2009 publicaesficheiros... · 2014-04-10 · ––– publicação da lei n.º 13/05, de 30 de...
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2009Relatório e Contas
5
01Nota do Presidente Página6
02 Atribuições e Valores Página8
03Marcos Históricos Página10
04 Economia e Conjuntura Página12
05 Execução das Medidas de Política Página24
06 Balanço Social Página34
07 Execução Orçamental Página46
08 Execução das Demonstrações Financeiras Página54
09 Evolução Previsível da CMC Página62
Índice
6 Relatório e Contas 2009Comissão do Mercado de Capitais
01 Nota do Presidente
Dr. Antóno C. LimaPresidenteemExercíciodaComissãodoMercadodeCapitais
7
Estamosaviverumaépocadeaceleradamu-dança,caracterizadapelavelocidadedacircu-
laçãodainformaçãoepelaimportânciacrescentedeumaeconomiamodernaorientadapeloconhecimento.
Nestesentido,énecessárioestaratentoemontarsistemasdealertasquenospermitamaprendereacompanharasmudançaseasimprevistasperdasdecertezas.Oobjectivoé,pois,nãoperderacapacidadedereagiremtemporeal.Tambéméfundamentaloestímuloàaquisiçãodeconheci-mentospararesponderaosdiferentesdesafiosqueasno-vasorganizaçõesnoscolocam.
Osúltimosanosmostraram-nosas fragilidadesdos siste-masdealertaeanecessidadedeadoptarnovosmecanis-mos,capazesdeatender,emtempoútil,àsnovasexigên-ciasdosistemafinanceiromundial,quantoàregulaçãoesupervisãodosmercados.
Oanoqueencerrámosficoumarcadopelatomadadeini-ciativas e medidas a nível internacional, através de reu-niões doG8,G20,OCDE, entre outras, que introduziramnovas valências no funcionamento do sistema financeirointernacional,cujasiniciativasconseguiramestancardebili-dadesexistentesnosistemafinanceirointernacional,agin-doetravandoperdassucessivasdeinstituiçõesfinanceiras,bemcomosocorrendoempresasestratégicasevitaisàeco-nomiainternacional.
Noplanonacional,oGovernoaprovouumconjuntodeme-didasdegestãomacroeconómicaseestruturaisparafazerfaceàcriseeconómico-financeirainternacional,atravésdaintroduçãodeumdePlanodeAcção,ajustadoaoPlanodoGovernopara2009,tendocomobaseosacontecimentosfinanceiros internacionais e o impacto desses efeitos naeconomianacional.
Quantoàactividadedoorganismoreguladordomercadodecapitais,CMC,podemosconsiderá-lapositiva,tendoemcontaonúmerodeprocessosdeautorizaçãodeaberturadesociedadessobsupervisãodaCMC,apesardoscondi-cionalismosimpostospelacrise.
Estaconstataçãomostra-nos,cadavezmais,aimportân-cia que este segmento do sistema financeiro nacionaldesempenhanoprocessodedesenvolvimentodopaíse,porconseguinte,dasustentabilidadedanossaeconomia.Defacto,ainstauraçãodaCMCcomoentidadedesuper-visãofinanceira iriadificultarapráticadecrimesfinan-ceiroseoutrosdescaminhosderecursosfinanceirosqueaconteceramalarmantementeduranteoperíodoquesereporta.
AdemaisnodomíniodasFinançascomportamentaispode-secompreenderosdesviosdecondutaepropensãoparaoaçambarcamentoqueseviveunoperíodofactoresqueserão, naturalmente, refreados com uma supervisão fi-nanceira.
Para que o trabalho iniciado em 2005, que é comprova-damenteválido,esperamosque2010sejaoanoemquese verifique o reforço da capacidade do Governo nestedomínio,comanomeaçãodoConselhodeAdministraçãodaCMC.Assim,etendoemvistaadinamizaçãodastran-sacçõesdomercado secundário,organizadoedebalcão,serápossíveltornarexequíveisasexpectativasdetodososintervenientesdomercadodecapitais,entretanto,jápre-parados.
Quero ainda deixar uma palavra de apreço a todos ostrabalhadores, colaboradores e consultores, bem comoàqueles que, de uma forma directa ou indirecta, estive-ramenvolvidosnamagnitudedestanobreeárduamissão,gizada pelo Governo e cuja materialização das medidasadoptadas em 2009, levamos ao conhecimento públiconesterelatório.
01 Nota do Presidente
Relatório e Contas 2009Comissão do Mercado de Capitais
02 Atribuições e Valores
8
9
Supervisionar e assegurar a
transparência do mercado de capitais
Promover o desenvolvimento do
mercado de capitais e de outros instrumentos
financeiros e das actividades de intermediação
financeira Fiscalizar e assegurar a protecção dos
investidores
Regulamentar o mercado de capitais
bem como as actividades exercidas
pelas entidades sujeitas à supervisão
CoNStitueM AtRibuiçõeS
DA CMC
VALoReSDA CMC interesse Público Confiabilidade
eficácia do Mercado
transparência
Competitividade
Mercado Livre
Protecção ao investidor
02 Atribuições e Valores
Relatório e Contas 2009Comissão do Mercado de Capitais
03 Marcos Históricos
10
03 Marcos Históricos
–––OMinistériodasFinançasinstitui,a10deSetembro,aTaskForceparaaimplementaçãodoMercadodeCapitaiseBolsadeValores,tendocomofunçãoprimordialimplementaromercadodevaloresmobiliários,integrandoespecialistasdosMinistériosdasFinanças,doPlaneamentoedaJustiça,doBNA,daSonangoledaENSA,cujomandatovisavarealizarestudospreliminaresparaacriaçãodaComissãodoMercadodeCapitaisedaBolsadeValoresdeAngola.
–––PublicaçãodoDecretoN.º9/05,de18deMarço–EstatutoOrgânicodaComissãodoMercadodeCapitais;
–––PublicaçãodaLeiN.º12/05,de23deSetembro–LeidosValoresMobiliários;
–––PublicaçãodaLeiN.º13/05,de30deSetembro–LeidasInstituiçõesFinanceiras;
––– Emergeoficialmenteem30deDezembrode2005,porforçadoDespachon.º22/05,doMinistrodasFinanças,Dr.JoséPedrodeMoraisJúnior,aComissãodoMercadodeCapitais,comfunçõesderegulação,supervisão,fiscalizaçãoepromoçãodomercadodecapitaisemAngola.
–––ImplementaçãoexperimentaleconsolidaçãodofuncionamentodaInstituiçãodeSupervisãoFinanceira;
–––ComissãodoMercadodeCapitais–compersonalidadejurídica,autonomiaadministrativa,financeiraepatrimonial;
–––PrimeiroRegisto,em16deNovembro,deumaInstituiçãoFinanceiraNãoBancária:BALUARTE–SociedadeCorretoradeValoresMobiliários,S.A..
–––Em30deNovembro,primeiraEmissãodevaloresmobiliários–ObrigaçõesdeCaixa2012–doBancoAfricanodeInvestimentos(BAI).
–––CriaçãodoNúcleodoMercadodeCapitaiseBolsadeValoresporDespachodoMinistrodasFinanças,Dr.MárioAlcântaraMonteiro.
–––Éautorizadaaformaçãoacadémica/profissional,noReinoUnido(InglaterraeIrlandadoNorte),detrêstécnicosdoNúcleodoMercadodeCapitaiseBolsadeValoresondesediscutiuedesenhouatesesobreaviabilidadeeliquidezdeumabolsadevaloresemAngola.
1997
2005
2006
2007
1998
2000
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Relatório e Contas 2009Comissão do Mercado de Capitais12
04 Economia e Conjuntura
13
internacional
Acrisefinanceiraquegrassounoanode2008tevereflexosnoanode2009,vindocorroboraraprevisãodocrescimentodaecono-
mia divulgada pelo FundoMonetário Internacional (FMI), segundo a qual, ocrescimentodoProdutoInternoBruto(PIB)seriapraticamentenulo.
Ocrescimentoprevistofoi:
No que respeita aos países emergentes,mais concretamente aos que fazempartedoblocodoBRIC(Brasil,Rússia,ÍndiaeChina),asprevisõestambémnãoforamoptimistas.ParaoBrasilestavaprevistoumcrescimentode0,8%eparaaChina,queem2008teveumasubidade9%,essecrescimentoapenassesitu-arianos7%.AÍndiacomumaacentuadaquedanassuasexportações,teveumcrescimentoprevistode7%faceaodaRússiaquerondouos2%.
Afaltadecrescimentodaeconomiamundialafectouaprodução,oquesetra-duziunumabaixamentodoníveldeempregoedoconsumo.
PeranteesteabaixamentoaOrganizaçãoInternacionaldoTrabalho(OIT)prevêumnúmerodedesempregados superiora51milhõesaté2010,quecomoésabido,temsidomotivodegrandesconflitossociais,obrigandoosgovernosaincluíremnosseusorçamentosumamaiordotaçãoparaacomponentesocial.
Peranteestecenáriodecrise,oPresidenteNorteAmericano,BarackObama,reuniu-secomdezdirigentesdasmaioresinstituiçõesfinanceirasamericanas,nosentidodelhespedirparafacilitaremoacessoaocréditoaosparticulareseàsempresas,tendoemvistarelançaraeconomiaeoemprego.NosEUA,con-siderada amaior economia a nívelmundial, a taxa de desemprego continuahistoricamentealta,sendode10%.
04 economia e Conjuntura
Quadro 1
País Crescimento (%)
estados unidos da América 1,6%
Zona euro 2%
Japão 2,6%
Fonte: FMi
14 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
Paradoxalmente,noiníciodoseumandatooPresidentedosEUAtinhadirigidoveementescríticasaosbanqueiros,ficandocélebreasuafrase“não fui eleito presidente para ajudar um punhado de banqueiros da Wall Street”.
ApolémicaentreBarackObamaeosbanqueirosresultadofactodopresidenteamericanoquererimporregrasaosbancosparalimitarriscos,ouseja,obrigá-los a proceder à separação entre as actividades da banca de investimentos(maissujeitaariscoseconsequentemente,privadadeguardardepósitos)dabancacomercial (aúnicaquepoderáaceitardepósitos,masquesemanteráafastadadaparticipaçãoem“hedgefunds”edeoutrasestruturasfinanceiras).Oprincipal conselheirodeBarackObamaparaadefesadesta tese temsidoPaulVolcker.1
OsEUAtêmforçosamentedetomarmedidasnosentidoderesolverasuacriseeconómicaesocial,istoporque,oepicentrodacrisefinanceiraquegrassounoMundo,começounaquelepaísenãofoiobradoacaso,comoésobejamenteconhecido.
Em2008,osEUAtinhamumdeficitexternodemaisdeUSD700milmilhões,quetêmtidograndesdificuldadesemfinanciar.Adívidadasfamílias,dasem-presasedasautoridadespúblicas,representamaisdetrêsvezesoPIBameri-cano2,ouseja,odobrodoníveldeendividamento,existenteem1929.OsEUAvivemacimadassuascapacidades,porqueparecemconvencidosqueorestodoMundofinanciarásempreosseusdéficeseguerras(Coreia,Vietname,Iraque,Afeganistão).
Comoatraemcapitais?ArespostaédadaporPatrickArtus,economistache-fedoNatixis3“vendendo produtos sofisticados ao resto do Mundo”.Sóque,apartirde2008,essesprodutossofisticadosdeixaramdeteraprocuradesejadapelomundofinanceirodoutroscontinentes,comooeuropeueoasiático(ChinaeJapão).
DeacordocomaComissãoEuropeia(CE),aeconomiadazonaeuroapresenta-rá,relativamentea2008,umadesaceleraçãode1,9%eos27Estados-membroscairão,noseuconjunto,1,8%.Em2009,ataxadedesempregonaCEsituar-se-ános8,7%,enquantonazonaeuroseráde9,3%.
1Economista,actualpresidentedoPresidentialEconomicRecoveryAdvisoryBoard(painelnão-governa-mentaldeespecialistascriadopeloactualpresidentenorte-americano,comoobjectivodeacompanharaevoluçãoeconómicaglobaledeaconselharestratégiasparaasuaresolução).2Bonazza,Patrickem“Banqueirosnãopagamacrise”.3Empresafrancesa“financeiraeespecializadaemsoluçõesbancárias”.
OsEUAtêmforçosamentedetomarmedidasno
sentidoderesolverasuacriseeconómicaesocial,
istoporque,oepicentrodacrisefinanceiraquegrassou
noMundo,começounaquelepaísenãofoiobradoacaso,comoé
sobejamenteconhecido.
15
Ataxamédiade inflaçãodazonaeurodeveráserde1%,ouseja,metadedaprevistapeloBancoCentralEuropeu,2%.AbaixataxadeinflaçãoeoPlanoFis-calapresentadoemDezembrode2008,novalorde200milmilhõesdeeuros,foramosmeiosutilizadospararelançaraeconomiaeuropeia,aguardando-sequeossinaisderecuperaçãovenhamaservisíveisemmeadosde2010.
Entretanto,Irlanda,Grécia,Portugal,EspanhaeItália,debatem-secomgravesproblemasdeestabilidadeecrescimentoeconómico.
AIrlanda,confrontadacomaverdadeiradimensãodoseuproblema,deuumexem-ploaomundofinanceiroepolítico,procedendoàreduçãodosvencimentosdosseusgovernantes,tendooordenadodoprimeiro-ministroumcortede20%edosminis-trosde15%.Ossaláriosdafunçãopúblicatambémsofreramcortessignificativos.
Entretanto,estepaístemdeteremcontaqueseodeficitpúblicodescer,masoPIBtambémdescernamesmaproporção(oumais),istoemtermosrelativos,asnecessidadesdefinanciamentodaIrlandanãosereduzirão.
GréciaePortugalsãoosEstados-membrosqueocupamapiorposiçãoperanteasempresasderating,apresentandomaioresproblemasdeestabilidadeecres-cimentoeconómico.Aconsequênciadestesresultadostemreflexonasgrandesconvulsõessociaisaqueseassiste,nomeadamentenaGrécia.OpróprioFMIjáfezreferênciaàestabilidadegovernativaepolíticadestespaíses,avisando-osdanecessidadeurgentedereduziradespesapública.
Em2009,opetróleoconseguiu recuperar relativamenteaoanoanterior.Da-mosdestaqueàConferênciadaOrganizaçãodosPaísesProdutoresdePetróleo(OPEP)realizadaem22deDezembrode2009,emLuanda,presididapeloMinis-troAngolanodosPetróleosEngºJoséMariaBotelhodeVasconcelos.
NaquelaConferência,oanfitriãoepresidentereferiu“o crescimento da procura nas economias emergentes está a melhorar, mas a OCDE mantém-se em terri-tório negativo. O mercado continua bem abastecido com o petróleo bruto e os stocks em níveis elevados. Os preços subiram para níveis mais confortáveis”.
04 economia e Conjuntura
DeacordocomaComissãoEuropeia(CE),aeconomiada
zonaeuroapresentará,relativamentea2008,umadesaceleraçãode1,9%eos27Estados-membroscairão,noseu
conjunto,1,8%.
16 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
Ográficoaseguirmostraaevoluçãodospreçosdopetróleonoanode2009:
Analisandoográficoverifica-sequeno1ºsemestrede2009ospreçosestiveramsempreacrescer,enquantono2ºsemestrehouveváriasoscilações.Ospreçosestiveramentreos64,59(valormínimo)e76,29(valormáximo).
GréciaePortugalsãoosEstados-membrosqueocupamapiorposiçãoperanteasempresasderating,apresentando
maioresproblemasdeestabilidadeecrescimentoeconómico.Aconsequênciadestesresultadostem
reflexonasgrandesconvulsõessociaisaqueseassiste,nomeadamentenaGrécia.OpróprioFMIjáfezreferênciaàestabilidadegovernativaepolíticadestespaíses,avisando-os
danecessidadeurgentedereduziradespesapública.
100
80
60
40
20
0
Jan.09
Fev.09
Mar.09
Abr.09
Mai.09
Jun.09
Jul.0
9
Ago
.09
Set.09
Out.09
Nov.09
Dez.09
Gráfico 1
Preço uSD
Fonte: oPeP
17
Noentanto,acrisefinanceiraqueem2009sefaziasentir,constituiuumpara-digmarelativamenteàsprincipaisBolsasdeValores,emqueseverificouumamaiorequidadenacapitalizaçãonoperíodoentre2008e2009,comoseconsta-tanoquadroaseguirequeresumeasdezmaioresbolsas.
Denotaropesoasiáticonoquadroacima:o2º lugarfoiocupadopeloTokyoStockExchangeGroup;o6ºpeloShangaiStockExchangeeo7ºpeloHongKongExchange.
Quadro 2
unidade: uSD 103
ordem Descrição 2009 2008 Δ%
1 NYSe euronext (euA) 11.838 9.209 28,5%
2 tokyo Stock exchange Group 3.306 3.116 6,1%
3 NASDAK oMX (euA) 3.239 2.249 44,0%
4 NYSe euronext europa 2.869 2.102 36,5%
5 LSe - London Stock exchange 2.796 1.868 49,7%
6 Shangai Stock exchange 2.705 1.425 89,8%
7 Hong Kong exchange 2.305 1.329 73,4%
8 Grupo tMX 1.608 1.033 55,7%
9 bM & FboVeSPA 1.337 592 125,8%
10 bombay Se 1.306 647 101,9%
Fonte: World Federation of exchanges
04 economia e Conjuntura
18 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
Aníveldefluxosdeinvestimento(capitalporacções)entre2009e2008(dezmaiores),verificou-seaevoluçãoconstantedoquadroseguinte:
Independentemente de ter havido variações negativas, destacamos a TokyoStockExcangeeaBolsaItaliana,comvariaçõespositivasde220,3%e133,3%,respectivamente.
Quadro 3
unidade: uSD 103
ordem Descrição 2009 2008 Δ%
1 NYSe euronext euA 234,20 280,20 -16,4%
2 LSe 122,30 124,60 -1,8%
3 Australian Securities exchange 86,20 48,90 76,3%
4 Hong Kong exchanges 81,40 55,00 48,0%
5 Shanghai Sotck exchange 47,70 27,60 72,8%
6 tokyo Stock excange 44,20 13,80 220,3%
7 bM & FboVeSPA 41,70 28,80 44,8%
8 bolsa italiana 25,90 11,10 133,3%
9 Shenzhen Stock exchange 25,40 17,40 46,0%
10 bMe espanhol trocas 21,60 32,20 -32,9%
Fonte: World Federation of exchanges
19
Noqueconcerneaomercadoobrigacionista,em2009,houveummaiorinter-câmbiodetítulosnegociadosemtermosdeUSD,comoconstadoquadroabaixo:
AmaiorvariaçãoocorreucomaColombiaStockExchange,com105,1%.Note-seque,quernomercadodeacçõesquernomercadodeobrigações,aparecemasmesmasinstituições:“BMEespanholtrocas”,“LSE”e“BolsaItaliana”.
Poroutrolado,verifica-sequenomercadodeobrigações,asinstituiçõesfinan-ceirasasiáticasnãosurgemnos10primeiroslugaresàexcepçãoda“KoreaEx-change”,queocupao5ºlugar.
Quadro 4
unidade: uSD 103
ordem Descrição 2009 2008 Δ%
1 bMe espanhol trocas 8.138 6.823 19,3%
2 LSe 6.896 6.118 12,7%
3 NASDAQ oMX Nordic exchange 2.419 2.942 -17,8%
4 Colombia Stock exchange 960 468 105,1%
5 Korea exchange 403 348 15,8%
6 istambul Stock exchange 402 406 -1,0%
7 bolsa italiana 313 256 22,3%
8 tel Aviv Stock exchange 246 262 -6,1%
9 oslo bors 227 124 83,1%
10 bolsa de Valores Santiago 188 167 12,6%
Fonte: World Federation of exchanges
04 economia e Conjuntura
Noqueconcerneaomercadoobrigacionista,em2009,houveummaiorintercâmbiodetítulosnegociadosem
termosdeUSD.
20 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
NacionalOquadromacroeconómicogeralpara2009foioseguinte:
Oquadromostraoarrefecimentoqueanossaeconomiateveem2009,con-substanciadonoseguinte:
–––PIBapreçoscorrentesdemercadoteveumdecréscimode9,6%,verifican-do-setambémumaquebraperanteataxadecrescimentoreal–11,5%;
–––Sector Petrolífero, comuma taxa de crescimento real negativa de 4,6%,tevenaproduçãodepetróleo,umasubidade6,6%comigualcorrespon-dênciacomasexportaçõesdepetróleode2,1%.Aquebradecrescimentodestesectorteveavercomodesfazamentonaentradaemfuncionamentodedeterminadoscampospetrolíferos.
–––SectornãoPetrolíferoteveumataxadecrescimentotambémnegativade4,6%,peseemboraoGovernopretenderqueestesectorsejadevidamentedinamizado,nosentidodereduzirmoscadavezmaisanossadependênciadoSectorPetrolífero;
–––AInflaçãoesperadapara2009situou-senos10%,havendoumaevoluçãode3%relativamentea2008.Desdehámuitoqueareduçãodataxadein-
Quadro 5
unidade 106 Kz
Descrição 2009 2008 Desvio
Pib a preços correntes de mercado 5.796 6.413 -9,6%
taxa de crescimento real (%) 11,8 23,3 -11,50%
Sector Petrolífero 5,9 11,7 -5,80%
Sector não Petrolífero 15,9 20,5 -4,60%
Produção de petróleo (milhões de barris) 739,7 693,6 6,6%
inflação anual 10 13 -3,0%
exportações totais 47,2 46 2,6%
exportações de petróleo 44,7 43,8 2,1%
importações totais 29,7 28 6,1%
Fonte: Plano Nacional de 2009
SectorPetrolífero,comumataxadecrescimento
realnegativade4,6%,tevenaproduçãodepetróleo,umasubidade6,6%com
igualcorrespondênciacomasexportaçõesde
petróleode2,1%.Aquebradecrescimentodeste
sectorteveavercomodesfazamentonaentrada
emfuncionamentodedeterminadoscampos
petrolíferos.
21
flaçãoparaumdígitoéagrandeapostadoGoverno,peloqueseataxade10%forconseguida,éumaboavitóriagovernativa;
–––QuerasExportaçõesquerasImportaçõestiveramcrescimentosde2,1%e6,1%,respectivamente.ComadinamizaçãodosectornãoPetrolíferoespe-ra-sequeodesnívelentreasExportaçõeseasImportaçõessejareduzido,tendo em vista conseguirmos ter umamelhor Balança Comercial, sob opontodevistaqualitativo.
Nomercadocambial, adepreciaçãodoKwanza4 foide18,09%, tendooUSDcomomoedadereferênciapassadodeKZ75,17paraKZ88,77.Odiferencialen-treomercadoinformaleoformalsaiude0,61%em2008para6,83%em2009.
OSectorBancárioconseguiuminimizarosefeitosdacrisefinanceiraquegras-sounoMundo,conformedemonstraoquadroseguinte:
4Até18/12/2009.5Idem,ibidem.
04 economia e Conjuntura
Quadro 6
unidade 106 Kz
Descrição 20095 2008 Desvio
Crédito concedido 1.304 841 55,1%
Recursos captados (Depósitos) 2.455 1.585 54,9%
Crédito total/Fundos Próprios 350,90% 314,77% 36,1%
Crédito vencido/Crédito total 3,63% 2,47% 1,2%
Crédito total/Depósitos totais 53,15% 53,08% 0,1%
Depósitos em Me/Depósitos totais 54,39% 55,27% -0,9%
Activo total 3.377 2.710 24,6%
Fundos Próprios/Activos ponderados para risco 18,75% 16,57% 2,2%
Rede de balcões 534 517 3,3%
RoA (Lucro Líquido/Activo total) 3,01% 2,47% 0,5%
Roe (Lucro Líquido/Fundos Próprios) 26,97% 25,52% 1,5%
Liquidez imediata em MN 52,86% 54,02% -1,2%
Liquidez imediata em Me 38,08% 31,15% 6,9%
Fonte: banco Nacional de Angola
22 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
AevoluçãodoOGE,anívelfiscal,éapresentadanoquadroaseguir:
Oexercícioeconómicode2009teve,comparativamentecomode2008,umamenorReceitaPública:8%.Dentrodela,destacamososImpostos,queéaru-bricacommaiorrepresentatividadeem2009e2008,comumpesoaníveldototal daReceita Pública de 73%e 88%, respectivamente. Pelo quadro acimapodemosaindaverificarquehouveumamenorarrecadaçãodeImpostos,novalorresidualde23%.
Quadro 7
unidade 106 Kz
Descrição2009 2008
Valor % Valor % Desvio
Receitas totais 3.176,1 100% 3.459,9 100% -8%
impostos 2.333,2 73% 3.033,9 88% -23%
impostos petrolíferos 1.861,2 80% 2.598,2 86% -28%
impostos não petrolíferos 472,0 20% 435,7 14% 8%
outras Receitas 60,0 2% 99,0 3% -39%
Vendas de Activos (inclui bónus petrolíferos) 2,7 0% 1,1 0% 145%
Financiamentos 780,2 25% 314,0 9% 148%
Reservas do tesouro 0,0 0% 11,9 0% -100%
Despesas totais 3.176,1 100% 3.459,9 100% -8%
Remunerações 756,3 24% 590,7 17% 28%
bens e serviços 561,3 18% 457,6 13% 23%
Juros 57,4 2% 6,2 0% 826%
transferências 338,2 11% 538,8 16% -37%
Aquisição de activos não financeiros 1.128,9 36% 899,0 26% 26%
outras aquisições financeiras 126,5 4% 205,9 6% -39%
Amortização da dívida 207,5 7% 57,0 2% 264%
Reservas do tesouro 0% 704,7 20% -100%
Fonte: Plano Nacional de 2009
23
AnalisandoaindaosImpostos,verifica-seafortedependênciaqueaindatemosdopetróleo,cujopesoanívelde2009e2008sobreatotalidadedosImpostosfoide80%em2009e86%em2008.
OsFinanciamentosrepresentaram25%em2009e9%em2008,datotali-dadedaReceitaPública.Ocrescimentodestarubricaprende-seemgrandeparte,comosfinanciamentosobtidosem2009, juntodasseguintes insti-tuições:
––– FundoMonetário Internacional (FMI), umfinanciamentonamodalidadede “StandbyCredit Facility”no valordeUSD1,8milmilhões, sempré-condições,tendoemvistafinanciaranossaBalançadePagamentos;
––– AberturadeumalinhadecréditoconcedidapelaSecretáriadeEstadodoComérciodeEspanha,nomontantede€500milhões,visandoincentivarasexportaçõesentreosdoispaíses.Agestãodesta linhadecréditoestáasseguradapelaCompanhiaEspanholadeSegurodeCréditoàExportação(CESCE);
––– AberturadeumalinhadecréditoconcedidapeloMinistériodasFinançasdePortugal,novalorde€500milhões,destinadoaofinanciamentodepro-jectosde investimentopúblicoede infra-estruturasa seremexecutadasemAngola.
DentrodaDespesaPública,aAquisiçãodeactivosnãofinanceiroséarubricacommaiorsignificado,representandoem200936%eem200826%,datota-lidadedaDespesaPública.Aevoluçãodestarubricanobiénioteveumcresci-mentode26%.
AsRemuneraçõessãoasegundacontacommaiorpeso,tendoem2009e2008,valorespercentuaisde24%e17%,respectivamente,datotalidadedaDespesaPública.
Asuaevoluçãonobiénio foipositiva,comumvalorpercentualde28%.EstarubricatemeterásempreumpesosignificativonaDespesaPública,istopor-que,comoésabido,emAngola,oEstadoéeserápormuitosanos,oprincipalempregador.
Paraquesejareduzidaasuacargaéimportantequeoutrossectoresdeactivida-deconjuguemacriaçãoderiquezacomacriaçãodeemprego,nomeadamenteforadosgrandescentrosurbanos.
04 economia e Conjuntura
FundoMonetárioInternacional(FMI),umfinanciamentonamodalidadede“StandbyCreditFacility”novalordeUSD1,8milmilhões,sempré-condições,tendoemvistafinanciaranossaBalançadePagamentos.
Relatório e Contas 2009Comissão do Mercado de Capitais
05 Execução das Medidas de Política
24
25
execução das Medidas de Política
AconclusãodasacçõestraçadasnoProgramaGeraldoGovernoparaodomíniodoMercadodeCapitais,aprovadaspelaLein.º
12/06,de27deDezembro,inseridasnaEvoluçãoPrevisíveldaComissãodoMercado de Capitais (CMC), para 2009, estevemais uma vez condicionadaporforçadanãonomeaçãodosÓrgãosSociais,porumladoe,poroutro,doajustamento realizado peloGoverno no PlanoNacional para 2009, que es-tabeleceu um Plano de Acção para fazer face à crise económico-financeirainternacionaleumaprogramaçãopara2009,comum“Cronograma de Me-didas Principais de Gestão Macroeconómica e Estruturais a Implementar”nodecorrerde2009.
NãoobstanteoscondicionalismosimpostospeloPlanodeAcçãodoGoverno,aprovadoemreuniãoordináriadaComissãoPermanentedoConselhodeMinis-tros,dodia11deFevereirode2009,aCMCdesenvolveuváriasacçõesprevistasnoanode2008e2009,emquedestacamos:
Medida de Política 1Reforço da Capacidade institucional do Governo no Domínio do Mercado de Capitais
Encontrasustentaçãoemtrêsobjectivosque,comofoireferidoanteriormen-te,foramlimitadosàluzdoPlanodeAcçãoparafazerfaceàcriseeconómico-financeirainternacional.Assim:
➊FoRtALeCiMeNto DA eStRutuRA DA SuPeRViSão
ACMCdesenvolveu como objectivode fortalecer a estrutura existente, umprogramade intercâmbiodeconhecimentosemPortugal,emparceriacomaAssociaçãoPortuguesadeEmpresasde Investimentos(APC)eaComissãodoMercadoeValoresMobiliários(CMVM),comaparticipaçãodosseusexecutivosetécnicos,tendoobtidoexperiênciasemmatériasdesupervisão,como:
––– CoRPoRAte GoVeRNANCe,nestaáreaosexecutivosetécnicosdaCMCcolheramexperiênciassobreagestãodassociedades,numaperspectivadaorganização,comênfasenosnovosmodelosde“corporate governance”,abordandoasduasáreasparticularmenterelevantes:
05 execução das Medidas de Política
a)ACOMUNICAÇÃOeTRANSPARÊNCIAdaINFORMAÇÃO,enquantomeiosdeaproximaçãoentreagestãoeosaccionistas,ondefoidesenvolvidocomgrandeênfaseoconceitodojustovalor(fairvalue);
b)AdefiniçãodemecanismosdeSUPERVISÃOeCONTROLOporpartedosaccionistas,tendocomosuporteasPRÁTICASDEGESTÃOeRESPONSABI-LIDADEdassuasadministrações,destacando:
informação privilegiada e manipulação de mercado,emqueosexecu-tivosetécnicosdasupervisãoabordaramaspectoscomparativossobreainformaçãoprivilegiada,entreAngolaePortugal,nostermosdosar-tigos32ºe120º,daLein.º12/05,passandopelossistemasdecontrolodoreguladoremPortugal,bemcomoastipologiasdemanipulaçãodomercado;
Códigos iSiN, foiobtidotirocínionofuncionamentoeatribuiçãodecó-digosISIN,deacordocomodefinidopelaISO(InternationalOrganiza-tionforStandardization)nasuanorma6.166,bemcomodecódigosFCI(ClassificationofFinancial Instruments),conformenormaISO10.962.Constatando a experiência portuguesa concluiu-se que o OrganismoReguladordoMercadodeCapitais,daquelepaís,atribuiuàInterbolsa(CentraldeValoresMobiliários),asfunçõesdaANNA;
Protocolos internacionais de Custódia e Liquidação,foramrecolhidasexperiênciassobreaspectosrelativosaospadrõesdecompensaçãoeliquidaçãodevaloresmobiliários,estruturadenegociação,incluindoaapreciaçãoediscussãodas15recomendaçõesdaIOSCOsobreacom-pensação.
26 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
27
➋ NoMeAção DoS óRGãoS SoCiAiS DA CMC
Àsemelhançadoanotransacto,aCMCaguardapelanomeaçãodosseusórgãossociais,entretanto,submetidosàtutelanostermosdoseuEstatutoOrgânico,aprovadopeloDecreton.º09/05,de18deMarço,doConselhodeMinistros.
➌ ACção De PRoMoção e iNteGRAção iNteRNACioNAL
ACMCtemmantidocontactoscomaOrganizaçãoInternacionaldasComissõesdeValoresMobiliários(OICV-IOSCO),porémcomanãonomeaçãodoConselhodeAdministraçãodaCMC,nãoépossível o ingresso comomembroefectivonessaorganizaçãointernacional.
Medida de Política 2Criação de um Quadro Regulamentar
OstrabalhosrealizadosemexercíciosanteriorespelaCMC,estãoestruturadosdentrodosseguintesobjectivos:
➊ ReGuLAMeNtAção e DiVuLGAção Do ReGiMe JuRÍDiCo DoS FuNDoS De iNVeStiMeNtoS
Encontram-sepreparados,aguardandoaaprovaçãoemConselhodeMinistros,osseguintesDiplomasLegais:
––– RegimeJurídicodosFundosdeInvestimentoImobiliário;
––– RegimeJurídicodosFundosdeInvestimentoMobiliário;
––– RegimeJurídicodasContravençõesnoMercadodeCapitais.
05 execução das Medidas de Política
28 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
➋ outRA ReGuLAMeNtAção
ParaalémdaregulamentaçãoagendadaemConselhodeMinistros,aCMCac-tualizoualgumaregulamentação jápreparada,à luzdosacontecimentosquedespoletaramacrisefinanceiramundial,emmatériadesupervisãoeregulaçãofinanceira,comdestaqueparaosseguintesregulamentos:
––– RegulamentodaAdmissãoàCotação;
––– RegulamentodosAuditores;
––– RegulamentodaCredenciação;
––– RegulamentodaCustódiaeRegistoCentraldeValoresMobiliários;
––– RegulamentodaLiquidaçãoeCompensaçãodeValoresMobiliários;
––– RegulamentodaNegociaçãonaBolsadeValoreseDerivativosdeAngola;
––– RegulamentodasBolsasdeValores,MercadoriaseFuturos;
––– RegulamentodasOfertasPúblicas;
––– RegulamentodasSociedadesGestorasdeParticipaçõesSociais;
––– RegulamentosobreaentregadeDocumentos;
––– RegulamentodasSociedadesGestorasdeFundosdeInvestimento;
––– RegulamentodasSociedadesdeGestãoeInvestimentoImobiliário;
––– RegulamentodasSociedadesCorretorasdeValoresMobiliários;
––– RegulamentodasSociedadesdeInvestimento;
––– RegulamentodasSociedadesDistribuidorasdeValoresMobiliários;
––– RegulamentodasSociedadesGestorasdePatrimónios;
––– RegulamentodosValoresMobiliários;
––– RegulamentodasSociedadesAbertas.
ACMCactualizoualgumaregulamentaçãojápreparada,àluzdosacontecimentosquedespoletaramacrise
financeiramundial,emmatériadesupervisãoe
regulaçãofinanceira.
29
Medida de Política 3incrementação da Actividade de intermediação e Negociação
ACMC,nostermosdoartigon.º8doseuEstatutoOrgânico,temacompanhadoofuncionamentodoFundodeInvestimentoImobiliárioFechado,BESAPatrimó-nio–FIIF,atravésdomanuseamentodainformaçãofinanceiratrimestraledosfactosrelevantesapurados.
Contudo,comafinalidadededaraconheceraactividadedomercadodecapi-tais,aCMCdesencadeou,ainda,umconjuntodeacçõesvisandoocumprimen-todoseguinteobjectivo:
➊ iNCeNtiVAR o SuRGiMeNto De iNteRMeDiáRioS FiNANCeiRoS
Nostermosdoartigo10ºdoEstatutoOrgânicodaCMC,aprovadopeloDecretonº9/05,de18/03,cabeaoOrganismoReguladordoMercadodeCapitaispro-moveracçõesquedifundamomercadomobiliário.Nestesentido,menciona-mosalgumasconferênciasinstitucionais,deimpactonesteobjectivo:
––– teMAS ACtuAiS Do DiReito DoS VALoReS MobiLiáRioS ANGoLANo, realizadanoHotelTrópico,Luanda,nodia15deJunhode2009,tevecomopalestranteojuristaedocenteuniversitárioportuguês,Dr.PauloCâmara,queenfatizouosimportantespoderesreguladoresdaCMC,bemcomoomodelodesupervisãofinanceira,tripartido,existenteemAngola.
Apalestra,moderadapeloDr. FranciscoQueirós,direccionadapara ges-toresde topodeempresaspúblicaseprivadas, incluindo intermediáriosfinanceirosdanossapraça,foipresididapeloDr.AntónioJoaquimdaCruzLima,presidenteemexercíciodaCMC,comoanfitrião,eencerradapeloSenhorVice-MinistrodasFinanças,Dr.CruzNeto,queenalteceuaoportu-nidadedamesmaea importânciadograndetrabalhodesenvolvidopelaCMCnestaárea.
05 execução das Medidas de Política
TEMASACTUAISDODIREITODOSVALORESMOBILIÁRIOSANGOLANO,realizadanoHotelTrópico,Luanda,nodia15deJunhode2009,tevecomopalestranteojuristaedocenteuniversitárioportuguês,Dr.PauloCâmara,queenfatizouosimportantespoderesreguladoresdaCMC,bemcomoomodelodesupervisãofinanceira,tripartido,existenteemAngola.
30 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
––– CoRPoRAte GoVeRNANCe À LuZ DA ReALiDADe ANGoLANA, apresenta-danoAuditórioDra.MariadoCarmoMedina,daFaculdadedeDireitodaUniversidadeAgostinhoNeto(FDUAN),nodia16deJulhode2009,paradocentesediscentesacadémicos,tevecomooradoroespecialistaemdi-reitodevaloresmobiliários,Dr.PauloCâmara,estandonamesaoVice-De-canodaFDUAN,ProfessorDoutorRaulAraújoeoPresidenteemExercíciodaCMC,Dr.AntónioJoaquimdaCruzLima.
Aconferênciaabordouaspectossobreogovernodassociedades,comdes-taque nas normas constantes das Leis das Sociedades Comerciais (LSC),nomeadamenteoartigo69º,o“deverdediligênciadosadministradores”.Ainda,enoqueconcerneàLein.º5/95,foidadarelevânciaàsuaestruturadegovernaçãoemparticular,aprevisãodaexistênciadeadministradoresnãoexecutivos,aaprovaçãodediplomassobreoestatutodoGestorPúbli-coedoseuestatutoremuneratório.
Nocontextoafricano,oconferencistaevidenciouopapeldaOCDEnadi-vulgaçãodosprincípiosdeCorporateGovernanceeosPrincípiosdeGo-vernancedeEmpresasPúblicas,tendoapresentadoaconstituiçãoatravésdaOCDEdeumaRededeEmpresasPúblicasdosEstadosdaÁfricaAustral(NetworkonStateOwnedEntreprisesforAustralAfricanCountries),ondeAngolaestárepresentada.
Porúltimo,oconferencistaaproveitouaoportunidadeeestadiaemAngolaparalançarasuaobraintitulada“ManualdeDireitodosValoresMobiliá-rios”,vocacionadaparaoestudodosvaloresmobiliários,comreferênciaaostrabalhosjárealizadospelaCMCnestedomínio.
––– PubLiCAção De boLetiNS DAS boLSAS e SuPLeMeNtoS SobRe o MeR-CADo De CAPitAiS, aCMCtemmantido,noâmbitododeverdeinforma-çãoedoserviçopúblico,apublicaçãodiáriadoBoletimdeCotaçõesdasBolsasedocadernomensalsobreMercadodeCapitais,tendoemvistaacriaçãodeculturanestedomínio.
31
Decorrentedaactividadedesenvolvida,nosúltimosanos,destamedida,deramentradanaCMCváriosprocessosdeautorizaçãodeaberturadesociedadessobsupervisãodaCMC,conformequadroseguinte:
05 execução das Medidas de Política
Quadro 8
Datas Sociedade Situação do Processo
11/02/2009 GRoWtH – SCVM6 EmissãodeCertidão
25/11/2009 RS CAPitAL – SGFi7 , SA RegistoEspecial
25/02/2009 iMARA – SCVMEmautorizaçãonoMINFIN
18/05/2009 bPAGest – SGFi8 Emtratamento
29/06/2009 beSA VALoRiZAção – FiiF9 Emtratamento
08/07/2009 SAViNG - SCVM Emtratamento
08/07/2009 SAViNG - SDVM10 Emtratamento
08/07/2009 SAViNG - Si11 Emtratamento
17/07/2009 ANGoLA CAPitAL PARteNeRS Autorizada
21/07/2009 FiN PeRSoNALitÉi - Fii12 Emtratamento
03/09/2009 beSA - SCVM Emtratamento
17/11/2009GoLDeN bRoCKeR – SCVM, S.A. (RegistoEspecial)
Emtratamento
30/10/2009bAi(EmissãoPrivadadasObrigaçõesBAI–Dezembro2014)
Emtratamento
6SociedadeCorretoradeValoresMobiliários.7FundodeInvestimentoImobiliárioFechado.8SociedadeGestoradeFundosImobiliários.9FundodeInvestimentoImobiliárioFechado.10SociedadeDistribuidoradeValoresMobiliários.11SociedadedeInvestimentos.12FundodeInvestimentoImobiliário.
32 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
Medida de Política 4Aumento do Número de empresas Abertas
ACMCtemdesencadeadoumconjuntodeacçõesvisandoincentivaroaumentodonúmerodeempresasabertas.Porém,devidoàcrisefinanceirainternacional,estamedidatornou-seexígua,umavezqueassociedadesretraíram-sefaceaosacontecimentosregistadosduranteoperíodoemanálise.Destemodo,aCMCapenasdesenvolveuumobjectivodestamedida:
➊ DeSeNVoLVeR CAMPANHAS De MARKetiNG iNStituCioNAL, PARA GARANtiR A AMPLA PARtiCiPAção DA PoPuLAção NA AbeRtuRA Do CAPitAL DAS eMPReSAS ANGoLANAS AtRAVÉS DA boLSA De VALoReS
Nestequadro,aCMCdesenvolveuumconjuntodecampanhasjuntodosmeiosde difusãomassiva, esclarecendo e apresentado a importância do funciona-mentodomercadodecapitais,paraaeconomiaangolana,assimcomo,incen-tivandoapopulaçãoaparticiparnoprocessodeaberturadecapitalatravésdalistagemdeempresasangolanasembolsa.Assim,destacamentosasseguintesacções:
––– SeMANáRio eCoNóMiCo–Tendoemcontaotrabalhorealizadonosúl-timosanos-aníveldeinfra-estrutura,regulamentação,sistemadenego-ciação,recursoshumanos,oDr.AntónioJoaquimdaCruzLimaconcedeuaosemanárioumaentrevista,atravésdeuma“viagem panorâmica”,apre-sentandoaimportânciaeocumprimentodosobjectivosdoProgramadoGovernoque levaramà implementaçãoemAngoladeumorganismodesupervisãodomercadodecapitais(CMC),deumainstituiçãodenegocia-çãodetítulosevaloresmobiliários(BVDA),assimcomodeumainstituiçãodeformaçãodetodososintervenientesdomercadodecapitais(IFMC);
––– o PAÍS - Nestesemanário oPresidenteemExercíciodaCMCapresentou,pelaprimeira vez, todoo trabalho realizadonaBolsadeValoreseDeri-vativosdeAngola(BVDA),aníveldasuainfra-estruturaedaorgânicadefuncionamento.
––– LAC (Luanda Antena Comercial) - Atravésdestemeiodecomunicaçãosociala instituiçãoesclareceuváriosaspectosdifusossobreaimplementaçãodomercadodecapitais,tendorealçadoopapeldomesmonofinanciamentodaeconomia,bemcomootrabalhojápreparadoaníveldelegislaçãoeinfra-estruturaparaoarranquedestesegmentodosistemafinanceironacional.
ACMCtemdesencadeadoumconjuntodeacções
visandoincentivaroaumentodonúmerode
empresasabertas.
33
NocontextodoPlanoNacionalpara2009,aCMCdesenvolveuaseguinteMe-didadePolítica:
➋ iMPLeMeNtAção DA boLSA De VALoReS MobiLiáRioS e CRiAção DA CeNtRAL De CoMPeNSAção, LiQuiDAção e CuStóDiA De VALoReS MobiLiáRioS
Resultantedasexperiênciascolhidasaquandodaparticipaçãodosseusexecu-tivosetécnicosnoprogramadeintercâmbioemPortugal,cujoobjectivofoioenriquecimentodeconhecimentossobrenumeraçãodosvaloresmobiliários.
Nesteespírito,aCMCdesencadeoucontactosinstitucionais,visandoregularaactividadedeemissãodevaloresmobiliáriosemAngola,nomeadamenteasuacodificação,ounumeração,queculminou,a28deJulhode2009,comoDes-pachoS/N,doSenhorMinistrodasFinanças,Dr.EduardoLeopoldoSeverimdeMorais,queincumbiuoorganismoreguladordomercadodecapitaisangolanodecontactaraAssociaçãodasAgênciasNacionaisdeNumeração(ANNA),paraasuainscriçãocomoentidadedenumeraçãodevaloresmobiliáriosemAngola.
Àsemelhançadoquesucedecomanossacongénereportuguesa,foidelegadaàCMCaresponsabilidadedeatribuiràBVDA,ouàCentraldeLiquidaçãoeCustó-diadeValoresMobiliários(CELCUS),asfunçõesdaANNA.Estaactividadeaindadecorre,devidoàcomplexidadequeamesmaapresenta.
ACMCdesencadeoucontactosinstitucionais,visandoregularaactividadedeemissãodevaloresmobiliários
emAngola,nomeadamenteasuacodificação,ounumeração,queculminou,a28deJulhode2009,comoDespachoS/N,doSenhorMinistrodasFinanças,Dr.EduardoLeopoldoSeverimdeMorais,queincumbiuoorganismoreguladordomercadodecapitaisangolanodecontactaraAssociaçãodasAgênciasNacionaisde
Numeração(ANNA),paraasuainscriçãocomoentidadedenumeraçãodevaloresmobiliáriosemAngola.
05 execução das Medidas de Política
Relatório e Contas 2009Comissão do Mercado de Capitais
06 Balanço Social
34
AComissãodoMercadodeCapitais(CMC)éumaAutoridadeAd-ministrativaIndependente(AAI),denaturezareguladora,queno
exercíciodassuasfunçõesgozadeautonomiaadministrativa,financeiraepatri-monial,como,expressaoartigon.º1doseuEstatutoOrgânico,aprovadopeloDecreton.º09/05,de18deMarço.
PorsetratardeumaAAI,aCMCrege-sepeloqueestáestabelecidonoartigo3.ºdodiplomalegalacima referido,pelaLeidosValoresMobiliários,peloseuEstatutoOrgânicoepeloseuRegulamentoInterno.
Nostermoseparaefeitosdon.º1doartigo34.º,doDecreto9/05,oregimejurídicoaplicávelàrelaçãojurídico-laboraldopessoaldaCMCéodaLeiGeraldoTrabalho(LGT).
NoâmbitodagestãodeRecursosHumanosecomoobjectivodedaraconhecerarealidadesocialexistentenaCMC,apresentamosoBalançoSocial,comumaestruturaprópria,ondeseinsereefaz-seconstarumconjuntodedadosobjec-tivoseconcretos,comrealimportânciaparaoconhecimento,caracterizaçãoeevoluçãodosrecursoshumanosefinanceirosafectosàCMC.
Simultaneamente,tambémdáaconheceroresultadodaspolíticasedasestra-tégiasdegestão,adoptadasduranteoperíodoemreferência.
06 balanço Social 35
36 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
DepartamentodeAnálisedoMercado
ConselhodeAdministração
ConselhoConsultivo ConselhoFiscal
GabinetedeEstudoseCooperação
DepartamentodeComunicaçãoe
ApoioaoInvestidor
DepartamentodeRelaçõesInstitucionais
eCooperação
DepartamentodeVigilânciadoMercado
DepartamentodeRegulaçãoeFiscalização
DepartamentodeSistemasdeInformação
DepartamentodeInvestimentoColectivo
DepartamentodeInvestigaçãoeContencioso
DepartamentodeRecursosHumanos
GabinetedeEmissõeseInvestimentos
DepartamentodeSociedadesAbertas
GabinetedeSupervisãoeContencioso
DepartamentoJurídicoeRegisto
GabineteAdministrativoeFinanceiro
Secretaria-Geral
organigrama
37
Quadro dos Responsáveis
CRUZLIMAPresidenteemExercício
MARIACHITASGabinetedeEstudoseCooperação
NÁDIAPINTOGabinetedeSupervisãoeContencioso
ZACARIASNETOGabinetedeEmissõeseInvestimentos
HÉLDERCRISTELOGabineteAdministrativoeFinanceiro
06 balanço Social
38 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
Principais Atribuições e Competências
ConstituematribuiçõesdaCMC,nostermosedentrodoslimitesestabelecidosnasuaLegislaçãoFundamental,aregulação,supervisão,fiscalizaçãoepromo-çãodomercadodecapitaisedasactividadesqueenvolvamtodososagentesqueneleintervenhamdirectaouindirectamente.
Compete aoConselho deAdministração exercer todos os poderes e praticartodososactosacometidosàComissãodoMercadodeCapitais.
Noexercíciodassuasactividades,aCMCcontacomquatrogabinetesquetêmcomocompetências:
Gabinete de estudos e Cooperação
––– GarantirasrelaçõesinstitucionaisdaCMCcomoutrosorganismos;
––– Promoveromercado,marketingeaeducaçãodoconsumidor;
––– Produzirinformações,estudoseanálisesdomercado.
Gabinete de emissões e investimentos
––– Acompanharasemissõesnomercadodeacçõeseanalisarosrespectivosprospectosparasubmetê-losaaprovaçãodaCMC;
––– Acompanhar as emissõesde valoresmobiliários representativosdedívi-daseanalisarosrespectivosprospectosparasubmetê-losaaprovaçãodaCMC;
––– SupervisionaroMercadodeProdutosDerivadosedarpareceraospedi-dosdeemissãodevaloresderivadosantesdaaprovaçãodosmesmospelaCMC.
ConstituematribuiçõesdaCMC,nostermosedentrodoslimitesestabelecidosnasua
LegislaçãoFundamental,aregulação,supervisão,
fiscalizaçãoepromoçãodomercadodecapitaisedasactividadesqueenvolvamtodososagentesquenele
intervenhamdirectaouindirectamente.
39
Gabinete de Supervisão e Contencioso
––– GarantiroregistocentraldevaloresmobiliáriosepromoveroarquivodadocumentaçãodaCMC;
––– Prepararasnormas,osregulamentoseoutrosdocumentosoficiaisdaCMCparapublicaçãonoboletim;
––– Fiscalizarocumprimentodaleinomercadodecapitais,registarasreclama-çõesquesurjamedirigirosprocessosdecontenciosoqueexistam;
––– Prepararoscertificadosdelicenciamentoeoperaçãodosintervenientesnomercadodecapitaisapósconfirmaçãodetodososrequisitosnecessários.
Gabinete Administrativo e Financeiro
––– GerirasfinançasdaCMCeefectuararespectivacontabilidade;
––– Administrarosrecursoshumanosepatrimoniais;
––– Manterecontrolarossistemasetecnologiasdeinformação;
––– ElaborarosrelatóriosecontasdaCMC.
06 balanço Social
40 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
Quantificação e Caracterização dos Recursos Humanos
Noexercícioeconómicode2009,aCMCteveumVolumeLíquidodeEmpregode60trabalhadores,distribuídosdaseguinteforma:
evolução do Quadro do Pessoal
AevoluçãodaCriaçãoLíquidadeEmpregonoúltimotriênioestárepresentadanográficoabaixo:
Em2009,aCMCreduziuoseuquadrodePessoalem3unidades,queingressa-ramnoutrasinstituiçõesfinanceiras.
Quadro 9
Descrição Número
Comissão do Mercado de Capitais13 47
bolsa de Valores e Derivativos de Angola14 13
13 IncluioPresidenteemExercício (DirectorNacionalnomeadopeloMinistériodasFinanças)eumafuncionáriadoBancodeComércioeIndústria,emcomissãodeserviço.14Pessoalsobresponsabilidadejurídico-laboraldaCMC,enquantonãoabriraBDVA.
100
80
60
40
20
02007 2008 2009
Gráfico 2
Criação Líquida de emprego
41
Grau Académico
TantoaCMCcomoaBolsadeValoreseDerivativosdeAngola,sãoorganismoscujosserviçosserevestemdeumacertacomplexidade.Daíanecessidadedequadrosaltamentequalificados.
Oquadroaseguirmostraadistribuiçãodosfuncionáriosemfunçãodassuashabilitaçõesliterárias:
Verifica-sequeoslicenciadossãoemmaiornúmero,72%.Édereferirqueasduas instituiçõescontamaindacomdoisdoutoradoseummestre,quejun-tamentecomoslicenciados,representamumamais-valiaaníveldeconheci-mento.
Quadro 10
Formação Número %
ensino básico 4 7%
Doutoramento 2 3%
Licenciados 43 72%
Mestres 1 2%
Cursos Médios 10 17%
total 60 100%
06 balanço Social
oslicenciadossãoemmaiornúmero,72%.Édereferirqueasduasinstituiçõescontamaindacomdoisdoutoradoseummestre,quejuntamentecomoslicenciados,representamumamais-valiaaníveldeconhecimento.
42 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
Ográfico3mostraadistribuiçãodasprofissões,sendoosEconomistasosquetêmmaiorpeso,44%, seguidosdosGestores com27%.Estapreponderânciacoaduna-secomasexigênciasdostrabalhosdesenvolvidospelaCMC.
Género
Ográfico4mostraaspercentagensdostrabalhadoresdosexomasculinoedosexofeminino.
em Função da idade
Ográfico5mostraqueaidademédiadosrecursoshumanosdaCMCsitua-senos32anos,sendooescalãoetáriopredominante,de30a34anos,oquecor-respondea40%doVolumeLíquidodeEmprego.
Absentismo
Em2009,registou-seumataxadeabsentismode26%.Ostrabalhadoresestive-ramausentesdolocaldetrabalho32.866horasrelativamenteàs124.992horaslaborais/ano.Amaiorpercentagemdeabsentismo foi registadana categoriadosTécnicosSuperioreseAuxiliaresAdministrativos,sendoamaternidade,aprincipalcausa.
Gráfico 3
Distribuições das Profissões
economistas44%
Gestores27%
Juristas15%
informáticos8%
Contabilistas4%
Matemáticos2%
Gráfico 5
em Função da idadeGráfico 4
Género
economistas44%
Gestores27%
Juristas15%
Homens50%
Mulheres50%
Homens Mulheres
16
14
12
10
8
6
4
2
0
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-60
43
ACMCconfereespecialimportânciaàqualificaçãodoseuquadrodepessoal,desenvolvendo,comcarácterpermanente,acçõesdeformaçãoecapacitaçãodos
mesmos,visandoaexcelênciaeperíciaprofissionaldosseusquadros.
Formação
ACMCconfereespecialimportânciaàqualificaçãodoseuquadrodepessoal,desenvolvendo,comcarácterpermanente,acçõesdeformaçãoecapacitaçãodosmesmos,visandoaexcelênciaeperíciaprofissionaldosseusquadros.
Comoconsequência,aCMCtraçouumPlanodeFormaçãoorientandoemdoissegmentos: Um genérico, visando fundamentalmente desenvolver conheci-mentos sobreo funcionamentodomercadodecapitais,noque respeitaaosorganismosdesupervisão,àsbolsasdevalores,aosintermediárioseprodutosfinanceiros,àliquidaçãoecompensaçãodetítulos.Eumespecífico,promotordaespecializaçãoecertificaçãodostécnicos,emqueosobjectivosaatingirfo-ram:aexcelênciaacadémicaeaperíciaprofissionaldosmesmos.
Paraaconcretizaçãodasmetasdefinidasforamrealizados16programasdefor-maçãodeprofissional,nopaís,totalizando592horas,emqueparticiparam45trabalhadoresequerepresentaram83%dosefectivos.Dentrodasacçõesdeformaçãodesenvolvidas,destacamos:“Contabilidade,AuditoriaFinanceira,Fis-calidadeeBolsadeValores”.
TambémforamrealizadasacçõesdeformaçãonoBrasileemPortugal,emcon-formidadecomosprotocolosdecooperaçãobilateralexistentesentreAngolaeestesdoispaíses,porémemnúmerolimitadodevidoàsrestriçõesorçamentais.
Mereceaindareferênciaaparticipaçãodeseistécnicosemcursosdemestradoem“Finanças,DireitodaEmpresa/Negóciosede Informática”,adecorreremPortugal,nascidadesdoPortoedeLisboa,comumaduraçãode2anos.
06 balanço Social
Despesas com o Pessoal
Quadro 11 PeSSoAL
Descrição Valores %
Vencimentos do Pessoal 238.348.452,88 79%
Subsídios do Pessoal 27.625.603,08 9%
Décimo terceiro Mês 17.476.888,58 6%
Contribuições para a Segurança Social 16.422.327,67 5%
Abono de Família 389.500,00 0%
Subtotal 300.262.772,21 100%
FoRMAção Serviços de ensino 46.690.773,11 70%
bilhetes de Passagem 3.400.462,50 5%
Subsídios de Deslocação 16.941.079,00 25%
Subtotal 67.032.314,61 100%
SAÚDe
Seguros de Saúde (Pessoal e Dependentes) 11.454.938,67 100%
Subtotal 11.454.938,67 100%
totAL 378.750.025,49
44 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
45
AsDespesascomoPessoalinsertasnoquadroacima,têmumamaioramplitudequeaspeçasquefazempartedaExecuçãoOrçamentaledaDemonstraçãodeResultados,porqueincluemqueraFormaçãoqueraSaúde,quenasreferidaspeçasestãoregistadasemBenseServiçoseCustoscomoPessoal,respectiva-mente.
Assim,asDespesascomoPessoal,nototaldeKZ378.750.025,49,tiveramcomoprincipalrubricao“Pessoal”comumvalorpercentualde79%,seguidoda“For-mação”comumvalorpercentualde18%.
AFormaçãoquetotalizouKZ67.032.314,61,temcomodestaqueosServiçosdeEnsino,ouseja,aformaçãopropriamentedita,quetêmumpesode70%eosSubsídiosdeDeslocaçãocom25%.
ASaúde,nototaldeKZ11.454.938,67,éarubricacommenorpeso,3%,etemcomocomponenteo“SegurodeSaúde”paraosfuncionáriosedependentes.
06 balanço Social
AsDespesascomoPessoal,nototaldeKZ378.750.025,49,tiveramcomoprincipalrubricao“Pessoal”comumvalorpercentualde79%,seguidoda“Formação”comumvalorpercentualde18%.
Relatório e Contas 2009Comissão do Mercado de Capitais
07 Execução Orçamental
46
47
DevidoaoajustamentorealizadopeloGovernonoPlanoNacionalpara2009,queestabeleceuumPlano
deAcçãoparafazerfaceàCriseEconómicaeFinanceiraInternacional,bemcomoumCronogramadeMedidasPrincipaisdeGestãoMacroeconómicaeEstruturaisa
Implementarnodecorrerde2009,oorçamentodaCMCsofreuumareduçãode:35%paraasDespesasdeBens
eServiçose38%paraCapital.
N ostermosdaalíneah)doartigo14º,doEstatutoOrgânicodaCo-missão doMercado de Capitais, elaboramos e apresentamos o
presenterelatório,quedáaconheceraExecuçãoOrçamentaldaCMC,relativa-menteaoexercíciode2009.
AsuaelaboraçãotevecomosuporteasdirectrizescontidasnoOrçamentoGeraldoEstado(OGE),paraoanode2009,emconformidadecomoestabelecidonaLeinº9/97,Lei-QuadrodoOrçamentoGeraldoEstado,de17deOutubro.
ORelatório,deacordocomoorçamentoaprovado,demonstraasoperaçõesor-çamentaisexecutadaspelaCMC,tendocomobaseosdadosdoSistemaIntegradodeGestãoFinanceiradoEstado(SIGFE)eosdocumentosdegestãocontabilística.
orçamento da CMC para 2009
OorçamentodaCMC,aprovadopelaLeinº12/08,de31deDezembro,daAs-sembleiaNacional,fixouasdespesasnomontantedeKZ1.093.640.643,00paraoexercíciode2009.
Entretanto,devidoaoajustamentorealizadopeloGovernonoPlanoNacionalpara2009,queestabeleceuumPlanodeAcçãoparafazerfaceàCriseEconómi-caeFinanceiraInternacional,bemcomoumCronogramadeMedidasPrincipaisdeGestãoMacroeconómicaeEstruturaisaImplementarnodecorrerde2009,oorçamentodaCMCsofreuumareduçãode:35%paraasDespesasdeBenseServiçose38%paraCapital.
ComoconsequênciaasdespesasprevistasforamfixadasnonovomontantedeKz.820.185.916,00, tendo sido cobertas única e exclusivamente por receitasprovenientesdosRecursosOrdináriosdoTesouro.
07 execução orçamental
48 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
execução orçamental
Oorçamentoteveadistribuiçãomensalapresentadanoquadroseguinte:
Quadro 12
DiStRibuição MeNSAL Do oRçAMeNto
MeSeS PeSSoAL beNS e SeRViçoS CAPitAL totAiS
Janeiro 23.244.040,23 12.671.433,93 913.416,00 36.828.890,16
Fevereiro 23.225.480,58 42.220.370,02 2.050.824,00 67.496.674,60
Março 24.416.314,44 4.041.987,25 2.175.149,50 30.633.451,19
Abril 23.573.868,07 43.976.822,89 759.840,00 68.310.530,96
Maio 23.578.247,29 27.197.455,55 587.600,00 51.363.302,84
Junho 23.447.100,93 40.808.383,17 833.720,00 65.089.204,10
Julho 23.112.240,40 21.699.821,97 365.560,61 45.177.622,98
Agosto 23.545.721,12 21.744.848,89 599.200,00 45.889.770,01
Setembro 22.978.372,00 11.601.024,40 463.710,32 35.043.106,72
outubro 23.627.387,66 30.493.016,16 441.004,42 54.561.408,24
Novembro 41.136.197,19 30.270.596,66 0 71.406.793,85
Dezembro 24.377.802,30 16.943.965,26 0 41.321.767,56
totAiS 300.262.772,21 303.669.726,15 9.190.024,85 613.122.523,21
Média 25.021.897,68 25.305.810,51 765.835,40 51.093.543,60
Máximo 41.136.197,19 43.976.822,89 2.175.149,50 71.406.793,85
Mínimo 22.978.372,00 4.041.987,25 0 30.633.451,19
49
OGráfico6mostraopesoquetemcadarubricadaDespesa.
Aanáliseconjuntadoquadro12edográfico6mostra:
––– Pessoal éasegundamaiorrubricacomumpesode49%emrelaçãoàDes-pesaTotal,nomontantedeKZ300.262.772,21,comumamédiamensaldeKZ25.021.897,68.OseuvalormáximofoiobtidonomêsdeNovembronomontantedeKZ41.136.197,19,devidoaopagamentododécimoterceiromêstalcomoestáconsignadonoartigonº165ºdaLeiGeraldoTrabalho.OseuvalormínimofoideKZ22.978.372,00,ocorreunomêsdeSetembro,devidoàexistênciadeummenornúmerodefuncionáriosdeférias;
––– bens e Serviçoséa rubricaquetemmaiorpeso, representando50%daDespesaTotaleatingindoomontantedeKZ303.669.726,15,comumamé-diamensaldeKZ25.305.810,51.OseuvalormáximofoiatingidonomêsdeAbril,novalordeKZ43.976.822,89,devidoaoreforçosolicitadoporforçadafracaquotafinanceiradisponibilizadanomêsdeMarço,queatingiuovalormínimodeKZ4.041.987,25;
––– Capital éarubricamenosrepresentativa,comumvalorpercentualde1%eummontanteemKZde9.190.024,85,alcançandoumamédiamensaldeKZ765.835,40.OseuvalormáximofoiobtidoemMarçocomumaimpor-tânciadeKZ2.175.149,50,devidoàsprioridadesdeCaixadoTesouro.
execução trimestral da Despesa
Ográfico7mostraaevoluçãotrimestraldaDespesa.
Dasuaanáliseverificámos:
––– Pessoal - os trêsprimeiros trimestresquasenãoapresentaramvariação,havendoumcrescimentonoúltimotrimestredeKZ89.141.387,15;
––– bens e Serviços -oseumaiorcrescimentoverificou-seno2ºtrimestrecomumvalordeKZ111.982.661,61,enquantooseumaiordecréscimoocorreuno3ºtrimestrecomummontantedeKZ55.045.695,26;
––– Capital - oseumaiorcrescimentoverificou-seno1ºtrimestrecomumva-lordeKZ5.139.389,50.Entreo2ºeo4ºtrimestreverificou-seumaligeiradescida.
Pessoal49%
bens e Serviços50%
Capital1%
Gráfico 6
Peso das Despesas
Gráfico 7
evolução trimestral da Despesa
120.000.000,00
100.000.000,00
80.000.000,00
60.000.000,00
40.000.000,00
20.000.000,00
0,00
PessoalBenseServiçosCapital
1ºT 2ºT 3ºT 4ºT
07 execução orçamental
50 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
Grau de execução orçamental
Oquadro13mostra-nosacomparaçãoentreosvaloresorçamentadoseosexe-cutados:
Daanáliseaoquadroacimaverifica-sequeficouporexecutar25,25%doprevis-to.AsrubricasBenseServiçoseCapitalforamasmaisatingidas,comdesviosde39,45%e38,82%,respectivamente.
OPessoalnãoteveumdesviosignificativo,poisasuavariaçãofoide1,35%.
execução orçamental Detalhada de 2009
NoquadroanteriorfoiapresentadaasíntesedaDespesaorçamentadacomaDespesaexecutada.Oquadro14mostraemdetalheasuaestruturaeacorres-pondenteanálise.
PeSSoALAsnaturezas“VencimentosdoPessoal”e“SubsídiosdoPessoal”sãoasquetêmmaiorrepresentatividadecomumvalorresidualde79,38%e9,20%,nosmon-tantesdeKZ238.348.452,88eKZ27.625.603,08,respectivamente.
Quadro 13
tipo de Despesa
orçamentado executadoDesvios
Valor %
Pessoal 304.384.226,00 300.262.772,21 4.121.453,79 1,35%
bens e Serviços
501.481.910,00 303.669.726,15 197.812.183,85 39,45%
Capital 14.319.780,00 9.190.024,85 5.129.755,15 35,82%
total 820.185.916,00 613.122.523,21 207.063.392,79 25,25%
Ficouporexecutar25,25%doprevisto.Asrubricas
BenseServiçoseCapitalforamasmaisatingidas,comdesviosde39,45%e38,82%,respectivamente.
51
Quadro 14
eStRutuRA DAS DeSPeSAS
tiPo De DeSPeSA oRçAMeNtADo eXeCutADo PeSo (%) SALDo
DeSPeSAS CoRReNteS PeSSoAL Vencimentos do Pessoal 238.387.714,00 238.348.452,88 79,38% 39.261,12
Subsídios do Pessoal 28.217.706,00 27.625.603,08 9,20% 592.102,92
Décimo terceiro Mês do Pessoal 20.792.113,00 17.476.888,58 5,82% 3.315.224,42
Contribuições para a Segurança Social 16.583.493,00 16.422.327,67 5,47% 161.165,33
Abono de Família 403.200,00 389.500,00 0,13% 13.700,00
total das Despesas com o Pessoal 304.384.226,00 300.262.772,21 100,00% 4.121.453,79
beNS e SeRViçoS Combustíveis e Lubrificantes 1.785.333,00 124.000,00 0,04% 1.661.333,00
Víveres e Géneros Alimentícios 5.277.651,00 2.581.170,55 0,85% 2.696.480,45
Materiais de Consumo Corrente especializado 2.495.393,00 2.466.918,08 0,81% 28.474,92
outros Materiais de Consumo Corrente 249.539,00 9.709,48 0,00% 239.829,52
Materiais e utensílios Duradouros de especialidade 1.238.688,00 101.050,00 0,03% 1.137.638,00
outros Materiais e utensílios Duradouros 123.869,00 0 0,00% 123.869,00
Serviços de Comunicação 18.976.861,00 11.693.039,09 3,85% 7.283.821,91
Serviços de Saúde 11.590.706,00 11.454.938,67 3,77% 135.767,33
Serviços de ensino 52.198.500,00 46.690.773,11 15,38% 5.507.726,89
Serviços de energia e águas 2.065.500,00 0 0,00% 2.065.500,00
Serviços de Limpeza e Saneamento 4.736.880,00 72.680,00 0,02% 4.664.200,00
Serviços de Manutenção e Conservação 11.262.952,00 11.234.257,65 3,70% 28.694,35
Seguros 8.510.625,00 0 0,00% 8.510.625,00
bilhetes de Passagem 34.530.309,00 3.400.462,50 1,12% 31.129.846,50
Subsídios de Deslocação 31.540.476,00 16.941.079,00 5,58% 14.599.397,00
Serviços de transportação de Pessoas e bens 5.330.138,00 104.230,00 0,03% 5.225.908,00
outros Serviços 309.568.490,00 196.795.418,02 64,81% 112.773.071,98
total das Despesas de bens e Serviços 501.481.910,00 303.669.726,15 100,00% 197.812.183,85
total das Despesas Correntes 805.866.136,00 603.932.498,36 201.933.637,64
DeSPeSAS Não CoRReNteS CAPitAL equipamentos de Processamento de Dados 7.165.477,00 7.126.720,00 77,55% 38.757,00
outros bens de Capital Fixo 7.154.303,00 2.063.304,85 22,45% 5.090.998,15
total das Despesas de Capital 14.319.780,00 9.190.024,85 100,00% 5.129.755,15
totAL 820.185.916,00 613.122.523,21 207.063.392,79
07 execução orçamental
DeSPeSAS CoM beNS e SeRViçoSAssubrubricasquetiverammaiorrepresentatividadeforam:
––– outros Serviços,com64,81%,nomontantedeKZ196.795.418,02,estandoassimdistribuídos:
––– Serviços de ensino,foiaqueteveosegundomaiorpeso,15,38%,nomon-tantedeKZ46.690.773,11.Estadespesa integraaformaçãodequadros,umadasprioridadesdaCMC,destacando-seo“ProgramadeFormaçãoemMercadodeCapitaisemPortugaleEspanha”,bemcomoosprogramases-pecíficosdeformaçãoprofissionalrealizadosnopaís;
––– Subsídio de Deslocação, com um peso de 5,58%, no valor de KZ16.941.079,00,temrelevadodespesascomasmissõesoficiais,deforma-çãoedeserviço,realizadasnointeriorenoexteriordopaís,assumindoaformadesubsídiodiário,conformelegislaçãoespecífica;
––– Serviços de Comunicação, com um peso de 3,85%, no valor de KZ11.693.039,09,enquadramasdespesasrelacionadascomacomunicaçãocomo:telefone,fax,Internet…;
––– Serviços de Saúde,comumpesode3,77%,novalordeKZ11.454.938,67,têmsubjacentesasdespesascomosegurocontraídojuntoda“ENSASAÚ-DE”.Estesegurocobretodosostrabalhadores,cônjugesefilhos,incluindoacoberturaeevacuaçãocompleta;
Quadro 15
Descrição Valores
Consultoria 111.776.202,01
Locação operacional 25.016.532,14
Promoção e divulgação 21.627.396,18
outros 16.194.170,52
Renda das instalações 9.918.000,00
Serviços de segurança e vigilância 6.323.070,00
emolumentos e taxas 5.940.047,17
total 196.795.418,02
52 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
53
––– Serviços de Manutenção e Conservação,comumpesode3,70%nomontantedeKZ11.234.257,65.Nestadespesaestãoincluídos:manutençãoeconserva-çãodosaparelhosdearcondicionadoedoequipamentoinformático;repara-çãodasviaturasafectasàCMC;obrasdebenfeitoriasrealizadasnasinstalações.
DeSPeSAS De CAPitALEnquadraasDespesasnãoCorrentes,ouseja,os Investimentos,cujocorteaníveldeorçamentofoide36%.Nestesinvestimentosdestaca-se:
––– equipamentos de Processamento de Dados, foiasubcontacommaiorsig-nificado,comumpesode77,55%nomontantedeKZ7.126.720,00.Temrelevadoasaquisiçõesdesoftwareehardware.Aimportânciadesteinves-timentoprende-secomanecessidadeabsolutadeatender,emtempoútil,aosdesafiosdasupervisão,assimcomodotarostécnicos,demeioscapa-zeseeficientes,nosentidodeelaborarosBoletins de Cotações das Bolsas e Artigos sobre as Sociedades Abertas e Índices Bolsistas;
––– outro bens de Capital Fixo, comumpesode22,45%nomontantedeKZ2.063.304,85,temregistadoasseguintesaquisições:armário/biblioteca;apa-relhosdearcondicionado;plasmasparadifusãodeinformaçõesfinanceiras.
Comparação do orçamento executado
em 2009 com o de 2008
Oquadro16mostraacomparaçãodoorçamentoexecutadonosdoisúltimosexercícioseconómicos:
Comparativamenteaoexercíciode2008houveumdecréscimonototaldaDes-pesade34,58%.Dototaldasrubricas,Pessoalfoiaúnicaemqueseverificouumcrescimentode14,41%.
Quadro 16
tipo de Despesa
2009 2008Desvios
Valor %
Pessoal 300.262.772,21 262.441.000,47 37.821.771,74 14,41%
bens e Serviços
303.669.726,15 652.582.380,63 -348.912.654,48 -53,47%
Capital 9.190.024,85 22.170.004,01 -12.979.979,16 -58,55%
total 613.122.523,21 937.193.385,11 -324.070.861,90 -34,58%
07 execução orçamental
Comparativamenteaoexercíciode2008houveumdecréscimonototaldaDespesade34,58%.Dototaldasrubricas,Pessoalfoiaúnicaemqueseverificouumcrescimentode14,41%.
54 Relatório e Contas ‘08 ·ComissãodoMercadodeCapitaisRelatório e Contas 2009Comissão do Mercado de Capitais
08 Execução das Demonstrações Financeiras
54
55
TendocomobaseaLein.º09/97,de26deJunho,Lei-QuadrodoOr-çamentoGeraldoEstado,foramexecutadasaspeçascontabilísticas
aseguirdescritas,deacordocomoorçamentoaprovadoparaoexercíciode2009.OspressupostosparaaelaboraçãodasDemonstraçõesFinanceirastive-ramcomobase:
1. balanço Financeiro, em conformidade com o artigo 55º, da Lei-Quadro,apresentadonoquadro17;
2. balanço Patrimonial,comoconsignaoartigo56º,daLei-Quadro,apresen-tadonoquadro18e22;
3. Demonstração de Resultados,definidanoartigo57º,daLei-Quadro,apre-sentadanoquadro23.
balanço Financeiro
Em 2009 a DNT disponibilizou recursos nomontante de KZ 613.122.523,21,atravésdaplataformainformáticadoSistemaIntegradodeGestãoFinanceiradoEstado(SIGFE)queasseguraramacoberturafinanceiradasdespesas,repar-tidasdeacordocomoapresentadonoquadro17ecujosfluxosfinanceiroses-tãoemconformidadecomoartigo55ºdaLei-Quadro.
08 execução das Demonstrações Financeiras
Quadro 17
ReCeitAS DeSPeSAS
Descrição Valor Descrição Valor
Receitas de funcionamento 603.932.498,36 Despesas de funcionamento 603.932.498,36
Receitas de financiamento 9.190.024,85 Despesas de financiamento 9.190.024,85
total das Receitas 613.122.523,21 total das Despesas 613.122.523,21
Em2009aDNTdisponibilizourecursosnomontantedeKz.613.122.523,21,atravésdaplataformainformáticadoSistemaIntegradodeGestãoFinanceiradoEstado(SIGFE)queasseguraramacoberturafinanceiradasdespesas.
56 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
execução orçamental
Dentrodasdespesasdefuncionamentotemosduasclassesquesãodescritasaseguir:
ArubricaBenseServiçoséaquetemmaiorpeso,50,28%,ondesedestacamasdespesasjáreferidasnopontoEXECUÇÃOORÇAMENTALDETALHADADE2009.Nessepontoforamreferidos:OutrosServiços;ServiçosdeEnsino;SubsídiodeDeslocação;ServiçosdeSaúdeeServiçosdeManutençãoeConservação.
execução Patrimonial
Em31deDezembrode2009asúnicasclassesdoBalançoPatrimonialqueapre-sentamsaldossão:MeiosFixoseCapitaisPróprios.
OsCapitaisPróprios,maispropriamenteFundoSocial,serviramdecontraparti-daaosMeiosFixos,permitindoequilibrarascontasdoBalançoPatrimonial.PorissoaanáliseestácentradanacontadeMeiosFixos.
MeioS FiXoS
Registaram-semovimentossomentenoImobilizadoCorpóreo.Esteestáconta-bilizadopelocustohistóricoepelojustovalor.Em2009,noconjunto,osMeiosFixos,tinhamumvalorlíquidodeKZ53.505.295,59.
EmFevereirode2007foielaboradoumtrabalhopelaPKF/IntrustValue,repor-tadoaoexercíciode2006,quetevecomoobjectivoadeterminaçãodo justovalor.Nesteanoojustovalorrepresentou83%doCapitalFixodaCMC,situaçãoquesemantémem2009.
Quadro 18
Descrição Valor %
Pessoal 300.226.772,21 49,71%
bens e Serviços 303.669.726,15 50,28%
totAL 603.932.498,36 100,00%
Registaram-semovimentossomentenoImobilizado
Corpóreo.Esteestácontabilizadopelocusto
históricoepelojustovalor.Em2009,noconjunto,osMeiosFixos,tinhamumvalorlíquidodeKZ
53.505.295,59.
57
Destetrabalhoresultouaseguinteavaliação:
OdesenvolvimentodoImobilizadofoioseguinte:
––– iMobiLiZADo bRuto
––– AMoRtiZAçõeS ACuMuLADAS
08 execução das Demonstrações Financeiras
Quadro 19
Valor bruto Amortizações Valor Líquido
50.212.759,18 15.651.779,94 34.560.979,24
Quadro 20
Rubricas Saldo inicial Recontagem Física Aumentos Abates Saldo Final
equipamento Administrativo 7.382.492,93 7.770.487,00 354.150,93 423.555,66 14.729.424,27
equipamento informático 52.002.172,43 7.694.469,61 7.749.224,42 14.478.491,04 45.218.151,00
Mobiliário Diverso 19.610.103,18 (3.046.075,18) 578.479,50 570.525,00 15.993.503,00
Ferramentas e utensílios Diversos 389.598,00 0,29 0 389.598,29 0
Mobiliário Social 9.839.319,00 (1.262.161,76) 508.170,00 1.320.251,24 7.256.906,00
outras imobilizações Corpóreas 1.351.583,00 (824.991,00) 32.858,00 0 526.592,00
total 90.575.268,54 10.331.728,96 9.222.882,85 17.182.421,23 83.724.576,27
Quadro 21
Rubricas Saldo inicial Rectificação de taxas Aumentos Abates Saldo Final
equipamento Administrativo 1.259.356,31 771.741,42 1.764.034,21 133.157,00 3.661.974,94
equipamento informático 41.643.533,71 (26.043.708,73) 7.284.157,82 3.780.471,00 19.103.511,80
Mobiliário Diverso 7.931.309,82 (4.204.138,51) 1.567.249,80 138.490,00 5.155.931,11
Ferramentas e utensílios 292.200,00 (135.343,00) 0,00 156.857,00 0,00
Mobiliário Social 7.484.632,23 (5.544.907,10) 751.862,50 536.232,00 2.155.355,63
outras imobilizações Corpóreas 1.169.745,46 (1.079.897,46) 52.659,20 0,00 142.507,20
totais 59.780.777,53 (36.236.253,38) 11.419.963,53 4.745.207,00 30.219.280,68
58 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
––– iMobiLiZADo LÍQuiDo
Daanáliseaosquadrosacimaverificámos:
1. o imobilizado bruto,quadro20,totalizaKZ83.724.576,27;
2. As Amortizações Acumuladas têmcomoprincipaldestaqueoEquipamentoInformático,oquemostraquenãotemhavidonosúltimosexercíciosreno-vaçõesdestetipodeImobilizado;
3. o imobilizado Líquido édeKZ53.505.295,59.Ográfico8mostraopesodecadaumadassuascontas,verificando-sequeoEquipamentoInformáticoéoquetemmaiorrepresentatividade,comumvalorpercentualde44%,seguidodoMobiliárioDiversocomumpesode26%.
Quadro 22
Rubricas imobilizado bruto Amortizações imobilizado Líquido
equipamento Administrativo 14.729.424,27 3.661.974,94 11.067.449,33
equipamento informático 45.218.151,00 19.103.511,80 26.114.639,20
Mobiliário Diverso 15.993.503,00 5.155.931,11 10.837.571,89
Ferramentas e utensílios Diversos 0 0 0
Mobiliário Social 7.256.906,00 2.155.355,63 5.101.550,37
outras imobilizações Corpóreas 526.592,00 142.507,20 384.084,80
totais 83.724.576,27 30.219.280,68 53.505.295,59
Pessoal49%
bens e Serviços50%
Gráfico 8
imobilizado Líquido
equipamentoinformático
44%
Mobiliário Diverso26%
Mobiliário Social16%
equipamentoAdministrativo6%
outras imobilizaçõesCorpóreas
16%
59
Demonstração de Resultados
ADemonstraçãodeResultadosinsertanoquadro23épornatureza.AsDespe-sasconstantesnestaDemonstraçãojáforamobjectodeumaanálisedetalhada,noponto07-EXECUÇÃOORÇAMENTALDETALHADADE2009dapágina49.
Quadro 23
DeMoNStRAção De ReSuLtADoS A 31 De DeZeMbRo De 2009
Rubricas Valores
Receitas orçamentais Correntes: 603.932.498,36
Vendas e Prestações de Serviços -
total dos Proveitos de exploração 603.932.498,36
Despesas orçamentais Correntes: Custo das Mercadorias Vendidas -
Fornecimentos e Serviços externos 303.669.726,15
Custos com o Pessoal 300.262.772,21
Amortizações do exercício -
outros Custos de exploração -
total dos Custos de exploração 603.932.498,36
Resultados de exploração 0,00
Proveitos e Ganhos Financeiros 0,00
Custos e Perdas Financeiras 0,00
Juros Suportados 0,00
outros 0,00
Resultados Antes de impostos 0,00
imposto s/Rendimento do exercício 0,00
Resultado Líquido 0,00
08 execução das Demonstrações Financeiras
60 Relatório e Contas 2009 Comissão do Mercado de Capitais
Comparação da Demonstração de Resultados de 2009 com a de 2008
Quadro 24
Rubricas2009 2008
VariaçãoValor % Valor %
Receitas orçamentais Correntes: 603.932.498,36 100% 915.023.381,10 100% -34%
Vendas e Prestações de Serviços - - total dos Proveitos de exploração 603.932.498,36 100% 915.023.381,10 100% -34%
Despesas orçamentais Correntes: Custo das Mercadorias Vendidas - - Fornecimentos e Serviços externos 303.669.726,15 50% 652.582.380,63 71% -53,50%
Custos com o Pessoal 300.262.772,21 50% 262.441.000,47 29% 14,40%
Amortizações do exercício - - outros Custos de exploração - 0% - 0%
total dos Custos de exploração 603.932.498,36 100% 915.023.381,10 100% -34%
Resultados de exploração 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Proveitos e Ganhos Financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Custos e Perdas Financeiras 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Juros Suportados 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
outros 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Resultados Antes de impostos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
imposto s/Rendimento do exercício 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Resultado Líquido 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Oquadroacimamostra-nosquecomparando2009com2008,houveumde-créscimo nas rubricas, Receitas Orçamentais Correntes e Fornecimentos eServiçosExternos(BenseServiços)de34%e53.50%,respectivamente.Con-trariamente,osCustoscomoPessoal(DespesascomoPessoal)tiveramumcrescimentode14,4%.
61
AGestãoFinanceiradaCMCrege-seexclusivamentepeloregimejurídicoaplicávelàsentidadesquerevistamnatu-rezaeformajurídicadasSociedadesAnónimasdeCapitaisPúblicos,sendooseuOrçamentoelaboradodeacordocomoPlanoGeraldeContabilidade(PGC),conformeestabeleceoartigo2ºdoDecretonº82/2001de16/11.
ConformedespachodoMinistrodasFinanças,integramopatrimóniodaCMC,todososbensafectosaoseuserviçoedemaisvaloresaquetenhadireito,ouquevenhaaadquirir.
Notas explicativas às Demonstrações Financeiras
bASeS De APReSeNtAção DAS DeMoNStRAçõeS FiNANCeiRAS
As Demonstrações Financeiras encontram-se prepara-dasdeacordocomoPlanoGeraldeContabilidadeemvigoremAngolae:
––– Respeitamascaracterísticasderelevânciaefiabili-dade;
––– Foram preparadas na base da continuidade e doacréscimo;
––– Foram preparadas em obediência aos princípioscontabilísticosgeralmenteaceitesdaconsistência,materialidade,nãocompensaçãodesaldos.
CRitÉRioS De ReCoNHeCiMeNto e bASeS De VALoRiMetRiA eSPeCÍFiCAS
Emvirtudedasuaactividadenãogerarfluxoseconómi-cosetendoemconsideraçãoqueosfluxosfinanceirosgeradospelaCMCprovêemdaLein.º09/97,de26deJunho,Lei-QuadrodoOrçamentoGeraldoEstado,nãolheépossívelfazeranualmenteolançamentocontabi-lísticodasAmortizaçõesdoExercícionemaPrevisãodeFérias(princípiodoacréscimo).
Moeda de RelatoAs Demonstrações Financeiras foram elaboradas emkwanzas(KZ)emconformidadecomoponto”1.4–mo-edaderelatoerespectivagrandeza”doPGC.
Políticas ContabilísticasNãohouvealteraçõesàspolíticascontabilísticasrelati-vamenteaexercíciosanteriores.
transacções em Moeda estrangeiraAstransacçõesemmoedaestrangeiraforamvalorizadasnamoedadorelato,ouseja,emkwanzas.
imobilizações CorpóreasO Imobilizado Corpóreo encontra-se registado pelocustodeaquisiçãoepelojustovalor.AsAmortizaçõesforam calculadas pelo método das quotas constan-tes,poraplicaçãodastaxasconstantesnaPortarianº755/72.
08 execução das Demonstrações Financeiras
Relatório e Contas 2009Comissão do Mercado de Capitais
09 Evolução Previsível da CMC
62
63
ParaatingiroseudesideratonostermosdaLeinº.12/05,de23/09–ValoresMobiliáriosedaLeinº.13/05,de30/09–InstituiçõesFi-
nanceiras,consubstanciadonoDecretonº.09/05,de18/03,aCMC,entidadedesupervisãofinanceira,éexequíveleinadiávelanomeaçãoetomadadepos-se,em2010,doseuConselhodeAdministraçãoedoseuConselhoFiscal,bemcomoaaprovaçãodoprojectoderevisãodoseuEstatuto.
Entretanto,umaatençãoespecialterádeserdadaaoConselhoConsultivodaCMC,nomeado,massemtomadadeposseatéàdata,oquetemcriadodifi-culdadesde funcionamento,peloquese reforçaanecessidade imperiosadedinamizar este órgãode consulta e assessoriamultisectorial doConselhodeAdministração.
Porúltimo,comestasdecisões,aCMCprevêcontribuirparaofortalecimentodomercadodecapitais,emtodaaacepçãodapalavra,nostermosdoPlanoNacionalaprovadoparaobiénio2010-2011.
09 evolução Previsível da CMC
2009Relatório e Contas
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