qu o mundo qu adorar - lavradores de feitoria€¦ · marlborough, no em remo norte da ilha sul, é...

9
Meio: Imprensa País: Portugal Period.: Mensal Âmbito: Outros Assuntos Pág: 62 Cores: Cor Área: 21,00 x 27,70 cm² Corte: 1 de 9 ID: 81144376 30-06-2019 a escolha do mestre 1 Sauvignon = c cas a qu o mundo qu adorar exotismo da Sauvig Blanc tem originado um enorme sucesso , or 'junto de produtores e consumidores um pouco por todo o mundo. Portugal não é excepção, com resultados muito interessantes, mas ainda trabalho a f.aer no conhecimento da casta no terreno (atenção ao excesso de calor!)', de forma a intervir menos na adega e deixar a uva exprimir o local onde está plantada. DIRCEU V1411 JUNIOR MW Ô ík. l ",, 4 N. - Nik k,

Upload: others

Post on 19-Oct-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Meio: Imprensa

    País: Portugal

    Period.: Mensal

    Âmbito: Outros Assuntos

    Pág: 62

    Cores: Cor

    Área: 21,00 x 27,70 cm²

    Corte: 1 de 9ID: 81144376 30-06-2019

    a escolha do mestre

    1

    Sauvignon = c

    cas a qu o mundo qu adorar

    exotismo da Sauvig Blanc tem originado um enorme sucesso

    ,or'junto de produtores e consumidores um pouco por todo o mundo. Portugal não é excepção, com resultados muito interessantes, mas

    há ainda trabalho a f.aer no conhecimento da casta no terreno (atenção ao excesso de calor!)', de forma a intervir menos na adega

    e deixar a uva exprimir o local onde está plantada.

    DIRCEU V1411 JUNIOR MW

    Ôík. l ",, 4 N. -Nik

    k,

  • Meio: Imprensa

    País: Portugal

    Period.: Mensal

    Âmbito: Outros Assuntos

    Pág: 63

    Cores: Cor

    Área: 21,00 x 27,70 cm²

    Corte: 2 de 9ID: 81144376 30-06-2019

    ão poucas as pessoas capazes de distinguir en-tre um Sancerre e um Pouilly-Fumé ou dis-cernir entre as sub-regiões neo Zelandesas de Awatere e \Vairau numa prova à cega. En-quanto a uva Riesling é capaz de expressar o terroir com lácilidade, a Sauvignon Blanc é

    uma casta maleável, onde as decisões tornadas pelo enólo-go durante a vinificação são muitas vezes o factor domi-nante no estilo do vinho. Entre os melhores atributos da casta Sauvignon Blanc estão as suas impressionantes qua-lidades aromáticas juntamente com seu frescor penetran-te. O sucesso global pode ser atribuído, pelo menos par-cialmente, à reação dos consumidores entediados com estilos tradicionais de Chardormay pesados, demasiada-mente emadeirados e que actualmente buscam um perfil mais leve. É impossível ignorar na Sauvignon Blanc a in-crível capacidade de expressar aromas e sabores exóticos que saltam do copo, dançam no paladar e deixam um fi-nal de boca persistente e refrescante. Esta é a razão pela qual a área total de vinhedos plantados no mundo em 2000 representava 65.000 hectares (ha), atingiu 110.000 ha uma década mais tarde e as plantações desta antiga casta continuam crescendo. A primeira menção ocorreu em 1534 sob um de seus sinónimos "Fiers" no Vale do Loire. Como Sauvignon, há uma menção específica no início do século XVIII em relação à pequena vila de Mar-gaux, em Bordéus. A casta é conhecida por vários sinóni-mos, incluindo Blanc Fume. e Sauvignon Fume no Loire. Na Áustria e na Alemanha é referida comi) NIuskat-Silva-ner e na Califórnia como Fumé Blanc, um termo inventa-do por David Stare de Dry Creek Vineyard em Sonoma. Evidências históricas juntamente com análises de DNA sugerem o Vale do Loire corno o berço da casta que nas-ceu devido ao cruzamento entre um pai desconhecido e Savagnin, portanto Sauvignon Blanc é meio irmão da cas-ta Verdelho e geneticamente próximo à Séntillon. Além de ter alcançado fama por conta própria, Sauvignon Blanc, juntamente com Cabernet Franc, são os pais da Cabernet Sauvignon. É provável que esse cruzamento te-nha ocorrido na região de Bordéus no século XVIII. Sauvignon Blanc possui pele esverdeada, bagos pequenos e cachos compactos. E altamente vigorosa, mas relativa-mente fácil de cultivar. Brota tarde e amadureci' cedo. Porta-se bem em climas ensolarados, mas não gosta de calor excessivo. Responde melhor quando plantada em porta-enxertos de baixo vigor e solos não muito férteis. A Sauvignon possui uma variedade de clones com persona-lidades distintas. Existem mais de 20 clones registados tia Universidade de Davis na Califórnia, no entanto estima--se que a maioria das plantações na Califórnia e no mun-do assentam no clone \ \ ente FPS 01. originário do Cha-teaux d'Yq nem.

    OS ESTILOS CLÁSSICOS DE FRANÇA E NOVA ZELÂNDIA A região do Vale do Loire, em França continua sendo a grande referência com exemplos puros, elegantes e ex-pressivos oriundos das famosas vilas cie Sancerre e Pi will \ -

    -Fumé. Entre os produtores de Sancerre destacam-se AI-phonse Mellot, Domaine Lucien Crochet e Domaine Vacheron. Bons exemplos de Pouilly Fumé incluem Cha-teais de Tracy e Domaine Didier Dagueneau. Os vinhos destas denominações tornam-se cada vez mais caros e consumidores astutos buscam alternativas nas denomina-ções vizinhas de Menetou Salon, Reuilly, Quincy e Co-teaux du Gicnnois, bem corno Sauvignon de Touraine, onde é possível encontrar vinhos leves e elegantes por unia fracção do preço, como Domaine joil Delaunay. Sauvig-non Blanc é cultivado no clima marítimo de Bordéus onde é possível encontrar vinhos leves, elegantes e bem lisit os na sub-região de Entre-Deux-Mers, mas os melhores exem-plos estão em Graves e Pessac-Léognan. Esses vinhos po-dem conter proporções de Semillon e Muscadelle e fre-quentemente são fermentados e envelhecidos em carvalho produzindo um estilo mais exuberante que além de enve-lhecer bem, se porta bem com comida. Dontaitte de Cite-valier, Smith-Haut-Lafitte e Haut Brion Blanc s2to exem-plos clássicos. Sauvignon é plantada perto da vila de Chablis sob a denominação de St Bris, onde produz vi-nhos notoriamente secos, magros com alta acidez e persis-tentes notas minerais. Um facto surpreendente é que a maioria dos 29.000 ha de Sauvignon Blanc plantados et,' França se encontram em Languedoc-Roussillon, região mais conhecida pelos seus tintos. Semelhante ao Alicante Bouschet que teve origem em França e foi adoptado por Portugal, onde produz excelen-tes vinhos, a casta Sauvignon Blanc encont tu a sua se-gunda casa na Nova Zelãndia, onde foi plantada pela pri-meira vez na década de 1971). O estilo pungente foi hem recebido pelo consumidor internacional e o país tem sido extremamente bem-sucedido, o que resultou imiti aumen-to significativo nas plantações, que hoje at ittgent 2 I . 100 ha. O solo e as condições climáticas são perfeitos. O clim,1 é ensolarado e seco, mas não excessivan n nte quente. Os solos pesados produzem vinhos herbáceos a 11.01ir de ti\ as que amadurecem mais tarde. As vinhas plantadas ein so-

    los mais pobres e rochosos amadurecem atais cedo, trans-mitindo notas tropicais exuberantes com ntLinces mine-rais. Marlborough, no em remo norte da Ilha Sul, é tida como referência para esse estilo, mas as plantações estão espalhadas por todo país, particularmente Nlartinbomu-gli. Cishorne, Hawkes Bay e Waipara \';allcv. De moia geral, os Sauvignon da ilha do Norte sao mais maduros, com notas de frutas de caroço e m‹.1:10 (.11 eonii):11‹,.5() aos vinhos do sul que tendem a ser tilais leves com notas lieultaceas. Entre os bons produtores destacam-se (lios fervi. lram' Range, I

    ( 'Int; Seresin VZI\ asour, \ ill.i \ Luta e novo imtjeto de Steve Smith \I \V chamado Smillt Sheth.

    SAUVIGNON BLANC NAS AMÉRICAS... Nos Estados 1 eidos, as l trini1 i1 Is plantat:Ors ele Sauvig-non Blanc tosai introduzidas na adega Cresta Manca em I.ivermore Valley na (1.11iIõrnia. Devido à aversão dos consumidores america nos pelo caráter herhaero e alia acidez, os produtores desenvolveram uni estilo eliamadt)

  • Meio: Imprensa

    País: Portugal

    Period.: Mensal

    Âmbito: Outros Assuntos

    Pág: 64

    Cores: Cor

    Área: 21,00 x 27,59 cm²

    Corte: 3 de 9ID: 81144376 30-06-2019

    Sancerre e a sua vinha.

    • 0.R., 4v.;

    ,..y...tr". ;PÃO •

    -24k—zZtt,,

    • .

    ••p>. • ..• L -

    Iti

    quilómetros do Oceano Pacífico. Entre os melhores produtores do Chile estão Casa Marin, Amayna, Montes, Matetic, Errázuriz, De Martino e Laberinto. Apesar de ser uma varietal menos difundida na Argentina, produtores como Zorzal, Pulenta Estate, Dofia Paula e Finca Sophenia merecem reconhecimento. No Brasil, a casta mostra potencial na região de altitude de Santa Catarina com a Vinicola The-ra a produzir um exemplo convincente.

    a escolha do mestre

    aLL. --- 111 • • • ••:•

    jk4;ii íyr,P;• '

    r im : . 1

    ry

    wJ

    Fumé Blanc. Os vinhos são mais maduros, encorpados, enriquecidos por estágio em carvalho e muitas vezes con-têm açúcar residual. Segundo a Universidade de Adelai-de, existem cerca de 6.600 ha de Sauvignon nos EUA, principalmente em Sonoma, Napa e Vale Central. O Es-tado de Washington faz bons exemplos, mas é no Vale de Santa Ynez que o efeito do nevoeiro ajuda refrescar o cli-ma e criar Sauvignon Blanc com mais delicadeza, tensão e frescor. Entre os melhores exemplos encontram-se Arau-jo Eisele, Chalk Hill, Duckhorn e Robert Mondavi To Ka-lon, um dos melhores exemplos de Sauvignon Blanc do mundo. Logo ao norte, no Canadá, bons exemplos de Sauvignon podem ser encontrados na Península de Niá-gara e na Colúmbia Britânica, como Clos du Soleil e Bur-rowing Owl Estate Winery. O Sauvignon Blanc é urna das castas brancas mais impor-tantes do Chile com 15.200 ha plantados, embora histori-camente a varietal tenha sido confundida com Sauvignon Vert (Muscadelle) e com Sauvignonasse (Friulano na Itá-lia). Essas castas ainda representam uma proporção signi-ficativa das plantações em Curicó e Maule e estão sendo gradualmente substituídos pelo verdadeiro Sauvignon Blanc. Em termos de estilo, os vinhos tendem a mostrar notas tropicais e sabores herbáceos geralmente com mais corpo do que os exemplos da Nova Zelândia. Os melhores vêm do Vale de Leyda e Vale de San Antonio, a poucos

  • Meio: Imprensa

    País: Portugal

    Period.: Mensal

    Âmbito: Outros Assuntos

    Pág: 66

    Cores: Cor

    Área: 21,00 x 27,70 cm²

    Corte: 4 de 9ID: 81144376 30-06-2019

    Uma vinha de Sár on Blan, em Wairarapa, 03 SC_ ,':' ^-' - •

    4i•

    ...E NO RESTO DO MUNDO A África do Sul tem uma longa história com Sauvignon Blanc. O estilo combina a exube-rância de frutas dos vinhos do novo mundo com a elegância do velho mundo. As planta-ções estão distribuidas por várias regiões, es-pecialmente Stellenbosch, Walker Bay e El-gin, totalizando cerca de 9.500 ha. Alguns dos melhores produtores são Mulderbosch, Klein Constancia, Neil Ellis, Strandveld, De Gren-del, Diemersdal, Steenberg e Graham Beck. Na Austrália, o Sauvignon Blanc tem-se tor-nado popular devido ao sucesso da Nova Ze-lândia. Apesar da maioria das regiões serem demasiadamente quentes, existem cerca de 7.000 ha plantados. Um dos melhores é feito por Shaw e Smith em Adelaide Hills. Outros bons exemplos podem ser encontrados na Tasmânia e partes mais frias de Victoria e New South Wales. A parte oeste do país é res-ponsável por um estilo distinto, onde a Se-millon frequentemente faz parte do lote aju-dando produzir vinhos mais encorpados como Cape Mentelle. A Itália possui cerca de 4.000 ha de Sauvignon Blanc, principalmente espalhados no nordeste do país, Alto Adige e

    A Sauvignon Blanc Nova Zelândia, desde

    resultante foi tão bem tem hoje 21.

    encontrou a sua segunda casa na a década de 1970. O estilo do vinho recebido pelo consumidor que o país 400 hectares desta casta!

    tt,

    'e-

    -, , ..

    .4. ..-

    r

    MC • 11

    ' • t1

    • • • '

    CA

    jp.

    kl a escolha do mestre

    • t•

    Uma vinha na Península do Niágara, nos Estados Unidos. A Sauvignon Blanc„.tem-se dado muito pem aqui.

  • Meio: Imprensa

    País: Portugal

    Period.: Mensal

    Âmbito: Outros Assuntos

    Pág: 68

    Cores: Cor

    Área: 21,00 x 27,61 cm²

    Corte: 5 de 9ID: 81144376 30-06-2019

    a escolha do mestre

    Parte de vinha na Adega Mãe, um produtor de Lisboa que tem apostado em vinhos de Sauvignon Blanc.

    à sua proximidade ao oceano atlântico e solos mais profundos origina vinhos frescos. Outro motivo do interesse pela casta foi tentar capi-talizar na oportunidade comercial. Paula Fer-nandes, enóloga residente da Quinta da Boa Esperança, explica que no início do projeto, pensando na internacionalização da marca, optaram em plantar a casta pelo facto de ser reconhecida internacionalmente acreditando que poderia ser uma vantagem comercial. Vasco Rosa Santos, enólogo responsável pelos vinhos do Monte da Ravasqueira refere que o estilo do Sauvignon da casa é fruto da expe-riência adquirida em adegas Neo-Zelandesas. O objectivo é simplesmente reflectir as carac-terísticas da casta e buscar um perfil fresco com notas herbáceas, caracter cítrico e mine-ral. Paula Fernandes cita a região de Sancer-re no Vale de Loire como inspiração e adianta que em Lisboa os solos argilo-calcáreos e o clima moderado com influência atlântica im-primem aos vinhos estrutura, acentuada aci-dez e mineralidade. Pedro Lufinha, Director Geral da Quinta da Alorna, diz que não pro-cura estilo específico, mas gosta dos compo-nente exóticos, tropicais e, ao mesmo tempo, aprecia o lado vegetal e mineral da casta. O importante é que o vinho seja harmonioso. Para isso, o controlo da maturação e o mo-mento da colheita da Sauvignon Blanc, mais do que em muitas outras castas, é crucial, ex-plica Pedro. Após a vindima manual as uvas são desengaçadas e vão directamente à pren-sa sem qualquer maceração pelicular. A fer-mentação é mantida numa temperatura de cerca de 17 a 18°C e feita com leveduras sele-cionadas que possuem melhor capacidade de revelar os tióis. O vinho permanece em inox até a data do enchimento. Na adega do Monte da Ravasqueira, o enólo-go Vasco Rosa Santos prefere inibir as enzi-mas responsáveis pela oxidação dos compos-tos aromáticos, usando baixa temperatura desde a hora do esmagamento. A temperatu-ra de fermentação é cerca de 4 ou 5 graus mais baixa em comparação ao Sauvignon Blanc da Quinta da Alorna. Subsequente-mente as borras finas são colocadas em sus-pensão para dar melhor textura e corpo ao vinho.

    UM SUCESSO NO MERCADO No que respeita ao desempenho comercial dos Sauvignon Blanc portugueses, Francisco Baptista mostra-se positivo e explica que no mercado nacional o vinho é vendido maiori-tariamente em locais turísticos principalmen-te Algarve e Lisboa, mas 88% da produção é comercializada no mercado externo. O mes-

    iwgiir.ffle~

    =

    " r p

    Friuli. A Espanha tem uma área de plantação semelhante à Itália, ape-sar de que as condições climáticas sejam demasiadamente quentes para essa varietal. Existem plantações principalmente em em Castilla--La Mancha e Rueda. Outras regiões da Europa onde Sauvignon é encontrado inclui Roménia, Moldávia, Suíça, Eslovênia, República Checa, Rússia e Alemanha, especialmente em Württemberg, Franken e Pfalz. A região de Styria na Áustria é responsável por vinhos subtis e cremosos e a Hungria é fonte de Sauvignon Blanc de boa qualidade e preços acessíveis.

    A SAUVIGNON BLANC E O ESTILO PORTUGUÊS Dados do Instituto da Vinha e do Vinho mostram que a parcela mais antiga de Sauvignon Blanc em Portugal foi estabelecida pela Socieda-de Agrícola da Quinta da Lagoalva de Cima em 1977. Actualmente existem 1.305 ha espalhados pelo país, predominantemente no Alen-tejo (383 ha), Tejo (328 ha) e Lisboa (222 ha). O desejo de explorar o potencial da casta dentro das características climáticas portuguesas foi um dos motivos que levaram produtores a plantar Sauvignon Blanc. Francisco Baptista, enólogo e sócio da empresa Saven, explica que a Sauvignon Blanc em Barcelos, região dos Vinhos Verdes, apresenta características similares às da baía de Arcachon, em Bordéus. Devido

  • Meio: Imprensa

    País: Portugal

    Period.: Mensal

    Âmbito: Outros Assuntos

    Pág: 69

    Cores: Cor

    Área: 21,00 x 27,06 cm²

    Corte: 6 de 9ID: 81144376 30-06-2019

    -

    ' 4 AL ,,,.. 4 •

    1,,e' I ..1 . ,mel!.

    • ir

    mo acontece com o Monte da Ravasqueira Sauvignon Blanc onde 60% da produção é vendida no mercado externo, especialmente Irlan-da, Polónia e Rússia. Ao invés, tanto as vendas da Quinta da Boa Es-perança como da Quinta da Alorna são dominadas pelo mercado nacional, 80% e 75% respectivamente. Devido ao seu potencial gas-tronómico e à facilidade do consumidor estrangeiro em identificar a casta, o vinho é comercializado principalmente no canal HORECA. Comparando a qualidade do Sauvignon Blanc português com de ou-tros países, Vasco Rosa Santos considera a qualidade muito boa e real-ça o perfil diferente do dos famosos vinhos do Loire e Marlborough. Na sua opinião, o Sauvignon Blanc nacional raramente é influenciado por madeira, portanto é mais acessivel. Paula Fernandes está conven-cida que Portugal tem capacidade de produzir excelentes Sauvignon Blanc. Apesar de ser um país de pequena dimensão, mostra condições distintas e cada uma dessas regiões possui microclimas onde podem ser produzidos Sauvignon Blanc de estilo "Novo Mundo", com aro-mas tropicais, untuosos e com acidez menos marcada, até vinhos com perfil mais clássico, como os do Vale de Loire, com mineralidade, aci-dez vincada e aromas elegantes e cítricos. Sendo assim é capaz de agradar qualquer tipo de consumidor, o que se torna uma vantagem competitiva.

    O FUTURO Levando em consideração tendências comerciais e ameaças trazidas pelas mudanças climáticas, Pedro Lufinha faz uma análise sensata, de-clarando que a casta não deixará de existir, mas também não será auspiciosa tendo em conta o vasto património vitícola e a preferência do consumidor português pelas castas autóctones que o país oferece.

    Paula Fernandes considera o Sauvignon como uma casta de clima fresco e acredita no seu poder de adaptabilidade. Sendo assim a tendência será sua transição para latitudes mais elevadas e locais mais próximos do mar, onde as am-plitudes térmicas são menores e o índice de humidade mais elevado, como é o caso da região de Lisboa. Apesar dos Sauvignon Blanc portugueses ainda não apre-sentarem uma personalidade definida, ao contrário dos clássicos franceses ou neo-zelandeses, a qualidade dos Sauvignon Blanc nacionais, de forma geral, é solida. Além de satisfazer a demanda do mercado interno é capaz de aventurar-se no comércio internacional. Mas embora se-jam elaborados com competência, ainda não estão no pa-tamar de qualidade dos grandes clássicos mundiais. De forma geral, os estilos ainda são muito heterogéneos e ma-nifestam sobretudo a filosofia do enólogo. Até vinhos da mesma região reflectem mais as decisões tomadas na ade-ga do que o terroir que lhes deu origem. Produtores que apostaram na casta precisam continuar valorizando a qualidade acima de tudo, para evitar competir com Sau-vignon Blanc de países onde os custos de produção permi-tem atingir faixas de preço inferiores, como é o caso do Chile. Para assegurar sucesso ao longo prazo, é preciso ir em busca de uma personalidade própria. E para isso é necessária paciência e muito trabalho. Trabalho que vai gerar conhecimento e confiança. Confiança para interfe-rir menos e fazer o máximo para que a casta consiga ex-pressar da melhor forma o terroir português. 11

    A vinha da Zambujeira Velha, do produto alentejano Cortes de Cima, está plantada a escassos quilómetros do mar.

    • , 61?".# v.

  • Meio: Imprensa

    País: Portugal

    Period.: Mensal

    Âmbito: Outros Assuntos

    Pág: 70

    Cores: Cor

    Área: 21,00 x 27,70 cm²

    Corte: 7 de 9ID: 81144376 30-06-2019

    ESCBOA

    OLHA MIE

    BA ESCOLHA

    1111111

    7""

    a escolha do mestre

    17,5 j, 3 5 f) Lagoalva Barrei Selection Reg. Tejo Sauvignon Blanc branco 2018

    D & F

    Um estilo de Sauvignon Blanc elegante e ambicioso. Exibe aromas

    jovens e convidativos incluindo citrinos, brioche, manjericão fresco

    e um leve toque de especiarias doces. No palato mostra-se um

    vinho bastante elegante, com boa concentração de frutas e bela

    cremosidade, acidez ponderada e discretas notas de carvalho que adicionam complexidade. (13,5%)

    BOA ESCOLHA

    16,5 €9,70 0) Três Bagos

    Reg. Duriense Sauvignon Blanc branco 2017

    LAVRADORES DE FEITORIA Um vinho com aromas contidos incluindo frutas cítricas, melão,

    padaria e um leve toque tropical. Na boca revela menos exuberância e

    mais elegância lembrando um branco de Bordéus, com textura cremosa e o final de boca subtil. Excelente para acompanhar pratos mais delicados.

    13%

    wip )11.11 16,5 €11,74 O

    Cabeça de Toiro Do Tejo Sauvignon Blanc Reserva

    branco 2017 ENOPORT

    Um estilo de Sauvignon delicado com notas subtis de frutas cítricas,

    pêssego branco, leves toques florais e tropicais. Na boca está muito limpo,

    franco e bem feito, com textura agradável e boa frescura no final de

    boca. Um óptimo vinho para aperitivo e complementará pratos mais subtis.

    (13%)

    17 L6,45 0) Adega Mãe

    Reg. Lisboa Sauvignon Blanc branco 2017 ADEGA MÃE

    Um Sauvignon Blanc exuberante, estilo novo mundo, com intensos aromas de frutas tropicais, flores

    silvestres, ervilhas verdes e espargos. Na boca o vinho é opulento, vibrante com textura cremosa e um final de

    boca persistente e refrescante. (13%)

    ESCOALHA MIEM

    16,5 €4,99 O Quinta da Morna

    Do Tejo Sauvignon Blanc branco 2017 SOC. AGR. DA ALORNA

    Um vinho jovem, vibrante e exuberante. Exibe intensos aromas

    de frutas tropicais, citrinos, pêssego, espargos. Na boca apresenta

    belíssima textura, num perfil intenso, cremoso, refrescante e persistente.

    (13%)

    I I

    16 €9,99 O Valmaduro Premium

    Reg. Lisboa Sauvignon Blanc branco 2018 CASA SANTOS LIMA

    Cor amarelho palha. Os aromas são jovens, vibrantes e moderadamente intensos onde se destacam frutas tropicais e pera fresca. Na boca mostra-se um vinho elegante, com textura bem agradável e

    acidez ponderada. Bom trabalho com a borras adiciona corpo e

    complexidade no final de boca. (13%)

    17 €11, 3 0 0) Cortes de Cima

    Reg. Alentejano Sauvignon Blanc branco 2017

    CORTES DE CIMA

    Aromas são elegantes, moderadamente intensos e inclui

    groselha verde, ervas finas, citrinos e ervilhas verdes. Na boca apresenta

    sofisticada estrutura, baixo teor alcoólico, textura cremosa e bela frescura. Uma óptima versão cujo estilo é um meio caminho entre o novo e velho mundo e lembra

    um Sauvignon sul-africano de alta qualidade. (12,5%)

    BOA ESCA MIM

    16,5 -6,95 O Maria Papoila

    Reg. Minho Sauvignon Blanc branco 2018 LUA CHEIA EM VINHAS VELHAS

    Um estilo de Sauvignon mais confino, polido e modermo. Exibe sutil notas de frutas cítricas, pêra e melão. Na

    boca temos um vinho elegante com bela textura, baixo teor alcoólico e final de boca refrescante. (11,5%)

    16 €13 01) Quinta do Cidrô

    Reg. Duriense Sauvignon Blanc branco 2018

    REAL COMPANHIA VELHA

    Um vinho jovem, moderadamente intenso com aromas de citrinos, pera, frutas tropicais e folhas de groselha

    preta. Na boca o vinho apresenta estrutura firme, um leve amargor

    e acidez crocante. Pode crescer na garrafa. (12,5%)

    16,5 €12,45 O Quinta da Boa Esperança Reg. Lisboa Sauvignon Blanc branco 2018

    SOCIEDADE AGRICOLA DA GAMA

    Um vinho jovem e vibrante. Apresenta um estilo elegante e

    sofisticado com aromas subtis de citrinos, frutas tropicais, cassis e groselha verde. Na boca revela

    textura cremosa, elegância e bela frescura. (13,5%)

    A ESCBOOLHA

    16,5 €5,80 O Monte da Ravasqueira

    Reg. Alentejano Sauvignon Blanc branco 2018

    SOC. AGR. D.DINIZ

    Cor amarelho palha. Os aromas são jovens e contidos, exibindo notas de

    citrinos, ervas finas, folha de limoeiro e um leve toque mineral. Na boca é um vinho elegante com textura

    agradável, bom frescor, baixo álcool e ampla aptidão gastronómica para

    pratos mais delicados. (12.5%)

    !r]

    15,5 €4,99 S. Sebastião

    Reg. Lisboa Sauvignon Blanc 2018 MULTIWINES

    Um vinho jovem com aromas contidos onde aparecem frutas

    cítricas, padaria, ervilhas verdes. Na boca mostra boa estrutura firme com

    leve amargor e acidez ponderada. Um estilo mais simples e delicado,

    focado e bem feito. (12%)

  • Meio: Imprensa

    País: Portugal

    Period.: Mensal

    Âmbito: Outros Assuntos

    Pág: 1

    Cores: Cor

    Área: 4,84 x 13,65 cm²

    Corte: 8 de 9ID: 81144376 30-06-2019

    4

    62 O Sauvignon Blanc português o exotismo desta casta tem originado um enorme sucesso junto de produtores e consumi-dores um poucc; por todo o mundo. Dirceu Vianna Junior diz que Portugal não é excepção, com resultados muito interessan-tes. Mas, considera este Master of Wine, há ainda trabalho a fazer no conhecimento da casta no terreno.

  • Meio: Imprensa

    País: Portugal

    Period.: Mensal

    Âmbito: Outros Assuntos

    Pág: 1

    Cores: Cor

    Área: 5,45 x 3,70 cm²

    Corte: 9 de 9ID: 81144376 30-06-2019

    E•0

    VINHO www.grandesescolhas.com 1 €4

    SAUVIGNON BLANC

    A UVA QUE O MUNDO ADORA, EM VERSÃO

    NACIONAL

    pEGOS'

    PAL144,:,,x

    DOURO

    SUPERIOR,, DOS VINHOS BANDEIRA

    AOS TESOUROS ESCONDIDOS

    201 5

    QUINTAV GRADIL ENOTURISMO

    E HISTÓRIA NUM MAR DE VERDE

    10) TINTOS DE SETÚBAL UMA FESTA PARA OS SENTIDOS

    MONÓLOGO Vinho Verde Avesso

    P67 2018

    .......

    + , PORTUGA,

    • • • • ........

    4