prt por rep.vol3 2009

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    Prticas

    agrcolas

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    Prticasa

    grcolas

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    7. PRTICASAGRCOLA S

    Com o RA 09 inicia-se um novo quadro de informaodedicado s prticas agrcolas. O facto do contedoda generalidade desta informao no ter sido alvo deinquirio em recenseamentos anteriores, impede a

    Figura 7.1

    Exploraes rea Exploraes rea Exploraes rea Exploraes reaN (%) (ha) (%) % % % % % % % %

    Continente 160 201 100 803 386 100 94 76 0 0 8 20 1 4EDM 42 228 26 77 151 10 98 98 0 0 5 2 0 0

    TM 28 169 18 60 084 7 99 98 0 0 2 2 0 0

    BL 39 706 25 64 087 8 98 97 0 0 4 3 0 0

    BI 17 804 11 79 854 10 93 87 0 0 8 12 1 1

    RO 17 183 11 132 555 16 85 76 2 1 16 19 2 5

    ALE 12 651 8 381 959 48 71 63 0 0 30 31 2 6ALG 2 460 2 7 696 1 91 86 0 0 12 13 0 1

    Das quais commobilizao

    convencional

    Das quais commobilizao na zona

    ou na linha

    Das quais comsementeira directa

    RegiesExploraes rea

    Exploraes com m obilizao do solo

    Mobilizao do solo das cultu ras temporrias em cultura principal, por tipo de mobilizao e porregio (2009)

    Por indicao das Regies Autnomas, no foi includa a questo relativa mobilizao nos questionrios respectivos, por se convencionar que toda a mobilizao das culturas

    temporrias convencional.

    Das quais commobilizao reduzida

    anlise temporal. A abordagem ser assim centradano ano agrcola 2008/2009 efectuando-se, sempre quepossvel, a sua anlise segundo a perspectiva dosindicadores agro-ambientais.

    7.1.Conservao do solo

    A actividade agrcola tem uma aco muito importantesobre a conservao do solo, j que a aplicao dedeterminadas prticas agrcolas pode desencadeardiversos processos de degradao ou melhorar a suafertilidade.

    A eroso do solo, fenmeno que ocorre naturalmentepela aco das guas da chuva ou do vento, aprincipal causa de degradao dos solos agrcolasem Portugal, provocando a perda da camada maissuperficial dos solos rica em matria orgnica, areduo da sua espessura e consequentemente areduo da sua fertilidade. As decises de fundotomadas pelo produtor agrcola, nomeadamente aopo sobre os sistemas agrcolas a implementar, sofundamentais, uma vez que algumas prticas agrcolaspodem aumentar os riscos de eroso por promoveremuma maior exposio do solo a estes agentes, no o

    protegendo nas pocas do ano de maior precipitao.Entre estas prticas incluem-se as mobilizaesexcessivas do solo, a insuficiente cobertura do solono Inverno ou a rotao inadequada de culturas, entreoutras.

    Desta forma uma m utilizao do solo tem impactosnegativos sobre o ambiente e, por afectar a fertilidadedos solos, acaba por comprometer a sustentabilidadeeconmica da actividade agrcola e o fornecimentode alimentos s populaes.

    Por outro lado, determinadas prticas agrcolascontribuem para a proteco do solo e da suafertilidade, tal como as tcnicas de agricultura deconservao e a cobertura do solo na poca daschuvas.

    7.1.1. Mobilizao do solo

    A mobilizao do solo tem como objectivo a preparaodo terreno para as sementeiras, o combate dasinfestantes ou a promoo de condies favorveis instalao e desenvolvimento das culturas. No entanto,quando realizada de forma continuada promove aalterao da estrutura do solo e expe-no eroso.Torna-se, assim, importante racionalizar asmobilizaes, optando por tcnicas de mobilizaomnima ou pela sementeira directa. Estas tcnicas,com particular nfase para a sementeira directa,melhoram a estrutura do solo, aumentando acapacidade de reteno de gua, e evitam a perda dematria orgnica e de nutrientes essenciais s plantascom consequncias positivas na fertilidade dos solos.

    Alm disso, permitem a reduo das emisses de CO2para a atmosfera, quer pelo menor consumo decombustvel nas operaes de mobilizao, quer pelamenor emisso a partir do solo. Com efeito adiminuio da mobilizao do solo reduz a taxa demineralizao da matria orgnica, promovendo osequestro de carbono no solo. A anlise ser efectuadapara o Continente, uma vez que a expresso de outrotipo de mobilizao que no a convencional nas regiesautnomas residual ou mesmo inexistente.

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    Recenseamento Agrcola 2009

    Figura 7.2

    Repartio da rea de culturas temporrias portipo de mobilizao (2009)

    76%

    0%

    20%

    4%

    Convencional Mobilizao na zona ou na linha

    Mobilizao reduzida Sementeira directa

    Figura 7.3

    Repartio regional da rea de culturastemporrias, por tipo de mobili zao praticado

    2009

    98% 98% 97%87%

    76%63%

    86%

    2% 2% 3%

    12% 19%

    31%

    13%

    1% 5% 6% 1%

    0%

    20%

    40%

    60%

    80%

    100%

    EDM TM BL BI RO ALE ALG

    Mobi lizao convencional Mobi lizao na zona ou na l inhaMobilizao reduzida Sementeira directa

    Em Portugal continental mais de 3/4 da superfcie dasculturas temporrias mobilizada convencionalmente,pelo que apenas em 20% da superfcie agrcola alvode rotao so aplicadas tcnicas de mobilizaomnima e em 4% a sementeira directa.

    As ex plo ra es que prati ca m a mobil iz a oconvencional concentram-se mais no norte do pas,Trs-os-Montes (18%), Entre Douro e Minho (28%) eBeira Litoral (26%), enquanto metade das exploraesque praticam a mobilizao mnima se concentram noRibatejo e Oeste e no Alentejo, sendo estasresponsveis por 90% da rea onde se aplica esta

    prtica. A mesma situao se verifica no caso damobilizao na zona ou na linha e na sementeiradirecta, concentrando-se 86% e 71% das exploraes,respectivamente, nestas duas regies, assim como asrespectivas reas, mais de 90% em ambas as prticas.

    Regionalmente, a mobilizao convencional a prticamais comum, sendo que em Trs-os-Montes, no EntreDouro e Minho e na Beira Litoral aplicadapraticamente a toda a superfcie de culturastemporrias. No caso da mobilizao mnima, esta j praticada em 31% da rea de culturas temporriasdo Alentejo e em 19% das superfcies em rotao do

    Ribatejo e Oeste.

    Figura 7.4

    Importncia da tcnica de mob ilizao mnimano total de culturas temporrias mobi lizadas

    (2009)

    20% a 40%