prÁticas de divulgaÇÃo cientÍfica no contexto … · apresentado através de um artigo final,...

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1 PRÁTICAS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO CONTEXTO ESCOLAR Maria Lucia Lopes 1 Marcos Antonio Florczak 2 RESUMO O presente artigo foi produzido como finalização dos trabalhos do PDE- Programa de Desenvolvimento Educacional e apresenta estudos teóricos realizados para subsidiar a elaboração do projeto denominado “O uso de textos de divulgação científica na prática escolar. São também aqui relatados alguns resultados das aplicações deste projeto em uma escola de Educação de Jovens e Adultos, o CEEBJA Paulo Freire, situado na cidade de Curitiba-PR. Os estudos teóricos e as práticas escolares aconteceram durante os anos de 2008-2009. As ações realizadas são exemplos de possíveis práticas de divulgação científica no contexto escolar. Palavras-chave: divulgação científica; revistas de divulgação científica; educação científica. ABSTRACT This article was produced as completion of the work of the PDE –“Programa de Desenvolvimento Educacional- and presents theoretical studies conducted to support the development of the project called “The Use of Scientific Texts in School Practive”. They are also reported here some results of applications of this project in a school for youth and adults, the CEEBJA Paulo Freire, located in the city of Curitiba- PR. The theoretical studies and school practices took place during the years 2008- 2009. The actions taken are exemples of possible scientific publicizing practices in the school context. Key-words: scientific publicizing; magazines of scientific publicizing; scientific education. 1. INTRODUÇÃO O Programa de Desenvolvimento Educacional PDE, Programa de Formação Continuada dos Professores do Estado do Paraná, possibilita que esses profissionais, afastados temporariamente das atividades docentes, retornem aos bancos universitários para a realização de estudos e atualizações, participando de cursos e de outras atividades acadêmicas, promovidos tanto pelas Instituições de Ensino Superior IES, quanto pela Secretaria de Estado da Educação SEED em 1 Professora PDE 2008 da disciplina de Ciências. E-mail: [email protected] 2 Professor do Departamento de Física da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Curitiba. E- mail: [email protected]

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Page 1: PRÁTICAS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO CONTEXTO … · apresentado através de um artigo final, como este. 1.1 O projeto de pesquisa: “O uso de textos de divulgação científica

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PRÁTICAS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO CONTEXTO ESCOLAR Maria Lucia Lopes1

Marcos Antonio Florczak2 RESUMO O presente artigo foi produzido como finalização dos trabalhos do PDE- Programa de Desenvolvimento Educacional e apresenta estudos teóricos realizados para subsidiar a elaboração do projeto denominado “O uso de textos de divulgação científica na prática escolar”. São também aqui relatados alguns resultados das aplicações deste projeto em uma escola de Educação de Jovens e Adultos, o CEEBJA Paulo Freire, situado na cidade de Curitiba-PR. Os estudos teóricos e as práticas escolares aconteceram durante os anos de 2008-2009. As ações realizadas são exemplos de possíveis práticas de divulgação científica no contexto escolar. Palavras-chave: divulgação científica; revistas de divulgação científica; educação científica. ABSTRACT

This article was produced as completion of the work of the PDE –“Programa de Desenvolvimento Educacional” - and presents theoretical studies conducted to support the development of the project called “The Use of Scientific Texts in School Practive”. They are also reported here some results of applications of this project in a school for youth and adults, the CEEBJA Paulo Freire, located in the city of Curitiba-PR. The theoretical studies and school practices took place during the years 2008-2009. The actions taken are exemples of possible scientific publicizing practices in the school context. Key-words: scientific publicizing; magazines of scientific publicizing; scientific education. 1. INTRODUÇÃO

O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, Programa de Formação

Continuada dos Professores do Estado do Paraná, possibilita que esses

profissionais, afastados temporariamente das atividades docentes, retornem aos

bancos universitários para a realização de estudos e atualizações, participando de

cursos e de outras atividades acadêmicas, promovidos tanto pelas Instituições de

Ensino Superior – IES, quanto pela Secretaria de Estado da Educação – SEED em

1 Professora PDE 2008 da disciplina de Ciências. E-mail: [email protected]

2 Professor do Departamento de Física da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Curitiba. E-

mail: [email protected]

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cooperação com a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior -

SETI.

Durante o primeiro ano de atuação no PDE, cada participante desenvolve o

seu Plano de Trabalho que consta de um projeto de pesquisa de uma produção

didático-pedagógica. A implementação dos mesmos ocorre quando do retorno

parcial às atividades escolares, no segundo ano do programa.

O projeto de pesquisa e a produção didático-pedagógica são discutidos e

aperfeiçoados com a participação de outros professores da rede, através de um

curso a distância denominado GTR - Grupo de Trabalho em Rede. Neste curso, os

professores PDE são os tutores e o suporte tecnológico para a sua realização se dá

com a utilização da plataforma MOODLE, que os professores PDE são capacitados

a utilizar.

Todos os trabalhos são desenvolvidos sob a orientação de professores das

IES, com o apoio e acompanhamento da equipe da SEED responsável pela

coordenação do PDE. Este acompanhamento se dá através do Sistema de

Acompanhamento e Integração em Rede –SACIR (SEED,2007).

Durante os 2 anos em que o professor participa do PDE são produzidos

materiais pedagógicos e realizadas práticas envolvendo diretamente professores e

alunos ou toda a comunidade escolar. O relato das atividades mais significativas é

apresentado através de um artigo final, como este.

1.1 O projeto de pesquisa: “O uso de textos de divulgação científica na prática

escolar”

O projeto de pesquisa é uma das ações desenvolvidas pelo professor PDE.

A idéia para a realização deste projeto surgiu da necessidade de se fazer um

aprofundamento teórico sobre o uso de textos de jornais e revistas, uma prática já

realizada há muito tempo nas aulas de Ciências.

Sabe-se que o uso de outras leituras além das fornecidas pelos livros

didáticos já vem sendo feito em muitas escolas - às vezes através de projetos

escolares pontuais ou de iniciativas individuais de professores. Geralmente o seu

uso visa a melhoria da capacidade de leitura e interpretação de textos dos

estudantes, uma prática realizada principalmente pelos professores de Língua

Portuguesa.

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Professores de Ciências e de outras disciplinas também se utilizam deste tipo

de material além do livro didático para preparar e desenvolver as suas aulas

(CARNEIRO, 2005, p.4). Referências que apontam para sua utilização acontecem,

vindas de pesquisadores do ensino de ciências (NORRIS & PHILIPS apud SANTOS,

2007), como também das Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Ciências

(PARANÁ,2008).

Essas Diretrizes apresentam a divulgação científica como um eixo

metodológico, juntamente com atividades experimentais e história e filosofia da

ciência.

Assim, foram realizados estudos teóricos sobre os aspectos conceituais e o

projeto tomou forma, quanto ao objeto de pesquisa: as revistas de divulgação

científica.

Foi feita uma análise de algumas revistas de DC existentes no mercado

brasileiro com base no que foi estudado sobre o tema. O objetivo foi identificar

possíveis características desse tipo de material que tenham implicações em seu uso

didático, a fim de subsidiar uma escolha criteriosa. Esses estudos culminaram na

realização de um artigo acadêmico dirigido a professores da área de ciências, como

produção didático-pedagógica.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A importância de se incluir a divulgação científica na prática escolar

Um dos objetivos da escola, além de promover a alfabetização nas letras e

números, é apresentar o conhecimento científico de forma significativa, valorizando-

se em um primeiro momento os conhecimentos que os alunos já adquiriram em sua

história de vida antes de participarem do ensino formal, em busca de uma superação

dos obstáculos conceituais (PARANÁ,2008, p. 60).

De acordo com uma concepção histórico-crítica de educação, tendo em vista

também uma aproximação do ensino às questões sociais, é sugerido que a escola

contemple em seus currículos os grandes problemas sociais contemporâneos para

que os cidadãos tenham uma visão mais crítica da ciência e tecnologia e suas

produções. Assim, uma preocupação dos professores das áreas de ciências é a de

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procurar práticas que colaborem com o desenvolvimento do senso crítico dos

educandos, além de outras potencialidades.

É inegável que os livros didáticos sejam um importante aliado dos professores

na realização do seu trabalho, mas essas publicações não podem e nem devem ser

o único instrumento de apoio e pesquisa para o desenvolvimento das aulas. A

utilização de poucas referências limita muito a apresentação do conhecimento

científico, e a maioria dos livros didáticos apresenta uma ciência compartimentada,

com excessiva ênfase a métodos e cálculos, o que dificulta uma contextualização

(CICILLINI, 1991).

Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Física

(PARANÁ, 2008) apresentam uma reflexão quanto à forma de se apresentar o

conhecimento que está presente nos livros didáticos desta disciplina :

[...] salvo raras exceções, (os livros didáticos) reproduzem os livros utilizados nos cursos de graduação, responsáveis pela formação inicial da maioria dos docentes de Física.[...] contribuem para consolidar uma metodologia de ensino centrado na resolução de exercícios matemáticos. (SEED, 2008).

Essas Diretrizes indicam que não se deve abolir o cálculo na disciplina de

Física, mas que ele deve ajudar o aluno a formular hipóteses. (SEED, 2008, p.68).

Essa recomendação também acontece nas Diretrizes Curriculares da Educação

Básica : Ciências, como também nas Diretrizes das disciplinas de Biologia e de

Química. Pesquisadores do ensino de ciências têm recomendado essa forma de se

pensar e desenvolver metodologias de ensino e elaboração de currículos.

A escola precisa se adequar a essa nova sociedade em que o professor não

é mais visto como o único detentor do conhecimento, como acontecia na escola

tradicional. Hoje lhe cabe o papel de mediador de um conhecimento que se

apresenta e está acessível aos alunos de várias formas. Ao professor é exigida a

competência de separar o “joio do trigo” do que tem sido colocado à sociedade a

respeito da produção científica, nas diversas mídias. Dessa forma são oferecidas

aos estudantes as diversas opções e maneiras de ver e de se relacionar com o

mundo e seus fenômenos, de forma crítica.

Portanto,

Ao que concerne à educação formal, as novas exigências educacionais, decorrentes da globalização, do desenvolvimento científico e tecnológico, da tecnologia da informação, da modernização da sociedade são

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acontecimentos que trazem consigo inúmeros problemas educacionais. A busca de soluções para essas novas exigências educacionais tem sido pensada. Algumas dessa soluções incluem o fortalecimento da divulgação científica, valorizando a aprendizagem ao longo da vida e os vínculos entre educação formal e não formal. (KEMPER, 2008, p.5)

A velocidade com que o conhecimento é produzido na sociedade atual, entre

outras características, faz com que os professores e outros profissionais necessitem

de constante atualização.

O uso de textos de divulgação científica se apresenta como uma das

maneiras de aproximar a escola e os estudantes do conhecimento que está sendo

discutido na sociedade. Os materiais estão disponíveis na mídia impressa e digital, e

precisam ser conhecidos e explorados pelos professores.

Sobre a produção do conhecimento científico da disciplina de Biologia,

(CICILLINI, 1997, p. 6) afirma que:

Existe um conhecimento biológico produzido pela comunidade científica. Atualmente, essa produção ocorre com freqüência tanto nas instituições universitárias, nos institutos de pesquisa, quanto nas indústrias. Porém, o domínio desse conhecimento é privilégio de poucos, ou seja, da comunidade que o produz e de quem utiliza essa produção.

Deve-se observar, porém, que parte desse conhecimento é apropriado pela sociedade. Mas essa apropriação não ocorre do mesmo modo pelo qual esse conhecimento foi produzido; há uma espécie de tradução desse conhecimento ao ser divulgado na sociedade.

O fato dos professores estarem distantes de onde a ciência é produzida -

meio acadêmico, laboratórios e centros de pesquisa - exige que a obtenção de

informações mais atualizadas ocorra através dos meios de comunicação científica

(artigos, monografias e teses) como também de divulgação científica, já que sua

participação em congressos, simpósios e seminários com a possibilidade de

encontros com pesquisadores não é uma prática corriqueira.3

No dia-a-dia, a divulgação científica acontece em diversas mídias e os

professores necessitam estar atentos ao que está sendo apresentado à sociedade .

A divulgação científica, que acontece também, tanto na educação formal como na

informal, tem a característica de apresentar o conhecimento através de uma

linguagem mais acessível ao público em geral. Este trabalho trata da divulgação

científica na educação formal, especificamente no que concerne à mídia impressa.

3A fim de suprir essa lacuna, a SEED incentiva a participação dos professores nesses eventos e

promove grupos de estudo, GTR e PDE, entre outras formas de capacitação continuada.

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Para que materiais de divulgação científica sejam utilizados de forma didática,

são necessárias transposições a serem feitas pelos professores, de forma crítica.

Nesse processo de transposição, (CICCLINI, 1997, p.16) nos apresenta os

diferentes papéis assumidos pelo professor, no processo de organização do

conhecimento a ser trabalhado na escola:

[...] o professor seleciona e organiza os conhecimentos cientificamente produzidos reelaborando-os para desenvolve-los em aula. Assim, podemos considerar que o professor desempenha o tríplice papel de consumidor, produtor e divulgador de conhecimentos. Ele é considerado um consumidor à medida que explora os conhecimentos já existentes para o seu processo de produção; simultaneamente ele é um divulgador quando expõe o que produziu, ou mesmo quando expõe conhecimentos produzidos por outras pessoas.

2.2 Os currículos e a apresentação de uma ciência mais próxima das questões

sociais

Os pesquisadores sobre currículos das disciplinas da área de ciências têm

dado ênfase maior à apresentação da ciência em uma linguagem mais próxima do

público leigo, ou seja, de um público que não é especialista na área, em oposição a

uma linguagem hermética e de difícil entendimento para a maioria das pessoas

(MACH, apud MATTHEWS, 1995, p. 169).

Nesse sentido, se deseja apresentar como é produzida a ciência e quais os

seus métodos, com o auxílio da história e da filosofia da ciência, a fim de

desenvolver nos estudantes um pensamento crítico e um melhor embasamento

sobre as questões que afetam a sociedade. Estes precisam saber que a ciência é

feita por seres humanos que têm origens culturais e sociais diversas, que têm

sentimentos, que são passíveis de erros ou acertos e que portanto, não realizam

uma ciência neutra. É importante também que se desenvolva nos estudantes o

pensamento científico para auxiliar a resolução de questões que são colocadas em

seu dia-a-dia.

Daí vem a necessidade da produção científica se aproximar mais ainda da

escola e da sociedade em geral. Os valores gerados pela sociedade capitalista

precisam ser discutidos e os grandes problemas da humanidade se apresentam

para serem contemplados nos currículos de ciências: violência, problemas

ambientais, gravidez na adolescência, consumismo, entre outros.

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Entender os fenômenos da natureza nesta perspectiva e que as ações do ser

humano no planeta, tanto individuais como coletivas, têm conseqüências para a vida

das pessoas e até para o destino da humanidade, é um dos objetivos atuais do

ensino das disciplinas da área de ciências.

Através de metodologias que proporcionem atividades variadas, ou seja, com

uma pluralidade metodológica, sem a necessidade se abandonar algumas práticas

tradicionais como as aulas expositivas, mas oferecendo também atividades em

grupo, experimentais, de divulgação científica, projetos de pesquisa, entre outras, a

fim de possibilitar aos estudantes uma visão mais ampla da ciência, num ambiente

favorável à troca de idéias.

Nesse sentido, Laburú et alii (2003) apresentam como um princípio último de

suas reflexões a respeito de uma educação científica: “quanto mais variado e rico for

o meio intelectual, metodológico ou didático fornecido pelo professor, maiores

condições ele terá de desenvolver uma aprendizagem significativa da maioria de

seus alunos.” (LABURÚ et alii,2003, p. 258).

2.3 Há espaço para práticas de divulgação científica nos planos docentes

Muitas vezes, na elaboração dos planos de trabalho docentes são tomados

como referência os livros didáticos (LD) ou apostilas. Assim, os conteúdos a serem

trabalhados são desenvolvidos como se apresentam nesses materiais. Uma das

consequências dessa forma de se elaborar os planos docentes consiste numa das

maiores preocupações dos professores: “vencer o conteúdo programático”, ou seja,

conseguir que os estudantes tenham uma visão de toda a matéria planejada para o

período do curso (CICILLINI, 1997, p.194). Esse é um grave problema que não será

aprofundado neste artigo, mas que influencia a decisão do professor de utilizar ou

não práticas que muitas vezes demandam mais tempo para a sua realização, como

projetos de pesquisa, experimentações ou leituras diversas, além das apresentadas

nos LD.

Essa forma de se elaborar os planos docentes, além de dificultar trabalhos

interdisciplinares, priorizam metodologias condizentes com um ensino mais

tradicional, baseado na exposição oral dos conteúdos e seguindo muitas vezes uma

rotina de atividades realizadas ao longo do curso de forma mecânica.

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Além disso, o excessivo número de conceitos e de detalhes de um tópico

específico, observados nos livros didáticos das disciplinas da área de ciências, com

a apresentação excessiva de nomes e mecanismos complicados, dificulta que o

aluno tenha a visão do todo, além de reforçar a idéia de que a ciência é para

poucos, ou seja, difícil de ser entendida pela maioria das pessoas.

Essas formas de se apresentar o conhecimento podem contribuir para os

altos índices de evasão e repetência, e pela reclamação dos alunos de que as aulas

das referidas disciplinas são tediosas, fato que pode levar a outro problema escolar ,

a indisciplina.

Segundo ( LEE, 2003, p. 152),

Os estudantes são, em geral, massacrados com uma excessiva quantidade de conteúdos, de tal forma que a memorização de leis e a resolução de exercícios padronizados associam a aprendizagem ao cansativo e monótono esforço da repetição.[...] e a escola caracteriza-se por cultivar uma ciência estática, pronta e acabada, pela qual o professor, em geral, mantém o seu tradicional papel de transmissor de supostas verdades absolutas, e os estudantes frustrantemente parecem dissociar a ciência vista na escola da ciência do cotidiano.”

As Diretrizes Curriculares Estaduais apontam para uma outra forma de se

apresentar a ciência, propondo variados métodos educacionais e práticas

avaliativas, indicando os conteúdos estruturantes e os conteúdos básicos das

diversas disciplinas. Sugerem também uma abordagem desses conteúdos segundo

eixos que são vistos ao longo do ano, auxiliando na superação das práticas

anteriormente citadas de elaboração de planos docentes.

Ao se apresentar uma visão mais global da ciência, próxima do cotidiano das

pessoas, e que está constantemente sendo construída, com a aproximação da

escola a práticas informais (visitas a museus, zoológicos), e o uso de outras formas

de se apresentar a ciência (filmes, documentários, programas televisivos, entre

outros) juntamente com a mídia impressa e eletrônica, aproxima-se o conhecimento

escolar do cotidiano das pessoas, sugerindo um constante “estudar-aprender”, que

não se esgota ao fim do período formal de educação, mas que continua ao longo da

vida. Para que isso aconteça, é necessário que a escola desenvolva nos estudantes

o interesse pela busca constante do saber, em qualquer área do conhecimento

humano, juntamente com autonomia e capacidade crítica, entre outras

potencialidades.

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3. PRÁTICAS COM A UTILIZAÇÃO DE TEXTOS DE DC NA DISCIPLINA DE

CIÊNCIAS4

Alguns textos de divulgação científica foram trabalhados em uma turma de

EJA do período noturno, na disciplina de Ciências, no primeiro semestre do ano de

20095, na ordem em que estão dispostos na tabela abaixo:

Título Revista/Jornal/Livro Conteúdo específico Relação contextual Metodologia

Os perigos dentro

de casa

Ciência Hoje das

Crianças

Substâncias

químicas

Prevenção de

acidentes com

produtos

químicos

Leitura e

comentário

escrito

Eles não sentem

dor

Superinteressante Características

dos seres vivos

Consequências

da “ausência de

dor”, doenças

genéticas

Leitura e

comentário

escrito

Shopping recicla

lixo orgânico

Jornal Gazeta do

Povo

Poluição do

solo

Consumismo e

lixo urbano

Exposição oral

e debate

Lixo, material que

se joga fora?

Química e

Sociedade

Poluição do

solo

Produção,

destino do lixo e

consequências

Leitura coletiva

e debate

Para onde vai o

lixo?

Química e

Sociedade

Poluição do

solo

Produção,

destino do lixo e

consequências

Leitura coletiva

e debate

Lixo Urbano

(recortes de

vários artigos)

Revista Digital

Com-Ciência

Poluição do

solo

Consumismo e

lixo urbano

Leitura e

resolução de

perguntas

4 Os textos e alguns trabalhos produzidos pelos alunos foram colocados em anexo. No caso do texto “Eles não

sentem dor”, foi apresentado em anexo apenas a página inicial. 5 A disciplina de Ciências é desenvolvida através de 1 módulo de 192 horas-aula. A turma tem 6 horas/aula

semanais.

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3.1 Os textos “Perigos dentro de casa” e “Eles não sentem dor”

Os textos foram apresentados aos alunos em sua forma integral, através de

fotocópias ( anexos 2 e 3).

Não foi realizado recorte algum, com exceção das imagens do texto

“Perigos dentro de casa”, e a leitura foi livre. Para avaliar o trabalho, foi solicitado

a cada aluno um comentário escrito sobre cada um dos textos.

O texto “Perigos dentro de casa” foi utilizado após um questionamento feito

pela professora sobre o que os alunos conheciam sobre produtos químicos, alguns

alunos comentaram já ter passado por experiências de acidentes com substâncias

tóxicas. O texto foi apresentado a fim de trazer algumas idéias sobre o assunto,

principalmente quanto à prevenção de acidentes que são muito comuns no ambiente

doméstico, principalmente envolvendo crianças.

Inicialmente foi esclarecido que o texto se dirigia a crianças, mas que poderia

ser utilizado com adultos, já que possuía informações bastante pertinentes. O texto

foi copiado através do endereço eletrônico da revista, sendo retiradas apenas as

imagens, e os alunos receberam fotocópias do mesmo, para que fizessem uma

leitura individual. Depois da leitura, que aconteceu em sala de aula, foram feitas mais

algumas considerações sobre o assunto e foi solicitado como atividade avaliativa

que os alunos trouxessem um comentário escrito sobre o que mais chamou atenção

no texto, inclusive que relatassem experiências pessoais (anexo 5)

O texto “Perigos dentro de casa” apresenta muitas informações sobre como

devem ser acondicionados em nossa casa uma variedade de produtos químicos que

utilizamos no dia a dia, e que se forem inalados ou até mesmo ingeridos por

crianças podem levar a problemas graves. Ao apresentarmos esse tipo de texto

tanto a adultos como para crianças, estaremos mostrando que a Química não está

tão distante dos cidadãos comuns e que conhecimentos sobre essa ciência são

importantes e úteis em nosso dia-a-dia. É um texto que permite a realização de um

trabalho bastante completo, como o que realizou uma professora do GTR:

[...]resolvi no primeiro momento, usar o texto "Os perigos dentro de casa" com minha turma de 6ª série. O texto era longo, introduzi em sala de aula e dei uma cópia a cada aluno para ser lido em casa. Em sala, no próximo horário, usei a tv pendrive com um resumo e algumas fotos que encontrei para ilustrar. Em seguida, [os alunos] produziram no papel textos ou pequenas histórias em quadrinho (deixei a escolha livre). Como resultado, relataram fatos acontecidos com eles ou que ouviram falar o que demonstrou que o tema não era novidade mas mesmo assim percebi que se sentiram atraídos pela discussão.

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O texto “Eles não sentem dor” (anexo 3) foi apresentado após a professora

ter comentado que a dor é um exemplo de sensibilidade existente nos animais. Foi

dado o exemplo da dor de cabeça ou da dor de estômago que podem ocorrer como

um “aviso” de que algo não vai bem em nosso organismo. A professora acrescentou

que muitas vezes as pessoas convivem com dor, algumas se automedicam, um

procedimento que pode vir a esconder doenças graves.

Muitas relações contextuais podem ser feitas com esse tema, e foi escolhido

um texto que apresenta uma doença de origem genética que algumas pessoas

possuem que lhes confere o sintoma de “ausência de dor”.

Foi fornecida uma fotocópia da reportagem a cada um dos alunos e solicitado

uma leitura silenciosa. Muitos não terminaram a leitura em sala. Todos levaram as

fotocópias para casa e foi pedido que apresentassem um posterior comentário sobre

o texto. Oralmente alguns alunos disseram que acharam muito interessante a leitura,

que inclusive haviam mostrado para outras pessoas lerem. (Anexo 4)

3.2 Os textos: “Mercado e shopping reciclam lixo orgânico”, “Lixo, material

que se joga fora” e “Para onde vai o lixo?”

A fim de iniciar o assunto foi apresentado um recorte de notícia veiculada no

jornal “Gazeta do Povo” sob o título: “Mercado e shopping reciclam lixo

orgânico” (anexo 6). A professora mostrou o recorte da reportagem que

apresentava uma imagem do aterro sanitário da Caximba. Foi feita a leitura do título

e sub-títulos da reportagem e foram feitos comentários relativos a alguns dados

numéricos a respeito da quantidade de lixo orgânico que é produzido no Paraná, em

Curitiba e região metropolitana. Foi comentado também o que estava sendo

realizado nos shoppings, que motivou o artigo e também que o aterro da Caximba já

está com sua vida útil vencida. Houve bastante participação dos alunos nesta

exposição. A professora informou que o texto da reportagem ficaria exposto no

mural “Leia Ciência”.

Na aula seguinte foi feita a leitura da introdução do livro “Química e

Sociedade : a ciência, os materiais e o lixo”(anexo 7) da seguinte forma:

professora antes da aula providenciou fotocópias do texto “Lixo, material que se

joga fora?” e de parte do texto “Para onde vai o lixo?”. Foi feita uma numeração

sequencial de trechos referentes a um ou mais parágrafos. Os alunos receberam

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cada um uma fotocópia com a indicação de um número, sendo orientados que

fariam uma leitura em grupo, e que cada um leria em voz alta o trecho

correspondente ao seu número, quando fosse solicitado.

A cada leitura eram feitos comentários, se fosse necessário.

Observou-se que a fluência em leitura era variável, alguns alunos tinham

maior fluência que outros. A professora avisou que não tinha problema se fosse lida

alguma palavra de forma errada, que isso acontece, dizendo também que cada um

lesse sem preocupação pois era interessante esse “treino de leitura oral”. Quando

alguns erros mais importantes aconteciam a professora fazia a correção. O texto

escolhido era de fácil leitura e compreensão a fim de possibilitar um bom

entendimento do conteúdo.

3.3 Lixo urbano:recortes da revista digital Com-Ciência

Dando seqüência ao trabalho anterior, do conteúdo básico poluição do solo,

os alunos receberam um material contendo recortes de textos que abordavam

vários aspectos sobre o “Lixo urbano” para fazerem leituras individuais e

resolução de questões.

A fim de providenciar essa atividade, a professora buscou informações na

internet. Nas buscas relativas ao tema, foi encontrado o site da revista Com Ciência.

A edição número 95, de 10/02/2008 é dedicada totalmente ao tema do lixo. Foi

realizada a leitura dos textos pela professora e foram feitos recortes. Os recortes

foram numerados. Foram formuladas questões relativas a cada recorte.

A proposta desta atividade foi a de que os alunos lessem os trechos e

respondessem às questões propostas. O trabalho foi realizado na biblioteca da

escola. A professora se dirigia individualmente a cada aluno quando solicitada, para

esclarecer alguma dúvida. Foram necessárias 4 horas-aula para a realização deste

trabalho, que foi considerado como uma avaliação (anexo 8).

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4.ELABORAÇÃO DO MURAL DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA “LEIA CIÊNCIA”

4.1 O trabalho de organização do mural

A fim de proporcionar um espaço de divulgação científica à comunidade

escolar, foram montados 2 murais intitulados mural “Leia Ciência”, nas

dependências do CEEBJA Paulo Freire. O primeiro, ao lado da sala ambiente de

Ciências, ensino Fundamental e o segundo,ao lado da sala de atendimento

individual de Ciências, Biologia e Química.

Foto do mural “Leia Ciência” localizado ao lado da sala de Ciências

Este segundo espaço foi escolhido já que além de ficar próximo a uma sala

de atendimento de alunos de 3 disciplinas da área de ciências, ainda ficava próximo

ao local onde todos os funcionários e professores da escola deveriam passar pelo

menos 2 vezes ao dia, isto é, próximo ao local de entrada e saída dos professores e

funcionários da escola, e onde é marcado o ponto.

Fotos do mural “Leia Ciência” ao lado da sala de atendimento individual de Ciências, Química e

Biologia

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A fim de apresentar a proposta, foi disposto no mural um pequeno texto,

dirigido aos possíveis leitores e assinado pela professora responsável pelo trabalho.

Ao longo do ano letivo de 2009 foram colocadas notícias retiradas de jornais

e revistas. Os textos mais utilizados foram retirados dos jornais “Folha de São Paulo”

- que a escola possuía uma assinatura – e também do jornal “Gazeta do Povo” ,

além de recortes de revistas diversas.

Através do mural também foram divulgados os eventos “Ano Internacional da

Astronomia” e “Olimpíada Brasileira de Astronomia” através de cartazetes que a

escola recebeu dos organizadores para divulgação. Também foi feito um convite

escrito dirigido aos alunos da escola a participarem da olimpíada de astronomia:

Além do pequeno texto de apresentação foram colocadas fichas

denominadas “comentário”, no canto direito do mural, indicadas por uma seta.

Foram dispostas de uma forma que os leitores pudessem recolher uma ficha e fazer

seu comentário, para depois entrega-lo à professora responsável. O objetivo de

colocar essas fichas foi o de fomentar a prática de troca de idéias entre os leitores

sobre os assuntos aí apresentados.

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4.2 Resultados da utilização do mural “Leia Ciência” no CEEBJA Paulo Freire

Foi observado que funcionários e professores realizavam leituras, alguns

alunos também o faziam, como também visitantes esporádicos da escola.

No início dos trabalhos houve um maior interesse dos alunos e de algumas

professoras em montar também murais semelhantes próximos às salas de aula de

Biologia, já que alguns de seus alunos se interessaram de trazer notícias ligadas à

sua matéria. Uma aluna, leitora de um jornal em que existe um caderno de Ciência

tomou a iniciativa de colar reportagens que ela achou interessante. Ela foi

incentivada por uma das professoras de Biologia e recebeu a autorização para

apresentar essas notícias para serem coladas no mural.

Alguns alunos, incentivados pela mesma professora, vieram escolher

reportagens para lerem e fazerem seus comentários.

Os alunos da disciplina de Ciências do primeiro semestre, do período noturno,

sob a responsabilidade da professora organizadora do mural foram convidados a

conhecer os dois espaços já que reportagens relativas a assuntos tratados em sala

de aula seriam colocadas no mural. Observou-se ao longo do semestre que,

enquanto aguardavam o horário da aula , alguns alunos faziam leituras.

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4.3 Atividades futuras com a utilização do mural “Leia Ciência”

A fim de dar continuidade e fomentar a utilização desse espaço de DC por

um maior número de professores é necessário um segundo momento de divulgação

da proposta na escola, já que os trabalhos iniciais se realizaram de forma individual.

Toda a montagem, escolha das notícias, renovação e demais encaminhamentos

foram realizados pela professora PDE.

Portanto, num segundo momento será necessário a realização de reuniões

com os professores da área de ciências para discutir a proposta, com uma possível

divisão de tarefas quanto a escolha das notícias, definição do tempo para serem

renovadas, a escolha de assuntos a serem tratados, etc.

A proposta de envolver os demais professores nesta tarefa é um futuro passo

a ser dado, a fim de fomentar a sua utilização, com a idéia inclusive de se associar

este trabalho ao site da escola .

5. PRÁTICAS FACILITADORAS DO USO DE TEXTOS DE DC NA ESCOLA

Com a experiência na realização deste trabalho, sugere-se que as escolas

possuam assinaturas de revistas para facilitar o acesso dessas produções a

professores e alunos, promovendo sua utilização, a fim de que sua prática deixe de

ser somente individual já que a partir desses materiais pode-se promover muitas

atividades e ultrapassar uma visão descontextualizada e neutra da ciência.

Quando um professor quiser apresentar uma reportagem ou algum texto

específico, seria necessário um recurso de fotocopiadora a fim de que o mesmo

possa reproduzir tantas cópias quanto o necessário para o uso em suas aulas.

Quanto a um trabalho já sendo realizado e a possível aquisição de

assinaturas pelas escolas, gostaria de relatar um depoimento de um professor do

GTR:

Estou na tentativa de criar uma textoteca científica. Já há algum tempo venho selecionando textos de jornais, revistas e da web para fazê-lo. Alguns textos estou aplicando atualmente em sala de aula e está dando certo. O único problema é a falta de assinatura de uma revista pela escola que parece longe de acontecer, mas estou perturbando a vida do diretor! Uma funcionária da biblioteca está me ajudando no recorte de jornais assinados pela escola, já estamos com um bom material, falta organizá-los a fim de outros colegas também fazerem uso.

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6.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Realizar estudos e leituras atentas, tanto das Diretrizes Curriculares das

disciplinas da área de ciências, como de inúmeros artigos, dissertações e teses,

encontrados em meio digital, entre outros materiais, possibilitou o embasamento

teórico importante e necessário ao educador que se propõe investigar a sua prática.

O apoio fornecido tanto pelo professor orientador, como pelas trocas de idéias

e experiências com outros professores através do Grupo de Trabalho em Rede

(GTR), sem falar no tempo livre para a realização dos estudos e das importantes

atividades acadêmicas foram primordiais para a concretização desses trabalhos.

A formação continuada através do PDE possibilitou o aprimoramento de

práticas possíveis e necessárias a um educador consciente da importância de seu

trabalho e da necessidade de sua constante atualização, em prol de uma educação

pública de qualidade.

7 .REFERÊNCIAS

CAPELLINI FERREIRA, Maria da Conceição; MALLASSA, Maria Rita; da SILVA, Sabrina Rosa; FLORCZAK, Marcos Antonio. Alfabetização Científica nas Primeiras Séries do Ensino Fundamental: Uma Reflexão e uma Proposta de Trabalho. Tecnologia&Humanismo. Ano 22, N. 34, 2008. CARNEIRO, Maria Helena da Silva; dos SANTOS, Wildson Luiz Pereira. Livro didático inovador e professores: uma tensão a ser vencida. En publicacion: Ensaio: Pesquisa em educação em ciências, vol.7, n.2.FaE, Faculdade de Educação, UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil: Brasil.dezembro. 2005 1415-2150. Disponível em: <http://www.fae.ufmg.br:8080/ensaio/v7_n2/Ensaio-LD%20inovador-sem%20identifica%E7%E3o.pdf. Acesso em 24. jun.2008. CICILLINI, Graça Aparecida. A Evolução Enquanto um Componente Metodológico para o Ensino de Biologia no 2º Grau-Análise de concepção de evolução em livros didáticos.Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação. 1991. Dissertação de Mestrado.230f. CICILLINI, Graça Aparecida. A produção do conhecimento biológico no contexto da cultura escolar do ensino médio-A Teoria da Evolução como exemplo.Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação.1997. Tese (Doutorado).225f.

DIAS, Susana. Enterrando problemas. . Com Ciência Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. ISSN 1519-7654. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=380

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CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS. Rio de Janeiro, Instituto Ciência Hoje, 1986- Mensal. ISSN0103-2054. KEMPER, Alessandra. A Evolução Biológica e as Revistas de Divulgação Científica: Potencialidades e Limitações Para o Uso em Sala de Aula.175f. .Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de Brasília, 2008. LABURÚ, Carlos Eduardo. ARRUDA, Sérgio de Mello.NARDI, Roberto.Pluralismo Metodológico no Ensino de Ciências.Ciência e Educação. 2003.v. 9. n.2. p. 247-260. LEE, Paulo. Ciências versus psudociências.Paulo Lee.Curitiba:Expoente,2003. MARTINS, Isabel. NASCIMENTO, Tatiana Galieta. & ABREU, Teo Bueno de. Clonagem na sala de aula: um exemplo do uso didático de um texto de divulgação científica. Investigações em Ensino de Ciências./vol.9 no.1. março/2004. Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde, UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em:<http:www.if.ufrgs.br/public/ensino/vol9/n1/v9_n1_a4.htm>. Acesso em 12.jun.2008. MARTINS, Marci Fileti. Divulgação científica e heterogeneidade discursiva:análise de “Uma Breve História do Tempo” de Stephen Hawking. Revista Linguagem em (Dis)curso, volume 6, número 2, maio/ago.2006. Disponível em: < www.discurso.ufrgs.br/sead/trabalhos_aceitos/O_QUE_PODE.pdf> Acesso em: 23.jun.2008. MASSARANI, Luisa. MOREIRA, Ildeu de Castro. A retórica e a ciência dos artigos originais à divulgação científica. Multiciência:a Linguagem da Ciência , número 4, maio.2005. Disponível em:< www.multiciencia.unicamp.br/artigos_04/a_04_.pdf > Acesso em: 17.out.2009. MATTEWS, Michael R. História, filosofia e Ensino de Ciências:A tendência atual de reaproximação. Cad. Cat. Ens. Fís.v.12, n.3, p.164-214, dez.1995. MÓL, Gerson de Souza. SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos (coord).Química e Sociedade:a ciência, os materiais e o lixo:módulo 1,ensino médio.(Coleção Nova Geração)São Paulo: Nova Geração, 2003 NASCIMENTO, Tatiana Galieta. Contribuições da análise do discurso e da epistemologia de Fleck para a compreensão da divulgação científica e sua introdução em aulas de ciências. En publicacion: Ensaio:Pesquisa em educação em ciências, vol. 7, no.2. FaE, Faculdade de Educação, UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil: Brasil.dezembro. 2005 1415-2150. Disponível em:< http://www.fae.ufmg.br:8080/ensaio/v7_n2/tatiana.pdf>. Acesso em: 24.ago.2008.

PALLONE, Simone. Resíduo eletrônico: redução, reutilização, reciclagem e recuperação. Com Ciência Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. ISSN 1519-7654. http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=379

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PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Biologia. Curitiba, SEED,2008. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/out_2009/biologia.pdf

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Ciências. Curitiba, SEED,2008. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/out_2009/ciencias.pdf

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Física. Curitiba, SEED,2008. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/out_2009/ed_fisica.pdf

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Química. Curitiba, SEED,2008. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/out_2009/quimica.pdf

PARANÁ/SEED. PDE-Documento síntese- versão preliminar. Curitiba, SEED, 2007.Disponível em : http://www.pde.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/Resolucoes/PDE.pdf

REINOL, Fábio. Consumo, descarte e riqueza. Com Ciência Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. ISSN 1519-7654. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=378

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios. Revista Brasileira de Educação. v.12 n.36 Rio de Janeiro set./dez. 2007. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v12n36/a07v1236.pdf > Acesso em: 25.jun.2008.

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Educação Científica Humanística em Uma Perspectiva Freireana: Resgatando a Função do Ensino de CTS. Alexandria Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v.1, n.1, 109-131, mar. 2008. Disponível em:<http://www.ppgect.ufsc.br/alexandriarevista/numero_1/artigos/WILDSON.pdf> acesso em 25.jul.2008.

SUPERINTERESSANTE. São Paulo: Editora Abril, 1987- Mensal.ISSN0104-1789.

VEIGA, Jeanice. CHRISTÓFORO, Fátima. Lixo hospitalar. Com Ciência Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. ISSN 1519-7654 Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=371

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ANEXOS

1. Comentário de aluno sobre leitura do mural

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2. Texto “Perigos dentro de casa” Revista Ciência Hoje das Crianças

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3. Texto “Eles não sentem dor”(página inicial)

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4. Exemplo de comentário de aluno sobre o texto “Eles não sentem dor”

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5. Exemplos de comentários dos alunos sobre o texto “Perigos dentro de casa” Exemplo 1

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Exemplo 2

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6. Reportagem do Jornal “Gazeta do Povo” em 10/04/2009 p. 9 “Mercado e Shopping reciclam lixo orgânico”

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7. Textos: “Lixo, material que se joga fora?” e “Para onde vai o lixo?”

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8. Textos e questões sobre o problema do lixo urbano, com algumas respostas dos alunos

Texto A

Na literatura, encontra-se definição de lixo: “tudo o que não presta e se joga fora. Coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor”. O resíduo é definido: “aquilo que resta de qualquer substância, resto (FERREIRA et al. 1995; BRASIL 2006)”. Essas definições mostram a relatividade da característica inservível do lixo, pois para quem o descarta, pode não ter mais serventia, mas, para outros, pode ser a matéria-prima de um novo produto ou processo. Por isso, há necessidade de se refletir o conceito clássico e desatualizado de lixo.

Fonte: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=371

1)Cite uma ou mais utilizações de algum tipo de lixo, que exemplificam a necessidade de se atualizar esse conceito.

Respostas de alguns alunos:

A1: O óleo de fritura vira sabão, pode ser transformado em Biodiesel. Pneus velhos: depois de recolhidos são destinados ao reaproveitamento ou transformados em material energético em

indústrias licenciadas.A2: As garrafas pet pode ser recicladas e utilizadas para fazer até roupas.A3: As cascas das verduras podem ser utilizada para adubo

2) Por quê é impróprio dizer que não existe o “jogar fora”?

Respostas de alguns alunos:

A1: Porque o lixo p/ quem o descarta pode não ter serventia, mas, porém para outros pode ser a matéria prima de um produto ou processo.A3: Nada se joga fora pois tudo tem utilidade podemo dar a outras pessoas a não ser que esteje muito ruim

Texto B

O lixo é fonte de renda direta para mais de meio milhão de brasileiros que atuam como catadores. O catador de lixo, no entanto, trabalha sem ter um emprego e assim é visto como alguém inserido na sociedade, quando, na verdade, ele pertence a uma categoria que está bem longe de gozar dos direitos e até dos tratamentos dispensados aos demais trabalhadores; as idéias negativas relacionadas ao lixo como algo sujo, inútil e digno de descarte são estendidas também aos catadores para os olhos de boa parte da sociedade, o que alimenta os preconceitos. Ao entrevistar catadores de lixo para a pesquisa intitulada “Lixo, trabalho e cidadania”, a socióloga Paula Yone Stroh e a geógrafa Michela de Araújo Santos coletaram o seguinte depoimento de uma catadora: “Quando a gente diz que é catador de lixo, muita gente acha que a gente é sujo... até se a gente pedir um copo d'água, e receber um caneco, quando a gente devolve a pessoa joga no mato. Já aconteceu isso comigo.” Fonte:http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=378

3)Como você vê a situação dos catadores na sociedade?

Respostas de alguns alunos:

A1: Não é nada fácil esta atividade, porém o meio ambiente agradece a todos, eu particularmente respeito muito a todos os catadores e acho a profissão deles extremamente digna e de suma importância.A2: É uma situação de risco a saúde do catador e é um trabalho que precisa ser respeitado. A3: Na sociedade os catadores são tratados muitas vezes como vagabundo que não querem trabalhar com responssabilidade.

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Texto C

“É o lixo orgânico que polui o solo, contamina cisternas e lençóis freáticos,” diz a pesquisadora. “Como a quantidade de material orgânico é maior nas classes menos favorecidas, o Brasil possui um grande volume desse tipo de lixo sendo descartado sem nenhum tratamento”, denuncia a geóloga. Fonte:http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=378

4)Relacione o que podemos classificar como lixo orgânico.

Respostas de alguns alunos:

A1: O lixo orgânico: ele polui o solo, contamina cisternas e lençóis freáticos.A2: O lixo orgânico é restos de verduras e comidas e podem ser reaproveitados como adubo orgânico.A3: Resto de alimento, também casca de verdura batata chuchu.

5)Por quê devemos separar o lixo orgânico e como ele pode ser reaproveitado? Respostas de alguns alunos:

A1: O lixo orgânico pode vira adubo.A3: Separando do lixo reciclavel e enterando para se tornar adubo Texto D

Lixões e aterros

Lixão - Local em que os resíduos sólidos urbanos, de todas as origens e naturezas, são simplesmente lançados, sem qualquer tipo ou modalidade de controle sobre os resíduos e/ou sobre seus efluentes.

Aterro controlado – Instalação destinada à disposição de resíduos sólidos urbanos, na qual alguns – ou diversos – tipos e/ou modalidades objetivas de controle sejam periodicamente exercidos, quer sobre o maciço de resíduos, quer sobre seus efluentes. Admite-se, desta forma que, o aterro controlado se caracterize por um estágio intermediário entre o lixão e o aterro sanitário.

Aterro sanitário - Instalação de destinação final dos resíduos sólidos urbanos através de sua adequada disposição no solo, sob controle técnico e operacional permanente, de modo a que nem os resíduos, nem seus efluentes líquidos e gasosos, venham a causar danos à saúde pública e/ou ao meio ambiente.

Definições do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Os aterros sanitários são considerados as instalações mais adequadas para armazenamento do lixo. Entretanto, para garantir que os aterros não provoquem maiores impactos ao ambiente a legislação exige que ele possua: um sistema de drenagem pluvial, para impedir infiltração da água de chuva; um sistema de drenagem de líquidos, para evitar contaminação com chorume (líquido tóxico gerado a partir da degradação do lixo); e um sistema de drenagem de gases, para coleta e aproveitamento do biogás (metano, gás carbônico e água). Além disso, os aterros precisam ser monitorados constantemente. Fonte:http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=380

6) Qual é o destino dos resíduos sólidos no Brasil, em sua maioria dos municípios?

Respostas de alguns alunos:

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A1: lixão e o aterro sanitário.A2: O Destino dos resíduos sólidos vão na sua maioria parar nos lixões.A3: Em algumas vezes é usado para fazer aterros em rodovias para primeira base, que depois o asfauto.

Texto E

Projeções da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) apontam um crescimento de 18% na produção de telefones celulares em 2008, devendo atingir 78 milhões de unidades. Em 2007, foram produzidos 66 milhões de aparelhos. A popularização dos eletroeletrônicos e a rápida obsolescência dos modelos, cria o mito da necessidade de substituição, que se torna quase obrigatória para os aficionados em tecnologia e para algumas profissões específicas. No entanto, o descarte desenfreado desses produtos tem gerado problemas ambientais sérios, pelo volume, por esses produtos conterem materiais que demoram muito tempo para se decompor – a como o plástico, metal e vidro – e, principalmente, pelos metais pesados que os compõem, altamente prejudiciais à saúde humana. Além disso, faltam regras claras e locais apropriados para a deposição desses equipamentos que, em desuso, vão constituir o chamado lixo eletrônico ou e-lixo.

Fonte:http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=379

7) O que deve ser feito com esses materiais, você conhece alguma orientação ou legislação sobre esse assunto?

Respostas de alguns alunos:

A1: Os aterros sanitários são considerados as instalações mais adequadas para armazenamento do lixo, no entanto para garantir que os aterros não provoquem maiores impactos ao ambiente a legislação exige que ele possua um sistema de drenagem fluvial.A2: havendo uma classificação desses produtos, muitos podem ser reaproveitados o papel o plástico pode ser reciclado.A3: Tem um exemplo, a empresa ecomicro que faz a reciclagem do lixo eletrônico que são – computadores, celulares televisores e outros equipamento por exemplo esse lixo não sendo reciclado pode causar muitos danos a saúde.

Texto F

O óleo de cozinha também pode passar de poluente a fonte energética. O resíduo, geralmente despejado em pias, ralos e até vasos sanitários, é um grave problema para rios, lagos e mananciais, pois não se dissolve nem se mistura com a água, formando uma camada densa na superfície, que impede as trocas gasosas e a oxigenação. Porém, se coletado, o óleo e outras gorduras de origem animal ou vegetal utilizado no preparo de alimentos, pode ser transformado em biodiesel – uma energia limpa e barata. A técnica já provou dar certo: uma parceria entre a Unicamp e a prefeitura de Indaiatuba (SP) possibilitou a instalação de uma usina capaz de transformar o óleo de cozinha em biodiesel, que já responde pelo abastecimento de toda a frota do Serviço Autônomo de Água e Esgotos da cidade.

Fonte:http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=377

8) Você já se preocupou com o destino do óleo de cozinha que você não utiliza mais? O que deve ser feito se não for recolhido para reciclagem?

Respostas de alguns alunos:

A1: Sim. Existe um programa cambio verde (w.w.w.curitib.pr.gov.br) podemos deixar nos terminais para serem reutilizados A2: E importante que o óleo de Cozinha seja reciclado.A3: Quando não tinha conhecimento do que poderia causar eu jogava os resto de óleo na pia, agora eu guardo num garrafão de plástico e dou para a vizinha que faz sabão.

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Texto G

As prestativas sacolas dos supermercados, bancas de revistas, locadoras de vídeo, padarias e farmácias, já representam 9,7% de todo o lixo doméstico do país e levam cem anos ou mais para se decompor na natureza. São cerca de 210 mil toneladas anuais, ou mais de um bilhão de sacos plásticos, sendo que cerca de 90% deles viram lixo em até 6 meses após a compra e vão parar nos lixões, entupir as redes urbanas de drenagem, ou o leito dos rios.

Fonte:http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=381

9) Que procedimentos devemos ter com relação às sacolas plásticas?

Respostas de alguns alunos: A1: Acho que hoje podemos dispensar muitas vezes.A2: As sacolas devem ser usadas para por os lixos não reciclávelA3: Exemplo quando nós irmos ao mercado devemos levar a sacola coisa que ainda não temos o abito.

10) O consumismo ( consumo doentio e desnecessário) é um dos problemas da sociedade atual, fruto de uma sociedade capitalista que constrói uma necessidade através do marketing, interferindo diretamente no problema do lixo. Que atitudes individuais e coletivas devemos ter a fim de reduzirmos o consumismo ?

Respostas de alguns alunos:

A3: Atitude é ir menos ao mercado e compra so o necessario