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 Paulo Pedro P. R. Costa [email protected] Saúde, definições e perspectivas de interpretação do conceito para sua utilização em psicologia FAMEC Psicologia da Saúde 2011.2 

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Paulo Pedro P. R. [email protected]

Saúde, definições e perspectivas de interpretaçãodo conceito para sua utilização em psicologia

FAMEC 

Psicologia da Saúde2011.2 

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Psicologia(s)

• Medicina psicossomática;• Psicologia médica• Psiconeuroimunologia;

• Psico-oncologia;• Psicologia hospitalar;• Saúde comportamental;

• Medicina comportamental;• Psicologia da saúde

Johann C. A. Heinroth (1773–1843)

Jean-Martin Charcot (1825-1893)

Josef Breuer (1842-1925)

Sigmund Freud (1856-1939)Georg Groddeck (1866–1934)

Sándor Ferenczi (1873-1933)

Ernst Kretschmer (1888 - 1964).

Franz Alexander (1891-1964)

Helen Flanders Dunbar (1902-1959)

Ivan Petrovich Pavlov (1849 -1936)

William James (1842 -1910)

Carl Georg Lange (1834 - 1900)

Walter Bradford Cannon (1871–1945)Talcott Parsons (1902-1979)

B. F. Skiner (1904 -1990)

Hans Selye (1907 -1982)

José M. R. Delgado (1915)

Sheldon J. Lachman (1921-1997)

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Saúde[Do lat. salute, ‘salvação’, ‘conservação da vida’.]Substantivo feminino.1.Estado do indivíduo cujas funçõesorgânicas, físicas e mentais se achamem situação normal;estado do que é sadio ou são.2.Força, robustez, vigor:

Esta criança está vendendo saúde.3.Disposição do organismo:É homem de boa saúde.4.Disposição moral ou mental: saúde de espírito.5.Voto ou saudação que se faz bebendo à saúde de alguém; brinde:Fizeram-se várias saúdes aos noivos.

υγείαsalutem, salud, salute, santé

Aurélio (Dicionário)

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Lei Nº 8.080 – DE 19 DE SETEMBRO DE 1990

Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização eo funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, amoradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, olazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam aorganização social e econômica do País.

Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigoanterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental

e social.

o Nível de Saúde

o Serviços de Saúdeo Determinates das condições de sáudeo Mercado de trabalho / Área de investimentoo Industria de equipamentos e insumoso Área do conhecimentoo Instumento de controle social

SAÚDE

Paim, Jairnilson S.

individual

coletivo

orgânico

mental

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Política de Saúde

Sistema de Saúde

Instituições / Organizações de saúde

Modalidades Assistenciais

Estabelecimentos de saúde

Serviços de saúde

Ações de saúde

Estrutura Social -Sociedade

Adaptado de Jairnilson S. Paim (apontamentos de aula)

Estado - Governo

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Saúdeperspectivas de análise

individual

coletivo

orgânico

mental

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René Leriche (1879 – 1955)

“A saúde é a vida nosilêncio dos órgãos”

La santé est la vie dans le silence des organes, 1937

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Patologia(s)

• Lesão tecidual – Causa específica (etiologia)

 – Mecanismos de desenvolvimento (patogenia)

 – Alterações estruturais (morfologia) – Alterações clínicas (semiologia)

 "Não existem doenças, e sim doentes" 

Organon § 1. "The sick"Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755 - 1843)o fundador da homeopatia em 1779.

Robins Patologia estrutural e funcional

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A doença é uma reação generalizada do organismo cominteção de cura. O organismo fabrica para se curar a sipróprio.

A técnica médica imita a (deve imitar) a ação médica natural(vis medicatrix naturae)

O médico trata (curat)A natureza cura (sanat)

400 aC. Caduceus 

Pessoas que têm uma afecção dolorosaEm qualquer parte do corpo, e estão emgrande parte insensíveis a esta dor, estão

mentalmente pertubados.

HipocratesAforismos II, 6

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&6 O médico deverá constatar com precisão todas as alterações na saúde do paciente,quer ao nível físico quer mental. Estas, podem ser percepcionadas pelo enfermo,observadas por todos aqueles que com ele convivem e pelo próprio médico durantea fase do interrogatório.

&80 Muito mais importante do que a sífilis e a sicose, é o miasma da psora. Tal comona sífilis, na sicose surge uma erupção cutânea bem característica, logo após a sua

instalação no organismo. A psora é a única causa real que produz todas as outrasformas de doença.

&90 Anotará ainda tudo o que observar, destrinçando com rigor o que eracaracterístico do enfermo quando na sua condição de saúde.

-v.g. qual o comportamento do paciente no decorrer da consulta. Mal-humorado, apressado,choroso, ansioso, desesperado, triste, cheio de esperança, tranquilo. Se estava em estado desonolência, ou em algum estado que denotasse compreensão difícil, torpor. Modo de falar, tom

de voz, coerência ou incoerência. Cor do rosto, dos olhos, da pele em geral. Olhos vivos oumortiços. Estado da língua, hálito. Audição. Pupilas dilatadas ou contraídas e modificação porefeito da luz incidente. Pulso. Condição do abdómen. Grau de humidade, frialdade ou secura aotacto da pele ou de alguma região em especial. Posição durante a consulta. Esforço ou ligeirezaquando se levantou.

&94 Quando se procede à análise de uma doença crónica, o médico deverá proceder aminuciosa avaliação do enfermo, no que toca, entre outros:

- ao trabalho;- modo de vida;- aos hábitos;- à dieta;

Samuel Hahnemann (1755-1843)

rganon, a arte de curar1810/ 1913

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Consultório do Dr Sigmund Freud

Maresfield Gardens 20 HampsteadLondon UK

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A experiência nos ensinou que a terapia psicanalítica — a libertação de alguém de seus sintomas,inibições e anormalidades de caráter neuróticas — é um assunto que consome tempo. Daí, desde ocomeço, tentativas terem sido feitas para encurtar a duração das análises.

...Preparamos o caminho para essa conscientização mediante interpretações e construções,

...o analista as identifica mais facilmente do que o faz com o material oculto no id. Poder-se-ia supor que seria suficiente tratá-las como partes do id e, tornando-as conscientes, colocá-las em conexãocom o restante do ego. ANÁLISE TERMINÁVEL E INTERMINÁVEL (1937)

PsicanáliseSaúde mental enquanto capacidade de amar e trabalhar 

O médico era um estranho e deve esforçar-se para voltar a sê-lo depois da cura;geralmente fica embaraçado quanto a indicar aos pacientes curados como empregar navida real a capacidade de amar que recuperaram. Para descrever os meios e ossubstitutos utilizados pelo médico para aproximar-se com maior ou menor êxito domodelo de cura pelo amor que nos foi mostrado pelo autor... 

DELÍRIOS E SONHOS NA GRADIVA DE JENSEN (1907 [1906])

contribuições da psicologia

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 "Philippe Pinel (1745 -1826)à la Salpêtrière" p/ Tony Robert-Fleury

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contribuições da psicologia

Gostaríamos de mostrar, pelo contrário, que a patologia mental exige métodos deanálise diferentes dos da patologia orgânica, e que é somente um atrifício delinguagem que se pode emprestar o mesmo sentido às “doenças do corpo” e às“doenças do espírito” . Uma patologia unitária que utilizasse os mesmos métodose conceitos nos domínios fisiológicos e psicológicos é, atualmente, da ordem domito, mesmo que a unidade do corpo e do espírito seja da ordem da realidade.

.

Michel Foucaut. Doença mental e psicologia, 1968 (p.17)

A loucura é uma construção histórico – social.

Proposição defendida como tese de doutorado por Michiel Foucault em1961 e publicada como livro no mesmo ano pela editora francesa Plon,História da Loucura na Idade Clássica.

A tese de Foucalt e uma série de outras publicações da época refletem a tomada deconsciência que resultou na reforma psiquiátrica e luta antimanicomial. Entre essaspublicações merece destaque as contribuições de Thomas Szasz seus livros, “OMito da Doença Mental” (1960) e “A Fabricação da Loucura: Um Estudo Comparativoda Inquisição e do Movimento de Saúde Mental” (1970); Erving Goffman autor dolivro “Prisões, manicômios e conventos” (1961); R. D. Laing com o livro “O eudividido” que juntamente com D. Cooper autor de “Razão e violência” (1964)

inauguram o movimento que foi denominado por AntiPsiquiatria

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A doença é tanto um fato clínico quanto um fenômeno sociológico. Elaexprime hoje e sempre um acontecimento biológico, individual e tambémuma angústia que pervaga o corpo social, confrontando as turbulênciasdo homem enquanto ser total. A medida que cristaliza e simboliza asmaneiras como a sociedade vivencia coletivamente seu medo da morte eseus limites frente ao mal, a doença importa tanto por seus efeitosimaginários quanto biológicos: ambos são reais do ponto de vista

antropológico.

A doença é uma realidade construída e o doente é um personagemsocial. Portanto tratar o fenômeno saúde – doença unicamente com osinstrumentos anátomo-fisiológicos da medicina ou apenas com as

medidas quantitativas da epidemiologia clássica constitui uma miopiafrente ao social e uma falha no recorte da realidade a ser estudada.

Minayo, M.C.S. Abordagem antropológica para avaliação de políticas sociais. Rev. deSaúde Pública, SP, 25 (3) 233-8, 1991

contribuições da antropologia

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Modelos etiológicos

1 Ontológico relacional (ou funcional)

Ex.: Entidade mórbida / ruptura hipocrática com as especulações mágicas[medicina das espécies – lesões anatômicas (Bichat; Morgandi); Micróbios]

2 Exógeno / EndógenoEx.: Acupuntura, reumatismo corresponde a doença do frio, tristeza eumidade); Endocrinologia; Neuro endocrinologia

[Interno/ Externo; Individual/ Social; natureza/ Cultura; Paciente vítima/Paciente Causa]

3 Aditivo / SubtrativoEx.: Feitiçaria; Nutrição

4 Malefício / benefícioEx.: Auto-destruição; Autocura

Antropologia da doença François Laplatine

Modelos terapêuticos1 Alopático / homeopático

2 Aditivo / Subtrativo3 Adorcista / Exorcista4 Sedativo / Excitativo

contribuições da antropologia

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Pode-se identificar a existência de uma “tensãoprimordial” entre a medicina individual e a medicinacoletiva, entre Panacéia e Higéia as filhas do deusAsclépio.

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Panacéia era a padroeira da medicina curativa, prática terapêutica baseadaem intervenções sobre indivíduos doentes, através de manobras físicas,encantamentos, preces e uso de pharmakon (medicamento).

Sua irmã, Higéia, tinha a saúde como resultante da harmonia dos homens edos ambientes e buscavam promovê-la por meio de ações preventivas,mantenedoras do perfeito equilíbrio entre os elementos fundamentais terra,fogo, ar e água. Até hoje o seu nome está associada à noções de higiene,sempre no sentido de promoção da saúde, principalmente no âmbito coletivo..

Panacéia, ganha força no Ocidente, durante a Idade Média e os médicos,

curandeiros, religiosos deixaram de ser escravos paratrabalharem para a corte ou exército, com certaexclusividade para as famílias nobres.

No Oriente, a prática precursora em saúde pública,Higéia, chega ao seu apogeu no século X, com alto grau

de organização social, consolidando desde registros deinformações demográficas e sanitárias a sistemas devigilância epidemiológica, até os atos ritualizados dehigiene individual centrais para a cultura religiosa do Islam

ALMEIDA FILHO, Naomar, 1999; TEIXEIRA, Carmem, 2001;

MARTINS , André Amorim Hy

geiap/Kli

mt

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Organização Mundial de Saúde

(OMS), na declaração desua constituição propõe o entendimento:

“A saúde é um estado de completo bem-

estar físico, mental, social e não apenas aausência de doença ou enfermidade”.

Posteriormente buscando a operacionalidade do conceito

Saúde a condição do organismo que expressa um funcionamento adequadoem dadas condições genéticas e ambientais OMS 1947

Distinção: Individual X Coletivo

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Saúde Individual

Saúde ColetivaLeavell; Clark, 1978

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O objetivo da Medicina Comportamental é a aprendizagem e modificação de hábitoshumanos para obtenção e manutenção da saúde. Para isso conta com odesenvolvimento de um sistema de avaliação e observação dos hábitos individuais(testes), identificando suas contigências determinantes, visando elaborar uma prescriçãocomportamental capaz de controlar e modificar comportamentos considerados

prejudiciais, por sua alta ou baixa frequência (excesso ou falta comportamental), o quepode ser melhor compreendido estudando situações concretas. A saber:

Excessos comportamentaisAlcoolismoObesidadeTabagismoControle do Sal e Açucar Satiríase / Ninfomania

Faltas / ausências de comportamentosnecessários e/ou essenciaisSedentarismo

Inibição sexualDepressão 

O avanço tecnológico para tratamento

do indivíduo não se opõe às conquistas de cidadania

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Por medicina comportamental pode se compreender a aplicação dosprincípios da teoria da aprendizagem à manutenção e recuperação da saúde,distinguindo-se do que tradicionalmente tem se denominado de educação

para saúde por utilizar tais estratégias numa proposição clínica.

Primeira Conferência Internacional Sobre Promoção da Saúde realizadaem novembro de 1986 em Ottawa, Canadá. a promoção da saúde foi definidacomo: o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria desua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controledeste processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico,

mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar 

aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meioambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não comoobjetivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatizaos recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a

 promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai  para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global. 

Individual X Coletivo

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Distinção entre Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças

Promover:• Implica o fortalecimento da capacidade individual e coletiva para

lidar com a multiplicidade dos determinantes e condicionantes dasaúde.

Prevenir:

• Preparar, chegar antes de, impedir que se realize...• Exige ação antecipada,baseada no conhecimento da história

natural da doença para tornar seu progresso improvável.• Implica o conhecimento epidemiológico para o controle e redução

do risco de doenças.

• Projetos de prevenção e educação baseiam-se na informaçãocientífica e recomendações normativas.

(Czeresnia, 2003) apud Paim www.determinantes.fiocruz.br/pps/apresentacoes/CNDSSjpDez4a.ppt

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SaúdeSaúde

Biologia humana

Ambiente

Serviços de saúde

Estilos de vida

www.determinantes.fiocruz.br/pps/apresentacoes/aula_Paulo_Buss.pps

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• Condições de vida: condições materiais necessárias àsubsistência, relacionadas à nutrição, à habitação, aosaneamento básico e às condições do meio ambiente.

• Estilo de vida: formas social e culturalmente determinadasde vida, que se expressam no padrão alimentar, nodispêndio energético cotidiano no trabalho e no esporte,hábitos como fumo, alcool e lazer  (Possas, 1989:197)

• Determinantes sociais de saúde (DSS) são as condiçõessociais em que as pessoas vivem e trabalham ou "ascaracterísticas sociais dentro das quais a vida transcorre”

(Tarlov,1996)

 

Apud Paim, Jairnilson

www.determinantes.fiocruz.br/pps/apresentacoes/CNDSSjpDez4a.ppt

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Esse modelo dispõe os DSS em diferentes camadas, segundo seu nível de abrangência, desde umacamada mais próxima aos determinantes individuais até a camada mais distal, em que se situam osmacrodeterminantes. Os indivíduos, com suas características individuais de idade, sexo e fatoresgenéticos, que exercem influência sobre o seu potencial e suas condições de saúde, estão na base domodelo (determinantes proximais). O último nível apresenta aqueles que são considerados osmacrodeterminantes, que possuem grande influência sobre as demais camadas e estão relacionados àscondições socioeconômicas, culturais e ambientais da sociedade, incluindo também determinantessupranacionais, como o modo de produção e consumo de uma cidade, Estado ou país e o processo de

globalização (CNDSS, 2008).

Determinantes Sociais da Saúde(Dahlgren e Whitehead)

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Diagrama do Campo Saúde

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O CAMPO DE FORÇA E OS PARADIGMAS DE BEM ESTAR EM SAÚDE

A largura das quatro grandes setas indica presupostos sobre a importancia relativa dosinputs à saúde. Os quatro inputs são mostrados como relacionados entre si e se afetandomutuamente por meio de uma matriz abrangente que poderia ser chanada de “o meioambiente” do sistema de saúde.

Henry Blum apud Dever, 1988

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PROMOÇÃO DA SAÚDE:concepções antagônicas ?

1) Saúde como produto de amplo espectro de fatoresrelacionados a qualidade de vida, com ênfase emações voltadas para o coletivo e o ambiente (físico,social, político, econômico, cultural), contemplando a

“autonomia” de indivíduos e grupos (capacidade paraviver a vida) e a equidade. (Carvalho et al., 2004)

2) Saúde como produto de comportamentos de indivíduose famílias (estilos de vida, dieta, atividade física, hábito

de fumar), com ênfase em programas educativosrelacionados a riscos comportamentais passíveis demudança.

Paim, Jairnilson

www.determinantes.fiocruz.br/pps/apresentacoes/CNDSSjpDez4a.ppt

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Várias ciências contemporâneas se apresentam como “ciências da saúde”.Discordo frontalmente dessa postulação: elas não são ciências da saúde e simdas doenças.

É bem verdade que algumas dessas ciências – penso na Fisiologia e Psicologia – poderiam merecer tal distinção, porém num plano demasiadamente restrito de

aplicação subindividual ou individual. Outras – Biologia Molecular, Citologia,Histologia, Embriologia – apesar de exibir uma intenção manifesta de lidar comprocessos vitais normais, na prática são estruturadas tendo como referênciaconceitos de patologia.

...Objetivamente proponho que na atualidade, somente a epidemiologia revelapotencial epistemológico e metodológico para ser postulada Ciência da Saúde.

Naomar Almeida Filho. A ciência da Saúde. SP, Hucitec, 2000

A CIÊNCIA DA SAÚDE

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Bibliografia (não referida nos slides)

ALMEIDA FILHO, Naomar; In: ROUQUAYROL, Maria Zélia; FILHO, Naomar de Almeida. Epidemiologia & Saúde 6º ed.Rio de Janeiro MEDSI Editora Médica e Científica LTDA 2001.

ALMEIDA FILHO, Naomar. O conceito de saúde: ponto-cego da epidemiologia? Rev. Bras. Epidemiol. 4 Vol. 3, Nº 1-3,2000

ALMEIDA FILHO N e PAIM J.S. La crisis de la salud pública y el movimiento de la salud colectiva en Latinoamérica.Cadernos Médicos Sociales, n. 75:5-30. 1999

BATISTELLA, Carlos et al. O Território e o Processo Saúde-Doença. RJ FIOCRUZ

CANGUILHEM, Georges. O normal e o patológico. RJ, Forense-Universitária, 1966

DEVER, G.E. Alan. A epidemiologia na administração de serviços de saúde. SP, Pioneira, 1988

FREUD, Sigmund. Ed Standard das Obras Completas. RJ, Imago, 1996

LEAVELL, H.; CLARK, E. G. Medicina preventiva. SP, McGraw-Hill do Brasil / RJ, FENAME, 1978

HAHNEMANN, S. Organon. http://www.homeoesp.org/livros_online/ORGANON_HAHNEMANN_resumo_portugues.pdf 

LAPLATINE, François. Antropologia da doença. SP Martins Fontes, 1991

MARTINS , André Amorim A integralidade nas políticas públicas de saúde brasileira Monogr. conclusão do cursopsicologia Instituto de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais BH, 2006

SOBRAL, André; FREITAS, Carlos Machado de Modelo de Organização de Indicadores para Operacionalização dosDeterminantes Socioambientais da Saúde. Saúde Soc. São Paulo, v.19, n.1, p.35-47, 2010

TEIXEIRA, CARMEM, O futuro da prevenção. Ba, Casa da Qualidade Editora, 2001

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Imagens

Simbolos – saúde, tomografia cerebro (anim) (Wikipédia)Bronze coin 4th cencury BC. Caduceus http://www.greek-islands.us/ancient-greek-

coins/skiathos-coins/

Divã de Freud Museu de Freud / Wikipédia

Multidão - http://www.flickr.com/photos/jamescridland/613445810/

Africa – Wilderness Safari

Junqueira & Carneiro. Histologia básica. Órgãos dos sentidos (receptores)

SNP de Versalius “De Humani Corporis Fabrica” (1543)

Organon. http://www.archive.org/stream/organonofrationa00hahn#page/n7/mode/2up

Philippe Pinel à la Salpêtrière p/ Tony Robert-Fleury

Panacea, Goddess of Healing p/ violscraper -http://www.deviantart.com/

Hygeia p/ Klimt -http://www.artprintsplus.com/Fluoxetine, Diazepan, Serotonina, Tomógrafo (Google images ?)

casos omissos/ sugestões: [email protected]