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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO NAARA FONSECA MAYNARD Punica granatum e Curcuma longa NO TRATAMENTO DA INFLAMAÇÃO INTESTINAL LAGARTO- SE 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

NAARA FONSECA MAYNARD

Punica granatum e Curcuma longa NO

TRATAMENTO DA INFLAMAÇÃO INTESTINAL

LAGARTO- SE

2017

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NAARA FONSECA MAYNARD

Punica granatum e Curcuma longa NO

TRATAMENTO DA INFLAMAÇÃO INTESTINAL

Trabalho de conclusão de curso,

apresentado ao curso de Nutrição da

Universidade Federal de Sergipe Campus

Lagarto, sob a orientação da Profª. Dra.

Daline Fernandes de Souza Araújo, como

parte das exigências para a obtenção do

título de Bacharel em Nutrição

LAGARTO - SE

2017

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CAMPUS DE LAGARTO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

M471p

Maynard, Naara Fonseca

Punica Granatum e Curcuma longa no tratamento da inflamação intestinal/ Naara Fonseca Maynard; orientadora Daline Fernandes de Souza Araújo. – Lagarto/SE, 2017.

33 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Universidade Federal de Sergipe, 2017.

1. Inflamação intestinal. 2. Colite de Crohn. 3. Plantas medicinais. I. Araújo, Daline Fernandes de Souza, orient. II. Título.

CDU 616.34:633.88

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NAARA FONSECA MAYNARD

Punica granatum x Curcuma longa NO TRATAMENTO DA

INFLAMAÇÃO INTESTINAL

Local, ____ de _____________ de _____.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

Profª. Dra. Daline Fernandes de Souza Araújo

(Orientadora)

________________________________________

Profª. Dra. Heloisa Mirelle Costa Monteiro

(Membro 1)

________________________________________

Profª. Me. Carolina Cunha de Oliveira

(Membro 2)

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar ao Autor da Existência, Aquele que permite que

todas as coisas se concretizem, nosso único e verdadeiro Deus. Aos meus pais e irmão,

pelo amor, incentivo e apoio incondicional.! A esta universidade, seu corpo docente,

direção e administração que oportunizaram a janela que hoje enxergo um horizonte

superior. A minha orientadora Profª. Dra. Daline Fernandes de Souza Araújo, pelo

auxílio no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos. A todos que

direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigada.

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APRESENTAÇÃO

O presente trabalho de conclusão de curso foi estruturado no formato de artigo

científico, seguindo as normas da revista Nutrivisa - Revista de Nutrição e Vigilância

em Saúde (Journal of Nutrition and Health Surveillance), ISSN 2357-9617 que seguem

em anexo e na home Page http://www.revistanutrivisa.com.br/instrucoes-aos-autores/.

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SUMÁRIO

ARTIGO - Punica granatum x Curcuma longa no tratamento da inflamação intestinal. 6

RESUMO ..................................................................................................................... 7

ABSTRACT ................................................................................................................ 7

Introdução ................................................................................................................... 9

Materiais e Métodos ................................................................................................. 11

Resultados ................................................................................................................. 13

Discussão ................................................................................................................... 18

Conclusão .................................................................................................................. 22

Referências ................................................................................................................ 23

ANEXOS ........................................................................................................................ 29

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ARTIGO

Punica granatum x Curcuma longa no tratamento da

inflamação intestinal

Punica granatum x Curcuma longa in the treatment of intestinal

inflammation

1*Naara Fonseca Maynard; 2Daline Fernandes de Souza Araújo

[email protected], (79) 996495254, Rua Josino Menezes n°375

Condomínio Parque Diamante, Edifício Potássio, Apto 204, Aracaju –

SE, 49047-230

Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal de Sergipe

http://lattes.cnpq.br/5173837931094712

[email protected], (84) 99899 4846, Rua Desportista

Fabrício Gomes Pedroza, nº100, Condomínio Lual de Ponta Negra,

Torre 4, Apto 1701, Natal –RN, 59090-730

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da

Saúde, Santa Cruz, RN, Brasil.

Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFPB.

Nutricionista pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

http://lattes.cnpq.br/4876007142880494

* autor de correspondência

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RESUMO

Introdução: A Doença Inflamatória Intestinal é uma doença crônica que causa

inflamações e úlceras na mucosa, principalmente, no trato intestinal. Recentemente, o

Ministério da Saúde produziu a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao

SUS, com 71 plantas medicinais, para orientar estudos que possam auxiliar na escolha

mais segura para a população, destacando duas com efeito na inflamação intestinal.

Objetivo: Avaliar se há evidências que suportam o uso de Punica granatum (romã) e

Curcuma longa (açafrão-da-terra) no tratamento da doença inflamatória intestinal.

Material e Método: Foi realizada uma revisão sistemática com busca nas bases de dados

Bireme, Scielo, Sciente Direct utilizando os descritores: inflamação intestinal, doença

de Crohn, colite ulcerativa, Punica granatum, Curcuma longa e incluídos artigos

publicados entre 2006-2016, estudos com humanos e com animais, e excluindo estudos

de revisão. Resultados: Foram selecionados 16 artigos: 6 sobre o efeito da romã

(SINGH; JAGGI; SINGH, 2009; ROSILLO et al., 2012; MARÍN et al., 2013; KAMALI

et al., 2015; SHAH et al., 2016; KIM et al., 2016) e 10 sobre o efeito do açafrão-da-terra

(HANAI et al., 2006; CAMACHO-BARQUERO et al., 2007; LIU et al., 2013;

TOPCU-TARLADACALISIR et al., 2013; MOGHADAM et al., 2013; SINGLA et al.,

2014; LANG et al., 2015; MCFADDEN et al., 2015; COONEY et al., 2016; BASTAKI

et al., 2016) na doença inflamatória intestinal. Estas plantas foram eficazes no

tratamento da DII em humanos e ensaios com animais, apresentando atividade anti-

inflamatória intestinal, inibindo mediadores inflamatórios envolvidos com estas

enfermidades, reduzindo sintomas e prolongando o período de remissão. Conclusão:

Esse estudo mostra que existe efeito da romã e o açafrão-da-terra na inflamação

intestinal, seja pelo uso da planta ou extrato, mas que necessita de mais estudos com

humanos para comprovação de doses mais indicadas e tempo de uso que favoreça a

remissão das doenças inflamatórias intestinais.

Palavras-chave: inflamação intestinal, doença de Crohn, colite ulcerativa, plantas

medicinais

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ABSTRACT

Introduction: Intestinal Inflammatory Disease is a chronic disease that causes

inflammations and ulcers in the mucosa, especially not the intestinal tract. Recently, the

Ministry of Health has produced a National List of Medicinal Plants of Interest in SUS,

with 71 medicinal plants, for oriental studies that may help in the safer choice for a

population, highlighting two with an effect on intestinal inflammation. Objective: To

evaluate if there is evidence supporting the use of Punica granatum and Curcuma longa

(turmeric) in the treatment of inflammatory bowel disease. The use of descriptors:

intestinal inflammation, Crohn's disease, ulcerative colitis, Punica granatum, Curcuma

longa and included between 2006-2016, studies with animals And animals, and

excluding review studies. Results: Sixteen articles were selected: 6 on the effect of

pomegranate (SINGH, JAGGI, SINGH, 2009, ROSILLO et al., 2012, MARÍN et al.,

2013, SHAH et al., 2016; In this study, the use of a saffron-like soil was determined by

the use of the soil as a source of soil moisture, Mogadishu et al., 2013, SINGLA et al.,

2014, LANG et al., 2015, MCFADDEN et al., 2015, COONEY et al., 2016, BASTAKI

et al., 2016) in inflammatory bowel disease. These plants were not treated with animals,

presenting intestinal anti-inflammatory activity, inhibiting inflammatory mediators

involved with these diseases, reducing symptoms and prolonging the period of

remission. Conclusion: This study shows that there is an effect of pomegranate and

saffron on intestinal inflammation due to the use of the plant or extract, but it needs

more studies for humans to prove more indicated doses and the time of use that favors

Remission of intestinal inflammation.

Key words: intestinal inflammation, Crohn's disease, ulcerative colitis, medicinal plants

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Introdução

A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma doença caracterizada por um

processo inflamatório no trato gastrointestinal, podendo se manifestar como dois

subtipos, sendo eles Doença de Crohn (DC) ou Retocolite Ulcerativa (RU), ou

simplesmente colite ulcerativa. Elas são diferenciadas de acordo com a localidade da

doença, sendo a RU limitada ao intestino grosso, e a DC que pode afetar desde o

esôfago até o ânus. A DII não possui sua etiologia totalmente compreendida, fatores

genéticos, dietéticos e psicossociais, as interações complexas entre a predisposição e

suscetibilidade a doença e fatores exógenos alteram a função imune, levando à lesão

gastrointestinal. Ou seja, parecem ter uma participação importante na má regulação da

imunidade intestinal (ALLAIS et al., 2017; KIM et al., 2016)

Na DII, há uma desregularão do sistema imune que ocorre através do aumento

na produção de citocinas pró-inflamatórias que um papel crucial na patogênese das DII,

no qual controlam múltiplos aspectos da resposta inflamatória, como fator de necrose

tumoral (TNF)-α, Interferon-gama (INF-γ), Interleucina (IL)-12, IL-1β, IL-6, IL-13 e

IL-17 (NEURATH et al., 2014). O estresse oxidativo, que sucede de um desequilíbrio

entre a geração de compostos oxidantes e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante,

é outra resposta significativa para o surgimento da doença que esta envolvida como

sinais e sintomas da DII, incluindo diarreia, megacólon tóxico e dor abdominal

(DAMIANI, 2006; BARBOSA et al., 2010). Os antioxidantes endógenos, como

superóxido dismutase glutationa, e catalase, são normalmente capazes de neutralizar o

estresse oxidativo na mucosa intestinal. No entanto, a inflamação aumenta a demanda

por estes antioxidantes importantes e resulta em um desequilíbrio entre pró-oxidantes e

antioxidantes, que apresenta como consequência a lesão da mucosa (TORRES et al.,

2011; MANDALARI et al., 2011; MOURA et al., 2015).

Medicamentos como aminossalicilatos, corticosteroides, imunossupressor e

terapia com biológicos podem ser utilizados como tratamento da DII, dependendo da

complexidade que se encontra a doença e da evolução do paciente. Inicialmente

utilizam-se medicamentos que possuem baixa reação a efeitos colaterais, se a

inflamação persistir é necessário utilizar fármacos com maior potencial a essa reação.

Atualmente os usos de medicamentos não se dentem ao tratamento apenas dos sintomas

da DII, mas também a inflamação (AZEVEDO et al., 2014; BERNSTEIN, 2009). A

interação da microbiota intestinal com a resposta inflamatória e genética do hospedeiro

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sugere que tratamentos alternativos, como probióticos, prebióticos e transplante de

microbiota fecal possam desempenhar um papel complementar no tratamento e na

prevenção da RU (CHIBBAR; ALAHMADI; DIELEMAN, 2017; SHI et al., 2016).

Também o aumento do consumo de fibra solúvel, preferencialmente de frutas e

verduras, tem um papel importante na integridade da barreira epitelial. Em

contrapartida, alimentos ricos em gordura saturada podem tornar ainda mais vulnerável

a DII (ANANTHAKRISHNAN, 2015).

Atualmente, o uso de extratos de plantas na medicina popular tem se destacado no

tratamento de enfermidades, na busca de tratamentos sem efeitos colaterais e/ou

contraindicações (MARAVAI et al., 2011; MENEZES et al., 2012; TEIXEIRA et al.,

2014).). A fitoterapia é definida como “terapêutica caracterizada pelo uso de plantas

medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias

ativas isoladas, ainda que de origem vegetal” (LUZ, 1998 apud BRASIL, 2015, p.

22).Sabe-se que apesar do seu vasto potencial terapêutico, o mecanismo de ação de

muitos dos compostos ativos presentes nessas plantas ainda não foi completamente

explicado, porém, a atividade anti-inflamatória das plantas está ligada a presença de

compostos como, polifenois, terpenoides alcaloides, antraquinonas, ligninas,

polissacarídeos, saponinas, peptídeos e flavonoides estes últimos considerados como os

principais agentes anti-inflamatórios (MARMITT et al., 2015)

Para diminuir os problemas ligados a utilização inadequada de plantas

medicinais o Ministério da Saúde produziu uma lista denominada Relação Nacional de

Plantas Medicinais de interesse ao SUS (RENISUS), com 71 plantas medicinais, para

orientar estudos que possam auxiliar na elaboração de fitoterápicos disponíveis para o

uso da população (MARMITT et al., 2015; SCHEK et al., 2014). A Punica granatum,

popularmente conhecida como romã, pertence à família Punicaceae. É bastante utilizada

no tratamento de diarreia, disenteria, oxiuríase, cólicas, úlcera, infecções do trato

urinário, sífilis e como anti-helmíntico e também vermífugo (ARAÚJO, 2008; SINGH;

JAGGI; SINGH, 2009). Outra planta medicinal estudada foi a Curcuma longa,

conhecida popularmente no Brasil como açafrão-da-terra. Os pigmentos curcuminóides

são fitonutrientes, compostos polifenólicos e antioxidantes com destaque para a

curcumina pigmento amarelo, identificado como principal componente ativo obtido do

rizoma seco da planta, ela atua principalmente nas vias inflamatórias e tem ação

antioxidante (PERES; VARGAS; SOUZA, 2015; COLLINO, 2014).

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Assim, o objetivo desse estudo foi conhecer os efeitos da utilização da Punica granatum

e Curcuma longa, no tratamento das DII.

Materiais e Métodos

A presente pesquisa foi uma revisão sistemática bibliográfica realizada na base

de dados Bireme, Scielo, Sciente Direct, incluindo artigos publicados no período de

2006 a 2016 nos idiomas inglês, português, acerca das espécies vegetais voltadas a

doença inflamatória intestinal, mencionado na lista da RENISUS. Foram considerados

todos os artigos científicos com texto completo e gratuito nas bases de pesquisa.

Foram utilizados na busca dos descritores os nomes científicos das plantas com

atividade na inflamação intestinal Punica granatum e Curcuma longa. Os demais

descritores utilizados foram relacionados de forma combinada com os descritores das

plantas, sendo associado ao potencial anti-inflamatório no intestino: inflamação

intestinal, doença de Crohn, colite, inflammatory bowel disease, Crohn's disease,

colitis. Foram estes utilizados tanto em português como em inglês. A análise dos artigos

foi feita de acordo com os seguintes passos, primeiro os textos foram avaliados quanto

ao título e a sua relação tanto com a planta quanto ação anti-inflamatória intestinal. O

segundo passo foi à leitura do Resumo dos artigos selecionados na primeira etapa de

avaliação, sendo levado em conta àqueles que apresentavam resultados de tratamento

terapêutico a partir do uso da planta.

Para o acesso ao texto completo, foi acessado o link disponível na base de dados

selecionada. A busca sucedeu nos seguintes números de artigos: 1.160 artigos, sendo na

Science Direct 939, SciELO 104 e Bireme 55. A seleção foi feita como disposto no

QUADRO 1. O parâmetro de inclusão dos artigos analisados levou em consideração a

comprovação do potencial anti-inflamatório, em testes pré-clínicos e clínicos. Artigos

de estudos que apresentavam plantas medicinais, sem o propósito de evidenciar o

potencial terapêutico, artigos de revisão foram descartados e referências dos artigos não

foram utilizadas. Salienta-se que foram contados apenas uma vez os artigos repetidos na

base de dados.

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TABELA 1: Total de artigos encontrados e selecionados somente com as plantas Punica granatum e

Curcuma longa

PLANTA

Science Direct SciELO Bireme Total

E S E S E S E S

Punica granatum x Doença

Inflamatória intestinal

(Inflammatory Bowel Disease)

73 1 47 0 5 1 125 2

Punica granatum x Colite

(Colitis) 87 2 0 0 12 1 94 4

Punica granatum x Doença de

Crohn (Crohn's disease) 20 0 0 0 0 0 20 0

Curcuma longa x Doença

Inflamatória intestinal

(Inflammatory bowel disease) 310 6 57 0 12 2 379 8

Curcuma longa x Colite (Colitis) 354 6 0 0 26 5 380 10

Curcuma longa x Doença de

Crohn (Crohn's disease) 95 1 0 0 0 0 95 1

E: Encontrado; S: Selecionado.

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Resultados

As plantas estudadas foram a Punica granatum e Curcuma longa, que

apresentaram potencial anti-inflamatório intestinal. A procura dos artigos foi feita a

partir da análise dos títulos das 1.160 publicações, distribuídas nas três bases de dados

pesquisadas, que sucedeu na seleção de 24 publicações que possuíam relação com

alguma doença inflamatória intestinal. A partir destes, foi realizada a leitura dos

resumos e excluídos seis publicações que não apresentaram relação da planta com o

potencial anti-inflamatório nas DII. Os demais trabalhos, totalizando 16 de interesse,

foram lidos na íntegra, com maior atenção na abordagem dos resultados a fim de

destacar aqueles que de fato comprovaram capacidade terapêutica a partir do estudo das

plantas presentes na RENISUS. Os artigos foram selecionados nas três bases de dados

citadas, sendo três trabalhos publicados no período de 2006 e 2009, quatro em 2012 e

2014, onze de 2013 a 2016.

A Punica granatum, também conhecida como Romã, foi mostrada em 6

publicações, 1 ensaio com humanos e 5 com animais, voltada ao potencial anti-

inflamatório intestinal conforme as seguintes pesquisas mostradas no QUADRO 2,

sendo 1 publicação com humanos (KAMALI et al., 2015) e as demais realizadas em

experimentação com animais (MARÍN et al., 2013; ROSILLO et al., 2012; SHAH et al.,

2016; SINGH; JAGGI; SINGH, 2009).

Constatou-se que a Curcuma longa, também conhecida como açafrão-da-terra,

com 10 artigos selecionados, sendo 3 ensaios com humanos e 7 ensaios com animais,

foi à planta que apresentou maior número de pesquisas publicadas com atividade anti-

inflamatória intestinal conforme as seguintes pesquisas publicadas, como mostrado no

QUADRO 2. Foram avaliados os principais achados, relacionando as plantas

medicinais abordadas nessa pesquisa, de acordo com o ano e tipo de estudo efetuado.

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QUADRO 2: Principais achados do estudo de interesse dividido por autor, ano e tipo de estudo voltado à doença inflamatória intestinal.

Planta

Medicinal

Autor/Ano Tipo de estudo Principais achados Doses utilizadas para o tratamento da

DII

Punic

a g

ranatu

m

SINGH; JAGGI;

SINGH, 2009

Ensaio com animais

Potencial para melhorar a colite

induzida com Sulfato de Sódio

Dextrano (DSS).

Efeitos antiulcerativos, ação anti-

inflamatória e antioxidante.

Também verificaram um potencial

antialérgico, com a estabilização dos

matócitos.

Extrato hidroalcoólico de Punica

granatum (100 mg/kg e 200 mg/kg) e a

fração rica em ácido elágico de Punica

granatum (100 mg/kg e 200 mg/kg)

comparado com Sulfassalazina

(fármaco padrão para colite, 100mg/kg)

e Cromoglicato de sódio (antialérgico,

40mg/kg) por 2 dias antes da indução e

continuado por mais 7 dias.

ROSILLO et al.,

2012

Ensaio com animais

Redução da gravidade e extensão da

doença crônica do cólon, induzida

com o ácido trinitrobenzeno

sulfônico (TNBS).

Extrato de romã (ER) 250 mg/kg e 500

mg/kg, Ácido elágico (AE) 10 mg/kg e

AE-ER 250 mg/kg+10 mg/kg, utilizadas

em 14 dias, via oral acrescentada a dieta

MARÍN et al.,

2013

Ensaio com animais Eficaz na diminuição da progressão

da inflamação intestinal, induzida

com DSS.

5 g/kg/dia do pó de AE, misturadas à

dieta, utilizadas diariamente ao longo de

56 dias

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15

Continuação

KAMALI et al.,

2015

Ensaio com

humanos

Estudo

Randomizado,

placebo controlado.

Resposta Clínica melhor do extrato

de Punica granatum quando

comparado com o placebo até 4

semanas, mas não teve diferença no

tratamento com 10 semanas.

Parece ter efetivo no tratamento da

Retocolite Ulcerativa associado com

a medicação padrão.

6 g do extrato da casca seca / dia,

administrado em forma de xarope,

durante 4 semanas e 10 semanas.

SHAH et al., 2016 Ensaio com animais Pode ser potencialmente utilizado

para o tratamento de doença

intestinal. Induzida por o ácido

trinitrobenzeno sulfônico (TNBS)

400 mg/kg em forma de massa sólida do

suco da romã denominada PJ, e assim

administrada por 17 dias, via oral.

KIM et al., 2016 Ensaio com animais Efeito protetor em um modelo pré-

clínico de colite, induzida com DSS.

2504,74 mg /L de ácido gálico (GAE)

em forma de bebida de romã diluído em

100 ml de água destilada

Curc

um

a l

onga

HANAI et al.,

2006

Ensaio com

humanos

Estudo randomizado,

duplo-cego.

Mostrou ser um promissor e seguro

tratamento para manter a remissão de

pacientes com RU em tratamento

coadjuvante ao fármaco

(Sulfassalazina ou Mesalazina). Por

apresentar a pontuação endoscópica

substancialmente melhorada.

2 g da casca seca de curcumina presente

na Curcuma longa, sendo 1g após o

café da manhã e 1g após o jantar, por 6

meses, e o uso concomitante de

sulfassalazina (1-3,0g/dia) e mesalazina

(1,5-3,0g/dia).

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16

Continuação

CAMACHO-

BARQUERO et

al., 2007

Ensaio com animais Apresentou redução do aparecimento

de sintomas da colite induzida por

TNBS, como diarreia e a melhora da

citoarquitetura do cólon ao exame

histológico.

50-100 mg/kg do animal/dia dissolvida

em solução salina (0,9%) e tampão

Tween 20% foi administrada por sonda

oral 24 h após a instilação do TNBS

diariamente durante 2 semanas.

LIU et al., 2013 Ensaio com animais

A curcumina exerceu efeitos

benéficos na colite experimental pela

supressão da via STAT3 em modelo

experimental com DSS.

50 mg/kg dissolvida em solução de

carboximetilcelulose a 2,5%, uma vez

por dia, durante 14 dias (7 dias durante

a administração de DSS e mais 7 dias

após), via oral.

TOPCU-

TARLADACALI

SIR et al., 2013

Ensaio com animais

O tratamento oral com curcumina

diminuiu a lesão do cólon e está

associado a diminuição de reações

inflamatórias na colite induzida por

ácido acético.

100 mg/ kg por dia dissolvido em 1 mL

de dimetilsulfoxido, dez dias antes da

indução e 2 dias depois, via oral

MOGHADAM et

al., 2013

Ensaio com animais

Os resultados sugerem que o extrato

alcoólico de cúrcuma pode proteger

o intestino delgado devido às suas

propriedades antioxidantes.

1 grupo 100mg/kg de extrato turmérico

(ET), 1 grupo 200mg/kg (ET), 1 grups

100mg/kg (ET) combinado com uma

dose únida de 20mg/kg de metotrexato

(MTX) no 30º dia, 1 grupo 200mg/kg

(ET) combinado com uma dose únida

de 20mg/kg de MTX no 30º dia, via oral

por gavagem gástrica, comparado aos

controles sem tratamento com a dose

única de MTX (20mg/kg).

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Continuação

SINGLA et al.,

2014

Ensaio com

humanos

Estudo

Randomizado,

placebo controlado.

Melhorou na atividade endoscópica e

remissão da Retocolite.

NCB-02 é um extrato normalizado de

Curcuma longa com uma composição

de 72% de curcumina, 140 mg de

curcumina em 20ml de água durante 8

semanas.

LANG et al., 2015 Ensaio com

humanos

Estudo

Randomizado,

duplo-cego, placebo

controlado.

Eficácia da curcumina na indução de

remissão da doença em pacientes

com Colite Ulcerativa, comprovado

através de análises endoscópicas.

3g/dia da casca seca durante 1 mês em

26 pacientes

MCFADDEN et

al., 2015 Ensaio com animais

A curcumina reduziu ou eliminou a

carga tumoral do cólon, mas com

efeitos limitados sobre as respostas

imunitárias da mucosa.

A curcumina foi incorporada na fórmula

aberta modificada NIH-31*, curcumina

variou de 8 a 162 mg durante 21 dias

COONEY et al.,

2016

Ensaio com animais Redução da inflamação do cólon,

através da pontuação da gravidade da

lesão histológica.

Uma dieta controle AIN-76ª

acrescentado de 0,2% de curcumina

durante 2 semanas

BASTAKI et al.,

2016

Ensaio com animais

A C. longa melhorou ganho de peso

corporal, apresentou o aumento da

catalase e da glutationa, induziu uma

redução do efeito deletério da DII,

especialmente quando foi

administrado antes do início da

doença induzida com ácido acético.

1, 10, ou 100 mg/kg/dia diluído em

solução salina durante 3 dias antes e

depois da DII durante 7 dias. 10 g

apresentou ser a dose ideal, por

gavagem gástrica.

*MTX:quimioterápico *NHI-31- Fórmula Aberta Modificada Rato / Rato dieta esterilizável *AIN-76 Dieta em pó

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18

Discussão

Aproximadamente 82% da população brasileira faz o uso de produtos à base de

plantas medicinais nos tratamentos e cuidados com a saúde, seja pelo conhecimento

tradicional na medicina tradicional indígena, quilombola, entre outros povos e

comunidades tradicionais, como pelo uso popular na medicina popular, de transmissão

oral entre gerações, ou nos sistemas oficiais de saúde, como prática de cunho científico,

orientada pelos princípios e diretrizes do SUS (BRASIL, 2012).

Por conta disto é evidente o crescimento de pesquisas voltadas às plantas

medicinais e a descoberta de produtos naturais bioativos. Inúmeras substâncias de

origem vegetal apresentam potencial anti-inflamatório comprovado cientificamente,

terpenos, taninos, saponinas, alcaloides, lignanas, cumarinas e flavonoides as, sendo

estes últimos considerados de suma importância por apresentarem atividades biológicas

atuando principalmente na ação anti-inflamatória (COUTINHO et al., 2009; PAIVA,

2013).

Os taninos são substâncias secundárias, fenólicas, responsáveis pela

adstringência dos vegetais, eles atuam como captadores de radicais livres, e tem

atividades antimicrobiana, antiviral, antifúgica, antidiarréica e antisséptica.

A Punica granatum, popularmente conhecida como romã, pertence à família

Punicaceae. É bastante utilizada no tratamento de diarreia, disenteria, oxiuríase, cólicas,

úlcera, infecções do trato urinário, sífilis e como anti-helmíntico e também vermífugo

(ARAÚJO, 2008; SINGH; JAGGI; SINGH, 2009). Segundo Lorenzi e Matos (2008

apud DEGASPARI; DUTRA, 2011), relatam que a análise fitoquímica da romã

parecem apresentar até 28% de taninos gálicos na casca do caule e dos frutos, enquanto

que nas folhas apresenta uma quantidade inferior, e nas sementes, 7% de um óleo

essencial com destaque para o ácido punícico entre os ácidos graxos. Na romã também é

encontrado um polifenol denominado ácido elágico (AE) em especial no suco de fruta,

mas também pode ser encontrado em outros vegetais, e é também conhecida como

potente agente anticancerígeno/ antimutagênico composto (ARAÚJO, 2008; SINGH;

JAGGI; SINGH, 2009).

Das publicações de interesse encontradas, sobre a Punica granatum, cinco

estudos foram realizados por meio de ensaios em animais e somente um em humanos.

Nos experimentos em animais foi ressaltado que houve a utilização de partes da planta

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como também dos frutos, e apesar de alguns efeitos significativos não serem obtidos,

todos trouxeram os resultados favoráveis tanto para ser utilizado na prevenção como no

tratamento da doença. O AE ocasionou uma melhora rápida de vários parâmetros da

atividade da doença, como a diminuição na expressão das proteínas COX-2 e iNOS, e

redução nos níveis de citocinas pró-inflamatórias tais como IL-6, TNF-α e IFN-γ na

mucosa do cólon dos animais submetidos a fase aguda da inflamação da colite crônica

(MARÍN et al., 2013).

Dados demonstraram que após a dieta com AE e suplementação de extrato de

romã (ER) houve uma atenuação significativa da inflamação macroscópica e danos

colônicos. Além do que, a diminuição do nível de colite foi relacionada com a redução

de perda de peso e presença de aderências, de modo semelhante ao primeiro estudo, a

ER e uma dieta ER enriquecida com AE reduziram drasticamente a sobreexpressão de

COX-2 e iNOS, enzima apresentada por estimulos imunológicos ou inflamatórios,

reduziram a fosforilação da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK),

responsável pela regulação de várias atividades celulares, e impediram a translocação

nuclear de NF-κB, que é um complexo proteico envolvido estimulo do estresse e

citocinas (ROSILLO et al., 2012). Os efeitos anti-inflamatórios também foram

associados a possível atenuação do recrutamento de neutrófilos como evidenciado pela

diminuição da infiltração de neutrófilos no estudo histológico e atividade antioxidante

através da atividade da enzima mieloperoxidase (MPO), um marcador de inflamação em

especial quando associado aos resultados histológicos, redução de malondialdeido

(MDA) produto da peroxidação lipídica e biomarcador utilizado na avaliação do

estresse oxidativo, e aumento do nível de superóxido desmutase (SOD) enzima que tem

efeito antioxidante, que reduziram a lesão tecidual (SHAH et al., 2016; SINGH; JAGGI;

SINGH, 2009).

A utilização da bebida feita a partir da romã mostrou ter um efeito protetor na

doença inflamatória intestinal através da regulação de componentes ajustante da via

mTOR,via anabólica celular responsável pela resposta anabólica a estímulos de

nutrientes, através da redução de ERK1/2, que são moléculas de sinalização de proteínas

quinases (KIM. el al., 2016).

O estudo realizado por Kamali et al. (2015), com humanos não apresentou dados

suficientes para detectar diferenças entre os dois grupos, grupo placebo e o grupo que

consumiu Punica granatum, devido a quantidade de desistências, diminuindo assim a

amostra coletada. 143 pacientes foram avaliados durante o período do estudo de 10

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semanas, dos quais 78 pacientes foram elegíveis e dispostos a participar no estudo,

contudo após 10 semanas, 16 pacientes abandonaram a pesquisa. Apesar disso, em

relação aos sintomas individuais, a administração do extrato de casca de Punica

granatum foi associada à melhora clínica de incontinência fecal, medicação

antidiarréica e sangramento retal.

Uma outra planta medicinal estudada foi a Curcuma longa, conhecida

popularmente no Brasil como açafrão-da-terra. Os pigmentos curcuminóides são

fitonutrientes, compostos polifenólicos e antioxidantes com destaque para a curcumina

pigmento amarelo identificado como principal componente ativo obtido do rizoma seco

da planta, ela atua principalmente nas vias inflamatórias e tem ação antioxidante

(PERES; VARGAS; SOUZA, 2015; COLLINO, 2014).

Foram selecionados para análise doze publicações, destas, sete foram pesquisas

realizadas com animais, três em humanos e por fim três revisões sobre a atuação da

Curcuma longa na inflamação intestinal. Nos experimentos em animais, esses

apontaram que é capaz de aumentar o nível tecidual de glutationa (GSH), um

antioxidante endógeno capaz de reduzir o nível de estresse oxidativo que neste caso foi

gerado pelo ácido acético, mostrando que induz uma redução do efeito deletério da DII

e especialmente quando administrado antes do início da doença (BASTAKI et al.,

2016).

A curcumina também reduziu o desenvolvimento à retocolite experimental

crônica e aliviou a resposta inflamatória, através da inibição da MAPKp38, o que

explica a diminuição de COX-2 e iNOS, bem como a diminuição da produção de nitrito

na mucosa colônica (CAMACHO-BARQUERO et al., 2007).

Em outro estudo, utilizando camundongos nocaute para Mdr1a (mdr1a-/-) que

desenvolvem uma inflamação intestinal espontânea em condições livres de patógenos, a

curcumina reduziu a inflamação através da diminuição da migração de neutrófilos

mediada pela inibição do complexo Fosfoinositídeo 3-quinase e MAPK p38 e pelo

aumento da remodelação das junções da aderência epitelial/ reparação da barreira

mediada pela inibição do Interferon-γ e da ativação da α-catenina (COONEY et al.,

2016).

Liu et al., (2013) mostraram que a curcumina apresentou efeitos terapêuticos

significativos na colite induzida pelo ácido Sulfato de Sódio Dextrana (DSS), por meio

da redução do índice de atividade da doença (escore clínico) e lesão histológica, este

efeito terapêutico pode estar associado à inibição da via STAT3 e mediadores

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inflamatórios tais como TNF-α, IL-1β e MPO. Estes achados sugerem que a curcumina

pode ser uma abordagem terapêutica útil para o tratamento da RU (LIU et al., 2013).

A curcumina pode representar uma abordagem promissora para a

quimioprevenção na DII, de acordo com o seu potencial anti-inflamatório. O

Metotrexato (MTX), antimetabólito usado no tratamento do câncer e doenças

autoimunes utilizado como agente indutor, induziu danos intestinais graves,

reconhecido pelo encurtamento das vilosidades, infiltração de células inflamatórias,

hemorragias na lâmina própria, necrose, descamação das células epiteliais e ulceração

da mucosa. De acordo com Moghadam et al., (2013), o tratamento oral com curcumina

inverteu as alterações patológicas, e mostrou efeitos benéficos na colite induzida pelo

ácido acético, diminuindo as respostas inflamatórias e os níveis de estresse oxidativo, e

que pode atuar por outros mecanismos, tais como a modulação da apoptose das células

epiteliais, a regulação negativa da MAPK p38 e a sub-regulação da proteína quinase c-

jun ativada pelo estresse (JNK) (TOPCU-TARLADACALISIR et al., 2013).

Nos estudos realizados com humanos, em que pacientes receberam

Sulfassalazina (HANAI et al., 2006) a curcumina inibiu a proteína MAPK, C-Fos, NOS,

apresentando ser mais amplo em relação aos efeitos anti-inflamatórios em comparação

com aminosalicilatos e Mesalamina (LANG et al., 2015). A curcumina utilizada de

maneira coadjuvante ao tratamento com esses fármacos, apresentou ser promissora e

segura para manter a remissão da doença em pacientes com RU.

Em outro estudo randomizado com 45 pacientes; o estudo demonstrou um

resultado benéfico, como mostrado na análise, utilizando a curcumina em pacientes com

colite ulcerativa com envolvimento distal e atividade de doença leve a moderada sem

quaisquer efeitos colaterais significativos. O tratamento em longo prazo com curcumina

mostrou que pode não só melhorar a colite, mas também pode inibir o desenvolvimento

de câncer colorretal em pacientes com DII, que precisa ser estudada mais (SINGLA et

al., 2014).

O efeito anti-inflamatório das plantas medicinais mostrou ser eficaz

principalmente de forma coadjuvante nos tratamentos terapêuticos, tanto interferindo

nos mecanismos de ação das doenças, como também nos sintomas e período de

remissão, em todos os estudos apesar de apresentar alguns efeitos colaterais de forma

leve.

As plantas abordadas no presente estudo apresentam grande potencial

terapêutico e possuem fácil acesso no Brasil, e segundo as publicações de interesse

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selecionadas ainda há necessidade de novas pesquisas serem desenvolvidas por

pesquisadores brasileiros abordando a ligação do uso dessas plantas medicinais no

tratamento da DII por ser plantas de fácil acesso e de uso habitual pela população

brasileira.

Conclusão

Diante dos resultados encontrados foi constatado o efeito benéfico da utilização da

Punica granatum e a Curcuma longa no tratamento das DII, por apresentarem potencial

anti-inflamatório intestinal, publicados nas bases de dados utilizadas para consultas no

período de análise.

A Curcuma longa é a planta que mais possui estudos publicados voltados aos seus

potenciais terapêuticos, por apresentar prestigio na medicina popular, é de fácil acesso e

comum na mesa da população brasileira. A Punica granatum, também se apresenta

como favorita na medicina popular, em que tanto as folhas, o fruto e a casca são muito

utilizados na fitoterapia. Ambas apresentam propriedades anti-inflamatória, antioxidante

e antimicrobiana. No entanto, na maioria das publicações, muitas estão voltadas para o

efeito da Curcuma longa com ação anti-inflamatória intestinal, sendo relevante para

auxiliar no tratamento da DII, aumentando assim o período de remissão da doença.

Os resultados desse estudo estimulam a discussão sobre a utilização de novos

tratamentos a base de plantas medicinais que estão na lista de interesse do SUS,

voltados à doença inflamatória intestinal, são realmente eficazes no tratamento,

favorecendo a escolha por terapias alternativas a pacientes portador da doença.

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colitis in mice. Phytotherapy Research, [s.l.], v. 23, n. 11, p.1565-1574, nov. 2009.

Wiley-Blackwell. http://dx.doi.org/10.1002/ptr.2822.

SINGLA, Vikas et al. Induction with NCB-02 (curcumin) enema for mild-to-moderate

distal ulcerative colitis — A randomized, placebo-controlled, pilot study. Journal Of

Crohn's And Colitis, [s.l.], v. 8, n. 3, p.208-214, mar. 2014. .

http://dx.doi.org/10.1016/j.crohns.2013.08.006.

TEIXEIRA, Alrieta Henrique et al. Conhecimento popular sobre o uso de plantas

medicinais no município de Sobral-Ceará, Brasil. S A N A R E, Sobral, v. 13, n. 1,

p.23-28, jun. 2014.

TOPCU-TARLADACALISIR, Yeter et al. Effects of Curcumin on Apoptosis and

Oxidoinflammatory Regulation in a Rat Model of Acetic Acid–Induced Colitis: The

Roles of c-Jun N-Terminal Kinase and p38 Mitogen-Activated Protein Kinase. Journal

Of Medicinal Food, [s.l.], v. 16, n. 4, p.296-305, abr. 2013.

http://dx.doi.org/10.1089/jmf.2012.2550.

TORRES, Júlio Augusto do Prado et al. Doenças inflamatórias intestinais no Hospital

Universitário da Universidade Federal de Sergipe: manifestações

extraintestinais. Revista Brasileira de Coloproctologia, São Cristóvão, v. 31, n. 2,

p.115-119, jun. 2011.

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29

ANEXOS

ANEXO 1 – Normas da revista para submissão de artigos

Instruções aos Autores

1. Escopo e política

A Nutrivisa – Revista de Nutrição e Vigilância em Saúde (Journal of Nutrition and

Health Surveillance) é um periódico acadêmico-científico editado pelo Grupo de

Pesquisa em Alimentos e Nutrição: Ciência, Biotecnologia e Vigilância em

Saúde da Universidade Estadual do Ceará (UECE), vinculado ao CNPq.

Seu objetivo é publicar artigos acadêmicos e científicos originais na área de Alimentos,

Nutrição e Vigilância em Saúde.

A Nutrivisa apresenta-se em formato eletrônico, de livre acesso, com periodicidade

quadrimestral (março/junho, julho/outubro e novembro/fevereiro).

2. Seleção de material

Todo trabalho enviado à Revista deve ser em português, inglês ou espanhol, não

podendo ter sido publicado integralmente ou submetido concomitantemente a avaliação

de outros periódicos.

Avalia-se a originalidade e a relevância do tema, a qualidade da metodologia utilizada, a

clareza do texto, a atualidade da pesquisa, e a adequação às normas de editoração desta

Revista.

Toda submissão segue para arbitragem por até três pareceristas qualificados na área em

questão, que decidem pela publicação, revisão ou não-publicação do material.

Caso o manuscrito esteja disponível em várias línguas e seja de interesse do autor, o

artigo poderá ser disponibilizado nas referidas línguas (português/inglês/espanhol).

3. Categoria das submissões

A Revista avalia os seguintes materiais para publicação:

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1. Artigo original: textos analíticos resultantes de pesquisas sobre temas relacionados

à temática alimentos, nutrição e vigilância em saúde.

2. Artigo de revisão: textos analíticos resultantes de revisões da literatura científica

sobre assuntos relacionados aos temas alimentos, nutrição e vigilância em saúde. O

artigo de revisão deve ser claro, com objetivos científicos de interesse,

argumentação lógica, crítica teórica-metodológica dos trabalhos consultados e

síntese conclusiva.

3. Artigo especial: artigos a convite sobre temas em evidência.

Observação: trabalhos resultantes de pesquisas só serão aceitos caso a pesquisa em

questão tenha sido realizada nos três anos anteriores à data de submissão do manuscrito.

4. Documentos para submissão de trabalhos

Todos os artigos devem ser submetidos através do Formulário para Envio de

Trabalhos, juntamente com a Carta para Submissão de Trabalhos devidamente

preenchida, assinada pelos autores e digitalizada (escaneada).

Resultados de pesquisas com seres humanos ou animais devem ser acompanhados do

número do Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) da

Plataforma Brasil, ou então do parecer do Comitê de Ética em Pesquisa de sua

instituição.

Patrocínios, subsídios, apoios e possíveis conflitos de interesses devem ser enunciados

na primeira página do artigo, junto à identificação dos autores. Se esses elementos não

forem mencionados, será entendido que não existiram.

5. Normas técnicas para submissão de artigos

Os trabalhos devem ser apresentados em formato eletrônico, em arquivo .DOC ou

.DOCX.

O artigo deve ter no máximo 25 páginas e seguir esta formatação:

Tamanho de página: A4

Fonte: Times New Roman

Tamanho dos títulos: 18 negrito

Tamanho dos subtítulos: 14 negrito

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31

Tamanho do corpo do texto: 12 normal

Espaçamento entre linhas: 1,5

Páginas numeradas.

Itálico para palavras estrangeiras, palavras em destaque, e títulos de livros

mencionados no corpo do artigo.

Citações com mais de 3 linhas: tamanho 10 com recuo de 4cm da margem esquerda.

Notas de rodapé deverão vir numeradas e incluídas no final do trabalho.

Tabelas e figuras: limitadas a 5, devem vir no corpo do artigo, mas também poderão

ser solicitadas em arquivos separados, caso a editoria julgue necessário.

A primeira página do trabalho deve conter somente:

Título do trabalho em português e inglês.

Nome completo dos autores.

E-mail, telefone e endereço domiciliar dos autores.

Afiliação dos autores (instituição e departamento, cidade, estado, país).

Referência curricular resumida (máximo de 2 linhas por autor).

Endereço (URL) do Currículo Lattes dos autores.

Notificação de patrocínios, subsídios, apoios ou conflitos de interesse, caso

necessário.

A segunda página deve conter somente:

Título do trabalho em português e inglês;

Resumo em português com até 200 palavras;

Resumo em inglês (abstract) com até 200 palavras;

Palavras-chave (de três a seis), de preferência contempladas pelo DeCS (Descritores

em Ciências da Saúde);

Palavras-chave em inglês (keywords);

Observação: Artigos com erros de tradução no abstract serão devolvidos ao autor

até a correção dos mesmos.

A terceira página em diante deve conter o artigo propriamente dito. Sua estrutura deve

apresentar:

Introdução (incluindo objetivos e justificativa)

Metodologia

Resultados e Discussão

Conclusão

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Notas de final de texto

Referências

Apêndices e anexos (se houver)

6. Normas para citações e referências

As citações e referências devem seguir a ABNT – Associação Brasileira de Normas

Técnicas, especificamente a NBR 10520 (para apresentação de citações) e a NBR

6023 (para elaboração de referências).

As citações devem ser indicadas no texto pelo sistema AUTOR-DATA de chamada.

Trabalhos submetidos fora dessas normas, ou que não contenham todas as devidas

referências, serão devolvidos ao autor.

Recomendamos utilizar o Sistema MORE – Mecanismo Online para

Referências para auxílio na elaboração das citações e referências.

Importante: as referências, de abrangência nacional e internacional, devem ser, em sua

maioria, relevantes e atualizadas (até os últimos cinco anos), sendo aceitáveis fora desse

período caso constituam referencial primário ou clássico sobre um determinado assunto.

No caso de teses e dissertações, recomenda-se que sejam citados, preferencialmente, os

artigos resultantes das mesmas.