psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

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PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: UM OLHAR SOBRE AS PESQUISAS PRODUZIDAS NO BRASIL Cirléia Pereira Barbosa - UFOP [email protected] Profa. Dra. Ana Cristina Ferreira - UFOP [email protected] INTRODUÇÃO O que me inspirou à realização deste presente estudo foi o imenso gosto e interesse pela Psicologia e as experiências adquiridas na Educação Matemática. Dois importantes fatos contribuíram decisivamente para que isto fosse possível. O primeiro refere-se à disciplina Psicologia da Educação cursada no início da graduação em Licenciatura em Matemática da UFOP. O outro, diz respeito às experiências adquiridas no NIEPEM (Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática) da UFOP. Mas afinal, o que é Psicologia da Educação Matemática? Qual a relação da Psicologia com a Educação Matemática? Segundo Falcão (2003), o grande marco do surgimento da Psicologia da Educação Matemática aconteceu em 1976 com o grupo internacional Psychology of Mathematics Education (PME), por ocasião do III International Congress on Mathematics Education (ICME), realizado em Karlshure (Alemanha). É importante

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Page 1: psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: UM OLHAR SOBRE AS

PESQUISAS PRODUZIDAS NO BRASIL

Cirléia Pereira Barbosa - UFOP

[email protected]

Profa. Dra. Ana Cristina Ferreira - UFOP

[email protected]

INTRODUÇÃO

O que me inspirou à realização deste presente estudo foi o imenso gosto e

interesse pela Psicologia e as experiências adquiridas na Educação Matemática. Dois

importantes fatos contribuíram decisivamente para que isto fosse possível. O primeiro

refere-se à disciplina Psicologia da Educação cursada no início da graduação em

Licenciatura em Matemática da UFOP. O outro, diz respeito às experiências adquiridas

no NIEPEM (Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática)

da UFOP.

Mas afinal, o que é Psicologia da Educação Matemática? Qual a relação da

Psicologia com a Educação Matemática?

Segundo Falcão (2003), o grande marco do surgimento da Psicologia da

Educação Matemática aconteceu em 1976 com o grupo internacional Psychology of

Mathematics Education (PME), por ocasião do III International Congress on

Mathematics Education (ICME), realizado em Karlshure (Alemanha). É importante

lembrar que vários trabalhos desta linha de pesquisa já tinham sido publicados nesta

época, embora ainda não pertencessem categoricamente a este grupo. A Psicologia da

Educação Matemática surge de um esforço da Psicologia (ou de algumas de suas

‘psicologias’) no sentido de oferecer suportes para a teorização no âmbito da Educação

Matemática.

A PESQUISA

Nesta pesquisa bibliográfica, procuro fazer um breve levantamento das

pesquisas produzidas no Brasil sobre Psicologia e Educação Matemática. Para tanto,

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realizei um balanço destas pesquisas, considerando artigos publicados, monografias,

dissertações e teses defendidas.

Entendemos, como Gonsalves (2001), que a pesquisa bibliográfica envolve a

identificação e análise de dados escritos, que podem ser livros, revistas, artigos,

trabalhos acadêmicos e outros. Este tipo de pesquisa mostra ao autor um bom número

de trabalhos produzidos sobre o tema da pesquisa. Portanto, é um tipo de pesquisa que

consiste no levantamento de materiais já escritos e publicados por outros autores.

O primeiro passo para a realização desta pesquisa foi consultar o banco de teses

do NIEPEM. Localizamos dez trabalhos na área de Educação Matemática com enfoque

na Psicologia. Destes, uma rica fonte de pesquisa foi a tese de doutorado de Fiorentini

(1994), na qual realiza um balanço das pesquisas brasileiras em Educação Matemática.

Esse autor cita 31 resumos de trabalhos referentes à Psicologia e Educação Matemática.

Encontramos ainda no NIEPEM o artigo de Falcão (2002) e o livro Psicologia e

Educação Matemática: uma introdução (FALCÃO, 2003).

Pesquisamos ainda: o Banco de Teses da CAPES e Anais de inúmeros encontros

de Educação Matemática realizados no Brasil. No primeiro, identificamos 20 resumos e,

nos Anais, 8 trabalhos sobre Psicologia e Educação Matemática.

Cada texto foi fichado considerando informações como: autor, título, tema de

pesquisa, ano de defesa e título acadêmico obtido (em casos de monografias de

especialização, dissertações e teses), além de outras informações mais específicas e

pertinentes a este trabalho, tais como: fundamentação teórica, questão de investigação,

metodologia adotada e principais resultados. Procuramos ler, sempre que possível, os

trabalhos na integra, porém, do Banco de dados da Capes e de alguns Anais só

acessamos os resumos.

A partir da leitura e análise dos 70 trabalhos levantados, foi possível identificar

10 categorias. Em cada uma, descrevemos o número de trabalhos, a questão de

investigação, instituição de origem, autor(es), metodologia adotada e principais

conclusões.

A PSICOLOGIA E A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NO BRASIL

Dois marcos importantes da Psicologia da Educação Matemática no Brasil foram

a 19ª reunião Anual do grupo PME, tendo participado o programa de pós-graduação em

Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (Recife) e, em 1996, a fundação do

2

Page 3: psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

grupo de trabalho Psicologia da Educação Matemática no âmbito da Associação de

Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPPEP).

Falcão (2003) cita alguns locais brasileiros onde se encontram psicólogos da

Educação Matemática. Para tanto, no âmbito da educação, psicólogos da Educação

Matemática mostram presença nas reuniões anuais da ANPED (Associação Nacional de

Pesquisa em Educação) e psicólogos da Faculdade de Educação da UNICAMP

vinculados ao PSIEM (Grupo de Pesquisa em Psicologia da Educação Matemática). Já

no âmbito da Psicologia propriamente dita, um grupo de pesquisa em Psicologia

Cognitiva da (UFPE) Universidade Federal de Pernambuco (Recife) contribui, no

campo da Psicologia da Educação Matemática, com a conceptualização em Matemática,

analisando as competências escolares e extra-escolares. Ainda neste âmbito, o

Departamento de Psicologia da UFRJ (Rio de Janeiro) em parceria com o Departamento

de Psicologia UFPE propõe discussões acerca da Psicologia do desenvolvimento e

Psicologia da Educação Matemática, referindo-se às estruturas aditivas e

multiplicativas, e finalmente, reuniões anuais do grupo ANPPEP (Associação Nacional

de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia); da SBP (Sociedade Brasileira de

Psicologia) e, recém criada, a Sociedade Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento

(SBPD).

Outra recente contribuição da Psicologia da Educação Matemática citada por

Falcão (2003), é o grupo de pesquisa em neuropsicologia da Rede Sarah de Hospitais

(Brasília), coordenado pela neuropsicóloga Lúcia Willadino Braga. Esta pesquisadora

mapea caminhos neuronais relacionados a determinadas atividades matemáticas, como a

atividade algébrica.

Para Falcão (2003), têm sido feitos esforços da Psicologia da Educação

Matemática no sentido de inclusão da afetividade nas competências escolares,

particularmente em Matemática. Segundo ele, vários trabalhos estão sendo feitos nesta

tendência da Educação Matemática relacionando emoções à experiência matemática

escolar. Alguns trabalhos são citados por Falcão (2003, p.43): afetividade e cognição

(BREEN, 2000; WEYL-KAILEY,1985), transferência e contratransferência no âmbito

da relação professor-aluno (CABRAL & BALDINO, 2002), auto-estima, auto-conceito,

padrões de interação e desempenho (HAZIN & DA ROCHA FALCÃO, 2001;

GINSBURG, 1989), atitudes e crenças em relação à Matemática (DE BRITO, 1996;

PEHKONEN, 2001), a relação entre traços de personalidade, estilos cognitivos e

3

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atividades de resolução de problemas em Matemática (RÉGNIER, 1995; GINSBURG,

1989).

QUADRO GERAL DAS PESQUISAS PRODUZIDAS NO BRASIL

Tabela 1: distribuição das pesquisas, por instituição, do período de 1975 a 2003.

INSTITUIÇÃ

O

75-79 80-84 85-89 90-94 95-99 00-03 MON.

ESP.

DIS

.

TESE

S

TOTAL

UERJ 1 1 1

UNICAMP 1 1 1 5 5 3 10 13

PUC-SP 1 1 1

PUCCAMP 1 1 1

USP 2 2 1 3 2 5

PUC-RJ 2 1 3 3

UFPE 2 5 1 4 1 13 13

UFSCar 2 1 3 3

UFRS 1 1 1 3 3

UNESP-IGCE 2 2 2

PUC-RS 1 2 2 1 3

UFMS 1 1 1

UFC 1 1 1

FGV 1 1 1

UFBA 1 1 1

UnB 1 1 1 3 3

UFSC 1 1 1

UFPR 1 1 1

UFGO 1 1 1

UFRJ 1 1 1

UFSantaMaria 1 1 1

TOTAL 4 9 14 7 18 8 1 45 14 60

A tabela acima mostra a distribuição das 60 pesquisas sobre Psicologia e

Educação Matemática produzidas no Brasil ao longo de 1975 a 2003, relacionando a

instituição em que foram produzidos os trabalhos e o período em que foram defendidos.

4

Page 5: psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

Os dois estudos (FALCÃO, 2003) e Anais de encontros investigados não foram

representados nesta tabela por não se tratarem das classificações nela apresentadas.

Podemos observar que a maior produção acadêmica aconteceu no período de

1980 a 2000, chegando a 48 trabalhos. Cabe destacar que, bem antes desta época, vários

trabalhos na área de Educação e Educação Matemática com enfoque em Psicologia já

tinham sido escritos, porém não se classificavam nesta linha pesquisa. Podemos

observar ainda que no período de 2000 a 2003 foram encontrados apenas 8 trabalhos.

Os primeiros estudos tiveram início em 1975, um ano anterior ao surgimento do

grupo internacional (PME), por ocasião do (ICME), realizado em Karlshure

(Alemanha).

Podemos notar que os grupos de pesquisa em Psicologia e Educação Matemática

que mais de destacam são: UFPE (13 trabalhos), USP (5), UNICAMP (13), Rio de

Janeiro (5) e sul brasileiro (9).

Em relação à categoria dos trabalhos acadêmicos, há uma maior concentração de

dissertações de mestrado, com 75%. As teses de doutorado compõem 23,34% das

pesquisas analisadas, sendo que uma delas é uma tese de livre docência (BRITO, 1996).

A UFPE se destaca com o maior número de dissertações defendidas (13). Em seguida,

temos a UNICAMP com 3 trabalhos defendidos. A UNICAMP também se destaca com

10 teses de doutorado.

A tabela a seguir mostra a distribuição das pesquisas analisadas por categoria,

instituição, número de trabalhos e autor/ano.

Tabela 2: distribuição das pesquisas por categorias

CATEGORIA INSTITUIÇÃO N AUTORES

Atitudes UNICAMP;

PUC-Campinas;

Universidade

Paulista; UFRS;

UFMS; USP-SP;

10 Brito (1996); Gonçalez (2000); Mendes (s/d);

Mendes (s/d); Moron (s/d); Blumenthal (1983);

Domingues (1985); Gonçalves (1981); Ragazzi

(1976); Araújo (1999)

Metacognição UERJ;

UNICAMP;

UFRJ

3 Almeida (s/d); Ferreira (2003); Chahon (1999)

Cognição UNICAMP; Lima (1996); Pavanello (1995); Brenelli (1993);

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Page 6: psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

PUC-SP; UFMG;

USP-SP; CUML-

SP; PUC-RJ;

UFPE; PUC-RS;

UERJ; UFRS;

UFC; FGV-RJ;

UFSCar; UFBA;

UnB; UFSC;

UFPR;

45

Esteves (s/d); Xavier (s/d); Zuffi (s/d); Pinto (s/d);

Abreu (1990); Acioly (1985); Aguiar (1980);

Campos (1975); Costa (1980); Estácio (1988);

Fagundes (1970); Faria (1979); Leão (1986); Lima

(1981); Lima (1985)Magalhães (1990); Magina

(1988); Mazulo (1990); Melo (1980); Mendes

(1989); Moralles (1986); Moro (1984); Rangel

(1987); Sabak (1980); Santos (1990); Silva

(1987); Souza (1981); Mendes (1991)Rodrigues

(1999); Martins (2001); Monteiro (1998); Bolda

(1987); Muniz (1992); Gonzalez (1998); Adriano

(1987); Vieira (1999), Taxa (1996); Taxa (2001);

Gomes (1998); Lima (1998); Brando (2000);

Tancredi (1990)

Desenvolvimen

to Conceitual

Educação em

Revista; Ed.

Autêntica

2 Falcão (2002); Falcão (2003)

Concepções PUC-Campinas;

UFSCar; IGCE-

UNESP; UFSanta

Maria

4 Rogovski (2003); Azevedo (1988); Imenes (1989);

Bathelt (1999)

Etnomatemática IGCE-UNESP 1 Buriasco (1989)

Psicanálise USP-SP 1 Cabral (1998)

Psicologia

Junguiana

UnB; USP-SP 2 Braz (1997); Saiani (1999)

Psicologia

Experimental

USP-SP 1 Prado (2001)

Interacionismo-

Contrutivismo

UFGO 1 Silva (1995)

Como podemos observar, 45 pesquisas referem-se à cognição, 10 à atitudes e 4

às concepções. Procuramos organizar as pesquisas em categorias, considerando

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Page 7: psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

instituição, autor/ano, questão de investigação, metodologia e resultados. A seguir, cada

categoria considerada no quadro acima será brevemente descrita.

1. Atitudes

Dez dos trabalhos analisados compõem essa categoria, sendo a maioria (6)

oriunda da UNICAMP. Podemos observar tanto trabalhos recentes quanto mais antigos.

Esse tema vem sendo abordado por pesquisadores desde a década de 1970, quando

Ragazzi (1976) estudou a escala de atitudes tipo Likert em relação à Matemática

aplicada em alunos da 5ª série do Ensino Fundamental.

Cerca de 60% dos trabalhos tratam das atitudes dos alunos em relação à

Matemática. Duas delas analisaram também a atitude dos pais em relação à Matemática

e a atitude dos vestibulandos em relação à Matemática e a escolha profissional. Os

demais investigaram as atitudes dos professores (ex. DOMINGUES, 1985).

A maioria da pesquisas utilizou a escala de atitudes adaptada por Brito (1996).

Apenas uma pesquisa (DOMINGUES, 1985) utilizou a escala Likert. Um estudo

utilizou os resultados da prova de Matemática do vestibular (BLUMENTHAL, 1983) e

outro os testes de aptidão matemática e de raciocínio (GONÇALVES, 1981).

Os resultados indicam que o desempenho escolar dos alunos propicia o

desenvolvimento de atitudes negativas em relação à Matemática e os meninos

apresentam atitudes mais positivas que as meninas (BRITO, 1996 e MENDES, s/d); que

existem diferentes desempenhos para ambos sexos (BLUMENTHAL, 1983) e, que a

escolha profissional parece relacionar-se às atitudes em relação à Matemática

(BLUMENTHAL, 1983 e ARAÚJO, 1999). Para Gonçalez (2000), as atitudes não são

inatas e sim adquiridas ao longo do tempo. Considera ainda que os pais exercem pouca

influência na formação de atitudes em relação à Matemática em seus filhos.

2. Cognição

Denominamos cognição a categoria das pesquisas de Psicologia e Educação

Matemática referentes ao desenvolvimento de processos cognitivos, às teorias de

linguagem, particularmente a linguagem matemática. Localizamos 45 pesquisas, o que

corresponde a 64,28% dos trabalhos analisados, sendo 13 da UFPE e 8 da UNICAMP.

Desde a década de 70 encontramos pesquisas nessa área. Campus (1975)

estudou a gênese do conhecimento de fração na criança segundo a teoria piagetiana,

considerando a psicopedagogia do ensino e dos números fracionários. Embora existam

7

Page 8: psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

trabalhos brasileiros recentemente produzidos sobre esta categoria, a maioria deles

concentra-se nos anos 80 e 90. Souza (1981) estudou o perfil psicológico dos alunos da

2ª série do Ensino Fundamental com bom rendimento em Matemática. Outra pesquisa

destacada (ABREU, 1990) investigou os processos de construção do conhecimento

espacial da criança, observando suas primeiras noções topológicas no ambiente escolar.

Já Martins (2001), por meio de análise de vídeos produzidos, investigou a atividade de

uma professora de Matemática em sala de aula, envolvendo-a num processo de análise

de sua prática.

Considerando a metodologia adotada, encontramos que 9 utilizaram pré-teste e

pós-teste (ex., PAVANELLO, 1995; BRENELLI, 1993 e MENDES,1991), 5 realizaram

entrevistas e testes clínicos (ABREU, 1990; AGUIAR, 1980; FAGUNDES, 1997;

LIMA, 1981 e MAGALHÃES, 1990) e nas duas restantes, Moralles (1986) utilizou

apenas o pré-teste para analisar os processos de aprendizagem da relação biunívoca e

recíproca na conservação de quantidades descontínuas e Martins (2001) usou anotações

etnográficas e filmagem das aulas de uma professora de Matemática.

Alguns dos resultados são: o uso de jogos, como quilles e cilada, na

aprendizagem desenvolve a inteligência e propicia a construção de noções aritméticas

de soma e subtração (BRENELLI, 1993), o uso da linguagem computacional LOGO

propicia a construção e a utilização de noções topológicas (ABREU, 1990) e o

conhecimento de comerciantes independe de sua instrução escolar (LIMA, 1985).

3. Metacognição

Encontramos apenas 3 trabalhos (ALMEIDA, s/s; FERREIRA, 2003;

CHAHON, 1999) que utilizam a metacognição. Ferreira (2003), analisou as

contribuições de um grupo de trabalho colaborativo para o desenvolvimento profissional

de professores de Matemática, Chahon (1999) abordou a metacognição no conceito

inicial de fração, apresentando contribuições da Educação Matemática à Psicologia

Cognitiva. Almeida (s/d) investigou os processos de aquisição dos conhecimentos

metacognitivos a fim de conhecer o desempenho de estudantes. Nestas pesquisas

verificou-se a ampliação dos processos metacognitivos.

4. Desenvolvimento do campo Psicologia e Educação Matemática

Encontramos apenas 2 trabalhos, ambos do mesmo autor (FALCÃO, 2002;

FALCÃO, 2003). O primeiro discute a Psicologia e a Educação Matemática, apontando

8

Page 9: psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

contribuições desta área, principalmente nas questões referentes ao desenvolvimento,

aprendizagem e conceptualização. O outro procura apresentar, em linhas gerais, a

Psicologia e Educação Matemática, mostrando argumentos favoráveis de que este

domínio de reflexão e pesquisa tem um lugar específico na Educação Matemática.

5. Concepções

Os 4 trabalhos relacionados nesta categoria foram produzidos a partir de 1988 e

3 deles procuram investigar concepções de professores e alunos sobre a Matemática,

como Imenes (1989) que estudou o fracasso do ensino da Matemática, como os

professores compreendem e o que as pessoas sentem em relação à esta disciplina. Por

outro lado, Rogovski (2003) realizou uma pesquisa diferente ao identificar porque as

pessoas acima de 60 anos utilizam a Matemática e quais conhecimentos são mais

utilizados, analisando as concepções dessas pessoas.

Em 2 pesquisas analisadas foram utilizadas observações no dia-a-dia dos

sujeitos, como Imenes (1989). As outras 2 adotaram o uso de entrevistas gravadas

(Rogovski, 2003) e questionários (Azevedo, 1988).

Rogvski (2003) acredita que a concepção matemática dos idosos é conseqüência

de suas experiências de vida e escolares. Já Imenes (1989) considera que há uma certa

dificuldade dos professores em perceber novas idéias em relação à Matemática,

oriundas da concepção platônica desta disciplina e a postura autoritária do professor.

6. Etnomatemática

Encontramos apenas uma pesquisa (BURIASCO, 1989) que procurou investigar

o conhecimento prévio de Matemática em crianças antes da escolarização e no seu

ingresso na escola. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, quase etnográfica que

considera a etnomatemática como objeto participativo da Matemática de dentro da

escola.

7. Psicanálise

Também encontramos apenas uma pesquisa (CABRAL, 1998) – tese de

doutorado defendida na USP. Neste trabalho, a autora dá continuidade à pesquisa

realizada no mestrado sobre as dificuldades dos alunos em Cálculo Diferencial e

Integral. Baseando-se na psicanálise, Cabral (1998) estudou casos de alunos de uma

turma de Cálculo I. Para concluir, considera que as pesquisas encontradas estão

9

Page 10: psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

inseridas no campo construtivista e que os aspectos cognitivos são fundamentais ao

ensino e aprendizagem de Cálculo.

8. Psicologia Junguiana

Consideramos como Psicologia Junguiana 2 dissertações de mestrado (BRAZ,

1997 e SAIANI, 1999). A primeira pesquisa faz uma reflexão sobre a criatividade na

educação formal, por meio de observações em sala de aula, entrevista com professores e

análise de exercícios de Matemática resolvidos por alunos da 3ª série do Ensino

Fundamental. A segunda busca fundamentar, de acordo com a teoria junguiana, a

relação professor versus aluno, considerando aspectos do inconsciente.

9. Psicologia Experimental

Apenas uma pesquisa (Prado, 2001) foi categorizada como Psicologia

Experimental, por se tratar da análise de relações de estímulos e respostas, de acordo

com o aporte teórico da Gestalt. Realizada na USP, tem como objetivo analisar as

relações dos estímulos e respostas de crianças sobre o conceito de números. Através de

computadores foram feitos testes em crianças da pré-escola.

10. Interacionismo-Construtivismo

Embora tenham sido encontradas outras pesquisas (PAVANELLO, 1995 e

ABREU, 1990) que podem ser caracterizadas com interacionismo-construtivismo, por

adotarem como referencial teórico os estudos da Psicologia da aprendizagem de Piaget e

Vygotsky, apenas uma foi considerada a mais pertinente a esta categoria. Trata-se da

dissertação de mestrado (SILVA, 1995) realizada na UFGO que analisa o processo

ensino-aprendizagem das operações matemáticas com professores e alunos das séries

iniciais do Ensino Fundamental. O autor observou que os alunos não desenvolveram um

aprendizado lógico e compreensivo. Este estudo aborda aspectos da aprendizagem e não

aspectos cognitivos, apontados nas duas pesquisas citadas anteriormente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em síntese, o que nos mostram as 70 pesquisas brasileiras produzidas nos

últimos anos sobre Psicologia e Educação Matemática? Quais são os principais estudos

realizados? O que têm em comum? Em que se diferenciam?

10

Page 11: psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

Segundo Falcão (2002), um dos ramos mais recentes da Psicologia é a

Psicologia da Educação Matemática. Esta nova área traz uma contribuição para a

Educação e tem como objeto de interesse a Matemática e, ao mesmo tempo, tem caráter

psicológico.

Em relação ao se têm produzido no Brasil sobre Psicologia e Educação

Matemática encontramos um grande polo localizado na Universidade Federal de

Pernambuco (Recife), que se destaca com diversas pesquisas sobre cognição (LEÃO,

1986; LIMA, 1981; LIMA, 1985; MAGALHÃES, 1990; MELO, 1980; MARTINS,

2001). Ainda sobre esse tema, localizamos pesquisas no sul do país (RANGEL, 1987;

GONZALEZ, 1998; VIEIRA, 1999; FAGUNDES, 1977; CAMPOS1975) e outras na

UNICAMP (LIMA, 1996; PAVANELLO, 1995; BRENELLI, 1993; MENDES, 1989;

GRANDO, 2000). A UNICAMP também se destaca com estudos sobre atitudes em

relação à Matemática (GONÇALVES, 1981; ARAÚJO, 1999; BRITO, 1996;

GONÇALEZ, 2000).

Vários estudos (LIMA, 1981; SILVA, 1987; ABREU, 1990; BOLDA, 1997)

sobre cognição apresentaram questões sobre o desenvolvimento de operações e de

conceitos matemáticos, particularmente em crianças. Vieira (1999) difere das demais ao

analisar as dificuldades dos processos de representação mental (RM) relacionados à

resolução de problemas matemáticos. Para tal, utilizou a intervenção pedagógica,

através de oficinas realizadas com professores das séries iniciais do Ensino

Fundamental.

Sobre atitudes encontramos em geral estudo de atitudes de alunos em relação à

Matemática, desempenho em Matemática, habilidades e escolha profissional e ao

gênero (GONÇALEZ, 2000; BRITO, 1996; ARAÚJO, 1999). Entretanto, Moron (s/d)

estudou atitudes em relação à Matemática na formação de professores, investigando se

professores da Educação Infantil com atitudes positivas em relação à Matemática têm

concepções sobre o ensino desta disciplina diferente dos professores com atitudes

negativas.

É possível notar, dentre os trabalhos analisados por esta pesquisa, o número

reduzido de estudos sobre Psicanálise, Psicologia-Junguiana, Interacionismo-

Construtivismo e Etnomatemática, presentes no Brasil. Estes temas mereceriam mais

atenção dos futuros pesquisadores, por serem pouco mencionados nesta linha de

pesquisa e tratarem de importantes questões da Educação Matemática, como os

trabalhos apontados neste estudo.

11

Page 12: psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

Podemos observar uma diversidade de estudos sobre cognição produzidos no

Brasil, sendo a maioria do Grupo de Pesquisa da UFPE. Por outro lado, não foi notada

na revisão bibliográfica, estudos sobre a construção do pensamento geométrico e

construção da inteligência lógico-matemática. Isso evidencia a necessidade de novos

estudos sobre cognição envolvendo estes aspectos aqui mencionados.

As futuras pesquisas em Psicologia e Educação Matemática poderiam dar

continuidade a este trabalho e procurar levantar mais estudos sobre esta tendência na

Educação Matemática. Acreditamos que muitas outras categorias irão surgir na medida

em que forem investigados os trabalhos produzidos. Outras pesquisas, não

necessariamente bibliográficas, também poderiam abordar temas ainda não discutidos

como os mencionados anteriormente.

Embora o número de estudos seja ainda reduzido, sua importância é inegável e

evidencia a necessidade de se expandirem os polos com a ampliação dos grupos de

estudo em diferentes regiões do país e com uma maior difusão de seus resultados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, R. A. S. Uma avaliação sobre o uso da linguagem LOGO no processo de

construção de noções topológicas. Rio de Janeiro, PUC. Dissertação de Mestrado, 1990.

ADRIANO, D. E. M. Organização e seqüência de conteúdos para o ensino de

Matemática no 2° grau: uma proposta de currículo. UFPR. Dissertação de Mestrado,

1987.

ARAÚJO, E. A. Influência das habilidades e das atitudes em relação à Matemática e a

escolha profissional. Campinas, UNICAMP. Tese de Doutorado, 1999.

AZEVEDO, A. M. G. Dificuldades no ensino da Matemática: um estudo da percepção

do professor. São Carlos, UFSCar. Dissertação de Mestrado, 1998.

BATHELT, R. E. Erros e concepções de alunos sobre a idéia de números.

UFSantaMaria. Dissertação de Mestrado, 1999.

12

Page 13: psicologia e educação matemática: um olhar sobre as pesquisas

BLUMENTHAL, G. R. W. Análise das diferenças relacionadas com o sexo no

desempenho em Matemática no concurso vestibular unificado e na escolha profissional

do estudante. UFRS. Dissertação de Mestrado, 1983.

BOLDA, C. R. F. Geometria e visualização: desenvolvendo a competência heurística

através da reconfiguração. UFSC. Dissertação de Mestrado, 1997.

BRAZ, C. C. N. A compreensão da criatividade na escola sob a ótica da Psicologia

junguiana. Brasília, UnB . Dissertação de Mestrado, 1997.

BRENELLI, R. P. Intervenção pedagógica, via jogos Quilles e Cilada para favorecer a

construção de estruturas operatórias e noções aritméticas em crianças com dificuldades

de aprendizagem. Campinas, UNICAMP. Tese de Doutorado, 1993.

BRITO, M. R. F. Um estudo sobre as atitudes em relação à Matemática em estudantes

de 1° e 2° graus. Campinas, UNICAMP. Tese de Livre Docência, 1996.

BURIASCO, R. L. C. Matemática de fora e de dentro da escola: do bloqueio à

transição. IGCE-UNESP. Dissertação de Mestrado, 1989.

CABRAL, T. C. B. Contribuições da psicanálise à Educação Matemática: a lógica da

intervenção nos processos de aprendizagem. São Paulo, USP. Tese de Doutorado, 1998.

CAMPOS, E. M. Estudo sobre a gênese do conceito de fração na criança segundo

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