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1 PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 TRIGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 12 DE MAIO DE 2014. (De acordo com o registrado no painel eletrônico, à hora regimental, para ensejar o início da sessão, comparecem os Senhores Deputados Atayde Armani, Da Vitória, Doutor Hércules, Elcio Alvares, Esmael de Almeida, Euclério Sampaio, Freitas, Genivaldo Lievore, Gilsinho Lopes, Jamir Malini, José Esmeraldo, Luzia Toledo, Marcelo Santos, Paulo Roberto, Roberto Carlos, Rodrigo Coelho e Theodorico Ferraço) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão. (Assume a 1.ª Secretaria, a convite do Presidente, o Senhor Deputado Freitas e a 2.ª Secretaria o Senhor Deputado Roberto Carlos) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Convido o Senhor Deputado Roberto Carlos a proceder à leitura de um versículo da Bíblia. (O Senhor Deputado Roberto Carlos lê Salmos, 9:18) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à leitura da ata da trigésima quinta sessão ordinária, realizada em 07 de maio de 2014. (Pausa) O SR. 2.º SECRETÁRIO (ROBERTO CARLOS) - Senhor Presidente, antes de iniciarmos a leitura da ata, convidamos todos os Senhores Deputados para a abertura solene do I Seminário Chuvas no Espírito Santo, amanhã, às 19h30min. Esse seminário será realizado em conjunto com a Assembleia Legislativa e a Universidade Federal do Espírito Santo e haverá palestra do Senhor Paulo Canedo, consultor do Banco Mundial e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Aprovada a ata como lida. (Pausa) Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à leitura da ata da oitava sessão solene, realizada em 08 de maio de 2014. (Pausa) (O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Aprovada a ata como lida. (Pausa) Convido o Senhor 1.º Secretário a proceder à leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO OFÍCIO N.º 152/2014 Vitória, 30 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atendimento à Decisão TC/2434/2014, prolatada no Processo TC-706/2014, encaminhamos a Vossa Excelência, para ciência, cópia da referida Decisão, do Voto do Relator, Conselheiro Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun, do Relatório de Análise Fiscal 7/2014 e da Instrução Técnica de Monitoramento Fiscal ITMF 10/2014, da 9ª Secretaria de Controle Externo. Atenciosamente, ODILSON SOUZA BARBOSA JUNIOR Secretário Geral das Sessões (Por delegação Portaria N nº 021/2011)

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PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014

TRIGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA

ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 12 DE MAIO DE 2014.

(De acordo com o registrado no painel eletrônico, à hora regimental, para ensejar o início da sessão,

comparecem os Senhores Deputados Atayde Armani, Da Vitória, Doutor Hércules, Elcio Alvares, Esmael

de Almeida, Euclério Sampaio, Freitas, Genivaldo Lievore, Gilsinho Lopes, Jamir Malini, José Esmeraldo,

Luzia Toledo, Marcelo Santos, Paulo Roberto, Roberto Carlos, Rodrigo Coelho e Theodorico Ferraço)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a

sessão.

(Assume a 1.ª Secretaria, a convite do Presidente, o Senhor Deputado Freitas e a 2.ª Secretaria o

Senhor Deputado Roberto Carlos)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Convido o Senhor Deputado Roberto Carlos a

proceder à leitura de um versículo da Bíblia.

(O Senhor Deputado Roberto Carlos lê Salmos, 9:18)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à

leitura da ata da trigésima quinta sessão ordinária, realizada em 07 de maio de 2014. (Pausa)

O SR. 2.º SECRETÁRIO – (ROBERTO CARLOS) - Senhor Presidente, antes de iniciarmos a leitura da

ata, convidamos todos os Senhores Deputados para a abertura solene do I Seminário Chuvas no Espírito Santo,

amanhã, às 19h30min. Esse seminário será realizado em conjunto com a Assembleia Legislativa e a Universidade

Federal do Espírito Santo e haverá palestra do Senhor Paulo Canedo, consultor do Banco Mundial e professor da

Universidade Federal do Rio de Janeiro.

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Aprovada a ata como lida. (Pausa)

Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à leitura da ata da oitava sessão solene, realizada em 08 de

maio de 2014. (Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Aprovada a ata como lida. (Pausa)

Convido o Senhor 1.º Secretário a proceder à leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

OFÍCIO N.º 152/2014

Vitória, 30 de abril de 2014.

Senhor Presidente:

Em atendimento à Decisão TC/2434/2014, prolatada no Processo TC-706/2014, encaminhamos a Vossa

Excelência, para ciência, cópia da referida Decisão, do Voto do Relator, Conselheiro Rodrigo Flávio Freire Farias

Chamoun, do Relatório de Análise Fiscal 7/2014 e da Instrução Técnica de Monitoramento Fiscal ITMF 10/2014,

da 9ª Secretaria de Controle Externo.

Atenciosamente,

ODILSON SOUZA BARBOSA JUNIOR

Secretário Geral das Sessões

(Por delegação – Portaria N nº 021/2011)

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Ao

Ex. mo

Sr.

DARY PAGUNG

Presidente da Comissão de Finanças, Economia, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tomada de Contas da

Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Ciente. À Comissão de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

BNDES

FINAME

SNDESPAR

OFÍCIO N.º 114/2014

Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014.

Senhor Presidente:

Em atenção ao disposto na Lei nº 9452/97, de 20.03.97, combinando com o parágrafo 2º do artigo 116, da

Lei nº 8.666/93, de 21.06.93, bem como na Decisão nº 958/2000, de 08.11.2000, do Plenário do Tribunal de Contas

da União (TCU), comunico a V. Excia. que o BNDES efetuou, no dia 28/04/2014, liberação de recursos financeiros

para o ESTADO DO ESPIRITO SANTO, no âmbito do(s) Contrato(s) nº(s) 12211551, no valor total de R$

67.000.000.

Atenciosamente,

CARLOS LEONARDO DE ARAUJO DELGADO

Gerente da GTES/DEFIN/AF

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Ciente. À Comissão de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

OFÍCIO N.º 10/2014

Vitória, 06 de maio de 2014.

Senhor Presidente:

Nos termos do artigo 67, inciso XVI do Regimento Interno, encaminho a Vossa Excelência Relatório

Mensal das Atividades desta Comissão, referente ao mês de abril de 2014.

Atenciosamente,

RODRIGO COELHO

Presidente da Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional

Ao

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Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Ciente. Arquive-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS

OFÍCIO N.º 121/2014

Vitória, 07 de maio de 2014.

Senhor Presidente:

Cumprimentando-o cordialmente, vimos encaminhar a Vossa Excelência, em atendimento ao disposto no

artigo 67, inciso XVI, da Resolução nº 2700, de 15 de julho de 2009, o Relatório das atividades desta Comissão de

Política sobre Drogas realizadas no corrente mês de Abril de 2014.

Aproveitamos o ensejo para renovar a Vossa Excelência nossos protestos do mais elevado apreço e distinta

consideração.

Atenciosamente,

JANETE DE SÁ

Deputada Estadual - PMN

Presidente da Comissão de Política Sobre Drogas

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Ciente. Arquive-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

OFÍCIO N.º 69/2014

Vitória, 05 de maio de 2014.

Senhor Presidente:

Solicitamos a tribuna popular do dia 02 de junho, segunda feira em que o Senhor FELIPE ARAUJO, da

Revista NOIX por NOIX, falará sobre o Hip Hop que transforma vidas, semeando esperança e multiplicando

conhecimento.

Subscrevo-nos,

Cordialmente,

JANETE DE SÁ

Deputada Estadual – Líder do PMN

Ao

Ex. mo

Sr.

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THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

(Comparece o Senhor Deputado José Carlos Elias)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Defiro.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

SECRETARIA NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

OFÍCIO N.º 229/2014

Brasília, 07 de maio de 2014.

Senhor Presidente:

Em cumprimento ao disposto no Art. 48 da Portaria Interministerial nº 507, de 24.11.2011, informamos a

Vossa Excelência que este Ministério, por intermédio da Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES,

assinou o seguinte convênio em 31/12/2013:

- Convênio nº 782753/2013 – Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e cdo

Empreendedorismo – ADERES, com o objetivo de promover a inclusão social e produtiva de

catadores/as de materiais reutilizáveis e recicláveis, bem como o fortalecimento coletivo e

cooperativo de seus empreendimentos solidários para o trabalho em Rede, com vistas à sua

emancipação e sustentabilidade.

O valor global do Convênio é de R$ 5.578.114,59 (cinco milhões, quinhentos e setenta e oito mil, cento e

catorze reais e cinquenta e nove centavos), sendo que foi procedido o pagamento da primeira parcela no valor de

R$ 1.790.00,00 (hum milhão, setecentos e noventa mil reais), em 30/04/2014. A vigência do instrumento legal é de

36 (trinta e seis) meses, a partir da data de assinatura.

Atenciosamente,

MARIA JOSÉ FERNANDES

Chefe de Gabinete – Substituta

SENAES/MTE Esplanada dos Ministérios, bloco F, sala 315. CEP: 70059-900 – Brasília/DF Fone: (61) 2031-6533

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Ciente. Às Comissões de Proteção ao Meio

Ambiente, de Assistência Social, de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

SECRETARIA DE SANEAMENTO HABITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO

OFÍCIO N.º 421/2014

Vitória, 30 de abril de 2014.

Senhor Presidente:

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Em cumprimento ao disposto no artigo 116, § 2º da Lei 8.666/93, consolidada, encaminhamos cópia do

Convênio nº 037/2014 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município

de Ecoporanga, objetivando a pavimentação e drenagem de Trecho da Rua Miguel Gonçalves de Souza no

Município de Ecoporanga/ES.

Atenciosamente,

IRANILSON CASADO PONTES

Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano Rua Sete de Setembro, nº 362, Palácio da Fonte Grande – Centro, Vitória/ES. Cep: 29015-00 – Tel.: 27 3636-5021/ 27 3636-5042

www.sedurb.es.gov.br

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

SECRETARIA DE SANEAMENTO HABITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO

OFÍCIO N.º 425/2014

Vitória, 05 de maio de 2014.

Senhor Presidente:

Em cumprimento ao disposto no artigo 116, § 2º da Lei 8.666/93, consolidada, encaminhamos cópia do

Convênio nº 049/2014 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município

de Água Doce do Norte, objetivando drenagem superficial e pavimentação na Rua Altiva Elizeu, no Município de

Água Doce do Norte/ES.

Atenciosamente,

IRANILSON CASADO PONTES

Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano Rua Sete de Setembro, nº 362, Palácio da Fonte Grande – Centro, Vitória/ES. Cep: 29015-00 – Tel.: 27 3636-5021/ 27 3636-5042

www.sedurb.es.gov.br

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

SECRETARIA DE SANEAMENTO HABITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO

OFÍCIO N.º 432/2014

Vitória, 06 de maio de 2014.

Senhor Presidente:

Em cumprimento ao disposto no artigo 116, § 2º da Lei 8.666/93, consolidada, encaminhamos cópia do

Convênio nº 036/2014 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município

de Mimoso do Sul, objetivando pavimentação e drenagem da Rua Cleison Martins Astolpho e Rua Projetada 1, no

Bairro Pratinha, no Município de Mimoso do Sul/ES.

Atenciosamente,

Page 6: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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IRANILSON CASADO PONTES

Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano Rua Sete de Setembro, nº 362, Palácio da Fonte Grande – Centro, Vitória/ES. Cep: 29015-00 – Tel.: 27 3636-5021/ 27 3636-5042

www.sedurb.es.gov.br

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

SECRETARIA DE SANEAMENTO HABITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO

OFÍCIO N.º 437/2014

Vitória, 06 de maio de 2014.

Senhor Presidente:

Em cumprimento ao disposto no artigo 116, § 2º da Lei 8.666/93, consolidada, encaminhamos cópia do

Convênio nº 028/2014 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município

de Alegre, objetivando pavimentação e drenagem da Rua Leonardo Furtado Lemos, Distrito de Anutiba, no

Munícipio de Alegre/ES.

Atenciosamente,

IRANILSON CASADO PONTES

Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano Rua Sete de Setembro, nº 362, Palácio da Fonte Grande – Centro, Vitória/ES. Cep: 29015-00 – Tel.: 27 3636-5021/ 27 3636-5042

www.sedurb.es.gov.br

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Ciente. Às Comissões de Saúde e Saneamento,

de Infraestrutura e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.º 098/2014, do Governador do Estado, encaminhando Projeto

de Lei n.º 119/2014, que inclui entidades no Anexo V da Lei Orçamentária n.º 10.164, de 03 de janeiro de 2014, em

favor da Secretaria de Estado da Cultura. Publicada integralmente no DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. À Comissão de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.º 099/2014, do Governador do Estado, encaminhando Veto

Total ao Projeto de Lei n.º 50/2013, de autoria do Deputado Glauber Coelho, que dispõe sobre a presença de

profissionais treinados em primeiros socorros nos eventos realizados no Estado e dá outras providências.

Publicada integralmente no DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 113/2014

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Denomina “Polo Industrial Norberto Lauer” o Polo Industrial localizado no Município de Vila

Pavão

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º Fica denominado de “Polo Industrial Norberto Lauer” o Polo Industrial localizado no Município de

Vila Pavão.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação oficial.

Sala das Sessões, 06 de maio de 2014.

FREITAS

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

A presente proposição visa denominar de “Polo Industrial Norberto Lauer” o Polo Industrial localizado no

Município de Vila Pavão.

A presente iniciativa visa homenagear o Sr. Norberto Lauer pela grande contribuição na construção da

história deste município. Filho de Jacob Lauer e Verônica Reetz Lauer, nascido aos 19 dias do mês de abril do ano

de 1940 na Vila Santa Luzia, então Município de Colatina, hoje Município de Pancas/ES, casou-se com Isaura

Jacob Lauer, aos 08 dias do mês de agosto de 1964, com quem teve 05 filhos: Normélia, Nelcy, Nicélia, Nerlia e

Ivan Lauer. Faleceu no dia 11 de fevereiro do ano 2010.

Apesar de aposentado, o Senhor Norberto exercia a profissão de eletricista. Na década de 80, fez curso

através do Projeto Rondon e era o único eletricista da região, realizando diversos serviços para a população, sendo

bastante conhecido naquele município. Sempre se apresentava com bastante disposição, apesar dos problemas de

saúde.

Diante da ausência de profissionais naquele município, atuava de forma voluntária, contribuindo na

instalação elétrica de empresa e de pessoas com pequeno poder aquisitivo.

Além disso, era produtor rural, gostava de cultivar a terra. Por muito anos atuou na Igreja Evangélica de

Confissão Luterana de Via Pavão. Participou efetivamente na construção da Igrejona nos anos 60.

Também deixou um legado de trabalho missionário que fazia em favor das pessoas doentes, das pessoas

afastadas da comunhão com Cristo. Membro participante, muito ativo na congregação da Igreja Assembléia de

Deus, onde sua valorosa deixou sua contribuição.

Diante da grande contribuição do Sr. Norberto Lauer para o Município de Vila Pavão, solicitamos especial

atenção para o estudo da matéria, bem como sua conseqüente aprovação, para que seja homenageado esse exemplar

cidadão.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. À Comissão de Justiça, na forma

do art. 276 do Regimento Interno.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 114/2014

Institui o Dia Estadual do Padeiro.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Artigo 1º - Fica instituído o Dia Estadual do PADEIRO, a ser comemorado anualmente no dia 01 do mês

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de agosto.

Artigo 2º - Esta lei entrará em vigor a partir da data de sua publicação.

Sala das Sessões, 06 de maio de 2014.

GLAUBER COELHO

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

Não temos como saber quem foi o primeiro padeiro da História. O pão com suas mais variadas vertentes,

cozido, com ou sem fermento, doce, salgado ou recheado está presente na imensa maioria das civilizações. É a

referência básica em alimentação na maior parte do mundo.

Os Cristãos têm na Bíblia várias referências ao pão, sendo a mais famosa a da Santa Ceia, onde o vinho é

identificado como o sangue e o pão com o corpo de Cristo.

Conta a história, que a Rainha Maria Antonieta, durante a Revolução Francesa ao saber que a população da

França não tinha pão para comer e passava fome, num momento de insensatez declarou “que comam brioches” –

que nada mais é do que um pão doce, mais trabalhado que o pão simples.

Em 2002, uma equipe de arqueólogos norte-americanos descobriu os restos do que deve ser a padaria mais

antiga do mundo, usada pelos egípcios para produzir o "pão do sol", que ainda é feito nos dias de hoje. Os

arqueólogos encontraram um local específico com bandejas e instrumentos utilizados para a feitura de pães que

remonta a 2.000 anos antes de Cristo.

Antigamente a profissão de padeiro era passada de “pai para filho”, pois a imensa maioria das padarias

eram negócios familiares. O pai era padeiro e transmitia seus ensinamentos para os filhos que davam continuidade

ao negócio.

Atualmente para quem deseja ser padeiro existem cursos que ensinam técnicas sobre como fazer pães dos

mais diversos tipos.

No Brasil existem atualmente mais de 63 mil padarias e o promissor mercado cresce cerca de 10 % ao ano.

Existem diversos modelos de padaria, desde as que fazem o tradicional, simples e delicioso pão francês até as

chamadas boutiques de pão, onde encontramos pães elaborados por padeiros que são verdadeiros gourmets.

Essa mesma realidade, respeitando a proporcionalidade dos números, se repete no Estado do Espírito Santo

onde existem hoje cerca de 02 mil padarias, sendo que 60% delas – as maiores e mais requintadas - estão

estabelecidas na Grande Vitória, cabendo aos demais municípios – em sua maioria – os pequenos empreendimentos

de caráter familiar.

Hoje para ser Padeiros ou Confeiteiro exige-se cada vez mais especialização. São necessários cursos de

capacitação técnica ou experiência comprovada.

Existem no Espírito Santo cerca de 20 mil trabalhadores na categoria, a maioria mulheres.

O SINTRAMASSAS - SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS EMPRESAS DE PANIFICACÃO,

PADARIAS E CONFEITARIA, MASSAS ALIMENTÍCIAS E BISCOITOS, TRIGO, TEMPEROS,

CONDIMENTOS, CONSERVAS ALIMENTÍCIAS IN-NATURA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO –, foi

fundado em 11 de outubro de 1999 é o legítimo e, legalmente constituído, representante dessa categoria no Estado

do Espírito Santo.

Por estas razões, apresento o presente Projeto a fim de agraciarmos essa importante categoria que torna

nossas manhãs mais saborosas, fabricando o alimento que está presente na vida de toda família capixaba.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Às Comissões de Justiça e de

Defesa da Cidadania, na forma do art. 276 do Regimento Interno.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

PROJETO DE LEI N.º 115/2014

Dispõe sobre a proibição de que Postos de Combustíveis abasteçam combustível nos veículos após

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9

ser acionada a trava de segurança da bomba de abastecimento.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º Fica proibido no âmbito do Estado que postos de combustíveis permitam continuar a encher o

tanque de combustível dos veículos, após o travamento automático de segurança da bomba de abastecimento.

Art. 2º O descumprimento do disposto no art. 1º da presente Lei implicará na imposição de multa no valor

de 1000 (mil) Valor de Referência do Tesouro Estadual- VRTE’s, aplicados em dobro no caso de reincidência.

Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Domingos Martins, 05 de maio de 2014.

LUZIA TOLEDO

Deputada Estadual - PMDB

JUSTIFICATIVA

De acordo com as informações que constam na grande maioria dos manuais dos automóveis que são

comercializados no nosso país, o volume máximo de combustível em um tanque não é a sua capacidade máxima

que está descrita nas especificações técnicas. Geralmente a quantidade que está especificada como máximo para

abastecimento é de, no mínimo, 10% (dez por cento) menos da capacidade máxima do tanque. É justamente por

isso que as bombas de abastecimento possuem uma trava de segurança que impede que o combustível chegue até a

borda do tanque.

No entanto, na grande maioria dos veículos está instalado um filtro na boca de entrada do tanque de

combustível, que tem como função fazer a absorção dos vapores que saem do tanque, tendo o papel de reduzir os

gases que são emitidos pelos veículos na atmosfera terrestre, gases estes que são prejudiciais para a vida no planeta

como um todo. Porém, se houver combustível em excesso, acaba inundando o filtro de combustível, fazendo com

que simplesmente perca a capacidade de fazer seu trabalho, que é de filtrar todo vapor que passa por ele e, como

esse filtro é feito de alguns elementos de carvão, acabam se soltando para dentro do tanque, podendo danificar o

motor.

Uma análise realizada sobre as informações relativas à toxicidade de cada uma das substâncias adicionadas

irregularmente à gasolina, leva a concluir que tal adulteração produz efeitos prejudiciais ao meio ambiente e à

saúde pública, uma vez que todas as substâncias alí encontrada são tóxicas, em maior ou menor grau. Uma delas, o

benzeno, é considerada, inclusive, uma das mais tóxicas de todas as utilizadas nos processos industriais. A

adulteração, com certeza, levará à extrapolação dos teores máximos que a gasolina deveria conter de benzeno, dos

hidrocarbonetos aromáticos em geral e dos hidrocarbonetos olefínicos. Não é possível, todavia, quantificar esses

efeitos, uma vez que não há informações das proporções de cada um dos solventes utilizados na adulteração.

Os problemas imediatos estão relacionados com a maior exposição dos trabalhadores de postos de venda de

combustível, assim como dos consumidores durante o abastecimento dos veículos, a uma concentração maior de

substâncias tóxicas, sem contar a exposição dos trabalhadores envolvidos no próprio processo de adulteração da

gasolina.

Mais difícil de avaliar é o aumento da emissão de diferentes poluentes atmosféricos, pela combustão do

combustível adulterado, e os poluentes secundários originados pela reação química dos primeiros com

componentes naturais da atmosfera, como por exemplo ozônio, uma substância altamente prejudicial ao meio

ambiente e à saúde humana.

A EPA relata aumento da incidência de leucemia em seres humanos expostos ocupacionalmente ao

benzeno e classifica a substância como carcinógeno humano.

Portanto, a razão de apresentarmos o presente Projeto de Lei é de impedir que o tanque transborde,

evitando consequências prejudiciais ao aumento da incidência de leucemia nos seres humanos, bem como a

reduzção dos gases emitidos pelos veículos na atmosfera terrestre, que prejudicam o meio ambiente.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Defesa do Consumidor e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

Page 10: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 116/2014

Dispõe sobre o envio de mensagens de textos de utilidade pública por prestadoras de serviços de

telefonia móvel no âmbito do Estado do Espírito Santo.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º As prestadoras de serviços de telefonia móvel ficam obrigadas, no âmbito do Estado, a enviar

mensagens de texto de utilidade pública, sem ônus para o poder público e para os usuários, nos casos de situação de

emergência ou estado de calamidade pública.

Art. 2º As mensagens terão seus textos elaborados conforme pedidos e orientações da Coordenadoria

Estadual de Defesa Civil do Estado ou, quando for o caso, de autoridades públicas de defesa civil municipal, nos

seguintes casos:

I – alertas sobre risco iminente de desastres associados a eventos naturais, como inundações,

deslizamentos, desabamentos e outras ocorrências semelhantes;

II – informações sobre locais seguros; e

III – orientações sobre salvamento de vidas e manutenção de serviços essenciais.

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 05 de maio de 2014.

LUIZ DURÃO

Deputado Estadual - PDT

Vice-Presidente da ALES

JUSTIFICATIVA

O Estado do Espírito Santo possui algumas regiões que podem sofrer com desastres advindos da força da

natureza, fatos esses que além de trazer prejuízos financeiros, podem vitimar vidas humanas. Isso, tendo em vista

os últimos acontecimentos ocorridos em nosso Estado no período compreendido entre o final do ano de 2013 e

início de 2014.

Assim, tendo em vista o grande volume de utilização do telefone celular nos dias de hoje, bem como o

grande alcance de pessoas que uma mensagem do tipo SMS (short message servisse) pode hoje atingir em

decorrência do avanço da tecnologia.

Além disso, deve ser levada em consideração a massificação do uso do telefone celular nos dias de hoje,

sendo proveitosa a utilização do serviço de mensagem de texto do tipo SMS, sigla em inglês para short message

service, popularmente conhecida como “torpedo”, como um eficiente canal de comunicação preventivo e de

orientação no caso de desastres naturais.

A sua utilização tem um imenso potencial para salvar vidas, o que por vezes, pode ser restringido pela

burocracia e pelos custos associados em seu emprego, em especial no que concerne aos municípios de menor poder

econômico, como é a realidade de vários no interior do nosso Estado.

Desse modo, espero o acolhimento dessa proposta pelos meus pares, por ser capaz de contribuir para

atenuar o sofrimento e as perdas decorrentes de desastres naturais no Estado, que possam advir.

(Comparece o Senhor Deputado Claudio Vereza)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Defesa do Consumidor e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

Page 11: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 117/2014

Dispõe sobre a Implementação do Programa de Identificação Civil para Crianças e Adolescentes

no âmbito do Estado do Espírito Santo.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1° - Fica instituído o Programa de Identificação Civil para Crianças e Adolescentes no âmbito do

Estado do Espírito Santo, cuja ação tem caráter contínuo e permanente.

Art. 2°- O Programa de Identificação Civil para Crianças e Adolescentes de que trata esta Lei tem por

objetivo:

I – Garantir que todas as crianças e adolescentes capixabas tenham acesso a Carteira de Registro de

Identidade de forma simplificada e desburocratizada.

II – Conscientizar os pais e responsáveis da importância de se registrar, no órgão público

competente, a impressão digital de seus filhos o mais cedo possível;

III – Conscientizar os pais e responsáveis, escolas, órgão públicos, que a medida visa combater o

desaparecimento de crianças e adolescentes, sequestros e dificultar a ação de quadrilhas que

praticam o tráfico nacional e internacional de crianças.

Art. 3°- Cabe ao Governo do Estado do Espirito Santo sistematizar e executar O Programa de Identificação

Civil por meio de suas Secretarias afins ao programa de acordo com a Legislação pertinente.

Art.4º- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 07 de maio de 2014.

RODRIGO COELHO

Deputado Estadual – PT

JUSTIFICATIVA

Campanha da Fraternidade deste ano trouxe como o tema “Fraternidade e Tráfico Humano”. A Campanha

da Fraternidade é um convite para nos convertermos a Deus e irmos ao encontro dos irmãos mais necessitados e

sofredores, sugerindo em cada ano um assunto que afeta diretamente a dignidade humana ou a vida em sentido

geral.

Falar de Tráfico Humano é muito forte ainda mais se pensarmos nas crianças, com a implementação deste

projeto de lei traremos as nossas crianças e adolescentes uma maior proteção. Segundo pesquisas a cada 11 minutos

desaparece uma pessoa no Brasil. São 141 pessoas que desaparecem por dia e 51.703 por ano, sendo que dos

desaparecidos 40 mil são crianças/adolescentes, em um único ano.

Fuga de casa devido aos maus tratos dos pais, dependência química, mendicância, prostituição infantil,

crimes de pedofilia (estupro, a grande maioria com morte), quadrilhas que atuam em território nacional e

internacional, adoção ilegal, trabalho escravo e tráfico de órgão, são algumas das possíveis causas de

desaparecimento.

Com a Instituição do Programa de Identificação Civil para as Crianças e Adolescentes o Estado poderá

armazenar em um único banco de dados informações que podem ser uteis na localização e identificação dos

desaparecidos, auxiliando as milhares de famílias que sofrem hoje com a ausência de seus entes queridos.

Assim conto com o apoio dos demais colegas e de V.Exa. na aprovação da desta proposição que é de suma

importância para o futuro das Crianças e Adolescentes do Estado do Espirito Santo.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Segurança e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

Page 12: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 118/2014

Dispõe sobre a criação, organização e atuação dos grêmios estudantis nos estabelecimentos de

ensino do Estado do Espírito Santo.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º - É assegurada nos estabelecimentos de ensino do Estado do Espirito Santo a criação, organização e

atuação de Grêmios Estudantis como entidades representativas dos interesses dos estudantes.

Art. 2º - É de competência exclusiva dos estudantes a definição das formas, dos critérios, dos estatutos e

demais questões referentes à criação e organização dos Grêmios Estudantis.

Art. 3º - Os estabelecimentos de ensino a que se refere o art. 1º da presente Lei deverão assegurar espaços

para divulgação e instalações dos Grêmios, além de garantir:

I - a livre divulgação dos jornais e outras publicações do Grêmio, bem como de suas Entidades de

representação Estudais.

II - a participação do Grêmio nos Conselhos Fiscais e Consultivos das instituições de ensino.

III - o acesso dos representantes das entidades estudantis às salas de aula e demais espaços de

circulação dos estudantes.

Art. 4º - Os membros da diretoria do Grêmio terão assegurada a permanência e rematrícula a partir da sua

eleição até um ano após o fim de seu mandato.

Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 05 de maio de 2014.

RODRIGO COELHO

Deputado Estadual – PT

JUSTIFICATIVA

No decorrer dos tempos os jovens vem assumindo papel cada vez mais importante no enfrentamento das

questões de interesse público de nosso Estado. Nesse contexto os movimentos sociais organizados são de suma

importância para a construção de uma sociedade mais democrática.

Através deste Projeto pretendemos estimular nos alunos da rede estadual de ensino o interesse para se

organizarem através de Grêmios. Os grêmios são entidades representativas e autônomas, que contribuem para a

prática de experiências participativas de cunho coletivo e social, campo fértil para exercício e promoção da

cidadania de forma plena.

Ao desenvolvermos este propositura buscamos amparo na Lei 7.398 que dispõe sobre a organização de

entidades representativas dos estudantes de 1º e 2º grau, assegurando “a organização de Estudantes como entidades

autônomas representativas dos interesses dos estudantes secundaristas com finalidades educacionais, culturais,

cívicas esportivas e sociais” (art. 1º).

“Os Grêmios Estudantis constituem uma entidade historicamente presente no enfrentamento de questões

políticas, sociais e econômicas, atinentes à formação da realidade brasileira” (GONZÁLEZ, Jorge Luis

Cammarano; MOURA, Marcilene Rosa Leandro. Protagonismo juvenil e grêmio estudantil: a produção do

indivíduo resilente. Eccos Revista Científica, São Paulo, v. II, n. 2, jul/dez 2009, p. 375-392.).

Assegurar a garantia do direito ao exercício da cidadania e ao protagonismo juvenil capixaba, torna-se uma

obrigação do Estado e de todo operador do direito que para seu bem trabalhar. Assim, diante do exposto, conto com

o apoio dos demais colegas e de V.Exa. na aprovação desta proposição que é de suma importância para a

democracia em nosso Estado.

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O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Educação e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 014/2014, do Deputado José Carlos Elias,

que concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Arilmes de Souza Neves. Publicado integralmente no

DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 015/2014, do Deputado Luiz Durão, que

concede o Título de Cidadão Espírito-Santense a Senhora Helen de Souza Brito. Publicado integralmente no DPL

do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 016/2014, do Deputado Gilsinho Lopes,

que concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Mário Sérgio Lorençatto. Publicado integralmente

no DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 017/2014, da Deputada Solange Lube, que

concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Erlon José Paschoal. Publicado integralmente no DPL

do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 018/2014, da Deputada Lúcia Dornellas,

que concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Simião Barbosa dos Santos. Publicado

integralmente no DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 019/2014, da Deputada Lúcia Dornellas,

que concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Ronaldo Omar Martins Dutra. Publicado

integralmente no DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 020/2014, do Deputado Doutor Hércules,

que concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Geuvane Célio Clara. Publicado integralmente no

DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

Page 14: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 021/2014, do Deputado Atayde Armani,

que concede o Título de Cidadão Espírito-Santense a Senhora Dayane Santos de Souza. Publicado integralmente

no DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 022/2014, do Deputado José Carlos Elias,

que concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Valdeci Marcelino de Santana. Publicado

integralmente no DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 023/2014, do Deputado Glauber Coelho,

que concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Kleber Luiz Mendonça Terra. Publicado

integralmente no DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 024/2014, do Deputado Glauber Coelho,

que concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Jailto Lima do Nascimento. Publicado integralmente

no DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 025/2014, do Deputado Glauber Coelho,

que concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Railton Lima. Publicado integralmente no DPL do

dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 026/2014, do Deputado Jamir Malini, que

concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Eliseu Massing. Publicado integralmente no DPL do dia

13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 027/2014, do Deputado Jamir Malini, que

concede Título de Cidadão Espírito-Santense à Senhora Lêda Heloisa da Silva Bendinelli. Publicado

integralmente no DPL do dia 13 de maio de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se. Após o cumprimento do art. 120

do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

Page 15: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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PARECER N.º 158/2014

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 23/2014

Autor: Deputado Rodrigo Coelho

Ementa: “Altera a denominação da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Joassuba para Escola

Estadual de Ensino Fundamental e Médio de Joassuba “Sr. Antônio Patricio de Fontoura”.

I – RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 23/2014, de autoria do Deputado Rodrigo Coelho, visa alterar a denominação da Escola

Estadual de Ensino Fundamental e Médio Joassuba para Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio de

Joassuba “Sr. Antônio Patricio de Fontoura”.

A proposição foi protocolada no dia 04/02/2014, lida na Sessão Ordinária do dia 05/02/2014, e sua

publicação no Diário do Poder Legislativo deverá ser providenciada pelo setor competente e apensada nos autos.

A proposta seguiu os trâmites regimentais e, distribuída a esta Comissão, cabendo-nos agora examiná-la e

oferecer parecer em conformidade com o que preceitua o artigo 41, inciso I, do Regimento Interno (Resolução nº

2.700/09).

É o relatório.

II – PARECER DO RELATOR

DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA JURIDICIDADE, CONSTITUCIONALIDADE

FORMAL E MATERIAL, LEGALIDADE, E TÉCNICA LEGISLATIVA.

O Projeto em foco de nº 23/2014, de autoria do Deputado Rodrigo Coelho, visa alterar a denominação da

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Joassuba para Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio

de Joassuba “Sr. Antônio Patricio de Fontoura”.

Conforme justificativa do autor, a homenagem, que ora se pretende prestar, tem por objetivo alterar a

denominação da escola acima mencionada, como forma de reconhecer e homenagear postumamente o senhor

Antônio Patricio de Fontoura, diante de sua história em favor da educação naquela região, uma vez que por muitos

anos participou da Diretoria da Sociedade Beneficente de Educação de Joassuba, pertencente ao município de

Ecoporanga.

Após o falecimento do pai, conforme certidão de óbito nº 1.387/73, fornecida pelo Cartório de Registro

Civil de Ecoporanga, seu filho o Sr. Albino Fontoura a época vice-presidente da Sociedade Beneficente de

Educação, Ensino e Melhoramentos do Distrito de Joassuba, preocupado com a educação dos cidadãos daquela

região, apresentou à Secretaria Estadual de Educação – SEDU, um pedido de criação de escola que acolhesse aos

alunos de 5ª a 6ª série daquele Distrito.

O senhor Albino Fontoura foi atendido em sua solicitação e hoje a entidade funciona com a denominação

de Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Joassuba.

O agraciado, Sr. Antônio Patricio de Fontoura, juntamente com sua esposa Etelvina de Jesus, eram

trabalhadores rurais que com muita dificuldade criaram os seus quatro filhos dentro dos valores e que a educação é

tudo aquilo que um homem de bem precisa para se transformar e transformar o meio em que vive, inspirando seu

filho Albino e outros moradores a lutarem em favor da educação.

Nota-se que não consta na Certidão de Óbito o número do CPF para consulta se o homenageado foi

condenado por ilícito praticado contra os direitos humanos, por crime contra a administração pública ou por

envolvimento com a repressão nos governos militares, isto porque na época em que viveu eram raros os cadastros

de pessoas físicas (registro de cidadão na Receita Federal Brasileira), pois não era obrigatório possuir tal

identificação, fazendo lembrar que a vida no interior possuía poucos recursos e realizações em geral escassas.

Assim, entendemos que a denominação de Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio de Joassuba

“Sr. Antônio Patricio de Fontoura”, é uma homenagem póstuma a um ícone da história do município de

Ecoporanga.

Sob o prisma da constitucionalidade formal, não há quaisquer obstáculos a serem levantados, visto que a

matéria objeto da proposição, é de competência legislativa do Estado, sendo esta competência decorrente de sua

capacidade de se auto-administrar e autolegislar conforme previsão disposta nos arts. 18, caput e 25, caput, da

Constituição Federal, in verbis:

“Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a

União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta

Constituição.”

Page 16: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados

os princípios desta Constituição.”

O presente Projeto de Lei está também amparado pelo art. 151, § 3º, do Regimento Interno do Poder

Legislativo, que versam:

“Art. 151. Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.

(...)

§ 3º Os projetos de lei são os destinados a regular as matérias de competência do Poder

Legislativo com sanção do Governador do Estado.”

No que tange a iniciativa legislativa, constatamos que compete a Assembleia Legislativa de iniciar o

referido Projeto de Lei na conformidade com o art. 63, caput, da Constituição Estadual, a saber:

“Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao

Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os

requisitos estabelecidos nesta Constituição.”

Verifica-se assim que a espécie normativa adequada para tratar do tema é a Lei Ordinária, estando neste

aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual, conforme o art. 61, III, in verbis:

“Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:

(...)

III – leis ordinárias.”

O quórum necessário para aprovação será obtido com a maioria dos votos, presente a maioria absoluta dos

membros da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, em votação nominal, conforme

preceituam os art. 276, I e 277, § 1º, do Regimento Interno.

Consoante determina o Regimento Interno nos arts. 148, III, o regime de tramitação é o especial, a

discussão e votação ocorrerão no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, salvo

recurso de 1/5 dos Deputados (art. 60, §2º, XI, da Constituição Estadual) – fazendo jus a sua positivação no Título

VII do Regimento Interno – que disciplina as matérias sujeitas aos processos especiais.

Após análise dos aspectos constitucionais formais, resta-nos analisar os aspectos materiais, comparando o

conteúdo do projeto com os preceitos constitucionais. Assim, as normas introduzidas no referido projeto encontram

compatibilidade com os preceitos constantes das Constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e

garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, por conseguinte, os princípios

da isonomia e da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão

expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos

de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se por

observado o presente requisito legal.

Vale mencionar que a proposição, nos termos em que se acha redigida, encontra-se plenamente compatível

com os comandos da Resolução nº. 2.700/2009 (Regimento Interno).

Cumpre ainda destacar que a presente iniciativa se encontra de acordo com a legislação especifica que trata

o assunto, ou seja, a Lei Estadual nº 8.870/08 e suas alterações.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o

atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/1998, com introduções apresentadas pela

Lei Complementar Federal nº 107/2001, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu.

A Diretoria de Redação, no âmbito de suas atribuições, realizou estudo de técnica legislativa da proposição

em epígrafe, constante à fl. 07 dos autos, o qual concluímos por sua adoção.

Constatamos, ainda, que, conforme fl. 05 dos autos, a Diretoria de Documentação e Informação-DDI,

confirmou, preliminarmente, que não existem normas em vigor similares ou correlatas sobre o assunto em tela.

Concluímos pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA

LEGISLATIVA do PROJETO DE LEI Nº 23/2014, e está de acordo com os dispositivos acima citados, podendo

assim seguir sua regular tramitação nesta Casa de Leis, razão pela qual somos adoção do seguinte:

III - PARECER N.º 158/2014

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela

constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 23/2014, de autoria

Page 17: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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do Deputado Rodrigo Coelho bem como por sua APROVAÇÃO na forma do artigo 276 do Regimento Interno

(Resolução 2.700/09).

Plenário Rui Barbosa, 06 de maio de 2014.

ELCIO ALVARES

Presidente

LUZIA TOLEDO

Relatora

JOSÉ CARLOS ELIAS

CLAUDIO VEREZA

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Inclua-se na Ordem do Dia para cumprimento

do prazo recursal.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 159/2014

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 29/2014

Autor: Deputado Luiz Durão

Ementa: “Denomina “Major Márcio Luiz Boni” o Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Motorizada (ROTAM) da

Polícia Militar do Espírito Santo”.

I – RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 29/2014, de autoria do Deputado Luiz Durão, visa denominar “Major Márcio Luiz

Boni” o Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Motorizada (ROTAM) da Polícia Militar do Espírito Santo.

A proposição foi protocolada no dia 05/02/2014, lida na Sessão Ordinária do dia 10/02/2014, e encontra-se

publica no Diário do Poder Legislativo conforme fls. 07/08 dos autos.

A proposta seguiu os trâmites regimentais e, distribuída a esta Comissão, cabendo-nos agora examiná-la e

oferecer parecer em conformidade com o que preceitua o artigo 41, inciso I, do Regimento Interno (Resolução nº

2.700/09).

É o relatório.

II – PARECER DO RELATOR

DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA JURIDICIDADE, CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E

MATERIAL, LEGALIDADE, E TÉCNICA LEGISLATIVA.

O Projeto em foco de nº 29/2014, de autoria do Deputado Luiz Durão, visa denominar “Major Márcio Luiz

Boni” o Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Motorizada (ROTAM) da Polícia Militar do Espírito Santo.

Conforme justificativa do autor, a homenagem, que ora se pretende prestar, tem por objetivo agraciar um

dos ícones da história recente da Polícia Militar do Espírito Santo, o Major PM Marcio Luiz Boni, atribuindo seu

nome ao Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Motorizada – ROTAM, da PMES.

O Oficial homenageado teve uma destacada carreira desde seu ingresso naquela corporação, onde foi o 1º

colocado no concurso de admissão (1992) e no Curso de Formação de Oficiais da PMES, na primeira turma de

Oficiais a ser formada na PMES (1994).

Oficial brilhante serviu nas mais destacadas Unidades da PMES, tendo exercido várias funções na

ROTAM, incluindo a de maior relevância: Comandante.

Como instrutor, participou da formação, habilitação e aperfeiçoamento de diversos policiais militares nos

cursos regulares na unidade, sempre se destacando pelo brilhantismo intelectual e personalidade cativante.

Na vida acadêmica foi professor universitário, jurista, mestre em Ciências Jurídicas, tendo lecionado em

importantes Unidades de Ensino Superior de nosso estado.

“Falamos de sonhos a vida toda e posso garantir que nossas realizações nunca vão parar. Eu não

morri ainda. Temos muito ainda para construir. Como militares, juramos defender a sociedade. Nós

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damos a vida para defender a população.” (Maj Boni)

Com esta distinta homenagem que ora objetivamos fazer, esse inesquecível Oficial permanecerá, de

geração em geração, vivo em nossas lembranças e na nossa história, como exemplo de vida e de profissionalismo.

Oportunamente destacamos que a ROTAM (Ronda Ostensiva Tática Motorizada), é um batalhão

especializado da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, criada em 14 de maio de 2009, e regulamentada pelo

Decreto nº 2.746-R, de 26 de janeiro de 2010, do Poder Executivo Estadual, cuja competência é realizar ações de

polícia ostensiva e preservação da ordem pública pela modalidade de patrulhamento.

Relatamos ainda que outras corporações localizadas nos Estados da Federação, também receberam nomes

de militares, soldados, comandantes já falecidos, que prestaram relevantes serviços à sociedade e à unidade militar

a qual integravam, tais como:

- O 3º Batalhão de Engenharia de Combate (3ºBE.CMb) que é uma unidade militar do Exército

Brasileiro, f undado em 1917, localizado na cidade de Cachoeira do Sul – RS. No ano de 1954,

recebeu sua denominação histórica de “Batalhão Conrado Bittencourt”, em homenagem ao

Brigadeiro Conrado Maria da Silva Bittencourt, que assumiu o comando da corporação na

Expedição do Paraguai, onde conduziu-o vitoriosamente no território inimigo.

- O 1º Batalhão da Polícia de Choque de São Paulo, em 15 de outubro de 1970 passou a denominar-

se “Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar”, em homenagem ao Brigadeiro Rafael Tobias de

Aguiar, presidente da província de São Paulo, criador da Força Pública, embrião da Policia Militar

daquele Estado, sendo considerado patrono e fundador da PM.

Assim, entendemos que a denominação de “Major Márcio Luiz Boni” ao Batalhão de Ronda Ostensiva

Tática Motorizada (ROTAM), da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, é uma homenagem póstuma a um

ícone da história da PM-ES, uma vez que o militar faleceu no dia 18/09/2013, com apenas 39 anos de idade. O

Deputado proponente, já conta com o apoio de vários militares, todos componentes da ROTAM, que visitaram esta

Casa de Leis com o objetivo de agradecer pela referida iniciativa.

Sob o prisma da constitucionalidade formal, não há quaisquer obstáculos a serem levantados, visto que a

matéria objeto da proposição, é de competência legislativa do Estado, sendo esta competência decorrente de sua

capacidade de se auto-administrar e autolegislar conforme previsão disposta nos arts. 18, caput e 25, caput, da

Constituição Federal, in verbis:

“Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a

União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta

Constituição.”

“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados

os princípios desta Constituição.”

O presente Projeto de Lei está também amparado pelo art. 151, § 3º, do Regimento Interno do Poder

Legislativo, que versam:

“Art. 151. Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.

(...)

§ 3º Os projetos de lei são os destinados a regular as matérias de competência do Poder

Legislativo com sanção do Governador do Estado.”

No que tange a iniciativa legislativa, constatamos que compete a Assembleia Legislativa de iniciar o

referido Projeto de Lei na conformidade com o art. 63, caput, da Constituição Estadual, a saber:

“Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao

Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os

requisitos estabelecidos nesta Constituição.”

Verifica-se assim que a espécie normativa adequada para tratar do tema é a Lei Ordinária, estando neste

aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual, conforme o art. 61, III, in verbis:

“Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:

(...)

III – leis ordinárias.”

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O quórum necessário para aprovação será obtido com a maioria dos votos, presente a maioria absoluta dos

membros da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, em votação nominal, conforme

preceituam os art. 276, I e 277, § 1º, do Regimento Interno.

Consoante determina o Regimento Interno nos arts. 148, III, o regime de tramitação é o especial, a

discussão e votação ocorrerão no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, salvo

recurso de 1/5 dos Deputados (art. 60, §2º, XI, da Constituição Estadual) – fazendo jus a sua positivação no Título

VII do Regimento Interno – que disciplina as matérias sujeitas aos processos especiais.

Após análise dos aspectos constitucionais formais, resta-nos analisar os aspectos materiais, comparando o

conteúdo do projeto com os preceitos constitucionais. Assim, as normas introduzidas no referido projeto encontram

compatibilidade com os preceitos constantes das Constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e

garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, por conseguinte, os princípios

da isonomia e da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão

expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos

de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se por

observado o presente requisito legal.

Vale mencionar que a proposição, nos termos em que se acha redigida, encontra-se plenamente compatível

com os comandos da Resolução nº. 2.700/2009 (Regimento Interno).

Cumpre ainda destacar que a presente proposição se encontra de acordo com a legislação especifica que

trata o assunto, ou seja, a Lei Estadual nº 8.870/08 e suas alterações.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o

atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/1998, com introduções apresentadas pela

Lei Complementar Federal nº 107/2001, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu.

A Diretoria de Redação, no âmbito de suas atribuições, realizou estudo de técnica legislativa da proposição

em epígrafe, constante à fl. 06 dos autos, o qual concluímos por sua adoção.

Constatamos, ainda, que, conforme fl. 04 dos autos, a Diretoria de Documentação e Informação-DDI,

confirmou, preliminarmente, que não existem normas em vigor similares ou correlatas sobre o assunto em tela.

Concluímos pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA

LEGISLATIVA do PROJETO DE LEI Nº 29/2014, e está de acordo com os dispositivos acima citados, podendo

assim seguir sua regular tramitação nesta Casa de Leis, razão pela qual somos adoção do seguinte:

III – PARECER N.º 159/2014

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela

constitucionalidade, legalidade, juridicidade, boa técnica legislativa, bem como Aprovação do Projeto de Lei

nº 29/2014, de autoria do Deputado Luiz Durão.

Plenário Rui Barbosa, 06 de maio de 2014.

ELCIO ALVARES

Presidente

LUZIA TOLEDO

Relatora

JOSÉ CARLOS ELIAS

CLAUDIO VEREZA

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Inclua-se na Ordem do Dia para cumprimento

do prazo recursal.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 160/2014

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 39/2014

Autor: Deputado Estadual Gilsinho Lopes

Ementa: “Dispõe sobre o direito e a proteção às vítimas de crimes”.

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RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 39/2014, de autoria de Exmo. Deputado Estadual Gilsinho Lopes, visa dispor sobre o

direito e a proteção às vítimas de crimes.

A proposição foi protocolizada no dia 17.02.2014 e lida na sessão do dia 19.02.2014, oportunidade em que

recebeu despacho denegatório do Exmo. Presidente da Mesa Diretora, com fulcro no art. 143, VIII, do Regimento

Interno, por infringência ao art. 63, parágrafo único, III e VI, da Constituição Estadual.

O Exmo. Deputado Estadual autor do projeto de lei interpôs recurso junto a esta Comissão de Constituição

e Justiça, Serviço Público e Redação, com amparo no parágrafo único do art. 143 do Regimento Interno, que foi

admitido regimentalmente.

Em 19.02.2014, o deputado autor protocolou Emenda Supressiva nº 001/2014, visando suprir o artigo 3º do

referido projeto.

Após, o projeto de lei veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para

exame e emissão de parecer com base no artigo 41 c/c 82, § 4º, ambos do Regimento Interno.

É o relatório.

PARECER DO RELATOR

Após analisar a proposição sob a ótica da constitucionalidade formal, concorda-se com os fundamentos

expostos pela douta Procuradoria desta Assembleia Legislativa no parecer jurídico anexado aos autos, os quais

serão transcritos nos parágrafos seguintes.

A Constituição Federal, em algumas hipóteses, reserva a possibilidade de dar início ao processo legislativo

a apenas algumas autoridades ou órgãos como forma de subordinar a eles a conveniência e a oportunidade da

deflagração do debate legislativo em torno do assunto reservado. 1

Neste Prisma, estabelece a Constituição Federal que deve ter origem no Poder Executivo, lei que dispõe

sobre a existência de órgãos da Administração, e que disposições normativas sobre organização e funcionamento da

Administração Federal, que não impliquem aumento de despesa, devem ser objeto de decreto do Presidente da

República2, nos termos do art. 61, § 1º, II, “e”, e do art. 84, VI, “a”, verbis:

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou

Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao

Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao

Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta

Constituição.

§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

[...]

II - disponham sobre:

[...]

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto

no art. 84, VI;

[...]

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

[...]

VI – dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de

despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

Com efeito, as disposições normativas relacionadas a funcionamento e a atribuições de órgãos do Poder

Executivo devem ser objeto de decreto do Presidente da República, exceto se implicarem aumento de despesa,

hipótese em que devem estar inseridas em lei ordinária, cuja iniciativa é reservada àquela autoridade.

Conforme entendimento consolidado do Supremo Tribunal Federal, os Estados-membros, em tema de

processo legislativo, devem observância à sistemática adotada pela Constituição Federal – princípio da simetria.

Neste sentido, seguem ementas de acórdãos proferidos por aquela Egrégia Corte:

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ALAGONA N. 6.153,

DE 11 DE MAIO DE 2000, QUE CRIA O PROGRAMA DE LEITURA DE JORNAIS E

PERIÓDICOS EM SALA DE AULA, A SER CUMPRIDO PELAS ESCOLAS DA REDE

OFICIAL E PARTICULAR DO ESTADO DE ALAGOAS. 1. Iniciativa privativa do Chefe

do Poder Executivo Estadual para legislar sobre organização administrativa no âmbito do

Estado. 2. Lei de iniciativa parlamentar que afronta o art. 61, § 1º, inc. II, alínea e, da

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Constituição da República, ao alterar a atribuição da Secretaria de Educação do Estado de

Alagoas. Princípio da simetria federativa de competências. 3. Iniciativa louvável do legislador

alagoano que não retira o vício formal de iniciativa legislativa. Precedentes. 4. Ação direta de

inconstitucionalidade julgada procedente.3

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N.º 11.830, DE 16 DE

SETEMBRO DE 2002, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. ADEQUAÇÃO DAS

ATIVIDADES DO SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL E DOS ESTABELECIMENTOS DE

ENSINO PÚBLICOS E PRIVADOS AOS DIAS DE GUARDA DAS DIFERENTES

RELIGIÕES PROFESSADAS NO ESTADO. CONTRARIEDADE AOS ARTS. 22, XXIV;

61, § 1.º, II, C; 84, VI, A; E 207 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. No que toca à

Administração Pública estadual, o diploma impugnado padece de vício formal, uma vez que

proposto por membro da Assembleia Legislativa gaúcha, não observando a iniciativa

privativa do Chefe do Executivo, corolário do princípio da separação de poderes. Já, ao

estabelecer diretrizes para as entidades de ensino de primeiro e segundo graus, a lei atacada

revela-se contrária ao poder de disposição do Governador do Estado, mediante decreto, sobre

a organização e funcionamento de órgãos administrativos, no caso das escolas públicas; bem

como, no caso das particulares, invade competência legislativa privativa da União. Por fim,

em relação às universidades, a Lei estadual n.º 11.830/2002 viola a autonomia

constitucionalmente garantida a tais organismos educacionais. Ação julgada procedente.4

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 6.835/2001 DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. INCLUSÃO DOS NOMES DE PESSOAS FÍSICAS E

JURÍDICAS INADIMPLENTES NO SERASA, CADIN E SPC. ATRIBUIÇÕES DA

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA. INICIATIVA DA MESA DA ASSEMBLÉIA

LEGISLATIVA. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. A lei 6.835/2001, de iniciativa

da Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, cria nova atribuição à

Secretaria de Fazenda Estadual, órgão integrante do Poder Executivo daquele Estado. À luz

do princípio da simetria, são de iniciativa do Chefe do Poder Executivo estadual as leis que

versem sobre a organização administrativa do Estado, podendo a questão referente à

organização e funcionamento da Administração Estadual, quando não importar aumento de

despesa, ser regulamentada por meio de Decreto do Chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º,

II, e e art. 84, VI, a da Constituição federal). Inconstitucionalidade formal, por vício de

iniciativa da lei ora atacada.5

A Constituição do Estado do Espírito Santo, em consonância com a Constituição Federal, atribui

exclusivamente ao Governador do Estado a competência para propor leis sobre organização administrativa e sobre

estruturação e atribuições dos órgãos vinculados ao Poder Executivo, verbis:

Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembléia Legislativa,

ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos,

satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.

Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham

sobre:

[...]

III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo;

VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder

Executivo.

O Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo – órgão responsável pelo controle de constitucionalidade

das leis estaduais e municipais em relação à Constituição Estadual –, com fulcro nos dispositivos constitucionais

acima transcritos, declarou a inconstitucionalidade formal subjetiva de lei estadual de iniciativa parlamentar que

impôs a órgão do Poder Executivo estadual incumbências administrativas, verbis:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI ESTADUAL Nº 6.640, DE 11 DE

ABRIL DE 2001, PROMULGADA PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA - USURPAÇÃO

DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DO PODER EXECUTIVO ESTADUAL - OFENSA

AO PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DOS PODERES - VIOLAÇÃO AO ART. 17; ART. 63,

PARÁGRAFO ÚNICO, INC. VI, E ART. 64, INC. I, TODOS DA CONSTITUIÇÃO DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI Nº 6.640⁄2001.

1) A Lei Estadual nº 6.640⁄2001 instituiu o "disque-denúncia" e impôs a órgão do Poder

Executivo Estadual, a Secretaria de Segurança Pública, incumbências administrativas,

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visando operacionalizar tal lei, matérias estas de iniciativa privativa do Senhor Governador

do Estado, consoante o estatuído no inciso VI do art. 63, da Carta Estadual. Violação dos

princípios constitucionais decorrentes do art. 61, §1º, inciso II, ‘b’, da CF e artigos 17; 63,

parágrafo único, inc. VI e art. 64, inc. I, todos da Constituição Estadual. 2) Incorre em

violação ao princípio da autonomia dos poderes a proposição pela Assembléia Legislativa de

projeto de lei de iniciativa privativa do Poder Executivo Estadual (violação ao caput, do art.

17, da Constituição Estadual).6

Em que pese a salutar intenção do projeto de lei, verifica-se afronta ao princípio constitucional da reserva

de administração, o que impede a ingerência normativa do Poder Legislativo em matérias sujeitas à exclusiva

competência administrativa do Poder Executivo.

Nesse arrimo, descreve CANOTILHO, em sua obra Teoria da Constituição a cerca do princípio

constitucional da reserva de administração: “um núcleo funcional da administração ‘resistente’ à lei, ou seja, um

domínio reservado à administração contra as ingerências do parlamento” (CANOTILHO, José Joaquim Gomes.

Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 3ª Ed. Coimbra: Almedina, p. 686).

Cabe ressaltar, que o autor do projeto com intuito de sanar o vício formal que a proposição padece,

protocolou em 19 de fevereiro de 2014, Emenda Supressiva nº 01/2014 (anexo), que visa suprir o art. 3º. De fato, a

referida emenda presta-se a escoimar da proposição outra inconstitucionalidade caracterizada pela indevida

inserção de norma tratando da instituição de um Fundo Destinado as Vítimas. Todavia, a referida emenda não

supriu a infringência apontada pela Mesa Diretora, que conforme assinalado é da espécie formal.

Diante de tais elementos, entendo que a proposição, mesmo com a emenda proposta pelo Deputado autor, é

inócua, visto que se trata de usurpação de inciativa do Chefe do Poder Executivo Estadual, expediente que a Carta

Magna não tolera.

Vale registrar que o artigo 2° do Projeto tem como destinatário os poderes publico estaduais. Vale dizer: no

que pertine ao fornecimento de informações, dos condenados (e não acusados conforme menciona o projeto),

figurarão como destinatários da norma o Tribunal de Justiça e a Secretaria de Estado e Justiça. Como se vê é

patente a pretensão legislativa de se imiscuir na esfera reservada dos mencionados poderes.

Eventualmente superado o intransponível óbice de natureza formal, haveria de se considerar ainda que

parte do teor da proposição já esta encartado nas atribuições cometidas ao Programa Estadual de Proteção a

Vítimas e Testemunhas, criada pela Lei estadual nº 53745/97.

Relativamente ao artigo 4º a prescrição nele contida me afigura redundante, já que repete atribuições que,

nos termos do sistema legal vigente já constituem atribuição da Defensoria Publica.

São estas as considerações pertinentes na análise da propositura legislativa em foco.

Deixa-se de analisar os demais aspectos do projeto de lei, com espeque no art. 9º, § 5º, do Ato nº

2.517/2008.

Em face do exposto, opina-se pela INCONSTITUCIONALIDADE do Projeto de Lei n.º 39/2014,

juntamente com a Emenda Supressiva 01/2014, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Gilsinho Lopes e,

por conseguinte, pela manutenção do despacho denegatório do Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa Diretora,

não devendo seguir sua tramitação regular nesta Casa de Leis.

Sendo assim, sugerimos aos demais membros desta Comissão o seguinte:

PARECER N.º 160/2014

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, é pela

inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 39/2014, juntamente com a Emenda Supressiva 01/2014, de autoria do

Excelentíssimo Senhor Deputado Gilsinho Lopes e, por conseguinte, pela manutenção do despacho denegatório

do Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa Diretora, não devendo seguir sua tramitação regular nesta Casa

de Leis.

Plenário Rui Barbosa, 06 de maio de 2014.

ELCIO ALVARES

Presidente

LUZIA TOLEDO

Relatora

JOSÉ CARLOS ELIAS

CLAUDIO VEREZA

1 MENDES, Gilmar Ferreira de; Branco, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional, 6ª edição, 2011, São Paulo: Saraiva, p. 902. 2 MENDES, Gilmar Ferreira de; Branco, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional, 6ª edição, 2011, São Paulo: Saraiva, p. 903. 3 STF - ADI 2329/AL - Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA - Julgamento: 14/04/2010

Page 23: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

23

4 STF - ADI 2806/RS - Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO - Julgamento: 23/04/2003 5 STF - ADI 2857/ES - Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA - Julgamento: 30/08/2007 6 TJ-ES - Ação de Inconstitucionalidade n. 100050001195 - Relator: ARNALDO SANTOS SOUZA - Data do Julgamento: 16/03/2006

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 161/2014

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 63/2014

Autor: Deputado Doutor Hércules

Ementa: “PROÍBE O ENVIO DA PERMISSÃO DE CONDUÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR VIA

CORREIOS”.

RELATÓRIO

O presente Projeto de Lei nº 063/2014, de autoria do Deputado Doutor Hércules, proíbe o envio da

permissão de condução de veículo automotor via Correios.

O Projeto foi protocolizado no dia 19/03/2014. Por sua vez, a Proposição foi lida na Sessão Ordinária do

dia 24/03/2014, oportunidade esta em que recebeu despacho denegatório do Senhor Presidente da Assembleia

Legislativa pela devolução ao seu autor, com base no art. 143, VIII do RI e por infringência direta ao comando

disposto no artigo art. 22, XI da Constituição Federal.

O autor, tempestivamente, interpôs recurso regimental contra o despacho denegatório da Mesa Diretora,

com fincas no parágrafo único do art. 143 do Regimento Interno, para que a matéria fosse à Comissão de

Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, para exame da constitucionalidade e da legalidade.

O Projeto de Lei veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e

parecer na forma do artigo 143, parágrafo único do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09). Distribuída à

matéria, coube-me analisar e apresentar parecer jurídico.

Este é o Relatório.

PARECER DO RELATOR

Examinando o Projeto de autoria do Ilustre Deputado, verificamos que, relativamente ao PROCESSO

LEGISLATIVO, que o mesmo encontra-se viciado quanto à competência legislativa, tendo em vista que ela

pertence a União, ex vi do art. 22, XI, da Constituição Federal, que estabelece:

“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

XI - trânsito e transporte;”

Portanto, leis que disponham sobre trânsito e transporte, são de iniciativa privativa da União, abaixo

colacionamos dois julgados de matéria análoga da Suprema Corte:

“Lei do Estado do Pará. Serviço de transporte individual de passageiros prestado por meio de

ciclomotores, motonetas e motocicletas. Competência privativa da União para legislar sobre

trânsito e transporte (art. 22, XI, CF). Precedentes (ADI 2.606/SC).” (ADI 3.135, Rel. Min.

Gilmar Mendes, julgamento em 1º-8-2006, Plenário, DJ de 8-9-2006.) No mesmo sentido: ADI

3.136, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 1º-8-2006, Plenário, DJ de 10-11-2006

"Lei do Estado de São Paulo. Fiscalização eletrônica. Multa. Competência da União.

Inconstitucionalidade material. É da competência exclusiva da União legislar sobre trânsito e

transporte, sendo necessária expressa autorização em lei complementar para que a unidade

federada possa exercer tal atribuição (CF, art. 22, inciso XI e parágrafo único). Não tem

competência o Estado para legislar ou restringir o alcance de lei que somente a União pode

editar (CF, art. 22, XI). Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente." (ADI 2.328,

Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 17-3-2004, Plenário, DJ de 16-4-2004.)

Page 24: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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É de se salientar haver óbice dentre as formalidades relativas à competência legislativa do Poder Executivo

e, com efeito, a prestação de serviços públicos é matéria compreendida na competência legislativa do Executivo,

consoante os ditames constitucionais vigentes. Ademais, a Lei Complementar Federal nº95/1998 prescreve no art.

7º, I, que não poderá ser disciplinado o mesmo assunto por mais de uma lei. No caso em exame, trata-se de

responsabilidades e competências específicas dos órgãos relacionados ao trânsito brasileiro, que compõem Sistema

Nacional de Trânsito - SNT.

O dito Sistema é responsável pela regulamentação das normas contidas no Código, estabelecimento de

Diretrizes da Política Nacional de Trânsito, execução e controle dessa política. Assim, o SNT é “o conjunto de

órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidade o exercício

das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos,

formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento,

fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades”.

Vê-se que a política nacional de transito está por definição institucional, incluída na responsabilidade do

Ministério da Justiça, a quem estão vinculados os dois órgãos máximos: o Conselho Nacional de Trânsito –

CONTRAN, órgão normativo e consultivo, e o Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, órgão

executivo. Dessa forma, a competência desses órgãos é regulamentar, normatizar, coordenar e fazer cumpri a

legislação de trânsito.

Aos órgãos estaduais e municipais de trânsito cabe implementar, por delegação de competência das

instâncias federais, a política nacional de trânsito. Referentemente aos DETRAN’s, compete o registro e o controle

de veículos e a habilitação de condutores, bem como, a função de fiscalização no seu âmbito de atuação, não há

qualquer autonomia para regulamentar as normas do Código de Trânsito Brasileiro.

Sendo assim, nota-se que a proposição em epígrafe, malgrado os elevados propósitos do seu autor,

confronta com o sistema constitucional de iniciativas reservadas estabelecidas pela Constituição Federal.

Não há, pois como contornar o obstáculo antedito que, assume as feições de uma típica

inconstitucionalidade formal, cujos efeitos fulminam integralmente a proposição.

Por todas as linhas de diagnose realizada, chega-se a conclusão de que o Projeto em estudo, in totum, não

se sustenta juridicamente, por possuir gravame de inconstitucionalidade. Desta forma, perante a análise jurídica,

verificando-se do diagnóstico decorrente que, incontestavelmente, a pretensa normatividade da Proposição

Legislativa traz diversos pontos de antinomia com os preceitos da Constituição Federal, tornando-se gravada como

formalmente inconstitucional.

Em face das razões expendidas, concluímos pela MANUTENÇÃO do despacho denegatório do

Presidente da Mesa Diretora da ALES, aposto ao Projeto de Lei n.º 063/2014, de autoria do Deputado Doutor

Hércules.

Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 161/2014

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela

manutenção do despacho denegatório do Presidente da Mesa Diretora, aposto ao Projeto de Lei n.º 063/2014,

de autoria do Deputado Doutor Hércules.

Plenário Rui Barbosa, 06 de maio de 2014.

ELCIO ALVARES

Presidente

LUZIA TOLEDO

Relatora

JOSÉ CARLOS ELIAS

CLAUDIO VEREZA

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 154/2014

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 77/2014

Page 25: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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Autora: Deputada Luzia Toledo

Ementa: “Denomina de Cais das Artes “Marien Calixte” o conjunto arquitetônico projetado para o Cais das

Artes, localizado no Município de Vitória”.

I - RELATÓRIO

O presente Projeto de Lei nº 77/2014 de autoria da Deputada, Luzia Toledo, que “Denomina de Cais das

Artes “Marien Calixte” o conjunto arquitetônico projetado para o Cais das Artes, localizado no Município de

Vitória.”.

A presente proposição foi protocolada no dia 31 de março de 2014, sendo lida na Sessão Ordinária do dia

02 de abril de 2014. Quanto a publicação no Diário do Poder Legislativo que não pode ser dispensada, conforme

determina o artigo 149 do Regimento Interno, deve ser providenciada e juntada aos autos pelo setor competente o

mais breve possível para que a matéria tenha uma regular tramitação.

Segundo informações apresentadas na justificativa, o presente projeto em apreço tem por objetivo

homenagear um dos maiores intelectuais e ferrenho incentivador das artes no Estado do Espírito Santo. Jornalista,

escritor, pintor, um artista multifacetado, nasceu no Méier e mudou-se para o Estado do Espírito Santo com 10 anos

de idade. Esteve na vanguarda da literatura e da pintura no Estado, comandou o programa “O Som do Jazz”, por

mais de 50 anos, atuou como repórter, editor e diretor de redação de importantes jornais capixabas, além de ter sido

correspondente de veículos nacionais como “Jornal do Brasil”.

Ganhou destaque em cargos públicos e como produtor cultural, ao atuar como secretário de Turismo de

Vitória – quando criou o famoso slogan “Viver é Ver Vitória”, como presidente da Fundação Cultural (atual

Secretaria de Cultura do Estado), diretor do Teatro Carlos Gomes e membro do Instituto Histórico e Geográfico do

Espírito Santo e da Academia Espírito Santense de Letras. Ainda, entre suas inúmeras conquistas, estão a

construção da Biblioteca Pública do Estado e a reforma e revitalização do Teatro Carlos Gomes, que recebeu, em

sua gestão, grandes nomes da música e do teatro nacional.

O Projeto ora em análise preenche os requisitos estabelecidos pela Lei nº 8.870/2008.

Analisado pela douta Procuradoria desta Casa de Leis, a matéria, recebeu parecer pela sua

constitucionalidade e legalidade, devendo a matéria prosperar em sua tramitação regular por não conter vícios à sua

natureza. Seguindo sua regular tramitação, a matéria veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço

Público e Redação, para análise e parecer quanto a sua constitucionalidade, legalidade juridicidade e técnica

legislativa. Por designação do Presidente desta Comissão, coube a mim e examinar a presente matéria na forma do

Art. 41, inciso I do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009).

Passo a fundamentar a análise desenvolvida.

É o relatório

II – PARECER DO RELATOR

Da análise quanto ao aspecto da legalidade, da constitucionalidade formal e material e da juridicidade

A Lei nº 8.870/2008, estabelece que só possa ser atribuído nomes de pessoas falecidas que,

comprovadamente, hajam prestado relevantes serviços à comunidade ou se destacado no campo da ciência, das

letras e das artes.

Em análise dos autos, observa-se que o homenageado, segundo informações apresentadas na justificativa, é

um dos maiores intelectuais e ferrenho incentivador das artes no Estado do Espírito Santo. Jornalista, escritor,

pintor, um artista multifacetado, nasceu no Méier e mudou-se para o Estado do Espírito Santo com 10 anos de

idade. Por mais de 50 anos, atuou como repórter, editor e diretor de redação de importantes jornais capixabas, além

de ter sido correspondente de veículos nacionais como “Jornal do Brasil”.

Ganhou destaque em cargos públicos e como produtor cultural, ao atuar como secretário de Turismo de

Vitória – quando criou o famoso slogan “Viver é Ver Vitória”, como presidente da Fundação Cultural (atual

Secretaria de Cultura do Estado), diretor do Teatro Carlos Gomes e membro do Instituto Histórico e geográfico do

Espírito Santo e da Academia Espírito Santense de Letras. Ainda, entre suas inúmeras conquistas, estão a

construção da Biblioteca Pública do Estado e a reforma e revitalização do Teatro Carlos Gomes, que recebeu, em

sua gestão, grandes nomes da música e do teatro nacional.

Não resta dúvida, pela descrição do projeto, que se trata de matéria afeta ao Estado, uma vez que a

denominação dos bens públicos estaduais é um ato de liberalidade da administração pública estadual no exercício

de sua competência legislativa remanescente prevista no artigo 25, § 1º, da Constituição Federal, cuja redação é a

seguinte:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados

os princípios desta Constituição.

Page 26: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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§ 1º. São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta

Constituição.

Quanto à iniciativa da proposição, concluímos por sua subjunção aos preceitos constitucionais constantes

do artigo 63, caput, da Constituição Estadual, que estabelecem a iniciativa concorrente para legislar sobre a matéria

em questão.

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao

Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público, e aos cidadãos, satisfeitos

os requisitos estabelecidos nesta Constituição.

(...)

Assim, o Projeto não enfrenta as limitações formais do parágrafo único do artigo 63 da Constituição

Estadual.

A espécie normativa adequada será a lei ordinária. O Regimento Interno, no seu art. 276, I, prevê que os

projetos de lei sobre denominação de bens públicos deverão ser votados na comissão de Constituição e Justiça,

Serviço Público e Redação, e serão aprovados, conforme o disposto no art. 277, § 1º, do RI (Resolução nº

2.700/2009), isto é, pela decisão da maioria, estando presente a maioria absoluta dos seus membros, em votação

nominal. O regime inicial de tramitação será o especial.

Após análise dos aspectos constitucionais formais, resta-nos analisar os aspectos materiais, comparando as

regras do Projeto com os preceitos constitucionais. Assim, as normas introduzidas no referido Projeto encontram

compatibilidade com as regras e princípios constantes das Constituições Federal e Estadual, em especial os direitos

e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, assim, os princípios da

isonomia e da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

O projeto, nos termos em que se acha redigido, encontra-se em consonância com os dispositivos do

Regimento Interno e atende os dispositivos da Lei Estadual nº 8.870/2008, alterada pela lei nº 9.097/2009 e

9.431/2010.

A Lei Complementar Federal nº. 95/98, alterada pela Lei Complementar nº. 107/2001 recomenda a

previsão expressa da vigência da lei, de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos

projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se

por observado o presente requisito legal. E ainda, em relação à vigência do Projeto de Lei no tempo cabe destacar:

a obrigatoriedade só surge com a publicação no Diário Oficial; sua força obrigatória está condicionada à sua

vigência, ou seja, ao dia em que começar a vigorar; as próprias leis costumam indicar a data que entrarão em vigor;

se nada dispuser a respeito, entrará em vigor no território nacional, 45 dias após a publicação; fora do país, 3 meses

(art. 1º LICC; o espaço de tempo compreendido entre a publicação da lei e sua entrada em vigor denomina-se

vacatio legis).

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o

atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/1998, com introduções apresentadas pela

Lei Complementar Federal nº 107/2001, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu.

Visando adequar o presente Projeto de Lei à técnica legislativa, às normas gramaticais, às normas para

padronização dos atos legislativos estabelecidas pela Secretaria Geral da Mesa, foi apresentada pela Diretoria de

Redação sugestão de modificação de seu teor, conforme descreve a fl. 07 dos autos, a qual analisamos e

concluímos por sua adoção.

Diante o exposto sugerimos aos demais membros desta Comissão a adoção do seguinte:

III – PARECER N.º 154/2014

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela

constitucionalidade e legalidade do Projeto de Lei nº 77/2014, de autoria da Deputada, Luzia Toledo, que

"Denomina Cais das Artes “Marien Calixte” o conjunto arquitetônico projetado para o Cais das Artes,

localizado no Município de Vitória", bem como sua aprovação na forma do artigo 276 do Regimento Interno.

Plenário Rui Barbosa, 06 de maio de 2014.

ELCIO ALVARES

Presidente

CLAUDIO VEREZA

Relator

LUZIA TOLEDO

Page 27: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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JOSÉ CARLOS ELIAS

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Inclua-se na Ordem do Dia para cumprimento

do prazo recursal.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 162/2014

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 257/2013

Autor: Deputado Estadual Dary Pagung

Ementa: “Obriga os fornecedores de serviços no Estado a comunicar antecipadamente por escrito ao

consumidor no caso de interrupção ou cancelamento de cobrança na modalidade de débito em conta”.

RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 257/2013, de autoria do senhor Deputado Estadual Dary Pagung, como dispõe a ementa

da proposição “Obriga os fornecedores de serviços no Estado a comunicar antecipadamente por escrito ao

consumidor no caso de interrupção ou cancelamento de cobrança na modalidade de débito em conta”.

O Projeto de Lei em análise foi protocolizado em 12 de agosto de 2013 e lido no expediente da Sessão

Ordinária do dia 14 de agosto de 2013. Em adendo, cabe grifar que os autos do Projeto de Lei nº 257/2013 não

informam que ocorreu a devida publicação do mesmo no Diário do Poder Legislativo – DPL, desta forma, destaca-

se que este procedimento é regimental e não pode ser dispensado sob pena de invalidade do referido projeto por

irregularidade formal insanável, nos termos dos dispositivos previstos nos artigos 120 e 149 do Regimento Interno

da augusta Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Resolução nº 2.700/2009).

Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o

presente parecer, de acordo com o artigo 41, inciso I, do Regimento Interno.

É o relatório.

II – PARECER DO RELATOR

A- ANÁLISE DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL

O Projeto de Lei nº 257/2013, de autoria do senhor Deputado Estadual Dary Pagung, como dispõe a ementa

da proposição “Obriga os fornecedores de serviços no Estado a comunicar antecipadamente por escrito ao

consumidor no caso de interrupção ou cancelamento de cobrança na modalidade de débito em conta”.

Preambularmente, cabe a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação efetuar um

primeiro juízo acerca da compatibilidade do projeto com as normas constitucionais, realizando o chamado controle

preventivo de constitucionalidade, ou seja, aquele que ocorre durante o processo legislativo de formação do ato

normativo.

Assim o fazendo, deve-se perquirir, ab initio, a qual ente político a Constituição Federal confere

competência para legislar acerca da matéria versada no projeto. Nesta árdua tarefa, cabe fazer menção às sábias

palavras de José Afonso da Silva:

A autonomia das entidades federativas pressupõe repartição de competências para o

exercício e desenvolvimento de sua atividade normativa. Esta distribuição constitucional de

poderes é o ponto nuclear da noção de Estado federal. São notórias as dificuldades quanto a

saber que matérias devem ser entregues à competência da União, quais as que competirão aos

Estados e quais as que se indicarão aos Municípios.1

O referido mestre age muito bem ao apontar ser laboriosa a tarefa de se definir com precisão cirúrgica a

repartição de competências trazidas pelo texto da Carta Magna. De fato, neste ponto, exige-se estudo profícuo,

afinal, a todo instante se estará a tocar o tão valorado pacto federativo, ou forma federativa de Estado, erigida ao

status de cláusula pétrea, ou núcleo intangível do arcabouço normativo constitucional.

O princípio que nortear uma possível solução para este encargo é o da predominância do interesse. Nesse

particular, mais uma vez somos compelidos a fazer uso das palavras de José Afonso da Silva, a fim de defini-lo:

Page 28: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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O princípio geral que norteia a repartição de competência entre as entidades componentes do

Estado federal é o da predominância do interesse, segundo o qual à União caberão aquelas

matérias e questões de predominante interesse geral, nacional, ao passo que aos Estados

tocarão as matérias e assuntos de predominante interesse regional, e aos Municípios

concernem os assuntos de interesse local (…).2

Após perscrutar o Texto Maior, verificou-se que o Projeto de Lei ora analisado pretende veicular normas

que não se encontram inseridas no rol de competências cometidas ao Estado-membro.

Compete exclusivamente à União legislar acerca do Sistema Financeiro Nacional, como se pode inferir da

interpretação conjunta dos dispositivos a seguir destacados, todos extraídos do texto da Carta Maior:

Art. 21. Compete à União:

(...)

VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza

financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de

previdência privada;

(...)

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

(...)

VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;

(...)

Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento

equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o

compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que

disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o

integram.

A proposição aqui analisada pretende instituir obrigação voltada às instituições financeiras, consistente no

dever de informar aos seus correntistas caso haja interrupção ou cancelamento de cobrança na modalidade de

débito em conta. Aspira-se a criar regulamentação que se aplica a instituições que compõem o Sistema Financeiro

Nacional, adentrando, indubitavelmente, na competência legislativa exclusiva supracitada.

A jurisprudência do Excelso Supremo Tribunal Federal também perfilha tal linha argumentativa:

EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Lei nº 12.775/2003, do Estado de

Santa Catarina. Competência legislativa. Sistema financeiro nacional. Banco. Agência

bancária. Adoção de equipamento que, embora indicado pelo Banco Central, ateste

autenticidade das cédulas de dinheiro nas transações bancárias. Previsão de obrigatoriedade.

Inadmissibilidade. Regras de fiscalização de operações financeiras e de autenticidade do ativo

circulante. Competências exclusivas da União. Ofensa aos arts. 21, VIII, e 192, da CF. Ação

julgada procedente. Precedente. É inconstitucional a lei estadual que imponha às agências

bancárias o uso de equipamento que, ainda quando indicado pelo Banco Central, ateste a

autenticidade das cédulas de dinheiro nas transações bancárias.3

EMENTA: - Ação direta de inconstitucionalidade. Argüição de inconstitucionalidade dos

artigos 1., 2., 3. e 4. da Lei 919/95 do Distrito Federal. Pedido de liminar. - Embora essas

normas digam respeito especificamente ao Banco Regional de Brasilia, que fica autorizado a

fazer tal conversão observados esses requisitos legais, são elas disciplinadoras de operação de

crédito de instituição financeira, razão por que e relevante o fundamento da argüição de

inconstitucionalidade com base na alegação de invasão de competência privativa da União

para legislar sobre politica de crédito (artigo 22, VII, da Constituição Federal), competência

essa que, conjugada com as de fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente

as de crédito (artigo 21, VIII, da Carta Magna) e de, por lei complementar, regular "a

organização, o funcionamento e as atribuições do banco central e demais instituições

financeiras publicas e privadas" (artigo 192, IV, da Constituição), permite a União, de forma

privativa, disciplinar o crédito em todas as suas modalidades, regulamentando, inclusive, com

a fixação de limites, prazos e condições, as operações de emprestimo efetuadas com as

instituições financeiras publicas e privadas de natureza bancaria. - Ocorrencia, no caso, do

requisito da conveniencia da suspensão dos dispositivos impugnados. Pedido de liminar

deferido, para suspender, "ex nunc" e até final decisão, os artigos 1., 2., 3. e 4. da Lei 919, de

13 de setembro de 1995, do Distrito Federal.4

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Destarte, por ser privativa da União a competência para legislar sobre o Sistema Financeiro Nacional, e

ainda por não ter sido promulgada lei complementar federal autorizando os Estados a legislar sobre tal matéria (art.

22, parágrafo único, da Constituição Federal), infere-se que o Projeto de Lei em exame é formalmente

inconstitucional – inconstitucionalidade formal orgânica.

Por todas as linhas de diagnose realizada, chega-se a conclusão de que o Projeto em estudo, in totum, não

se sustenta juridicamente, por possuir gravames de inconstitucionalidade. Desta forma, perante a análise jurídica,

verifica-se do diagnóstico decorrente que, incontestavelmente, a pretensa normatividade da Proposição Legislativa

traz pontos de antinomia com os preceitos constitucionais, tornando-se gravada como formalmente

inconstitucional.

Por fim, salienta-se que por vislumbrar a inconstitucionalidade formal do projeto de Lei, resta prejudicada a

análise dos demais aspectos intrínsecos ao parecer técnico legislativo, nos temos do parágrafo 5º, do art. 9º do Ato

n.º 2.517/2008, que estabelece as normas de organização e funcionamento da Procuradoria Geral da Assembleia

Legislativa do Estado do Espírito Santo (Lei Complementar n.º 287/2004), senão vejamos:

§ 5º - Averiguada a inconstitucionalidade da proposição no exame de um dos aspecto

previstos nos incisos do caput deste artigo, o Procurador poderá considerar prejudicado o

exame dos demais.

São estas as considerações pertinentes na análise da propositura legislativa em foco.

Em conclusão final, o Projeto de Lei n.º 257/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Estadual

Dary Pagung, é formalmente INCONSTITUCIONAL e, não há emenda que lhe promova saneamento, não

devendo seguir sua tramitação regular nesta Casa de Leis.

Por todo o exposto, sugerimos aos Membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 162/2014

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela

INCOSTITUCIONALIDADE do Projeto de Lei nº 257/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado

Dary Pagung.

Plenário Rui Barbosa, 06 de maio de 2014.

ELCIO ALVARES

Presidente

LUZIA TOLEDO

Relatora

JOSÉ CARLOS ELIAS

CLAUDIO VEREZA

1 SILVA. José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 23ª ed. São Paulo: Malheiros editores, 2003, p. 475. 2 SILVA. José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 23ª ed. São Paulo: Malheiros editores, 2003, p. 476. 3 ADI 3515, Relator (a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 01/08/2011, DJe-187 DIVULG 28-09-2011 PUBLIC 29-09-2011 EMENT VOL-

02597-01 PP-00056 RTJ VOL-00219- PP-00176. 1 ADI 1357 MC, Relator (a): Min. MOREIRA ALVES, Tribunal Pleno, julgado em 19/12/1995, DJ 19-04-1996 PP-12212 EMENT VOL-01824-01 PP-00153.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 163/2014

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 412/2013

Autora: Deputada Luzia Toledo

Assunto: Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Técnico em Estética e Tecnólogo em Estética, no

Estado

I – RELATÓRIO

Page 30: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

30

Trata-se de projeto de lei de iniciativa da Excelentíssima Senhora Deputada Luzia Toledo, que apresenta o

seguinte assunto: dispõe sobre a regulamentação das profissões de Técnico em Estética e Tecnólogo em Estética,

no Estado.

Segue a justificativa da presente proposição (fls. 05/06):

Ressaltar que a regulamentação da Profissão de Técnico em Estética e Tecnólogo em Estética é um

fator de inclusão e reconhecimento de milhares de profissionais já qualificados no mercado de

trabalho, profissionais estes que representam uma verdadeira mudança na forma de pensar o

conceito de estética na vida moderna. Esteticista é o profissional que cuida da beleza, auto-estima e

saúde humanas, executando procedimentos de prevenção, manutenção e recuperação estéticas.

Apesar de não regulamentada, essa profissão é exercida de forma eficaz, adequada e a contento e

que trazem bastante sucesso aos profissionais hoje no estado. Há um projeto de lei, 959/03, que tem

como objetivo a regulamentação da classe, tramitando na Câmara Federal, mas os mais de 5 mil

profissionais informais em atividade no estado não podem mais esperar.

(...)

A regulamentação Técnico em Estética e Tecnólogo em Estética corresponde a um resgate do

Governo do Estado com a grande massa de trabalhadoras e trabalhadores deste ramo profissional.

A qualidade de vida e a auto-estima desses trabalhadores e profissionais que vêem em primeiro

lugar. Esse reconhecimento possibilitaria que os profissionais dessa classe pudessem ter maior

reconhecimento; os cargos e salários poderiam ser estudados de forma mais adequada; os

profissionais teriam a quem recorrer quando se sentissem lesados; os profissionais teriam uma

fonte de orientação e de informação nesse complexo e promissor mundo de trabalho; os

profissionais poderiam ainda ter um canal para sugestões e reclamações. Além disso, a sociedade

seria beneficiada, pois ao contratar os serviços de um profissional esteticista teria a quem recorrer

em busca de orientação, reclamação, sugestão ou consulta.

Afirmamos que: conforme o artigo 24, incisos V e VIII, e XII da Constituição Federal, competem

aos Estados legislar sobre assuntos referentes à produção, e ao consumo, bem como

responsabilidade por danos causados ao consumidor, e previdência social, proteção e defesa da

saúde. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa

plena, para atender a suas peculiaridades.

Com base nas premissas aqui emitidas, também cabe ao Estado legislar sobre a matéria que ora se

discute.

Esse projeto de lei e de relevante interesse de uma categoria e de interesse público.

O Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa Diretora, à fl. 02, proferiu despacho denegatório, com fulcro

no artigo 143, inciso VIII1, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), no qual inadmitiu a tramitação da

proposição entendendo, a priori, existir manifesta inconstitucionalidade.

Foi deferido pedido de recurso à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, nos

termos do artigo 143, parágrafo único2, do Regimento Interno.

Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o

presente parecer, de acordo com o artigo 41, inciso I, do Regimento Interno.

É o relatório.

II – PARECER DO RELATOR

A- ANÁLISE DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL

A.1 - Competência legislativa para dispor sobre a matéria e competência de iniciativa

Cumpre assentar, inicialmente, que o exame a ser realizado sobre o presente projeto de lei cingir-se-á aos

aspectos estritamente jurídicos, especialmente com suporte nas matrizes constitucionais e legais que norteiam o

processo legiferante pátrio. Com efeito, não incumbe a Procuradoria invadir o mérito da proposição legislativa,

muito menos imiscuir-se em questões que dizem respeito tão somente aos critérios políticos e de oportunidade e

conveniência desta Casa de Leis.

Em que pese a nobre intenção da Excelentíssima Senhora Deputada, conforme devidamente esclarecido na

justificativa outrora mencionada, verifica-se, data venia, a inconstitucionalidade formal do presente projeto de lei,

pelas razões a seguir expostas.

Conforme fundamentação do referido despacho denegatório, de fato, a presente proposição ofende o art.

22, incisos I e XVI, da Constituição da República, conforme observa-se a seguir:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do

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trabalho;

(...)

XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;

(original sem destaque)

No mesmo sentido foi o entendimento do Excelso Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Direta

de Inconstitucionalidade n. 3610, de relatoria do SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO, senão vejamos:

EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Lei nº 2.769/2001, do Distrito Federal.

Competência Legislativa. Direito do trabalho. Profissão de motoboy. Regulamentação.

Inadmissibilidade. Regras sobre direito do trabalho, condições do exercício de profissão e

trânsito. Competências exclusivas da União. Ofensa aos arts. 22, incs. I e XVI, e 23, inc. XII,

da CF. Ação julgada procedente. Precedentes. É inconstitucional a lei distrital ou estadual que

disponha sobre condições do exercício ou criação de profissão, sobretudo quando esta diga à

segurança de trânsito. (ADI 3610, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em

01/08/2011, DJe-182 DIVULG 21-09-2011 PUBLIC 22-09-2011 EMENT VOL-02592-01 PP-

00077 RTJ VOL-00219- PP-00180)

(original sem destaque)

Logo, verifica-se a inconstitucionalidade formal orgânica, ou seja, por vício de iniciativa, uma vez que

compete privativamente a União legislar sobre a matéria em debate. Sobre o tema, segue ensinamento de Pedro

Lenza3, in verbis:

A inconstitucionalidade formal orgânica decorre da inobservância da competência legislativa

para a elaboração do ato.

Nesse sentido, para se ter um exemplo, o STF entende como inconstitucional lei municipal que

discipline o uso de cinto de segurança, já que se trata de competência legislativa da União, nos

termos do art. 22, XI, legislar sobre trânsito e transporte.

(original sem destaque)

A propósito, ressalta-se que o vício de iniciativa é insuperável e o atual entendimento jurisprudencial

consolidado afirma ser impossível o referido vício ser sanado mesmo que o presente Projeto de Lei venha a ser

sancionado. Neste sentido, segue entendimento do Excelso Supremo Tribunal Federal que corrobora o

entendimento supramencionado, ou seja, que vício de iniciativa não é sanável, conforme vislumbra-se:

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 8958, DE 07 DE JANEIRO

DE 1993, DO ESTADO DE SANTA CATARINA. INSTITUIÇÃO DE GRATIFICAÇÃO

ESPECIAL AOS SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES. INICIATIVA DO PRESIDENTE DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL. VÍCIO FORMAL DE INCONSTITUCIONALIDADE.

1. Remuneração dos integrantes dos serviços auxiliares do Poder Judiciário estadual, bem como

dos juízos que lhe forem vinculados. Processo legislativo. Competência reservada ao Tribunal de

Justiça (CF, artigos 96, II, "b"; e 125). 2. Iniciativa isolada do Presidente do Tribunal estadual.

Vício formal de inconstitucionalidade, de natureza insanável. Ação direta julgada procedente.

(ADI 1681, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 21/08/2003, DJ

05-12-2003 PP-00017 EMENT VOL-02135-03 PP-00495) (original sem destaque)

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA CAUTELAR.

ORGANIZAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. COMPETÊNCIA

DO CHEFE DO EXECUTIVO. VÍCIO DE INICIATIVA. 1. Compete privativamente ao

Governador do Estado, pelo princípio da simetria, a direção superior da administração estadual,

bem como a iniciativa para propor projetos de lei que visem criação, estruturação e atribuições de

Secretarias e órgãos da administração pública (CF, artigos 84, II e IV e 61, § 1º, II, e). 2. Hipótese

em que o projeto de iniciativa parlamentar, transformado em lei, apresenta vício insanável

caracterizado pela invasão de competência reservada ao Poder Executivo pela Constituição Federal.

Medida cautelar deferida. (ADI 2646 MC, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal

Pleno, julgado em 01/07/2002, DJ 04-10-2002 PP-00092 EMENT VOL-02085-02 PP-00309)

(original sem destaque)

Por fim, salienta-se que por vislumbrar a inconstitucionalidade formal deste projeto de lei, resta prejudicada

a análise dos demais aspectos intrínsecos ao parecer técnico legislativo, nos temos do parágrafo 5º, do art. 9º4 do

Ato n.º 2.517/2008, que estabelece as normas de organização e funcionamento da Procuradoria Geral da

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Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Lei Complementar n.º 287/2004).

São estas as considerações pertinentes na análise da proposição legislativa em foco.

Por todo o exposto, sugerimos aos Membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 163/2014

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela

inconstitucionalidade formal do Projeto de Lei n.º 412/2013, de autoria da Excelentíssima Senhora Deputada Luzia

Toledo, e, por conseguinte, pela MANUTENÇÃO do despacho denegatório do Excelentíssimo Senhor

Presidente da Mesa Diretora, não devendo seguir sua tramitação regular nesta Casa de Leis.

Plenário Rui Barbosa, 06 de maio de 2014.

ELCIO ALVARES

Presidente

CLAUDIO VEREZA

Relator

JOSÉ CARLOS ELIAS

LUZIA TOLEDO

1 Art. 143. Não se admitirão proposições: (...)

VIII - manifestamente inconstitucionais; 2 Art. 143. Não se admitirão proposições: (...)

Parágrafo único. Se o autor ou autores da proposição dada como inconstitucional, antirregimental ou alheia à competência da Assembleia Legislativa não se

conformarem com a decisão poderão requerer ao Presidente audiência da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação que, se discordar da decisão, restituirá a proposição para a devida tramitação. 3 LENZA. Pedro. Direito Constitucional, 13º Edição, Editora Saraiva, à pág. 162 4 Art. 9º (...) § 5º - Averiguada a inconstitucionalidade da proposição no exame de um dos aspecto previstos nos incisos do caput deste artigo, o Procurador poderá

considerar prejudicado o exame dos demais.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 164/2014

RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 413/2012, de autoria da Deputada Aparecida Denadai, que obriga os hospitais

particulares localizados no Estado do Espírito Santo, a divulgarem, em local de fácil visualização, quadro contendo

a atualização de leitos disponíveis, foi lido na Sessão Ordinária do dia 07.11.2012 e publicado no Diário do Poder

Legislativo do dia 23.11.2012, à página 30.

Durante sua tramitação ordinária o Projeto recebeu o parecer nº 31/2013 da Comissão de Constituição e

Justiça, Serviço Público e Redação pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, com

adoção de emenda modificativa; e os pareceres nºs 36/2013 da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos

Humanos; 20/2013 da Comissão de Defesa do Consumidor; 001/2014 da Comissão de Saúde e Saneamento e

016/2014 da Comissão de Finanças, Economia, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tomada de Contas, todos pela

aprovação com adoção da emenda modificativa apresentada na Comissão de Justiça.

Concluído o exame técnico, foi colocado o Projeto de Lei nº 413/2012 à apreciação do Plenário que o

aprovou na forma do Parecer da Comissão de Justiça. Por ter sido aprovado com emenda, o Projeto veio a esta

Comissão para elaboração de sua Redação Final, na forma do artigo 212 do Regimento Interno.

Este é o Relatório.

PARECER DO RELATOR

O Regimento Interno determina que a proposição aprovada com emenda ou com flagrante desrespeito às

normas gramaticais e de técnica legislativa seja submetida à nova votação. Cabe o exame a esta Comissão.

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O Projeto de Lei nº 413/2012 foi aprovado pelo Plenário com a adoção da emenda modificativa

apresentada na Comissão de Justiça, com a seguinte redação:

EMENDA MODIFICATIVA N.º 01 AO PROJETO DE LEI N.º 413/2012

O Art. 5º do Projeto de Lei 413/2012 de autoria da Excelentíssima Senhora Deputada Aparecida Denadai,

que obriga os hospitais particulares localizados no Estado do Espirito Santo, a divulgarem, em local de fácil

visualização, quadro contendo a atualização de leitos disponíveis, passa a ter a seguinte redação:

Art. 5º Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação.”

Com base no artigo 215 do Regimento Interno e em atenção ao disposto na Lei Complementar Federal nº

95/98, alterada pela Lei Complementar Federal nº 107/01, e nas Normas para Padronização dos Atos Legislativos

estabelecidas pela Secretaria Geral da Mesa, sugerimos à matéria aprovada as alterações a seguir destacadas em

vermelho.

Dessa forma, sugerimos aos membros da Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 164/2014

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela

aprovação da redação final do Projeto de Lei nº 413/2012, de autoria da Deputada Aparecida Denadai, na forma

que segue:

REDAÇÃO FINAL DO

PROJETO DE LEI Nº 413/12

Obriga os hospitais particulares localizados no Estado a divulgar quadro atualizado do número de

leitos disponíveis em Unidades de Terapia Intensiva - UTIs, Centros de Terapia Intensiva - CTIs e

unidades intermediárias.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º Os hospitais particulares localizados no Estado ficam obrigados a divulgar quadro atualizado do

número de leitos disponíveis em Unidades de Terapia Intensiva - UTIs, Centros de Terapia Intensiva - CTIs e

unidades intermediárias.

Parágrafo único. O quadro de que trata o caput deste artigo deverá conter o número total de leitos

ofertados pela unidade, dispondo sobre os leitos ocupados e disponíveis em cada setor, colocado em local de fácil

visualização.

Art. 2º A divulgação de que trata a presente Lei poderá ser feita através de cartazes ou qualquer meio

eletrônico, tais como, televisores, computadores, dentre outros.

Art. 3º As unidades de saúde mencionadas nesta Lei deverão remeter, em tempo real, para as Secretarias de

Saúde do Estado e do Município onde estiverem sediadas o número de leitos de que trata o artigo 1º.

Art. 4º A unidade hospitalar que descumprir o disposto na presente Lei estará sujeita às seguintes

penalidades:

I - multa no valor de 5.000 (cinco mil) Valores de Referência do Tesouro Estadual - VRTEs;

II - multa no valor de 10.000 (dez mil) VRTEs, em caso de reincidência.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias de sua publicação oficial.

Sala das Sessões, 06 de maio de 2014.

ELCIO ALVARES

Presidente

LUZIA TOLEDO

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Relatora

JOSÉ CARLOS ELIAS

CLAUDIO VEREZA

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Publique-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO N.º 15/2014

Senhor Presidente:

O deputado infra-assinado, no uso de suas prerrogativas constitucionais e regimentais, requer a Vossa

Excelência a RETIRADA do Projeto de Lei nº 363/2013, de sua autoria, que “Dispõe sobre a instalação de

detectores de metais nas salas de cinemas, teatros, casas de shows e espetáculos em geral, estádios de futebol e

nos eventos privados artísticos em que haja grande concentração de pessoas no âmbito do Estado do Espírito

Santo”.

Palácio Domingos Martins, 05 de maio de 2014.

LUIZ DURÃO

Deputado Estadual - PDT

Vice-Presidente da ALES

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Defiro.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO N.º 16/2014

Senhor Presidente:

O deputado infra-assinado, no uso de suas prerrogativas constitucionais e regimentais, requer a Vossa

Excelência a RETIRADA do Projeto de Lei nº 52/2014, de sua autoria, que “Dispõe sobre a obrigatoriedade de as

agências bancárias, instituições financeiras e similares manterem pelo menos um estabelecimento de sua

representação no âmbito do Estado do Espírito Santo, para fins de atender aos pleitos de seus consumidores.

Palácio Domingos Martins, 05 de maio de 2014.

LUIZ DURÃO

Deputado Estadual - PDT

Vice-Presidente da ALES O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Defiro.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 49/2014

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Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no exercício de suas prerrogativas constitucionais, vem à presença de Vossa

Excelência, na forma do artigo art. 57, § 2º da Constituição Estadual e art. 141, VI, c/c artigo 160, II do Regimento

Interno, requerer que seja encaminhado a Exma. Sra. Secretária de Estado de Assistência Social e Direitos

Humanos, Nilda Lúcia Sartório, o seguinte pedido de informações:

1. Quais ações estão sendo desenvolvidas por este órgão, para que sejam garantidos os direitos do

idoso em nosso Estado.

2. Quais municípios e o quantitativo de idosos atendidos pelas ações desta Secretária no período de

2011 a 2014.

Sala das Sessões, 05 de maio de 2014.

JOSÉ CARLOS ELIAS

Deputado Estadual - PTB

* EXPEDIENTE PUBLICADO CONFORME CÓPIAS ENVIADAS PELOS RESPECTIVOS

SETORES DE ORIGEM.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Oficie-se.

Antes de passar ao Expediente sujeito à deliberação, anuncio às Senhoras Deputadas e aos Senhores

Deputados que foi solicitado à Comissão de Finanças uma audiência especial, para que esta Casa de Leis pudesse

ouvir as duas partes em conflito, segundo os jornais, as manchetes e os noticiários.

O Tribunal de Contas ofereceu um parecer de alegações contravertidas e desfeitas publicamente pela

Concessionária da Rodosol. Com esse conflito, nós, juntamente com os Senhores Deputados desta Casa, decidimos

ouvir as duas partes por meio de uma audiência pública. Fizemos um ofício à Comissão de Finanças alegando e

pedindo que fosse feito esse encontro o mais rápido possível na última semana. A Comissão de Finanças decidiu

convidar o Tribunal de Contas e a Concessionária para uma audiência pública que seria realizada amanhã, às 10h,

no Plenário desta Casa de Leis.

No entanto, hoje, recebemos um ofício e a comunicação do Presidente da Comissão de Finanças

informando que tanto o Tribunal de Contas quanto a Concessionária, educadamente, se recusaram a comparecer

amanhã para a audiência pública.

Fica cancelada a audiência pública porque as duas partes solicitadas não comparecerão a esta Casa para

prestar esclarecimentos à Assembleia Legislativa, que responsavelmente gostaria de ouvir as duas partes antes de

votar ou o projeto de autoria do Senhor Deputado Euclério Sampaio ou o projeto de lei assinado por nós, que tem o

mesmo objetivo, de forma apenas diferente. O de autoria do Senhor Deputado Euclério Sampaio é decreto

legislativo que anula o contrato, o outro, de nossa autoria, assinado por outros Deputados, proíbe definitivamente a

cobrança de pedágio na ponte Darcy Castelo de Mendonça.

Infelizmente houve a negativa de comparecimento nesta Casa de debates, que quer votar os projetos

responsavelmente, ouvindo todas as partes. Esta Casa, para tomar uma atitude definitiva por meio do voto livre e

democrático de qualquer dos Senhores Deputados – por maioria ou por minoria, a favor ou contra – colocaria em

discussão após ouvir essas partes. Infelizmente, tendo em vista essa negativa - por motivos que depois a Comissão

de Finanças explicará e nós faremos um pronunciamento – apresso-me a dar o seguinte despacho:

Por solicitação da Presidência, a Comissão de Finanças Economia, Orçamento, Fiscalização,

Controle e Tomada de Contas da ALES convocou para a próxima terça-feira, – que seria amanhã –

dia 13, a realização de uma Audiência Pública para discussão do resultado da auditoria do TC-

ES sobre o contrato de concessão e o pedágio da ponte Darcy Castelo de Mendonça (3ª Ponte),

cobrado pela Concessionária Rodovia do Sol.

Para esta Audiência Pública foram convidados, dentre outros, os Técnicos do Tribunal de Contas

responsáveis pela realização da auditoria técnica e a Concessionária Rodovia do Sol S/A.

A finalidade da Audiência Pública é a de esclarecer os pontos contravertidos apontados pela

auditoria e contestados, publicamente, pela concessionária.

Todo mundo acompanhou nos jornais que houve uma contestação da Concessionária, acusando, inclusive,

o ato do Tribunal de Contas de leviano e falso, o que nos obrigou a defender o Tribunal de Contas, instituição do

maior respeito e da maior respeitabilidade que existe entre os Poderes. Continuando a leitura do despacho:

Dessa forma, os deputados teriam subsídios técnicos para melhor apreciação de duas proposições

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que tramitam nesta Casa, ambas com o objetivo de acabar, definitivamente – isso não é coisa

provisória – com o pedágio. A saber:

a) O Decreto Legislativo n.º 08/2014 de autoria do Deputado Euclério Sampaio;

b) O Projeto de Lei n.º 103/2014 de autoria da Mesa Diretora.

Este assinado inclusive pelo Senhor Deputado Euclério Sampaio, Paulo Roberto, e outros dos quais não me

recordo. Continuarei a leitura:

Todavia, fui informado pelo ilustre Deputado Dary Pagung, (...)

E recebemos ofício da Concessionária.

que a Concessionária e o Tribunal de Contas, pelo seu presidente, encaminharam ofício a

Comissão comunicando que não comparecerão a referida Audiência Pública.

Que seria marcada para amanhã. Continuando:

Sendo assim, e considerando que a ausência dos convidados inviabiliza a realização da Audiência

Pública, além de privar os Deputados e a população em geral da oportunidade de obter os

necessários esclarecimentos sobre o tema tão relevante para a sociedade, determino à

Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa que emita parecer- com urgência- jurídico quanto

as providências legais que a Assembleia Legislativa poderá adotar em face dos fatos relatados.

Vitória, 12 de maio de 2014,

Theodorico de Assis Ferraço

Presidente.

Independente dessa tomada de posição, estamos recebendo aqui, oficialmente, o que já tínhamos recebido

oralmente e pessoalmente, um ofício da Comissão de Finanças de n.º 211, cancelando a reunião extraordinária que

tinha objetivo de discutir o relatório da auditoria e ainda o Projeto de Decreto Legislativo n.º 08/2014.

Com essa comunicação e essa decisão fica cancelada, portanto, a reunião de amanhã. Mas iremos adotar

providências para que esta Casa não fique omissa e nem sem os esclarecimentos necessários. Como voz do povo

do Espírito Santo, esta Casa precisa tomar atitude e providência.

(Comparecem os Senhores Deputados Dary Pagung, Gildevan Fernandes e Lúcia Dornellas)

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Senhor Presidente, pela ordem! Hoje recebi uma ligação da Comissão de

Finanças, da diretora, e informei que teria um problema e não estaria presente. Ela me informou que a pauta era

apenas o cronograma do Orçamento, da LDO. Até ai tudo bem. Então, não me preocupei porque não imaginaria

que num afogadilho ia se votar a suspenção da audiência pública. Mesmo porque entendo que esta Casa não pode

ficar refém da presença do órgão auxiliar, que é o Tribunal de Contas, e nem da Rodosol.

Então, fiquei muito surpreso com a atitude do Presidente da Comissão que colocou em votação sem a

minha presença e a dos Senhores Deputados Paulo Roberto, Lúcia Dornellas e Luzia Toledo. Quero que fique bem

claro. Tudo bem, S. Ex.ª é o Presidente e pode fazer isso.

Senhor Presidente, o povo tem de ter uma satisfação e não vai aceitar isso com muita facilidade, não.

Senhor Presidente, hoje vou dar entrada em um requerimento de urgência do meu projeto; e tem o

requerimento de urgência do projeto da Mesa Diretora, que já era para ter sido colocado em pauta. Mas como o

projeto é da Mesa Diretora e assinamos, requeiro a V. Ex.ª...

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) - V. Ex.ª estava de acordo com a audiência

pública, onde se pudesse ouvir as duas partes.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – Estava de acordo, mas não estava de acordo quando foi suspensa a

audiência pública.

Não estava de acordo porque merecia, pelo menos, que fosse consultado pelo Presidente Dary Pagung e S.

Ex.ª não fez isso. Muito pelo contrário, fui informado que a reunião de hoje era simplesmente para discutir o

cronograma do Orçamento e não houve lealdade. Quando o Senhor Deputado Paulo Roberto chegou correndo, em

questão de minutos, foi votado o adiamento da audiência pública com toda a sociedade convidada. Isso é um

desrespeito para com o povo do Espírito Santo. Depois ocorre outra invasão nesta Casa, quem será o culpado,

Senhor Presidente? Esta Casa fica desacreditada e não é isso o que queremos.

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Então, Senhor Presidente, solicitamos a V. Ex.ª...

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) - Invasão, Deputado, é quando esta Casa não

está de acordo com os interesses públicos. Mas com os interesses públicos que estão superiores, não acreditamos

nunca que possa acontecer e nós também não vamos admitir que isso aconteça.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – Só estou pedindo a V. Ex.ª que coloque em votação o requerimento de

urgência porque já se esgotou o prazo regimental, a menos que V. Ex.ª me peça para não ser votado, aí vou

respeitar porque o cabeça do projeto é V. Ex.ª, mas vou dar entrada no meu hoje ainda. Obrigado, Senhor

Presidente.

O SR. PAULO ROBERTO – Senhor Presidente, pela ordem! Alguma coisa de estranho está no ar. Veja

bem: a Rodosol reclama que não foi ouvida pelo Tribunal de Contas. A Rodosol fala que não foi ouvida pelo

Governo para que S. Ex.ª tomasse aquela atitude de suspender o pedágio. A Assembleia Legislativa, enquanto

Poder, dá oportunidade à Rodosol de vir a esta Casa e prestar os devidos esclarecimentos, inclusive contestar os

números que foram divulgados pelo Tribunal de Contas. E, exatamente, para quem oferta o contraditório para a

Rodosol; a Rodosol se volta contra, se negando a vir aqui, no convite.

É lamentável o posicionamento do Tribunal de Contas. Muito lamentável! Há um debate nesta Casa,

algum tempo, sobre qual é o verdadeiro papel do Tribunal de Contas: se ele é um órgão auxiliar da Assembleia, ou

não?

O entendimento da audiência pública pela Comissão de Finanças foi fruto de um diálogo realizado com a

Mesa Diretora e com os Deputados que estavam aqui presentes à sessão...

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) – Senhor Deputado Paulo Roberto, fui eu quem

assinei o ofício pedindo essa audiência.

O SR. PAULO ROBERTO – Para que não pudesse ter o Requerimento de Urgência. E para quê? Para que

se pudesse dar oportunidade às partes de serem ouvidas.

Aí tem outra situação da Comissão de Finanças, com todo o respeito...

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) – Na audiência pública, Deputado, que foi

solicitada, não é só para a Assembleia ouvir; é para toda a população.

O SR. PAULO ROBERTO - Toda a população.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) – O povo tem direito de saber as verdades.

O SR. PAULO ROBERTO – É isso aí.

Sem querer desmerecer os companheiros da Comissão de Finanças, hoje a reunião teve que ser deslocada

do Plenarinho, porque houve um vazamento de água e inundou aquela área toda da Assembleia, e foi transferida

para este Plenário. O tempo que saí do Plenarinho para este Plenário, cancelou a realização de uma audiência

pública. Faço coro ao Senhor Deputado Euclério Sampaio: e a sociedade?

Como é que se desconvoca uma audiência pública no afogadilho, no casuísmo? A maioria não estava

presente à reunião passada para fazer o debate - porque o debate foi feito - para se aprovar o requerimento da

audiência pública.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) – V. Ex.ª gostaria de ouvir o texto do documento

que foi recebido? O Ofício n.º 207/2014, da Rodosol?

O SR. PAULO ROBERTO – Pois não, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) –

Acusamos recebido o Expediente referenciado, convidando o representante legal desta empresa

para participar de reunião extraordinária/audiência pública dessa colenda Comissão de Finanças,

(...) com a finalidade de discutir relatório preliminar de auditoria elaborado pela área técnica do

Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, relativo à elaboração e execução do contrato de

concessão do Sistema Rodovia do Sol.

Pedimos vênia para ponderar que esta concessionária está elaborando resposta técnica

impugnando o referido relatório, a qual será encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado.

Essa resposta compreende demonstrações técnicas de engenharia civil e financeira e de economia,

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além de necessárias considerações de ordem jurídica, que demonstrarão, mais uma vez, a

regularidade do edital de concorrência e do contrato de concessão e sua boa execução de

fiscalização.

Por isso, ainda não estando concluído esse documento, vimos respeitosamente informar nossa

impossibilidade de comparecer a essa reunião naquela data, máxime porque o corpo técnico desta

concessionária (...) estará envolvido em tempo integral na elaboração desses estudos (...).

Respeitosamente lembramos que em todas as oportunidades anteriores em que esta empresa foi

convidada compareceu perante esta augusta Casa de Leis para prestar todos os esclarecimentos

solicitados.

Esclarecemos que após a conclusão desse trabalho (...) não hesitaremos em comparecer perante

essa Comissão, se assim formos novamente convidados, para prestar os esclarecimentos que forem

ainda considerados necessários. (...)

Assinado: Engenheiro Geraldo Caetano Dadalto.

E o Ofício do Tribunal de Contas esclarece que:

(...) em situação semelhante envolvendo a Agência de Serviços Públicos de Energia do Estado do

Espírito Santo (ASPE), (...) manifestou pela inconveniência de participação de Conselheiros e

Auditores de Controle Externo em eventos desta natureza, conforme Instrução n.º 065/2014 (...):

“ De se ver, assim, não cabe a este Tribunal participar de atos administrativos destinados a

avaliar aspectos técnicos relacionados ao equilíbrio econômico de contratos, na esfera decisória

do Poder Executivo estadual, (...)

Por fim, insta registrar que o referido relatório de auditoria foi elaborado sob a égide de normas

processuais afetas ao processo de Representação (...)

O processo do TC 5591/2013 ainda não foi julgado e a própria Área Técnica ainda se

pronunciará nos autos após a apresentação de defesa escrita, (...)

Assim, a participação do Tribunal de Contas neste debate público poderia causar situação de

impedimento ou suspeição de seus membros e servidores durante o processamento e julgamento do

TC 5591/2013.

Assinado: Conselheiro Domingos Augusto Taufner

Essas foram as razões alegadas; e nós, baseados nesse parecer, estamos enviando ao procurador da

Assembleia Legislativa para saber o direito que temos em ouvir o Tribunal de Contas e a concessionária para que

esta Casa não seja impedida do diálogo e da audiência pública.

O SR. PAULO ROBERTO – Senhor Presidente, pela ordem! Pedimos trinta segundos para concluir.

O SR. CLAUDIO VEREZA – Senhor Presidente, pela ordem! V. Ex.ª está desrespeitando o Regimento

Interno desta Casa.

(Comparece a Senhora Deputada Aparecida Denadai)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – É porque estamos na fase das Comunicações.

O SR. PAULO ROBERTO – Senhor Presidente, pela ordem! Só queremos dizer que audiência pública

não é somente para estarem presentes representantes da Rodosol e do Tribunal de Contas. Audiência pública é

pública. Então, se a empresa e a entidade não comparecessem, mas a população sim, ela certamente estaria

participando de um debate acerca de um assunto que interessa ao Espírito Santo.

O SR. CLAUDIO VEREZA – Senhor Presidente, pela ordem! Na ânsia de intervir no processo, não

podemos estrangular, pisar em cima do Regimento Interno. Tínhamos indicações importantes para serem

aprovadas no horário do Expediente.

Achamos que V. Ex.ª, Senhor Deputado Theodorico Ferraço, como Presidente desta Casa de Leis, pode

convocar uma sessão especial para debater esse tema. E então o Senhor Deputado Paulo Roberto terá todo tempo

do mundo para intervir.

Não pediremos para prorrogar o horário do Expediente porque prejudicará a fase dos oradores inscritos.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Mas V. Ex.ª tem direito.

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O SR. CLAUDIO VEREZA – Senhor Presidente, caberia, mas não pediremos. Amanhã poderemos

aprovar as indicações. Agora, não podemos atropelar assim o Regimento Interno na ânsia de debater o tema

pedágio da Terceira Ponte.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Então, vamos encerrar porque V. Ex.ª, agora,

está atropelando a fase das Comunicações.

O SR. CLAUDIO VEREZA – Senhor Presidente, sugerimos a V. Ex.ª a realização de uma sessão especial

para debater o tema especificamente.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Defiro o pedido de V. Ex.ª.

O SR ATAYDE ARMANI – Senhor Presidente, pela ordem! Gostaríamos de dizer que estamos de acordo

com o Senhor Deputado Claudio Vereza, só que ficamos prejudicados. Dois Senhores Deputados se pronunciaram

contra a situação da Comissão de Finanças e não pudemos fazer a defesa. Sentimo-nos prejudicado e no direito de

fazer a defesa, até porque participamos da sessão e votamos.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – V. Ex.ª poderá fazê-lo na Ordem do Dia.

Findo o tempo destinado ao Pequeno Expediente, passa-se à fase das Comunicações.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules.

O SR. DOUTOR HÉRCULES – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e

Senhores Deputados, concedo um aparte ao Senhor Deputado Atayde Armani.

O Sr. Atayde Armani – Senhor Deputado Doutor Hércules, agradecemos a V. Ex.ª o aparte. Estamos

inscritos na fase das Comunicações e faremos a defesa do que aconteceu porque a Comissão de Finanças não

tomou nenhum ato intempestivo hoje. A Comissão tinha a maioria dos membros, que votaram à unanimidade.

Então, faremos questão de fazer a defesa tanto do Senhor Deputado Dary Pagung, que é o Presidente da

Comissão de Finanças, quanto dos Senhores Deputados que votaram hoje.

(Comparecem os Senhores Deputados Sandro Locutor e Vandinho Leite)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Senhor Deputado Atayde Armani, inclusive já

foi reconhecido pela presidência que o ato foi legal.

O SR. DOUTOR HÉRCULES – Inicialmente, gostaríamos de mandar um abraço aos alunos da Escola

UMEF Reverendo Ântonio da Silva Cosmo, de Jardim Colorado, Vila Velha, queridos meninos canelas verdes, e à

professora Juliana Quintela, em quem daremos um abraço em seguida.

Queremos lamentar esses desencontros relacionados à Rodovia do Sol. Ninguém aguenta mais essa história

de pedágio, esse vai e vem que não se resolve e o povo fica no meio dessa briga. O povo é o marisco que fica entre

a rocha e a maré e o povo continua apanhando.

Já falamos nesta Casa a história de Newton Braga, do Município de Cachoeiro de Itapemirim, onde teve o

primeiro pedágio da história deste Estado. A ponte foi concluída em 1886 e foi paga em 1920. Nessa ocasião, o que

aconteceu? Essa ponte foi franqueada ao povo porque o povo a pagou.

Sabemos da incompetência do serviço público de gerenciar os seus próprios, em todas as atividades, ou

seja, há incompetência do poder público. Ficamos tristes quando vemos a BR, que não tem quase nada ainda para

oferecer às pessoas que passam por ela, e já querem cobrar o pedágio. Na verdade, tem que existir uma forma e

sabemos que temos de dar garantia ao empresário. Isso é verdade. Se não o empresário não vai querer investir no

Estado. É preciso que o empresário tenha garantia porque ele não vive de favor, ele vive de dinheiro, de numerário

e de lucro. Mas o Estado não tem que ter lucro, mas tem que ter atividades para servir ao cidadão.

Senhores, prestem bem atenção no que falaremos. Demos esse exemplo de 1886, mas vamos à Terceira

Ponte, o pedágio da Terceira Ponte só começou a ser cobrado depois dela ser concluída. Que milagre é esse? O que

fizeram na Terceira Ponte para cobrar o pedágio só depois dela construída? E, agora na BR-101 estão cobrando o

pedágio antes de fazer quase nada. Fizeram muitas praças de pedágios, fizeram postes para cobrar. É como viajar

de avião e ter de pagar a passagem antes. De repente, por qualquer motivo, não ocorre a viagem, ou o avião sofre

uma pane e a passagem foi paga. Então, na verdade, é preciso que olhemos isso com muito carinho porque o povo

continua levando rasteira. Mais uma vez a minha posição é a mesma: somos contra como sempre fomos, fomos

coerente e continuamos sendo contra o pedágio. (Muito bem!)

(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Gilsinho Lopes)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado

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Gilsinho Lopes. (Pausa)

Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Da Vitória.

O SR. DA VITÓRIA – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores

Deputados, profissionais de imprensa que nos prestigiam com suas presenças, nossos amigos que nos visitam e se

encontram nas galerias, sejam todos bem-vindos; sociedade capixaba que nos assiste através da TV Ales, boa tarde.

Senhor Presidente, compartilhamos um assunto e também nos congratulamos com o Doutor Henrique

Vargas, prefeito do Município de São Gabriel da Palha, que até pouco tempo atrás era Deputado Estadual conosco

neste Parlamento, mas foi conduzido pela sociedade de São Gabriel da Palha ao mandato de prefeito. S. Ex.ª

comemorou nesse último final de semana cinquenta e um anos de emancipação política, junto com todos os

gabrielenses.

Além dessa festa, quem compareceu pôde levar um pouco mais de esperança para uma das cidades do

interior do Estado que mais cresce. O Município de São Gabriel da Palha tem se destacado mundialmente pela

produção de café; dita o preço do café conilon no Brasil e no mundo. Mas também é uma cidade que tem gerado

muita expectativa na renda e também na geração de emprego. Cidade que tem despontado no ramo da confecção.

Muitas empresas se instalaram naquele município. Também no ramo de lavanderia muitas empresas se instalaram e

trouxeram tecnologias de todo o País e do exterior.

Mas, nos cinquenta e um anos do Município de São Gabriel da Palha, registramos também assuntos

importantes. O Governador Renato Casagrande, recentemente, esteve nesse município e em muitas obras o

Governo do Estado tem ajudado a todos os municípios. Mas, mais especificamente o Município de São Gabriel da

Palha. Uma obra que destacamos é a da galeria do bairro Santa Helena, um investimento de seis milhões e

novecentos mil reais, que há muitos e muitos anos era esperada por aquela sociedade.

Então ontem foi uma comemoração em homenagem aos cinquenta e um anos de emancipação política de

São Gabriel da Palha com a presença dos Senhores Deputados Vandinho Leite, Esmael de Almeida e outros que

têm trabalho por esse município e passam por ele.

Mas o prefeito começou com muita dificuldade devido à interpretação da Justiça Eleitoral e S. Ex.ª ficou

seis meses afastado do mandato. Seis meses de atraso. Mas esse tempo está sendo recuperado com o entusiasmo de

S. Ex.ª, motivação e muito trabalho. Então, ao Senhor Henrique Vargas, deixamos nosso abraço.

Passei o Dia das Mães junto com minha esposa e meus filhos, e junto com S. Ex.ª visitando várias famílias;

andando durante a manhã de domingo, e à tarde fomos ao evento. À noite, fomos a várias atrações que S. Ex.ª deu

de presente à sociedade. Mas hoje é feriado no Município de São Gabriel da Palha.

No sábado, estivemos no Município de Marilândia, na comunidade do Rádio, para uma solenidade, com a

presença também dos Senhores Deputados Jamir Malini; Atayde Armani; Marcelo Santos, sempre representado

naquela comunidade; Genivaldo Lievore; Luiz Durão e Gilsinho Lopes, para a assinatura pelo Governador da

Ordem de Serviço, dentro do programa Caminhos do Campo, para o asfaltamento da estrada que liga o Distrito de

Patrimônio do Rádio ao Patrimônio de Sapucaia. Nessa localidade o Senhor Deputado Jamir Malini tem história,

foi o lugar onde nasceu. Na realidade, S. Ex.ª nasceu em Sapucaia, mas como agora o asfalto ligará essas duas

localidades, apenas dois quilômetros, S. Ex.ª diz que nasceu nos dois lugares. Então, Senhor Deputado Jamir

Malini, sabemos que V. Ex.ª está muito feliz e estamos comemorando porque a dívida que temos com o Município

de Marilândia é muito grande. Sou Deputado Estadual desta legislatura com a maior votação naquele Município.

O Prefeito Municipal de Marilândia é o Senhor Osmar Passamani. Fizemos o compromisso de registrar

esse grande investimento e, também, estamos na espera do Governador do Estado para a oportunidade de assinar o

convênio para revitalizar o centro do Município de Marilândia. Uma das obras muito esperada, além de tantos

investimentos, como comemoramos nos últimos dias em Sapucaia, com a instalação de torre de telefonia móvel,

numa ação de muitos deputados, que também solicitamos.

Senhor Deputado Dary Pagung, fizemos isso na sexta-feira, na cidade de V. Ex.ª, Baixo Guandu, na

comunidade de Alto Mutum Preto. Então, são muitas ações do governo do Estado que acompanhamos e que têm

dado aos nossos municípios, aos nossos distritos do interior a oportunidade de melhor qualidade de vida para a

sociedade.

Finalizamos o nosso discurso agradecendo ao Governador Renato Casagrande o investimento com

responsabilidade, com seriedade, em todos os municípios do nosso Estado. Nesse fim de semana, congratulamo-nos

com os moradores dos Municípios de Baixo Guandu, de Marilândia e de São Gabriel da Palha. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado José

Esmeraldo.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas,

Senhores Deputados, taquígrafos, aqueles que nos assistem pela TV Ales e pela TV Educativa, e profissionais da

comunicação, assomamos a esta tribuna nesta segunda-feira para nos reportar a uma visita que fizemos na região do

bairro Flexal II, à residência do Pastor Daniel, onde compareceram várias pessoas. Todas reivindicavam uma única

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coisa: a construção da unidade de saúde de Flexal II.

Por esse motivo, desta tribuna, tomamos a liberdade de solicitar ao nosso amigo, o Senhor Juninho, Prefeito

do Município de Cariacica, que proceda, o mais rápido possível, à construção desse posto de saúde em prol

daqueles quase oito mil moradores de Flexal II.

Na verdade, Flexal II necessita dessa unidade de saúde. É fundamental que aqueles moradores daquela

região tão importante dentro do Município de Cariacica, tenham esse posto de saúde.

Apresentamos as imagens da reunião feita com a presença de várias pessoas simples, humildes,

verdadeiras. Citaremos os nomes das pessoas que participaram na reunião e aparecem nas fotos. A Senhora Vilma

Souza da Silva Gonçalves, uma líder daquela região; as Senhoras Dulcinéia Penha dos Santos, Simone de Souza,

Santilia Ferreira Silva Rocha, Madalena Conceição Costa, Nilza Januária, Alcione Moreira dos Santos, Ildeni

Cardoso Martins, Maria Roberta Mendes Martins, o Senhor Wendel Silva Coutinho e várias outras pessoas

interessadas que nos reivindicaram que levássemos ao Senhor Prefeito Juninho essa solicitação tão importante na

área da saúde.

É fundamental, na região de Flexal II, um bairro do Município de Cariacica, que tenhamos com urgência

essa unidade de saúde. É uma reivindicação prioritária. Também nos fizeram a solicitação para a patrolagem de

algumas ruas daquela região. Temos certeza de que essa solicitação é mais simples e será atendida.

Em função do tempo, somente cinco minutos, finalizamos nossa fala apelando ao Senhor Prefeito Juninho,

que tem trabalhado bem na região de Cariacica e, apesar de todas as dificuldades enfrentadas, tem feito um trabalho

brilhante. Temos certeza de que essa unidade de saúde naquela região de Flexal II, reivindicada por mais de sete

mil moradores, será o ponto alto. Realmente falta essa unidade de saúde. É fundamental.

Com certeza, o Senhor Prefeito Juninho saberá decidir e o mais urgente possível construirá essa unidade

em função da necessidade daquela população que, na verdade, tem dificuldade na saúde e, por isso, essa unidade ali

implantada será muito útil aos quase oito mil moradores. (Muito bem!)

(Comparecem os Senhores Deputados Luiz Durão e Janete de Sá)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor

Deputado Luiz Durão. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Assumo a presidência dos trabalhos neste momento para dar

continuidade ao rito da sessão e concedo a palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho.

O SR. RODRIGO COELHO – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e

Senhores Deputados, hoje, diferentemente do que costumamos fazer, assomamos a esta tribuna para fazer um

registro, Senhor Deputado Da Vitória. Assim como V. Ex.ª lembrou do aniversário do Município de São Gabriel da

Palha, informamos que participamos do XXVI Aniversário de Emancipação Política do Município de Venda Nova

do Imigrante, onde foram homenageados dois servidores desta Assembleia Legislativa: Doutor Mário César Maia

Gama, Procurador Adjunto, e o Senhor José Maria Pimenta que, neste Plenário, Senhor Deputado Claudio Vereza,

cobra dos deputados a aplicação do Regimento Interno e o comportamento dos parlamentares.

Durante a sessão solene no Município de Venda Nova do Imigrante, o Senhor José Maria Pimenta quebrou

todos os protocolos possíveis. Não teve um pingo de comportamento naquela sessão. Perdeu as condições, Senhor

Deputado Genivaldo Lievore, de nos cobrar o cumprimento do Regimento Interno. Brincadeiras à parte. Foi uma

belíssima e justa homenagem aos servidores desta Assembleia Legislativa.

A Câmara Municipal do Município de Venda Nova do Imigrante lembrou às pessoas que trabalharam pela

emancipação. Mesmo aquelas que não tinham direito a voto foram importantes, porque os documentos pela

emancipação tramitaram nesta Casa. Além disso, a Assembleia Legislativa praticou um gesto importante.

Aproveitamos a oportunidade, Senhor Deputado Luiz Durão, ora presidindo esta sessão, para solicitar à

Mesa Diretora que prepare um documento histórico conforme o documento que foi entregue ao Município de

Venda Nova do Imigrante, retratando toda a história da emancipação. O Senhor José Maria Pimenta e o Doutor

Mário César Maia Gama entregaram ao Presidente da Câmara Municipal e ao Prefeito do Município de Venda

Nova do Imigrante um encadernado com todo o documento de tramitação do processo de emancipação daquele

município. Quando os moradores tiveram acesso ao documento, iam voltando na história; lendo, vendo cada pessoa

que foi importante naquele processo de emancipação; vendo cada pessoa que solicitou a emancipação do

município, vivenciando aquele caminhar. Os documentos e abaixo-assinados encaminhados a esta Casa nos anos de

1980 e 1987, compuseram o documento.

Temos certeza de que o Município de Venda Nova do Imigrante ainda não tinha, Senhora Deputada Lúcia

Dornellas, um documento histórico com aquele teor. Agora tem, graças à Assembleia Legislativa. Sugerimos à

Mesa Diretora que faça o mesmo para cada município do Estado do Espírito Santo e o encaminhe ao arquivo das

câmaras municipais e dos executivos municipais, para que cada um tenha acesso à parte da sua história em que a

Assembleia Legislativa foi importante e decisiva.

Queremos, neste momento, prestar nossa homenagem ao Senhor José Maria Pimenta e ao Doutor Mário

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César Maia Gama, que representaram muito bem cada um dos servidores desta Assembleia Legislativa. E que

aquela homenagem feita sirva para homenagear cada um dos nossos colegas desta Casa porque sem vocês não

conseguimos dar cabo do nosso trabalho. Muito obrigado aos Senhores José Maria Pimenta e Doutor Mário César

Maia Gama! Muito obrigado ao Município de Venda Nova do Imigrante pelo reconhecimento. Muito obrigado a

todos! (Muito bem!)

(Comparece a Senhora Deputada Solange Lube)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo Santos.

O SR. MARCELO SANTOS – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas,

Senhores Deputados, Senhor Deputado Luiz Durão, presidindo esta sessão, assomamos a esta tribuna e queremos,

mais uma vez - não podemos cansar de fazer esse registro importante - agradecer ao Governador Renato

Casagrande pelo brilhante trabalho em defesa dos municípios capixabas. Um trabalho que a cada dia que passa está

sendo reconhecido ainda mais pela população do Estado do Espírito Santo. Os investimentos não param de chegar

às cidades, seja do Norte; do Sul; da região serrana, Senhor Deputado Gilsinho Lopes, atendendo a todas as áreas

da Educação, Saúde, Segurança Pública, Agricultura, Cultura, Lazer, Esporte. Enfim, onde existe um pedaço de

terra capixaba o braço do Estado está chegando e levando o desenvolvimento.

Muito já fizemos, mas ainda temos muito a fazer. Exercendo o terceiro mandato consecutivo, podemos

testemunhar, com muita convicção, sobre o trabalho que este Governo vem fazendo em prol de todos os capixabas.

Nunca se investiu tanto em todos os setores do Governo, nos municípios capixabas, como está sendo investido

Senhores Deputados José Esmeraldo, Euclério Sampaio e Jamir Malini, que nos dão a oportunidade de ouvirem o

nosso pronunciamento na tarde de hoje.

Temos percorrido as cidades capixabas. Além de entregar os equipamentos e as emendas que fizemos no

ano passado, temos escutado dos municípios às demandas para novamente discutirmos o orçamento deste ano para

garantir os investimentos do ano de 2015. Temos visto o que o Estado tem feito; das obras que não existiam e agora

são realidade; daquilo que foi esperado pela sociedade do homem do campo e que agora também é uma realidade.

Temos falado com os produtores rurais, com os agricultores, com os trabalhadores, temos escutado os prefeitos, os

vereadores, lideranças populares, seja do interior do Estado ou da Região Metropolitana da Grande Vitória e a fala

é uma só, de agradecimento ao Governador Renato Casagrande.

Gostaríamos de deixar muito claro de que não estaremos como Deputado Estadual, Assembleia Legislativa

e o próprio Governo resolvendo todos os problemas que o Estado tem pela frente. Encontramos muitos problemas,

temos superado os desafios, mas muitos problemas ainda estarão como desafios para este Governo e para o

Governo que será estabelecido a partir do dia 1.º de janeiro de 2015.

A Assembleia Legislativa tem contribuído muito, Senhor Deputado Atayde Armani. Temos aprovado

medidas importantes garantindo que o Governo possa fazer o seu papel, mas muito ainda falta a ser feito. Os

investimentos na área de segurança são históricos. Jamais se investiu tanto em segurança pública, mas a violência

continua a crescer.

Temos falado desta tribuna da importância do papel da família de exercer de verdade as suas funções.

Enquanto a família não ocupar o seu espaço que se perdeu, teremos a violência crescente, que acaba sendo um dado

muito importante quando acontece dentro de casa. O cidadão que cobra do Estado à redução da violência, é o

mesmo que pratica a violência dentro de casa, seja até apenas no falar.

A violência não física que se pratica dentro de casa, acaba tornando violentos o seu filho, a sua esposa, as

pessoas que convivem com você. Crimes bárbaros acontecem dentro de casa e, naturalmente, vão para os índices

que aumentam a violência no nosso Estado. A família tem um papel importante na sociedade e a chamamos para

que ela o exerça.

Agradecemos as igrejas que têm feito um papel importante pela luta na redução dos índices de violência,

mas se a família não exercer a sua função; se não impuser limite nos seus filhos; além de cobrar do Estado também

exercer a sua função, a violência não reduzirá a passos dos quais esperamos.

Senhor Presidente, termino a nossa fala registrando o nosso agradecimento ao Governo do Estado pelo

brilhante trabalho que vem realizando nos setenta e oito municípios capixabas, garantindo e transformando o

Espírito Santo em um Estado cada vez melhor de se viver. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Atayde Armani.

O SR. ATAYDE ARMANI - Senhor Presidente, declino.

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Tendo S. Ex.ª declinado, concedo a palavra ao Senhor

Deputado Genivaldo Lievore.

O SR. GENIVALDO LIEVORE - Senhor Presidente, declino.

Page 43: PUBLICADA NO DPL DO DIA 20 DE MAIO DE 2014 … · 2014-05-20 · Rio de Janeiro, 29 de abril de 2014. Senhor Presidente: Em atenção ao disposto na Lei nº 9452 ... Brasília, 07

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O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Tendo S. Ex.ª declinado, concedo a palavra ao Senhor

Deputado Euclério Sampaio.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Senhor Presidente, declino.

O SR. SANDRO LOCUTOR – Senhor Presidente, pela ordem! Comunicamos a esta Casa que, como

representante deste Poder Legislativo na Unale - União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais -,

estivemos na última semana, de terça a sexta-feira, na 18.ª Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos

Estaduais do Brasil, representando mil e cinquenta e nove deputados estaduais do Brasil e todos os Parlamentos dos

Estados e do Distrito Federal.

Nessa conferência discutimos vários temas, dentre os quais a unificação do relatório final das CPIs da

Telefonia; a busca por um novo pacto federativo; a busca pela fixação de novo indexador para dívidas dos Estados

para com a União; e discutimos também, uma sugestão deste deputado e consequentemente do Parlamento do

Espírito Santo, a questão da região de fronteiras.

A obrigação do Governo Federal de tomar conta dessas regiões de fronteiras é uma propositura nacional

que a Unale passa a discutir a partir de agora, até porque o Espírito Santo não produz drogas, armas e munições e

está dentre os Estados mais violentos do Brasil. Isso, porque o Governo Federal, a Polícia Federal e o Exército

Brasileiro, que têm a responsabilidade sobre as fronteiras, sobre a produção de armas e munições, não têm tratado

do assunto, talvez, com o esmero que se faz necessário, ou até mesmo esteja faltando estrutura para que esses

órgãos cumpram o seu dever constitucional.

E mais, Senhor Presidente, na eleição para o próximo mandato da Diretoria da Unale, o Senhor Deputado

Zé Luis Tchê, do Acre, foi eleito presidente; e o Senhor Deputado Sandro Locutor, um dos vice-presidentes,

representando condignamente a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.

Agradecemos aos pares e à Mesa Diretora a nossa indicação. Estamos, também, agora, representando o

Espírito Santo na Conferência Nacional dos Deputados Estaduais e Legislativos do Brasil, um dos vice-presidentes

da Unale. Muito obrigado, Senhor Presidente.

(Comparece o Senhor Deputado Marcos Mansur)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Parabéns, Senhor Deputado Sandro Locutor.

Findo o tempo destinado à fase das Comunicações, passa-se à Ordem do Dia.

Discussão única, nos termos do art. 66, § 6.º, da Constituição Estadual, do veto total aposto ao Projeto de

Lei n.º 291/2012, de autoria da Senhora Deputada Aparecida Denadai, que proíbe a fabricação e comercialização

de incenso que contenham na composição benzeno, formol, toleno, estireno, acetaldeído e monóxido de

carbono. Publicado no DPL do dia 24/07/2012. Mensagem de Veto n.º 82/2014, publicada no DPL do

dia 10/04/2014. Parecer n.º 143/14, da Comissão de Justiça, pela manutenção do veto total. Veto vencido

em 10/05/2014.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão.

Em votação o veto total aposto ao Projeto de Lei n.º 291/2012.

O Presidente, de ofício, solicita aos Senhores Deputados que registrem presença nos terminais eletrônicos,

para efeito de verificação de quorum para votação. (Pausa)

(Procede-se ao registro das presenças)

(De acordo com o registrado no painel eletrônico, comparece o Senhor Deputado Glauber Coelho e

retiram-se os Senhores Deputados Dary Pagung, Aparecida Denadai, Doutor Hércules, Esmael de

Almeida, Freitas, Janete de Sá, José Carlos Elias, Luzia Toledo, Paulo Roberto e Sandro Locutor)

(Registram presença os Senhores Deputados Atayde Armani, Claudio Vereza, Da Vitória, Elcio

Alvares, Euclério Sampaio, Genivaldo Lievore, Gildevan Fernandes, Gilsinho Lopes, Glauber

Coelho, Jamir Malini, José Esmeraldo, Lúcia Dornellas, Luiz Durão, Marcelo Santos, Marcos

Mansur, Roberto Carlos, Rodrigo Coelho, Solange Lube, Theodorico Ferraço e Vandinho Leite)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Registraram presença vinte Senhores Deputados.

Há quorum para votação.

Em votação o veto total aposto ao Projeto de Lei n.º 291/2012.

O presente veto exige votação nominal, que será realizada utilizando-se o painel eletrônico.

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Os Senhores Deputados que forem favoráveis ao veto votarão SIM; os que forem contrários votarão NÃO.

Solicito aos Senhores Deputados que registrem o voto nos terminais eletrônicos. (Pausa)

(Procede-se ao registro dos votos)

(De acordo com o registrado no painel eletrônico, comparecem os Senhores Deputados Doutor

Hércules e Esmael de Almeida e retiram-se os Senhores Deputados Theodorico Ferraço e Solange

Lube)

(Votam SIM os Senhores Deputados Atayde Armani, Claudio Vereza, Da Vitória, Doutor

Hércules, Elcio Alvares, Esmael de Almeida, Genivaldo Lievore, Gildevan Fernandes, Gilsinho

Lopes, Glauber Coelho, Jamir Malini, José Esmeraldo, Lúcia Dornellas, Marcelo Santos, Marcos

Mansur, Roberto Carlos, Rodrigo Coelho e Vandinho Leite; vota NÃO o Senhor Deputado

Euclério Sampaio)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Votaram SIM dezoito Senhores Deputados; votou NÃO um

Senhor Deputado; uma abstenção do Presidente, regimentalmente impedido de votar.

Em consequência, fica aprovado o veto total aposto ao Projeto de Lei n.º 291/2012.

Comunique-se ao Governador.

Arquive-se o processo.

Discussão única do Projeto de Lei n.º 459/2012, do Senhor Deputado José Esmeraldo, que obriga os clubes

de futebol, que tenham menores de dezoito anos praticando esporte de forma legal, a assegurar sua matrícula na

rede de ensino pública ou privada do Estado e dá outras providências. Publicado no DPL do dia 17/12/2012.

Pareceres n.os

32/2013, da Comissão de Justiça, pela constitucionalidade e legalidade, com emenda, 42/2013, da

Comissão de Defesa da Cidadania, 04/2013, da Comissão de Turismo e Desporto, 06/2013, da Comissão de

Educação e 17/2014, da Comissão de Finanças, todos pela aprovação, com emenda da Comissão de Justiça,

publicados no DPL do dia 06/05/2014.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

Em votação o Projeto de Lei n.º 459/2012.

Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam sentados. (Pausa)

Aprovado.

À Comissão de Justiça para redação final.

Discussão única do Projeto de Lei n.º 256/2013, do Senhor Deputado Dary Pagung, que altera a redação do

artigo 1.º e seus parágrafos da Lei n.º 9.479, de 18.06.2010, que obriga as empresas prestadoras de bens e serviços a

fornecerem seu Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC gratuitamente aos consumidores e dá outras

providências. Publicado no DPL do dia 22/08/2013. Pareceres n.os

330/2013, da Comissão de Justiça, pela

constitucionalidade e legalidade, 169/2013, da Comissão de Defesa da Cidadania, 06/2014, da Comissão de Defesa

do Consumidor e 19/2014, da Comissão de Finanças, todos pela aprovação, publicados no DPL do dia 06/05/2014.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

Em votação o Projeto de Lei n.º 256/2013.

Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam sentados. (Pausa)

Aprovado.

À Secretaria para extrações de autógrafos.

Discussão, se houver recurso, na forma do artigo 277, §§ 2.º a 5.º, do Regimento Interno, do Projeto de Lei

n.º 293/2013, do ex-Deputado Sérgio Borges, que declara de Utilidade Pública a Associação de Assistência Social

Projeto Vida, no Município de Vila Velha. Publicado no DPL do dia 30/09/2013. Pareceres n.os

66/2014, da

Comissão de Justiça, pela constitucionalidade, legalidade e 15/2014, da Comissão de Assistência Social, pela

aprovação. Lido no Expediente da Sessão Ordinária do dia 07/05/2014.

Não havendo recurso, o projeto segue à Secretaria para extração de autógrafos.

Discussão, se houver recurso, na forma do artigo 277, §§ 2.º a 5.º, do Regimento Interno, do Projeto de Lei

n.º 419/2013, da Senhora Deputada Solange Lube, que declara de Utilidade Pública a Comunidade Cristo Vive, no

Município de Cariacica. Publicado no DPL do dia 27/12/2013. Pareceres n.os

74/2014, da Comissão de Justiça, pela

constitucionalidade, legalidade e 13/2014, da Comissão de Assistência Social, pela aprovação. Lido no Expediente

da Sessão Ordinária do dia 07/05/2014.

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Não havendo recurso, o projeto segue à Secretaria para extração de autógrafos.

Discussão, se houver recurso, na forma do artigo 277, §§ 2.º a 5.º, do Regimento Interno, do Projeto de Lei

n.º 436/2013, da Senhora Deputada Lúcia Dornellas, que declara de Utilidade Pública a Associação de Moradores e

Pequenos Produtores de Buenos Aires, localizada no Município de Guarapari-ES. Publicado no DPL do dia

09/01/2014. Pareceres n.os

48/2014, da Comissão de Justiça, pela constitucionalidade, legalidade e 12/2014, da

Comissão de Assistência Social, pela aprovação. Lido no Expediente da Sessão Ordinária do dia 07/05/2014.

Não havendo recurso, o projeto segue à Secretaria para extração de autógrafos.

Discussão, se houver recurso, na forma do artigo 277, §§ 2.º a 5.º, do Regimento Interno, do Projeto de Lei

n.º 07/2014, do Senhor Deputado Claudio Vereza, que declara de Utilidade Pública a Associação Pastoral Alegria

de Viver para Crianças e Adolescente. Publicado no DPL do dia 11/02/2014. Pareceres n.os

103/2014, da Comissão

de Justiça, pela constitucionalidade, legalidade e 14/2014, da Comissão de Assistência Social, pela aprovação.

Lido no Expediente da Sessão Ordinária do dia 07/05/2014.

Não havendo recurso, o projeto segue à Secretaria para extração de autógrafos.

Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 10/2014, do Senhor Deputado

Atayde Armani, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Marcus Louriçal Neves. Publicado

no DPL do dia 06/05/2014.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

O projeto segue à 3.ª sessão.

Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 11/2014, do Senhor Deputado

Atayde Armani, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Pedro Barreto Callegario. Publicado

no DPL do dia 06/05/2014.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

O projeto segue à 3.ª sessão.

Discussão especial, em 1.ª sessão, da Proposta de Emenda Constitucional n.º 04/2014, do Senhor Deputado

Gilsinho Lopes e outros, que assegura defensores públicos em todas as unidades jurisdicionais - Defensoria Pública

para Todos. Publicada no DPL do dia 14/04/2014.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

O projeto segue à 2.ª sessão.

Discussão especial, em 1.ª sessão, da Proposta de Emenda Constitucional n.º 05/2014, do Senhor Deputado

Roberto Carlos e outros, que acrescenta o art. 182-A à Constituição Estadual, para destinação de recursos à cultura.

Publicada no DPL do dia 06/05/2014.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

O projeto segue à 2.ª sessão.

Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 79/2014, do Senhor Deputado Da Vitória, que

dispõe sobre a estadualização da rodovia municipal que liga os municípios de São Gabriel da Palha e Águia

Branca, e dá outras providências. Publicado no DPL do dia 22/04/2014.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

O projeto segue à 2.ª sessão.

Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 07/2014, do Senhor Deputado

Genivaldo Lievore, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense à Senhora Regina Cléa Camara Milan.

Publicado no DPL do dia 23/04/2014.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

O projeto segue à 2.ª sessão.

Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 12/2014, do Senhor Deputado Dary

Pagung, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Mauro Quintão. Publicado no DPL do dia

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07/05/2014.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

O projeto segue à 2.ª sessão.

Finda a Ordem do Dia, passa-se à fase do Grande Expediente, dividido em duas partes: Lideranças

Partidárias e Oradores Inscritos.

Concedo a palavra ao Líder do PDT, Senhor Deputado Da Vitória.

O SR. DA VITÓRIA – Senhor Presidente, informo a V. Ex.ª que durante os primeiros minutos falará o

Senhor Deputado Euclério Sampaio, e o restante do tempo será ocupado por nós. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Euclério Sampaio.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e

Senhores Deputados, estivemos sexta-feira na solenidade de cinquenta anos de emancipação política do Município

de Conceição do Castelo, na Câmara Municipal, presidida pelo Senhor Vereador Humberto Rocha. Foi uma festa

muito bonita. Choveu muito, mas a chuva não tirou o brilho da festa. A Senhora Deputada Federal Rose de Freitas

esteve presente e alguns Senhores Deputados desta Casa, como Glauber Coelho, Luzia Toledo e este Deputado.

Fomos bem-recebidos, apesar da grande chuva. Parabenizamos os vereadores que nos receberam, Senhores

Humberto Rocha e Augusto Soares, demais vereadores e o povo daquela cidade.

Conceição do Castelo completou cinquenta anos de emancipação. É um município muito acolhedor. Por

coincidência também temos cinquenta anos de idade.

O Senhor Deputado Da Vitória falou sobre São Gabriel da Palha, um município que faz parte da nossa

história também. Este ano optamos por estar em Conceição do Castelo, mas temos certeza de que esta Casa estava

muito bem-representada com a presença de V. Ex.ª em São Gabriel da Palha.

A nossa única manifestação hoje é sobre esse assunto. Deixaremos para nos manifestar sobre a reunião da

Comissão de Finanças amanhã. (Muito bem!)

(Comparece a Senhora Deputada Janete de Sá)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Da Vitória.

O SR. DA VITÓRIA – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores

Deputados, Senhor Deputado Luiz Durão, ora na presidência dos trabalhos, e Senhor Deputado Euclério Sampaio,

ambos do PDT, este é um partido que mostra seu tamanho ano a ano quando se afere a quantidade de filiados no

Estado do Espírito Santo. Estamos com quase quarenta mil filiados. Tivemos um crescimento muito grande. Um

partido que na eleição passada aumentou de um para oito prefeitos em nosso Estado. São três vice-prefeitos e mais

de sessenta vereadores.

O partido tem uma grande filiação de mulheres, jovens, e tem dado grande contribuição também no

Congresso Nacional. O PDT tem uma história bonita começada por Leonel de Moura Brizola seguido por tantos

outros. Entre as lideranças, citamos algumas: senadores como o Cristovam Buarque e Pedro Taques, que têm sido

referência no Brasil, no Senado.

Cumprimentamos o Senhor Jean Ramalho, diretor da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e

Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo, e o Senhor Alexandre Pereira, nossos representantes no Plenário

desta Casa.

A imprensa recentemente tem dado muita notoriedade ao processo eleitoral. Tem colocado o PDT, em

algumas vezes, como noiva. Hoje, o PDT, teve mais uma reunião importante com o PR, Partido da República, na

qual estiveram presentes o Senador Magno Malta e o Senhor Sérgio Vidigal, presidente do partido. Pessoas com

história de relacionamento muito longa. Temos muito orgulho de pertencer ao Partido Democrático Trabalhista.

Orgulho, principalmente, pelo nosso presidente, Sérgio Vidigal.

É lógico que um partido se faz com várias pessoas, vários pensamentos. Temos divergências, mas

maturidade também para entender que temos que buscar um caminho. Qual é o caminho que o PDT tem que

buscar? O caminho que faça com que seus membros possam sugerir algo, e que faça com que nossos representantes

estejam nas cadeiras de representatividade da sociedade capixaba. E, nesta Casa, temos quatro cadeiras, além dos

dois citados e de nós, temos a Senhora Deputada Aparecida Denadai. Além de todos os prefeitos, há o senhor

Sérgio Vidigal, presidente do partido, que está no momento liderando nosso diálogo com todos os demais partidos.

Esse é o caminho que buscamos; o caminho de nossa representatividade. E assim dialogamos com todas as siglas. E

é importante inclusive que a imprensa saiba que o PDT fará o exercício democrático dando oportunidade a todos os

partidos de falar para ouvirmos todos.

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Todos sabem que temos a preocupação de discutir com as siglas uma boa composição das legendas para

reconduzirmos os deputados estaduais e manter uma bancada de deputado federal. De preferência que consigamos

ter assento na Câmara Federal. Assim o Senhor Sérgio Vidigal, líder do partido, tem conduzido, com muito respeito

aos seus membros, mas também com muito respeito aos outros partidos.

Falando não pelo partido ou pela liderança, mas pessoalmente, não nego e sempre apontei, sempre afirmei

o grande respeito que tenho pelo nosso Governador Renato Casagrande. Como deputado estadual desta Casa, como

membro do PDT, tenho defendido a necessidade de sempre acompanharmos as ações deste Governo, que têm sido

conduzidas com muita responsabilidade.

Não adianta termos recursos se não temos competência, planejamento, se não fazermos com que esses

recursos cheguem aonde devem chegar, àquele contribuinte que espera em todo o Estado do Espírito Santo. Isso

tem acontecido neste Estado de forma muito democrática, com o orçamento sendo discutido não só por esta Casa,

que representa a sociedade, mas por todos os municípios do Estado do Espírito Santo.

Fazemos essa afirmação com consciência muita tranquila, até porque todos sabem de nossa condição

partidária. Somos muito voltado àquilo que acreditamos.

Senhor Deputado Euclério Sampaio, em 2006, agradeço a todos os membros do partido, filiei-me ao PDT,

meu primeiro partido. Lembro-me muito bem de que, naquela época, o candidato que tinha expectativa de ganhar a

eleição para Governador do Estado, tinha preferência esmagadora. E a Constituição Federal me punia o direito de

estar filiado três meses antes da eleição. Um direito que me foi tirado, mas com uma condição muito favorável para

escolher uma legenda que me daria uma eleição com muito mais conforto. Era só analisar as possíveis coligações e,

na hora, escolher o partido. Escolhi o PDT que tinha um candidato próprio. Naquela época o Senhor Sérgio Vidigal

era o nosso candidato ao Governo do Estado do Espírito Santo.

Todos os líderes políticos do Estado do Espírito Santo tinham a convicção de que não seria uma eleição

fácil, o Senhor Sérgio Vidigal foi muito corajoso naquele momento. Optamos estar com S. S.ª naquele momento,

pois nossa opção é sempre por aquilo em que acreditamos.

Acreditamos que, primeiramente, temos que usar o instrumento do diálogo, conversarmos bastante neste

momento. Hoje, tivemos um diálogo muito importante com o Partido da República, que tem um senador legitimado

pelas urnas que está, reeleito e reconhecido pela sociedade capixaba, o Senador Magno Malta.

Aparece nas pesquisas. A discussão do partido também inclui o PR, o PDT e o PSC. Tivemos grandes

avanços nessa discussão. Mas, mais do que isso, falando como deputado estadual, como um dos membros desta

Casa, afirmamos que todo governador e todo prefeito, na condição dada hoje pela Constituição, tem que fazer um

planejamento de quatro anos, mas não pode deixar de pensar e ter um projeto para oito anos, pois a sociedade pode

convidá-lo para disputar a reeleição, direito de quem está nesse projeto.

Acreditamos que o nosso Governador tem um planejamento para que o nosso Estado do Espírito Santo

continue avançando. É certo que temos um passivo com a sociedade na segurança, na educação e na saúde. Mas se

analisarmos, tivemos avanços nos investimentos federais feitos em relação à contratação de pessoal.

Com relação à Polícia Militar falamos com propriedade, pois há vinte e quatro anos pertencemos a essa

instituição. Nunca na história da Polícia Militar tivemos seu quadro organizacional completo. É o primeiro

momento em que teremos dez mil e oitocentos policiais, acontecerá com o novo processo que está em andamento,

já publicado e feito o concurso público.

A metade dos candidatos, mais de mil e cem policiais, já está fazendo o devido curso e na próxima

chamada, mais mil estarão dentro do quarteis para completar nosso quadro organizacional.

Esse problema não se resolve somente com a contratação de pessoal, mas com muito mais políticas

públicas. É o que está sendo feito. O programa Estado Presente, por exemplo, é um projeto que nasceu neste

Governo e envolve todas as outras secretarias, também envolve as outras instituições, para que possamos avançar

na segurança pública.

Muitas vezes já criticamos, pois nem sempre temos que concordar. Mas, hoje, chamamos à reflexão, não

somente os membros deste Parlamento, mas a sociedade capixaba. Qual a melhor escolha para o Estado do Espírito

Santo? Achamos que a melhor escolha para o Espírito Santo é que as lideranças políticas de nosso Estado

compreendam que atualmente o cidadão não espera qualquer disputa que o coloque em uma eleição dura,

disputada, que desarrume nosso Espírito Santo. O capixaba não espera isso.

Tivemos a continuidade dos oito anos do último Governo. Estivemos nesta Casa no Governo passado e

vimos como as coisas avançaram. Nestes quatro anos também tivemos um grande avanço, pois esta Casa também

ajudou. Agora é o momento de continuar. É um direito que todo cidadão tem, mas também cada um pode disputar

ou não uma eleição. Mas acreditamos que quem tem responsabilidade pensará muito para que possamos ter um

processo que dê, principalmente, entusiasmo aos nossos capixabas e muita segurança para o Estado do Espírito

Santo continuar avançando nos investimentos e reduzindo, cada vez mais, a pobreza e a instabilidade política, que

gerou a nosso Estado, há um tempo, muita insegurança aos empreendedores, aos investidores e a todos os cidadãos

que pensavam em trazer sua empresa para este Estado, onde não havia oportunidade de geração de novos empregos

e de renda.

Senhor Deputado Luiz Durão, V. Ex.ª que mora no Município de Linhares, sabe como aquele município

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tem crescido em relação à novas empresas. Essa é a segurança que V. Ex.ª e os demais Senhores Deputados estão

dando na estabilidade política. Ninguém fará investimento em um local se não houver segurança política e

segurança para seus empreendimentos. Ninguém colocará o trocado que junta para realizar investimento num local

que tenha instabilidade. Naturalmente, é o esforço de todos os capixabas e esta Casa de Leis tem contribuído muito.

Enquanto Deputado Estadual neste Parlamento e membro do Partido Democrático Trabalhista, é sabido por

todos, porque não omitimos que estamos trabalhando cada dia para que tenhamos um Governo coerente e sério e

uma eleição que dê segurança para que este Governo continue. Todos sabem que temos trabalhado e afirmado isso

em todos os palanques e em ações desse Governo apresentadas, porque isso deve ser falado.

Nas comunidades do interior deste Estado, em que estivemos e das quais, há muito tempo, nossos jovem

saíam para tentar oportunidades em grandes centros, mas que hoje estão permanecendo, porque estão abrindo suas

empresas no distrito, pois há telefonia e internet, o que era um sonho há um tempo. Mas isso se torna realidade por

conta de planejamento e de ser pensado junto com todos do nosso Estado. Dessa forma, o que está acontecendo não

é fruto da cabeça de uma pessoa só. Um governante deve ter acessibilidade e administrar recebendo as pessoas e

discutindo, porque o Governo não pertence a uma pessoa só. E isso está acontecendo neste momento, em que temos

a oportunidade de sugerir onde empregar o investimento.

O Governador recebe não somente Prefeitos e Vereadores, mas também, muitas vezes, Presidentes de

Comunidades, porque S. Ex.ª quer saber onde investirá aquele recurso que autorizará, por meio de um pedido dos

Senhores Deputados, da complementação de uma emenda parlamentar ou da sugestão de uma nova pavimentação.

Sentimo-nos, como representante da sociedade que não tem a obrigação de fazer com que determinada obra

aconteça pelo nosso domínio. Mas pelo domínio do Governador temos a obrigação de defender, porque faz parte do

exercício da democracia como parlamentares: aprovar o orçamento, sugerir e apontar. Isso está acontecendo e nos

sentimos contemplado neste Governo em relação às ações, porque chegamos a este mandato e devemos pensar em

quem confiou o seu voto, para que estivéssemos neste Plenário. E devolver esse investimento de tempo e de

confiança de cada um dos nossos capixabas em muito trabalho.

Não temos medido esforços. Não temos final de semana ou noite, pois se nos convocarem estaremos

presentes em todos os municípios. Às vezes, somos muito criticados por rodar bastante em nosso Estado. Mas

enfrentamos essa crítica com muita tranquilidade, porque enquanto tivermos vida e saúde trabalharemos muito

como Deputado Estadual, principalmente neste momento em que o Estado do Espírito Santo está em união com o

Governo do Estado e esta Assembleia Legislativa. (Muito bem!)

(Comparece o Senhor Deputado Freitas)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Findo o tempo destinado às Lideranças Partidárias, concedo a

palavra ao Senhor Deputado Gildevan Fernandes, orador inscrito.

O SR. GILDEVAN FERNANDES – Senhor Presidente, declino.

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Tendo S. Ex.ª declinado, concedo a palavra à Senhora

Deputada Janete de Sá, oradora inscrita.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (Sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e

Senhores Deputados presentes em Plenário neste momento da nossa sessão, Senhor Presidente Luiz Durão e Senhor

Deputado Glauber Coelho, fazemos uso da palavra para convidar todos que nos assistem a estarem presentes nesta

Casa de Leis no dia 22 de maio, ocasião em que haverá sessão solene em homenagem à Enfermagem.

No dia de hoje, a Enfermagem começa as festividades para homenagear a categoria. Dia 12 de maio é o

Dia Mundial do Enfermeiro. E do dia 12 a 18 de maio haverá a Semana Estadual de Enfermagem e a Semana

Nacional de Enfermagem, movimentos que existem no País, visando a discutir as questões da categoria de

Enfermagem.

Senhor Presidente, a enfermagem é a categoria que escolhi como profissão, como graduação, além de

ferroviária que sou. É uma profissão dividida em três segmentos: enfermeiro, que tem curso superior; técnico de

enfermagem, que possui ensino médio; e o auxiliar de enfermagem. O técnico de enfermagem, como já disse, possui formação técnico-complementar de ensino médio que

capacita o profissional para atuar nos cuidados ao paciente internado em seu leito hospitalar.

Concedo um aparte ao Senhor Deputado Atayde Armani.

O Sr. Atayde Armani – Muito obrigado pelo aparte.

Parabenizo V. Ex.ª pelo pronunciamento. Hoje é o Dia Mundial do Enfermeiro, V. Ex.ª é enfermeira e vi o

quanto esses profissionais trabalham. No ano passado passei quatro meses e meio dentro de hospitais e vi o quanto

o enfermeiro e o auxiliar de enfermagem trabalham. São eles os grandes trabalhadores do hospital. O médico

determina, o remédio ajuda, mas é o auxiliar de enfermagem e o enfermeiro que faz acontecer tudo no hospital.

Parabenizo V. Ex.ª pelo dia de hoje, dia de profissionais maravilhosos que são o enfermeiro, o técnico de

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enfermagem e os auxiliares de enfermagem.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Obrigada, Senhor Deputado Atayde Armani. V. Ex.ª tanto precisou dos

cuidados da enfermagem recentemente. Temos certeza que a sua qualidade de vida e a sua saúde foi restabelecida

devido ao carinho que o profissional tem para com o paciente.

Por isso, viemos falar hoje sobre a questão da enfermagem. Falaremos do profissional enfermeiro, do

técnico e do auxiliar. Ainda temos uma gama muito grande de auxiliares que estão se elevando à condição de

técnicos para, inclusive, terem melhoria em seus salários.

Senhores Deputados, esse profissional de fato fica às 24h na assistência ao paciente. É ele quem realiza os

cuidados básicos como banho no leito, o curativo, a aspiração, a higienização, todo o serviço de administração

medicamentosa via oral ou venosa. Ou seja, todos os demais cuidados com o paciente são feitos pelo profissional

de enfermagem, seja ele enfermeiro, técnico ou auxiliar.

São profissões dentro de uma mesma carreira profissional que se complementam. Mesmo diante de tantas

adversidades, diante de um salário baixo, diante do não reconhecimento dentro do hospital da capacidade desses

profissionais, eles são responsáveis por garantir a qualidade da saúde do paciente. Bem como o restabelecimento, o

mais rápido possível, da condição desse paciente. Esse profissional é significativo, determinante para a atuação

dentro do ambiente hospitalar.

Senhor Presidente, lamentavelmente é uma categoria ainda muito sacrificada, muito penalizada, que tem

salários baixos, carga horária extenuante. Faz 12h seguidas para folgar 36h; ou trabalha 12h, para folgar 24h. É

uma atividade exaustiva que trabalha ao lado do médico, mas é o profissional que menos recebe na equipe de

saúde, sendo determinante para a formação da equipe e para a garantia da saúde do paciente que está sob o cuidado

da enfermagem.

Fazemos este alerta porque estaremos nesta Casa, no dia 22 de maio, realizando uma sessão solene em

Homenagem à Enfermagem. Esta categoria precisa de homenagens para elevar a sua autoestima, mas ela precisa

de muita luta e de muita organização para que a enfermagem possa de fato ter o seu reconhecimento e o seu

merecimento na equipe multiprofissional. A enfermagem, como citamos, são os profissionais na equipe que

possuem uma enorme responsabilidade, tem uma carga horária muito elevada. No entanto, é um profissional que

não tem a remuneração condizente com a importância do trabalho que exerce na equipe multiprofissional e, muitas

vezes, é desrespeitado e inferiorizado diante do seu trabalho na equipe.

Sabendo que o setor público, os hospitais públicos e os filantrópicos são os que mais empregam no nosso

País e no nosso Estado, precisamos que haja um reconhecimento maior por parte tanto do Poder Executivo quanto

dos filantrópicos, como da área também dos hospitais particulares o reconhecimento maior a esses profissionais

ajudando-os na qualificação, reconhecendo a importância desses profissionais para que os hospitais garantam saúde

e tenham sua lucratividade.

Os hospitais lucram, ou seja, os hospitais particulares lucram, especialmente os que têm na saúde um

negócio, lucram em cima do trabalho desses profissionais da área de saúde, especialmente do enfermeiro. Mas na

hora de garantirmos uma remuneração adequada, temos muitas dificuldades, esbarramos em questões da lei por

conta da pressão que é exercida pelos hospitais particulares para que a enfermagem não tenha garantia melhor de

qualidade no trabalho e também de suas condições de trabalho.

Hoje, há uma reivindicação nacional para que a enfermagem trabalhe trinta horas semanais porque é um

trabalho extenuante. O Senhor Deputado Atayde Armani - assim como tantos outros - já esteve sob os cuidados da

enfermagem e sabe que é um trabalho extenuante. Muitas vezes existem alguns erros por conta do cansaço de tanta

sobrecarga de trabalho em cima de um profissional que tem de estar durante o trabalho noturno e diurno

responsável por uma gama muito grande de leitos e tem de dar conta desses leitos. Mas em decorrência disso é que

existe uma luta nacional para que o profissional de enfermagem tenha uma carga horária de trinta horas semanais.

Esbarramos, Senhores Deputados, na Câmara dos Deputados, com o lobby dos donos de hospitais que não

querem essa garantia e essa conquista para a enfermagem porque querem continuar lucrando nas costas desse

profissionais que trabalham jornadas extenuantes, como dissemos: 12/24h, doze horas seguidas para poderem

folgar vinte e quatro horas ou 12/36h, que é a escala da maioria que trabalha doze horas para folgar trinta e seis

horas, depois trabalha mais 12 horas e folga 24h sempre no mesmo horário, à noite ou de dia, para poder estar

inteiro e, muitas vezes, tendo que fazer duas jornadas em dois hospitais diferentes, em duas instituições diferentes,

por conta dos salários muito baixos, acabando com sua qualidade de vida e com sua saúde exatamente aquele

profissional para garantir a saúde do próximo, muitas vezes tem sua saúde abalada por ter que fazer muito mais do

que uma jornada de trabalho para garantir uma qualidade um pouquinho melhor de vida, tendo em vista os salários

muito baixos que são pagos na enfermagem.

Queremos, juntos com os colegas Deputados, contribuir e alavancar um movimento de valorização dos

profissionais de enfermagem no Estado do Espírito Santo, convidando e conclamando todos para fortalecermos

essa luta da enfermagem por trinta horas semanais de carga horária cujo projeto tramita no Congresso Nacional.

Passaremos um documento aos Senhores Deputados para assinarem para engrossarmos esse movimento e

torná-lo vitorioso em favor de uma categoria tão importante que no dia de hoje comemora o seu dia. Durante esta

semana discutiremos nesta Casa, trazendo esse debate para poder tornar vivo e possível essa luta que, no nosso

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entendimento, precisa ser vitoriosa e precisa do nosso apoio. Muito obrigada ao Senhor Presidente e aos colegas

que nos ouvem. Passaremos um documento a V. Ex.as

para apresentarmos à enfermagem no dia 22 de maio quando

esta Casa homenageará essa grandiosa categoria que é a enfermagem brasileira. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) – Parabéns, Senhora Deputada Janete de Sá. V. Ex.ª pode contar

com o nosso apoio porque sabemos que o trabalho da enfermeira é árduo. De modo que, sendo trinta horas

semanais, pelo menos ela terá uma condição melhor de atender aos seus pacientes. V. Ex.ª pode contar com o nosso

apoio.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules, orador inscrito.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente Luiz Durão; Senhores

Deputados Glauber Coelho, Claudio Vereza, José Esmeraldo, Marcos Mansur, Gilsinho Lopes, Euclério Sampaio e

Senhora Deputada Janete de Sá. São os Parlamentares que ainda estão neste Plenário.

Parabenizamos a Senhora Deputada Janete de Sá pelo pronunciamento, uma competente representante dos

enfermeiros em nossa Casa de Leis e no Estado. É uma luta muito grande a questão dos horários dos enfermeiros.

Já trouxemos em outras ocasiões o Senhor Antônio José Coutinho de Jesus, Presidente do Conselho Regional de

Enfermagem do Espírito Santo – Coren-ES, para falar sobre a importância do profissional enfermeiro,

principalmente nos hospitais, nos postos de saúde. Conte com a nossa ajuda, com o nosso apoio de muito tempo.

Vimos enfatizando, este Deputado foi diretor de hospital por cerca de vinte anos: do Hospital Infantil Nossa

Senhora da Glória, em Vitória; do Hospital Doutor Pedro Fontes, de hanseníase, em Cariacica, por dez anos; e oito

anos no hospital que tratava de tuberculose, em Cachoeiro de Itapemirim, o Hospital Samuel Libânio, que até

fechou. Conhecemos muito bem a importância do enfermeiro na atividade da saúde. Infelizmente são muito

desvalorizados, principalmente pelo poder público, pelas prefeituras e pelos Governos do Estado. É preciso que o

poder público olhe o enfermeiro como uma engrenagem também do trabalho da saúde porque dentro de um

hospital não tem ninguém melhor do que o outro, somos todos um bloco monolítico que faz impulsionar uma

máquina que se chama saúde pública. Todos têm o seu valor e todos têm o seu desempenho.

É preciso que o médico tenha a consciência e o equilíbrio de obedecer às rotinas de enfermagem. Sabemos

o quanto é difícil, o quanto sofre um enfermeiro dentro de um hospital, por alguns colegas não entenderem a

importância do enfermeiro.

Portanto, neste Dia da Enfermagem, neste Dia Mundial do Enfermeiro, queremos abraçar todos,

especialmente a Senhora Deputada Janete de Sá, que é representante dos enfermeiros nesta Casa de Leis. Dizemos

da satisfação de lutarmos ao seu lado para diminuirmos a carga horária e melhorarmos os salários e as condições de

trabalho, a dignidade e o respeito pela profissão.

Senhor Presidente, assomamos a esta tribuna para registrar – já o fizemos na semana passada e hoje o

faremos novamente - com satisfação, que foi colocada em pleno funcionamento a maternidade de Guarapari. Essa

luta foi muito árdua e ajudamos o Governo do Estado também na Comissão de Saúde. Quando soubemos da

notícia de que nove crianças tinham morrido no Hospital São Judas Tadeu, fomos lá sozinhos e fiscalizamos

prontuário por prontuário. Infelizmente, sete dessas nove crianças morreram fora do hospital e as mães tiveram o

parto dentro do hospital; morreram no útero das mães por falta de uma atenção primária digna, que esta Nação não

tem. E não venham com a história de que atenção primária é de responsabilidade legal do município. É legal, mas

não é moral. A vida não tem lei, a lei maior é a dignidade da pessoa.

Então somos todos responsáveis pela saúde pública: o município, o Estado e a União. Evidentemente que

algumas atividades são separadas para facilitar o andamento dos trabalhos. Por exemplo, a atenção primária, a

unidade sanitária ou o PA, são de responsabilidade legal do município. A unidade sanitária tem que disponibilizar

três profissionais: um pediatra, um clínico-geral e um obstetra ou ginecologista.

Muitas vezes o usuário chega à unidade sanitária e diz que no local não tem médico. Quem contrata o

médico é o prefeito. O médico não é o patrão, é o empregado. É preciso que os prefeitos tenham essa consciência.

E quando o usuário não encontra o profissional na unidade sanitária, ele vai ao PA, que é o segundo passo

do doente, daquele que está acometido de uma patologia qualquer. O PA deveria ser equipado com um mini pronto-

socorro, como raio x funcionando, sala de repouso, sala de pequenas cirurgias, sala para reidratação e sala para

nebulização. E então o paciente chega ao PA, e o aparelho de raio x está quebrado, não tem técnico, não tem isso,

não tem aquilo; cansa de procurar atendimento e vai para o pronto-socorro, que é da obrigação legal do Estado. E o

que acontece quando chega ao pronto-socorro? Vê os corredores entupidos de seres humanos, coitados, deitados no

chão, precisando de assistência médica, o que poderia ter sido resolvido no município. E então o paciente vai para o

Hospital São Lucas ou para o Antônio Bezerra da Farias ou para a Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim ou para

o Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim ou para o Hospital Evangélico de Vila Velha ou para o Hospital

Dório Silva.

É preciso que o Poder Público invista mais na saúde pública. É preciso que se deixe de lado um pouco os

prédios bonitos e os estádios padrão Fifa. Políticos, coloquem isso nas suas consciências, de cima em baixo, porque

vocês estão matando muita gente! E o povo tem que ver isso.

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Não podemos negar que o Senhor Governador Renato Casagrande e o Senhor Secretário Tadeu Marino têm

trabalhado muito. Somos testemunha. Por isso assomamos a esta tribuna para falar sobre a Maternidade São Judas

Tadeu onde, no ano retrasado, morreram nove crianças, e ontem foi entregue à população pelo Governador, pelo

Secretário e pelo Prefeito Municipal de Guarapari.

Realizamos audiência pública, fomos para a rua, cobramos, e o Senhor Governador Renato Casagrande nos

atendeu. O Senhor Secretário Tadeu Marino, com sua equipe, atendeu não só a este Deputado, mas à Comissão de

Saúde, aos Senhores Deputados, ao Prefeito de Guarapari e à população, que é o melhor de tudo. É essa a

consciência que o político tem que ter. Precisamos olhar para a população, para o doente. Deixem o estádio para

depois!

O povo já não aguenta mais, principalmente quando anda igual à sardinha na lata, em um ônibus do

Transcol. Não tem lugar para sentar, não tem ar condicionado. E alguém ainda fala em trem-bala. Isso é uma

bofetada na cara do trabalhador; isso é um tapa na cara do trabalhador quando falam em trem-bala e quando falam

em cobrar pedágio antes de ter a estrada.

Lamentavelmente tenho de encerrar a minha fala, mas deixo registrada a minha indignação com alguns

comportamentos de alguns políticos, que não posso defender. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Esmeraldo,

orador inscrito.

O SR. JOSÉ ESMERALDO – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas,

Senhores Deputados, aqueles que nos assistem por meio da TV Ales e da TV Educativa, nossos taquígrafos,

funcionários desta Casa de Leis e fotógrafo, saudamos o Batista, o Dudé; a Rose; o Ceará, nosso nordestino; o

Senhor Leandro Machado, Lelê; e os demais amigos que nos acompanham das galerias. Parabéns aos senhores por

estarem nesta Casa!

Hoje, reportamo-nos à sede do Município de Cariacica. Na fase das Comunicações referimo-nos à Flexal II.

Está aí o Dudé, que esteve conosco em Flexal II. Os moradores de Flexal II reivindicam uma unidade de saúde, um

posto de saúde. Essa é a reinvindicação principal de quase oito mil moradores de Flexal II. Estivemos lá no sábado.

Estivemos, também, em Cariacica-Sede.

Nasci em Cariacica-Sede, com muita honra. Cariacica está vivendo um momento difícil. Digo isso porque

querem tirar o DPM de Cariacica-Sede. Isso é inadmissível. É inadmissível que tirem o DPM de Cariacica para

levar para qualquer outro local. Sou favorável que tenha um DPM no bairro de Nova Rosa da Penha, por exemplo.

Mas não podemos tapar o sol com a peneira. Não podemos, em hipótese alguma, retirar de Cariacica-Sede o DPM.

A sede da Prefeitura era nesse bairro, na época de vários prefeitos que por ali passaram. Agora querem levar o

DPM para outro local!

Fizemos um apelo, tentei falar com o Coronel Edmilson dos Santos, comandante da Polícia Militar, para

que não retire o DPM de Cariacica-Sede e leve para outro local.

Tomei a liberdade de telefonar para o Senhor Tyago Hoffmann, meu amigo, Secretário-Chefe da Casa

Civil, brilhante Secretário que tem ajudado muito e tem resolvido muitos problemas dentro desta Casa. Se não

fosse o Senhor Tyago Hoffmann a situação não estava do jeito que está. Pedi a S. Ex.ª: Tyago, não deixe tirar o

DPM de Cariacica-Sede. Isso será um tapa na cara de todos os moradores daquele bairro. Isso é um absurdo! Fiz

este apelo na presença de amigos que estavam comigo hoje, o Senhor Valdir Severo, presidente da Associação de

Moradores, e o Senhor Fabiano Azevedo, vice-presidente da Associação de Moradores.

Fizemos uma indicação para construção e implantação de uma unidade Integrada de Polícia Militar – UIP,

no bairro de Cariacica Sede, no Município de Cariacica Sede, que diz o seguinte:

A presente indicação é uma antiga reivindicação dos moradores do bairro Cariacica Sede, no

município de Cariacica que trouxeram a este parlamentar a presente demanda, em reunião com o

Presidente da Associação de Moradores do bairro Cariacica Sede, Sr. Valdir Severo, do Vice-

Presidente Fabiano Azevedo, do Presidente da Associação de Moradores do bairro São João

Batista Sr. Netinho e de seu vice-presidente Sr. Alan Gregório e tem como principal objetivo

abrigar a sede administrativa da 4.ª Companhia da Polícia Militar do 7.° Batalhão de Polícia

Militar que atualmente se encontra em um imóvel que não atende plenamente as necessidades

devido a sua precariedade.(...)

Precisamos melhorar aquele imóvel próximo à praça do Município de Cariacica; uma praça famosa e

importante para os moradores daquela região. Pedimos ao Governador; ao Senhor Edmilson dos Santos, nosso

Comandante da Polícia Militar e também ao Senhor Tyago Hoffmann, nosso amigo, Secretário-Chefe da Casa

Civil, que não retirem o DPM de Cariacica Sede. Aquele imóvel já está instalado há muitos anos naquele bairro e

os moradores precisam dele.

Cariacica Sede engloba vários e vários bairros. Esse DPM está num ponto estratégico porque pode dar

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cobertura até Duas Bocas e vários outros bairros circunvizinhos. Seria uma catástrofe para a população de

Cariacica Sede a retirada do DPM, num momento inadequado como esse. Não aceitaremos, em hipótese alguma, a

retirada desse policiamento de Cariacica Sede. Seria uma injustiça; uma irresponsabilidade retirar esse imóvel

daquela região. Tem um ditado popular que diz: antes que aconteça, corte-se a cabeça. Por isso, tomamos a

liberdade de fazer esse nosso pronunciamento para posteriormente não dizerem que não sabiam. Sabiam.

Hoje, tentamos falar com o Comandante Edmilson dos Santos por várias vezes, porém S. S.ª não está mais

ao telefone. Antes, atendia, agora, não o atende. Enquanto que o Senhor Tyago Hoffmann, Secretário-Chefe da

Casa Civil, nosso amigo, um homem importantíssimo no Governo atende ao telefone todas as vezes que ligamos. E

olha que é difícil ligarmos para o Comandante Edmilson dos Santos.

Nós, que somos da Comissão de Segurança desta Casa, sempre ajudaremos o Governador do Estado.

Estaremos sempre nesta Casa - como o fizemos hoje e fazemos todo dia - para ajudar o desenvolvimento do Estado

do Espírito Santo. Agora, não vamos tomar bola nas costas; se tem algum assessor ou algum representante do

Governo que vira as costas para o deputado, esperamos que o Secretário Senhor Tyago Hoffmann resolva essa

situação. Temos certeza de que S. Ex.ª resolverá. O que não pode, o que a população do Município de Cariacica

não quer, o que Cariacica Sede não quer e não deseja em hipótese alguma, é a retirada do DPM de Cariacica Sede e

levar para qualquer outro local.

Somos favoráveis de que também no bairro Nova Rosa da Penha seja implantado um DPM porque a

população merece. Agora, não podemos tapar o sol com a peneira. Não podemos tirar a polícia de dentro de

Cariacica Sede. Não aceitamos; os comerciantes não aceitam; este político que representa Cariacica Sede, não

aceita, toda a população não aceita.

Por isso, assomamos a esta tribuna, nesta data, com muita tranquilidade para fazer essa solicitação da não

retirada do DPM de Cariacica Sede. A Senhora Deputada Janete de Sá está nos dizendo que também apoia essa

solicitação. Fazemos questão de repetir para depois não dizer: Ah! Não sabíamos. Sabiam sim! Inclusive, Senhores

Deputados Luiz Durão e Glauber Coelho, amanhã haverá uma movimentação naquela região porque é inadmissível

a retirada do DPM de Cariacica Sede. É uma coisa estapafúrdia! Parece-nos que querem atrapalhar o Senhor

Governador Renato Casagrande.

Acreditamos que têm pessoas no Governo querendo atrapalhar o Governador. Como pode tirar de um ponto

estratégico de um local tão importante que já foi sede do Município de Cariacica? Não façam isso! Voltaremos a

esta tribuna e daremos nomes aos bois. Podem ter certeza que bateremos mesmo! Ninguém nos segura! (Muito

bem!)

A SR.ª JANETE DE SÁ – Senhor Presidente, pela ordem! Mesmo diante do avançar da hora, não

podíamos deixar de requerer um minuto de silêncio pela passagem de um grande amigo de infância, o Senhor Cyro

Alves Carneli, nosso companheiro do Município de Cariacica, do bairro de Itaquari, onde nascemos e fomos

criados juntos que faleceu vítima de infarto na tarde de ontem. S. S.ª está sendo sepultado, neste momento, no

Cemitério Jardim da Paz, no Município de Serra.

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Solicito a todos para que, de pé, façamos um minuto de

silêncio. (Pausa)

(A Casa presta a homenagem)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Claudio Vereza,

orador inscrito.

O SR. CLAUDIO VEREZA – Senhor Presidente, declino.

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Tendo S. Ex.ª declinado, concedo a palavra ao Senhor

Deputado Gilsinho Lopes, orador inscrito.

O SR. GILSINHO LOPES – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e

Senhores Deputados, estivemos nesse final de semana, desde quinta-feira passada, com o Senhor Governador

Renato Casagrande, no Município de Iconha e, sábado, estivemos nos Municípios de Marilândia e Marechal

Floriano. Verificamos a participação dos prefeitos, principalmente no Município de Iconha, onde o Prefeito João

Paganini reclamou que mesmo o Senhor Governador ter ido inúmeras vezes àquele município, ainda não está

satisfeito, quer a presença de S. Ex.ª mais vezes naquela região.

Cada vez é um anúncio de mais uma obra, de mais uma ordem de serviço. Estivemos presentes, juntamente

com os Senhores Deputados Glauber Coelho, Marcelo Santos, Janete de Sá e Vandinho Leite, deputados da base

aliada, e tivemos a oportunidade de ver a satisfação do povo daquela cidade. Todos observaram que os

investimentos, na ordem de mais de cinquenta e três milhões de reais, destinados àquela cidade, não foram somados

nos últimos oito anos do ex-governo.

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No Município de Marilândia, terra do Prefeito Osmar Passamani, do Partido 15, também não houve

investimento.

Às vezes, assomamos a esta tribuna para falar sobre determinadas coisas e algumas pessoas pensam que

estamos tendo obras e recursos... Mas, temos observado que o tratamento por parte do Governo é igual para todos

os Deputados Estaduais que votam em Plenário de acordo com o entendimento que têm do que é melhor para a

sociedade capixaba.

Senhor Deputado Doutor Hércules, mesmo V. Ex.ª falando que hoje sou o queridinho do Palácio e estou de

bem... Estou de bem, sim, com o Governador Renato Casagrande porque S. Ex.ª é trabalhador, humilde e

competente.

Não podemos deixar de falar isso desta tribuna porque como Presidente da Comissão de Segurança fizemos

vários pleitos e quase todos foram atendidos, quer seja na nomeação dos policiais civis; na recomposição dos

quadros da Polícia Militar... Estamos lutando, agora, para a recomposição dos quadros do Corpo de Bombeiros

Militar e da Secretaria de Estado da Justiça. É nosso papel cobrar do Governo. E o Governo, dentro da Lei de

Responsabilidade Fiscal, sabe até onde pode avançar em contratações e em nomeações que não causem situações

adversas ao Governo.

Aproveitamos a oportunidade para dizer que em várias oportunidades, pedimos: Luiz Durão, V. Ex.ª é

Deputado e está com crédito junto ao Governo, V. Ex.ª poderia intervir nessa situação? Em todas as situações o

Senhor Deputado Luiz Durão fez sua explanação e o pleito foi atendido.

Dissemos aos Delegados concursados de 2013, excedentes, que procurassem os Deputados Estaduais que

eles conhecem e nos quais acreditam, porque o mérito não é do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, Presidente da

Comissão de Segurança, mas de toda a Comissão de Segurança e de todos os Deputados Estaduais.

Queremos a recomposição dos quadros da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros

Militar, para que tenhamos segurança de qualidade. Hoje está um caos a situação desenfreada desses adolescentes,

matando todos os dias e, mesmo sendo presos, provocando a Polícia, falando que sairão, assaltarão e somente

deixarão de praticar delitos se forem mortos. E o nosso Congresso Nacional não toma uma posição.

Falamos desta tribuna, na semana passada, em relação à morte do Senhor Adelino Canal, mais conhecido

como Marciano Canal, irmão do Senhor Ataídes Canal, ex-prefeito do Município de Pedro Canário. A Polícia Civil

agiu rapidamente, juntamente com a Polícia Militar. Vinte e dois homens correram e conseguiram prender o

adolescente, apreender a arma do crime, a moto utilizada para a fuga e o elemento que emprestou a arma e depois a

escondeu no congelador do seu freezer.

Senhor Deputado Marcos Mansur, temos uma polícia eficiente. Em 2011 tínhamos aproximadamente onze

mil presos no sistema prisional. Hoje estamos na casa dos dezesseis mil. Se não fossem essas liberdades, quer seja

por fiança, por liberdade provisória, por ter um bom advogado ou por habeas corpus auricular, estaríamos com

quase vinte mil presos no sistema.

Quanto aos adolescentes, a situação está ficando insuportável. Os delegados da Delegacia do Adolescente

em Conflito com a Lei, das Delegacias dos municípios, não conseguem efetuar tantas prisões e estar nas ruas antes

que a Polícia Militar saia.

O adolescente é apreendido com drogas, mas o Estatuto da Criança e do Adolescente não prevê que as

drogas sejam grave ameaça ou violência à pessoa. De acordo com o Art. 274, do Estatuto da Criança e do

Adolescente, o adolescente deverá ser entregue aos seus pais. Assim, o adolescente retornará às ruas tornando-se a

futura vítima, pois poderá estar em território de outro traficante e ser executado. Será outro crime a ser investigado.

As dificuldades são muito grandes.

Parabenizamos o Governador Renato Casagrande pela recomposição dos quadros e pelo trabalho que S.

Ex.ª tem feito. Senhor Presidente, S. Ex.ª cobrou posição de todos os municípios. Em Pedro Canário, um dos

municípios onde o índice de homicídios estava mais acentuado, e em Pinheiros, terra do Senhor Deputado Gildevan

Fernandes, reduziram bastante... Os delegados estão fazendo operações em conjunto que tem dado resultado.

Os resultados de segurança pública não são imediatos, são em longo prazo porque existe a questão dos

investimentos, que têm que ser realizados na recomposição dos quadros, em tecnologia de ponta, em viaturas...

Precisamos considerar que a sociedade tem que contribuir com informações. O Disque-Denúncia, criado

por lei de nossa autoria, é uma grande ferramenta no combate à violência e à criminalidade. É um meio bastante

utilizado, através do qual temos tirado de circulação várias quadrilhas e pessoas que agem sorrateiramente,

escudados sob o manto de um Código Penal e de um Estatuto da Criança e do Adolescente arcaicos.

Devemos cobrar do Congresso Nacional uma medida emergencial para a redução da maioridade penal.

Temos que cobrar esta posição, Senhor Presidente e Senhores Deputados. Se continuarmos nesta trajetória, nesta

linha de prender todos os dias, todos os momentos, e colocar em liberdade, o desestímulo para o policial será muito

grande. O adolescente infrator vê o policial que o leva à Delegacia. Como o adolescente será posto em liberdade, o

policial coloca a sua vida em risco. Assim, passará com a viatura por outro lado, não vai atacar, mesmo sendo sua

obrigação como policial.

Senhor Presidente, tenha a certeza de que quando falamos sobre os avanços que estamos tendo na questão

da segurança pública e em outras áreas sociais não estamos para defender, mas para reconhecer o trabalho do

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Governador Renato Casagrande. (Muito bem!)

(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Esmael de Almeida)

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Esmael de Almeida,

orador inscrito. (Pausa)

Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Freitas, orador inscrito.

O SR. FREITAS – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores

Deputados, cumprimentamos o nosso querido povo capixaba que nos assiste pela TV Ales.

Acompanhando os pronunciamentos, observamos que esta Casa passa a ter uma convergência, Senhores

Deputados Marcos Mansur e Glauber Coelho, de entendimento que os investimentos em segurança, maciçamente

históricos que o Senhor Governador Renato Casagrande vem fazendo desde o primeiro dia que tomou posse como

Governador deste Estado, começam a surtir a efeito. Observamos os índices de violência diminuindo ano a ano.

Mas o reconhecimento desta Casa e da sociedade capixaba, a ajuda das famílias faz muita diferença e ajuda muito.

Observamos atentamente o pronunciamento do Senhor Deputado Da Vitória, homem oriundo da segurança

pública deste Estado, e o do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, delegado de carreira, Presidente da Comissão de

Segurança desta Casa, que tem trabalhado muito neste Estado todo. S. Ex.ª não tem medido esforços para realizar

audiências públicas no setor da segurança pública em cada canto deste Estado, fazendo pronunciamento

reconhecendo o resultado dos investimentos, não somente os investimentos, mas reconhecendo e citando histórico

das audiências públicas por onde passa e vendo a satisfação, a compreensão da sociedade capixaba com os

investimentos, com os resultados dos investimentos que o Senhor Governador Renato Casagrande vem fazendo.

É óbvio que o País vive um momento muito forte de questionamento da segurança, de falta de punição

muito forte, de afrouxamento das leis. Mas, no Estado do Espírito Santo, o Senhor Governador Renato Casagrande,

que lidera os maiores investimentos de todos os setores do nosso Estado, tem dado atenção prioritária ao tema

segurança.

Segurança pública não é um tema fácil. Todos sabem que é o tema mais difícil da atualidade. O Estado do

Espírito Santo não brinca com a segurança pública e não a coloca em segundo plano, mas em primeiro plano, como

prioridade.

O Senhor Deputado Da Vitória disse que depois de aproximadamente quinze anos este Estado tem

novamente a regularidade, a média de policiais necessária na corporação da Polícia Militar. É preciso repetir

quantas vezes for necessário, Senhor Deputado Gilsinho Lopes, este Estado passou dez anos sem ter capacidade de

formar policial militar, sem fazer concurso para policial civil. Quando não se faz concurso, não se forma policial

militar e é óbvio que perdemos homens para a reserva, os que se aposentam, o Estado depois não forma a totalidade

que precisa para repor o quadro; a população aumenta cada vez mais; o Estado vem se desenvolvendo e atrai

pessoas de outros Estados, automaticamente, no momento em que a violência acontece naturalmente, quando temos

o número de efetivo menor, é óbvio que a violência vai aumentar. Mas o Senhor Governador Renato Casagrande

desde o primeiro momento estabeleceu como prioridade a segurança pública, começou a formar em dois turnos,

duas turmas por ano.

Ano passado, 2013, o Estado bateu recorde e formou mil e cem novos policiais. Este ano formará duas

turmas de mil. Em agosto, serão formados mil e cem novos policiais e, em dezembro, mais mil. Em 2014, baterá

novo recorde e formará dois mil e cem novos policiais militares. Então, o quadro efetivo da Polícia Militar no

Estado do Espírito Santo estará, depois de longos anos, depois de quase duas décadas novamente na média mínima

exigida. Ou seja, a mesma média que tinha em 2000, em 1998.

Já vemos o resultado. Já podemos sentir que São Mateus, por exemplo, um Município que polariza com

aproximadamente quinze Municípios, pode ter um efetivo maior. Mas já poderá ter uma Companhia de Polícia

Militar em Jaguaré, que não tinha, e uma Companhia com mais efetivo, com um oficial no comando. Poderá ter

uma Companhia em Conceição da Barra, muito eficiente. Uma Companhia em Pedro Canário também.

Deixam de acontecer os delitos? Infelizmente, não. A polícia não vai dar conta de tudo. A prevenção é

quase impossível. É impossível prevenir todos, porque há alguns que acontecem dentro de casa, há alguns que

acontecem em um local completamente ermo. Mas a polícia tem solucionado praticamente tudo, como o Senhor

Deputado Gilsinho Lopes disse, aquele homicídio em Pedro Canário foi solucionado em duas horas.

Aconteceu às nove horas da noite, em um bar, ao lado da casa do vitimado. Ao lado da casa, no local em

que ele costumava ficar com sua família. Aconteceu às nove horas da noite. Não dá para ficar o tempo todo com

uma viatura fazendo a guarda de um ambiente, que aparentemente não era ruim, era uma área central de Pedro

Canário. Tinham famílias. Esse amigo de todos nós estava com a família inteira: a esposa, filho e outras pessoas, às

nove horas da noite, e infelizmente aconteceu. E duas horas depois estava completamente solucionado,

identificado. A ação da polícia foi efetiva.

É importante que seja solucionado cada crime. Mas seria importante também que houvesse punição justa,

cabível para cada situação dessas. Temos convicção de que se tivesse uma punição exemplar, diminuiria muito a

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violência. Precisamos cobrar cada vez mais que se tenha a punição, independentemente da idade.

Ainda temos muitas dúvidas, Senhor Deputado Gilsinho Lopes, se a favor ou contra a diminuição da

maioridade penal. Mas temos certeza e forte convicção de que tem que haver punição em qualquer idade. Pode-se,

sim, ampliar a punição, fazer a punição. Se a previsão hoje é de três anos, é necessário primeiramente cumprir os

três anos. Mas a coisa mais rara de vermos é um menor cumprir três anos de prisão. Não se vê. Se pegarmos o

histórico desses menores delinquentes, veremos que não cumprem os três anos. Primeiramente, deve-se cumprir o

que está previsto e, depois, ampliar a pena para crimes hediondos. Aí não é para dezesseis, é para qualquer idade

que tiver.

Nos Estados Unidos não é para dezesseis anos, é punição prevista para crime hediondo em qualquer idade.

E tem que ter punição. E não precisa diminuir a maioridade penal. Mas fazer cumprir a pena. Fazer cumprir, e não

minimizar.

Ouvimos dizer das progressões, ou seja, das regalias que há para quem comete crime. As regalias têm que

ser combatidas: progressão de pena, indulto disso, indulto daquilo, flagrante. Saiu do flagrante a pena é menor.

Vemos casos em que o criminoso, o homicida fugiu do flagrante, depois confessa o crime, e enquanto não for

julgado ficará em liberdade. É errado isso! Uma aberração! É isso que precisa ser mudado.

Quanto éramos punidos para sermos obedientes e quantos se lembram de que tínhamos um País melhor

quando éramos obrigados a obedecer rigorosamente a pai e mãe, a professores e aos mais velhos? Hoje não há mais

isso. Hoje se um pai levanta a mão para um filho, o filho diz que denunciará o pai para que o prendam. É a

promiscuidade total, sabemos lá incentivada por quem e por leis frágeis.

É preciso que se punam as pessoas violentas e criminosas. A partir do momento que houver punição

rigorosa, não temos dúvida que um bom efetivo da Polícia Militar, investigando e apurando, fazendo com que o

Judiciário faça cumprir as penas, diminuiremos essa violência no nosso Estado e no nosso País. (Muito bem!)

(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Euclério Sampaio)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Carlos Elias,

orador inscrito. (Pausa)

Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Euclério Sampaio, orador inscrito. (Pausa)

Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Paulo Roberto, orador inscrito. (Pausa)

Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Glauber Coelho, orador inscrito.

O SR. GLAUBER COELHO – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas,

Senhores Deputados, queridos amigos que nos assistem pela TV Ales e pela TV Educativa, internautas, queremos

aproveitar a esteira da manifestação e dos discursos que ora foram proferidos pelos eminentes Parlamentares,

Senhores Deputados Da Vitória e Gilsinho Lopes, e reforçar ainda mais os pronunciamentos de S. Ex.as

.

Tivemos a oportunidade de, na semana passada, acompanhar o Senhor Governador Renato Casagrande em

três agendas na Região Sul do Estado: primeiramente no Município de Iconha, onde o Governador assinou ordem

de serviço de pavimentação da estrada que liga Duas Barras a Inhauma. Da mesma forma no Município de Muqui,

nas Comunidades de São Luiz, Verdade e Formoso e, por derradeiro, porém não menos importante, a comunidade

de Conceição de Muqui, ligando a estrada que a liga ao Município de Mimoso do Sul. Três importantes

investimentos, três importantes assinaturas de ordem de serviço, que mudarão e muito a história dessas

comunidades. Mudarão e muito a realidade dessas comunidades.

Senhor Presidente, o que mais nos chamou a atenção foi justamente que em uma dessas comunidades um

Governador do Estado coloca a planta dos pés pela primeira vez. O Senhor Governador Renato Casagrande, além

de ser extremante competente, capaz e responsável naquilo que faz, não perde a lisura, a ternura e nem a

humildade. E é impressionante como o nosso Governador lida com as pessoas mais simples, mais humildes do

Estado. O tratamento é igual. O tratamento dado às pessoas mais simples, mais humildes, é o mesmo que S. Ex.ª

concede a um Parlamentar ou a um gestor, independente do cargo que ocupa.

E é impressionante o volume maciço, absolutamente maciço de obras, principalmente no que diz respeito à

pavimentação asfáltica em todos os rincões do Estado do Espírito Santo, por intermédio de duas pastas: Secretaria

de Estado de Agricultura, programa Caminhos do Campo, e Departamento de Estradas de Rodagens – DER.

Investimentos que nunca aconteceram na história deste Estado.

O que nos chama mais atenção é que o nosso Governador, apesar de ter sido eleito ou mesmo tendo sido

eleito pelo Partido Socialista Brasileiro, não é um Governador que governa para um partido ou que governa para os

partidos. Muito pelo contrário, nosso Governador Renato Casagrande governa com ousadia, com coragem e com

intrepidez para o povo capixaba.

Ficamos imaginando o sentimento, o desejo, o querer desses moradores para que essa pavimentação esteja

concluída o mais breve possível. Fico imaginando o quanto é importante para uma comunidade como essa receber

um projeto dessa envergadura, receber um projeto desse porte.

Quando pavimentamos uma estrada, estamos pavimentando sonhos, estamos pavimentando desejos,

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necessidades. Enterramos ali sentimentos e angústias. Ou seja, ao pavimentarmos, facilitamos, potencializamos o

escoamento da produção. Concomitante a isso, facilitamos o transporte de alunos da rede pública municipal,

estadual, da rede escolar. Facilitamos o trânsito de veículos; a trafegabilidade de ambulâncias que precisam

transitar em estradas seguras, porque transportam gente, pacientes que precisam de uma estrada de qualidade, de

uma estrada extremamente qualificada.

É importante compartilharmos publicamente para todos que fazem parte dessa história. Nós, que estamos

nesta Casa, que aprovamos o orçamento do Estado. Temos em mãos um relatório, do próprio Governo do Estado,

que apenas na região Sul, prefeitos do PMDB, do PSB, do PDT, do PT, do PSDB, enfim, de todas as siglas

partidárias, são beneficiadas, são atendidas. Foi sobre justamente isto, que acabamos de nos manifestar agora há

pouco. O nosso Governador não está preocupado se são partidos de esquerda ou partidos de centro ou partidos de

direita. O nosso Governo tem o compromisso com a melhoria da qualidade de vida do nosso povo, da nossa gente.

Investindo em todas as áreas possíveis, principalmente no que diz respeito à mobilidade urbana.

Somente na região Sul do Estado do Espírito Santo aproximadamente quinhentos milhões de reais já foram

e estão sendo investido pelo nosso Governador Renato Casagrande.

Fazemos questão de mencionar alguns Municípios. Alegre, Atílio Vivácqua, Bom Jesus do Norte,

Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Itapemirim, Marataízes, Muqui, Jerônimo Monteiro, Vargem Alta, enfim, todos

os municípios da região Sul estão sendo agraciados, estão sendo atendidos com investimentos em mobilidade

urbana pelo Governo do Estado. Ou é uma pavimentação, ou uma ampliação desta pavimentação, ou é melhoria

desta pavimentação.

Para que os senhores e as senhoras tenham uma ideia, tenham uma noção, somente no Município de

Cachoeiro de Itapemirim, governado pelo Partido dos Trabalhadores, há investimentos na ordem de quarenta

milhões de reais em pavimentação. Municípios como Muqui e Jerônimo Monteiro receberam recursos na ordem de

trinta e cinco milhões de reais. Enfim, todos os municípios da região Sul recebendo investimentos vultosos,

maciços e importantes, que melhorarão a trafegabilidade, o trânsito, potencializarão e valorizarão ainda mais as

regiões que são cortadas por esse traçado; que são cortadas por esses investimentos que o nosso Governador Renato

Casagrande tem feito ao longo dos últimos três anos e cinco meses. Ou seja, o que este Governo já investiu em três anos e cinco meses nenhum outro Governo na história

deste Estado já investiu tanto, Senhor Deputado Gilsinho Lopes. É por isso que nos dá tanta certeza, é por isso que, particularmente, temos uma segurança muito grande de que estamos pavimentando o caminho certo, o caminho correto.

Poderíamos ficar alguns minutos, algumas horas, compartilhando com todos os senhores, principalmente com você, telespectador que nos assisti através da TV Ales, sobre os investimentos que o Governo faz em segurança pública, dos investimentos que o Governo faz em saúde pública.

O Senhor Deputado Doutor Hércules se manifestou desta tribuna com muita autoridade, com muito conhecimento. No domingo, na parte da manhã, o nosso Governador Renato Casagrande inaugurou uma parceria com o Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim. Pela primeira vez na história do Município de Guarapari, os moradores recebem uma nova unidade de saúde, um novo hospital, um hospital materno-infantil que, na realidade, nunca teve. E somente aquele hospital materno-infantil que já é gerenciado e administrado pelo Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim, receberá nada mais, nada menos que recursos da ordem de um milhão e cem mil reais para custeio e manutenção.

Se saírmos do Município de Guarapari e chegarmos ao Município de Mimoso do Sul, o Hospital Apóstolo Pedro nunca recebeu recursos do Governo do Estado;está recebendo no Governo Renato Casagrande. Da mesma forma o Município de Guaçuí, que nunca recebeu recursos do Governo do Estado; está recebendo no Governo Renato Casagrande. A Santa Casa de Misericórdia, nunca recebeu um centavo sequer para custeio do Governo do Estado; está recebendo recursos no Governo Renato Casagrande.

Portanto, eminente Senhor Deputado Luiz Durão, retornaremos mais vezes, consecutivas vezes a esta

tribuna para compartilhar com o capixaba das importantes conquistas que o nosso Governador Renato Casagrande

tem tido ao longo de três anos e meio. Dificuldades e obstáculos sempre encontraremos. Mas é por intermédio

dessa pujança; da credibilidade do Governo instalada neste Plenário e desta Casa de Leis, dessa parceria que existe,

que continuaremos avançando a passos largos porque o povo capixaba precisa e merece. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Marcos Mansur,

orador inscrito.

O SR. MARCOS MANSUR - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente em exercício, Luiz Durão,

cumprimentamos nossos nobres pares que ainda estão nesta Casa: o Senhor Deputado Glauber Coelho, que acabou

de se pronunciar, e os Senhores Deputados Gilsinho Lopes e Doutor Hércules.

Cumprimentamos ainda os profissionais da imprensa presente; alguns do último dos moicanos no nosso

auditório e nas nossas galerias; os nossos colaboradores desta Casa; os telespectadores da TV Educativa e da TV

Ales, também os internautas, enfim, todos neste momento.

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Faremos coro também neste momento, e dizer do testemunho público do trabalho que este Governo Renato

Casagrande tem prestado, tem feito, principalmente aos municípios do interior. Um trabalho incansável, incessante,

mostrando que o Governo está muito interessado na descentralização do nosso bolo orçamentário, na questão

econômica do Estado do Espírito Santo.

Então, não poderíamos nos furtar e deixar de trazer esse testemunho público, porque também temos

privilégio e oportunidade de participar de diversos eventos. E confessamos publicamente desta tribuna, que não dá

para acompanhar a agenda do governador pelo interior por conta também de nossa agenda. Mas a grande verdade é

esta: não tem feriado, não tem sábado e não tem domingo. Então, esse é nosso testemunho importante deste

Governo.

Agora, traremos um assunto muito importante que gostaríamos que esta Casa tomasse conhecimento. É

sobre um projeto de lei que tramita em Brasília, na verdade, em fase final. Na última quarta-feira, no dia sete, esse

projeto já foi aprovado no seu texto principal na Câmara dos Deputados, em Brasília. Trata-se da universalização

do Supersimples, que favorecerá e facilitará a vida de muitas pessoas, de muitas empresas, tanto pequenas e

microempresas, quanto empresas de porte médio. Também ajudará muito o Estado, o Governo, porque facilitará a

inclusão de vários segmentos, que citaremos posteriormente, aumentando a quantidade de contribuintes e

promovendo, assim, uma melhor arrecadação tanto para o Governo Federal quanto para o Estadual e Municipal.

Esse é um programa simplificado de tributos, como já dissemos, para micros, pequenas e médias

empresas. Amanhã, especificamente, dezenove emendas serão analisadas e votadas. Convocamos os nobres pares

para que, se puderem, ainda hoje, entrem em contato, por meio de telefonemas, e-mails, torpedos ou WhatsApp,

com nossa bancada para que todos estejam conectados com esse projeto que inclui no sistema mais de cento e

quarenta segmentos, que antes desse projeto de lei não eram contemplados, beneficiando, sobretudo, profissionais

liberais. O projeto único é para as empresas não passarem dos 3,6 milhões de faturamento por ano.

Se o texto for aprovado em definitivo, passarão a ter direito a aderir ao Supersimples empresas

jornalísticas, consultórios médicos e odontológicos e escritórios de advocacia, entre outros. Só não poderão

participar do regime de tributação empresas produtoras de bebidas alcoólicas, de tabaco, água gaseificada,

refrigerantes e sucos concentrados. A aprovação desta proposta estimulará a formalização de empresas, de novas contratações de profissionais

liberais, aumentará a empregabilidade, ajudará na desburocratização da cobrança de tributos porque haverá apenas uma guia única para recolhimento desse imposto.

A previsão é que cerca de quatrocentas mil empresas e profissionais liberais sejam beneficiados. Além da desburocratização o Supersimples também gerará uma economia às pequenas empresas em torno de quarenta por cento do valor que atualmente pagam em relação à carga tributária na geração de empregos, ou seja, estimulará a geração de empregos no País. Fazemos esse apelo embora seja uma lei federal e novamente reitero nossa solicitação, pedindo aos nobres pares ainda presentes neste Plenário que possam nos ajudar dentro de suas possibilidades. Hoje, já fizemos contatos com os gabinetes de toda nossa bancada capixaba, no sentido de que nossos Deputados estejam sensíveis e façam um trabalho multiplicador para que amanhã esse projeto seja finalizado com todas suas emendas analisadas na Câmara Federal. Senhor Presidente, terminamos nossa palavra, agradecendo e desejando uma boa noite a todos os nossos

amigos e amigas. (Muito bem!)

O SR. GILSINHO LOPES – Senhor Presidente, pela ordem! A pedido do Senhor Deputado Theodorico

Ferraço, Presidente desta Casa, deliberamos na Comissão de Segurança uma audiência pública no Município de

Cachoeiro de Itapemirim onde, segundo S. Ex.ª, houve vinte e dois homicídios no mês de março. Já aconteceu a

redução em abril e continua acontecendo no mês de maio, mas mesmo assim, na quarta-feira, às 18h, realizaremos

a audiência pública.

Senhor Deputado Luiz Durão, gostaríamos de contar com a presença de V. Ex. e dos demais membros da

Comissão de Segurança para discutirmos esse assunto em geral, porque temos observado a situação da segurança

pública em todos os municípios do Estado do Espírito Santo pela Comissão de Segurança. E, nessa oportunidade,

será possível fazer um balanço da redução em alguns municípios, do aumento e sobre o que está acontecendo com

essa migração do crime. Devido à proximidade com o Estado do Rio de Janeiro e ao fato de as Polícias estarem atacando aquele

Estado, que será sede da Copa do Mundo, muitos delinquentes estão atravessando as divisas e ficando nas praias próximas ao Município de Cachoeiro do Itapemirim. Por isso o crime tem aumentado. Esses criminosos têm tomado algumas bocas e feito esse trabalho inclusive de blitz em pistas. Essa é uma característica dos bandidos oriundos do Estado do Rio de Janeiro. Devemos realmente discutir a implementação de ações mais pró-ativas e constantes nas divisas deste Estado para evitar a penetração desses delinquentes de outros Estados.

Aproveitamos a oportunidade para reiterar o convite a todos os Senhores Deputados que estão nos gabinetes e são membros da Comissão de Segurança, e aos demais Senhores Deputados.

Senhor Deputado Doutor Hércules, V. Ex.ª é do Município de Cachoeiro do Itapemirim, e sempre fala sobre a Capital Secreta, esse é mais um motivo para V. Ex.ª visitar a Capital Secreta às 18h de uma quarta-feira, o que não atrapalhará em nada o expediente nesta Casa de Leis. Assim, contamos com a presença de todos os

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Senhores Deputados.

O SR. PRESIDENTE – (LUIZ DURÃO) – Não havendo mais oradores inscritos e nada mais havendo a

tratar, vou encerrar a presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, dia

13 de maio de 2014, para a qual designo:

EXPEDIENTE: O que ocorrer.

ORDEM DO DIA: discussão, se houver recurso, na forma do artigo 277, §§ 2.º a 5.º, do Regimento

Interno, dos Projetos de Lei n.os

23/2014 e 77/2014; discussão especial, em 3.ª sessão, dos Projetos de Decreto

Legislativo n.os

10/2014 e 11/2014; discussão especial, em 2.ª sessão, das Propostas de Emenda Constitucional n.os

04/2014 e 05/2014; discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 79/2014; discussão especial, em 2.ª

sessão, dos Projetos de Decreto Legislativo n.os

07/2014 e 12/2014; discussão especial, em 1.ª sessão, dos Projetos

de Decreto Legislativo n.os

14/2014, 15/2014, 16/2014, 17/2014, 18/2014, 19/2014, 20/2014, 21/2014, 22/2014,

23/2014, 24/2014, 25/2014, 26/2014 e 27/2014.

Está encerrada a sessão.

Encerra-se a sessão às dezessete horas e cinquenta e dois minutos.