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Psicose e Esquizofrenia Profª Cláudia Polubriaginof [email protected]

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Page 1: Psicose e Esquizofrenia Profª Cláudia Polubriaginof cpolubriaginof@uol.com.br

Psicose e Esquizofrenia

Profª Cláudia [email protected]

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O que é psicose?

Delírios;

alucinações;

geralmente inclui discurso e comportamento desorganizado;

distorções grosseiras na avaliação da realidade.

STAHL, 2002

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Tipos de Psicose

Psicose paranóide: projeções paranóides, beligerância hostil, expansividade grandiosa.

Psicose depressiva: retardo e apatia, autopunição ansiosa e culpa

Psicose desorganizada/ excitada: desorganização conceitual, desorientação, excitação.

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Esquizofrenia

Causa mais comum e conhecida das doenças psicóticas;

Não é sinônimo de psicose;

Afeta 1% da população mundial;

No Brasil – 30% dos leitos hospitalares;

Entre 25 a 50% tentam suicídio - 10% conseguem;

Etiologia: multifatorial

Início: entre os 15 e 25 anos;

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Esquizofrenia

Maioria dos pacientes: início insidioso, mudança no padrão de interação social e

do afetocomeça a perceber e interagir com o

ambiente de forma diferente da habitual alguns meses mais tarde: sintomas

positivos e desorganizados.

Alguns casos: início abrupto.

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Sintomas positivos

Delírios;

alucinações;

distorções ou exageros da linguagem e da comunicação;

discurso e comportamento desorganizado;

comportamento catatônico;

AGPM.

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Sintomas negativos

Afeto embotado;

relacionamento empobrecido;

passividade;

atenção prejudicada;

avolição;

alogia;

anedonia;

dificuldade de pensamento abstrato.

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Sintomas cognitivos

Fluência verbal prejudicada: capacidade de produzir discurso espontâneo.

Problemas com aprendizado de séries: lista de itens ou seqüência de eventos.

Prejuízo na vigilância de funções executivas: finalizar e manter a atenção, concentração, priorização e

modulação do comportamento baseado em indícios sociais.

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Sintomas agressivos e hostis

Podem sobrepor-se aos sintomas positivos;

problemas no controle dos impulsos;

hostilidade declarada – agressões verbais e físicas;

tentativa de suicídio, automutilação, incêndio provocado ou danos à propriedade, abuso sexual.

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Sintomas depressivos e ansiosos

Humor deprimido ou ansioso;

culpa;

tensão;

irritabilidade.

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Esquizofrenia - subtipos

Paranóide;

catatônica;

desorganizada ou hebefrênica;

indiferenciada;

residual.

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Tratamento

Medicamentoso;

Psicossocial;

Terapia de grupo;

Terapias orientadas para a família.

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Objetivos do tratamento

controlar os sintomas da doença tentando minimizar os efeitos adversos da medicação;

prevenir suicídios e crises psicóticas;

evitar hospitalizações;

melhorar sua qualidade de vida e dar à família suporte emocional.

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Antipsicóticos

ANTIPSICÓTICOSCONVENCIONAIS ou TÍPICOS ATÍPICOS ou de 2a. GERAÇÃO

INCISIVOS SEDATIVOS

Flufenazina – Anatensol, FlufenanHaloperidol – HaldolPenfluridol – Semap

Pimozida – OrapPipotiazina – Piportil

Clorpromazina – AmplictilLevomepromazina - Levozine, Neozine

Sulpirida – Dogmatil, Equilid Tioridazina - Melleril

Trifluoperazina - Stelazine

Amilsupirida – SocianAripiprazol - Abilify

Clozapina – LeponexOlanzapina – ZyprexaQuetiapina – Seroquel

Risperidona – Risperdal, ZargusZuclopentixol – ClopixolZiprasidona - Geodon

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Antipsicóticos convencionais ou típicos

são aqueles que tendem a produzir sintomas extrapiramidais (SEP);

sintomas positivos - como delírios e alucinações;

sintomas negativos - além de não responderem tão bem, podem ser acentuados com seu uso.

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Antipsicóticos convencionais ou típicos – Incisivos e Sedativos

Incisivos: Baixa capacidade de

sedação; Melhor atuação junto

aos sintomas positivos.

Flufenazina – Anatensol, FlufenanHaloperidol – Haldol Penfluridol – Semap Pimozida – OrapPipotiazina – Piportil Zuclopentixol – Clopixol (atípico)

Sedativos: Principal efeito:

sedação; Melhor aplicação em

AGPM.

Clorpromazina – Amplictil Levomepromazina - Levozine, NeozineSulpirida – Dogmatil, Equilid Tioridazina – Melleril Trifluoperazina - Stelazine

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Antipsicóticos convencionais ou típicos – efeitos colaterais

Distonia aguda – 1as. 48 horas de tratamento. Movimentos espasmódicos e involuntários da

musculatura do pescoço, boca e língua e crises oculógiras.

Parkinsonismo – 1a. semana de uso dos antipsicóticos. tremor de extremidades, hipertonia e rigidez muscular.

Pode haver o desaparecimento de tais problemas após 3 meses de utilização da medicação: tolerância ao uso.

Esse fato favorece uma possível redução progressiva na dose do anticolinérgico que normalmente é associado ao antipsicótico no início do tratamento.

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Antipsicóticos convencionais ou típicos – efeitos colaterais

Acatisia - após o 3o. dia de uso da medicação. inquietação psicomotora, desejo incontrolável de movimentar-se. O

paciente assume uma postura típica de levantar-se a cada instante, andar de um lado para outro e, quando compelido a permanecer sentado, não para de mexer suas pernas (como se estivessem marchando).

Discinesia tardia - síndrome crônica caracterizada por movimentos involuntários. Em geral estes movimentos se limitam a face, lábios, língua, mandíbula e pescoço, mas podem envolver o tronco, braços e mãos.

Síndrome neuroléptica maligna - rigidez muscular, hipertermia e instabilidade do sistema nervoso autonômico. Podem ocorrer movimentos involuntários e flutuação do nível de consciência.

Em geral, inicia-se logo após o início do tratamento com neurolépticos, e é comum em paciente jovens. Diagnóstico: baseado no quadro clínico.

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Antipsicóticos atípicos ou de 2a. geração

Pouco ou nenhum sintoma extrapiramidal;

melhora dos sintomas negativos: melhora clínica de pacientes crônicos;

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Fases do tratamento farmacológico

Fase aguda: aliviar os sinais e sintomas as psicose.

Fase de manutenção: mesmo tomando a medicação regularmente, podem

ter uma recaída dos sintomas psicóticos; antes do aparecimento de sintomas da psicose:

irritabilidade, insônia e depressão.

A necessidade de tratamento por longo tempo, freqüentemente não é bem aceito pelo paciente.

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Assistência de enfermagem - Paciente com discurso delirante, desconfiado

Ser honesto e cumprir todas as promessas.

Evitar o contato físico, risos, sussurros ou falar baixo quando o paciente puder ver, mas não puder ouvir o que está sendo dito.

Comunicar que você aceita a necessidade que o paciente tem da falsa crença, mas que você não compartilha desta crença.

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Assistência de enfermagem - Paciente com discurso delirante, desconfiado

Não discutir, nem negar a crença.

Reforçar e focalizar a realidade. Desencorajar longas discussões sobre o pensamento irracional. Falar sobre pensamentos e pessoas reais.

Usar uma abordagem franca e direta, mas sempre amistosa.

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Assistência de enfermagem - Paciente com alteração de sensopercepção

Observar e anotar comportamento sugestivo de movimentação alucinatória (solilóquios, gesticulação bizarra, olhar fixo, risos imotivados etc.).

Encorajar o paciente a compartilhar o conteúdo da alucinação.

Evitar tocar o paciente sem aviso.

Tentar distrair o paciente da alucinação.

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Assistência de enfermagem - Paciente com isolamento social

Acompanhar o pacientes durantes as atividades em grupo.

Dar reconhecimento e reforço positivo às interações voluntárias do paciente com os outros.

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Assistência de enfermagem - Paciente com risco de auto e/ou heteroagressividade

Manter baixo nível de estimulação no ambiente (iluminação fraca, poucas pessoas, pouco ruído etc.).

Retirar todos os objetos potencialmente perigosos do alcance do paciente.

Manter atitude tranqüila em relação ao paciente.

Providenciar equipe para contenção mecânica S/N. (5 pessoas).

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Assistência de enfermagem - Paciente com a comunicação verbal alterada

Procurar obter validação e esclarecimento acerca do discurso do paciente:

ex.: “É isso que vc quer dizer com...?”, ou “Não entendo o que vc quis dizer com isso. Vc poderia explicar isso pra mim?”

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Assistência de enfermagem - Paciente com déficit do autocuidado

Auxiliar/supervisionar atividades de autocuidado (banho, higiene oral, troca de roupas).

Encorajar o paciente a executar de forma independente tantas atividades quantas lhe sejam possíveis. Dar reforço positivo à realização independente.

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Assistência de enfermagem - Paciente com processos familiares alterados

Fornecer informações à família sobre a doença do paciente, o que será necessário no regime de tratamento e o prognóstico a longo prazo.

Ensinar ao cuidador(es) como lidar com comportamentos bizarros e violento.