psicopatologia do trabalho. psicopatologia ciência que estuda os transtornos mentais e...
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Psicopatologia do trabalho
Psicopatologia
Ciência que estuda os transtornos mentais e comportamentos anormais.
Estudo dos fenômenos psíquicos patológicos conscientes que ocorrem nos seres humanos.
Conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental
Psicopatologia Divide-se em Geral e Especial Psicopatologia Geral é o estudo sistematizado dos
sinais e sintomas que indicam presença de transtorno mental. Divide o psiquismo humano em conceitos operativos
(funções psíquicas) para depois agrupá-los em quadros nosológicos.
Psicopatologia Especial estuda os quadros nosológicos.
Sinais e Sintomas
Manifestações patológicas passíveis de serem detectadas durante o exame do paciente, que correspondem a transtornos ou doenças.
Sinal é a manifestação ou indicador objetivo de um processo ou estado patológico.
Sinais e Sintomas Sinais são observáveis, quantificáveis,
simples e constantes
Sinais e Sintomas
Sintoma é toda manifestação subjetiva de um estado patológico, que é percebido e descrito pela pessoa.
São menos observáveis e quantificáveis, mais complexos e menos constantes.
Síndrome
Conjunto de sinais e sintomas observados de forma recorrente e estruturada na prática clínica, com diferentes causas possíveis.
Doença implica em conhecer a etiopatogenia (origem e mecanismos causais das enfermidades ou transtornos).
Principais Síndromes
Síndrome catatônica (esquizofrenia, depressão, encefalites,
intoxicação com LSD) Síndromes neuróticas Síndromes psicóticas Síndromes orgânicas agudas e crônicas
Transtorno
Presença de comportamentos ou padrões de conduta, ou grupo de sintomas bem delimitados e identificáveis na exploração clínica, que na maioria dos casos se acompanha de mal estar ou interfere na atividade da pessoa.
Características comuns que se observam em pessoas com transtorno mental:
Mal estar ou sofrimento subjetivo Perda da liberdade ou autonomia Falta parcial ou total de adaptação ao
meio A conduta é incompreensível
Limites da Psicopatologia
“Nunca se pode reduzir inteiramente o ser humano a conceitos psicopatológicos”.
“Nosso tema é o homem todo em sua enfermidade”. Karl Jaspers (1883 – 1969)
O conhecimento da psicopatologia de um doente não reduz ou não traduz inteiramente a vida e o significado da existência do ser humano.
Conteúdo dos sintomas
Temores fundamentais Morte
(Alívio pela religião, sagrado, continuidade de gerações)
Dor, incapacidade ou miséria (Alívio por vias mágicas, medicina, etc.)
Falta de sentido existencial (Relacionamentos pessoais e mundo da cultura)
Normal ou Patológico Não há fronteira nítida Critérios utilizados:
Ausência de doença Ideal
(certa maturidade, desenvolvimento, nível de felicidade, de qualidade de vida)
Estatístico (estados mentais de maior parte das pessoas; anormal é o que está fora da curva normal)
Normal ou Patológico
Critérios utilizados Normalidade como bem estar
(OMS: físico, psíquico e social; espiritual) Existencial
(liberdade, transitar na sua esfera interior e na relação com os outros de uma maneira livre e criativa).
Normal e Patológico
Patológico: Qualquer modificação indesejável de
uma função , ou mudança negativa na estrutura de um órgão ou sistema do corpo.
Tem qualidade diferente. Não é encontrado nas pessoas normais
Normal e Patológico
Anormalidade positiva e negativa Inteligência
Toda patologia é anormalidade, mas nem toda anormalidade é patologia.
Ego-sintônico e Ego-distônico
Ego-sintônico Sintomas são percebidos e reconhecidos
pelo paciente como próprios, parte de sua natureza.
Obsessões Pensamentos sobre Homossexualismo podem
ser considerados como adequados e desejáveis, ou ser fonte de mal estar.
Ego-sintônico e Ego-distônico
Ego-distônico Percebidos como fonte de mal estar, alheio e
estranho à pessoa Exemplos: Vivências de influência sobre o pensamento Homossexualismo Transexualismo
Semiologia Psicopatológica
Estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais.
Baseada em: Observação cuidadosa Ouvir e enxergar Ouvir e buscar compreender Raciocínio clínico acurado sobre os dados
clínicos.
Semiotécnica Psicopatológica
Conjunto de procedimentos técnicos, baseados na entrevista direta com o paciente e seus familiares.
É em parte intuitiva, em parte treinada, fruto da experiência com o paciente e do estudo dos grandes autores da psicopatologia.
Classificações Internacionais
DSM - Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (Quarta edição) Associação Norte-Americana de Psiquiatria
CID - Classificação Internacional de Doenças - (Décima edição) Organização Mundial de Saúde
Algorítimos da CID 10
A - B: Doenças Infecciosas e parasitárias F: Transtornos Mentais F00 - F09: Transtornos mentais orgânicos F00.0: Demência na Doença de Alzheimer precoce F00.01: Demência na Doença de Alzheimer
precoce com delírios F00.011: Gravidade moderada
CID 10 F10 - F19: Transtornos mentais e de comportamento
decorrentes do uso de substâncias psicoativas F10: Álcool / F11: Opióides / F12: Canabinóides F1x.0: Intoxicação aguda F1x.1: Uso nocivo F1x.2: Síndrome de Dependência F1x.2.20: Síndrome de Dependência / Abstinente F1x.201: Síndrome de Dependência / Abstinente /
Remissão Parcial
Entrevista em saúde mental
Visa obter os principais dados e informações para compreender o paciente e a formar os diagnósticos psicopatológicos.
Elemento mais importante da prática psiquiátrica.
Iniciando a entrevista
Apresentar-se ao paciente Dizer seu nome e profissão Atitude de respeito e interesse pelo
paciente e seus problemas e dificuldades. Interesse sem crítica. Iniciar por perguntas mais gerais e menos
constrangedoras.
Entrevista em saúde mental
Permitir que o paciente fale livremente, exprimindo os seus sofrimentos, o modo como tem vivido, suas dificuldades, etc.
Lembrar que a entrevista tem finalidade diagnóstica, mas também uma função terapêutica (alívio do sofrimento, angústia e solidão).
Anamnese
Subjetiva e Objetiva I. Identificação Nome, sexo, idade, estado civil, etnia, procedência
atual e remota, naturalidade, profissão, ocupação, religião, religiosidade, nível sócio-econômico
II. Queixa Principal e Duração
Anamnese III. História da Moléstia Atual Pontos mais importantes para o transtorno mental
e para a vida do paciente em ordem cronológica. Início dos sintomas, como surgiram e foram se
desenvolvendo ao longo do tempo. Descrição com as palavras do paciente, sinais e
comportamentos, tratamentos, medicamentos.
IV. Interrogatório sobre os diferentes aparelhos
Anamnese V. Antecedentes Pessoais Tentativas de suicídio, Idéias Homicidas, Brigas,
Agressões, Doenças, etc. Investigar com sensibilidade e respeito aspectos
da sexualidade e as vivências subjetivas mais difíceis e importantes.
VI. Hábitos Álcool, Tabagismo, Drogas lícitas e ilícitas VII. Antecedentes Familiares VIII. Ambiente Familiar
Anamnese
IX. Exame Físico e Neurológico X. Exame Psíquico Aspecto geral, Consciência, Orientação,
Atenção, Memória, Sensopercepção, Pensamento, Linguagem, Inteligência, Juízo da realidade, Afetividade, Volição, Psicomotricidade, Pragmatismo, Crítica, Personalidade
Anamnese
XI. História de Vida História de vida – identificar na seqüência
cronológica os pontos mais significativos. Gestação, parto, desenvolvimento, comportamento
na infância e adolescência, rendimento escolar, relacionamento com família, colegas, professores, sexualidade, casamento, vida profissional, problemas interpessoais, envelhecimento.
Psicopatologia Geral
O Exame Psíquico
Exame Psíquico
Verificar, estudar, investigar as funções psíquicas, o seu padrão e alterações.
Realizado ao longo da anamnese. Ao final da anamnese complementar
com a investigação dos pontos que não foram elucidados adequadamente, incompletos ou duvidosos.