requerida, dispensadas as providências do caput e do § 1º.”

Inexistente. Dialoga com o CPC

Este artigo confronta a concessa o da tutela de urge ncia nos termos como e hoje proposta pelo Novo Co digo de Processo Civil. A tutela de urge ncia demanda do autor a demonstraça o da probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado u til do processo (art. 300, CPC), sendo que um dos principais motivos para o pedido de liminar (e a consequente concessa o pelos magistrados) e resguardar-se o direito a vida e a sau de. Logo, a norma viola o artigo 5º, caput, e art.196, ambos da CF, que garantem, respectivamente, o direito a vida e a sau de e tambe m o art. 6º, inciso I, CDC que alça a proteça o da vida e da sau de do consumidor como seu direito ba sico. Ale m disso, ao tornar obrigato rio o parecer te cnico do NAT ou realizaça o de perí cia antes

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da concessa o da tutela de urge ncia, o artigo tambe m vai na contrama o do acesso a justiça e da facilitaça o da defesa dos direitos do consumidor pelos seguintes motivos: 1) o acesso a justiça e precedido da negativa de cobertura de procedimento ou de medicamento, sendo certo que a operadora tem cie ncia pre via e anterior a distribuiça o do processo com pedido liminar e na o toma medidas preventivas, a fim de que o caso na o chegue a justiça. 2) Exigir parecer te cnico ou perí cia vai de encontro a celeridade e economia de atos processuais e, como conseque ncia lo gica disso, havera o retardamento da tutela jurisdicional pretendida, colocando o consumidor, que ja se encontra fragilizado pelo problema de sau de e pela negativa de cobertura de seu plano de sau de, o que e vedado pelo art. 6, incisos VII e VIII do CDC. 3) Nos casos remetidos aos JECs, ha incompatibilidade entre as normas dada a impossibilidade de realizaça o de perí cia ou prova te cnica mais complexa. Ha ainda necessidade de observar conflitos de interesses na composiça o do NAT.

Art. 10-E As pessoas jurídicas que comercializam produtos de que tratam o inciso I e o §1º do art. 1º desta Lei oferecerão, obrigatoriamente, planos de contratação individual ou familiar, a seus atuais e

Inexistente. Este e um reconhecimento necessa rio, embora tardio, de problemas de regulaça o no mercado que levaram ao rareamento de planos individuais. Embora a medida tenha bons propo sitos, ha a

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futuros consumidores. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica as entidades de autogestão, vez que, atendem exclusivamente, a empregados ativos, aposentados, pensionistas ou ex-empregados, de uma ou mais empresas ou, ainda, a participantes e dependentes de associações de pessoas físicas ou jurídicas, fundações, sindicatos, entidades de classes profissionais ou assemelhados e seus dependentes.”

possibilidade de que as operadoras façam a oferta em condiço es de pagamento invia veis ao consumidor, a fim de retirar efica cia desta norma. Situaço es parecidas sa o verificadas na aplicaça o da CONSU 19/99 (as operadoras sa o obrigadas a oferecer planos individuais, mas o fazem em valores exorbitantes). E mais, na o se confunde plano individual com o denominado “plano individual acessí vel”, proposta em desenvolvimento pelo Ministe rio da Sau de, planos estes que apresentam uma se rie de restriço es de cobertura aos seus eventuais contratantes, os quais na o tem o conda o de suprir o comando que o art. 10-E quer implementar. A redaça o deve prever a modicidade dos valores cobrados, considerando que ainda que seja ofertado plano de assiste ncia a sau de compatí vel na modalidade individual ou familiar aos beneficia rios idosos, o valor podera inviabilizar a contrataça o pelo consumidor.

Sendo estas as ponderações, aproveita-se o ensejo para renovar votos de apreço e consideração.