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AVENÇA Pto. D. l.l.ü•Ia .. Ia r r: çta F Huo. d s Flor · !lt 281 P o n o Qu• inzenári.oQ * 25 de Setembro dJe 1976 An'<> XXXIII- N. 0 849- PreÇO' 2$50 Obra de Rapazes, para Rapazes, pelos _ , Fundador: Padre AmArico * Director: Padre Luiz - - r APESAR OE TUDO ... NOSSO JORNAL <<A'S desmQTalizam; .são fontes r de revolta e fazem revoltados». (PAI «Sim., estamos num tempo em que a V1ilda humana nada !São eX"traídaJs d:e uma das alocuções odo Senhor Bispo do P.ort-o, que, no mesmo ne::rto, ci tand:o R. Fotlereau, .con:clui: De:us no fiiiJgorflfáco como resui)Jtado a dviliZíação da náusea e do desespero.» Sem se ape.11ceber, a pourco e .pouoo, de degr.au em de- grau, amdlecido pel ia água mdle da devassitlã'O e do egoí·smo, o homem vai descendo aos abismos maJis ca:1arrniltosos da e da ser.vidão, nesta ho11a trágiCa da Hi:stória, em que à Palla'Vra, revelação sal'v'Efica péll:t'la toldos nós, a pedir o nosso .a!OO'llhimento e o n:osso comp11omisso práltJico e coerente, se sab1repãem as pallratVr.aJs sem sentido de pseu- do-meSISi, as , pa!ll'laldores e inoonsequen'tes. E se o EVaiJllgellbo nas e o Bom Deus no f11i:gon'"'fico» (R.F.) não podemos esperar . senão a desoridem ou o caos, oom todo o cortejo de negações e de mi'sérias. tA pomorgr.alfrira desoarr:alda; a bus, c:a do .p:mzer e da vo- !}upboosidade; a daf.esa e a .práiÍiioa . do nudismo, do abor.to ·e do : amor liiV.ne; a f,aci'l,irdade com que esquecem os -com- con!tf.aídos no malttíimónio, e o !fá!ctl acesso ao divór:oio; o a'V. i.l'téllmento do senltildo da di- gnidade do sexo f,eminino em nome de pseu'do-promoções da Mulher e d!a r SUa Hber:tação; os actos ou maniltestaçães .i:n'deoorosos reaJlizados em . pleno dia, à ffilaJneir•a r instintiva das Simples as baiCaJnais, fazend0 esquecer , as da antJirga Roma, em oasas pa:rtl:ilowlares ou par·a o ef:eito, que não em ·simlples <fuoi 1 tes» ou <ocilubes» especí1firoos; tudo isto, e o mais que se podr eda .acrescenltar, ·P razões , para que em • boa lóg.i10a, o v;er'dadeiro sen:tido da vida humana se eSboroando e a desgrtaça e os crimes maiJS hediondos . se vão processando. Se ajuntarmos ao :r.ido, ent-re outras, .as sequelas do uso da droga, do desem- prego e da pouca v-onl1Jad. 1 e de ;trn;baJibar de muitos, fáreH é toonaluilf do desespero e da f.irustr'ação da n>OS· Sa sdciedade, · que ,poldem conduz· irJ e inequiirvooamente, «à nálusea» e ao <«<eseSipero». Continua l1la QUARTA página Tão velho comQ .ele é este seu eará · cter de jol'lnai possuí- do pelos leitore$ - possuído pelo gosto Ida sua e as- sumido em 1 respon:sabUidade por todos pa , ra quem ete é, de quem ele é, por quem, afinal também é. Nele se eonrf · itma a fórmul·a eminentemente actiw t<de .•• , para ..., por •.• », que Pai Amé- rico quis realaar com os R_,a- pazes, com os e, ainda antes no tempo, com os Pre- sos que assistia na Peniten- ciária de Coimbra,_ o que · lhe aleu a e.xJPUilsã'O dela por vido e inconveniente. Não sai um número que não traga pre- senç-a dos ·L.eitores; e . tão im- portante a julgamos e tão que- rida nQs é que,. em cada ano, no número de raniversário1 esta presença tem um lugar rele- vante, é o centro vital da ce- lebração da efemtérlde. INiadOilJaíl 1 imdo, pois, no sen- tido mais genuino da pala- vra, quando nacionalização era ainda um ltenno estranho ao léxico corrente, O GAIATO vive onrtQlogicamente adoptado :zlê . Povo: é dEle e pal'la Ele; e, mergtdhandQ profundamente na sua consciênci·a, mais dQ que aquela pretende justifiear a de Uiilliv.ersalizado porque tooo Q seu inte- resse é o Homem 1e entre os homens «Os mai ·s caidos 1 os mais abandonâdoS)). Não · segundo sen.t1do, não lhá outra - 10 Povo sabe-o na sua intuição. Por isso se Entrada principal das noss{])S oficinas de Setúbal nos adi31Jl1ta em matéria de e nos &z ·aten- der 'a problemas em que 1 re- centemente, não . tínhamos aind·a reparadQ. Sa!boreiem esta carta: bons Ami. gos As nossws entti'dades que su- rperJntenldem na imlprensa es- ta'titsalda, que a parti.r de 1 de Setemlbro, os jornai1s pass· am a custar Bs·c. 6$00 (is· to é, 50% de aUJmento!) e oom o elevado 'Custo do papel. IErrnlhona nra imprensa diá,r·ia, o ClliS'to do péllpel atinja ·elevada, não creio ter sido 1sso 'a p:rin'Cilpal determinante de um tão gt'lande aumento, anltes sou }ev ,ado a crer que a base r é o cus1o do conjun- to - - redac- ção - IOOrnlpOSição, etc». &e, neste sector, as nos· sas en'tirlra'des não tomarem as mea ditd' as a.dequad,as, não faltarão de lfulturo maí's e maiores au"' enrt:os, senão sulbsíd:ios que seremos nós a pagar qJUer com- premos o jornal quer não. Oom o nosso <dFarrnoso» não é assim. O oonjunlto aJtrás não IC'Onta pllaltica- mentte. O cuSto do pape'l sim, e quatquer aumento do · · seu preço, retfl<et:Je-se na mesma proporção no custo- do jornal. Procurando suavimr ta:l Si• ltuação, eis a r.azão do pequeno y;ale de correio jrmlto, e se to- Conlt. na 4.• pág. Calvário A montanha impõe-se por aqui. E nela, em cada vale, a verdura das árvores ·e a frescura do rio. Em todos os cumes, a diversidade da pe<fra, da 1 tonalidad:e, do aro11UJi. E as l,nÚvens gostam ·de os roçar com A estrada sinuosa, em descida íngreme, /Jeva-nos lenta- mente às águas 1/;ranquilas da barragem. Passadas as du.as pontes, ·o ·arvoredo adensa-se. A estrada, agora com 'TTU!nDS visibilidade, mostra-nos aos poucos todos os recantos do Gerez. Não tardam as r termas. Neste domingo de Agosto, um . m·wndo de ge ·nte e de 'Cor passeia-se com Jentidão temwl ·no fundo :verde escwro da paisagem. A água e ·o \centro de atrac- ç.:Uo. O motivo .que dizem restar ·na origem 'destas pere- grinax;ões anUOJis. Hoje, para muitos, ttalvez · seja ape-nas o pre· texfJIJ. A bvcluz. para ·dela se medicarem, consoante a prescrição, é comprida :e pacient'e, ·se bem qwe palradora. Contemplo. É a primeira 1vez ·que aqui ·me .encontro. iV enho por mão de pessoas frequen"[,a(}oms deste paraíso de •repouso. É que, vindo às águas, aquelas deram com 'Owtra 'água no ventre inchado duma pobre muther acamada e sem forças e qui- seram que · eu a vis;e .tantbém ·e desse a mãe paro a ajudarm.os '1 tirar dali. A casita onde mora é modesta e de favor, ren;te ao Hotel. Estendida no divã, a Doente já não quer mais viver. ·Mas é preciso ajudá·la. A ajuda começa pela abertura .da carteira ·de alguém que me acompanha. A pobre 'enferma 'arregala os ollws e 'respira fundo ao ve.r o montante de suas dívidas saJldado num ins- tctnte. E, com das quites, já podemos dar-lhe alento, não digo para viver longo tempo, mas para viver mais em paz. A vida é tão cunta, qzbe ·se não nos dispomos a dar a mão, multidões passam por nós e. nada com a ITWSS<;t passa· gem. E ·a' mão amiga que se estende é .sempre auxilio bené· fico. Importa é que seja mão amiga. Falamos agora ·da ida para o Calvátrio. É uma libertação, além ·do mais, das preocupaçõ:es diárias mais elementares. É mão amiga que se dá. Uns vão às termas para repousar. Outros de·param ali com motivo para não mais poderem descansar. Assim foi desta vez. Pe. Barptist:a

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AVENÇA

Pto. D. l.l.ü•Ia .. Ia r r: çta F r~--e ·~a

Huo. d s Flor · !lt 281 P o n ~, o

Qu•inzenári.oQ * 25 de Setembro dJe 1976 An'<> XXXIII- N. 0 849- PreÇO' 2$50

Obra de Rapazes, para Rapazes, pelos R~pazes _ , Fundador: Padre AmArico * Director: Padre Luiz - -

r

APESAR OE TUDO ... NOSSO JORNAL

<<A'S orgia~ desmQTalizam; .são fontes rde revolta e fazem

revoltados». (PAI AM~RICO)

«Sim., estamos num tempo em que a V1ilda humana nada .signilfilaa.~~». !São ;pal~aJVr~aiS eX"traídaJs d:e uma das alocuções odo Senhor Bispo do P.ort-o, que, no mesmo ne::rto, ci tand:o R. Fotlereau, .con:clui: <~Sim, De:us no fiiiJgorflfáco dá como resui)Jtado a dviliZíação da náusea e do desespero.»

Sem se ape.11ceber, a pourco e .pouoo, de degr.au em de­grau, amdlecido pelia água mdle da devassitlã'O e do egoí·smo, o homem vai descendo aos abismos maJis ca:1arrniltosos da íind~~ddade e da ser.vidão, nesta ho11a trágiCa da Hi:stória, em que à Palla'Vra, revelação sal'v'Efica péll:t'la toldos nós, a pedir o nosso .a!OO'llhimento e o n:osso comp11omisso práltJico e coerente, se sab1repãem as pallratVr.aJs sem sentido de pseu­do-meSISi,as ,pa!ll'laldores e inoonsequen'tes. E se <~a:I1I'Umamos o EVaiJllgellbo nas .pr.atelretr,a~s e o Bom Deus no f11i:gon'"'fico» (R.F.) não podemos esperar .senão a desoridem ou o caos, oom todo o cortejo de negações e de mi'sérias.

tA pomorgr.alfrira desoarr:alda; a bus,c:a do .p:mzer e da vo­!}upboosidade; a daf.esa e a .práiÍiioa . do nudismo, do abor.to ·e do :amor liiV.ne; a f,aci'l,irdade com que esquecem os -com­p.:romi~&sos con!tf.aídos no malttíimónio, pe~a di'V'u~gação e o !fá!ctl acesso ao divór:oio; o a'V.i.l'téllmento do senltildo da di­gnidade do sexo f,eminino em nome de pseu'do-promoções da Mulher e d!a rSUa Hber:tação; os actos ou maniltestaçães .i:n'deoorosos reaJlizados em .pleno dia, à ffilaJneir•a rinstintiva das Simples besta~s; as baiCaJnais, fazend0 esquecer ,as da antJirga Roma, em oasas pa:rtl:ilowlares ou a~u:gad1as par·a o ef:eito, que não já em ·simlples <fuoi1tes» ou <ocilubes» especí1firoos; tudo isto, e o mais que se podreda .acrescenltar, sã·P sé;>;.i.a~

razões ,para que em •boa lóg.i10a, o v;er'dadeiro sen:tido da vida humana se vá eSboroando e a desgrtaça e os crimes maiJS hediondos .se vão processando. Se ajuntarmos ao r~e­:r.ido, ent-re outras, .as sequelas do uso da droga, do desem­prego e da pouca v-onl1Jad.1e de ;trn;baJibar de muitos, fáreH é toonaluilf do desespero e da f.irustr'ação da n>OS·Sa sdciedade, ·que só ,poldem conduz·irJ e inequiirvooamente, «à nálusea» e ao <«<eseSipero».

Continua l1la QUARTA página

--------------------~-------J

Tão velho comQ .ele é este seu eará·cter de jol'lnai possuí­do pelos leitore$ - possuído pelo gosto Ida sua frui~ão e as­sumido em 1respon:sabUidade por todos pa,ra quem ete é, de quem ele é, por quem, afinal também é.

Nele se eonrf·itma a fórmul·a eminentemente actiw t<de .•• , para ... , por •.• », que Pai Amé­rico quis realaar com os R_,a­pazes, com os ~Doentes e, ainda antes no tempo, com os Pre­sos que assistia na Peniten­ciária de Coimbra,_ o que ·lhe v·aleu a e.xJPUilsã'O dela por ~atre­vido e inconveniente. Não sai um número que não traga pre­senç-a dos ·L.eitores; e .tão im­portante a julgamos e tão que­rida nQs é que,. em cada ano, no número de raniversário1 esta presença tem um lugar rele­vante, é o centro vital da ce­lebração da efemtérlde.

INiadOilJaíl1imdo, pois, no sen­tido mais genuino da pala­vra, quando nacionalização era ainda um ltenno estranho ao léxico corrente, O GAIATO vive onrtQlogicamente adoptado :zlê . Povo: é dEle e pal'la Ele; e, mergtdhandQ profundamente na sua consciênci·a, mais dQ que aquela qualifica~ão, pretende justifiear a de Uiilliv.ersalizado porque tooo .~ só Q seu inte­resse é o Homem 1e entre os homens «Os mai·s caidos1 os mais abandonâdoS)). Não ·hã segundo sen.t1do, não lhá outra inten~ão - 10 Povo sabe-o na sua intuição. Por isso se

Entrada principal das noss{])S oficinas de Setúbal

nos adi31Jl1ta em matéria de preocupa~ões e nos &z ·aten­der 'a problemas em que1 re­centemente, não .tínhamos aind·a reparadQ.

Sa!boreiem esta carta:

<~eus bons Ami.gos As nossws entti'dades que su­

rperJntenldem na imlprensa es­tta'titsalda, informar~ que a parti.r de 1 de Setemlbro, os jornai1s pass·am a custar Bs·c. 6$00 (is·to é, 50% de aUJmento!) e jusnilf~aam~se oom o elevado 'Custo do papel.

IErrnlhona nra imprensa diá,r·ia, o ClliS'to do péllpel atinja v~erha ·elevada, não creio ter sido 1sso 'a p:rin'Cilpal determinante de um tão gt'lande aumento, anltes sou }ev,ado a crer que a base

r

é o cus1o .e_x~cesSJivo do conjun­to - <~administl'lação - redac­ção - IOOrnlpOSição, etc».

&e, neste sector, as nos·sas en'tirlra'des não tomarem as mea ditd'as a.dequad,as, não faltarão de lfulturo maí's e maiores au"' m·enrt:os, senão sulbsíd:ios que seremos nós a pagar qJUer com­premos o jornal quer não.

Oom o nosso <dFarrnoso» já não é assim. O oonjunlto aJtrás re~eriklo não IC'Onta pllaltica­mentte. O cuSto do pape'l sim, e quatquer aumento do · ·seu preço, retfl<et:Je-se na mesma proporção no custo- do jornal.

Procurando suavimr ta:l Si• ltuação, eis a r.azão do pequeno y;ale de correio jrmlto, e se to-

Conlt. na 4. • pág.

Calvário A montanha impõe-se por aqui. E nela, em cada vale,

a verdura das árvores ·e a frescura do rio. Em todos os cumes, a diversidade da pe<fra, da 1tonalidad:e, do aro11UJi. E as l,nÚvens gostam ·de os roçar com l'rW~guice.

A estrada sinuosa, em descida íngreme, /Jeva-nos lenta­mente às águas 1/;ranquilas da barragem. Passadas as du.as pontes, ·o ·arvoredo adensa-se. A estrada, agora com 'TTU!nDS

visibilidade, mostra-nos aos poucos todos os recantos do Gerez. Não tardam as rtermas. Neste domingo de Agosto, um .

m·wndo de ge·nte e de 'Cor passeia-se com Jentidão temwl ·no fundo :verde escwro da paisagem. A água e ·o \centro de atrac­ç.:Uo. O motivo .que dizem restar ~Sempre ·na origem 'destas pere­grinax;ões anUOJis. Hoje, para muitos, ttalvez ·seja ape-nas o pre· texfJIJ. A bvcluz. para ·dela se medicarem, consoante a prescrição, é comprida :e pacient'e, ·se bem qwe palradora. Contemplo.

É a primeira 1vez ·que aqui ·me .encontro. iV enho por mão de pessoas frequen"[,a(}oms deste paraíso de •repouso. É que, vindo às águas, aquelas deram com 'Owtra 'água no ventre inchado duma pobre muther já acamada e sem forças e qui­seram que ·eu a vis;e .tantbém ·e desse a mãe paro a ajudarm.os '1 tirar dali.

A casita onde mora é modesta e de favor, ren;te ao Hotel. Estendida no divã, a Doente já não quer mais viver. ·Mas é preciso ajudá·la.

A ajuda começa pela abertura .da carteira ·de alguém que me acompanha. A pobre 'enferma 'arregala os ollws e 'respira fundo ao ve.r o montante de suas dívidas saJldado num ins­tctnte. E, com das quites, já podemos dar-lhe alento, não digo para viver longo tempo, mas para viver mais em paz.

A vida é tão cunta, qzbe ·se não nos dispomos a dar a mão, multidões passam por nós e . nada ~ucram com a ITWSS<;t passa· gem. E ·a' mão amiga que se estende é .sempre auxilio bené· fico. Importa é que seja mão amiga.

Falamos agora ·da ida para o Calvátrio. É uma libertação, além ·do mais, das preocupaçõ:es diárias mais elementares. É

mão amiga que se dá. Uns vão às termas para repousar. Outros de·param ali com motivo para não mais poderem

descansar. Assim foi desta vez. Pe. Barptist:a

~~--------------~------~

2/0 GAIATO

>C O .MP ANHEIROS - Pelo que se

diz, os pássaros são a'llrimais engra­

çad~s que, com o sem ohiíJ..roar, nos

conv.1dam no tempo do ca.J.Qil", a ir com e les voar ... vO'ar ... Pocie, é a pm­

pósito de5tas aves qu-e vos vou hoje

f alar.

As p~des ex:'t'e'l.iiores -da nossa

casa-·rnãe são cOberitas com trepa1dei­

ra'S. Os passal'itos aproveiJNltm e fiarem

ah os seus ninhos b em pôi-:tío de

nós. Se esta.mos na oração da ~arde,

lá os ouvimos a clhi1rear e os vemo~

a 00'1 tlÍit&r, procunail11do com~da pelo

~hãot>. - Com o hico dh'eio diilrci<gem-se

.aos ninhos 011-de seus fiJJ:.átos oope­

l'am o a1im·e.nto.

'lsto, bastanltes vezes segulilda~. Eru, e ore1o que marirs a!l.1~lS dle .nós, con­

templaffilos e a'dmi'llll!lllOS essas tão quer.i!dats aves. AH penmBlllec·errn meses a fli10 sem n:ingu•ém lhes f.az:er ma!!.

Cá om Oasa, a não ser os maro­

t'Os das fisg.a:s, não há caç.adoo:es ...

PRAIAS - Está o Ú!bb1rno tllJl1lliO na

praia e nem uma lllOii:ÍLCia de algum

turno 111nter.ior. iEstou equi!Vocado; ainJda agom ouv~

di:oer que ia saritr uma cróniiCa sobre

Azurar.a.

Será verd111de? !

Deus queiire que s im e vamos lá ver o q•u'e o 4.0 e úllt'itmo turno nos

r eserva.

TRABALHO Os m estres dra t~rp.ogra.iliia es t!Wiam tod'Os pa.ra férias,

menos o J úr1io . O núrrnero anter'Íor

d t, O GAIAI'f.O Vinlha de seu: fe~to.

, Não hourye o'bstáculo pa.fla os rB~pa­

ze:; d'a oiii!di.na. E:1e ena o .Má<r.io na

lntertyp•e, o J úliiiO e o IVI<irguel a pa­

gin·ar e O GALA TO lá ia a:nJdarudo. Na impressão, era o } alilin-e e o Ti­

nooo, tomando amboo con:ta da: má­

quin·a. A malta lá se desenrasoou! IEntret~rnll:o, e d·ypoli:S do jorna'l estar

pr o11:to, fornos dhamad~s a Í[' tra­hal'hal' pru-'a a nossa mata de Ca!l<ves.

Nós , os tiipógma.fi~ hal:rirt;uarlos a

p gaT em coisas leVeS, fonws g.Blllhiar bolhas nas mã'Os. Tudo aca!hou e es ta­

mos de novo na of1i1Citn•a.

C01 )ViVJiO D.OMINIJÜAJL - Foi nv domingo, 12 de ~tettnibro, que

r ecebemJOs um·a carav.ana de Meires. Alg umas p essoas vieram só como

vis i tantes ; ou:t11a.s, porém, as mra·is no­

vas, vie ra.m para con·v'irver connosco e !llqui passaram o dli'a.

De mar hã, p.or volta dJas 9 h oras,

rch egaratm e :liorrlllrn rtecebl~cLas por vá­

:rlios dos n o ;os Rarpaz.es. Pomos à Ca~pela ()nde tivemos um eill&a.io dos

cânJuicos que , Mlllito nós como eles,

ti ríamos oantar.

De se~~ldla fomos p:a.ra as esool•as, 0 1 de, r euni·dios, disou1tJimos d:1vel"SSe!

te ma , e11-tTe eles, a e'durc.açã'O hoje

em d i<a,

Ao me io-;dlila foi a Missa. To-dos

ailegres partrioi,pamos ; fui urm powco

.dri:fereJ]te, pelo menos no que to'ca

ao:; câiJ.:IiÍ<cos, p'ois estav;rumr presentes

os j ovens de Me1r~.

T erminada a M•issa, fo.i o almoço

de confl'albernizaçâlo. Juntámo--nos no

poman-, oTl!d·e a m lva fresca n•os co'll­

vi•d'Ou a senta'l.', a fim de p~Yd'ermos

alm'Oçru mais oomod.amente .

IHüuve muliiba am~Z'a:de. Se nos ap·e­

reoi-a este p e ttisoo, oomíam10s; se ll'OS

ap·e'!Jeclia '() do wmnrhro, pois íamos lá e COilll a devirda licença ti!rávamos o

que des dávamos. Estáv:armos num

ambiente mesmo fiamii~ilar.

D ôp<Yis fonam as danças de roida. O

que c.swagou tudo Eoi a dhuva que

nos obri~u a 1.1eooliher no ruosso

salão de restas O·nde, pú'r volta das

17 h., houve um espedtácu'l:o d!e va­

r iedades. C<Ylalhorámos nós e c011.alho­raram eles.

6eguiu-.se o baiil•e, mas já nãlo de

r o1d1a, rruas sinn aos prures. Dançou-se

·e bli'i'rou-se 81r.é não se p;oider mais.

!Por v<>l ta das 19,30 h. esta'Va tllldo

t ermliln.&do.

ifroi um 'd'i.a cheio .pai a nós e quem

nos dera que houvesse mu1itoo dias como es~. Oxtalá qllle atinda ven:hram!

Foi urm di:a de ocmvív.i~.

A CRJlANQA - <<Nas guerras há sempre imqm•ves. As Crirmç.as são

·as ma.iores vÍ't'Ílmas de sl~tuações in­

j u <i tas. Foi J]O Congo, fO'i nro V•ie tn.am,

.foi no Bialfra . Hoje é em Angola.

Que futUJTo prepara o mun.cLo pama

es tJas C:ria nças ? E·l:as sá'O i.m:o·cen•res,

j.r11o:fensivas , deslllrmadas. PO'rque é que

se hão ... de armru: pallll api10llder a ma­

taD>

E s tias P'a."Itav-ras li~115 e nunca ma·is m e saíram dra me11rte. Os homens

fazem a guer.r.as e as Ciiianças sem

· culrpa ~8Jmlbém p8!deoem cO'lll suas pró­

prias v<idas.

!Não é só com a s guerras que as

Cúanqas morrem; é trurnbém. coon en­

venenall11Jelll,tos~ faJtas dle cu~dado dos

P'a!is , uma bomba que foú enc:ontrada

e que se 81pnhou para br.mdar, dro­gas venooos as que se ing<e~riram, e tc., faJ_tas de cuidado dos pais.

·O diLL 16 de 1uúho, aniversário da passagem de .Pai Américo para a Vida, foi por nós .jestejcido.

O pa1i:s sabem que as Cl-'ianças são

mexil1hon.as , que gos tam d:e ver como

as cois as são fui1tas.

É preciso ver se há mais ouilda.do

t- r p eillo pe1as C1oianç:..a.s.

<<.Marcelino»

ealidade ou son o!

En sei de jovens calmos Que sofrem na carne e na alnw, As in justiças e repressões De homens severamente mandões.

Eu sei.. de Crianças belas Que são maltrat!adas Pela fome e pela guerra.

Suas bocás pequenas, são aliirnentadas De pão m1w,rgo, da negra terra.

En sei tde mulheres grávidas Que vivem na desgraça.

Neto têm cidades com jardins viçosos, Nem aldeias oom campos airosos Onde possam colher flores Para .oferecer aos seus anwres.

Eu sei d e lwmens bons Que estão presos e condena<Ws,

Por terem ideias novCliS e -J;iferentes. Suas vidas repletas de ju.ventude, ]amais verão u.ma Pr.imavera florir.

E as estrelas, à noite, a saltitar e a rir.

M-anue1 AmândtiJO

AU110~00NSTRUÇÃ.0 - Não é primeil a vez que, aos drooningos

.de manhã, paramos na ladeiÍ<Ia de

um monte a ver um homem de rija

tê'mlpera canoluin'do a sua m001ad1ia.

!Em remp'Os, já recebeu ,dias nossas

mãos tLrn pequen'O auxílio.

~rumentou o ,prédio. Ampliou quar­

·,tos e sala. E, ag~()M., como não po·dia

1deixa:r de- .ser, telimiina o quarrto de

banho, benn a~prov:eá.taldo, com louça:

muito giTa.

- ó homem, como é possível

fazer ttaruto! ?

- .Com mui<to trabaillho e mtti•tas

econ.orruias . . .

Não é um proletário burguês. Tfflll o sentJi.do .d·a auster·i•daJde, .dia econo­

mia. É um Revolucionário parcífico.

Um símboJo do País novo oOim que

todo 5onhamos.

Nesres oasos, coono rhallntuaiJ.men•te,

a Mullher d e5dobr.a-se entre a co:ú­

nha, a taloCiha dia massa e outms

€.erviç.os iDJdispensálvre>is. Estas mul'he-­

res .dão uma gran1de lição às ~ótiicas

lib-er!Jinas do emancipalismo! .. .

- A gore, Silm; dá gosto viver ... ! Moradi>a q•wase 'Pl'oota, coan saori­

;fírcios de tod•a a orldem. Fe~l·izes. Ora se não!

lEstes qualdros ·druliarll1J ainda ense­

j<J para esc1arooer, in loco, os res­

ponsáveis p·eLo prohlema -da habiv~

ção, ad.go d'efu11rna!dos pelo m:acrdC-e­

fa~iBmo reinarute.

25 de Setembro/I 976

SETOBAL- A praia e eles. Binómio que se repete todcs os arws.

Ev:ilde ntemente, •a AruJ~o-!Cionstru.ção

pon tân t:~a nã.o é uma ohra vistosa.

M as !itll'd.isp·ensá'Verl à solução d:as inú­

meras oarêno~as existe111t es.

Daí, quaruJbas vezes Il!OS en't'liisrece­

mos •por não se av•a'l'~wrenn estas acções

com os olhos a'berbüs e irute~igência

esdarecJilda; com uma ,co:Jiaihooação

adequada e serm qu•arisquer gniJlh~tas.

Quanto não tem IPertLildo o País!!

A Auto-Construção espoll'tânrea, no

mesi·o rural, nãro p olde ser esqu~i·d·a.

n em e bar à arueooê de planos conce­

h-irdos só para quem possa fazer uma

obma doo pés à oaheça, sem imrpas­

scs. ·Precisa rqure os responsáivdis e os

·t:écn·icos qlllle elaborBllll pliafl],()S ld'e in­

vesti:menlto, estu-dem os casos parti­

(mlares. E venham P'M1a o in:teoor

do .País dar a mão aos Auto-C<l'lls­

rtrnrtores! Alpilanar-rlhes o oa:milll!ho; -fuc H it g_ ~1 "'Ut ma.tedaJis a: baixo custo;

ceder-'l'hes oapliltal >a j'u!ro insignmoan-l!e; e até mesmo (porque não?!)

collice'd!er.Jhes Ullll pequ~no auxmo !Il!O­

:netál'i'O. lncen!bivo que mereoem. (E)

não é fruy,or ne nhum. Mas obriga­

ção ptYlítiim e socia!l. Assim, mendi­

garíamos lá fofla murito menos para

a solrução dlo complexo problema da !hta:bitação, ICOm ilrwestÍlmerutos qu-e são

prata da casa.

Thna.. ~i:ruguagem não é rnu.ito a-oes­

BÍ<vel. tÉ malis fácii, a'i!rudia .hoje, oons-­

n-uir torres üU btci.rros nos meios

urbruws; ou conoooder créditos retin­

tamente da.pi•taítistas pra:ra a compra de habitações!!... Dá menoo traha­lho. E, :n.o fim, quem lucra? Os que

:podem. A marginalização dos Pobres

con:cinua. E a:s migrações, também.

lJernos, há diias, em conceituado

semanário, uma ver1dalde iiiniplío~ta em

O GAIATO !desde que Tl!asceu:

-<<Ü Praís precisa, neste momento,

que se faça rum levaJJ.tamento dos gra.n!des pro'Meii}.as que o afligem,

que esses prob1lemas sejam equ·a!Cio­

nados em tUo'<Las ou no máximo d~

suas facertas, qu~ se 111p0ntem sO'lu­ções, mas soluçõe.s realis.t.as, que se mohri'Lire a p.opulação para as groan.des

tarefas de rec()nrstrução nao:ionarl.»

rN este I08SO especllfi'OC> dlirrí.amos ser impresoindive;l e fuTl!dame.n.tal mobil~­

Z'llt: os resp·on-sávois p·uar a descoberta

da AIU to-Construção nos meios ruMia,

no seníttido de definirem imediatamente um concreto plano de apoio, a nível

nacional e regional, aos heróiros

Auto-Constm!JOires. ,EJles sacrificam o

estômago, a sa:úde, os tempos Livres . ••

e rll acção de t:ranscenlden oo valor par·a

n progresso sociral do País.

1 úlw M enxles

Do três turnos que já gozllll"S.m a Uél$ féri-as em Azunu1a, somen:te o

pen ú'h ·imo - este - é que dá notí­

~ia J e co mo deOO'l'reu.

DGle fizeram p!láte 36 R:wpa7.les, m a

um deles -- o «i0ma din.ho» - nã.o

eh egxm a pas::.ar lliS três sema:n·a.s que

C!it.avam no nosso programa, perden-

dv uma, em favor do serviço mhl'iltar.

E m f&ri as doote llirp,o, em que do-is Hapaz,es é qu.e têm qU'e assum~.r a

ohefia, os alborredi!menlbos têm que

:exi t•ir. E mlbora não sej.a de gt'!ande

~ .ll1lportrul1'ci.a, .p8tl'e1Ce-me que são de

r e>a:lçaT. Os alborjjooimen1tos furam va­

r..ia doo, en:do de mr&ÍIOr iunportância

o q ue tive ram como l'.a~z, rapazes

do turn o e pessoas d<a.qU'i de Paço

de Sousa. Daqueles qure a<COnl!eícemnn

en t Az ur·ara não são. nooessárt'!ios fri­za r, ú llo nãJo ~ausarem pr:ohlerua ·

d <: maior. Aquel-es qrue llliverarn raiz

a.qtl'i, e, e sim, mereoc:em ser conhe·

C'itdos .

Um deles, o mais i·~rumte, ~foi

o , egurilJlte : o clh'efe do turno - co~~ Jhe co~._petia - fazJ!a a lis ta dos ali­

m entos que seriam n ecessários p!ail'a .a

nossa ' u1bsi. tênoila e en.t:r.egaVl!l-a ~o , r. Pc. Carlos ou a qu'OOl lá fosse d'f'> cá. O q ue aoonJt:ecia era que quan­

do lá Íiilm · a m aJior f>'éill'lle dos aLümen­

tos que e tJinhra:m pedi:do não iam,

nd10 .subs~ituídos por oo1ms que nã~ ram precisos.

Isso d erpo.is vinha a or ig1in.ar C()Tisas

desnecessárrias, ; s e d~de o princiJpio

'tu do tive-sse ~do collliO d.ev.]a, já n qs

não n cessiitáv,amos ck:J anda.r -a gastar

dün1hci:ro ooqu.il10 que preoieáv.amos.

O tempo não qu.ia nada coThllosco.

Q uase duas semrBlllas fol'l8llll d'e temp o

rtri t , em .que a clhu V1ll. e o finiJo foram

a. prl.nd p ari:s oarooterí'sti:oas.

A p esat" de tudo isoo, o que faJ,ta

·dtizer é que o tu:rnro COOTeu d81 .me­

-lhor m 1m i·ra, ernbo11a. o chefe tri'Vesse

25 de Setembro/1976

sal para ser mais fácil a en­trada». É fáciJ de compreen­der o sentido da palavra- en­trada. Pude verificar,. na visita que fiz a uma comuna de Se­simbra que outros elementos estrangeiros do mesmo Movi-mento pernoitavam em abso­

A terra onde esta nossa Casa que uma peça teatral de autor luta promiscuidade. Vi-os tra-está 1implantada é, como sabe­mos, uma das que sofreu mais impacto da sugestão !l'evolucio­nário do após 25 de Abril. To­davi.a o cariz pacato da cidade é ·o mesmo de há muitos anos. É ~ssa ideia que .nos aflora ao es.pírito,_ ~Rto depararmos a par -e passo com tabernas que extrav-asam de frequentadores até ·aos passeios contíguos, lo-go ·pel•a manhã. As ruas aper­tadas fazem-nos passar ombro a ombro por homens parados, aparentemente, a ver se o tem­po passa,. se a sede volta ou se as pernas en-direitam.

Dizia-se, antigamen,te, que para a burguesia da terra a cidade era em Lisboa. No sec­tor comercial ainda o é em grande parte. Em algo, porém, emparceira. A aglomeração nas bilheteiras do cinema é notó­ria, para .ver filmes que o 25

de Abdl libertou da escrav·i­zação da moral,_ para o mito do sexo louco 1e consequente exploração do homem pelo ho­mem . . :Aqueles que mais cla­mam d-est~ ~São os mai·s v-erti­calmente iludidos. Disseram-me

e tado wm pouco solh!recarrega•do de­

vido ao dlesiln.teresse de quase me11a­

de da mallta e que esper,wmos padro­volta'l' para o ano seguin:te.

Morgado

FALTA DE AGUA - É comum

esta fr.ase em to-do o '11i'do. Fazemos

um esforço pau-a que 1a pouca que

o poço nQ's vaá dando ohegue um

poU'co para todas as da&s deste

nos.so agregaruo. Mas, por ve:ues, há

afluso'S e até outros asp·Odtos que

no <> fiazem sorl'ir. É o oaso de pas-

. $&'mos perto de wm quoa:rto de ba­nho e ouvilfmos ágwa a correr de

uma torneira. ETa um dos <<'tÍpicos»

Doentes a ver a água a correr ...

- .O que está a fazer. - IThtou a lavar as mão .

- •E a oa:ra? - Só a hw() no sáhado !

Mas o mais curioso, é qu,e a preo­

c upação mi8Jior é só qua.nrdo ·va-i para

o refeitório ou pare a owma!

ICOM!PIARTI!IJIMR - Trenho por

·companihe.iíros de mesa, afém de .ou­

tT05 que aünd-a oonsegu~m coaner por

uas própr.i·as mãos, uan oae.al, 81illbos d:~ 82 anos. U['tlima:men.Jte tem havJ!do

fmt.a às refe ições. Como não têm

de l]te's, têm c<etita dm•culdrude e:m Í!Il­

gerli-llm. Há dilllS, ao pBJrlli.r umas pêna:s,

de formru a fa:cJiilri:mr•lhes o total apro­

veitamento, um deles disse :

- NÓs andávamos lá por fora, já há tanl'o tempo, a vi'Ver da:qu,ilo que

russo, levada à cena por com­panhi'a de Lisboa, logo na es­trela viu, estupefacta, a sala deserta 'e teve de regressar à capitlall.

Não admira, pois'- que de Setúbal cheguem aqui contí­nuos e diários apelos para re­cebermos crianças abandona­das. A degradação moral se­gue em linha crescente e o di­reito primário de toda ·a crian­ça a um lar,. esbarra em muitas consciências embrutecidas.

Quem diria até que um Ins­.tituto {}e FamíU.a e Acção So­

cial, nos meteu em Casa, a ·tí­

tulo de ·ajuda Ilias tarefas de­sempenhadas un·icamente pelos Rapazes, <mm· !Cas·alinho fran­cês}) do Movimento dos Cris­tãos para a Paz,. que de cristão nada tinha e de casal ena­mol"ado tinha tudo,_ 'desde que s_ con~1ecera~ na véspera de aqui entrar? Os Rapazes sou­beram isso de imediato, menos o ·Pe. Acílio, que mal tomou conhecimento inte~lou a as­sistente social responsável e esta l!he respondeu desonesta­mente que {cvieram como ca-

1103 davam m olhar se era bom

ou mail .para n' . E, ag()ra que temos

co i a tão boas, oomo esta :liruta que

se oome bem, mesmo oon:u c~a, o

enhoT a·inda e'Stá oom trabalho de a preparar pat'IB nós oomel'Il'l.IOO. Cer­tas p soas deV1i1aan ver para ruoreldi.­

tar que IlÓS agoca não somos uns

«coi~alel i nho » como nos tra.tava !Janta

gente !

Sem comentários ...

S.A1CUD1DELAS - Há reiv·in.d.ica­

ções das mais d·iversrus que nos fazem e tre(mecer. Nã10 peLo fiacto ele sermos

contra ou a favor. Mas silffil, porque

os deveres e responsabilltioodes tão

longe a.nd'am, de mãos d-adas com o

bom seno.

balbar, é ·certo e ombro a om­bro com as camponesas da terra na debulha do trigo. Estas ·protegidas do sol até ·aos olhos, em contraste com as duas pe­ças Teduzidas tias estrangeiras. Do mais que faziam não pOfiSO testemunhar, mas 13penas pôr com ;verdade em dúvida a ·in­ten~ão ide par.tilbar da vidá da no·ss·a gente simples e sã. Que terá de cristão rtal movimento e a que paz nos quererá mover?

E quando é que nós mesmos, cristãos que nos dizemos1 nos movimentamos verdadeiramen­te !Para uma cruz·ada de saúde famHiar na sociedade onde vi­vemos?

Padre José M•aria

(( A nos· Os postais RSF vêm che­

gando em catadupas. Além de sol'iciltar:em o 1. o v<Ylume do <cP ÃO DOS POBRES», .Assi­nanrt:es ihã que aproveitam ,para actualizarem a oolecção de obras da nossa Editorial.

Nesse sentido, o 2. 0 e 3.0 vo­lumes do <~ÃO DOS POBRES» têm sido um voar. E não tar­darão a fkar esgatados.

É um amor ver o nosso <<!Pa­pagaio» a despachar encomen­das! Dã um grande exempllo a muirt:os trabalhadores diitos

revolucionãdos. «PaJPagaio» veio da Rua. Sa­

be como sã'O duros os espinhos da montureira ... Daí, ~aprende,

com o seu traJba!lho, como o nosso País só poderá subsis­tir com o trabal!ho dos portu-

O egoí mo campei.a. Há aqui mui- gueses. rtaa aouclidcla para quem duvid8Jl". Os nossos correios têm sido E retratam-nas pequenos f!IJOtos d-e -himalaias! E ,só com mu.il'to amor que .~,?mos testemunhas.

Eu nã,o sei se os n (}SS{)s Lei,rores,

em e..9pecia.l aque<l•es de longa da.ta,

e recol'dam da Mll([iJa Al~'Ce que

-ca u ou foi'te s!liÍ!I!Il.â'O a muilllas pes­

as ao er «d~esoobertla» da fo11ma comD foi, descdta na devilcLa altrura.

Pois da e tá d:ifenmte. Não por

oonl~irnuar a ter sintomas irrecuperá­

vcis, que é sempre um srufa:n.ã,o para

que m nos qu& , ooruhecer, mas sim

por ouvirmos fr-ases coono esta: «Hoje

não merencLo p orque duran1e a tarde

não tra'halhei» ! O murud'o tem de ter llll!a.is Justiça

e Paz, dizem, mas :frul'ta. o Airnor. Será que só com esta e out11as

Alices os homens encon'tlra:rão o ver­

(la.deiTo rurruo? Pelo menos de sa;oodiiJdelas preclisa!

Manuel Simões

e força de vontade poderão ficar em dia, como desejamos. Numa rálpilda ;vi&ta d'ollhos pelo monte de cor.respondência repescãmos à sorte, a:lguns ex!traooos signi­ftcaüvos, que revelam como o 1. 0 volume do <<!PÃO DOS PO-BRES» v.em pela maiol'>ia.

sendo

Rio de Mouro:

aoo 1lh i'do

«Muit-o obrigado pelo «PAO DOS POBRES». Acabei de o ler. Chorei por várias vezes! Mas é bom chorar; fez bem. Deus abençoe 1a vossa Obra •.• »

Braga:

«Recebi 10 vosso livro e apres-

3/0 GAIATO

<<Diante de casos assim, ajoelha mais eu ... (PA I AMÉR ICO)

<<'Fazer o Bem sem olihar a quem» é uma máxima do Povo que muiJto nos agrada pelos seus res,saibos evangé!i.cos. Jogan­do no Homem, 1criatura de Deus, independentemente da cen:eza de ê:xri.to, mesmo quando, aJté, as possibilidades de su<;esso n ::>s parecem diminutas, temos a convicção profunida. de qu-e vale sempre a pena .realizar o Bem. Daí que nem as in~om;:n· 3-nsões ou os apalientes ou reaiJs fracassos da nossa acçã:o possJ.m aba­Jar a:quillo que deve ser pra.pósâ'to fir:me ·e constante da vida: amar .os Irmãos, sem tl"etic'ências ou à espera de agradecimentos. Seria, poflém, estu!lltíoia ou d·esafo:r:o -aJfirmar que somos insensí ­veis às man,iJfestações de justiça, porv·entura, de gra tidão, mesmo anónimas. Pa!la lá das v;irtudes ou dos sentimentos nos ser.em caros, hã que ,considerar o infiluxo ps~ioológico daí resulltante, por mor!tais que somos

Alguém, ainda novo, escr·eve-nos a carta que a seguir trans­crev;emos, a propós1to da recepção do pri.níeiro vo~·um2 do <<!PÃO DOS POBRES»:

<eMeus bons amigos: Estas · simples letras par·a -vos agradecer o. envio de

mais lll'111'8 extraordtinária obra, obra essa que ,para mim 1tem um duplo valor, pois nessa obra encontro -relatados casos.

que me dizem directamente respeito, pois .-sou, felizmente, um dos muitos · que rfoi bene­ficiado com -as colónias de fé-

)\ das naquele tempo promovi-'1 das p1elo !Saudo5Q Pai Américo.

Sou IUm dos muitos que não tinham qualquer p·oss-ibilidade

. de comer :t'wtamente, ·quanto so,..me a agradecer-vos. Quan- ·mais para passar fédas; mas do 0 •recebi deu-me um nó na como dizia Pai 1Américo,_ era

dos que esperava ansiosamen­garganta, não só por me lem- te pelos meses de 'Verão para brar outros que já li,_ hâ ·anos, mais uma Colónia, onde 'Ü'S Ra­em Angola e também escritos pazes da Rua iriam ter as suas pelo Padre Américo, como por férias, onde se aprendia algu­saber do seu recheio. Nesse dia ma 'cois·a, pois reconheço que

era muito difícil segura-r tan-fui passear e lev.ei-o comigo. Serviu-m.e de ({travãm) e fre­quentemente 'O lembrava quan-

tos rapazes novos, alguns cheios de vídos e !habituados a um certo modo de vida,. más

do ficava «cheia>) da bele~a que com a orientação d ada1 tudo corria razoav-elmen te, para não

me cercava, avaJ.iando :a dor dizer bem. daqueles que passam U!Jila vida Apr(}veito a oportunidade inteira sem sentirem o gosto para vos •enviar X para ajudar de uns dias de paz, de Hber- a T'eali~ar o ·vosS·O sonho e: dade, ·e assim nunca encontra- para que continuem a sair'

mais obras, . que . eu ~eSperarei rem Deus na Natureza. pois tenho a cert:e~a mas en-

Agradeço-vos, pois,_ muito sincer-amente, ·a vossa lembran­ça. Ela é mais um ferrão a fazer-me lembrar que sou ((rica>>

por .Deus me dar s·aúde,_ filhos sãos e algum tempo para vi­

ver a Natureza. O VIOSSO Uvro, e o fim foi esse, s-erve para nos mostrar -que a noss-a dor e sofrimento nada é ao lado de tantos calvários. Na verda­de, as vezes ·em que me senti realmente ((grande>) e ainda me

sinto, é quando me esqueço

de mim ·para pensar nos Ou­

tros; e quantas vezes me sinto

humilhada!

A vossa oferta não caiu em

saco sem fundo. Peço a Deus,

mais uma vez, que me dê for­

ças para caminhar e agrade­

ço-Lhe o amor manifestado; o

d-izer-me que me não esquece

a c .pôr nas mi-nhas mãos, . de

novo, aquilo que me mostra o

viarão. Com um abraço do amigo

certo ..• »

Bem haja, Amigo. Nós nada somos. Temos, .pol'>ém) presente que «Os padres da rua só po- . dem crescer e .oa;-,inh1r, na me­dida em que se convençam das mara'VIi1has que Deus opera pe­las suas pa:ssadas e as preguem 1ao Mundo» (Pai Américo). Que as suas palavras nos ajudem a <~orescer e cam.inhan> na pers­peotJiva ex'Pressa na frase ci­tada, extpurgando de nós tudo aqui~ o q1ue pos,sa · ser impedi­mento ou .esitowo de pregar ao Mundo as mara'V!illihas do Al'to.

que é Eterno - darmo-nos com amor sem sep>€rar nada para nós.)>

IAlqui ,temos, como o «PÃO DOS POBRBS» mexe e remexe as almas!

Júlio Mendes

AVENCA

Pto . T" \ .... .., .. .. . . D • l.IJ. l" i a • r I 1''- r:~ a r ~,.e • ~a

{UO. d s F 1 o."' 3 t 281 P O R 1, O

Q wi'llZenário .25 de Set:ennbro de 1976 .Am<o XXXIII - N. o 849 - Preço· 2$50

Obra de Rapazes, para Rapazes, pelos R~pazes. , Fun~ador: Padre AmArico * Director: Padre Luiz . .

r

APESAR DE TUDO .. ~ NOSSO JORNAL

~<AIS orgia:s desmcralizam; :são fontes ·de revolta e fazem

revoltados>> . (PAI AMÉRICO)

«Sim, estamos num tempo em que a vdld:a humana nada signilfiilaa.~-». /São pal'alV•J.'\aiS e~tr:aídas d:e uma das a-locuções do Senhor Bispo do Portt<>, que, no m·esmo teJct:o, citando R. Follereau, .conclui: <~Sim, Deus no flii!gorflfàco dá como res~ a cirv.ilizJação da náusea ·e do desespero.»

tSem .se a:pef!ceber, a pou<co e .pouco, de de.gr.au em de­grau, amo'lecido pela água mdle da d<evassiidã'O e do egoí·smo, o 'hom·em vai descenldo aos albi·smos mais calamiltosos da 1ind~gnd.dalde e da serwidão, nesta hoT<a 1Jrá!gilca da Hi:&tória, em que à Pa!larv·ra, rmr.elaçã'O sailiv'Efica paJ.'\a tokios nós, a pedir o nosso .a!oo'llhimenltQ e o n:osso cotnJpromisso práltJico e coer.ente, se oobrepõem as pall•alVI1aJS sem sentido de pseu­do-messi:as ,palll'laJdores e inroons·equen'tes. E se <m!'lrumamos o Evangellbo nas .pr.a'telreirlaJs e o Bom Deus no fnigon'fi'co» (R.F.) não podemos esperar .senão a desorldem ou o caos, oom todo o cortejo de negações e de mi'sérias.

IA pomQgraliiita desoarr:alda; a busca do .pr.azer e da vo­'lu:ptJoolsidalde; a d~esa e .a .prá~tioa do nudismo, do aborto ·e do :amor lirvne; a f·acm.idade com que esquecem os -oom­p.:romiiS•SOs contraídos no maltr1imónio, pela di'V'u~gação e o !fádl aoesso ao divónoio; o arv.tltamento do senJtildo da di­gnildade do sexo f,em~nino em nome de pseu'do-promoções da Mulher e da ·sua }ilber.tação; os actos ou man~fiestações indecorosos J:"erulizados em ,pJeno dia, à maneira ânstintiva das Simples besta!s; as baiC'aJnai'S, fazendo -esqueoor ,as da antJiga Roma, em oas:as parti!Ollll:ares ou a~ugaldas par·a o efeito, que não jã em ·simlples <Cboites» ou <<:dlubes» especnfitoos; tJudo isto, e o mais que se podleria .acrescenltar, sã·!' sé:r..i.a~ razões .para que em boa lógilca, o ver'<:ladeir.o sentido da vida humana se vã eSboroando e a desgmça e os crimes mai.JS hediondos .se vão rprooessando. Se ajuntarmos ao refe­r,ido, ent-re outras, as sequel•as do uso da drOiga, do desem­prego e da pouca vonltlade de tmbaJihar de muit-os, fácil é fO()Ilaluili' do desespero e da firustração da nos·sa sdciedade, .que só .poldem conduz,ir, e ineqUiirvooamente, «à náJUsea>> e aro <«<:esesipero».

Continua na QUARTA página

----~--------------~-------J

Tão velho como ele é este seu caráder de jornal possuí­do pelos leitores - possuído pelo gosto Ida sua fruição e as­sumido em respon:sabUidade por todos para quem ele é, de quem ele é, por quem, afinal tambétn é.

Nele se conrf.i.mla a fórmula eminentemente acti<V'a t<de ..• , pélt'a •.• , JPOI' ••• », que .Pai Amé­rico quis rearlizar com 'OS Ra­pazes, com os ·Doentes e, ainda antes no tempo, com os Pre­sos que assistia na Peniten­ciária de Coimbra,_ o que ·lhe v-aleu ·a expulsão dela por atre­vido e inconveniente. Não sai um número que não traga pre­sença dos ·L'eitores; e .tão im­portante a julgamos e itão .que­rida nos é ·que,. em cada 1300, n-o número de •an·iversádo1 esta presença tem um lugar rele­vante, é o centro vital da ce­lebração da efeméride.

INa'CiiQ'llall,iZJaldo, pois, no sen­tido mais genuino da pala­vra, quando nadonal·imção era ainda um termo estranho ao léxico corrente, O GAIATO vive ontologicamente adoptado Zlê Povo: é dEle e para Ele; e, mergurl!hando profundamente na sua consciênci·a, m·ais do que aquela qualificação, pretende justifiear a de U!Illirv:ersalizado porque todo .~ só o seu inte­resse é o Homem re entre os homens «Os mai·s caídos1 os ma·is abandonidoS)). Não ·há segundo sen.tido, não !hã outra intenção - 10 Povo sabe-:o na sua in•tuição. Por isso se

Entrada principal das noSS(JJ$ oficinas de Setúbal

nos ad:ian1ta em m•atéria de preocupações e nos !iiaz ·aten­der ·a !Problemas em que,_ re­centemente, não tínhamos ainda reparado.

Salboreiem esta carta:

<~eus bons Ami.gos As nossrus enltidades que su­

!{rerJntenldem na imprensa es­ltatilsalda, i:nformar<am que a partir de 1 de Setembro, os jornairs pa.ssam a cus1Jar Es'C. 6$00 (i·s·to é, 50% de aumen·to!) e justilfilcam~se oom o elervado cuSito do .papel.

IE!mlhona na impr.ensa diãT<ia, o cus•to do papel atinja ver.ba ·elervada, não creio ter sido isso 1a pr-i.nc~pal deberminante de um tão gJ.'\ande aumento, anltes sou }erv·a'<io a crer que a base

é o custo .e.x1cessrivo do conjun­to - <~administ•r,ação - red:ac­ção - oomJpOSição, etc».

Se, .neste sector, as nos·sas enttilda~es não tomJarlem as m~ di,d'as adequatdas, não faltarão de fulturo ma~s e maiores au!l m·enltos, senão subsídios que seremos nós a pagar qruer com­premos o jornal q~ não.

Oom o nosso <~amoso» jã não é asrs·im. O oonjuntto aJtris refierildo não !conta pmltica­menlte. O cuSto do papel sim, e quaillquer aumento do ··seu 1preço, re!flete-se na mesma proporção no custo- do jornal.

Procurando suaviZia!I' ta:l Si• rtuação, eis a razão do pequeno v-ale . de correio jrmlto, e se to-

Oont. na 4. • pâg.

Calvário A montanha impõe-se por aqui. E nela, em cada vale,

a verdura das árvO'res 'e a frescura do rio. Em todos os cumes, a diversídaàe da pedra, da •tonalida&e, do aroma. E as ~úvens gostam ·de os roçar com Tl'W~gudce.

A estrada sinuosa, em descida íngreme, leva-nos lenta­mente às águas rtranquiln,5 da barragem. Passadas as dwas pontes, o arvoredo adensa-se. A estrada, agora com menos visibilidade, mostra-nos (J;()S poucos todos os recantos do Gerez.

Não tardam as ltermas. Neste domingo de Agosto, um _ mundo de ge·nte e de -cor passeia-se com Je-ntidão termal ·no funik> :verde escuro da paisagem. A água e :o \centro de atrac­çâio. O matavo .que dizem >estar ~Sempre ·na .origem !destas pere­grinações anuais. Hoje, para muitos, ltalvez .seja ap'e·na.s o pre· textJO. A bvcha para dela se medicarem, consoante a prescrição, é comprida e pacierot'e, se bem qwe palradora. Contemplo.

É a prime·ira 1vez •que aqui ·me .encontro. Wenlw por mão de pessoas frequenta..doms deste paraíso de ·repouso. É que, vindo às águas, aquelas deram com 'Outra 'água no ventre inchado duma pobre muther já acamada e sem 1orças e qui­seram que ·eu a visse .tantbém 'e desse a máeJ 1/)ara a ajudarTTWs ~tirar dali.

A ·casita onde mora é modesta e de favor, renJte ao Hotel. Estendida no divã, a Doente já não qu.er mais viver. Mas é preciso ajudá-la.

A ajuda começa pela abertura .da carteira ·de alguém q_ue me acompanha. A pobre 'enferma arregala os olhos e respLra fundo ao ve·r o montante de suas dívidas saldado nu_m i~­tante. E, com ·elas quites, já podemos dar-lhe aleTI!to, nao -d~go para viver .Z·ongo tempo, mas para viver mais em paz. _

A vida é tão cunta, ·qzbe ·s.e não nos dispomos a dar a mao, multidões passam por nós e. nada ~ucram com a rnossÇL passa­gem. E a· mão amiga que se estende é .sempre auxílio bené­fico. Importa é que seja mão amiga. · Falamos agora ·da ida para o Calvário. É uma .Zibertação, além ·do mais, das preocupaçÕ'es diária5 mais elementares. É mão amiga que se dá.

Uns vão às termas para repousar. Outros deparam ali com motivo para não Tnalis poderem

descansar. Assim foi desta vez. Pe. Ba1ptista

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