psicologia - depressão

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COLÉGIO OSWALDO CRUZ TÉCNICO EM ENFERMAGEM PSICOLOGIA ELIANE COSTA GAMA DO NASCIMENTO ÉRICA GOMES DE LIMA JESSIKA SANTANA DE ARRUDA KAROLINE ALBUQUERQUE BARROS LETYCIA GABRIELLA MATOS E SILVA DE OLIVEIRA MARIA LÚCIA DIAS AGUIAR SÂMYLA CRISTINA SILVA THUANE SANTANA DE MOURA

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Psicologia

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MODELO de TRABALHOS ACADMICOS

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COLGIO OSWALDO CRUZ

TCNICO EM ENFERMAGEM

PSICOLOGIA

ELIANE COSTA GAMA DO NASCIMENTO

RICA GOMES DE LIMA

JESSIKA SANTANA DE ARRUDA

KAROLINE ALBUQUERQUE BARROS

LETYCIA GABRIELLA MATOS E SILVA DE OLIVEIRA

MARIA LCIA DIAS AGUIAR

SMYLA CRISTINA SILVA

THUANE SANTANA DE MOURA

GOINIA

JUNHO 2015

ELIANE COSTA GAMA DO NASCIMENTO

RICA GOMES DE LIMA

JESSIKA SANTANA DE ARRUDA

KAROLINE ALBUQUERQUE BARROS

LETYCIA GABRIELLA MATOS E SILVA DE OLIVEIRA

MARIA LCIA DIAS AGUIAR

SMYLA CRISTINA SILVA

THUANE SANTANA DE MOURA

AS FASES DA MORTE SEGUNDO A VISO DE KUPLER ROSS:

DEPRESSO

Trabalho apresentado ao professor Hlio Benito da disciplina de psicologia da turma T8, turno matutino do curso Tcnico em Enfermagem.

COC

GOINIA- 11/06/2015

SUMRIO

1INTRODUO

VIDA E MORTE2AS FASES DA MORTE SEGUNDO A VISO DE ELISABETH KUBLER ROSS2DEPRESSO3Estudo de Caso Clnico I3Estudo de Caso Clnico II3Estudo de Caso Clnica III4CONCLUSO5REFERNCIAS6

INTRODUO A vida e a morte coexistem no espao do corpo desde o nascimento. No obstante, esta constatao morte e morrer so palavras que as pessoas costumam evitar dizer e duas questes sobre as quais a maioria de ns procura no pensar a tristeza e a depresso como processos naturais diante da perda de algum querido e a importncia do apoio da famlia e dos amigos na sua superao. Contudo quando o processo de pesar se alonga e cursa com patologias, h necessidade de intervenes psicoteraputicas.

VIDA E MORTE

A vida e a morte coexistem no espao do corpo desde a concepo e os contrrios tornam-se um s em um dilogo em que nunca desaparecero. Assim, o incio e o fim, os segundos e o nada, os opostos e os contrrios falam natureza humana, habitando o corpo com o paradoxo da vida e da morte.

Morte e morrer so palavras que as pessoas costumam evitar dizer e duas questes sobre as quais a maioria de ns procura no pensar. Essa dificuldade de conviver e de trabalhar com a ideia da morte atrapalha a sua elaborao e impede que se lide com tranquilidade com as perdas, que so naturais e ocorrem inevitavelmente ao longo da vida.

A morte faz parte da vida e um ritual de passagem do qual no se pode esquivar, pois todo aquele que nasce um dia tambm morrer. Mas apesar de se reconhecer a inevitabilidade da morte ainda existe muito tabu diante deste fato e o silncio utilizado como um subterfgio para melhor lidar com o acontecimento.

AS FASES DA MORTE SEGUNDO A VISO DE ELISABETH KUBLER ROSS

O interesse cientfico pela morte vem crescendo de tal maneira que vemos ressurgir com novo vigor o ramo da cincia voltado para esse assunto, a Tanatologia, campo de ateno de vrias reas, como Medicina, Biologia, Antropologia Social, Psicologia, Sociologia, Filosofia e Teologia. A preocupao cientfica com a morte mostrou quo pouco ainda sabemos sobre essa ltima experincia emprica de todos ns. Mas o que acontece conosco no enfrentamento da morte?

A pesquisadora Elisabeth Kbler-Ross (1998) descobriu que, nesse processo, h cinco fases bem ntidas. So elas:

Negao;

Ira;

Barganha;

Depresso;

Aceitao.

Segundo Kubler Ross, um paciente ao ser diagnosticado como terminal passa por essas cinco fases. Sendo a depresso a penltima fase e aceitao a ltima que quando o paciente aceita sua condio de moribundo e chega a morte.

DEPRESSO

a fase que o paciente comea a sentir tanto sua impotncia diante da morte quanto a eminente perda das pessoas amadas e dos bens conquistados em toda uma vida de trabalho duro e rduo.

Em muitos casos a percepo dessas fases so pouco ntidas pois os pacientes em fase terminal, passam por cada estgio de uma forma muito rpida. A fase da depresso clara pois o paciente abre mo de tudo, desiste de lutar, entrega se. Nada mais importa para ele apenas sente vontade de parar de viver. Nessa fase a pessoa se retira para seu mundo interno, se isolando, melanclica e se sentindo impotente diante da situao.

Estudo de Caso Clnico I

Catarina uma mulher de 38 anos, casada, catlica praticante e me de dois filhos (2 e 4 anos). H aproximadamente 8 meses, durante o banho, percebeu um caroo dolorido na mama esquerda. Durante consulta no mastologista e realizado biopsia, foi detectado a existncia de um tumor maligno. Estava relativamente grande, porem ela no havia dado importncia at ento. Passou por mais alguns exames e descobriram a presena de metstase no pulmo esquerdo. Ao iniciar a QT, j na segunda sesso, seus cabelos comearam a cair e ela comeou a edemaciar. Inicialmente, Catarina se revoltou muito. Chorava e se mostrava irritada com todos, inclusive com Deus. Sempre muito fiel e religiosa, no entendia porque logo ela estava passando por isso. Frequentou novenas duas vezes por semana, at no conseguir mais se movimentar. Sente dores, vomita e sua respirao est muito difcil. Atualmente, aps a ltima consulta, onde ficou sabendo que seu caso no tinha mais recursos, alm da limitao fsica, Catarina est triste, chorosa, pouco comunicativa e ansiosa quanto ao futuro de seus filhos. Se entristece ao pensar nisso e sempre que pode, senta-se com eles para conversar, explicar coisas cotidianas e dizer que talvez um dia vai precisar ir embora. Visivelmente piora e se fecha cada dia mais, em sua tristeza.

Estudo de Caso Clnico II

Alexandre, 17 anos, solteiro, estudante do 3 ano. Em meados de setembro de 2011, aps vrios dias se queixando de cansao, dores nas articulaes, falta de apetite e fadiga, foi levado ao mdico e recebeu o diagnstico de leucemia. Desde seu diagnstico, Alexandre luta contra a doena. Emocionalmente j esteve revoltado, esperanoso, descrente. Aps quase 4 anos de tratamentos, sem resultados satisfatrios e sem nenhum doador de medula compatvel, Alexandre se mostra cansado de tentar. Ele no quer mais se tratar. Est sem esperanas, cansado, triste e muito decepcionado. No costuma chorar mas fica frustrado, triste e preocupado quando v seus pais, com quem sempre foi muito ligado, chorarem. No tem mais energia pra nada e lamenta partir to jovem pois gostaria de fazer muita coisa.Estudo de Caso Clnico IIIElvira, 66 anos, viva a 26 anos, aposentada. Funcionria pblica, se aposentou a seis anos e acreditava que teria muitos anos para se divertir, ajudar a cuidar do segundo neto que estava a caminho e quem sabe, at namorar. Nunca foi de se lamentar, queixar e muito menos ficar sofrendo. Quase nunca adoecia. Em uma certa noite, sentiu muita dor na regio abdominal. Como a dor persistiu por alguns dias e muito intensa, Elvira resolveu procurar o mdico. Realizado consultas e exames, foi detectado cncer de estomago com metstase para o fgado, pncreas e bao. Apesar do diagnstico, ela sempre se mostrou muito otimista. Iniciou o tratamento e, logo aps alguns meses, desenvolveu pneumonia devido a baixa imunidade. Ao sair da UTI, Elvira se mostrou mais desanimada. Sempre vaidosa, por muito tempo fez questo de e receber as pessoas de p, em casa ou durante as hospitalizaes. Aps a descoberta da doena, seus dias so vividos um aps o outro e emocionalmente ela j esteve de vrias formas, porm, aps o ltimo prognstico que a definiu como terminal, ela mudou. Chora muito, no quer se alimentar, se sente desamparada. Passa seus dias recostada na cama, aborrecida e sem energia para nada. Relata profunda tristeza e desesperana. Diz que queria viver mais para ver os netos crescerem, ver suas filhas realizarem sonhos e participar da vida familiar, como sempre gostou de fazer.

CONCLUSOA morte um fenmeno inalienvel do homem. Entretanto, ele no a aceita como fazendo parte de sua existncia. O seu inconsciente no a aceita. A experincia com a morte o morrer do outro, e portanto, no vivenciada, em verdade, a morte.

Cinco so estgios que o homem passa na sua fase terminal de vida, segundo KUBLER-ROSS1 o, denominados de negao, ira, barganha, depresso e aceitao. Estes estgios no ocorrem necessariamente numa sequncia lgica, nem tampouco, todos os pacientes passam por todos eles. Estudos feitos por KUBLER-ROSS demonstraram que o homem capaz de chegar aceitao da sua morte, mas para tal, ele passa por fases de luta psicolgica com a morte.

A equipe multiprofissional, segundo KUBLERROSS, no est preparada para ajudar o paciente na fase terminal, nem tampouco, para apoiar a famlia neste momento difcil. Pelo contrrio, todos fogem, se negam a falar sobre o assunto. No mximo, cada profissional emite o seu parecer tcnico.REFERNCIASBOEMER, Magali R. A morte e o morrer So Paulo: Ed. Cortez, 1 986.

BRUNNER, L.S. & SUDDARTH, D.S. Enfermagem MdicoCirUrgica. 3ed, Rio de Janeiro: Interamericana, 1978. .

Du GAS, B.W. Enfermagem prtica. 3ed., Rio de Janeiro: Interamericana, 1978.

GELAIN, Ivo. Deontologia e Enfermagem. So Paulo: EPU, 1983.2